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Podemos dizer que o sistema defensivo vem sendo o principal calo do Sport em 2024. Em três jogos disputados, a equipe já sofreu cinco gols, sendo quatro diante do Retrô e o outro na vitória por 2 x 1 no Clássico das Multidões, no último sábado (20), contra o Santa Cruz. O goleiro Caíque França admitiu a necessidade de melhorias e projetou evolução na defesa rubro-negra nos próximos jogos.

“A gente praticamente não teve pré-temporada. Ou seja, o time ainda está desenvolvendo, pegando a ideia de jogo do Mariano (Soso, treinador). E eu creio que conforme vão passando as rodadas a equipe vai ganhando entrosamento para que a gente possa ter um desempenho melhor”, adiantou, antes de comentar sobre o duelo contra a Maguary, na próxima quinta-feira (25).

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“A gente sabe que vai ser um jogo difícil. O time deles tem treinador conhecido (Sued Lima, ex- Sport) e eles vêm de um bom jogo (empate sem gols diante do Náutico, nos Aflitos). Mas acho que o Sport tem que assumir essa responsabilidade. Tem que se impor e jogar para vencer todo jogo”, salientou.

Caíque também comentou a importância na vitória sobre o arquirrival e como este resultado pode pesar a favor do Rubro-negro nos próximos jogos. Na ocasião, Gustavo Coutinho e Fábio Matheus marcaram para o Leão, enquanto Thiaguinho descontou para a Cobra Coral.

“É como dizem: ‘Clássico não se joga, se ganha.’ É um resultado muito importante para nós, que dá moral. Se eu não estou enganado, o Sport já não perde para o Santa tem um bom tempo. Clássico é sempre um jogo diferente, muitas vezes um campeonato à parte. Podermos jogar esse jogo, com a torcida estando presente, com certeza é muito bom. Dá confiança para a sequência do campeonato”, pontuou.

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, na manhã desta sexta-feira (19), da solenidade de assinatura do Termo de Compromisso para a construção da Escola de Sargentos (ESA) de Pernambuco, que ocupará uma área preservada em Paudalho, na Zona da Mata do estado, dentro do Campo de Instrução Marechal Newton Cavalcanti. Durante o evento de assinatura, que aconteceu no quartel do Comando Militar do Nordeste (CMNE), Lula fez um novo gesto às Forças Armadas e elogiou a atuação ambiental do Exército na região de Mata Atlântica onde será construída a ESA. 

"Eu sei da vocação, da capacidade de luta dos nossos ambientalistas, eu sei de tudo isso. Mas a gente vê quando precisa agradecer alguma coisa. Se não fosse o exército dessa área, a gente ainda teria alguma árvore aqui? [...] Eu acho que o povo tem que agradecer o que vocês fizeram [o Exército]. Então eu quero começar agradecendo às Forças Armadas Brasileiras pela preservação que vocês fizeram dessa área que vocês ocupam. É muito importante que a gente reconheça isso pra gente poder até discutir como fazer a escola da melhor forma para derrubar o menos possível e plantar o máximo possível", declarou o presidente Lula.

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O aceno positivo sobre a atuação militar ocorre em um momento de embate junto a ambientalistas, que questionam o nível de desmatamento necessário para levantar a escola. Ativistas ambientais também acusam Governo Estadual, Federal e Exército de não elaborarem um acordo sobre a mitigação dos impactos ambientais causadas pelo novo equipamento do Exército. A compensação ambiental, conforme divulgado, será indicada posteriormente pelo Ibama. Em uma coletiva sobre a ESA realizada no Recife, na última quarta-feira (17), ativistas ambientais foram expulsos do local do anúncio. Entre eles, estavam membros do Fórum Socioambiental de Aldeia, representantes da sociedade civil no conselho gestor da Área de Proteção Ambiental (APA) de Beberibe. 

Segundo anunciado pelo Exército, a área a ser desmatada para a instalação da ESA foi reduzida em 50%. Segundo o general Joarez Alves Pereira Júnior, diretor do projeto da escola, o terreno tem, ao todo, 7.549 hectares, mas o planejamento da unidade prevê a ocupação de 90 hectares (equivalente a 90 campos de futebol) de supressão vegetal. Antes, a estimativa era que o uso fosse de 180 hectares. Lá, serão instaladas vilas militares para a moradia dos oficiais e seus familiares. 

LeiaJá também: 'Para Raquel, Escola de Sargentos trará ganhos ambientais'

Desenvolvimento regional 

Segundo o Exército, as obras devem gerar, aproximadamente, 12 mil empregos diretos e 17 mil empregos indiretos. "A economia local nunca mais será a mesma. Novos negócios serão criados para atender a população de alunos, instrutores e familiares que viverão na escola. Se antes os pernambucanos e demais nordestinos que ingressaram na carreira militar tinham que ir para o Sul ou Sudeste para fazer sua formação, a nova escola representa o caminho inverso", acrescentou o mandatário. O investimento será de R$ 1,8 bilhão. 

Lula critica paralisação de obras e exalta PAC 

Durante a solenidade, o presidente Lula reclamou da existência de obras inacabadas e abandonadas durante mudanças de governo. Ele disse que está "terminando casas" que começou a levantar em seu primeiro mandato, com o programa Minha Casa, Minha Vida. O chefe do Executivo também citou a obra da Ferrovia Transnordestina, que agora faz parte do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mas que deveria ter sido inaugurada em 2012. 

"Eu sinceramente confesso que uma das desgraças do nosso país é a descontinuidade das obras públicas feitas pelas prefeituras, estados e União. Basta mudar de governo para que as obras sejam paralisadas. Ou seja, cada governante quer criar a sua marca e cada governante quer deixar o seu legado, que não é um legado do povo, é um legado pessoal. ‘Essa obra é minha, esse viaduto é meu, essa ponte é minha’, quando deveria ser ao contrário, ‘Essa ponte é do Brasil, de Pernambuco, é de Recife’. Ou seja, parar com a pequenez de não pensar o Brasil. Entramos nesse país com mais de 10 mil obras paradas, estou inaugurando casa que comecei a levantar em 2010", afirmou o PR. 

Ministro José Múcio durante solenidade de assinatura do termo da nova ESA em Pernambuco. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Discurso de Múcio 

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro (PRD), disse que a Escola de Sargentos vai travar “a desafiadora guerra contra desigualdade, a falta de oportunidade, a miséria e o desemprego”. “Esta obra tem profundo alcance social para a região. […] Os municípios não serão o mesmos depois da implantação de um dos maiores centros de formação do mundo, cuja finalidade principal é centralizar e aperfeiçoar o processo de formação e graduação de sargento da carreira, que compõem cerca de 62% do efetivo profissional do Exército”, declarou o ministro. 

Novo comandante do CMNE 

O presidente Lula participou, também nesta sexta-feira (19), da cerimônia de passagem do Comando Militar do Nordeste (CMNE). O General de Exército Maurílio Miranda Netto Ribeiro é o novo comandante da região. Promovido em 30 de novembro de 2023, ele foi escalado oficialmente ao novo posto em uma cerimônia realizada no Quartel do CMNE, no Recife. 

 

O Ministério da Defesa encaminhou um ofício à Mesa-Diretora da Câmara dos Deputados explicando as razões pelas quais queria adquirir, via licitação pública, 10 adegas de vinho no valor de R$ 6.219 cada.

