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Estimular a aprendizagem das crianças é um desafio para as famílias e os educadores, sobretudo diante da hiperconexão desde o berço. Para a fonoaudióloga e psicopedagoga Telma Pantano, os pais precisam ficar atentos ao estímulo de smartphones, computadores e videogames.

Telma integra o corpo clínico do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

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A seguir, veja entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

Como estimular a aprendizagem das crianças?

Precisamos pensar em como queremos que elas aprendam. Se quisermos que seja naquele contexto escolar mais tradicional, vai ser necessário estimular nas crianças processos cognitivos que envolvam treinos de atenção, memória, autonomia e flexibilidade mental, consideradas funções cognitivas maiores. Por exemplo: uma criança que consiga controlar a atenção por mais tempo vai conseguir prestar atenção por mais tempo. E uma criança com uma boa memória operacional vai conseguir dar significado para os aprendizados por mais tempo. E como a gente pode preparar as crianças para aprender melhor? Dando estímulos que sejam cada vez mais complicados, mais complexos, e que exijam mais função cognitiva. É sempre importante definir qual é o foco do aprendizado.

O que a criança deve aprender?

Essas habilidades cognitivas e socioemocionais são aquelas que são colocadas diariamente para as crianças e é importante que seja assim. Não adianta o cérebro desenvolver só as habilidades cognitivas ou só as socioemocionais ou vice-versa. Mas para dizer como conseguir estimular tudo isso será necessário analisar as particularidades do ambiente da criança, as características da família e o ambiente escolar.

Quais são os tipos de aprendizagem e conexões neuronais?

Para o cérebro, é tudo memória. Toda vez que eu tenho uma conexão neuronal, tenho uma memória. A diferença entre aprendizado e memória é qualitativa. O aprendizado tem a ver com a construção de redes neuronais. Quando pensamos em cérebro, pensamos em conexão. E quando a gente fala em aprendizagem não estamos falando obrigatoriamente dos aprendizados na escola. Porque para a neurociência não existe Português, Matemática, História ou Geografia. É tudo conexão. Quando ela se repete, o cérebro entende que é importante, e a gente forma aprendizagem.

O que é plasticidade neuronal?

É a capacidade de adaptabilidade do nosso cérebro. Por isso que conseguimos transitar em ambientes com demandas sociais diferentes. As pessoas tendem a pensar nisso quando há uma lesão, considerando a capacidade do nosso cérebro de se regenerar. Mas não é só isso. Essa capacidade é posta à prova diariamente. O cérebro leva mais ou menos seis meses para automatizar um comportamento e executá-lo com o menor gasto de energia possível.

Seria correto comparar com exercícios: a gente se acostuma?

Exatamente isso. O cérebro é regido pelas mesmas leis de um corpo biológico. Quanto mais eu faço uma coisa, mais tranquilo fica realizá-la. Quem continuou exercitando a atenção, por exemplo, vai estar melhor depois da pandemia.

Quais os impactos da pandemia?

Não são os impactos no Português ou na Matemática, isso a gente recupera. O problema é que o cérebro está "destreinado". A gente está vendo casos de crianças estressadas. As memórias não foram "treinadas". O cérebro está despreparado no contexto escolar e social.

Como dar significado aos aprendizados?

A melhor forma é fazer a associação com aquilo que já se sabe. Quando pego coisas que já sei, ativo redes neuronais com conexões que já tenho.

Por isso é mais fácil aprender o que a gente gosta?

Exato. O gostar significa que você já tem redes neuronais preparadas para isso.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A interrupção das atividades escolares de caráter presencial impôs a 4,2 milhões de estudantes brasileiros do Ensino Médio uma série de desafios para dar prosseguimento aos seus estudos. Entre jovens negros, indígenas, mulheres, moradores do campo e trabalhadores, os desafios da última etapa da Educação Básica frente à pandemia são ainda atravessados pelas especificidades de cada contexto e condição vivida.

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Tanto a gestão escolar quanto os educadores estão vivenciando desafios contínuos para fortalecer os laços dos estudantes com a escola ainda que a distância, procurando manter o vínculo escolar a fim de reduzir os riscos de evasão e abandono. Nesse contexto, a Escola Estadual Rio Caeté resgatou o projeto do Clube de Ciências R3C, criado em 2017, com o intuito de aproximar os alunos que gostam de química e incentivá-los à profissão de ciência.

Coordenado pelo professor de Química Eduardo Vieira, o clube tem como objetivo incentivar o ensino da ciência, aproximando o aluno da experimentação científica e do método científico. Como orientador do projeto, Vieira observa que os alunos são uma janela aberta para o conhecimento.

Segundo o coordenador, a mudança de postura é aparente. Talvez por representarem um grupo seleto, observa, os alunos se sentem mais valorizados. “As médias nas outras disciplinas não mudaram, porém em química, física e biologia houve uma melhora, o interesse nas inscrições para o vestibular também. O resultado acredito que seja uma notória mudança, não de nota, mas de perspectiva por parte dos alunos”, destacou.

No início do ano passado, 32 alunos do Ensino Médio estavam inscritos no projeto. Porém, pela falta de recursos para acomodá los, este ano o professor precisou ser mais seletivo, e no momento 13 alunos estão ativos no clube, os demais aguardam processo seletivo para entrar. Em decorrência da pandemia de covid-19, as novas inscrições tiveram que ser adiadas.

Atualmente, o canal no Youtube, a página do Facebook e o grupo de Whatsapp se mantêm ativos para não quebrar o vínculo. O espaço do laboratório se tornou virtual e as manifestações e atividades são divulgadas no canal R3C Clube de Ciências. “O canal se tornou tão divulgado que agora estamos investindo em uma rádio web que funcionará em horários definidos, pois será tudo ao vivo. A rádio web está criando um grande entusiasmo nos alunos”, afirmou.

A diretora da escola estadual, Madalena Monteiro, afirma também que depois do clube, e com o auxílio do professor, os alunos têm outra visão da disciplina que antes era tão temida e hoje são apaixonados e dedicados. “Eu fico muito feliz em ver nossos alunos participando de olimpíadas, ações educativas, mas principalmente aprendendo ciências na prática, de forma prazerosa e ainda incentivando os colegas.”

Desafios do ensino remoto

Um levantamento feito pelo site UOL, entre agosto e setembro de 2020, com 5.580 estudantes, professores, pais e/ou responsáveis e dirigentes de instituições de ensino públicas e privadas do país, mostra que 60,5% dos estudantes participam de quase todas as atividades oferecidas pela escola na pandemia, mas 72,6% consideram que o estudo remoto é pior em comparação com as aulas presenciais. A opinião é compartilhada por parte dos pais e responsáveis, com 51,5%.

Os estudantes também relatam outros problemas no formato, como sobrecarga e saudade da rotina escolar. Para 82,6% dos alunos, a falta do contato presencial com amigos afeta os estudos e a aprendizagem. Para 58,3% deles, a escola manda muitos materiais e eles relatam que não estão dando conta de estudar.

Aluna do ensino médio de rede pública estadual, Izabelly Correia de Oliveira, de 16 anos, participou da pesquisa. Ela disse que teve crises de ansiedade no início de março com o fechamento das escolas. "Recorri aos cursos on-line e pré-vestibular para manter os estudos, tive apoio da minha família e de professores para não desistir", conta

Para ela, a maior dificuldade em relação às aulas remotas está em manter a concentração. "O mais difícil é entender quando é momento de assistir à aula e não fazer outra coisa. Tentar organizar minha rotina de estudos e também não dispersar durante as atividades. Além disso, lamento que muitos colegas não tenham computador. Alguns conseguiram receber fascículos impressos com conteúdos das aulas para fazer as atividades. Foi uma adaptação para todos nós", descreveu a estudante.

