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O juiz federal da 13ª Vara de Curitiba Luiz Antonio Bonat declinou, para a Justiça Eleitoral de Mato Grosso do Sul, a competência para julgar a ação penal contra o ex-senador Delcídio do Amaral e outros nove investigados por suposta corrupção passiva e lavagem de dinheiro de US$ 17 milhões na aquisição de 50% da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), pela Petrobras.

O pedido de exceção de incompetência foi apresentado pela defesa do próprio ex-parlamentar, que é delator, e é embasado na argumentação de que o Supremo Tribunal Federal decidiu que crimes comuns conexos com eleitorais são de competência da Justiça Eleitoral.

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Em parecer sobre o pedido, a força-tarefa rebateu e afirmou que a "peça acusatória não narra a utilização de caixa dois eleitoral, não tendo sido identificado o real emprego dos recursos ilícitos repassados ao excipiente, do que é evidente não se poder afirmar o seu emprego não declarado em campanha eleitoral e, muito menos, a hipotética falsidade em prestação de contas".

"Para que se pudesse cogitar da existência de crime eleitoral deveriam estar presentes nos autos elementos probatórios suficientes para demonstrar o emprego dos recursos recebidos por Delcídio do Amaral em sua campanha eleitoral, o que no caso não está presente. Na ausência de tais elementos, mostra-se inviável o declínio de competência de ação penal já instaurada para apurar pretenso crime cuja materialidade sequer se apresenta em grau mínimo", sustentam.

O juiz federal, no entanto, afirmou que "embora a presença de razões para se concluir pela existência de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em detrimento da Petrobras, conforme descrito por ocasião do recebimento da denúncia, firmando a competência deste Juízo para o processo e julgamento, como acima exposto, também é possível concluir pela existência de indícios, em tese, da prática do crime de falsidade ideológica (caixa 2 eleitoral) por parte de Delcídio do Amaral Gomez".

"Desta forma, mesmo que o precedente do STF ainda não apresente caráter definitivo, sendo necessária uma definição quanto à extensão da sua aplicação, bem como quanto à abrangência dos efeitos de sua modulação, por ora, ante os fortes indícios da prática de caixa 2 eleitoral nos presentes autos, mostra-se suficiente o fundamento para a remessa do feito à Justiça Eleitoral, até porque, conforme restou decidido pelo próprio STF, será na Justiça Eleitoral que deverá ocorrer a análise mais aprofundada acerca da existência ou não de delito eleitoral e a eventual conexão entre o delito eleitoral e o crime comum supostamente vinculado a ele", anotou.

O magistrado lembra que na ação, consta que na própria delação de Delcídio que ele teria se utilizado de parte dos recursos para caixa dois de sua campanha de 2006, ao Estado do Mato Grosso.

Banco dos réus

Delcídio está no banco dos réus nesta ação desde março de 2018, por decisão do então juiz federal Sérgio Moro. Segundo a denúncia, em 2005, Alberto Feilhaber, vice-presidente da Astra Oil à época, pactuou com o então gerente-executivo da Diretoria Internacional Luis Moreira o pagamento de propina de US$ 15 milhões para que funcionários da Petrobras atuassem em favor dos interesses da empresam belga no processo de compra de 50% da refinaria de Pasadena pela estatal brasileira.

Os valores de propina recebidos foram divididos entre ex-funcionários da Petrobras que participaram ativamente do processo de compra e venda: Nestor Cerveró, Paulo Roberto Costa, Luis Carlos Moreira, Carlos Roberto Martins Barbosa, Rafael Mauro Comino, Agosthilde Monaco de Carvalho e Aurélio Oliveira Telles.

Além dos ex-empregados da Petrobras, outras pessoas que tiveram participação no esquema também se beneficiaram com parte dos valores: o consultor Cezar de Souza Tavares, os operadores financeiros Fernando Soares e Gregório Marin Preciado e o próprio Alberto Feilhaber.

O ex-senador Delcídio do Amaral Gomez também recebeu parcela desse montante, em razão de acordo que mantinha com os ex-diretores da Petrobras Nestor Cerveró e Renato Duque, assim como por ter tido atuação fundamental na nomeação de Nestor Cerveró para a Diretoria Internacional da Petrobras, segundo narra o Ministério Público Federal.

Por força do acerto, Delcídio do Amaral teria sido agraciado com ao menos US$ 1 milhão do total de US$ 15 milhões acertados inicialmente.

