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Após intensa procura iniciada no último sábado (16), a Polícia Militar de Pernambuco encontrou o corpo do jornalista Marcolino Júnior, nesta segunda-feira (18). Delegado responsável pelo caso, Humberto Pimental afirmou que o corpo do colunista social foi localizado em Sairé (no Distrito da Insurreição), no Agreste do Estado. 

Informações iniciais revelam que há sinais de asfixia no corpo da vítima. O carro de Marcolino foi encontrado em Caruaru e um homem – que tentava comercializar o veículo – foi preso em flagrante. A Polícia ainda não descarta nenhuma hipótese, tampouco revela possíveis motivações do crime. O caso ficará a encargo da Delegacia de Divisão de Homicídios. 

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Autoridades da Alemanha relatam ter prendido 3 jovens suspeitos de financiar membros do grupo extremista Estado Islâmico (EI), na cidade de Ulm, ao sul do país, no último domingo. Dos suspeitos, todos homens, havia um alemão e dois cidadãos turcos com idades entre 20 e 25 anos, de acordo com os procuradores de Stuttgart.

Em pronunciamento feito nesta quarta-feira, os procuradores disseram que os suspeitos estão proibidos de sair do país para impedir que eles sejam integrados e treinados pelo grupo.

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Segundo as autoridades, os três homens planejavam enviar dinheiro coletado durante a distribuição do Alcorão. Na segunda-feira, um juiz ordenou que os homens fossem mantidos sob custódia para que recebam possíveis acusações. Fonte: Associated Press.

Apesar do desbloqueio do iPhone de San Bernardino sem ajuda da Apple, o governo dos Estados Unidos continuará tentando forçar por via judicial o gigante do setor a contribuir com a polícia em outra investigação em andamento em Nova York.

"O governo continua precisando da ajuda da Apple para ter acesso aos dados que uma ordem judicial lhe autorizou a investigar", afirmou o Departamento da Justiça em documento transmitido para uma juíza do Brooklyn nesta sexta-feira (8).

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Ainda de acordo com o anúncio, será mantida sua apelação a uma sentença da Justiça de Nova York, que, em fevereiro, negou-se a obrigar a Apple a ajudar os investigadores a desencriptar o iPhone do membro de uma rede de tráfico de drogas.

Este caso é similar a outro que provocou uma disputa judicial e midiática de várias semanas entre Apple e FBI no início deste ano, na Califórnia. Os investigadores pretendiam forçar a Apple a ajudá-los a invadir um iPhone pertencente a um dos autores do atentado de San Bernardino. No ataque, 14 pessoas morreram, em dezembro de 2015, nessa cidade californiana.

Finalmente, o governo conseguiu desbloquear o aparelho com a ajuda de um técnico que não foi identificado e sem a intervenção da Apple.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki decidiu nesta quinta-feira (7) colocar em segredo de Justiça parte da investigação da Operação Lava Jato que cita o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A decisão foi tomada após a Corte receber do juiz federal Sérgio Moro os áudios em que a presidenta Dilma Rousseff e ministros do governo aparecem em conversas com Lula, que estava sendo monitorado pela Polícia Federal.

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No mês passado, a Corte decidiu que as investigações da Operação Lava Jato sobre o ex-presidente devem permanecer no STF, por envolver conversas entre Lula e a presidenta. Os diálogos foram divulgados após a decisão de Sérgio Moro que retirou o sigilo das investigações.

Antes do julgamento, Moro reconheceu que seu entendimento sobre a questão foi incorreto. O juiz disse que não determinou a quebra de sigilo telefônico de nenhuma pessoa com prerrogativa de foro e que os diálogos envolvendo a presidenta Dilma e os ministros do gabinete pessoal da Presidência, Jaques Wagner; e da Fazenda, Nelson Barbosa; além de parlamentares, foram encontradas de forma fortuita nas investigações.

À frente das investigações acerca do sumiço momentâneo das adolescentes Brenda Ramalho e Alessandra Kuniscki, o delegado Ademir Oliveira ouvirá as duas nesta segunda-feira (4). De antemão, afirmou: "Não foi tecnicamente desaparecimento, porque as duas saíram de casa. O que nos interessa é se houve crime". 

