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O Senado promove nesta terça-feira (30) sessão temática para discutir os projetos que mudam as regras sobre a participação da Petrobras na exploração do pré-sal. Os dois projetos de lei do senador José Serra (PSDB-SP) fazem alterações no modelo de operador único, adotado no novo marco regulatório do pré-sal, e na participação mínima do governo no modelo de partilha. Eles estão prontos para votação, em regime de urgência, no plenário, mas a apreciação foi adiada para que os senadores pudessem discutir o assunto com especialistas.

Para a sessão temática de hoje foram convidados o ex-presidente da Agência Nacional do Petróleo (ANP) Haroldo Lima, o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, Jorge Marques de Toledo Camargo, o secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Martins Almeida, e o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires.

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O debate está marcado para as 11h e deve se estender até o início da sessão deliberativa ordinária, marcada para as 14h. A partir daí, os senadores devem se dedicar à análise de três medidas provisórias que trancam a pauta da Casa, uma delas corrige a tabela do Imposto de Renda. Há ainda a possibilidade de que seja votado o projeto de lei que trata das desonerações sobre a folha de pagamento das empresas.

A partir das 14h30, os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do HSBC vão se reunir para votar 51 requerimentos. A reunião será apenas administrativa, sem depoimentos. A CPI do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) também se reunirá para ouvir os depoimentos da advogada Adriana Oliveira e Ribeiro, sócia do escritório de advocacia JR Silva Advogados Associados, e de Jorge Victor Rodrigues, que teria atuado como intermediário no pagamento de propina de empresas a conselheiros do Carf.

Ainda no período da tarde, ocorrerá a primeira reunião de trabalho da comissão especial criada para analisar os projetos da reforma política. A comissão foi instalada na última semana e deverá concluir os trabalhos até o início do recesso legislativo, em 17 de julho, apontando os projetos em que há acordo para votação, inclusive com a Câmara dos Deputados.

À noite, os senadores se reunirão com os deputados, em sessão conjunta do Congresso Nacional, para a análise de vetos presidenciais. Deverão ser votados vetos referentes às leis das Antenas, da Biodiversidade, da que trata da fusão de partidos políticos, entre outros.

Após concluir a votação, em primeiro turno, da proposta de emenda à Constituição da reforma política, a Câmara dos Deputados concentra as atenção na última proposta do pacote do ajuste fiscal proposto pelo governo. O projeto de lei 863/15 prevê a desoneração da folha de pagamentos para vários setores da economia.

A matéria é o destaque da pauta da sessão de quarta-feira (24), que deve ter continuidade na quinta (25). Há mais de um mês, o texto está sendo negociado pela base governista e o governo, que espera economizar cerca de R$ 12,4 bilhões.

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O PL aumenta as alíquotas incidentes sobre a receita bruta de empresas de 56 setores da economia que deixaram de contribuir com 20% da folha de pagamentos para o INSS. As taxas vão de 1% para 2,5% e de 2% para 4,5%.

Pauta – Na terça-feira (23), os deputados irão deliberar sobre acordos internacionais assinados pelo Brasil. Com as festas de São João, especialmente no Nordeste, a expectativa é de que o quórum seja baixo.

O Congresso Nacional se reúne nesta terça-feira (16), às 19h, para analisar seis vetos presidenciais. Eles tratam sobre as novas regras para fusão de partidos, o novo Código de Processo Civil e a Lei Orçamentária Anual de 2015, dentre outros temas.

Previsto para entrar em vigor no próximo ano, o novo CPC teve três dos 1.072 artigos completamente suprimidos, por meio do veto 5/15. Um deles permitia converter uma ação individual em coletiva, mas para a presidente a medida poderia ser adotada de forma pouco criteriosa. Houve ainda quatro vetos parciais, como o trecho que possibilitava a sustentação oral por advogado ser admitida em todos os casos de agravo interno (tipo de recurso apresentado junto a tribunais). Dilma vetou por considerar que a regra prejudica a celeridade processual.

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O veto 6/2015 alterou a Lei 13.107/2015, que restringe a fusão de partidos políticos. A presidente extinguiu o dispositivo que previa o prazo de 30 dias para que políticos migrassem, sem perda de mandato, para as legendas surgidas das fusões partidárias.

Também está prevista a análise do veto total (7/2015) ao projeto de lei que incluía a realização de campanhas educativas sobre limpeza urbana e manejo de lixo entre os itens obrigatórios dos planos estaduais e municipais de resíduos sólidos.

Por meio do veto 8/2015, Dilma alterou a LOA 2015, retirado dispositivo que tratava dos coeficientes de rateio do Auxílio Financeiro para Fomento das Exportações (FEX) entre os estados. Criado em 2004, o FEX é tradicionalmente repartido por meio de medida provisória após deliberações do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). O Executivo argumenta que o tema é matéria estranha às atribuições da LOA. Dilma também vetou o provimento de cargos e funções previsto para o Banco Central e para a Receita Federal, por sustentar que essa deliberação cabe ao Executivo.