O senador cassado Delcídio do Amaral presta depoimento nesta sexta-feira (3), às 14h, em Curitiba ao juiz federal Sérgio Moro, na ação penal que investiga o ex-ministro Antônio Palocci, o empreiteiro Marcelo Odebrecht e mais 13 pessoas. Delcídio é testemunha de acusação no processo, onde os réus foram denunciados pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

Em delação premiada feita em outubro do ano passado, Delcídio detalhou a suposta atuação do ex-ministro no relacionamento entre empresários e o governo federal à época do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o senador cassado, Palocci teria a missão de fazer a ponte entre o governo e os empresários para beneficiar campanhas políticas. “Antônio Palocci era como se fosse o software do Partido dos Trabalhadores (PT), enquanto João Vaccari Neto e José Di Filipi eram hardware, ou seja, executores daquilo que Palocci pensava e estruturava”, afirmou aos procuradores.

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Além de Delcídio, também prestam depoimento nesta sexta-feira a ex-funcionária da Odebrecht Maria Lúcia Guimarães Tavares, o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco e o engenheiro Zwi Skornicki. Todos assinaram acordo de delação premiada e têm a obrigação de contar o que sabem.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, Palocci e a Construtora Odebrecht teriam estabelecido um “amplo e permanente esquema de corrupção” entre 2006 e 2015.

A defesa de Palocci nega as acusações. O ex-ministro foi apontado pelos investigadores como o “italiano” - nome que aparece na planilha da Odebrecht -, mas o advogado José Roberto Batocchio rebate, garantindo que o apelido não se refere ao ex-ministro.

Durante entrevista concedida a uma rádio, o ex-senador Delcídio do Amaral falou sobre o governo Lula, eleição nos Estados Unidos e sobre delação premiada. Ele disse reconhecer seu “erro”. “Eu vejo algumas pessoas noticiarem que eu fui pressionada. Nada. Eu tomei a decisão sobre a colaboração [ delação premiada] na primeira semana. No primeiro dia, talvez. Quando eu não tinha entendido porque tinha ocorrido a minha prisão, já reconheci o erro que cometi. Na verdade, havia uma grande articulação”, disse.

“Eu mesmo disse aos procuradores e aos delegados da Policia Federal que se estou atrapalhando vou tratar de desatrapalhar. Agora, assumindo uma postura muito clara. Fiz uma colaboração muito focada. Ficar atacando os outros que já estão sofrendo por causa disso e que fizeram muitas coisas a mando dos que estavam pousando de éticos, com aquele discurso hipócrita, desse eu jamais falaria porque o objetivo para que a Lava Jato tenha efeito é que, como a gente diz no Pantanal, que ela valha de mamando a caducando. Ou seja, tem que pegar, tem que responsabilizar a todas as pessoas que, de certa maneira, protagonizaram o que aconteceu no Brasil nos últimos anos”, acrescentou sobre a delação.

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Delcídio também disse que não é político de carreira. “Quando percebi as notícias, entendi um pouco o que estava ocorrendo e, de certa maneira, teve uma postura no sentido de me desqualificar, eu que tenho história. Eu não sou político de carreira, eu sou engenheiro. Eu trabalhei nas maiores empresas do Brasil e em algumas das maiores empresas do mundo. Tudo o que conquistei na vida foi trabalhando duro, suando a camisa. Passei pela Petrobras, por Eletrobrás, fui ministro do presidente Itamar, ou seja, eu tenho uma história de vida como executivo e engenheiro”.

Sobre o cenário atual no país, Delcídio declarou que a economia ainda vai continuar “sofrendo” muito. “O Brasil está andando de lado, pelo menos, são as perspectivas de que o país vai pela lateral até 2018. Vemos os grandes números da economia que não se vislumbram grandes alterações nos próximos meses. Acho que agora também nós temos um fator complicador que é esse novo cenário que se apresenta com a eleição de Donald Trump, nos Estados Unidos que, independente do discurso político, vai ser um presidente protecionista. (...) É um governo olhando, principalmente, os interesses dos americanos”.

Questionado em que momento o país começou a “derrocar” ele pontuou que “foi pós-Mensalão. Quando vem o Mensalão, o Governo Lula teve que se rearrumar internamente. Ele começa a compartilhar o governo, especialmente, com o PMDB. Ele escolhe o PMDB como seu parceiro principal e, consequentemente, a Petrobras passa a ter um papel fundamental sob o ponto de vista político (...). Do ponto de vista de sustentação do governo. Ali, que começa os primeiros passos”, contou.