Nas palavras do delegado, a versão inicial da história é de que as duas jovens mentiram. "O pai de Brenda deixou as duas em frente à casa de uma amiga, identificada como Duda. Elas disseram que iriam fazer um trabalho de escola. Mais tarde, o pai foi apanhar e nada das meninas. Falou com a amiga e esta disse que não tinha marcado nada com as garotas", disse. As garotas estavam com as mesmas roupas do dia que saíram de casa. 

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Sobre a foto que circulou nas redes, Ademir Oliveira confirmou: de fato se trata das meninas no Terminal Integrado da Macaxeira. De acordo com Oliveira, se não houver nada de criminoso no fato, as duas serão formalmente entregues à família e a polícia encerra por aí. 

 

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse hoje que seu país deportou um dos terroristas que se suicidaram em Bruxelas no último verão do Hemisfério Norte, mas o homem foi libertado pelas autoridades no exterior porque os investigadores não conseguiram provar que ele tinha alguma relação com grupos terroristas.

Erdogan não identificou o homem, mas outras autoridades turcas afirmaram que era Ibrahim El Bakraoui, um belga de 29 anos que teria conduzido um ataque coordenado que matou pelo menos 31 pessoas nesta terça-feira.

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Erdogan disse que o homem havia sido detido nas proximidades da região fronteiriça entre a Turquia e a Síria. "Apesar dos nossas advertências de que essa pessoa era um combatente terrorista estrangeiro, a Bélgica não foi capaz de fazer a conexão com o terrorismo", disse o líder turco. Ele não especificou, no entanto, aonde o indivíduo foi solto.

Segundo autoridades belgas, Bakraoui era um dos dois suicidas que conduziram o ataque no check-in do Aeroporto de Bruxelas ontem. Uma hora depois, seu irmão Khalid realizou um ataque semelhante no sistema de metrô da cidade.

A revelação levantou dúvidas sobre falhas nos esforços da Europa no combate ao terrorismo, que foi prejudicado no passado por um compartilhamento deficiente de informações de inteligência.

É a segunda vez que a Turquia acusa autoridades europeias de ignorarem os alertas de agressores perigosos. Oficiais turcos disseram que identificaram um dos agressores dos atentados de Paris como um suspeito de terrorismo e notificou a França duas vezes. Dow Jones Newswires.

A caçada humana depois dos ataques de Bruxelas se concentra em um homem belga que as autoridades acreditam ser um fabricante de bombas para o Estado Islâmico. Ele viajou para a Síria para treinar e recrutar outros combatentes estrangeiros no ano passado.

Autoridades belgas disseram nesta quarta-feira que não sabem se Najim Laachraoui, de 24 anos, seria o terceiro responsável pelo ataque de ontem, que teria desaparecido depois de dois suicidas detonarem suas bombas no aeroporto e no metrô de Bruxelas. Essas explosões foram as primeiras de dois atentados que mataram pelo menos 31 pessoas.

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Autoridades ocidentais suspeitam, no entanto, que Laachraoui estava por trás apenas dos atentados em Paris, no ano passado, e em Bruxelas, ontem.

Promotores belgas identificaram um dos terroristas aeroporto como Ibrahim El Bakraoui, de 29 anos, e o homem-bomba do metrô como seu irmão, Khalid El Bakraoui, de 27 anos. O outro homem-bomba no aeroporto não foi identificado e investigados ainda não conseguem afirmar se ele é Laachraoui.

Os promotores disseram que o Laachraoui, nascido em Schaerbeek, na região metropolitana de Bruxelas era procurado pelas autoridades belgas por conexão com os ataques de Paris. Seu DNA foi encontrado em coletes utilizados por suicidas nesses atentados e no apartamento onde o material explosivo foi montado.

Seu suposto papel na construção das bombas Paris sugere que ele também pode ter feito as bombas utilizadas na terça-feira em Bruxelas, de acordo com autoridades dos EUA. Fonte: Dow Jones Newswires.

Após ter uma conversa com o ministro-chefe da Casa Civil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), interceptada pela Polícia Federal e vazada na imprensa, a presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou, nesta quinta-feira (17), que vai acionar os meios legais para apurar de onde saiu a ordem para grampear a ligação telefônica e a divulgação da mesma. O juiz Sérgio Moro foi o responsável por vazar a gravação. 