Os itens foram definidos como "bens de luxo", uma vez que não são essenciais para que o Ministério da Defesa desempenhe suas atividades.

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A justificativa dada pelo General Marcus Augusto da Silva Neto, recebida pela Câmara na última sexta-feira, 12, foi a de que os itens proporcionam "um ambiente mais agradável e confortável".

A aquisição seria feita para cinco hotéis de trânsito do Exército, localizados na Bahia e no Sergipe, utilizados por militares em missões fora de suas sedes, em férias com suas famílias, em eventuais tratamentos médicos e em outras ocasiões, como explica o documento.

"A presença de uma adega de vinhos para serem vendidos aos hóspedes pode melhorar a experiência do usuário nos hotéis de trânsito, proporcionando um ambiente mais agradável e confortável, e pode também ser um diferencial, contribuindo para a competitividade desses hotéis no mercado de hospedagem transitória", diz o ofício, que acrescenta que a aquisição poderia "atrair mais usuários e, consequentemente, gerar receitas adicionais ou extraorçamentárias".

O Exército disse que os hotéis "geram suas próprias receitas, por intermédio da locação de quartos e exploração de áreas de lazer", e que essas receitas são extraorçamentários, utilizadas apenas para manter o funcionamento e melhorar os serviços prestados. Esse valor em questão seria utilizado para a compra das adegas e não dinheiro público, mas, segundo dizem na resposta, a compra não foi concluída.

"Para utilização de tais receitas na aquisição de qualquer tipo de bem ou contratação de serviço é necessário que seja realizado, também, processo licitatório. Logo, essas adegas foram inseridas no registro de preço em questão, para que, caso haja geração de receita suficiente para adquiri-las, o processo possibilite a efetivação da compra", diz o documento.

A licitação previa a compra de 10 adegas para vinhos, totalizando mais de R$ 62 mil. Na resposta, o Ministério da Defesa diz que o pregão recebeu a melhor proposta pelos licitantes no valor de R$ 4.568,26, mas que ela e a segunda melhor proposta foram desclassificadas por apresentarem características distintas daquelas que eles queriam, enquanto as demais tinham valores superiores aos de referência, motivos pelo qual a licitação não teve sucesso.

O deputado federal Gilson Marques (Novo-SC) foi quem pediu um esclarecimento sobre o pregão eletrônico do Ministério da Defesa. Em proposta apresentada dia 27 de novembro, o deputado e dois colegas de partido sustentaram que a Nova Lei das Licitações não admite a aquisição de itens de luxo pela administração pública.

A licitação descrevia os itens como "refrigeradores de alimentos, com temperatura de 7 a 18 graus, tensão de alimentação bivolt e aplicação para vinhos (adegas)". Os itens deveriam ter duas portas e capacidade mínima para armazenar 29 garrafas de vinho.

A defesa de Daniel Alves vai alegar que o jogador estava bêbado na noite em que foi acusado de abusar sexualmente de uma mulher na casa noturna Sutton, em Barcelona, no dia 30 de dezembro de 2022. De acordo com o jornal espanhol El Periódico, esta nova versão dos fatos, a quinta apresentada pelos advogados, tem a intenção de atenuar a pena do jogador brasileiro, pois o colocaria como "uma pessoa sem conhecimentos de suas ações" em razão dos efeitos do álcool.

Preso desde 20 de janeiro de 2023, o ex-lateral-direito de 40 anos começará a ser julgado no dia 5 de fevereiro, daqui a pouco mais de duas semanas. A publicação espanhola também aponta que o depoimento de Joana Sanz, mulher de Daniel, será fundamental para corroborar com a versão da defesa. Convocada para se apresentar ao tribunal, ela terá de responder se o companheiro tinha histórico de problemas com álcool e se percebeu que ele estava embriagado na noite do ocorrido.

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O argumento da embriaguez, embora mude a linha argumentativa, não vai alterar o ponto principal defendido pelos advogados do brasileiro. Daniel Alves não vai se dizer culpado de crime sexual. Assim como fez em depoimentos anteriores, insistirá na versão de que foram consensuais as relações sexuais que teve com a mulher que o acusa de abuso sexual.

O jogador está preso desde o dia 20 de janeiro de 2023 e pode pegar até 12 anos de reclusão, pena máxima, em caso de condenação, para acusações de agressão sexual no país. Apesar do pedido de 12 anos de prisão, se condenado, Alves não deve cumprir a pena completa. O brasileiro poderia permanecer detido por, no máximo, seis anos. Isso porque no início do caso judicial, a defesa do jogador pagou à Justiça o valor de 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil) de indenização à denunciante. A advogada da mulher contesta a possível redução da eventual pena.

ENTENDA O CASO

O caso teve sua primeira repercussão na imprensa espanhola ainda no ano passado. No dia 31 de dezembro, o diário ABC revelou que Daniel Alves teria violentado sexualmente uma jovem na casa noturna Sutton no dia anterior. A mulher esteve acompanhada por amigas a todo o instante e a equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia, que colheu o depoimento da vítima.

No dia 10 de janeiro, a Justiça espanhola aceitou a denúncia e passou a investigar o jogador brasileiro, que, por muitos anos, defendeu a camisa do Barcelona. Inconsistências nas versões dadas pelo atleta à Justiça, além da possibilidade de fuga do país europeu, fizeram com que a juíza Maria Concepción Canton Martín decretasse a prisão há quase um ano.

Durante o período em que está recluso, o brasileiro mudou o seu depoimento por mais de uma vez, trocou de advogado de defesa e teve negado outros recursos para responder à acusação em liberdade. Além disso, entrou em um processo de divórcio com a modelo e empresária espanhola Joana Sanz, que acabou não indo adiante. Nas contradições, Daniel Alves chegou a dizer que não conhecia a mulher que o acusava. Depois, argumentou que houve relação sexual com ela, mas de forma consensual.

Luiza Brunet usou toda a sua visibilidade nas redes sociais para gravar um vídeo em defesa da filha, Yasmin Brunet, atualmente confinada no BBB24. O nome da modelo, de 35 anos de idade, ficou em alta após Rodriguinho fazer comentários sobre o corpo dela no reality.

Em seu desabafo, Luiza fez uma relação entre esse tipo de comportamento do músico e alta procura por cirurgias plásticas e procedimento estéticos no Brasil.

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- E vemos mais uma vez um homem julgando e objetificando o corpo de uma mulher em rede nacional. [...] O Brasil é o país que mais faz cirurgias plásticas no mundo, e também é o país em que as mulheres mais cultuam o corpo. [...] Elas acabam levando esse julgamento do próprio corpo para as mesas de cirurgia.

Falando mais especificamente sobre o Rodriguinho, Luiza ainda disparou:

- É dez anos mais velho que ela, chamando ela de velha, é constrangedor e delirante.

E continua:

- Esse bando de homens mal diagramado chamando a Yasmim de feia, de velha, de descuidada para 35 anos só nos mostra como a pressão estética deixa os homens confortáveis em julgar qualquer uma de nós.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu em defesa do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e enalteceu o trabalho do chefe da pasta na aprovação da reforma tributária no Congresso. Ao falar sobre a aprovação do projeto ser um "feito histórico", Lula disse que Padilha "cumpriu seu papel".