Ainda no que se refere às atividades remotas, 29,2% dos estudantes entrevistados disseram ter dificuldade em conexão com a internet, por causa do sinal das operadoras. Para 10,8% deles, não ter dispositivo próprio ou precisar compartilhá-lo com outros integrantes da casa afeta o estudo e a aprendizagem durante o período da pandemia. Já em relação ao acesso à internet, 63,5% responderam ter banda larga ilimitada e 25,8% utilizam de terceiros.

Por Larissa Silva.

As bolsas da Ásia encerraram o pregão desta terça-feira (12) com maioria em alta. Investidores do Oriente seguem otimistas com a iminência de novos estímulos fiscais nos Estados Unidos e seus reflexos em todo globo, bem como com o desenvolvimento de vacinas contra o novo coronavírus, impulsionando os mercados locais. Só a bolsa de Seul foi na contramão, fechando em queda diante de alguma cautela com o avanço da Covid-19 no planeta.

O índice composto de Xangai terminou o dia em forte alta, de 2,18%, aos 3.608,34 pontos. Seguiram a tendência o índice composto de Shenzhen (+1,86%, a 2.419,96 pontos), o índice Hang Seng, de Hong Kong (+1,32%, para 28.276,75 pontos) e o Nikkei, da bolsa de Tóquio (+0,09%, para 28.164,34 pontos). Por lá, a gigante Tokyo Eletric Power saltou 9,0%.

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Tais mercados acionários asiáticos conseguiram se diferenciar de pares globais e manter o embalo da perspectiva de mais estímulo à economia nos EUA, sobretudo a partir da posse do presidente eleito, Joe Biden. A maioria das praças locais, assim, conseguiu deixar em segundo plano a disseminação da pandemia de covid-19 e a crise política americana - o presidente Donald Trump enfrenta forte pressão para deixar o cargo e pode ser submetido, ainda nesta semana, a um novo processo de impeachment por incentivar apoiadores a invadirem o Capitólio.

A bolsa de Seul, contudo, se ligou ao aspecto negativo do noticiário e cedeu nesta terça-feira. A retomada de "lockdowns" em várias localidades, como a Malásia, reforçou preocupações com a atividade econômica. O índice Kospi fechou em baixa de 0,71%, para 3.1250,95 pontos.

Na Oceania, o índice S&P/ASX 200 terminou os negócios em baixa de 0,27%, aos 6.679,10 pontos. (Com agências internacionais).

 Estão suspensas, por 90 dias, as fiscalizações aos estabelecimentos comerciais prejudicados pela pandemia. (Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens)

O governo de Pernambuco, por meio da Secretaria da Fazenda (Sefaz-PE), anunciou um conjunto de ações para prorrogar prazos fiscais e contábeis e suspender execuções e fiscalizações por 90 dias. As medidas, que visam estimular o setor produtivo do estado, foram abalizadas nos estudos do Comitê Estadual Socioeconômico de Enfrentamento, criado para articular medidas conjuntas de enfrentamento aos efeitos da Covid-19 na economia. 

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Além disso, um novo decreto “prorroga para 30 de junho os prazos vencidos a partir de 21 de março de 2020, relativos ao cumprimento de obrigações tributárias acessórias previstas na Legislação Estadual e à contestação do débito constante”. A determinação também suspende, por 90 dias, a emissão de Notificação de Débito e Notificação de Débito sem Penalidade e dos procedimentos que visem ao descredenciamento dos contribuintes do ICMS relativas às diversas sistemáticas especiais de tributação.

De acordo com o decreto, a Fazenda do Estado, aumentará o prazo de validade das certidões de regularidade fiscal e negativa e a suspensão de ações de execução fiscal. O Governo também passa a permitir a importação e desembaraço de insumos em aeroportos ou portos, sem prejuízo aos incentivos fiscais do Prodepe e Proind.

Estão suspensas, por 90 dias, as fiscalizações aos estabelecimentos comerciais prejudicados pela pandemia. Pernambuco também deixará de cobrar, no mesmo período, pelo ajuizamento de novas ações e o envio de protestos da dívida ativa do Estado.

Incentivar a leitura desde cedo pode ajudar o Brasil a aumentar o número de leitores, de acordo com especialistas entrevistados pela Agência Brasil. A estimativa é de que quase metade dos brasileiros não seja leitor regular. Entre os motivos apontados estão a falta de tempo e a falta de paciência. 

Hoje (7) é o Dia do Leitor, criado em homenagem ao suplemento literário do jornal O Povo, do Ceará, que ficou famoso por divulgar o movimento modernista cearense. O jornal foi fundado em 7 de janeiro de 1928 pelo poeta e jornalista Demócrito Rocha. 

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Desde então, o Brasil melhorou as taxas de analfabetismo, mas ainda hoje enfrenta o desafio de fazer com que as pessoas tenham o hábito de ler. De acordo com a última pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-Livro, 44% dos brasileiros com mais de 5 anos de idade não são leitores, o que significa que não leram nenhum livro nos últimos três meses. 

A pesquisa mostra também que ler está ficando mais difícil para os brasileiros, seja por falta de tempo ou de paciência. O índice dos que afirmam que não têm nenhuma dificuldade para ler diminui a cada edição da pesquisa. Eram 48% dos entrevistados em 2007, passando para 33% em 2015. Entre as dificuldades está a falta de paciência. Em 2007, 11% disseram não ter paciência para ler. Em 2015, esse percentual subiu para 24%.

"Acho que o desafio da próxima década é mostrar a importância da leitura, o prazer da leitura, começar a criar uma nova sociedade leitora. É difícil convencer um adulto que nunca teve o hábito de ler a começar a ler, [o desafio] é atrair as crianças", diz o presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), Marcos da Veiga Pereira. 

Para chegar às crianças, a Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, organizada pelo Snel, iniciou, neste ano, o projeto Bienal nas Escolas, que leva autores para escolas públicas. A intenção é que os encontros ocorram também neste ano e em 2021, até a próxima Bienal. "Se quer transformar o Brasil, tem que começar a investir nas crianças", defende Pereira.

Acesso aos livros

A gerente de Cultura do Departamento Nacional do Serviço Social do Comércio (Sesc), Elisabete Veras, também considera fundamental a leitura desde a infância. De acordo com ela, a relação com os livros começa com a proximidade. "O encantamento se dá pela relação, pelo contato com os livros, pela oportunidade de tocar, de vivenciar esse universo da imaginação. Por isso o acesso [aos livros] é tão importante", diz. 

Esse contato se dá, para muitos brasileiros, em escolas e nas bibliotecas. Elisabete defende as bibliotecas como espaços de diálogo, de palestras, de eventos, de exibições de cinema. "O acesso [aos livros] não pode ser pontual, tem que ter continuidade, para criar hábito. Para que se crie hábito, é preciso fazer parte da rotina, estar inserido no contexto [das crianças] e não ser uma eventualidade". 