Durante discurso na cerimônia de posse dos novos ministros, entre eles o próprio Lula, que aconteceu no Palácio do Planalto, a petista questionou a legitimidade da justiça ao quebrar as garantias constitucionais da presidência e pontuou que repudia “total e integralmente todas as versões deste fato”. 

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“Somente haverá justiça com o respeito rigoroso aos princípios constitucionais. O funcionamento eficiente da justiça deve estar assentado na produção de provas sem ceder sua natural preponderância a outros instrumentos. Afinal não há justiça quando delações são tornadas publicas de forma seletiva para a execração de alguns investigados. Não há justiça quando leis são desrespeitadas, não há justiça quando as garantias constitucionais da própria presidência são violadas”, disparou Dilma Rousseff. 

Sob a ótica da presidente, quando a Justiça Federal “fere as prerrogativas” dela também pode fazer o mesmo com as dos cidadãos. Ela alegou que o diálogo divulgado nessa quarta (16) com Lula foi “publicizado com uma interpretação modificada” e, por isso, vai pedir a apuração da legalidade da interceptação que é, segundo Dilma, “uma agressão a democracia e a constituição”. 

“Queremos saber quem o autorizou, porque o autorizou e porque foi divulgado quando não continha nada que possa levantar qualquer suspeita sobre seu caráter republicano. Interpretação desvirtuada. Investigações baseada em grampos ilegais não favorecem a democracia deste país. Quando isso acontece fica nítida a tentativa de ultrapassar o Estado Democrático de Direito”, argumentou a presidente. 

A presidente disse ainda acreditar em estratégias para “convulsionar a sociedade brasileira em cima de inverdades”. “Os golpes começam assim. Não interessa aos brasileiros um ambiente que paralise o país e impeça o funcionamento normal das instituições”, observou. “Sou otimista e acredito na justiça do meu país. Sei que em qualquer situação muitos magistrados nossos, ministros de tribunais, ministros de Corte serão corretos na defesa das suas prerrogativas, tarefas e da proteção dos nossos direitos”, complementou Dilma Rousseff. 

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta sexta-feira (4) pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para suspender as investigações da 24ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta manhã.

Na decisão, a ministra entendeu que não há "ilegalidade irrefutável nas investigações" para concessão de uma liminar que interfira nas autonomias dos trabalhos do Ministério Público.

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No entanto, Rosa Weber destacou que as investigações, de modo geral, devem seguir as regras constitucionais de observância das garantias individuais. Segundo a ministra, "toda lesão ou ameaça de lesão a direito é passível de apreciação pelo Poder Judiciário".

No recurso, os advogados de Lula pediram que as diligências fossem suspensas até que o STF decida sobre o conflito de competência sobre as investigações. Os advogados reiteraram hoje (4) ao STF recurso enviado à Corte na semana passada, no qual afirmam que as investigações não podem prosseguir porque o Ministério Público de São Paulo (MPSP) e o Ministério Público Federal (MPF) no Paraná, no âmbito da Lava Jato, investigam os mesmos fatos.

O ex-presidente é investigado sobre supostas irregularidades na compra da cota de um apartamento tríplex, no Guarujá, e em benfeitorias feitas em um sítio frequentado por Lula em Atibaia (SP).

Para a defesa, a condução coercitiva do ex-presidente na manhã de hoje foi desnecessária porque Lula prestou depoimento à PF em janeiro. "O desafio à autoridade da Corte Suprema é tão evidente que dispensa qualquer consideração", argumentam os advogados.

O Conselho Superior do Ministério Público Federal autorizou a criação de um grupo de trabalho que vai atuar nos recursos e habeas corpus relacionados à Operação Zelotes que chegam ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). A decisão do conselho foi tomada durante a sessão nesta terça-feira (1º) e atende a uma proposta da Câmara de Combate à Corrupção do Ministério Público Federal.

O grupo de trabalho será formado por três subprocuradores-gerais da República: Antônio Carlos Pessoa Lins, Carlos Eduardo Vasconcelos e Marcelo Antônio Moscogliato.

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Ao sair da sessão do conselho, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot disse que a mudança no Ministério da Justiça não interfere nas investigações da Operação Lava Jato. “O Ministério Público é autônomo e independente para investigar”.

Na última segunda-feira (29) a presidenta Dilma Rousseff decidiu aceitar o pedido de demissão do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Cardozo assumirá a Advocacia-Geral da União. O Ministério da Justiça será assumido pelo ex-procurador-geral da Justiça da Bahia Wellington César Lima e Silva.