 

 

 

Mais uma declaração feita, nesta segunda-feira (14), expõe de forma negativa o ex-presidente Lula. Em uma entrevista concedida a uma rádio, o ex-senador Delcídio do Amaral declarou que Lula era atuante e acompanhava tudo o que acontecia na Petrobras. “O Lula nunca sabe de nada, né? No Mensalão também(...)Ele era um presidente protagonista, atuante”, disparou.

“Ficou muito claro quem era quem no processo do Mensalão e na Petrobras isso ficou muito claro. Dizer que isso começou agora, não é verdade. Corrupção, Caixa 2, não é privilégio do PT, isso já existia, mas, no caso do governo Lula, a Petrobras teve uma participação muito mais ampla no governo. Era política de Estado então, naturalmente, exigia um acompanhamento muito mais próximo de um presidente e dos seus ministros”, acrescentou.

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Sobre a ação de danos morais que os advogados do ex-presidente protocolou contra o ex-senador, na última sexta-feira (11), Delcídio disse que é uma estratégia deles já esperada. “Batendo na tese de vitimização e tentando desqualificar, mas, nós já esperávamos esse tipo de atitude. Não é nenhuma novidade”.

Na ação, a defesa de Lula alega que o ex-líder do governo de Dilma no Senado “em delação ter mentido ao dizer que Luiz Inácio Lula da Silva agiu para obstruir a Justiça”. O petista quer R$ 1,5 milhão.

 

 

 

 

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) o segundo pedido de abertura de inquérito contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) feito pela própria procuradoria. O ministro determinou que seja dada vista ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Na semana passada, Mendes foi designado pelo presidente da Corte, Ricardo Lewandowski, como relator do segundo pedido. A escolha do ministro foi feita depois que o também ministro do STF, Teori Zavascki, relator dos processos relativos à Operação Lava Jato no STF, pediu à presidência do Supremo que o novo pedido fosse redistribuído, por entender que não tem relação com a Lava Jato.

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O segundo pedido de abertura de inquérito é relativo ao conteúdo da delação premiada do senador cassado Delcídio do Amaral. Janot citou, além de Aécio Neves, o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP) e o ex-deputado e atual prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (PMDB).

De acordo com o ex-senador Delcídio do Amaral, durante os trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquéritos (CPMI) dos Correios, criada para investigar denúncias do mensalão, Aécio Neves, à época governador de Minas Gerais, “enviou emissários" para barrar quebras de sigilo de pessoas e empresas investigadas, entre elas o Banco Rural. Segundo Delcídio do Amaral, um dos emissários era Eduardo Paes, então secretário-geral do PSDB.

Delcídio afirmou, na delação, que o relatório final da CPMI dos Correios foi aprovado com "dados maquiados" e que Paes e o deputado Carlos Sampaio tinham conhecimento dos fatos. Na época em que o pedido foi apresentado ao STF, Aécio Neves, Carlos Sampaio e Eduardo Paes, por meio de notas, negaram as acusações.

Mendes já é relator de um inquérito que teve o pedido de abertura feito também pela PGR contra o senador. O inquérito chegou a ser aberto por Mendes depois que o pedido de abertura foi redistribuído, já que Teori Zavascki entendeu que não tinha relação com a Lava Jato. No dia seguinte à abertura, Mendes suspendeu a coleta de provas e devolveu o inquérito a Janot, para reavaliação. No despacho, Mendes ressaltou que a defesa do senador demonstrou não existirem novos fatos que embasem o pedido de investigação.

A presidenta Dilma Rousseff (PT) afirmou, nesta quarta-feira (4), que as denúncias feitas pelo senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS)  são “absolutamente levianas e sobretudo mentirosas”. “O senador Delcídio tem a prática de mentir e isso ficou claro ao longo de toda essa questão relativa à sua prisão a partir das gravações. Tenho certeza que a abertura do inquérito vai demonstrar apenas que o senador, mais uma vez, faltou com a verdade. Tenho consciência das mentiras do senador Delcídio do Amaral. Acho que a credibilidade do senador é bastante precária”, disse Dilma à imprensa, após cerimônia no Palácio do Planalto.

Dilma fez a declaração em resposta ao pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que solicitou ontem (3) ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para iniciar uma investigação contra ela, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo. O procedimento tramita de forma sigilosa.