Uma das metas da Rede Sesc de Bibliotecas para este ano é a criação de uma grande rede de clubes de leitura, valorizando a cultura de cada localidade e aproximando os autores dos leitores, sobretudo do público infantil. A Rede conta hoje com 309 bibliotecas fixas e 57 unidades móveis (BiblioSesc), nas quais estão inscritos 272 mil leitores. Segundo Elisabete, já existem iniciativas locais, agora a intenção é integrar os projetos.

Crianças que leem

Não são apenas os adultos que estão preocupados com a leitura das crianças e jovens. O projeto Pretinhas Leitoras é prova disso. O projeto nasceu em outubro de 2018, no Morro da Providência, no Rio de Janeiro, com as irmãs Helena e Eduarda, de 11 anos, e Elisa, 5 anos. 

Supervisionadas pela mãe, Elen Ferreira, e por Igor Dourado, elas compartilham leituras e pesquisam literatura negra. O que aprendem, as irmãs compartilham com outras crianças e jovens tanto em clubes de leitura, que reúnem também autores e contadores de história, quanto pela internet.

"A literatura é a oportunidade de acessar e compartilhar um pouco daquilo que somos e sabemos. Quando essa interação acontece, criamos uma forma nova de acolher a história que era do outro e passa a ser também nossa de um jeitinho único", dizem as irmãs, por e-mail, à Agência Brasil.

Para a equipe do Pretinhas Leitoras, a internet é uma grande aliada no incentivo à leitura. “Compartilhamos discussões sobre obras literárias por meio do cyberespaço para potencializar o acesso à leitura e sua divulgação pelas redes". 

A internet significa também, para elas, acesso. “Há que se pensar também sobre a importância que a internet assume ao democratizar o acesso à narrativas distintas e secularmente ignoradas no cenário literário brasileiro. Outro ponto é o acesso à ebooks, que estão diminuindo o preço de aquisição de muitos títulos e possibilitando descobertas dos mesmos. Isso é muito importante em um país no qual o mercado literário é elitista e caro, enquanto a massa populacional é pobre".

Incentivo familiar

O Ministério da Educação (MEC) lançou, no mês passado, o programa “Conta pra Mim”, que estimula a leitura de livros infantis no ambiente familiar. A pasta disponibilizou uma cartilha para orientar os pais e responsáveis.

O ministério da Educação (MEC) lançou nesta quinta-feira (05) o programa “Conta pra Mim”, que estimula a leitura de livros infantis no ambiente familiar. Alunos da rede pública que cursam o 1º e o 2º ano do ensino fundamental são o público-alvo da iniciativa. O programa faz parte da Política Nacional de Alfabetização e, além do estímulo da leitura diária, criará “cantinhos de leitura” para narração de histórias, atividades lúdicas e estímulo à atividade intelectual em creches, pré-escolas, museus e bibliotecas.

“Eu acredito que esse programa é revolucionário. Pela primeira vez no Brasil existe um programa de valorização da leitura em família. Crianças, pais, mães, avós, padrinhos, tios ou tias podem fazer parte. Eu verdadeiramente acredito na capacidade brasileira de se adaptar e buscar soluções. Cientificamente, os resultados são muito robustos para famílias que leem com seus filhos”, afirmou o ministro da Educação Abraham Weintraub.

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O programa prevê o treinamento de “tutores” de leitura, que serão capacitados pelo MEC a partir de janeiro de 2020. Esses tutores receberão uma bolsa de incentivo de R$ 300 a R$ 400 para colaborar com os cantinhos de leitura. O treinamento desses tutores deve acontecer pela plataforma de ensino à distância do MEC, mas também será feito por aulas presenciais ministradas por técnicos da secretaria de Alfabetização do ministério. “Os dados mostram que o quadro de alfabetização não é bom. Nas duas últimas provas da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) tivemos mais de 50% dos alunos com desempenho muito abaixo do esperado. Isso significa que esses alunos não são leitores proficientes. Esse programa é a nossa resposta para mudar isso”, afirmou o secretário de Alfabetização do MEC, Carlos Nadalim.

O custo da iniciativa será de cerca de R$ 45 milhões. Destes, R$ 20 milhões serão usados para a bolsa de incentivo aos tutores, R$ 17 milhões serão usados na impressão do material e dos kits de leitura, e R$ 8 milhões para a logística do programa.

Resultado do Pisa

O secretário citou, ainda, o resultado do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, o Pisa, que mostrou estagnação no índice de compreensão de leitura na última década no Brasil. “Estamos abaixo da média. O problema é que descobrimos que 50% dos estudantes estão bem abaixo da média na proficiência de leitura. Apenas 0,2% dos estudantes atingiram o nível mais elevado. E isso é assustador”, explicou.

Aprendizado em família

A idéia do programa, segundo Nadalim, é que as crianças levem para casa as práticas de contação de histórias, leitura, diálogo familiar e motivação da oralidade entre pessoas da mesma família. Professora de uma escola pública do Plano Piloto, em Brasília, Cíntia Pereira de Paula afirmou estar entusiasmada com a iniciativa. “Esse projeto é muito importante. Nos deparamos muito com crianças que possuem pais ou mães analfabetos, e essas crianças levam uma cultura de conversa, de leitura, de diálogo e de amor pelo conhecimento para um lar onde nada disso existe. É uma forma de inverter o aprendizado: é o pequeno ensinando o grande”.

O projeto prevê a distribuição de “kits de literacia”, compostos de uma “mini biblioteca” de livros infantis da Turma da Mônica - confeccionados especialmente para o programa -, caderno de desenho, giz de cera e um guia de orientações pedagógicas para o estímulo das crianças. Uma parte do conteúdo estará disponível no portal criado para a iniciativa.

Metodologia

A iniciativa do programa segue o princípio da Curva de Heckman, formulada pelo vencedor do Prêmio Nobel de Economia de 2000, James Heckman. De acordo com o economista, investimentos feitos nas camadas mais jovens da população têm maior retorno social.

A maioria dos concursos públicos traz em seu conteúdo programático a matéria de raciocínio lógico. Apesar de não representar a maior fatia de questões dentro de um certame, estar por dentro do assunto pode ser um ponto positivo para o candidato, principalmente nas provas mais concorridas. Quem pensa que a disciplina só tem relação com a matemática e finalidade de fazer você passar em um concurso se engana: ela envolve a excelência na capacidade de pensar e pode ajudar profundamente dentro do mercado de trabalho na resolução de problemas complexos no ambiente corporativo. 

Existem cursos que ajudam a preparar os estudantes para se dar bem em lógica. Os conteúdos são voltados para exercício e estímulo cerebral e quem passa por esse tipo de preparatório tende a se sair bem nas provas. De acordo com a professora Adriana Almeida, especialista no Método Supera de ginástica para o cérebro, os editais cobram este conhecimento por conta da dificuldade do assunto. “A tendência do concurso público é fazer um funil e só as pessoas mais bem capacitadas são as que vão ser aprovadas. A ideia é fazer que só entre quem realmente está fazendo um estímulo e tem um raciocínio lógico avançado”, analisa a educadora.

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Uma dica dos especialista para se dar bem em uma prova de raciocínio lógico é fugir da resposta óbvia. Ela sempre vai aparecer entre as alternativas, no entanto, essa é a casca de banana do elaborador para levar o candidato ao erro. “O cérebro está muito acostumado a pensar no óbvio, no que a gente já aprende no dia a dia, ao longo da vida. Então quando a gente se depara com uma situação que foge à normalidade, o cérebro trava. Veja a questão, se você achar que ela está muito simples e a resposta é aquela mesma, certamente não é. Eles fazem propositalmente”, explica a professora Adriana Almeida.

