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Sem citar nomes, o ex-presidente Luiz Inácio 'Lula' da Silva publicou em suas redes sociais, nesta quinta-feira (14), uma série de mensagens que podem ser entendidas como uma resposta ao aspirante à presidência pelo PDT, Ciro Gomes. O pedetista, que já passou de opositor, para aliado e então novamente opositor de Lula, adotou o antipetismo como aspecto da publicidade mais recente, já em tom de campanha para 2022. "Pra que eu vou fazer autocrítica se vocês podem me criticar? É mais saudável. Se eu ficar me criticando o que vai sobrar pros outros falarem?", indagou Lula.

Em vídeo publicado na segunda-feira (11), Ciro dedicou episódio 16 da sua série política ao petista, alegando que o patrono do PT "nunca pediu perdão" pelos erros que cometeu durante sua gestão, e que está se "juntando aos mesmos" de antes. Em novo vídeo, desta quinta-feira (14), voltou a mencionar o opositor diretamente, o acusando de responsável pela queda do governo de Dilma Rousseff.

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Rousseff não se livrou das críticas do ex-"aliado". Nesta quarta (13), o ex-governador do Ceará ainda estava alimentando o bate-boca virtual, e disse que a petista foi uma das pessoas "mais incompetentes, inapetentes e presunçosas que já passaram pela presidência". Ciro também afirmou que um dos seus erros foi ter lutado contra o impeachment da ex-presidente e que ela anda com seus "inimigos". Lula rebateu:

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Se mostrando desagradado com o clima de “guerra”, Lula repreendeu a nova política de Ciro, ainda sem mencioná-lo: “Eu sou de um tempo onde a disputa era apenas eleitoral. Você não tava numa guerra. Seu adversário não era um inimigo. Corinthiano conseguia conversar com palmeirense. Eu fui um presidente que teve relação com todos os governadores e prefeitos, independente de partido”.

Confira as demais publicações:

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já acumula mais processos que a quantidade de ações movidas contra os dois ex-chefes do Executivo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que ficaram oito anos no cargo. O levantamento realizado pelo jornal O Globo localizou 160 processos, distribuídos por tribunais de 17 Estados e do Distrito Federal, ao longo de dois anos e oito meses de gestão bolsonarista.

Em sua grande maioria, as ações nas quais Bolsonaro é defendido pela Advocacia-Geral da União (AGU) são registradas por pessoas da sociedade civil e questionam o trabalho feito pelo presidente durante a pandemia da Covid-19, bem como o envolvimento dos filhos do gestor nas decisões tomadas no Planalto. Além disso, o uso da máquina pública para fins pessoais é outro tema frequente nos embates judiciais.

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De acordo com O Globo, 27,5% dos processos pedem a revisão de ações do presidente durante a pandemia. Outros 16,25% buscam reverter indicações ou exonerações do governo, outros 8,75% querem frear o uso da máquina pública por parte de Bolsonaro. Na prática, as contestações questionam a validade de atos interpretados como “lesivos” ao patrimônio público, histórico e cultural, ao meio ambiente e à moralidade administrativa.

Embora as administrações anteriores também tenham enfrentado obstáculos processuais dessa natureza, no caso de Bolsonaro existe um fator incomum: as falas do presidente. Com relação ao novo coronavírus, por exemplo, os autores dos processos miram a defesa do gestor pelo “tratamento precoce” e o “isolamento vertical”.

Há, ainda, três ações pedindo a suspensão da campanha “O Brasil não pode parar”, da Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República (Secom). Os nomes escolhidos por Bolsonaro para as pastas do governo também são contrariados em 26 ações, a exemplo do recurso que pede o afastamento do então ministro da Educação Abraham Weintraub.

Conforme O Globo, o uso irregular da máquina pública também tem chamado a atenção do eleitorado. Recursos destinados a sites que propagam fake news, o uso de helicópteros das Forças Armadas para participar de manifestações contra o Supremo Tribunal Federal foram alguns dos principais pontos discutidos pelos processos movidos contra o atual presidente.

De maneira também inédita, a AGU atua na defesa da pessoa física de Bolsonaro, o que não era regra nas gestões anteriores. Entre os ex-presidentes do Brasil, Lula respondeu a 81 processos, FHC respondeu 108 e, Dilma Rousseff (PT), somou 100 ações.

Ex-deputado federal e militante no Partido Socialismo e Liberdade há quase onze anos, Jean Wyllys decidiu se filiar ao Partido dos Trabalhadores (PT). A mudança deve acontecer em uma cerimônia virtual na próxima segunda-feira (24) e contará com a presença de personalidades políticas importantes, a exemplo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da ex-presidenta Dilma Rousseff, da deputada Marisa Matias, do Parlamento Europeu, e Anielle Franco, irmã da vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018. As informações foram divulgadas por Wyllys durante entrevista à revista Veja.