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O pedido é baseado na delação premiada feita pelo senador Delcídio do Amaral. Em uma das oitivas, o senador acusou a presidenta e Lula de terem interesse em nomear, no ano passado, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Marcelo Navarro para barrar as investigações da Operação Lava Jato e libertar empreiteiros presos. Na época, Cardozo ocupava o cargo de ministro da Justiça, responsável por indicar informalmente à Presidência da República nomes de possíveis candidatos ao cargo no STJ.

“Acredito que é necessário investigar de onde surgem essas afirmações do senador e comprovar. Lamento que, mais uma vez, algo muito grave tem acontecido: foi o vazamento. O vazamento de algo que pela imprensa eu tomei conhecimento. O vazamento de algo que tudo indica estava sob sigilo, que estranhamente vaza às vésperas do julgamento [do impeachment] no Senado. Aqueles que vazaram têm interesses escusos e inconfessáveis”, acrescentou Dilma.

A presidenta informou que vai solicitar ao advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, que peça ao STF a apuração dos vazamentos de informações. “Esses vazamentos têm uma característica. Você vaza. Depois, se se caracterizar que nada há, o dano já foi feito. O que querem com isso? Querem o dano feito. Sempre fui a favor de investigações. E quero que essa seja investigada a fundo, inclusive quero saber quem é o autor ou autores do vazamento”.

Caberá ao ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Operação Lava Jato no Supremo, decidir sobre a abertura do pedido de investigação de Dilma, Lula e Cardozo. Ainda não há data para a tomada da decisão.

O senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) pediu à Mesa Diretora do Senado, nesta quarta-feira (4), uma nova licença de até 100 dias para “tratar de assuntos particulares”.  O pedido, entretanto, é protocolado no mesmo dia em que a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Casa deve analisar a recomendação do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar para a cassar o mandato do ex-líder do governo. 

A CCJ vai verificar se o parecer respeita os aspectos constitucional, legal e jurídico. O prazo para essa avaliação é de até cinco sessões ordinárias. O processo já foi incluído na pauta da comissão de hoje. 

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A perda do mandato foi proposta pelo relator do caso, senador Telmário Mota (PDT-RR). Segundo ele, “não há dúvidas que Delcídio do Amaral abusou das prerrogativas constitucionais ao ter uma conversa considerada incompatível com a conduta de um parlamentar”. Telmário reportou-se à gravação de conversa mantida por Delcídio com Bernardo Cerveró, filho de Nestor Cerveró, na qual o parlamentar teria negociado ajuda para o ex-diretor da Petrobras não fechar acordo de delação premiada na Operação Lava Jato.

“Quando um senador se propõe a auxiliar na fuga de um criminoso e a intervir no funcionamento de um tribunal, ele não só atinge o decoro parlamentar, como também macula a imagem do próprio Senado”, argumentou Telmário.

Delcídio do Amaral não compareceu a nenhuma das quatro reuniões do Conselho de Ética para apresentar sua defesa. A função coube a dois advogados. Os defensores propuseram uma pena mais branda - a perda temporária do mandato. Consideraram que Delcídio não é passível da punição máxima, uma vez que não há, no caso, enriquecimento ilícito.

Os advogados informaram ainda que vão recorrer da decisão do Conselho na CCJ e também no Supremo Tribunal Federal (STF). Eles declararam não haver provas legais que incriminem Delcídio. 

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo disse nesta segunda-feira (2) que repudia as ilações associadas a seu nome na delação premiada do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) na Operação Lava Jato.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para iniciar as investigações contra pessoas citadas no acordo de delação premiada do senador, incluindo o ministro.

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“Ao tempo que reitera o repúdio às ilações associadas a seu nome na referida delação premiada, desprovidas de qualquer verossimilhança, o ministro Vital do Rêgo informa que está à disposição das instituições para qualquer esclarecimento”, acrescentou nota divulgada pelo TCU.

Além de Vital do Rêgo, Janot pretende investigar o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, e o deputado federal Marco Maia (PT-RS).

Caberá ao ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo, decidir pela autorização.

Mesmo após um apelo da defesa para conceder outra chance para o senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) se apresentar pessoalmente ao Conselho de Ética do Senado, ele não compareceu à reunião na tarde desta terça-feira, 26. Sem esconder a chateação, os senadores decidiram correr com o processo e devem votar o parecer do relator já na próxima terça-feira, 3, no Conselho de Ética.

"Está encerrada a primeira fase do processo. Eu vou adiantar o meu relatório, vou apresentar na próxima semana e, em seguida, os senadores já poderão votar", disse o relator do processo, Telmário Mota (PDT-RR).