Com relação ao pedido feito ontem (29) pela defesa do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, para alterar a data do julgamento marcado para amanhã (2) no STF, Janot disse que a decisão é do Supremo. “Isso é o Supremo que tem que decidir”.

Na segunda (29) a defesa de Cunha (PMDB-RJ) pediu adiamento do julgamento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra o deputado. O presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, encaminhou o pedido para o ministro relator do inquérito, Teori Zavascki.

Cunha foi denunciado em agosto do ano passado pelo procurador-geral da República, sob a acusação de ter recebido propina para que um contrato de navios-sonda da Petrobras fosse viabilizado. De acordo com Janot, Cunha recebeu US$ 5 milhões para viabilizar a contratação de dois navios-sonda do estaleiro Samsung Heavy Industries em 2006 e 2007.

O negócio foi feito sem licitação e ocorreu por intermediação do empresário Fernando Soares e o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró. O caso foi descoberto a partir do acordo de delação premiada firmado pelo consultor Júlio Camargo, que também participou do negócio.

A Polícia Federal disse nesta sexta-feira (26) ao juiz federal Sérgio Moro que há indícios de que o publicitário João Santana recebeu R$ 4 milhões da empreiteira Odebrecht no Brasil. Para a PF, os dados divergem da versão apresentada pelo casal nos depoimentos prestados nesta semana. Com base na afirmação, os delegados e procuradores da Operação Lava Jato pediram a prorrogação da prisão de Santana e de Mônica por mais cinco dias.

No relatório, a PF afirma que apreendeu uma planilha na casa da investigada Maria Lúcia Tavares, funcionária da Odebrecht, que, segundo as investigações, seria responsável pelos pagamentos a Santana.

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No documento intitulado Feira-Evento 14 foram identificados sete pagamentos, que totalizam R$ 4 milhões, e fazem referência às palavras Cid, São e totalmente atendida. Segundo a PF, os termos Cid e São levam a crer que trata-se da cidade de São Paulo; o termo Feira faz referência ao apelido de João Santana.

"Os dados levam a crer que o programa Feira-Evento 14 recebeu, no período de 24/10/2014 a 07/11/2014, sete pagamentos em reais, o que desqualifica qualquer argumentação de pagamentos recebidos apenas no exterior, a qualquer título que seja. Agregue-se a isso que tanto Mônica quanto João Santana foram categóricos ao afirmar que não receberam valores em espécie no Brasil", diz o relatório.

Em entrevista coletiva nesta manhã, os advogados de Santana e Mônica refirmaram que eles não receberam dinheiro da Odebrecht no Brasil. A defesa afirma que eles obtiveram recursos da empreiteira no exterior, porque era a única forma de receber pelos serviços prestados nas campanhas na Venezuela e em Angola.  A Agência Brasil entrou em contato com a Odebrecht a aguarda retorno.

Depoimento à PF

No depoimento prestado desta sexta-feira (25) à PF, o publicitário João Santana declarou que não recebeu dinheiro no exterior sobre serviços prestados para campanhas eleitorais no Brasil e que não tem relacionamento com a empreiteira Odebrecht.

Mônica Moura, mulher do publicitário, admitiu que recebeu dinheiro não contabilizado nas campanhas eleitorais de Hugo Chavez, na Venezuela, e do presidente de Angola, José Eduardo Santos. No entanto, ela negou que tenha recebido recursos ilegais em campanhas do PT, PDT e PMDB nas quais trabalhou.

O advogado Fábio Tofic, representante do casal, afirma que não há mais motivos para que eles continuem preso, sendo que eles admitiram, em depoimento à Polícia Federal, que receberam recursos lícitos em contas não declaradas no exterior e autorizaram o acesso às suas movimentações bancárias.

A Polícia Federal, a Controladoria-Geral da União e o Ministério Público Federal (MPF) deflagraram a segunda fase da Operação Andaime, no município de Cajazeiras (PB). A polícia cumpre mandados de busca e apreensão, de prisão preventiva e de condução coercitiva na região e nos municípios de Monte Horebe, Bonito de Santa Fé e Uiraúna. A prefeita da cidade de Monte Horebe, no sertão paraibano, Cláudia Dias (PSB), foi presa na manhã de hoje (18).