Nessas horas é preciso pensar, analisar e procurar as soluções, algumas vezes o ‘pulo do gato’ está no próprio enunciado da questão, buscando a aptidão do candidato para interpretação de texto. Os concurseiros precisam manter uma rotina de preparação voltada à prática, buscando quesitos de provas passadas. Com isso, ele pode perceber onde está sua dificuldade e ter tempo hábil para saná-la. Se já está frequentando algum curso específico, anotar as dúvidas, os erros e pedir ajuda aos colegas ou professor é um passo importante, porque pode ser que a resposta fique mais clara quando se busca uma linha de pensamento guiada por outras opiniões.

Veja um exemplo de como a matéria pode aparecer em uma prova:

1. Um lago demora 20 dias para encher. Em cada dia enche o dobro do dia anterior. Quantos dias precisam para encher a metade do lago?

A. 15 dias

B. 19 dias

C. 20 dias

D. 10 dias

E. 18 dias

* A resposta está no final da matéria.

Para o estudante tentar encontrar uma lógica neste tipo de problema, a professora Adriana Almeida sugere que ele estimule especificamente as áreas cognitivas do cérebro, com atenção e pensamento estratégico. E como é que é isso? Respondendo questões e fazendo exercícios, que ajudam nessa estimulação. “A gente acha que ao longo do dia está estimulando, mas a gente não está. A maioria das atividades que a gente faz de forma automática. É muito importante que se tire um momento para fazer um estímulo cerebral”, orienta a docente, que aconselha ainda que os concurseiros que desejam desenvolver a habilidade pode procurar uma escola de ginástica para o cérebro.  

Veja abaixo mais um desafio de lógica:

2 . Gustavo, Paulo, Caroline, Rafael, Raquel e Julia combinaram de ir a uma festa. Sabemos que um deles não foi e temos as seguintes informações: Julia viu Caroline e Raquel na festa. Paulo e Gustavo chegaram juntos na festa. Quem não foi a festa?

A. Raquel viu Paulo na festa

B. Rafael viu Júlia na festa

C. Rafael não foi à festa.

D. Caroline não foi a festa

E. Gustavo foi a festa

* A resposta está no final da matéria.

Alceu Andrade é concurseiro. Já participou de certames que cobravam raciocínio lógico e teve algumas dificuldades. Hoje em dia, em busca de um resultado mais assertivo em relação ao assunto, ele frequenta aulas, que tem como objetivo a ginástica cerebral.  “Isso em uma prova para concurso nos permite ter um raciocínio mais além, mais rápido. Enquanto ainda estou lendo a questão já estou interpretando. Quanto tempo menos a gente gastar em uma questão, favorece mais lá na frente, dando oportunidade para revisar a prova”, ressalta o estudante.

Se pagar um curso preparatório não estiver dentro da realidade do candidato, pode-se buscar conteúdos na internet. Existem vídeos gratuitos com resoluções comentadas, questões de concursos públicos e no site da Método Supera, há alguns desafios com respostas para que as pessoas comecem a desenvolver o raciocínio lógico. “Tem que estar estimulando, com pensamento lateral, que é observar o problema de cima, esses estímulos são muito importantes para se pensar fora da caixa. Ir muito mais além, pensar de uma forma mais ampla”, finaliza a professora Adriana Almeida.

Confira agora um exemplo de exercício que pode aparecer em uma seleção pública, com explicação da professora Adriana Almeida, especialista no Método Supera de ginástica para o cérebro:

*Respostas

1 - 19 dias, porque no dia 19 o lago vai ter enchido metade do dia 20.

2 - Rafael não foi à festa.

Um projeto de lei, enviado pelo Prefeito de Campina Grande à câmara de vereadores do município, pretende implantar a "Bolsa Estímulo" voltada à jovens em situação de rua. Segundo o executivo, famílias de adolescentes que mendigam na cidade paraibana receberão um auxílio de R$ 500,00 (por filho) para evitar que isso aconteça e matricularem em programas educacionais e sociais oferecidos pelo poder público.

A proposta enviada pelo prefeito Romero Rodrigues (PSDB) propõe que as famílias podem inscrever até 2 filhos no 'Bolsa Estímulo' e determina uma série de regras a serem seguidas para que o estímulo financeiro seja mantido.

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Segundo o prefeito da cidade, já foram feitos "dossiês" sobre 89 adolescentes que vivem em condições de mendicância na cidade. Ainda de acordo com o projeto, a bolsa daz parte do 'Projeto Sinal de Cidadania', que promete resgatar crianças em situação de rua e buscar garantir 'um presente sem violações e um futuro de possibilidades de novas perspectivas'.

Confira os critérios:

I - não utilizar o espaço das ruas como meio de mendicância ou qualquer atividade que seja considerada como trabalho infantil, nos horários em que não estejam participandos das atividades socieducativas e escolar;

II - frequentar, apresentar bom desempenho e adaptação nas atividades propostas;

III - frenquentar assiduamente as atividades escolares, evitando ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo;

IV - preservar o ambiente limpo e organizado, colaborando com os educadores ao final das atividades;

V - evitar qualquer atitude que cause danos pessoais, materiais ou do patrimônio público;

VI - utilizar o fardamento do SCFV, quando estiverem no desenvolvimento das atividades;

VII - os pais e/ou responsáveis pelas crianças e adolescentes assinarão termo de compromisso, se responsabilizando pela permanência destes nos espaços de atividades escolares, socioeducativas e de inclusão produtiva (para os adolescentes a partir de 14 anos)

VIII - os pais e/ou responsáveis se responsabilizarão para garantir que as crianças e os adolecesntes não estarão no espaço das ruas e semáforos, mendigando ou trabalhando em qualquer horário noturno da semana, nos sábados, domingos e feriados que não estejam sendo atendidos/acompanhados pelo projeto

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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu ontem, na presença do presidente Michel Temer, mudanças no crédito consignado, com desconto em folha de pagamento, como forma de estimular a economia do País.

No encontro, Renan sugeriu, por exemplo, reduzir o IOF cobrado nas operações - hoje em cerca de 3% para 1% - e duplicar o prazo máximo para o pagamento do crédito contraído, cujo limite atual é de 96 meses.

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O presidente do Senado disse que era preciso ter um "aceno concreto" para o consumo. Segundo ele, a medida poderá injetar bilhões de reais na economia. Na ocasião, Temer disse ter achado a ideia interessante e pediu ao Ministério da Fazenda uma avaliação de sua viabilidade. Segundo dados do Banco Central, a carteira de crédito consignado fechou 2016 em R$ 389,3 bilhões, aumento de 2,5% em comparação com 2015.

A expectativa de Renan é que o governo formate uma proposta nesses moldes e anuncie mudanças em breve. O próprio senador usa como dado a favor da adoção da medida o fato de que o nível de endividamento das famílias registrou queda em novembro, segundo o BC.

Esse tipo de medida, aliás, já está em estudo pela equipe econômica do governo. O fato é que, ao patrocinar conversas como essa com Temer, o PMDB do Senado tem mantido sua preocupação em tomar atitudes de forma a garantir a retomada da atividade econômica, o que poderá melhorar a baixa popularidade do governo do presidente.