"Isso [reforma tributária] foi votado com muito acordo, muita conversa. Então acho que, Padilha, você cumpriu seu papel", comentou Lula na tradicional cerimônia de celebração de Natal dos catadores e população em situação de rua, nesta sexta-feira, 22.

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Na sessão do Congresso desta semana de promulgação da reforma tributária, que contou com a presença de Lula, o nome do ministro das Relações Institucionais não foi mencionado nos agradecimentos e nem sequer incluído na nominata. No evento, autoridades falaram sobre a importância da aprovação da matéria e das negociações e citaram as autoridades relevantes para o processo. Padilha, contudo, não foi citado.

Na fala desta sexta-feira, Lula reconheceu que o governo não tem maioria no Parlamento. "A chamada esquerda toda não deve ter 130 deputados de 513", citou. Diante disso, o chefe do Executivo pediu "compreensão" da capacidade do governo em aprovar qualquer pauta no Congresso.

Apesar da fala, o petista reconheceu que os congressistas têm contribuído para o governo "conquistar coisas e avançar".

A defesa do bolsonarista Cleriston Pereira da Cunha, de 45 anos, réu dos atos golpistas que morreu durante banho de sol no Complexo da Papuda, pediu nesta quarta-feira, 22, acesso às imagens das câmeras de segurança do pátio do presídio.

O advogado Bruno Azevedo de Sousa acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para que a Corte requisita as filmagens à administração do presídio. A defesa também pede "informações detalhadas" sobre o caso.

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"Requer que se oficie, com urgência, à Direção do Centro de Detenção Provisória II, bem como, a VEP - Vara de execuções Penais, requisitando-se informações detalhadas sobre o fato, sendo disponibilizado as imagens das câmeras de segurança do pátio, no momento fatídico, no qual ocorreu entre 9:30 e 10:58 do dia 20/11/2023, sendo este último horário, a confirmação oficial do falecimento, bem como do relatório de atendimento detalhado no momento do ocorrido", diz um trecho do pedido.

O advogado também informa que vai anexar o atestado de óbito ao processo assim que o laudo do Instituto Médico Legal (IML) ficar pronto. A certidão atual aponta que a causa da morte ainda está em apuração.

O ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações do 8 de janeiro, já pediu informações da administração do presídio, inclusive cópia do prontuário médico e relatório dos atendimentos recebidos por Cleriston na Papuda.

Mais cedo, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, lamentou a morte e afirmou que, "ao que tudo indica", Cleriston faleceu por causas naturais.

O Governo do Distrito Federal abriu uma investigação sobre o caso. A Secretaria de Administração Penitenciária informou que "está apurando as circunstâncias" da morte de Cleriston no âmbito administrativo. Informou também que registrou um boletim de ocorrência junto à Polícia Civil. "As autoridades foram imediatamente comunicadas", disse a pasta.

Cleriston da Cunha foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por participação na invasão ao Congresso Nacional. Em depoimento, ele negou envolvimento em atos de vandalismo. Também relatou problemas de saúde, como vasculite no coração, uma inflamação da parede dos vasos sanguíneos.

Ao pedir a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares, a defesa anexou um laudo médico ao processo. O documento pedia "agilidade na resolução" do caso e indicava risco de morte.

"Em função da gravidade do quadro clínico, risco de morte pela imunossupressão e infecções, solicitamos agilidade na resolução do processo legal do paciente, até pelo risco de nova infecção por covid, que pode agravar o estado clínico do paciente", diz o laudo.

A PGR havia enviado ao Supremo Tribunal Federal, no dia 1º de setembro, um parecer favorável à soltura de Cleriston.

O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta segunda-feira, 13, que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sofreu "assédio" do ex-ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, na preparação da eleição de 2022.

"O TSE sofreu um assédio, não da população ou dos torcedores para a eleição de Bolsonaro, mas do ministro da Defesa, que todo dia pela manhã escrevia uma carta ao ministro (Edson) Fachin e o ministro Fachin respondia à tarde", afirmou em seminário promovido pelo Estadão e a Universidade Presbiteriana Mackenzie sobre "O papel do STF na democracia".

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O então ministro da Defesa dirigiu diversos questionamentos ao TSE sobre a segurança das urnas e a integridade do processo eleitoral. Na época, as Forças Armadas, que tradicionalmente têm a função de apoio logístico nas eleições, foram convidadas para participar de uma comissão de transparência do Tribunal Superior Eleitoral, mas o clima foi de animosidade até o encerramento do segundo turno.

"O sistema eleitoral, numa eleição extremamente disputada, provou-se excelente", seguiu Gilmar Mendes. "As instituições mostraram resiliência, força e eu tenho muito orgulho de poder dizer isso."

As declarações do ministro foram dadas no painel "As cortes constitucionais e a qualidade da democracia", com participação do diretor da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Gianpaolo Poggio Smanio - ex-procurador-geral de Justiça de São Paulo - e do professor da Faculdade de Direito da Goethe Universität Frankfurt am Main (Alemanha), Ricardo Campos, com mediação do repórter especial e colunista do Estadão Marcelo Godoy.

Omissão

O ministro defendeu ainda que o STF está autorizado a decidir sempre que for acionado e houver "omissão" do Congresso. Para Gilmar Mendes, a Corte não pode aguardar indefinidamente uma posição dos deputados e senadores sobre direitos fundamentais.

"A Constituição cobra, sim, do Supremo Tribunal Federal, respostas no sentido de ser uma Corte pró-ativa, especialmente no campo das omissões legislativas ou administrativas inconstitucionais", defendeu. "Deixar de legislar para regular um direito fundamental significa descumprir a Constituição."

Em julgamento recente, o STF impôs ao Congresso a obrigação de atualizar a distribuição de cadeiras na Câmara dos Deputados. Também abriu prazo para a União e os governadores apresentarem planos para pôr fim a violações de direitos em presídios. Nos dois casos, os ministros constaram omissões dos agentes públicos.

Gilmar também afirmou que não vê um ativismo indevido do STF ao longo do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

"Eu não vejo que o tribunal tenha tido uma conduta anormal nesse período. Deu resposta para desafios que então se colocaram. Nós tínhamos um governo que, em grande medida, era negacionista na pandemia e o tribunal então teve que decidir sobre questões de saúde", opinou o ministro.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou, na sexta-feira (10), pela condenação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pelo crime de difamação contra a também deputada Tabata Amaral (PSB-SP). A ação penal (AP 1053) contra Eduardo tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

A ação foi instaurada a partir de uma queixa-crime apresentada por Tabata ao Supremo, em março deste ano, após Eduardo compartilhar uma publicação nas redes sociais em que sugere que a pessebista tentou beneficiar o empresário Jorge Paulo Lemann ao elaborar um projeto de lei.

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As informações divulgadas por ele, entretanto, não são verdadeiras.

Em sua manifestação, a PGR concluiu que ocorreu o delito de difamação, sujeito a uma pena de detenção de três meses a um ano, acompanhada de multa.

A vice-procuradora-geral Ana Borges Coêlho Santos, que assina o documento, também solicitou a aplicação de agravantes, que têm o potencial de triplicar as penas, uma vez que o crime foi praticado nas redes sociais.