Vivendo na capital da Espanha, onde é estudante do doutorado em Ciências Políticas pela Universidade de Barcelona, custeado pela fundação Open Society, o ativista dos Direitos Humanos e jornalista explica que a mudança faz parte de uma mobilização em busca da derrota de Jair Bolsonaro (sem partido) nas urnas em 2022. “As pesquisas mostram que Lula é o único capaz de tirar Bolsonaro do poder. Agora é hora formar uma frente democrática, não fragmentá-la”, disse.

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Durante a entrevista, Wyllys ainda afirmou que não pretende se candidatar a um novo cargo eletivo, mas sim ajudar a desenvolver um programa de governo comprometido com a agenda econômica sustentável, a defesa dos Direitos Humanos e o combate à disseminação de notícias falsas. “Da política ampla não vou sair nunca, até porque sou um estudioso que analisa o que vem acontecendo no Brasil, mas não tenho o desejo de voltar a concorrer. Hoje, o que quero é ajudar a reconstruir o Brasil e abraçar a minha mãe”, desabafou.

Exilado na Europa há mais de dois anos, o futuro petista voltou a explicar as motivações da sua saída do Brasil: “Fui obrigado a deixar o país porque a Marielle, minha amiga e companheira de partido que vivia na mesma cidade que eu, foi executada sem receber uma ameaça de morte sequer e eu tinha várias delas. O exílio tirou de mim o convívio com os amigos e a família”.

Em sua conta do Twitter, a deputada federal e presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, expressou alegria pela filiação de Wyllys.

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A ex-presidente Dilma Rousseff (PT), teceu críticas ao governo de Jair Bolsonaro na manhã desta quarta-feira (26). Em entrevista ao portal Brasil 247, a petista alertou para o crescente autoritarismo do atual regente do Brasil e afirmou que uma intervenção militar está em andamento no país. 

De acordo com a publicação, Rousseff diz que "uma das coisas mais graves dessa questão autoritária é que em todos dos países democráticos há uma divisão entre as atividades militares e civis", mas isso não acontece em território nacional. "No caso do Brasil, a intervenção militar interna já foi feita pela quantidade de integrantes da Forçar Armadas que participam do primeiro, do segundo e do terceiro escalão", disse.

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Recentemente, um levantamento feito pelo Tribunal de Contas da União identificou um total de 6.157 militares da ativa e da reserva em cargos civis no governo. O número é duas vezes maior do que o registrado em 2018, durante a gestão de Michel Temer, que contava com 2.765.

Ainda de acordo com a petista o envolvimento com milícias, que ronda escândalos envolvendo a família Bolsonaro, seria um componente tradicional fascista. De acordo com Dilma, membros da atual gestão estariam tentando não ir para o "autoritarismo aberto", usando de processos eleitorais para permanecer no poder e continuar com práticas de intimidação exercidas por grupos privados.

A ex-presidenta Dilma Rousseff publicou em seu site, nesta quinta-feira (30), uma extensa crítica às medidas tomadas pelo governo de Jair Bolsonaro para enfrentar o novo coronavírus. O foco da petista foi relacionado à forma que o pagamento do Auxílio Emergencial está sendo feito que, cujo atraso é "De todas as ações e atitudes de desrespeito do governo [...] uma das mais perversas".

Para ela, o Governo tem criado uma verdadeira corrida de obstáculos para evitar pagar o benefício para os trabalhadores que enfrentam à crise econômica e de saúde provocada pela Covid-19. "Para evitar o pagamento imposto por lei, o governo criou uma espécie de labirinto burocrático quase sem saída, que pode resultar na morte de trabalhadores, pela doença ou pela fome. Entre 30 milhões e 50 milhões de brasileiros – a maioria pobres, mulheres e moradores de comunidades carentes – estão sendo maltratados por esta bagunça deliberada por meio da qual Bolsonaro uniu a agonia das filas da morte nos hospitais ao desespero das filas da fome nas agências da Caixa", escreveu.

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Entre os empecilhos listados por Dilma, que teriam sido criados por  Bolsonaro, Paulo Guedes, Ônix Lorenzoni, estão:

- "A exigência de um CPF válido até de crianças de colo,  quando muitas vezes nem seus pais têm este documento atualizado, o que provocou grandes filas nas agências da Receita Federal";

– A imposição do "preenchimento de um longo cadastro, a ser feito por celular, a milhões de brasileiros que usam telefones pré-pagos com acesso muito lento à internet, e usam estas contas apenas para whatsapp ou para receber ligações de eventuais fregueses de seus serviços;

– "[...] um número para informações para o qual as pessoas ligam e raramente são atendidas; e quando o são, são instruídas a voltar ao preenchimento do cadastro";

Segundo o texto da ex-presidenta, como o atendimento digital é ineficiente, os desempregados que têm direito ao auxílio são obrigados a ir às agências da Caixa. Isso faz com que sejam criadas longas filas e aglomerações, apenas para o banco informar que só fará o pagamento por meio do cadastro digital.