O veto 9/2015 trata da Lei Geral das Antenas. Um dos trechos retirados do texto dá à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) o poder de conceder autorização à prestadora de serviço que não conseguir emissão de licença para instalação de torres em área urbana no prazo de 60 dias. Para a presidente, isso violaria o pacto federativo, já que atualmente essa competência é dos estados e municípios.

O veto 10/2015 alterou a Lei 13.121/2015, que permite a antigos servidores dos ex-territórios do Amapá e de Roraima optarem pelo ingresso em quadro de pessoal da União em extinção. Ao todo, 18 dispositivos foram retirados do texto, inclusive o que garantia ao grupo de fiscalização tributária a mesma remuneração dos auditores fiscais da Receita Federal.

 

O Senado votará, nesta terça-feira (2), o substitutivo ao projeto de Lei 517/2011, que regulamenta a mediação judicial e extrajudicial como forma de solução de conflitos. A sessão está marcada para as 16h, podendo ter continuidade da votação na quarta-feira (3). Com o feriado de Corpus Christi, não haverá atividades na Casa na quinta (4).

O objetivo do texto, que tem origem no Senado e foi modificado pela Câmara dos Deputados, é desafogar a Justiça brasileira, por meio de acordos entre as partes, antes mesmo de uma decisão nos tribunais. A matéria tramita em regime de urgência e deve receber parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) em plenário.

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A proposta é fruto do trabalho de uma comissão de juristas instituída pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em 2013. O grupo apresentou um projeto sobre arbitragem, sancionado na semana passada com vetos, e outro sobre mediação. A diferença entre os dois métodos alternativos de solução de conflitos é que, no primeiro, um árbitro é escolhido entre as partes para definir a questão. Já na mediação, o terceiro (mediador) tenta facilitar a comunicação e negociação, para que as próprias partes cheguem a um consenso.

Pauta - Outras matérias também devem ser votadas nesta semana. Uma delas é a proposta de emenda à Constituição 33/2014, que determina que a segurança pública será de competência comum entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios.

Os senadores poderão apreciar também projetos de reforma política, como o PLS 268/2011, que estabelece o financiamento público exclusivo para campanhas eleitorais, e o PLS 60/2012, que proíbe doações de empresas em dinheiro, ou por meio de publicidade, a candidatos e partidos políticos.

Deve ser apreciado ainda o PLC 13/2013, que prevê para engenheiros, arquitetos e agrônomos que ocupam cargos efetivos no serviço público o reconhecimento das suas carreiras como essenciais e exclusivas de Estado.

Com informações da Agência Senado.

Com o feriado de Corpus Christi na quinta-feira (4), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), adiou para a semana que vem as votações de matérias consideradas mais polêmicas como é o caso do projeto de lei que altera as regras da desoneração da folha de pagamentos e de alguns pontos da reforma politica. Para esta semana estão previstas votações de acordos e tratados internacionais firmados pelo Brasil com outros países.

Cunha informou que pretende votar inúmeros projetos de decreto legislativo que tratam de acordos e tratados, parados na Câmara há muito tempo. Ao todo devem ser votados 20 acordos internacionais e um projeto de lei que cria o Prêmio Lúcio Costa de Mobilidade, Saneamento e Habitação na área de desenvolvimento urbano.

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O acerto entre o presidente da Câmara e os líderes partidários para essas votações consensuais ocorreu em função do feriado de quinta-feira e de uma comitiva de deputados que estão viajando à Rússia e Israel. As votações devem começar nesta ainda nesta segunda (1º). Entre os acordos a serem votados estão alguns relativos ao Mercosul, a cooperação técnica firmada entre o Brasil e Zimbábue, em 2006, e o acordo de previdência social assinado entre o Brasil e a Coreia do Sul, em 2012.

Além das votações de plenário, as comissões técnicas e especiais da Câmara terão atividades normais com votações de requerimentos, audiências públicas, apreciação de projetos e depoimentos. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras tem audiência pública marcada para amanhã (2), às 9h30, para ouvir o vice-presidente da construtora Mendes Júnior Trading Engenharia, Sérgio Cunha Mendes, e o diretor-presidente do Grupo Galvão Engenharia, Dario Queiroz Galvão Filho.

As sessões da terça (26) e quarta (27) concentrarão as atenções em apenas um tema: o ajuste fiscal. A pauta está trancada por três medidas provisórias e duas delas precisam ser votadas nesta semana ou perderão a validade.

A MP 665/2014 muda as regras de concessão do seguro-desemprego, do abono salarial e do seguro-defeso. Tramitando como Projeto de Lei de Conversão 3/2015, a matéria começou a ser discutida na semana passada, mas por ameaças de derrota para o governo, a votação ficou para esta semana. O líder do governo na Casa, Delcídio do Amaral (PT-MS), acredita que não haverá problema em aprovar o texto. Os senadores precisam apreciar 12 pedidos de destaque.

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A MP 664/2014, que altera as regras para o direito à pensão por morte e acaba com o fator previdenciário, foi transformada no Projeto de Lei de Conversão 6/2015 e já tem acordo para a votação.