A PGR afirmou que "a reputação de um parlamentar é construída a partir do efetivo trabalho legislativo", e que a "desqualificação" desse trabalho "deprecia e apequena a figura política".

Entenda a acusação

Em outubro de 2021, o então presidente da República Jair Bolsonaro (PL) vetou a distribuição gratuita de absorventes menstruais para estudantes de baixa renda em escolas públicas e pessoas em situação de rua ou extrema vulnerabilidade. Essa decisão provocou reações contrárias ao veto, inclusive da deputada Tabata Amaral.

No mesmo período, o deputado Eduardo compartilhou uma mensagem no X (antigo Twitter), alegando que o posicionamento de Tabata contra o veto ao projeto de lei tinha como intenção beneficiar Jorge Paulo Lemann.

De acordo com a publicação, Tabata teria supostamente criado o projeto de lei sobre absorventes e recebido financiamento de Lemann para sua campanha. O texto ainda alegava que o empresário era sócio da P&G, empresa que fabrica absorventes.

Porém, nenhuma das três afirmações é verdadeira.

A autoria do projeto de lei pertence à então deputada federal Marília Arraes (PT-PE). Além disso, a campanha de Tabata não foi financiada por Jorge Paulo Lemann, que também não possui participação na P&G.

Diante disso, Tabata entrou com uma ação contra Eduardo. Até o momento, não há uma data definida para o julgamento do caso no STF.

Procurada pela reportagem, a assessoria de Tabata Amaral informou que a parlamentar não vai se manifestar sobre o caso, uma vez que a ação segue em curso na Justiça. O deputado Eduardo Bolsonaro também foi procurado, mas não retornou aos contatos da reportagem até o fechamento deste texto.

Acontece nesta terça-feira (24) o primeiro dia do júri popular de Danilo Paes, acusado de matar o próprio pai, o médico cardiologista Denirson Paes, em maio de 2018. O julgamento acontece no Fórum Agenor Ferreira de Lima, em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR), e tem previsão de se estender até a próxima sexta-feira (27) desta semana. 

O julgamento teve início às 9h, presidido pela juíza da 1ª Vara Criminal de Camaragibe, Marília Falcone Gomes Lócio, e com a presença do réu e sua defesa, assim como a promotoria do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), além da esposa da vítima, Jussara Rodrigues, que está presa desde 2019, condenada pela participação no crime.  

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Defesa aponta culpa de Jussara 

Segundo o advogado de defesa de Danilo, Rafael Nunes, os indícios apontam que não existiam atritos entre pai e filho, como diz a acusação. “Era o pai dele, as pessoas se esquecem disso. Denirson era pai de Danilo, eles tinham uma relação boa, eles tinham uma relação maravilhosa, de admiração, de respeito”, comentou, na entrada do fórum. 

Indícios não parecem justos, aponta defesa 

O advogado ainda levanta algumas inconsistências nos apontamentos da acusação, assim como da investigação feita pela polícia. “O que tem pra Danilo tem pra Daniel. Daniel estava na casa, Danilo também estava. Daniel não estranhou nada, Danilo também não estranhou nada. Foram encontrados resquícios de sangue, tão pouco que nem suficiência tinha para poder identificar geneticamente, no quarto de Danilo e no quarto de Daniel. Não dava nem para identificar se era sangue de Denirson. Ele não estranhou assim como também Daniel não estranhou o comportamento estranho da mãe. Se for pra seguir à risca, o que tem pra Danilo tem pra Daniel. Agora a polícia se precipitou, a polícia investigou com um afã de querer indiciar e querer prender Danilo querendo dar uma resposta rápida pra sociedade”, listou. 

“Eu não tenho qualquer tipo de dúvida que Danilo será absolvido. Estou indo certo, estou com meu time em campo e eu falo tranquilidade que eu conheço a prova dos autos. Danilo Paes é inocente, ele sempre teve uma boa relação com o pai, não existe absolutamente nada pra Danilo que não tenha pra Daniel”, continuou o jurista. 

Testemunhas 

O julgamento deverá ouvir dez testemunhas, sendo cinco indicadas de cada uma das partes. A acusação apresenta um perito, uma Comissária, um médico legista, apontados pelo Ministério Público, além da delegada à frente das investigações, Carmem Lucia e a antiga empregada doméstica da família, dona Josefa Conceição. 

Já a defesa indicou para testemunhar, além do próprio Danilo Paes, sua mãe, Jussara, que chegou ao Fórum em uma viatura da polícia penitenciária, Indalécio Rodrigues, irmão de Jussara, a ex-namorada de Danilo, Gabrieli, e o pedreiro Uraquitan, ex-colega de trabalho de Jussara. 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reclamou das decisões que condenaram alguns de seus apoiadores pelos atos golpistas de 8 de janeiro, afirmou esperar que eles estejam livres rapidamente, e disse que se continuasse como presidente da República essas prisões não teriam acontecido. As declarações foram dadas nesta quinta-feira (12), em ato em defesa da vida em Chapecó, Santa Catarina.

Bolsonaro começou a falar do tema ao tratar do caso de uma apoiadora que o recebeu no local usando tornozeleira eletrônica, medida restritiva alternativa à prisão aplicada à maioria dos investigados pelos atos golpistas de 8 de janeiro.

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"Me cortou o coração quando uma senhora de 40 e poucos anos me mostrou o seu tornozelo. Uma tornozeleira eletrônica. Algo que realmente nos choca. Pela violência, pela maldade como trataram essas pessoas", afirmou.

O ex-presidente disse que "alguns erraram ao invadir prédios públicos", mas completou que "as penas estão longe do que foi apresentado" contra eles.

"Nós devemos, se queremos viver democracia, respeitar a lei, respeitar o devido processo legal, individualizar a conduta de cada um e não no atacado. Ao querer fazer Justiça cometer uma grande injustiça com nosso país", afirmou.

Ex-presidente diz que se estivesse no cargo ainda não deixaria que isso acontecesse

O ex-presidente ainda disse que, se estivesse no cargo "isso não teria acontecido". Em razão da separação dos Poderes no Brasil, porém, o julgamento e a condenação dos réus cabe ao Judiciário e não ao Executivo.

"(Queria) dizer a vocês que se eu continuasse na Presidência podem ter certeza que isso tudo não teria acontecido". afirmou Bolsonaro, completando que espera que "isso seja desfeito brevemente e que essas pessoas estejam livres da tornozeleira, bem como as que foram condenadas até 17 anos de cadeia fiquem livres dessa pena também".

No evento, que também contou com a presença do governador Jorginho Mello, Bolsonaro prestou solidariedade à população de Santa Catarina que enfrenta a tragédia das chuvas, assim como a Israel, em razão dos ataques terroristas do Hamas.

Julgamentos começaram em setembro e prosseguem no STF

O STF começou em setembro a julgar os primeiros réus dos ataques do dia 8 de janeiro. Os primeiros três condenados foram Matheus Lima de Carvalho Lázaro, Aécio Lúcio Costa Pereira e Thiago de Assis Mathar. Os dois primeiros pegaram 17 anos de prisão, enquanto o último foi sentenciado a 14 anos. Esses casos foram decididos no plenário físico da Corte. Entre os crimes a eles imputados estão associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com o uso de substância inflamável, e deterioração de patrimônio tombado.