"O desespero nas filas e o desabafo dos que estão sendo enganados pelo governo são mostrados pela imprensa que, invariavelmente, conclui suas reportagens com notas da Caixa informando que está “tomando providências”. Não está, não. É mais uma fake News. No dia seguinte, vemos as pessoas novamente nas filas e nas aglomerações, arriscando-se à contaminação pela Covid-19 e voltando para casa sem o dinheiro a quem têm direito para comprar comida para suas famílias", apontou, Dilma.

A petista ilustrou seu texto com diversas fotos, que saíram na imprensa, de trabalhadores. O LeiaJá tem acompanhado de perto a luta de dezenas de família em frente aos bancos, para garantir o recebimento do auxílio. Confira.

O ex-presidente da República, Michel Temer (MDB), afirmou que não conspirou contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), enquanto ela respondia ao processo de impeachment no Congresso Nacional e ele era o vice. Em entrevista ao jornal Valor Econômico, Temer disse que trabalhou para que os pedidos de impedimento da petista fossem arquivados. 

"Conspiração alguma. Em uma certa ocasião eu até conversei com a ex-presidente, que pode testemunhar isso, dizendo que os pedidos de impedimento, e eu trabalhei nisso, seriam todos arquivados. Comuniquei isso a ela numa tarde no Palácio da Alvorada. Até disse: a senhora pode dormir tranquila. Depois, por eventos de natureza política, não foi possível evitar a deflagração do impedimento. Sempre trabalhei para evitar", observou. 

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Quem acatou o pedido que culminaria no impeachment da ex-presidente foi o então presidente da Câmara e aliado de Temer, Eduardo Cunha (MDB), hoje preso e condenado na Lava Jato. Aliados de Dilma classificaram o processo como um “golpe”, acusando Temer de ter tramado contra Dilma. 

O ex-presidente, contudo, disse na entrevista que, se pudesse, teria evitado um ato que considera "traumático". "Eu até torci, quando começou o impeachment da senhora ex-presidente, para que não acontecesse nada. Sempre achei que o impedimento, embora previsto na Constituição, é traumático”, declarou. 

“Impeachment não é julgamento jurídico. No julgamento político o juiz não tem que se pautar por provas. É juízo político, de conveniência, não jurisdicional. A regração constitucional foi obedecida. Se você me disser: mas você se sentiu confortável?Aprendi muito cedo que você tem que exercer adequadamente o papel que a vida te entrega. Confesso que se pudesse ter evitado, eu evitaria", emendou Temer.

O emedebista ainda aproveitou para defender o semipresidencialismo, fechando, assim, as brechas para o impeachment.

O cronograma do julgamento final do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff está definido. O roteiro foi acertado nesta quarta-feira (17), em reunião entre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e líderes partidários da Casa.

O julgamento terá início no próximo dia 25, às 9h. A sessão será interrompida a cada quatro horas, para que os parlamentares tenham uma hora de descanso. Nos dias 25 e 26 de agosto serão ouvidas as oito testemunhas convocadas para o processo, sendo duas da acusação e seis da defesa. O grupo definiu que não haverá sessão no final de semana – dias 27 e 28 de agosto, sendo, porém, permitida a possibilidade de a oitiva às testemunhas se prolongar da madrugada da sexta para o sábado. "Esgotaremos o tempo que for necessário na oitiva das testemunhas", frisou Lewandowski, após a reunião.

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O julgamento será retomado na segunda-feira (29), quando Dilma Rousseff será ouvida no plenário. Mais cedo, ela confirmou que irá fazer a própria defesa no Senado e que não teme ter que responder as perguntas dos senadores. "Aguentei tensões bem maiores na minha vida", ressaltou ela, em entrevista por telefone ao jornal Folha de São Paulo. As perguntas poderão ser feitas por Lewandowski, pelos senadores previamente inscritos, pela acusação e pela defesa, nessa ordem. Como depoente, Dilma poderá usar o direito constitucional de permanecer em silêncio.

Após essa parte, os senadores poderão fazer suas considerações, para em seguida haver um debate entre acusação e defesa, que terão direito a réplica e tréplica. Só depois disso é que o impeachment de Dilma Rousseff irá à votação.

Os senadores não definiram a data para o término do julgamento. Para os aliados de Dilma é preciso dar, pelo menos, uma semana para que haja um "julgamento justo, sem pressa". Já a oposição quer que o processo tenha um desfecho até o final do mês. O objetivo é garantir que Michel Temer vá como presidente efetivo à reunião dos líderes das 20 maiores economias do mundo (G-20), nos dias 4 e 5 de setembro, na China.

Processo

No último dia 10, o plenário do Senado aprovou a continuidade do processo de impeachment de Dilma Rousseff, por 59 votos a 21. A petista é acusada de ter cometido crime de responsabilidade.