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Foi a sexta vez que o senador Delcídio faltou a uma reunião do Conselho de Ética marcada para ouvir seu depoimento. Apresentando licenças médicas, a defesa conseguiu travar o processo por um mês. Desta vez, os senadores decidiram por finalizar o período chamado de "instrução probatória" e seguir para a apresentação do relatório final.

O único senador que pediu mais prazo para que Delcídio comparecesse ao Conselho foi o tucano Aloysio Nunes (PSDB-SP). Na última semana, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que os tucanos negociavam com Delcídio sua vinda ao Senado para minimizar as citações feitas a Aécio Neves (PSDB-MG) em delação premiada. A estratégia era limpar a imagem do senador mineiro e aproveitar para Delcídio fazer mais acusações contra a presidente Dilma Rousseff às vésperas da votação do impeachment. Aloysio foi voto vencido e até a apresentação do parecer do relator, Delcídio não poderá mais comparecer ao Conselho ou se manifestar pessoalmente.

Nesta nova fase, a defesa do senador terá até a próxima sexta-feira, 29, para apresentar, por escrito, as considerações finais. A partir daí, o relator tem até 10 dias úteis para apresentar o seu relatório. Mas ele adiantou que não usará o prazo e que apresentará o relatório já na próxima reunião.

"Há material suficiente para analisar o caso do senador Delcídio. O relatório não avalia o mérito, nem se houve crime. Vamos analisar se, naquela situação da gravação, houve quebra de decoro parlamentar. Para isso, já temos o suficiente", argumentou. Após a apresentação do relatório, a defesa terá 30 minutos para analisar o documento e se manifestar. Em seguida, a votação pelos senadores já pode ser realizada.

O relator acredita que Delcídio tem usado de medidas protelatórias para atrasar seu julgamento. "Toda vez que o senador Delcídio era convidado a fazer suas oitivas, ele apresentava um atestado, deixava de vir e no dia seguinte dava uma entrevista a um canal de TV, rádio ou revista", criticou.

Tramitação

A votação no Conselho de Ética não é a última fase do processo de Delcídio no Senado. Caso o relator apresente parecer favorável à cassação e tenha o apoio dos demais senadores do conselho, o processo segue para a Comissão de Constituição e Justiça. Lá, os senadores terão até cinco sessões para avaliar e votar a matéria. Por último, o processo segue para o plenário do Senado, onde Delcídio pode ter o mandato definitivamente cassado.

Enquanto isso, Delcídio não está impedido de exercer suas funções como senador. Ele pode retornar ao senado, participar das sessões. Ele, inclusive, pode votar na instauração do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que está prevista para ser realizada no plenário do Senado em 11 de maio. Delcídio já manifestou voto favorável ao afastamento para o Placar do Impeachment do Estadão.

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado remarcou para a próxima terça-feira (26) o depoimento do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS). De acordo com o relator do processo contra o ex-petista, Telmário Mota (PDT-RR), essa será a última chance de o parlamentar apresentar sua defesa. Delcídio faltou a três depoimentos, caso se ausente deste também o relator vai encerrar a fase probatória. 

"Ele não vindo nesse dia, nós vamos obedecer à Resolução nº 20, art. 17-B, que diz o seguinte: 'O conselho poderá convocar o representado ou denunciado para prestar depoimento pessoal.' Se, na próxima terça-feira, ele não vier, nós vamos dar continuidade", reforçou o senador de Roraima.

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As próximas fases do trabalho no Conselho devem ser a apresentação das alegações finais da defesa de Delcídio e do parecer do relator. A defesa deve ser entregue em até três dias úteis a partir do recebimento da intimação. Com a argumentação do senador Delcídio recebida, Telmário Mota terá prazo de dez dias para tornar público o relatório. No parecer final o relator tem as seguintes alternativas a propor: arquivamento da representação; perda temporária do exercício do mandato; perda do mandato; transformação da representação em denúncia; ou ainda aplicação de advertência ou censura.

Delcídio foi preso em novembro do ano passado, por ordem do Supremo Tribunal Federal e com autorização do Senado, porque teria tentado obstruir as investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. O senador foi solto após 87 dias, depois de fechar um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República.

*Com informações da Agência Senado

A defesa do senador Delcídio do Amaral (MS) recorreu nesta sexta-feira (22) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender o processo de cassação contra o parlamentar no Conselho de Ética do Senado. Os advogados alegam que o colegiado tem cerceado o direito de defesa do senador.