Além deles, outros três acusados foram condenados em julgamento no plenário virtual, a penas que variam de 12 a 17 anos de prisão. Outros dois julgamentos, com maioria pela condenação, foram suspensos e enviados ao plenário físico, após destaque apresentado pelo ministro André Mendonça. Atualmente, mais seis casos estão sendo analisados pela Corte.

A maioria dos denunciados por participação no 8 de janeiro podem fechar acordo de não persecução com Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo a PGR, 1.125 denunciados têm direito ao acordo. Para isso, precisam confessar os crimes e se comprometer com o pagamento de multas, além de prestar serviços à comunidade, deixar de usar redes sociais e ainda participar de um curso sobre democracia. Com isso, seus processos ficariam suspensos.

O criminalista Ralph Tortima Filho, que representa o empresário Roberto Mantovani Filho - suspeito de hostilizar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, no Aeroporto Internacional de Roma no dia 14 de julho -, repudiou o fato de a análise das imagens do entrevero ter sido realizada por um agente da Polícia Federal e não por peritos do Instituto Nacional de Criminalística, que é a praxe.

Nesta quinta, 5, Tortima Filho se insurgiu ante o fato de a íntegra do vídeo cedido pelas autoridades romanas ao Ministério da Justiça brasileiro permanecer sob sigilo - ao mesmo tempo em que foi liberada a divulgação de relatório denominado 'análise de imagens da sala de embarque do aeroporto'.

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O documento, de 51 páginas, exibe cenas parciais do atrito em Roma, espelhadas em sequência. O relatório da PF diz que 'aparentemente' Roberto Mantovani 'bateu com hostilidade' no rosto do filho do ministro, Alexandre Barci.

"Causa estranheza o fato de ser decretado o sigilo das imagens do aeroporto na Itália e, na mesma decisão, ser baixado o sigilo dos autos, de sorte a que um relatório, feito por um agente da Polícia Federal, não por peritos, seja devassado com parte dessas mesmas imagens, com ilações extremamente tendenciosas, no mínimo criativas", reagiu Tortima Filho.

O Instituto Nacional de Criminalística, braço da própria Polícia Federal, é reconhecido como um núcleo de peritos de alta qualificação. Investigadores ouvidos pelo Estadão informaram que o vídeo do aeroporto de Roma não passou pelo crivo da perícia.

A 'análise de imagens' foi feita pelo agente federal classe especial Clésio Leão de Carvalho.

A defesa de Mantovani afirma que não teve acesso ao vídeo por completo. "Se as imagens captadas no aeroporto são sigilosas, o relatório que as revela de forma seletiva também deveria ser, por evidente", segue o advogado.

Para Ralph Tortima Filho, 'a impressão que fica é a de que o sigilo serve aos interesses de apenas uma das partes, com a utilização de imagens escolhidas a dedo, impedindo que a integralidade delas seja de conhecimento público'.

"Fica muito evidente tratar-se de uma investigação que tem lado e que é nitidamente direcionada", afirma.

Nesta quinta-feira, 5, Ralph Tórtima Filho anexou aos autos do inquérito um novo pedido para juntar à investigação um vídeo gravado pelo celular de Alex Zanatta Bignotto, genro de Mantovani. O advogado apresentou a solicitação acompanhada de um parecer subscrito pelo professor da Unicamp Ricardo Molina de Figueiredo.

Segundo Tórtima, o 'único momento em que o ministro Alexandre se encontra presente e próximo dos investigados, nenhuma ofensa é a ele direcionada'.

O laudo assinado por Molina de Figueiredo foi elaborado para tratar da 'integridade da gravação', transcrever as falas contidas no vídeo e responder perguntas específicas feitas por Tórtima. O parecer diz que, em determinado momento do vídeo, Alexandre aponta o dedo para Alex e 'diz "bandido"'.

Por que Toffoli mantém vídeo sob segredo?

Ao prorrogar as investigações sobre o 'entrevero' envolvendo o ministro Alexandre de Moraes no Aeroporto Internacional de Roma, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, levantou, nesta quarta-feira, 4, o sigilo das apurações, tornando públicos todos os documentos que constam do inquérito - exceto o vídeo das câmeras de segurança de Fiumicino, que seguem sob sigilo.

Em um despacho de três páginas, Toffoli elencou argumentos para não liberar o vídeo: em sua avaliação, não há 'interesse ou utilidade', para o processo, na 'ampla divulgação' das imagens. Segundo o ministro, o vídeo 'interessa unicamente às investigações, que devem prosseguir'.

Toffoli argumentou que a divulgação de imagens de suspeitos só é 'fundamental' quando estes ainda não foram identificados ou estão foragidos, o que não é o caso. Evocou o relatório de análise de 51 páginas elaborado pela Polícia Federal sobre as imagens - para o relator, no documento já há 'detalhada análise das imagens que interessam' ao inquérito.

O magistrado anotou ainda que a mídia contém 'imagens de inúmeras pessoas, incluindo menores de idade, que em nada se relacionam' com a apuração. "Não há razão para expor envolvidos e terceiros que aparecem nas cenas captadas, devendo-se preservar, na espécie, seus direitos à imagem e à privacidade", anotou.

"Deve-se assinalar que são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, sobretudo na presente hipótese, em que não há necessidade de sua divulgação para a administração da justiça e que também não existe autorização por parte dos envolvidos para que haja divulgação", completou.

Mantido em local reservado, o CD que as autoridades italianas encaminharam à Polícia Federal com quase quatro horas de gravação das câmeras de segurança de Fiumicino só será disponibilizado para as partes do processo - o ministro Alexandre de Moraes e os investigados - ou para analistas e peritos indicados pelos investigadores, para 'eventuais diligencias complementares.

Mais um capítulo do polêmico caso de Daniel Alves. Segundo informações do canal Antena 3 da TV espanhola, o advogado do jogador, Cristóbal Martell, decidiu deixar a defesa do craque por achar que ele será condenado. Preso desde janeiro de 2023, o craque é acusado de ter abusado sexualmente de uma jovem em uma boate em Barcelona, na Espanha.

No momento, as investigações já foram finalizadas, e Daniel aguarda julgamento. Com a saída do defensor, quem assumiu o caso foi a advogada Inés Guardiola Sánchez, especialista em direito penitenciário.

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Abandonando o barco

Mas parece que não é só o advogado que está desistindo de defender Alves. Em entrevista para o jornalista Lucas Pasin, Dinorah Santana, que foi companheira do craque por dez anos, disse que só defendeu o pai de seus filhos por ter sido orientada pelos advogados dele.

- Ajudei por ser o pai dos meus filhos e me arrependo justamente porque ele parece não se importar com isso. Sinto que fui usada, colocada como uma boneca para repetir frases. Disseram: Traga as crianças para Espanha, venha, e eu fui. Advogados me passaram falas decoradas no aeroporto, para falar com os jornais, e eu fiz. Na hora só pensei que o certo era defendê-lo. Mas quando eu não fui mais interessante para ele e nem para seus advogados, ele sumiu.

Dinorah ainda relembra que foi para Espanha com os filhos para visitar o jogador em maio. Em julho, os pequenos foram sozinhos para o país para ver o pai, mas ele não os recebeu.