A Operação Andaime desarticulou organização criminosa que fraudava licitações em obras e serviços de engenharia executados por 16 prefeituras da região da Paraíba. A prefeita Cláudia Dias era a executora do contrato de coleta de resíduos sólidos por meio de empresas fantasmas. O MPF estima que a organização tenha movimentado mais de R$ 18 milhões em recursos federais.

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O empresário Mário Messias Filho, o Marinho, foi denunciado pelo Ministério Público por agir para impedir e dificultar a investigação sobre organização criminosa. Nesta segunda fase são cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, dois mandados de prisão preventiva e dois mandados de condução coercitiva, todos expedidos pela 8ª Vara Federal da Seção Judiciária da Paraíba.

As investigações indicam que os criminosos atuavam, pelo menos, desde 2009, desviando recursos federais por meio de irregularidades em licitações e contratos públicos, em especial a montagem de procedimentos licitatórios e a venda de notas fiscais. Os crimes também incluem lavagem de dinheiro por meio de empresa fantasma.

Os promotores responsáveis pela investigação da relação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com um triplex em Guarujá (litoral paulista) criticaram a suspensão do depoimento marcado para esta quarta-feira (17). Para eles, a medida prejudica o inquérito que apura se o ex-presidente tentou ocultar que seria proprietário do imóvel, praticando o crime de lavagem de dinheiro.

A tomada de declarações de Lula e sua mulher, Marisa Letícia, foi cancelada por uma decisão liminar do Conselho Nacional do Ministério Público. A liminar atendeu a uma representação do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que acusa o promotor Cassio Conserino de ter feito um prejulgamento do caso ao dar entrevista a uma revista de circulação nacional antes mesmo de ouvir os depoimentos.

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“A decisão proferida na data de 16/02/16 (ao fim da noite) pelo Conselho Nacional do Ministério Público, de suspender a oitiva do ex-presidente da República e de sua esposa, na véspera do ato procedimental em investigação criminal conduzida pela Promotoria de Justiça Criminal da Barra Funda é medida que prejudica o trâmite da investigação criminal”, diz o comunicado assinado pelos promotores Cassio Conserino, Fernando Henrique de Moraes Araújo, José Reinaldo Carneiro e José Carlos Blat.

Os promotores afirmam que o conselho foi “induzido ao erro” pela representação de Paulo Teixeira e que a entrevista mencionada apenas esclareceu fatos de interesse público.

“Quanto à alegada participação de juízo de valor noticiada pela imprensa escrita, esclarecem que foram apenas divulgados fatos e informações de interesse público, sem que isso possa gerar qualquer suspeição dos promotores de Justiça condutores da investigação”, enfatiza o documento.

O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Marco Elias Rosa, também divulgou nota de apoio aos promotores que investigam Lula. “Salienta a Procuradoria-Geral de Justiça, desde já, que confia nos acertos da atuação de seus membros, que contam com o irrestrito apoio desta Procuradoria-Geral de Justiça para defesa de suas prerrogativas”, diz o comunicado.

Lula nega acusações

O Instituto Lula reafirmou, em nota, que o ex-presidente nunca foi proprietário do apartamento triplex alvo de investigação. “Lula e Marisa adquiriram apenas, em 2005, uma cota-parte referente ao antigo condomínio Mar Cantábrico, então sob responsabilidade da Bancoop [Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo]. Essa aquisição foi devidamente declarada ao Fisco e tanto a Justiça como a imprensa dispõem de documentos que comprovam estes fatos”.

Apesar de ter participação no empreendimento, Lula diz que optou por não adquirir o imóvel após a conclusão do edifício. O projeto acabou sendo assumido pela construtora OAS devido aos problemas financeiros enfrentados pela Bancoop.

O comunicado do instituto atribuiu as suspeitas sobre o ex-presidente à veiculação de notícias de “má-fé sensacionalista”, com informações falsas atribuídas a fontes não identificadas. “O editor-chefe do jornal [O Globo] e os repórteres que assinam a reportagem estão sendo processados por Lula em grau de recurso”, acrescenta a nota.

O Instituto Lula, através de sua assessoria de imprensa, rebateu as críticas do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e recomendou que o governador explique "desvios" no estado. Em evento na manhã deste sábado, Alckmin afirmou que o "ex-presidente é o retrato do Partido dos Trabalhadores (PT), que está envolvido em corrupção".