A acusação, liderada pelos juristas Miguel Reale Jr., Hélio Pereira Bicudo e pela advogada Janaína Paschoal, apontam ilegalidade por Dilma ter assinado decretos de abertura de créditos suplementares sem a autorização do Congresso. Além disso, eles reforçam o crime em ralação ao atraso de repasse de dinheiro ao Banco do Brasil para pagamento do Plano Safra. Com isso, o BB precisou pagar os agricultores com recursos próprios, prática conhecida como pedalada fiscal, que configura um empréstimo do governo com um banco estatal, ato proibido por lei.

Inicialmente, a acusação havia solicitado a convocação de três testemunhas: o representante do Ministério Público Federal (MPF) junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Júlio Marcelo de Oliveira, o auditor federal de contas de controle externo do TCU Antônio Carlos Costa D'Ávila Carvalho e o auditor federal de controle externo da Secretaria de Macroavaliação Governamental do tribunal Leonardo Rodrigues Albernaz. Mas na última segunda (15), a acusação pediu a dispensa de Albernaz, com o objetivo de "otimizar o processo".

Já a defesa de Dilma irá usar seis testemunhas - o número máximo permitido: Nelson Barbosa, ex-ministro do Planejamento; Esther Dweck, ex-secretária de Orçamento Federal; Gilson Alceu Bittencourt, ex-secretário de Planejamento Estratégico do Ministério do Planejamento; Luiz Cláudio Costa, ex-secretário executivo do Ministério da Educação; Geraldo Prado, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro; e Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo, economista.

A acusação chegou a protocolar um pedido para impugnar os depoimentos de Prado e Belluzzo, por "não possuírem relação direta com os fatos", mas o requerimento foi rejeitado.

A defesa manteve a tese de que os decretos de abertura de crédito suplementar não representaram aumento de gastos, mas apenas remanejamento de verba. Sobre as pedaladas, os advogados de Dilma negam que tenham sido feitos empréstimos do governo ao Banco do Brasil. Segundo eles, houve apenas atrasos de pagamentos, o que não configura crime, conforme a legislação.

Para que Dilma seja condenada politicamente, será necessário o voto de pelo menos 54 dos 81 senadores. Se Dilma for condenada, perderá o mandato e se tornará inelegível por oito anos. Neste caso, Michel Temer assumirá definitivamente o comando do país. Se Dilma for absolvida, ele voltará automaticamente ao cargo.

Ao contrário do que era esperado, a presidente afastada Dilma Rousseff irá ao plenário do Senado fazer a própria defesa, durante o julgamento de impeachment. A informação foi dada pela petista ao jornal Folha de São Paulo, nesta quarta-feira (17), e depois confirmado pela assessoria de imprensa dela.

Se isso se confirmar, ela deverá ter 30 minutos para o pronunciamento, podendo o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski - que presidirá a sessão - dar mais tempo a ela caso seja necessário. "Será a manifestação de uma presidente que irá ao Senado e que está sendo julgada por um processo de impeachment sem crime de responsabilidade", frisou ela ao jornal, insistindo na própria inocência, assim como feito na Carta aos senadores e ao povo brasileiro, divulgada nessa terça (16).

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Ainda à Folha, Dilma disse que não tem medo das interpelações dos senadores, que poderão fazer perguntas a ela, caso Dilma realmente compareça ao Senado. "Aguentei tensões bem maiores na minha vida", ressaltou.

As perguntas poderão ser feitas por Lewandowski, pelos senadores previamente inscritos, pela acusação e pela defesa, nessa ordem. Como depoente, Dilma poderá usar o direito constitucional de permanecer em silêncio.

A data da ida de Dilma ao Senado ainda não está acertada, mas poderá acontecer no dia 29, quando a acusação e a defesa deverão apresentar as alegações finais. O cronograma, porém, ainda está sendo definido em reunião entre Lewandowski, Renan Calheiros e líderes partidários.

A presidenta Dilma Rousseff (PT) afirmou, nesta quarta-feira (4), que as denúncias feitas pelo senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS)  são “absolutamente levianas e sobretudo mentirosas”. “O senador Delcídio tem a prática de mentir e isso ficou claro ao longo de toda essa questão relativa à sua prisão a partir das gravações. Tenho certeza que a abertura do inquérito vai demonstrar apenas que o senador, mais uma vez, faltou com a verdade. Tenho consciência das mentiras do senador Delcídio do Amaral. Acho que a credibilidade do senador é bastante precária”, disse Dilma à imprensa, após cerimônia no Palácio do Planalto.

Dilma fez a declaração em resposta ao pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que solicitou ontem (3) ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para iniciar uma investigação contra ela, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo. O procedimento tramita de forma sigilosa.

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O pedido é baseado na delação premiada feita pelo senador Delcídio do Amaral. Em uma das oitivas, o senador acusou a presidenta e Lula de terem interesse em nomear, no ano passado, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Marcelo Navarro para barrar as investigações da Operação Lava Jato e libertar empreiteiros presos. Na época, Cardozo ocupava o cargo de ministro da Justiça, responsável por indicar informalmente à Presidência da República nomes de possíveis candidatos ao cargo no STJ.