O Planalto também crê que antes do fim de 2017 o País já terá superado a recessão com medidas de estímulo econômico, partindo do pressuposto de que tenham sido aprovadas as reformas estruturantes, como a reforma da Previdência.

A avaliação dos peemedebistas é que Temer não pode repetir o discurso único de ajuste fiscal, que acreditam ocorreu com a ex-presidente Dilma Rousseff, sem mostrar à população melhoras no dia a dia.

Outra medida é a utilização de parte do FGTS como garantia para os empréstimos consignados. Proposta ainda por Dilma, a Caixa tem até março para regulamentá-la. Os trabalhadores da iniciativa privada poderão usar até 10% dos saldos das contas e a totalidade da multa de 40% em caso de demissão sem justa causa como garantia de operações de crédito consignado. O governo Dilma estimou que se apenas 10% do total do FGTS mais as multas por demissão sem justa causa fossem usados, entrariam R$ 17 bilhões na economia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma semana depois do início dos Jogos Olímpicos Rio 2016, a China ainda não ocupa a liderança do quadro de medalhas, mas a imprensa e os torcedores permanecem do lado de seus atletas, admitindo que ganhar títulos olímpicos não é mais uma prioridade.

Pela primeira vez desde 2000, a China não conquistou uma única medalha no primeiro dia dos jogos. Em vez de aumentar a pressão, sobretudo oito anos após a excepcional colheita em Pequim 2008, torcedores e autoridades mantêm a expectativa sob controle.

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O país comunista ocupa o segundo lugar no quadro, com apenas 30 medalhas, sendo 11 ouros, bem atrás dos Estados Unidos, que têm 38 medalhas e 16 ouros. Nessa mesma época, nos Jogos de Londres 2012, os chineses já haviam acumulado 18 medalhas de ouro e reinavam no primeiro lugar.

Adotando uma postura inédita, a imprensa oficial optou por estimular seus atletas - em vez de sobrecarregá-los.

"As medalhas não são o mais importante dos Jogos", estampou o jornal "China Daily" na capa, destacando que a "maioria" dos torcedores chineses está aprendendo a apreciar os esportes, mais do que simplesmente ligar para uma luta cega apenas para satisfazer o orgulho nacional.

"Claro que queremos ver nossos atletas ganharem o maior número possível de medalhas, sobretudo de ouro, mas devemos aplaudir e apreciar o desempenho de todos os nossos esportistas, homens e mulheres, visto que dão o melhor de si", completa o jornal.

Trata-se de uma mudança espetacular, em um país onde o Estado considerou o ouro, por muito tempo, como um ferramenta indispensável para a construção da glória nacional, oferecendo carros, apartamentos e polpudos prêmios aos campeões.

As equipes e os dirigentes esportivos eram avaliados em função do número de medalhas conquistadas nas Olimpíadas e nas competições no continente asiático. Já dos atletas que não conseguiam subir ao pódio esperava-se um , em geral feito aos prantos e com pesar.

Agora, mesmo o jornal estatal "Global Times", bastião do sentimento nacionalista, defende que a premiação não importa tanto.

"A confiança do povo chinês não tem mais necessidade de ser alimentada por mais medalhas", ostenta.

Essa mudança de percepção surge no momento em que a classe média, em crescimento constante no país, reluta a enviar seus jovens para as academias esportivas ultraexigentes na esperança de vê-los brilhar no pódio.

Os exemplos de ex-campeões que vivem com dificuldades financeiras, pedindo esmola no metrô em alguns casos, chocaram os chineses, que se questionam cada vez mais sobre o propósito de arriscar dessa maneira o futuro de seus filhos.

Muitos questionam, inclusive, os investimentos feitos pelo país. Segundo dados do governo, o orçamento para a área dos Esportes chegou a US$ 500 milhões em 2016.

Sob a batuta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo mobiliza os ministérios para desengavetar todas as medidas que possam criar um cenário positivo às vésperas da votação do afastamento da presidente Dilma Rousseff. A estratégia traçada pelo Palácio do Planalto é o atendimento de pleitos de setores que, até agora, não encontravam eco no governo para suas demandas. Agora, estão sendo analisadas, a toque de caixa, mesmo com um rombo nas contas públicas que pode chegar a R$ 100 bilhões este ano. O plano seria por em prática várias medidas esta semana. Nem todas, porém, serão divulgadas.

As edições do Diário Oficial da União nos próximos dias, dizem técnicos da área econômica do governo, será o melhor termômetro desse movimento. Além de aumentar o espaço para mais gastos no projeto de revisão da meta fiscal deste ano, o governo trabalha para elevar o remanejamento das despesas do Orçamento e, dessa forma, atender a pleitos mais específicos.

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Na área econômica, essa movimentação ganhou o apelido de "pacotão do impeachment". Há, porém, uma grande preocupação com o impacto do custo das medidas para as contas públicas. Técnicos estão preocupados em referendar essas ações, que podem depois ser questionadas pelos órgãos de controle.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que servidores do Tesouro Nacional manifestam desconforto com a iniciativa. Eles querem evitar o que ocorreu com as "pedaladas fiscais", manobras feitas para maquiar o resultado das contas públicas que foram condenadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Servidores do órgão sofreram processo de responsabilização pelo tribunal e poderão ser punidos em julgamento que ainda não terminou.

Negociação

Em uma das frentes, o governo negocia com parlamentares a flexibilização de exigências cobradas pelo Ministério da Fazenda para conceder alívio no caixa dos Estados, que pode chegar a R$ 45 bilhões nos próximos três anos. As contrapartidas são justamente as medidas que os governadores teriam de adotar para controlar gastos com pessoal. Por pressão de sindicatos, a bancada do PT apresentou emendas que desfiguram o projeto do governo. O medo era perder apoio em setores da população que tradicionalmente são aliados do partido.

A equipe econômica estuda injetar mais recursos no microcrédito, com a liberação de parcela do compulsório - dinheiro que os bancos são obrigados a deixar no BC - para crédito a pequenas empresas. Atualmente, os bancos são obrigados a destinar 2% dos depósitos à vista a esse tipo de operação. A maior parte, porém, não aplica o mínimo exigido por lei, sendo punida com retenção do dinheiro no BC. Banco do Brasil, Caixa e Banco do Nordeste concentram a maior parte das operações.

Segundo o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, com a ampliação da exigência para 4% e novas regras para definir os tomadores (com aumento do teto de faturamento para R$ 360 mil dos atuais R$ 120 mil por ano), haverá um incremento de até R$ 3 bilhões. Outros R$ 5 bilhões devem vir de uma nova linha para capital de giro, com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e do Fundo PIS/Pasep.

Especialista em contas públicas, o economista-chefe da corretora Tullett Prebon, Fernando Montero, observa os sinais de afrouxamento fiscal, embora ainda veja alguma resistência na Fazenda. "Mas sem dúvida, sim, há esse movimento. Até secretários de Fazenda dos Estados posicionam-se contra dar a folga agora e discutir as contrapartidas depois", diz.

O economista Mansueto Almeida avalia que a crise do impeachment está dificultando cortes adicionais em programas do governo. Mas sua preocupação maior é com transferência de custos para outras esferas, como o FGTS, que podem se transformar em mais esqueleto fiscal no futuro. "O governo não tem condições de fazer política anticíclica com a trajetória explosiva da dívida."