Em resposta à questionamento do Broadcast, a entidade afirma que "seria mais proveitoso para a população de São Paulo se o governador explicasse os desvios nas obras do metrô e na merenda escolar, a violência contra os estudantes e os números maquiados de homicídios no estado, ao invés de tentar desviar a atenção para um apartamento que não é e nunca foi de Lula".

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Nesta semana, a Polícia Federal deflagrou a 22ª fase da Lava Jato, tendo como foco obras da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), entre elas o edifício Solaris, no Guarujá (SP), onde a esposa de Lula, Marisa Letícia, teve direito de compra de um apartamento. O ex-presidente e a ex-primeira-dama foram intimados pelo Ministério Público de São Paulo a depor sobre o apartamento, na condição de investigados - a investigação tenta descobrir se houve ocultação de patrimônio.

"Eu acho que o Lula é o PT. O Lula é o retrato do PT, partido envolvido em corrupção, sem compromisso com as questões de natureza ética, sem limites. É muito triste o que estamos vendo", disse o governador, em evento realizado em São Paulo. "O que a sociedade espera é que seja apurado com absoluto rigor e se faça justiça".

A fala de Alckmin aos jornalistas ocorreu após solenidade de entrega de 734 novas viaturas para as polícias Civil e Militar, destinadas às unidades da capital. Desse montante, 265 novos veículos serão destinados à Polícia Civil, enquanto a Polícia Militar receberá 469 viaturas. O investimento total do Estado para a renovação da frota foi de mais de R$ 56 milhões.

O ex-líder do PT no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), preso pela Lava Jato, tem até o dia 18 de fevereiro para apresentar sua defesa no Conselho de Ética da Casa. A informação foi repassada pelo senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), relator do processo contra o petista no colegiado, em entrevista à Rádio Senado, nesta quarta-feira (27). A entrega deve acontecer em no máximo dez dias úteis a contar da retomada dos trabalhos legislativos, em 2 de fevereiro.

O relator explicou ainda que, tão logo receba a defesa, terá um intervalo de cinco dias para apresentar o relatório preliminar, quando vai responder se admite ou não a representação contra o petista apresentada pela Rede Sustentabilidade em conjunto com o Partido Popular Socialista (PPS), pedindo a cassação do mandato do senador.

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“Sendo o relatório aceito pelo Plenário do Conselho de Ética, tem início uma segunda fase. Vamos ouvir pessoas que possam contribuir para a formação do parecer conclusivo. Feito isso, o senador Delcídio também pode apresentar a sua defesa final”, explicou Ataídes.

A expectativa do tucano é que o processo no Conselho de Ética siga até a segunda quinzena de março. “Depois passa para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, que vai analisar a parte jurídica do relatório. Em seguida, o processo seguirá ao Plenário do Senado. Acho que se tudo caminhar rapidamente o desfecho será até 15 de abril”, estimou o senador.

Delcídio do Amaral está preso desde 25 de novembro do ano passado. A prisão foi autorizada pelo ministro relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavaski, que atribuiu ao senador à tentativa de obstruir as investigações.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, autorizou a quebra de sigilo bancário e fiscal do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Serão coletados dados no período entre 2010 e 2014. O pedido foi enviado, segundo informações publicadas pela revista Época, pela Procuradoria Geral da República, durante a Operação Catilinárias, que cumpriu mandados de busca e apreensão na residência oficial do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). 

Na mesma decisão, Zavascki rejeitou o mandado de busca e apreensão na casa do senador e autorizou a revista na sede do PMDB em Alagoas, reduto eleitoral dele. Além disso, no despacho, o ministro destaca que um dos pagamentos a Renan veio possivelmente do contrato de R$ 240 milhões para a construção de 20 comboios de barcaças, disputado em licitação, e a empresa que venceu teria feito doações para o PMDB de Alagoas. 

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"Constata-se que em 19 de julho de 2010 ocorreram duas transferências para a campanha de José Renan Vasconcelos Calheiros, ambas no valor de R$ 200 mil perfazendo-se o total de R$ 400 mil correspondentes aos valores depositados pelas empresas que fraudulentamente venceriam a licitação em comento", diz o documento do ministro, divulgado pela revista. 

O advogado de defesa de Renan Calheiros, Eugênio Pacelli, colocou-se “perplexo” diante da determinação já que, segundo ele, o peemedebista havia se colocado à disposição da Justiça em maio.  