Com o recurso, a defesa pretende impedir que o senador preste depoimento ao Conselho de Ética na próxima terça-feira (26). Logo após ser solto, em dezembro do ano passado, Delcídio conseguiu um atestado médico e não compareceu a três depoimentos que foram marcados.

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De acordo com os advogados, a tramitação do processo disciplinar é ilegal porque não foi suspenso durante o período da licença médica, foram rejeitados pedidos de convocação de testemunhas, não foi feito laudo pericial na gravação que justificou sua prisão e falta apensamento da íntegra do inquérito que Delcídio responde no Supremo.

“O não cumprimento das diligências processuais supradeclinadas, as quais devem anteceder o interrogatório do acusado, impedem que o senador seja ouvido perante o Conselho de Ética, sob pena de configurar inversão tumultuária do processo”, sustenta a defesa.

O mandado de segurança foi remetido ao ministro Celso de Mello, que rejeitou o mesmo pedido de suspensão no dia 16 de março.

Delcídio do Amaral foi preso no dia 25 de novembro do ano passado depois que Bernardo Cerveró, filho de Nestor Cerveró, ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, entregou ao Ministério Público o áudio de uma reunião na qual o parlamentar propunha o pagamento de R$ 50 mil por mês à família de Cerveró e um plano de fuga para o ex-diretor deixar o país.

Delcídio foi solto no dia 18 de fevereiro sob condição de se manter em recolhimento domiciliar, podendo deixar a sua residência apenas para ir ao Senado trabalhar e retornando no período noturno. Desde então, ele está de licença médica, que vem senso prorrogada e não retornou à Casa.

A oitiva do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) no Conselho de Ética do Senado foi remarcada para o dia 7 de abril. Desde que deixou a prisão e foi convocado pelo colegiado, que deve decidir se cassa ou não o mandato dele, o parlamentar tem apresentado licenças médicas postergando o interrogatório. 

Ele responde a um processo de quebra do decoro parlamentar. O petista foi preso no dia 25 de novembro, acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato.

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Para evitar manobras, os senadores definiram que Delcídio poderá ir ao Senado prestar o depoimento, ou ser ouvido por videoconferência. Os membros do Conselho oferecem ainda a possibilidade de um grupo deles ir até onde o senador estiver para ouvir a defesa dele.

Na próxima semana os membros do conselho pretendem ouvir Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró; o ex-chefe de gabinete de Delcídio, Diogo Ferreira; e o advogado Edson Ribeiro, que atuou na defesa de Cerveró.

Bernardo foi o responsável por gravar a conversa com Delcídio, Diogo e Edson, na qual o senador oferecia à família Cerveró R$ 50 mil por mês e um plano de fuga para o ex-diretor para que ele não firmasse acordo de delação premiada com o Ministério Público.

“A ausência do senador não prejudica o rito administrativo e o rito que temos que seguir. A partir de agora o relator dá sequência à instrução do processo e chama para serem ouvidas pelo conselho as testemunhas que entender por bem para instruir o processo”, disse o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que representou contra Delcídio.

O relator do caso, senador Telmário Mota (PDT-RR), queixou-se que o senador tenha concedido entrevistas e participado de uma carreata contra o governo, utilizando uma moto, no período em que estava “enfermo” e apresentava atestados médicos. Mota quer agora que o senador seja avaliado por uma junta médica se decidir apresentar nova licença médica após essa – o senador já apresentou duas prorrogações da licença médica.

“Como ele já deu dois atestados de um só médico – e o princípio básico de qualquer trabalhador é que o primeiro pode ser de um médico, mas o segundo já precisa ser de uma junta – então que ele também seja submetido a uma junta médica”, disse Mota.

*Com a Agência Brasil

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Na delação homologada nesta terça-feira (15), senador Delcídio do Amaral (sem partido) menciona a participação do líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT), em negociações para a conquista de recursos para as campanhas eleitorais dele.  

Declarações do ex-petista à Procuradoria Geral da República (PGR) também dão conta de que o senador “agiu com desenvoltura” na Refinaria de Suape, localizada em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR).

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Segundo Delcídio, Humberto firmou parcerias com empresas entre elas a White Martins.  "Ele foi parceiro, entre outras empresas, da White Martins, que sempre contribuiu decisivamente para suas campanhas", afirmou Delcídio. De acordo com apurações do Portal LeiaJá, a White Martins tem sede próxima ao Complexo de Suape. Ainda conforme o delator, o "operador" do senador pernambucano no esquema era “o empresário Mario Beltrão”.