- Meus filhos ficaram dez dias dentro de um apartamento esperando que o pai dissesse o dia de visitá-lo, e ele sabia que os filhos estavam lá e não deu notícias. Isso é crueldade. Ali foi a gota d'água.

Hoje, ao rever seus conceitos sobre o ex-marido, ela diz:

- O Daniel que foi casado comigo, aquele homem que ficou dez anos ao meu lado, não seria capaz de uma agressão, e por isso eu o defendi. Mas o homem com quem fui casada também não faria o que fez com os nossos filhos. Então, não tenho mais como opinar. Me separei dele há 12 anos. Não achava que ele seria capaz de muitas coisas, e ele fez.

Ainda durante a conversa, ela relembrou as traições de Daniel durante o casamento

- Ter sido casada com ele não foi nada fácil, principalmente pelas traições que motivaram o fim da relação. Ele me traiu com muitas mulheres e eu nunca falei. Sempre me mantive quieta para não prejudicar a imagem. Meu único pedido era que ele fosse um bom pai, mas ele foi cruel. Sei como meus filhos se sentem.

A deputada estadual Delegada Gleide Ângelo (PSB) não poupou críticas à gestão da governadora Raquel Lyra (PSDB) diante da ausência de políticas públicas voltadas para as mulheres em Pernambuco. Listando uma série de feminicídios que ocorreram apenas em setembro, a parlamentar frisou o desmantelamento da Secretaria da Mulher, assim como o sucateamento dos equipamentos e serviços públicos oferecidos pela pasta.

“Chegamos ao mês de setembro com a marca de quase 200 mulheres assassinadas. Estamos vivendo uma verdadeira chacina de mulheres em nosso estado. Nove meses de gestão e não houve ainda nenhuma ação ou campanha expressiva de combate à violência de gênero”, declarou a deputada nessa segunda-feira (25), em discurso na Alepe.

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“Pelo contrário, o que vemos são delegacias especializadas fechadas, além do fechamento de uma das quatro casas-abrigo e a precariedade no serviço nos serviços oferecidos nas que estão em funcionamento. São inúmeras as denúncias de abusos físicos, psicológicos e até sexuais. Não foi pra isso que elegemos uma mulher”, acrescentou a deputada fazendo alusão ao caso da criança de dois anos, filha de uma assistida, que foi estuprada na casa abrigo do Cabo de Santo Agostinho, no último mês de julho. 

Gleide destacou que em 16 anos de existência da Secretaria da Mulher, não houve tamanha “inoperância” e “ineficiência” na pasta. A deputada também criticou a secretária da Mulher, Mariana Melo. Gleide apontou a falta de experiência da titular da pasta e disse que a secretária foi escolhida para “estagiar”.

“Elegemos a primeira mulher governadora da história de Pernambuco, mas pelo que tem sido desempenhado pelo estado, está claro como não há o compromisso ou o comprometimento com a vida das pernambucanas... Temos uma mulher [governadora] que não representa as pernambucanas. Vamos aguardar a apresentação do Programa Juntos pela Segurança para saber se haverá, de fato, algo verdadeiramente voltado para a segurança e a vida das mulheres pernambucanas”. 

Veja a crítica na íntegra:

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O Solidariedade decidiu expulsar o advogado Hery Waldir Kattwinkel, que era filiado ao partido, após os ataques do criminalista aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Em nota, o Solidariedade informou que o advogado usou "falas ofensivas e desrespeitosas" ao STF e "ultrapassou os limites da lei".

"A direção municipal do Solidariedade em Votuporanga-SP, não compactua com a postura do profissional em atacar a Suprema Corte, ainda que no exercício de sua prerrogativa de defensor constituído, motivo pelo qual comunicamos a expulsão do membro e filiado ao partido", diz o texto.

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A decisão foi tomada em conjunto pelo diretório municipal do Solidariedade em Votuporanga, no interior de São Paulo, pelo presidente estadual do partido, Alexandre Pereira, e por Paulinho da Força, vice-presidente nacional.

A sigla estuda entrar com uma representação contra o advogado na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Kattwinkel defende Thiago de Assis Mattar, um dos bolsonaristas condenados na quinta-feira,14, por participação nos atos golpistas do dia 8 de janeiro.

Ele teve a oportunidade de falar por cerca de uma hora na tribuna do STF e usou o tempo para antagonizar com os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.

Em sua manifestação, Kattwinkel fez referência a uma declaração falsa atribuída a Barroso, que já foi desmentida pelo ministro, de que "eleição não se ganha, se toma". "Ato antidemocrático é quando um ministro da Suprema Corte fala que eleição não se ganha, eleição se toma. Isso é preocupante. Isso nos causa medo, insegurança, calafrios", disse.

O criminalista também acusou Moraes de parcialidade ao julgar bolsonaristas: "É um misto de raiva com rancor, com pitadas de ódio."

Meme nas redes sociais

O advogado ainda virou meme nas redes sociais ao confundir o livro de teoria política O Príncipe, de Nicolau Maquiavel, com a obra infantil O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry.

O ministro Alexandre de Moraes chegou a ironizar a confusão: "São obras que não têm absolutamente nada a ver. Mas, obviamente, quem não leu nenhuma nem outra, vai no Google e às vezes dá algum problema."

Moraes também chamou Kattwinkel de "patético e medíocre" e afirmou que talvez o objetivo do advogado fosse sair vereador em 2024: "Preparou um discursinho para postar em redes sociais."

O criminalista já ocupou uma cadeira na Câmara Municipal de Votuporanga na legislatura de 2017 a 2020.

Quem é Thiago de Assis Mattar, defendido por Hery Waldir Kattwinkel?

Morador de São José do Rio Preto, em São Paulo, Mattar foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por destruir objetos artísticos e de valor no Palácio do Planalto.

Na quinta, foi condenado a uma pena de 14 anos de prisão pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado pela violência e grave ameaça.

Responsável pela defesa de Thiago de Assis Mathar, o segundo indivíduo em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) pela tentativa de golpe em Brasília no dia 8 de janeiro, o advogado Hery Waldir Kattwinkel Junior provocou nesta quinta-feira, 14, o ministro Luís Roberto Barroso. Ao encerrar seu tempo de sustentação oral, o advogado citou uma frase descontextualizada de Barroso, de que "eleição não se ganha, se toma". A provocação motivou reações de Barroso e do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, que chamou o momento de "patético".

Barroso esperou o fim da sustentação oral para esclarecer a frase descontextualizada. "Eu jamais disse que eleição não se ganha, se toma. Essa é mais uma fraude", afirmou Barroso.

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Em seguida, o ministro explicou que mencionou essa frase era parte de uma fala em um evento na Câmara dos Deputados, em que Barroso, na verdade, citava uma declaração dada a ele pelo senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR).

"Eu, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, recebi o senador Mecias de Jesus, de Roraima. Ele disse: 'apoio o presidente, porém sou contra o voto impresso. Por duas vezes no meu estado venci eleições no tempo do papel e me tomaram as eleições'. E (Mecias) disse: 'eleição em Roraima não se ganha, se toma'", afirmou Barroso.

O ministro disse que pouco depois dessa conversa esteve em evento na Câmara dos Deputados, para expor a defesa do voto eletrônico.