A Polícia Federal (PF) em Pernambuco está à procura de um homem que tem utilizado diferentes nomes para atuar como médico em plantões de cidades do interior. Amaraji, Afogados da Ingazeira, Glória do Goitá e Lagoa do Carro são alguns dos municípios onde o “falso médico” tem atuado com o CRM (licença médica) de outros profissionais. 

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Investigações acerca do suspeito tiveram início quando Bruno Tenório Gonçalves, um clínico geral do Recife, chegou à PF com a informação de que outra pessoa estaria utilizando o número do seu CRM para atuar em outras cidades. O nome usado pelo suspeito seria Bruno Silva e ele também seria conhecido como Bruno Doido. 

Na denúncia, Bruno Tenório afirmou conhecer o “falso médico” de vista, por ter feito com o acusado três períodos do curso na Faculdade de Medicina Nova Esperança, em João Pessoa, Paraíba. O profissional descobriu que o suspeito utilizou seu CRM no Hospital João Murilo, em Glória do Goitá, e foi até o local. Lá, soube que o homem fazia plantões esporádicos há aproximadamente um ano e seis meses e, no dia em questão, havia atendido 80 pacientes, prescrito medicação e até mesmo entubado paciente em estado grave. 

Imagens do circuito interno do Hospital João Murilo mostram o suposto médico no dia 28 de outubro, entrando com um paciente inconsciente na emergência. Na gravação, o acusado fala com o médico plantonista e pede a transferência do paciente até o município de Palmares. O homem é investigado por falsidade ideológica e exercício ilegal da medicina; se preso, pode pegar dez anos de reclusão. 

A Polícia Federal realiza, desde então, investigações na tentativa de encontrar o falso médico, junto à Polícia Civil. Informações sobre o acusado podem ser passadas para o Disque-Denúncia de Pernambuco, através dos números 3421-9595 (Recife) e 3719-4545 (Interior e Agreste). 

As investigações sobre a queda do jato russo na Península do Sinai este domingo começam a se concentrar na possível causa e há indicações de que o avião teria se despedaçado em pleno ar. Equipes do Egito continuam a buscar por evidências e tratar da recuperação de vítimas.

O chefe do Comitê de Aviação Interestadual da Rússia, Viktor Sorochenko, disse neste domingo que o avião quebrou em pleno voo e que destroços caíram ao redor de uma área de 20 quilômetros quadrados. "É muito cedo para falar de conclusões", disse a jornalistas no Cairo. "A quebra ocorreu no ar".

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Ambas as caixas pretas do avião, que gravam dados de voo, foram recuperadas e a análise delas começa ainda neste domingo. Um time russo começou a trabalhar com o comitê de investigação do governo egípcio.

O Egito ampliou nos últimos anos sua capacidade técnica de lidar com investigações de quedas de aviões, incluindo a habilidade para extrair informações das gravações de voz da cabine e dados de navegação com agilidade, segundo especialista em segurança de aviação familiar com as investigações. Autoridades poderiam ter informações úteis já nos próximos dias ou mesmo horas depois de iniciada a extração de dados da caixa preta, afirmou.

O Airbus A321, operado pela companhia russa Kogalymavia e que voava para São Petesburgo saindo de Sharm El Sheikh, no Egito, caiu na região do Sinai na manhã de sábado.

Os comentários de Sorochenko ocorrem no momento em que o histórico da aeronave e possíveis danos anteriores se tornaram um foco nas investigações. O avião foi construído em 1997, o que o torna um dos mais velhos A321 em serviço, com mais de 21 mil voos e mais de 56 mil horas de vôo, segundo disse a Airbus no sábado.

A aeronave envolvida no acidente já havia sofrido danos na cauda em 2001 ao aterrissar no Cairo. O evento já havia capturado a atenção de especialistas em segurança e de alguns investigadores, segundo pessoas com conhecimento das investigações. Isso porque parte dos fragmentos da cauda foi encontrada em local separado do restante da fusilagem, sugerindo que a porção traseira do avião pode ter se quebrado antes do impacto.

Segundo a Kogalymavia, a aeronave tinha passado por todas as checagens de manutenção necessárias. Ainda assim, quando um acidente afeta significativamente a estrutura de um jato, a empresa aérea normalmente consulta o fabricante e pede que dê assistência ao trabalho a ser feito. Não está claro se isso ocorreu quando o A321 foi reparado anos atrás.