Nos documentos de prestação de contas do senador na campanha de 2010 não constam doações da White Martins, mas há um registro sobre doação da empresa Engeman de Mario Beltrão.O ex-líder do governo no Senado também destaca a proximidade de Humberto Costa com o ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa.

CPI do Carf

O nome de Humberto Costa também é mencionado por Delcídio quando relata o pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que a ex-primeira dama, Marisa Letícia, e o lobista Mauro Marcondes não fossem convocados para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga denúncias de fraudes no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Delcídio diz ter conversado com Costa para que a convocação não acontecesse. 

Outro lado

Sobre o conteúdo da delação, o senador Humberto Costa afirmou, em nota, que a “White Martins jamais contribuiu com qualquer campanha eleitoral” disputada por ele e destacou que a empresa "não está entre as investigadas pela Operação Lava Jato".  

No texto, o parlamentar também pontua que as informações prestadas por Delcídio “são um apanhado de notícias sobejamente já veiculadas” na delação de Paulo Roberto Costa que já alterou seis vezes o teor do depoimento. 

Além disso, o senador disse que “à luz do que precede” solicitou aos seus advogados que requeiram, o mais brevemente possível, a oitiva de Delcídio do Amaral no inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar as acusações anteriores.

 

Homologada nesta terça-feira (15) a delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) teve o conteúdo divulgado. O senador afastado do PT firmou um acordo com a Procuradoria Geral da República (PGR), para colaborar com as investigações do esquema de corrupção na Petrobras, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a legalidade do depoimento. 

Na delação, o parlamentar cita a presidente Dilma Rousseff (PT), o ex-presidente Lula e o vice-presidente Michel Temer (PMDB); além de senadores como Aécio Neves (PSDB), Humberto Costa (PT) e Gleise Holfmann (PT). O ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, falecido em agosto de 2014, também é mencionado.  

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A expectativa inicial é de que sob a posse do material, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, instaure novos inquéritos no STF contra pessoas como foro privilegiado.

Veja o documento na íntegra:

O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) entregou ao Ministério Público Federal (MPF) gravação feita por seu assessor Eduardo Marzagão de três encontros realizados, em dezembro do ano passado, com o ministro Aloizio Mercadante. As informações constam do Termo de Colaboração Premiada nº 5 firmado entre o senador e o MPF.

De acordo com o documento, nesses encontros Mercadante teria oferecido ajuda financeira à família de Delcídio para arcar com custos de advogados “por meio de empresa ligada ao PT”. Mercadante teria dito também que intercederia junto aos presidentes do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, e do Senado, Renan Calheiros, no sentido de favorecer a soltura de Delcídio.

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Ainda segundo o documento, Delcídio disse que Mercadante teria agido como emissário da presidenta da República, Dilma Rousseff, e, “portanto, do governo”.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, homologou, nesta terça-feira (15), a delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) firmada em um acordo com a Procuradoria Geral da República (PGR), para colaborar com as investigações do esquema de corrupção na Petrobras. 

O conteúdo da delação premiada deve ser publicado nos próximos dias, já que o despacho homologado pelo ministro também determinou o fim do segredo de justiça dos depoimentos do senador. 

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O depoimento do petista, de acordo com uma revista de circulação nacional, traz citações a presidente Dilma Rousseff (PT), ao ex-presidente Lula, ao vice-presidente Michel Temer (PMDB) e de senadores como Aécio Neves. 

O ex-líder do governo no Senado acusou Dilma de interferir no Judiciário para barrar as investigações do esquema de corrupção que atuava na Petrobras. Segundo ele, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Marcelo Navarro foi nomeado após ter se comprometido a votar pela soltura de empreiteiros presos na Lava Jato. 

A expectativa inicial é de que sob a posse do material, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, instaure novos inquéritos no Supremo Tribunal Federal contra pessoas como foro privilegiado. 

A suposta delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) tem revelado a participação de diversos políticos nos esquemas de corrupção investigado pela Operação Lava Jato. A mais recente revelação sobre o depoimento aponta que o petista acusou o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), de ser o “grande patrocinador” da indicação de Jorge Zelada para diretor da área internacional da Petrobras. 

De acordo com informações publicadas pelo jornal Folha de São Paulo, nesta sexta-feira (11), o ex-diretor era o elo do PMDB no esquema. Zelada já foi condenado a 12 anos de prisão pela Lava Jato e a possibilidade de que também decida se tornar um delator preocupa o partido.

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Delcídio também aponta ligação entre o vice e o lobista João Augusto Henriques, escolhido para suceder Nestor Cerveró na área Internacional da Petrobras. A indicação, diz, foi barrada por Dilma Rousseff.

