O Brasil finalmente fez valer todo o seu favoritismo nos Jogos Sul-Americanos de Santiago, neste domingo. Com uma 16 medalhas de ouro num único dia, chegou a 29 e abriu enorme folga sobre a Argentina, que liderava ao fim das disputas no sábado e agora tem 16. A única decepção veio da ginástica artística masculina, que perdeu da Colômbia por equipes e no individual geral.
Até a natação, que vinha tendo desempenho apenas regular, se saiu muito bem neste domingo. Garantiu cinco medalhas de ouro nas oito provas em disputa, no seu melhor dia até aqui. E foram resultados importantes, como as vitórias no 4x100m livre feminino e no 4x100m medley masculino.
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Thiago Pereira quase quebrou a barreira dos dois minutos para vencer os 200m medley, sua especialidade, em 2min00s09. Bruno Fratus também confirmou favoritismo e foi ouro nos 50m livre, com 22s40, longe dos 22s00 que havia feito no GP de Orlando. A outra vitória brasileira veio nos 200m peito, com Pamela Alencar.
A luta livre feminina, que está em ascensão no Brasil, garantiu duas de ouro para o País, com Aline Ferreira (até 75kg) e Gilda Oliveira (até 69kg). Laís Oliveira (até 63kg), porém, perdeu a final e ficou com a prata. Susana Santos (até 48kg) foi derrotada na disputa pelo bronze. Joice Silva, melhor do País, não foi a Santiago porque sua categoria não teve o mínimo de inscritos.
A ginástica artística masculina, por outro lado, foi a decepção. Mesmo contando praticamente com força máxima (só Diego Hypolito não foi a Santiago), não beliscou nenhum ouro. Foi prata por uma diferença mínima por equipes (346.350 pontos, contra 346.700 da Colômbia) e terminou em segundo também no individual geral, com Sergio Sasaki. Jossimar Calvo, colombiano, acabou campeão. Arthur Zanetti avançou com a melhor nota à final das argolas.
MAIS MEDALHAS - No ciclismo BMX veio uma medalha de ouro, com Renato Rezende, que se aproveitou da queda do colombiano Carlos Oquendo, favorito da prova, para vencer. Não sem antes travar disputa acirrada com o argentino Federico Villegas. No feminino, não teve para ninguém e o ouro ficou com a colombiana Mariana Pajon, campeã olímpica. Bianca Quinalha foi apenas a quinta colocada.
Já nas provas de estrada do Brasil ganhou as duas medalhas de ouro oferecidas no contra-relógio. No feminino, Fernanda Souza surpreendeu Clemilda Fernandes, que terminou com o bronze. Entre os homens, Murilo Ferraz ganhou com boa folga.
Depois de ganhar a prata no single skiff peso leve, que é sua especialidade, Fabiana Beltrame deu a volta por cima e levou o ouro no single skiff neste domingo. Só ela ganhou medalha para o Brasil no remo, em sete provas. A modalidade teve seu último dia de disputas neste domingo.
No rúgbi sevens, muita diferença entre os resultados do masculino e do feminino. As mulheres, que nunca perderam de rivais da América do Sul, foram campeãs fazendo 40 a 0 na Argentina, na final. Já o masculino levou 31 a 7 do Chile na disputa do bronze e ficou sem medalhas.
Depois de ganhar apenas uma prata nas disputas individuais no triatlo, por equipes (prova não-olímpica) o Brasil o faturou ganhou o ouro neste domingo, com Danilo Pimentel, Diogo Sclebin, Pamela Oliveira e Beatriz Neres. O País também foi ao lugar mais alto do pódio no pentatlo masculino, com dobradinha de ouro e prata de Felipe Nascimento e Danilo Fagundes.
Nas modalidades não olímpicas, o Brasil garantiu ouro com Douglas Santos, no caratê, na categoria até 60kg. Valéria Kumizaki ganhou bronze na até 55kg. Nas demais, passou em branco.