“Acredito que é necessário investigar de onde surgem essas afirmações do senador e comprovar. Lamento que, mais uma vez, algo muito grave tem acontecido: foi o vazamento. O vazamento de algo que pela imprensa eu tomei conhecimento. O vazamento de algo que tudo indica estava sob sigilo, que estranhamente vaza às vésperas do julgamento [do impeachment] no Senado. Aqueles que vazaram têm interesses escusos e inconfessáveis”, acrescentou Dilma.

A presidenta informou que vai solicitar ao advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, que peça ao STF a apuração dos vazamentos de informações. “Esses vazamentos têm uma característica. Você vaza. Depois, se se caracterizar que nada há, o dano já foi feito. O que querem com isso? Querem o dano feito. Sempre fui a favor de investigações. E quero que essa seja investigada a fundo, inclusive quero saber quem é o autor ou autores do vazamento”.

Caberá ao ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Operação Lava Jato no Supremo, decidir sobre a abertura do pedido de investigação de Dilma, Lula e Cardozo. Ainda não há data para a tomada da decisão.

O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Bruno Araújo (PSDB-PE), criticou com o relatório do senador Acir Gurgacz (PDT-RO) que recomenda à Comissão Mista de Orçamento (CMO) a aprovação, com ressalvas, das contas de 2014 da presidente Dilma Rousseff. O parecer será analisado pelo colegiado em 2016 e em março também deverá ser levado ao plenário.

Para o tucano, o parecer tem viés político e desconsidera os questionamentos feitos pelos auditores do Ministério Público e de ministros do Tribunal de Contas da União. “Será muito difícil o senador convencer a sociedade sobre o seu entendimento”, avaliou o líder.

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Ao apresentar o relatório, Gurgacz disse que não foram encontrados vínculos de responsabilidade de Dilma e que os argumentos apresentados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) “não são relevantes o suficiente para levar à rejeição [das contas]”. Ao todo, foram feitas três resslvas às contas.

O senador terá até o dia 28 de fevereiro para apresentar parecer sobre as emendas de deputados e senadores apresentadas ao relatório preliminar. O relatório final deverá ser votado na comissão até o dia 6 de março.

As ‘pedaladas fiscais’ do governo da Dilma Rousseff (PT) serão temas de uma audiência na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (6). A discussão, promovida pela Comissão de Finanças e Tributação, contará com a  participação do ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa. Ele deve esclarecer as justificativas da gestão quanto as operações financeiras que têm prejudicado bancos e municípios.

O evento foi solicitado pelos deputados Elizeu Dionizio (SD-MS), Zé Silva (SD-MG) e Artur Oliveira Maia (SD-BA). Na justificativa, eles apontam que o governo federal atrasou repasses de pagamentos de benefícios para "maquiar" suas contas públicas. E, em razão disso, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou o imediato pagamento aos bancos públicos, além de aprovar audiência para ouvir gestores responsáveis por aqueles repasses. 

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Segundo relatório do TCU, houve atrasos consideráveis nos repasses para a Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o pagamento de benefícios como seguro-desemprego, Bolsa Família, abono salarial, a equalização da safra agrícola e o Programa de Sustentação do Investimento (PSI).

A presidenta Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira (6) que o Programa Minha Casa Melhor passa por revisão, por causa da taxa de inadimplência. Segundo Dilma, o governo avalia mudanças no modelo do programa, que poderá ser incluído – de forma mais simples – no Minha Casa, Minha Vida. No fim de fevereiro, a Caixa Econômica Federal confirmou a suspensão do Minha Casa Melhor para novos contratos.

“Estamos revendo, porque, ao contrário do Minha Casa, Minha Vida, que tem baixa inadimplência, o Minha Casa Melhor começou com inadimplência. Então, estamos avaliando incluí-lo no Minha Casa, Minha Vida, de forma mais simples. Esse é um processo de avaliação”, informou a presidenta, após participar da entrega de unidades habitacionais do Minha Casa Minha, Minha Vida em Araguari, Minas Gerais.

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Dilma Rousseff não descartou a possibilidade de retorno do Minha Casa Melhor ainda este ano. “Em 2011, fizemos ajustes [no Minha Casa, Minha Vida], o que nos obrigou a começar a contratar apenas no fim do ano. Muito provavelmente vai ocorrer. A gente vai fazendo ajustes, porque tem de discutir, construir um consenso em torno destes três anos futuros”, completou a presidenta.

Lançado em 2013, o programa facilita a aquisição de móveis e eletrodomésticos para famílias inscritas no Minha Casa, Minha Vida. A Caixa oferece a cada beneficiário do programa habitacional crédito subsidiado de até R$ 5 mil, a juros de 5% ao ano e prazo de 48 meses para pagamento. A suspensão do programa não representa mudanças para beneficiários com contratos em vigor.