A assessoria de imprensa de Michel Temer afirmou que Zelada foi indicado pela bancada do PMDB de Minas e que, “na condição de presidente da sigla”, Temer o recebeu antes da nomeação e em 2011, quando tentou se manter no cargo, mas “não obteve apoio”. O vice-presidente também negou qualquer relação de proximidade com Henriques.

O senador Aécio Neves (PSDB) afirmou, nesta quarta-feira (9), que o esquema de corrupção na Petrobras, investigado pela Lava Jato, “tem um DNA e é do PT”. O posicionamento do tucano foi em resposta à menção do nome dele feita pelo senador Delcídio do Amaral (PT-MS) durante uma suposta delação premiada. Segundo uma reportagem publicada hoje pela Folha de São Paulo, o petista teria relatado um possível envolvimento de Aécio no esquema. 

“Estamos assistindo mais uma tentativa de vincular a oposição e, claro, sempre, o meu nome na Operação Lava Jato. Outras tentativas já ocorreram e foram desmascaradas porque eram falsas. Este escândalo tem DNA e é do PT, por isso temos que apoiar com profundidade a Lava Jato”, observou em vídeo publicado nas redes sociais. 

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O senador afirma ainda que isso não o intimida, mas, pelo contrário, aumenta a sua “determinação de continuar combatendo este governo que tanto infelicita o Brasil”. Ainda no esquete, o tucano diz que vai responder as acusações do envolvimento dele com o povo nas ruas e convoca a população para participar da manifestação contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), agendada para o próximo domingo (13), em diversas capitais do país. 

Além de Aécio, o ex-líder do governo no Senado também menciona o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), e os senadores Edison Lobão (PMDB-MA), Romero Jucá (PMDB-RR) e Valdir Raupp (PMDB-RO).

Veja a íntegra do posicionamento do tucano:

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A suposta delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) não cita apenas o possível envolvimento da presidente Dilma Rousseff (PT) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas aponta também a participação de políticos integrantes da cúpula nacional do PMDB, PSDB e PT, entre eles senadores. 

De acordo com informações publicadas pela Folha de São Paulo, nesta quarta-feira (9), o ex-líder do governo no Senado menciona o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL) e os pares Edison Lobão (PMDB-MA), Romero Jucá (PMDB-RR), Valdir Raupp (PMDB-RO) e Aécio Neves (PSDB-MG).  

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As declarações de Delcídio ainda estão sendo analisadas pela Procuradoria Geral da República (PGR), de acordo com o periódico, e os investigadores da Lava Jato estão apurando se os fatos atribuídos aos senadores são verídicos e se há indícios o suficiente para novos inquéritos. O senador petista nega ter feito qualquer tipo de delação premiada.

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado elegeu por aclamação nesta terça-feira (8) a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) para presidir colegiado em substituição ao senador Delcídio do Amaral (PT-MS). O senadora foi indicada pela bancada do PT para a função e não enfrentou resistência dos demais partidos. O senador Raimundo Lira (PMDB-PB) que exercia a presidência interinamente será o vice-presidente da Comissão.

Delcídio renunciou à presidência da CAE na última terça-feira (1º). No documento o senador licenciado explica que abre mão do cargo porque precisa “se concentrar na apresentação de sua defesa junto ao Conselho de Ética da Casa, no pleno restabelecimento de sua saúde e no retorno à base eleitoral que representa, em Mato Grosso do Sul”.

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Gleisi Hoffmann agradeceu o apoio dos senadores e dedicou a eleição às mulheres. A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) lembrou que Gleisi será a primeira mulher a ocupar a presidência da CAE, uma das comissões mais importantes da Casa, e comemorou que isso tenha ocorrido no Dia Internacional da Mulher.

O líder do governo na Casa, Humberto Costa (PT-PE) também elogiou a escolha de Glesi. “Excelente escolha. A senadora Gleisi é um dos melhores quadros políticos que temos nessa Casa. Afirmativa, conhece os assuntos que fala, tenho certeza que dará contribuições importantes ao país”, disse.

Delcídio do Amaral foi preso no dia 25 de novembro, acusado de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, que investiga corrupção na Petrobras. No dia 19 de fevereiro, o STF autorizou a conversão da prisão preventiva em recolhimento domiciliar noturno e nos dias de folga, enquanto o senador estiver no exercício do mandato. Atualmente, o senador está de licença médica do Senado.

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