"O (ex-deputado federal) Jhonatan de Jesus (filho de Mecias de Jesus) falou comigo e brincamos que eleição de Roraima não se ganha, se toma. Editaram minha fala. Tiraram contexto de que era uma fala do senador Mecias e tiraram (menção) a Roraima. E divulgaram mundo afora", afirmou Barroso.

"Evidentemente que eleição não se toma, se ganha. De boa-fé ou má-fé, essa é uma mentira que circula repetidamente. Foi até bom o advogado ter perguntado porque me permite esclarecer", afirmou.

Depois do esclarecimento de Barroso, o ministro Alexandre de Moraes iniciou seu voto, pela condenação do acusado, e aproveitou o momento para criticar a provocação do advogado, que chamou de momento "patético".

"É patético que um advogado suba à tribuna do Supremo Tribunal Federal com discurso de ódio, com discurso para postar depois nas redes sociais. Talvez pretendendo ser vereador do seu município no ano que vem. Digo com tristeza que o réu aguarda que ele venha aqui defender tecnicamente. O advogado não analisou nada, absolutamente nada. Preparou um discursinho para postar em redes sociais", afirmou Moraes.

O advogado foi candidato a deputado estadual no estado de São Paulo, na eleição do ano passado. Durante a sustentação, o advogado também comparou o presídio da Papuda, do Distrito Federal, ao Holocausto e disse que Moraes "invertia o papel de julgador".

"Eu vejo que o ministro Alexandre de Moraes inverte o papel de julgador aqui nessa Suprema Corte. Ele passa de julgador a acusador. É um misto de raiva com rancor com pitadas de ódio quando fala dos patriotas. A cena que vi lá (na Papuda) me lembrou muito o Holocausto. Vi muitos pais de famílias de cabelos brancos, como vossas excelências, mulheres, aposentadas, como se bandidos fossem da mais alta periculosidade", afirmou o advogado.

Depois da fala do advogado e do esclarecimento de Barroso, Moraes afirmou que a sustentação do defensor era um exemplo do que não fazer em um tribunal.

"Os alunos que aqui se encontram, do curso de Direito da Universidade de Rio Verde de Goiás, hoje tiveram aula do que não deve ser feito numa Suprema Corte. Hoje tiveram aula do que advogado constituído não deve fazer para prejudicar o seu constituinte. Ou seja, esquecer o processo e querer fazer uma média com os patriotas. Realmente é muito triste", reagiu Moraes.

O ministro ainda debochou do momento em que o advogado atribuiu erroneamente a frase "os fins justificam os meios" ao livro O Pequeno Príncipe.

"Só não seria mais triste porque confundiu O Príncipe, de (Nicolau) Maquiavel, com O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry", ironizou Moraes.

A defesa de Robinho enviou uma petição ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) contestando o pedido da Justiça italiana para que o atleta cumpra a pena de nove anos de prisão por estupro no Brasil. No documento, os advogados do ex-jogador do Santos e da seleção brasileira citam a Constituição Federal e afirmam que a possibilidade de a sentença ser aplicada no País fere a soberania nacional. O relator do caso, o ministro Francisco Falcão, deu cinco dias para a Embaixada da Itália se manifestar e, depois, a defesa terá outros cinco dias para a tréplica.

Em agosto, o STJ rejeitou o pedido da defesa do atleta para que a Justiça italiana enviasse para o Brasil uma cópia do processo na íntegra traduzida para o português. Na petição, os advogados de Robinho reforçam a necessidade do documento em idioma nacional para uma indicação mais precisa e objetiva das irregularidades havidas no procedimento estrangeiro. Sem ele, o direito à ampla defesa não estaria sendo respeitado.

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Os advogados de Robinho afirmam, ainda, que o pedido da Justiça italiana está baseado na Lei de Migração, que passou a integrar o ordenamento jurídico brasileiro em 2017, mas o caso que levou Robinho à condenação na Itália ocorreu em 2013. As leis brasileiras impedem que um cidadão do País seja extraditado para cumprimento de pena em território estrangeiro.

Robinho foi sentenciado em última instância a nove anos de prisão pelo crime de estupro cometido contra uma mulher albanesa numa casa noturna em Milão, em 2013, quando atuava pelo Milan. Ele entregou o passaporte e está proibido de deixar o Brasil, mas continua em liberdade pelo fato de não poder ser extraditado. O jogador nega as acusações.

ENTENDA O CASO

De acordo com as investigações e condenação na Justiça Italiana, Robinho e cinco amigos estupraram uma jovem albanesa em um camarim da casa noturna milanesa Sio Café, onde ela comemorava seu aniversário. O caso aconteceu em 22 de janeiro de 2013, quando o atleta defendia o Milan. Ele foi condenado em primeira instância em dezembro de 2017, assim como Ricardo Falco, um dos amigos do ex-jogador. Os outros suspeitos deixaram a Itália ao longo da investigação e, por isso, a participação deles no ato é alvo de outro processo.

Os defensores de Falco também dizem que seu cliente é inocente, mas pedem a aplicação mínima da pena caso haja condenação. O Estadão esteve na boate em Milão e constatou que o local passou por reforma após o episódio. Procurado pela reportagem em outubro de 2020, o advogado Franco Moretti, que representava Robinho na Itália, reforçou que seu cliente era inocente. O jogador afirmou que toda a relação que teve com a denunciante foi consensual e ressaltou que seu único arrependimento foi ter sido infiel com sua mulher. Robinho é casado.

Em entrevista ao Estadão, o advogado da vítima, Jacopo Gnocchi, revelou à época que ela poderia ter solicitado o pagamento de aproximadamente R$ 400 mil (60 mil euros) por danos morais, mas optou por aguardar o andamento dos procedimentos jurídicos. Na sua visão, o tribunal de Milão que condenou Robinho fez uma análise correta do caso.

Transcrições de interceptações telefônicas realizadas com autorização judicial mostraram que Robinho revelou ter participado do ato que levou uma jovem de origem albanesa a acusar o jogador e amigos de estupro coletivo, em Milão, na Itália. Em 2017, a Justiça italiana se baseou principalmente nessas gravações para condenar o atacante em primeira instância a nove anos de prisão. Os áudios revelados agora já estavam transcritos nos processo.

Além das gravações telefônicas, a polícia italiana instalou um grampo no carro de Robinho e conseguiu captar outras conversas. Para a Justiça italiana, as conversas são "auto acusatório". As escutas exibem um diálogo entre o jogador e um músico, que tocou naquela noite na boate e avisou ao atleta sobre a investigação.

Robinho e Falco foram condenados com base no artigo "609 bis" do código penal italiano, que fala do ato de violência sexual não consensual forçado por duas ou mais pessoas, obrigando alguém a manter relações sexuais por sua condição de inferioridade "física ou psíquica".

Os advogados de Robinho afirmam que o atleta não cometeu o crime do qual é acusado e alegam que houve um "equívoco de interpretação" em relação a conversas interceptadas com autorização judicial, pois alguns diálogos não teriam sido traduzidos de forma correta para o idioma italiano. As gravações provam o contrário.