A presidente Dilma Rousseff evitou nesta terça-feira, 16, falar sobre a possibilidade de a presidente da Petrobras, Graça Foster, sair do cargo. Ao final da cerimônia de cumprimentos aos oficiais-generais das três Forças, Exército, Aeronáutica e Marinha, em Brasília, Dilma foi questionada sobre o assunto pelos jornalistas e disse que não iria falar com a imprensa hoje.

A permanência da executiva no cargo começou a ser mais discutida depois de a ex-gerente da estatal Venina Velosa da Fonseca ter revelado em entrevista ao jornal Valor Econômico na semana passada que alertou Graça sobre as irregularidades nos contratos de marketing da estatal, acusando pagamentos de serviços não prestados e excessos de gastos. A revelação ocorreu em meio a crise pela qual passa a Petrobras desde o início da Operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção envolvendo políticos e empreiteiras que causaram prejuízos milionários à empresa.

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Discursando em almoço com oficiais do Exército, Marinha e Aeronáutica em Brasília, a presidente disse que o País vive, com a colaboração das Forças Armadas, o fortalecimento de um "círculo virtuoso de defesa, desenvolvimento e democracia". "No Brasil de hoje, defesa e democracia andam juntas".

A declaração da presidente vem na semana seguinte à divulgação do relatório da Comissão Nacional da Verdade, que causou tensão com alguns setores das Forças Armadas. A presidente disse ainda que "um país pacífico não quer dizer um país indefeso". (Colaboraram José Roberto Castro e Carla Araujo)

Sem abrirem mão das críticas e acusações, os candidatos à Presidência da República Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) abordaram algumas das propostas de governo no último debate deste segundo turno, realizado na noite dessa sexta-feira (24) pela Rede Globo. O objetivo de ambos foi expor os pontos fracos do adversário e ressaltar as próprias atuações políticas e êxitos na gestão, para reforçar o eleitorado e conquistar o voto dos indecisos.

Com a presença, na plateia, de 70 eleitores indecisos selecionados pelo Ibope, o debate teve um tom mais ameno nos blocos em que os candidatos respondiam às perguntas dos convidados, inclusive com abordagens mais voltadas para as ações que desejam colocar em prática caso sejam eleitos. Já nos blocos em que houve confronto direto, os postulantes mantiveram a postura crítica ao falarem sobre corrupção, inflação, investimento e gestão, dentre outros assuntos.

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Para Dilma o país avançou nos últimos 12 anos e deve continuar o ritmo de crescimento. “O Brasil que nós estamos construindo é o Brasil das oportunidades, que valoriza o trabalho e a energia empreendedora, que quer crescer e melhorar de vida e faz isso com muita autoestima. É um país que cresce e que faz todas as pessoas crescerem, mas como um olhar especial para as mulheres, para os negros e para os jovens”, frisou. “Nós que lutamos tanto para melhorar não vamos permitir que nada nem ninguém tire de você o que você conquistou”, completou a petista, falando direto aos eleitores durante o debate.

Já Aécio ressaltou a necessidade de mudança. “Eu chego ao final dessa campanha de pé, honrado pelo apoio e manifestações de carinho e de confiança no nosso projeto. Eu não sou mais o candidato de um partido político. Eu sou o candidato da mudança que você e sua família querem ver no país. Mudança de valores, da eficiência do estado. Há 30 anos, acompanhando meu avô Tancredo, fez a mesma caminhada pelo Brasil. Ele, infelizmente, não teve o privilégio de assumir a Presidência da República. Se eu merecer a sua confiança, subirei a rampa do Palácio do Planalto com a mesma coragem e determinação. Travei o bom combate, falei a verdade e jamais perdi a minha fé”, ressaltou.

Acusações

Os dos presidenciáveis dirigiram críticas à campanha eleitoral adversária. Aécio Neves disse que esse pleito vai entrar para história “como um dos mais vergonhosos, com acusações sórdidas e calúnias”. “Em várias cidades, foram distribuídos boletins apócrifos contra a minha candidatura. Recebi relatos de que carros de som estavam circulando nas cidades, dizendo que se as pessoas votasse 45 seriam desligadas do Bolsa Família”, acusou Aécio.

Dilma rebateu. “A sua campanha é extremamente agressiva. Fez e faz sistemática difamação a mim, mas não apresenta nenhuma prova. Vocês têm o habito de tentar dar golpe às vésperas das eleições. Fizeram em 2002, 2006, 2010 e agora 2014, mas o povo não é bobo”. Para ela, a delação premiada de Paulo Roberto Costa, que fez denúncias de corrupção envolvendo a Petrobras e vários integrantes do PT e de partidos aliados, está sendo manipulada. “Irei à Justiça para defender-me”, garantiu.

A economia também estava no centro das discussões, com o tucano dizendo que o Brasil é mal visto pela comunidade internacional como “um cemitério de obras abandonadas, inflação alta, falta de investimento e aparelhamento dos bancos públicos”. Já a petista questionou a competência de gestão do PSDB “por ter quebrado o Banco do Brasil e a Caixa quando estavam no governo” e por não terem conseguindo se “planejar tendo nas mãos o estado mais rico do país”, em referência à crise hídrica enfrentada em São Paulo.