Reforma da Previdência

Com o clima político cada vez mais contaminado pelo processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o governo abandonou oficialmente o cronograma para apresentar ao Congresso uma proposta de reforma da Previdência. A área econômica já admite que não é momento para enviar uma proposta polêmica como essa. Segundo uma fonte do governo, "é preciso avaliar o timing" e deixar essa proposta para um "segundo momento".

O Fórum criado para debater e desenhar uma reforma do sistema previdenciário, responsável pela maior despesa do governo federal, teve seu cronograma alterado. Com as mudanças, não há mais uma data para a entrega do relatório final das discussões, que conta com integrantes do governo e da iniciativa privada.

O Fórum contará com mais dois encontros. O próximo será dia 26 de abril, para debater orçamento da seguridade social, financiamento da Previdência e receitas, renúncias e recuperação de créditos. No dia 3 de maio, os integrantes do grupo se reunirão para discutir a convergência dos sistemas previdenciários e a experiência internacional sobre os sistemas previdenciários.

Inicialmente, a intenção do governo era enviar ao Congresso até abril a proposta de reforma. Para cumprir o prazo, o Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e de Previdência Social deveria ter encerrado as atividades no último dia 8. Os trabalhos começaram em 8 de março.

Segundo o Ministério do Trabalho, a mudança foi feita para conciliar agendas. O governo chegou a apresentar em fevereiro uma lista de sete pontos para a reforma do sistema previdenciário, como a convergência entre os regimes de aposentadoria dos trabalhadores privados e dos funcionários públicos, as pensões por morte, a aposentadoria rural, a fixação de uma idade média de aposentadoria, os regimes próprios de previdência e as renúncias fiscais.

A própria presidente Dilma anunciou que mandaria a reforma para o Congresso em 60 dias, que se encerrariam este mês, com ou sem acordo no fórum. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Para tentar reverter o pessimismo apontado pelos indicadores econômicos, a presidente Dilma Rousseff planeja apresentar ainda neste mês medidas e propostas que ajudem a retomar o crescimento e animar a economia, mas sem abandonar o ajuste fiscal que desde o início do segundo mandato tenta implementar. O plano já é tratado no Palácio do Planalto como uma espécie de "novo PAC" e tem como prioridade estimular o setor de construção civil.

A expressão refere-se ao Programa de Aceleração do Crescimento, criado em 2007 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva para estimular a economia e posteriormente usado para ajudar a eleger a então ministra da Casa Civil Dilma Rousseff à Presidência da República.

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Para o Planalto, a escolha pela construção civil se deve à capacidade do setor de, uma vez estimulado, reagir mais rapidamente e, com isso, criar empregos.

Fora isso, o setor também foi o que mais eliminou postos de trabalho em 2015, com cerca de 500 mil demissões - o pior resultado da história. Dentre as principais demandas das empresas para voltar a crescer estão a retomada de projetos como a terceira fase do programa Minha Casa Minha Vida e a quitação de obras já executadas.

Há atrasos de até quatro meses no pagamento a empresas contratadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), autarquia que gerencia mais de mil contratos ativos e é dona do maior orçamento liberado pelo governo.

Contemplar esse setor e dar novo fôlego à economia casa com a agenda política de 2016. A presidente enfrentará na volta do recesso parlamentar, em fevereiro, um processo de impeachment e há a avaliação no governo e no PT de que é preciso agir o mais rápido possível para evitar uma derrota fragorosa nas eleições municipais, em outubro. A resposta seria um plano para tentar conter a alta do desemprego e reduzir a força do discurso oposicionista de que o partido arruinou a economia do País.

Isso explica por que nos últimos dias ministros têm admitido em público erros na condução econômica e, ao mesmo tempo, defendido Dilma do impeachment. Hoje, pelo Twitter e pelo Facebook, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, afirmou que o governo não apenas reconhece os erros que cometeu na economia como está trabalhando para resolvê-los.

"Temos plena consciência de alguns erros que cometemos e das dificuldades que precisamos vencer na economia, mas impopularidade não é crime. É um defeito, um problema que vamos seguir trabalhando para resolver", disse.

Nesta terça-feira, 5, Wagner se reúne com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), para discutirem como viabilizar mais recursos para a cidade, maior colégio eleitoral do País e fundamental para as estratégias políticas do partido em 2016 e em 2018.

Conversa

Neste início de ano eleitoral ainda sob impacto da Operação Lava Jato e do processo de impeachment, o Planalto traça estratégias para aumentar sua base de apoio político e social.

Para tanto, tenta atrair partidos, movimentos sociais e empresários para o debate sobre as soluções para a crise econômica. O governo espera que, se obtiver alguma melhora na relação com esses agentes, terá mais condições de conter o ânimo de deputados e senadores favoráveis ao afastamento da presidente em fevereiro, quando voltarem ao Congresso após o recesso parlamentar.

A elaboração, contudo, ainda está embrionária. A presidente tenta de novo passar a imagem de estar disposta ao diálogo com diversos segmentos da sociedade. Para tanto, vai retomar o funcionamento do antigo Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão.

Dilma e sua equipe terminaram 2015 convencidos de que o pior da crise política e da tentativa de tirá-la do governo já teria passado. Assim, anunciar as medidas econômicas ainda em janeiro ou início de fevereiro - de preferência antes do carnaval - é a prioridade. Isso traria a imagem de que o governo trabalha pela retomada do crescimento, mesmo sabendo que o primeiro e o segundo trimestre de 2016 serão ainda ruins para a economia.

Fora isso, é uma tentativa de contornar a desconfiança do empresariado. O governo quer anunciar, por exemplo, financiamentos de médio e longo prazo para determinadas atividades econômicas. Assessores da presidente explicam que não se trata de concessão de benefícios ou desonerações pontuais, como feito antes.

As medidas em estudo visam criar um ambiente favorável de negócios, como melhor regulação de um setor ou promovendo investimentos em infraestrutura que possam ajudar aquele segmento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) determinou nesta segunda-feira (1º) que as políticas, programas e projetos desenvolvidos pela pasta contemplem ações de estímulo à inclusão da população negra no mercado de trabalho. As medidas estão previstas no Estatuto da Igualdade Racial (Lei 12.288/2010).

A lei de 2010 estabelece, entre outros atos, que o Poder Público estimule, por meio de incentivos, a adoção das mesmas ações pelo setor privado. Ações afirmativas para mulheres negras também devem ser asseguradas, assim como a promoção de ações para elevar a escolaridade e a qualificação profissional em setores da economia que têm alto índice de ocupação por trabalhadores negros de baixa escolarização.

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Cabe ao Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) formular as políticas, programas e projetos voltados para a inclusão da população negra no mercado de trabalho e orientar a destinação de recursos para seu financiamento.

Segundo o MTE, a iniciativa faz parte do esforço para garantir à população negra a efetiva igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnica.

A portaria do MTE foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (1°).

O dólar avançou ante o euro nesta segunda-feira (20) apoiado pelo pouco progresso nas negociações entre Atenas e os credores internacionais. Além disso, a moeda norte-americana se beneficiou da nova medida de estímulo anunciada pelo Banco do Povo da China (PBoC) no fim de semana. No final da tarde, a moeda norte-americana era cotada a 119,21 ienes, de 118,91 ienes no final da tarde de sexta-feira. Já o euro recuava para US$ 1,0740, de US$ 1,0812.