A repercussão negativa sobre o caso de estupro fez com que Robinho tivesse a contratação suspensa pelo Santos em outubro de 2020. O jogador foi anunciado como reforço pelo clube da Vila com vínculo por cinco meses. Porém, a pressão de patrocinadores e a divulgação de conversas sobre o caso provocaram forte repercussão, e o clube optou por suspender o contrato do atleta. Robinho vive atualmente em Santos.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou nesta segunda-feira, 11, o pedido de acesso, feito pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ao depoimento prestado pelo tenente-coronel Mauro Cid no inquérito da Polícia Federal que apura o desvio e a revenda de joias do acervo presidencial. Esse depoimento durou mais de oito horas no dia 31 de agosto.

Cid teve homologado seu acordo de delação premiada no último sábado, 9. Quando prestou esse longo depoimento, o ex-faz-tudo de Bolsonaro já tentava a aprovação do acordo. Por isso, para a defesa do ex-presidente e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o sigilo é um sinal de que esse depoimento já foi prestado conforme as exigências feitas para acordos de delação premiada, em que os delatores não podem mentir nem ficar em silêncio e precisam indicar caminhos para a obtenção de provas contra outros investigados.

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É rotineiro na Justiça que depoimentos prestados em acordos de delação premiada fiquem em sigilo até que algumas revelações sejam verificadas pela polícia ou até que o inquérito seja concluído.

No inquérito das joias, a defesa de Bolsonaro só não teve acesso, até agora, ao depoimento de Cid. Foram liberados os depoimentos prestados também no dia 31 de agosto pelo pai de Cid, o general Lourena Cid, pelo tenente Osmar Crivelatti e pelo advogado Frederick Wassef, também investigados no caso. Assim como Bolsonaro e Michelle, também ficaram em silêncio nesse dia de depoimentos o coronel Marcelo Câmara e o advogado Fábio Wajngarten. A PF tinha se organizado para realizar os interrogatórios de maneira simultânea para dificultar que os investigados combinassem versões.

Depois da homologação do acordo de delação premiada, Cid teve a prisão convertida para regime domiciliar e deixou o Batalhão da Polícia do Exército, em Brasília, no último sábado, 9. Ele será monitorado com o uso de tornozeleira eletrônica e não poderá manter contato com outros investigados, exceto seu pai.

O filho "04" do ex-presidente Jair Bolsonaro, Jair Renan Bolsonaro, foi alvo nesta quinta-feira, 24, de mandado de busca e apreensão da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). A ação faz parte da Operação Nexum, que investiga um grupo suspeito de falsidade ideológica, associação criminosa, estelionato, crimes contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro.

Os investigadores cumpriam mandados em dois endereços de Jair Renan: um apartamento em Santa Catarina e outro na área nobre de Brasília. No total, a ação cumpriu cinco mandados de busca e apreensão e dois de prisão e, segundo a PCDF, tinha como objetivo "reprimir a prática, em tese, de crimes contra a fé pública e associação criminosa, além de crimes cometidos em prejuízo do erário do Distrito Federal".

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Em nota, o advogado de Jair Renan, Admar Gonzaga, afirmou que a ação apreendeu um celular, um HD e papéis com anotações particulares e que não houve recondução do "04" para depoimento. A defesa ainda disse que não teve acesso aos autos da investigação ou informações sobre os fundamentos da decisão. Segundo Gonzaga, Renan afirmou estar "surpreso, mas absolutamente tranquilo com o ocorrido".

O principal alvo da operação é Maciel Carvalho, instrutor de tiro de Jair Renan, suspeito de ser o mentor do esquema. Segundo a PCDF, Carvalho já possui registros criminais por falsificação de documentos, estelionato, organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, uso de documento falso e disparo de arma de fogo.

Em 2023, Carvalho já foi alvo de duas operações da organização: "Succedere", que investiga crimes tributários praticados por uma organização criminosa especializada em emissão ilícita de notas fiscais, e a "Falso Coach", que apura uso de documentos falsos para o registro e comércio de armas de fogo e a promoção de cursos e treinamentos de tiro por meio de uma empresa em nome de um "laranja". Nessa segunda operação, o instrutor foi preso em flagrante em ação policial por posse irregular de arma.

Segundo a investigação da Operação Nexum, o grupo suspeito agia por meio da inserção de funcionários "laranjas" para ocultar os verdadeiros proprietários de empresas fantasmas. De acordo com a PCDF, Carvalho e seus aliados criaram identidade falsa que foi usada para abertura de conta bancária e como proprietário de pessoas jurídicas usadas como laranjas.

Os policiais civis do Distrito Federal ainda descobriram que os investigados forjam relações de faturamento e outros documentos das empresas investigadas, utilizando-se de dados de contadores sem o consentimento destes para inserir declarações falsas.

Batizada de "Nexum", a operação faz alusão ao mais antigo contrato formal romano utilizado para efetuar passagem do dinheiro e transferência simbólica de direitos.

A ação foi liderada pela delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária (DOT), vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (DECOR).

A defesa de Maciel Carvalho não foi localizada.

Jair Renan em SC

Desde março de 2023, Jair Renan passou a desempenhar a função de auxiliar parlamentar pleno no escritório de apoio do senador Jorge Seif Júnior (PL-SC) em Balneário Camboriú, litoral de Santa Catarina. Seif é uma das principais vozes do ex-presidente no Senado. Ele chefiou o Ministério da Pesca durante a gestão de Jair Bolsonaro e se apresenta como o seu "06".

O presidente em exercício da República, Geraldo Alckmin, disse, nesta terça-feira (22), que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está sendo fiel com suas promessas de imprimir no Brasil um desenvolvimento inclusivo, social e com sustentabilidade. De acordo com ele, o governo já aumentou o salário mínimo, está investindo em creches e promovendo crescimento sem derrubar árvores na Amazônia.

"O presidente Lula está sendo fiel às suas promessas na campanha eleitoral do ano passado. Isso é crescimento inclusivo, social e sustentável", disse Alckmin, participante do lançamento do "Fórum Mauá 2023-2033 - A Década de Transformação", no teatro municipal da cidade.

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O evento discute iniciativas de desenvolvimento econômico, ambiental e social para a região de Mauá.

O presidente em exercício foi a Mauá em meio a discussões e indicações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na direção da retirar o PSB, partido de Alckmin, do ministério de Portos e Aeroportos, tendo deixado o seu vice encarregado de convencer o ministro da pasta, Márcio França, da importância da entrega do cargo para a governabilidade.

Há inclusive especulações de que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) comandado por Alckmin, poderá ser colocado sobre a mesa de negociações, com o vice de Lula podendo passar a comandar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Lula, por sua vez, já anunciou que só retomará a reforma ministerial depois de que voltar de Johannesburgo, capital da África do Sul, onde a partir desta terça-feira participa da reunião do Brics.

O presidente em exercício também falou, durante o evento em Mauá, que as perspectivas para a economia são boas porque a taxa básica de juro, a Selic, já caiu e os sinais são de continuidade de redução. Para ele, a reforma tributária vai desonerar completamente as exportações.

"Temos um sistema tributário muito ruim para o crescimento e para o desenvolvimento. Mas a reforma deve ser aprovada no Senado e deverá trazer desoneração completa às exportações e isso é muito bom", disse Alckmin, acrescentando que com o juro caindo, com câmbio competitivo e a reforma, a economia voltará a crescer.

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