Raciocínio lógico: aprenda estratégias para concursos

Ter cuidado com respostas óbvias é uma das estratégias que os candidatos devem adotar. Confira dicas

por Marcele Lima qui, 14/02/2019 - 15:02
Rafael Bandeira/LeiaJáImagens A professora Adriana Almeida ensina como decifrar questões de lógica Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

A maioria dos concursos públicos traz em seu conteúdo programático a matéria de raciocínio lógico. Apesar de não representar a maior fatia de questões dentro de um certame, estar por dentro do assunto pode ser um ponto positivo para o candidato, principalmente nas provas mais concorridas. Quem pensa que a disciplina só tem relação com a matemática e finalidade de fazer você passar em um concurso se engana: ela envolve a excelência na capacidade de pensar e pode ajudar profundamente dentro do mercado de trabalho na resolução de problemas complexos no ambiente corporativo. 

Existem cursos que ajudam a preparar os estudantes para se dar bem em lógica. Os conteúdos são voltados para exercício e estímulo cerebral e quem passa por esse tipo de preparatório tende a se sair bem nas provas. De acordo com a professora Adriana Almeida, especialista no Método Supera de ginástica para o cérebro, os editais cobram este conhecimento por conta da dificuldade do assunto. “A tendência do concurso público é fazer um funil e só as pessoas mais bem capacitadas são as que vão ser aprovadas. A ideia é fazer que só entre quem realmente está fazendo um estímulo e tem um raciocínio lógico avançado”, analisa a educadora.

Uma dica dos especialista para se dar bem em uma prova de raciocínio lógico é fugir da resposta óbvia. Ela sempre vai aparecer entre as alternativas, no entanto, essa é a casca de banana do elaborador para levar o candidato ao erro. “O cérebro está muito acostumado a pensar no óbvio, no que a gente já aprende no dia a dia, ao longo da vida. Então quando a gente se depara com uma situação que foge à normalidade, o cérebro trava. Veja a questão, se você achar que ela está muito simples e a resposta é aquela mesma, certamente não é. Eles fazem propositalmente”, explica a professora Adriana Almeida.

Nessas horas é preciso pensar, analisar e procurar as soluções, algumas vezes o ‘pulo do gato’ está no próprio enunciado da questão, buscando a aptidão do candidato para interpretação de texto. Os concurseiros precisam manter uma rotina de preparação voltada à prática, buscando quesitos de provas passadas. Com isso, ele pode perceber onde está sua dificuldade e ter tempo hábil para saná-la. Se já está frequentando algum curso específico, anotar as dúvidas, os erros e pedir ajuda aos colegas ou professor é um passo importante, porque pode ser que a resposta fique mais clara quando se busca uma linha de pensamento guiada por outras opiniões.

Veja um exemplo de como a matéria pode aparecer em uma prova:

1. Um lago demora 20 dias para encher. Em cada dia enche o dobro do dia anterior. Quantos dias precisam para encher a metade do lago?

A. 15 dias

B. 19 dias

C. 20 dias

D. 10 dias

E. 18 dias

* A resposta está no final da matéria.

Para o estudante tentar encontrar uma lógica neste tipo de problema, a professora Adriana Almeida sugere que ele estimule especificamente as áreas cognitivas do cérebro, com atenção e pensamento estratégico. E como é que é isso? Respondendo questões e fazendo exercícios, que ajudam nessa estimulação. “A gente acha que ao longo do dia está estimulando, mas a gente não está. A maioria das atividades que a gente faz de forma automática. É muito importante que se tire um momento para fazer um estímulo cerebral”, orienta a docente, que aconselha ainda que os concurseiros que desejam desenvolver a habilidade pode procurar uma escola de ginástica para o cérebro.  

Veja abaixo mais um desafio de lógica:

2 . Gustavo, Paulo, Caroline, Rafael, Raquel e Julia combinaram de ir a uma festa. Sabemos que um deles não foi e temos as seguintes informações: Julia viu Caroline e Raquel na festa. Paulo e Gustavo chegaram juntos na festa. Quem não foi a festa?

A. Raquel viu Paulo na festa

B. Rafael viu Júlia na festa

C. Rafael não foi à festa.

D. Caroline não foi a festa

E. Gustavo foi a festa

* A resposta está no final da matéria.

Alceu Andrade é concurseiro. Já participou de certames que cobravam raciocínio lógico e teve algumas dificuldades. Hoje em dia, em busca de um resultado mais assertivo em relação ao assunto, ele frequenta aulas, que tem como objetivo a ginástica cerebral.  “Isso em uma prova para concurso nos permite ter um raciocínio mais além, mais rápido. Enquanto ainda estou lendo a questão já estou interpretando. Quanto tempo menos a gente gastar em uma questão, favorece mais lá na frente, dando oportunidade para revisar a prova”, ressalta o estudante.

Se pagar um curso preparatório não estiver dentro da realidade do candidato, pode-se buscar conteúdos na internet. Existem vídeos gratuitos com resoluções comentadas, questões de concursos públicos e no site da Método Supera, há alguns desafios com respostas para que as pessoas comecem a desenvolver o raciocínio lógico. “Tem que estar estimulando, com pensamento lateral, que é observar o problema de cima, esses estímulos são muito importantes para se pensar fora da caixa. Ir muito mais além, pensar de uma forma mais ampla”, finaliza a professora Adriana Almeida.

Confira agora um exemplo de exercício que pode aparecer em uma seleção pública, com explicação da professora Adriana Almeida, especialista no Método Supera de ginástica para o cérebro:

*Respostas

1 - 19 dias, porque no dia 19 o lago vai ter enchido metade do dia 20.

2 - Rafael não foi à festa.

COMENTÁRIOS dos leitores