Como fez nos outros debates, Aécio cobrou um posicionamento de Dilma em relação ao mensalão e Dilma acusou os tucanos de “engavetarem os processos de corrupção envolvendo políticos do partido”.

Propostas

Nos blocos das perguntas aos eleitores, os candidatos destacaram as propostas para o país. Aécio disse que pretender ampliar o programa Minha Casa, Minha Vida e aprimorá-lo especialmente na faixa de renda até três salários mínimos. “Faremos parcerias mais ágeis com os municípios e estados. Esses são programas da sociedade brasileira e ninguém tem o monopólio dele”, disse. Dilma defendeu a condução atual da ação, que já entrou 1,8 milhão de moradias e contratou outras 1,8 milhão. “Não acredito que vocês vão manter os subsídios para sustentar esse programa, porque vocês sempre foram contra isso”, disparou Dilma.

O tucano disse ainda que, se eleito, quer “ser lembrado como o presidente que revolucionou a educação no Brasil”.  “Se não enfrentarmos com coragem a situação da baixíssima qualidade das nossas escolas não vamos a lugar algum”, considerou. Ele ainda defendeu uma política nacional de segurança pública, reformulação do ministério da agricultura e desoneração das empresas de saneamento, para que o serviço seja estendido a todo o país.

A presidente e candidata à reeleição elencou as propostas de combate à corrupção e a impunidades. “Propus transformar em crime eleitoral o uso de caixa dois. Além disso, acredito que o funcionário publico que enriqueça ilicitamente deva perder o bem e ser criminalizado, criando inclusive uma instância especial para julgar os crimes com foro especial”, explicou. Ela também defendeu o estreitamento das parcerias da União com estados e municípios e a integração das forças de segurança especialmente para o combate ao crime organizado.

Pesquisa Ibope contratada pelo Estadão e pela Rede Globo traz queda na intenção de voto na presidente Dilma Rousseff (PT) e uma diminuição da distância entre a candidata do PSB, Marina Silva, e o candidato do PSDB, Aécio Neves, no primeiro turno. Os dados mostram que Dilma caiu de 39% para 36%, enquanto Marina oscilou de 31% para 30% e Aécio subiu de 15% para 19%.

O pastor Everaldo Pereira (PSC) manteve 1% das intenções de voto na comparação com a pesquisa anterior, realizada entre 5 e 8 de setembro. A soma dos outros candidatos também se manteve em 1%. Brancos e nulos oscilaram de 8% para 7% e indecisos, de 5% para 6%.

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Espontânea

Na pesquisa espontânea, em que não são apresentados nomes aos eleitores, Dilma apareceu com 31% das intenções de voto, seguida de Marina, com 24%, e Aécio, com 15%. Outros nomes somam 1%. Brancos e nulos são 10%, e 18% não sabem ou não responderam.

No levantamento anterior, Dilma era preferida por 35%, Marina, por 23% e Aécio, por 12%. Brancos e nulos eram 11%, e 19% não souberam ou não responderam à questão.

A pesquisa Ibope entrevistou 3.010 eleitores entre 13 e 15 de setembro em 204 municípios de todo o País. A margem de erro máxima é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, em um nível de confiança estimado de 95%. Ou seja, se fossem feitas 100 pesquisas idênticas a esta, 95 deveriam apresentar resultados dentro da margem de erro. A pesquisa foi registrada na Justiça eleitoral com o número BR-00657/2014.

A presidente Dilma Rousseff (PT) disse nesta quinta-feira, 28, caso seja reeleita, vai manter a atual política de valorização do salário mínimo. A petista também afirmou que no seu governo o salário mínimo aumentou "12,4% acima da inflação", o que permitiu que milhões de brasileiros melhorassem de vida.

"Eu não pretendo, de maneira alguma, acabar com a política de valorização do salário mínimo. Política de valorização do salário mínimo que nós temos certeza que contribuiu para esse país chegar onde chegou", disse Dilma a jornalistas, depois de participar com evento com trabalhadores rurais em Brasília.

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Antes da coletiva, durante o discurso em evento da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura (Contag), em Brasília, Dilma convocou a militância para defender o legado do governo e mostrar o que, de fato, "aconteceu" no Brasil.

"Dizem que é importante parar de subir o salário, porque senão a inflação cresce. O salário mínimo aumentou 12,4% acima da inflação no meu governo e isso permitiu que milhões de brasileiros tivessem acesso a uma vida melhor.

Eles falam que a inflação aumentou por causa do salário, é mentira. A inflação, inclusive, está caindo nos últimos meses e agora chegou a perto de zero", destacou Dilma, mirando o PSDB.