Embora autoridades tenham indicado que a causa provável do acidente tenha sido problemas mecânicos, a queda também trouxe preocupações de um possível ato de terrorismo. O braço do Estado Islâmico no Egito assumiu responsabilidade pela derrubada do avião dizendo que o ataque foi uma resposta ao papel dos russos na guerra da síria, mas não enviou qualquer filmagem ou fotografia que comprove a alegação.

O Estado Islâmico e seus afiliados tem feito com frequência alegações exageradas e oficiais dizem que duvidam da capacidade do grupo de promover tal ataque. Diversas companhias aéreas, no entanto, decidiram suspender voos sobre o Sinai até que mais informações sejam conhecidas sobre o acidente.

Um total de 163 corpos, dentre 224 mortos no acidente, já foram recuperados até o momento e enviados a um necrotério. Jornalistas não puderam visitar a cena do acidente como parte de uma restrição geral no Sinai devido a contínuas operações militares contra combatentes armados. Fonte: Dow Jones Newswires.

O publicitário Jeferson Monteiro, criador do perfil Dilma Bolada, negou em depoimento a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Crimes Cibernéticos, nesta quinta-feira (29), que preste serviço ao Partido dos Trabalhadores. Ele confirmou que sua empresa, Moj Comunicação, possui um contrato de R$ 20 mil com a agência Pepper para fazer trabalhos de monitoramento de redes e estratégia para os clientes da empresa, mas que não há nenhuma relação com o PT. 

Questionado pelo deputado Sandro Alex (PPS-PR) se a matéria publicada pela revista Época de que o PT pagava a Moj Comunicação por meio da agência Pepper era verídica, Monteiro negou. Jeferson Monteiro também informou que seu contrato com a agência Pepper começou em janeiro e contestou que tenha recebido qualquer recurso na campanha do ano passado da presidente Dilma Rousseff.

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Segundo ele, o contrato com a agência Pepper é de confidencialidade e, portanto, não pode revelar detalhes, mas se propôs a entregar à CPI a movimentação financeira de sua empresa.

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O deputado Daniel Coelho (PSDB) questionou se a publicação postada no perfil Dilma Bolada retirando o apoio ao governo da presidente Dilma tem alguma relação com o fim do contrato entre o PT e a agência Pepper, ocorrido no mesmo período.

Monteiro informou que seu contrato com a Pepper vai até março do próximo ano e negou que haja relação entre os dois fatos. Segundo ele, foi uma manifestação de frustração com os rumos do governo.

“O que eu disse foi justamente algo pessoal, e nada teve a ver com o trabalho [da agência Pepper]; e fiz o monitoramento que sempre faço. O que expus foi em relação ao governo ter tomado atitudes das quais eu me surpreendi, como a demissão do ministro Renato Janine Ribeiro, que seria alguém que poderia iniciar uma reforma da educação de base no País. Não poderia continuar apoiando da forma como fazia, mas defendo o mandato dela”, frisou.

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O Ministério Público Federal concluiu que houve crime de extorsão nas investigações sobre a suposta compra de medidas provisórias para beneficiar as empresas MMC Automotores e CAOA. Segundo os procuradores da República, o principal investigado pela extorsão "falava em nome de parlamentares".

Trata-se de Halysson Carvalho, que foi preso nesta segunda-feira, 26. De acordo com as investigações, ele encaminhou um e-mail à MMC, exigindo o pagamento de US$ 1,5 milhão para não entregar um dossiê sobre o caso à imprensa.

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A extorsão foi motivada por falta de pagamento da propina inicialmente negociada pelo consórcio SGR/Marcondes & Mautoni, que tinha expectativa de receber R$ 32 milhões. "Robusta prova documental demonstra que a MMC pagou R$ 17,4 milhões ao consórcio, mas a CAOA não pagou sua parte", diz a decisão da Justiça.

Ainda não está claro para quem Halysson pediu o dinheiro. O Ministério Público tem duas hipóteses. A primeira é que ele falava em nome de parlamentares. A outra hipótese é que ele foi contratado pela SGR "para extorquir a MMC". O jornal O Estado de S. Paulo não localizou representantes da defesa de Halysson ontem para comentar as acusações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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