Em um dia de agenda de indicadores bastante fraca, a cotação do euro em relação ao dólar foi pautada basicamente por temores de que a Grécia declare um calote. "Parece que nenhum dos lados quer que a Grécia saia da zona do euro", disse Boris Schlosseberg, diretor de estratégia de câmbio da BK Asset Management, em nota a clientes. "Porém, a não ser que o governo apresente um plano realista de reestruturação, é apenas questão de tempo para Atenas declarar calote", acrescentou.

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A moeda norte-americana também foi beneficiada pelo anúncio de que o governo chinês cortou o compulsório bancário em 1 ponto porcentual. A medida, anunciada no final de semana, enfraqueceu a cotação do yuan, o que por sua vez pressionou outras divisas de países emergentes, cuja cotação tende a acompanhar a da moeda chinesa.

Muito mais que receitas e preparos na cozinha, é preciso ensinar aos novos cidadãos do mundo a importância de se alimentar bem e a relacionar nutrientes, introduzindo uma cultura do alimento no dia a dia das crianças. Além de estimular novos sabores, experiências e uma vida mais longa às pessoas, derrubam-se os preconceitos nas próximas gerações.

Quando uma família opta por uma alimentação saudável (especialmente a vegetariana), é fato que as crianças acabam conhecendo novas alternativas e se envolvendo em um universo muito rico de alimentos maravilhosos e nutritivos. Mas, em geral, para convencê-las a comer bem, é preciso de certo esforço dos pais ou responsável (tendo em vista as influências negativas que ainda existem por aí). Algumas dicas podem ajudar:

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1. Leve as crianças à feira

Apresente a elas um novo mundo de cores e sabores na feira, na quitanda ou mesmo nas gôndolas de vegetais no supermercado. Peça para os pequenos tocarem as frutas e os legumes, sentirem suas texturas e seus aromas. Peça também ajuda para escolher os produtos mais bonitos.

2. Capriche na apresentação das comidinhas

Na idade pré-escolar, a criança se sente atraída por apresentações curiosas dos alimentos. Por isso, decore o prato de um jeito bem divertido. Misture vegetais de diversas cores e formatos.

3. Dê nome divertido aos pratos ou invente uma história

Dar asas à imaginação ajuda a chamar a atenção e a abrir o apetite da criançada.

4. Inclua verduras e legumes no lanche

Além do almoço e do jantar, ofereça vegetais também no lanchinho da tarde.

5. Respeite os gostos da criança

Se ela provou uma verdura e não gostou, prepare-a de uma forma diferente em outro dia. Não desista de primeira, mas, se ela experimentar de novo e continuar não gostando, respeite.

O governo prepara uma última medida de estímulo à economia que pode ser anunciada ainda antes do 2º turno. O pacote, que combina a unificação e simplificação de dois dos tributos mais complexos do Brasil, o PIS e a Cofins, está pronto para ser anunciado e depende de uma decisão da presidente Dilma Rousseff e do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que apesar de já estar excluído de um eventual segundo mandato da petista mantém-se à frente das decisões econômicas do País.

O pacote de estímulo tributário, se implementado, somente começará em 2015 e será o 35.º na gestão Dilma. O governo deve abrir mão de R$ 100 bilhões neste ano. Uma reunião prevista para ocorrer na terça-feira pode definir o anúncio da medida, defendida por todos os setores produtivos, em especial a indústria. A medida está na gaveta desde o fim de 2012, porque sua simplificação pode representar a perda de R$ 10 bilhões, na estimativa mais otimista, a R$ 30 bilhões, na mais pessimista.

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A simplificação tributária é uma das principais medidas defendidas pela campanha do tucano Aécio Neves e tem sido citada recorrentemente por Arminio Fraga, ex-presidente do Banco Central (1999-2003) e indicado pelo candidato do PSDB como seu ministro da Fazenda, em caso de vitória tucana.

O esforço do governo para se aproximar do setor privado na reta final é grande. A presidente Dilma e o ministro Mantega definiram, pouco antes do 1.º turno, que o Ministério da Fazenda deveria convidar empresários de diversos setores para fazer um balanço das medidas dos últimos quatro anos.

A ideia é "lembrar" esses segmentos de todos os esforços que foram feitos pelo governo e também definir o que precisa e pode ser feito ainda neste ano, ou no início de 2015, para aumentar a competitividade. Os encontros começaram na semana passada e vão continuar nos próximos dias. Durante a campanha, entre agosto e setembro, o governo lançou nada menos do que quatro pacotes com estímulos à economia.

Pacotes

Ao todo, o governo federal anunciou 34 pacotes destinados a essa finalidade. Principalmente focados em reduções de impostos, esses pacotes são criticados pela oposição como uma sinal de intervencionismo do governo Dilma sem que isso se transforme em crescimento econômico. Por causa dos diversos pacotes, o governo deixará de receber cerca de R$ 100 bilhões em tributos neste ano. Só entre janeiro e agosto, esse valor foi de R$ 63,2 bilhões, segundo dados da própria Receita Federal.

Foi dentro dessa estratégia fechada entre Dilma e Mantega que o secretário de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, recebeu na quarta-feira os fabricantes de ônibus e empresários da indústria química. Esses segmentos receberam do governo, no ano passado, reduções nas alíquotas de dois impostos, o PIS e a Cofins, que incidem sobre o faturamento.

No dia seguinte, foi a vez de o ministro Mantega receber do gabinete ministerial no Rio de Janeiro os empresários da indústria naval. Por conta da política de contratação de fornecedores da Petrobrás, cujo conselho de administração é presidido há quatro anos pelo próprio Mantega, a indústria naval nacional tem aumentado os investimentos. O setor, no entanto, tem sofrido nos últimos meses. Devido ao aperto de caixa da Petrobrás, pressionada a importar gasolina mais cara para abastecer o mercado interno, as compras têm diminuído.

Os encontros com os empresários devem se estender até o fim do ano, mas a agenda deverá ficar cheia principalmente até a realização do 2.º turno.

As mensagens passadas por Mantega e Holland são de que o quadro macroeconômico esperado para o ano que vem é bom, e não dramático. As autoridades têm apontado aos empresários que seus setores teriam sofrido mais não fossem as medidas tomadas pelo governo nos últimos anos.

Para 2015, a melhora da situação externa, principalmente da economia norte-americana, vai ampliar a demanda por exportações brasileiras. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Passada a Copa, 23 entidades empresariais deverão começar a ser chamadas, em grupos de quatro ou cinco, para discutir novas medidas de estímulo com os Ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A ideia é prosseguir com as negociações que tiveram com a presidente Dilma Rousseff em reunião no Planalto, dia 18.

Já naquela ocasião, foram atendidos pedidos da indústria, como tornar permanente a desoneração da folha salarial e retomar, também em caráter permanente, o Reintegra - que é um incentivo à exportação. Mas a presidente deixou claro que pretende discutir mais medidas, incluindo pleitos setoriais específicos. E incumbiu os dois ministérios de prosseguir nas negociações.

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De acordo com o MDIC, o diálogo ainda está nos estágios iniciais. Porém, os setores já estão com as agendas prontas. Dado o calendário curto, a opção do empresariado foi concentrar as conversas em providências que possam ser adotadas por um governo que está a cinco meses de seu final. Embora avaliem que as reformas são urgentes, os executivos deixaram esses temas em outro balcão, no qual o diálogo não será só com Dilma, mas também com os demais presidenciáveis.