Reajuste

Mais cedo, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, afirmou que o reajuste do salário mínimo a partir de janeiro de 2015 será de R$ 788,06. O aumento será de 8,8% em relação ao valor deste ano, que é de R$ 724. O impacto para as contas públicas no próximo ano, segundo a assessoria da ministra, será de R$ 22 bilhões.

Mais de 14 anos depois do início das obras, o metrô de Salvador foi inaugurado nesta quarta-feira (11), com apenas sete quilômetros de extensão da Linha 1. Mesmo com o tamanho atraso e o trecho pequeno, a presidente Dilma Rousseff e o ministro das Cidades, Gilberto Occhi, comemoraram a entrega dessa primeira etapa.

“O que interessa é que depois de 14 anos nós colocamos esse metrô para andar, para rodar, para servir à população. Tem dois efeitos estar lançando aqui hoje. Tem essa importância simbólica da Copa, mas eu acho que o efeito maior é mostrar para as pessoas que é possível construir esse metrô, é possível colocar a serviço da população de Salvador”, disse Dilma, em discurso durante a cerimônia na Bahia.

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A presidente também ressaltou o aumento de investimentos em mobilidade urbana, que receberá recursos da ordem de R$ 143 bilhões. “Antes o governo federal investia pouco em mobilidade urbana, não havia esta prática no Brasil. Por que não havia? Porque se dizia o seguinte: esta questão da mobilidade é problema dos estados e municípios, como é dos estados e municípios, o governo federal lava as mãos. Mas é impossível o estado fazer metrô sem ajuda do governo federal”, frisou.

Dilma rebateu, ainda, críticas sobre a preparação do Brasil para a Copa do Mundo, que começa nesta quinta-feira (12), com partida inaugural em São Paulo. “Vocês podem ter orgulho de como entramos nesta Copa, nós estamos entregando todos os estádios, todos os aeroportos, nossa rede de comunicação é de última geração. (…) É sempre bom a gente lembrar que ninguém leva metrô dentro da mala quando volta pro seu país, não bota na mala o aeroporto, o Fonte Nova , ele leva no coração ser bem recebido”.

Salvador

O trecho liberado passa pelas estações Lapa, Campo da Pólvora, Brotas e Acesso Norte. A Linha 1 será concluída em janeiro de 2015, quando chegará até Pirajá. A linha completa tem investimento de R$ 8,7 milhões, de acordo com informações do governo da Bahia. O metrô da capital baiana passou à responsabilidade do estado em 2013. As obras necessárias ao funcionamento desse primeiro trecho integram o Programa Mobilidade Salvador, um pacote de obras estruturantes com orçamento de R$ 8,5 bilhões.

A fase de experiência seguirá até setembro, quando a população poderá usar o serviço gratuitamente. Com investimento total de R$ 3,6 bilhões do governo federal, estadual e da concessionária CCR Metrô Bahia, a previsão é que todo o projeto do sistema metroviário fique pronto em abril de 2017.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fará mais um giro internacional antes de iniciar as viagens da campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff. Lula viaja na terça-feira para Salamanca (Espanha) para receber, na quarta (23), o título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Salamanca pelo “impacto que teve a política educativa do seu governo tanto no incremento da equidade social como na melhoria da eficiência, conseguidas mediante a valorização de todos os recursos intelectuais de que dispõe esse grande país amigo, especialmente dos provenientes dos setores sociais mais desfavorecidos”.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também já foi homenageado com o mesmo título pela universidade.

Na quinta-feira (24) Lula se reúne, em Lisboa, com o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho e com o presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva. Na sexta-feira (26), o ex-presidente participa da cerimônia de 50 anos da Revolução dos Cravos.(Blog Poder Online - Julianna Granjeia)

Os atletas brasileiros que estão competindo nos Jogos Sul-Americanos, em Santiago, receberam uma visita inesperada nesta terça-feira. A presidente Dilma Rousseff se encontrou com os esportistas antes de participar da cerimônia de posse de Michelle Bachelet, presidente eleita no Chile.

O encontro contou com a participação de 40 atletas, das seleções de handebol feminina, atual campeã mundial, e masculina, e do remo. "Estou muito feliz de estar aqui com os atletas brasileiros. Esse é um ano muito especial. Primeiro porque temos a Copa do Mundo e eu tenho a convicção que vai ser uma Copa fantástica. Segundo porque nós temos essa preparação para os Jogos Olímpicos", disse a presidente.

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Dilma elogiou o desempenho dos brasileiros na competição sul-americana. "Até o momento nós já ganhamos 36 medalhas nos Jogos Sul-Americanos e veja que estou falando apenas de medalhas de ouro. O segundo colocado está com 19 medalhas. E uma ótima notícia: as mulheres estão tendo um desempenho excepcional, fantástico", exaltou.

O número de medalhas de ouro do Brasil já aumentou para 38 nesta tarde de terça, horas após o encontro de Dilma com os atletas. O País segue liderando o quadro de medalhas com folga. São 82 medalhas, sendo 18 de prata e 26 de bronze.

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