"Há coisas que podem ser feitas no curto prazo, com efeito imediato", defendeu o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), Walter Cover. Seu setor pede, por exemplo, que seja intensificada a fiscalização da Receita e do Ministério do Trabalho. Houve um aumento de informalidade entre as empresas do setor, de forma que aquelas que pagam os tributos corretamente sofrem com concorrência desleal.

Crédito

Outra medida de curto prazo defendida pela entidade é a redução dos juros do Construcard, linha de crédito da Caixa para reforma e construção. Segundo Cover, os empréstimos ao consumidor subiram muito mais do que a Selic, e isso vem encolhendo as vendas. Por sua vez, o setor de construção civil tem um pleito bem específico: garantir que programas habitacionais como o Minha Casa Minha Vida prossigam. "Esse governo vai acabar e como é que eu faço? Compro terreno? Não compro?", questiona o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins.

O ideal, diz ele, é que esse fosse um programa de Estado, de forma que prosseguisse independentemente de quem estiver no Planalto. Como essa não é uma providência trivial, a entidade sugere algo mais simples: incluir o MCMV no Plano Plurianual. Esse plano, que serve de base para a elaboração dos orçamentos anuais do governo federal, abrange um período de quatro anos, mas descasado com o mandato presidencial.

Na semana passada, Dilma confirmou que o governo vai adotar uma terceira fase do Minha Casa, com o objetivo de construir 3 milhões de moradias de 2015 a 2018.

Impostos. Já o setor têxtil discute um regime tributário específico para as confecções, consideradas o elo mais frágil da cadeia produtiva. Se a conversa prosperar, as empresas verão sua carga tributária total cair dos atuais 18% para 3%. É como se todo o setor fosse incluído numa versão específica de Simples. "O diferencial é que não tem o teto de enquadramento que tem no Simples", explicou presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, Rafael Cervone.

As empresas do setor têxtil têm outro pleito que pode ser resolvido na base da "canetada": o alongamento dos prazos de recolhimento dos tributos. Esse é um pedido geral da indústria. Se o pagamento de impostos ocorrer em períodos próximos aos do recebimento das receitas de venda, isso facilita a gestão de caixa das empresas e dá a elas mais fôlego.

Entre as medidas em preparação, a de maior impacto, por beneficiar a indústria de maneira horizontal, é o programa de renovação de máquinas. As fábricas terão acesso a empréstimos subsidiados e a um crédito tributário para trocar seus equipamentos. "É como se o governo estivesse comprando a máquina velha", explicou o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Carlos Buch Pastoriza.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo articula a aprovação, no Congresso Nacional, de uma medida que visa estimular a exportação para pequenas e médias empresas. Por meio de uma emenda acolhida no relatório da Medida Provisória nº 634, que deve ser votada nas próximas semanas, propõe criar a figura de "exportação por conta e ordem de terceiros", que hoje existe apenas para importadoras.

Por esse mecanismo, o pequeno e médio empresário interessado em exportar poderá contratar uma prestadora de serviços que irá conduzir e operar todo o processo de venda para o exterior, como procedimentos alfandegários. Atualmente, os exportadores que não contam com estrutura de comércio exterior costumam contratar tradings para intermediar a venda para o exterior.

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Como nesses casos ocorre uma revenda - a trading compra o produto do fabricante, que passa a não ter mais nenhuma interferência na operação -, muitas vezes a margem de lucro sobre essa operação acaba encarecendo a mercadoria brasileira no exterior. Com a exportação por conta e ordem, a empresa produtora participa da venda externa e, com isso, há expectativa de barateamento do produto.

A figura da terceirizada, no caso dessas novas operações de exportação, não é a de um mero despachante, segundo o governo, já que a intermediária será responsável por todas as atribuições do processo, e não por um pedaço dele.

Burocracia - Segundo uma fonte do Ministério da Fazenda afirmou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, a expectativa é que, além de estimular a inclusão de novas empresas exportadoras no comércio exterior, a medida beneficie aqueles que já exportam, mas têm estrutura reduzida e, portanto, mais dificuldade para lidar com a burocracia do processo.

O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), relator da medida provisória na comissão especial do Congresso, argumenta que a emenda pretende "igualar" o tratamento dado aos importadores. "A importação tinha benefícios e a nossa exportação não tinha", argumenta.

Um primeiro projeto de lei criando a figura da exportação por conta e ordem foi apresentado pelo senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) no início deste ano. O texto foi parcialmente acolhido por Eunício em seu relatório. Em reuniões com a Fazenda, o projeto ganhou sinal verde do governo.

Prazo - Pela redação dada no relatório do senador cearense, a exportação da mercadoria deverá ocorrer no prazo de 30 dias, a partir da contratação da companhia que vai intermediar a transação. Caso esse prazo não seja observado, tanto a empresa produtora quanto a terceirizada ficam sujeitas a penalidades e ao recolhimento de tributos que, pela legislação, não incidem ou são imunes a operações de exportação.

O relatório da MP 634 foi apresentado na quinta-feira à comissão especial. Nele, Eunício incluiu a correção de 4,5% da tabela de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), um dos benefícios anunciados pela presidente Dilma Rousseff em cadeia nacional de rádio e televisão na véspera do Dia do Trabalho.

A expectativa dos integrantes do colegiado é de que o texto seja votado na terça-feira. Para não perder a validade, essa proposta - que também prorroga o prazo de fundos regionais de investimentos - precisa ser analisada pelos plenários da Câmara e do Senado até o início do mês de junho.

Com o rebaixamento praticamente confirmado, fica difícil para qualquer clube conseguir motivação para terminar o campeonato. No Náutico a situação não está diferente. Para o volante Derley, a busca pelo estímulo depende de cada jogador. “Ainda falta um mês e pouco para o fim do campeonato e torcemos para acabar logo e começarmos a fazer o planejamento para 2014”, comentou.

Mesmo com a vontade de acabar logo a competição, Derley ainda admite que o time não será abandonado no final da série A. “Apesar deste momento, temos que honrar nosso compromisso nesses sete jogos, vamos encará-los de forma séria para tentar conquistarmos as vitórias”

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 Sobre o próximo ano, o jogador acredita que esta temporada não será lembrada em 2014. “Vamos terminar este ano com dignidade e honra, depois vamos esquecer (2013). Ano que vem vamos começar a buscar coisas grandes, como por exemplo, o Pernambucano e a Copa do Nordeste”, concluiu. 

Nesta quinta-feira (10), os pacientes infantis do Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) recebem uma visita especial: a magia de Beto Carrero World, o ogro Shrek e Alex, e o leão da animação Madagascar.       A visita faz parte da programação do “Dia das Crianças Mais Feliz”, que desde o dia 2 de outubro, está trazendo alegria e diversão aos pacientes, acompanhantes, voluntários e funcionários do Hospital. Para completar a festa nesta quinta-feira, funcionários de uma rede de postos de combustíveis realizarão, durante a manhã, a entrega de presentes para as crianças. 

HCP – O Hospital de Câncer de Pernambuco é uma instituição filantrópica que, desde 2007, atua sob intervenção do Governo do Estado. Atualmente, é responsável pelo atendimento de mais da metade dos pacientes oncológicos do Estado. A unidade pediátrica Anjo Rafael dispõe de espaço especial para as crianças, com uma brinquedoteca bastante equipada que funciona diariamente. O setor pediátrico atende, anualmente, mais de 600 pacientes entre oito e 20 anos de idade.

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Com informações da assessoria

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