A expectativa é de que a proposta seja aprovada como está, ou seja, mantendo a emenda relacionada ao fator previdenciário. A medida permite que o trabalhador use a chamada regra 85/95 no momento da aposentadoria. Assim, será possível, por exemplo, à mulher se aposentar quando a soma de sua idade aos 30 anos de contribuição for de 85. No caso do homem, a soma da idade a 35 anos de contribuição deve ser de 95.

Já a MP 668/2015 aumenta as alíquotas de contribuições incidentes sobre as importações, o PIS/Pasep-Importação e a Cofins-Importação. Na regra geral, elas sobem de 1,65% e 7,6% para 2,1% e 9,65%, respectivamente. Essa é considerada pelo governo uma das medidas mais importantes para aumento dos impostos e arrecadação.

Após reunião de coordenação política no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira (25), o vice-presidente Michel Temer disse estar otimista e acreditar que todas as MPs serão aprovadas.

 

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Na manhã desta quarta-feira (20), cerca de 500 pessoas, entre professores e alunos da Universidade de Pernambuco (UPE) se reuniram para seguir em caminhada do Hospital Osvaldo Cruz até o Palácio do Campo das Princesas, sede do governo do Estado, em protesto contra más condições de trabalho e baixos salários.

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Todas as queixas estão em uma pauta elaborada em assembleia no dia 13 de maio e serão entregues ao governo. “Queremos mais vagas em concursos, assistência estudantil para os menos favorecidos, revisão do plano de carreiras dos docentes e, principalmente, uma melhoria na estrutura da universidade e do Hospital Osvaldo Cruz, que está precário”, relatou Bernadete Campos, professora e tesoureira da Associação dos Docentes da UPE.

Segundo a estudante e integrante do DCE e do DA de Educação Física, Brígida Souza, as verbas anuais que são destinadas pelo Estado à UPE já foram mandadas com redução de 50% em relação a 2014, o que tem provocado situações inusitadas na instituição de ensino. “A biblioteca quase nunca funciona até o final das nossas leituras para não gastar energia elétrica. Quando funciona é sem ar-condicionado e sem luz. A UPE não tem mais dinheiro para pagar a conta”, afirmou.

Por volta das 11h30, um grupo de 15 pessoas, entre servidores e estudantes da UPE, está reunido com a secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação de Pernambuco, Lúcia Melo. Quem também está conversando com os manifestantes é o secretário executivo da Casa Civil, Marcelo Canuto.

Com informações de Camilla de Assis

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta terça-feira (19) que vai consultar os líderes em plenário para decidir a ordem das votações do dia. Na pauta, além da indicação do jurista Luiz Edson Fachin para o Supremo Tribunal Federal (STF), está a análise da Medida Provisória 665, que restringe direitos trabalhistas.

"Nós vamos consultar o plenário, para ver qual é a ordem lógica. A pauta está trancada (por conta da MP), mas apreciação de autoridades é permitido. O mais conveniente, o mais prudente, é consultar o plenário", disse Renan, ao chegar para o Congresso.

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A medida vem sendo anunciada desde ontem por Renan para tentar se distanciar dos rumores de que tem trabalhado contra a aprovação de Fachin. O temor da base aliada é que o nome do jurista seja colocado em votação com um plenário esvaziado, e, assim, não consiga o número de votos necessários. Para ser aprovado, Fachin precisa do apoio de 41 dos 81 senadores.

O Palácio do Planalto instruiu os líderes da base a garantir a presença dos senadores hoje na Casa, para evitar surpresas. Pelas contas do governo, a disputa será apertada, mas Fachin deverá conquistar até 55 votos. Como a votação é secreta, porém, o risco de traições não está descartado.

Além das duas votações, há ainda na agenda dos senadores uma sessão temática para discutir o projeto da terceirização e a visita do primeiro-ministro da China, Li Keqiang. Questionado se, diante desse quadro, a votação de Fachin poderia ficar para amanhã, Renan desconversou.

"Se ficar para amanhã, será uma consequência, não será a causa. Vamos discutir, o esforço que vamos fazer é para deliberar sobre todas as matérias", disse.

Hotel

Fachin está em Brasília, mas não irá ao Senado acompanhar a votação. Ele ficará no hotel e vai esperar pelo resultado ao lado da família. Segundo a assessoria de imprensa do jurista, se tiver o nome aprovado pelo plenário da Casa, ele deve ir até o Congresso para agradecer o apoio dos senadores.

A Câmara dos Deputados se prepara para votar, no final de maio, a proposta de reforma política, em análise em comissão especial. O presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), quer votar as matérias que trancam a pauta do plenário, para abrir caminho para o texto sobre o sistema eleitoral brasileiro.

O parecer do relator Marcelo Castro (PMDB-PI) foi lido nessa terça-feira (12) e poderá sofrer alterações antes de chegar ao plenário para nova discussão e deliberação. O relatório traz um texto alternativo para várias propostas de emenda à Constituição sobre o tema que tramitam na Casa.

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Entre os membros da comissão especial prevaleceu o chamado distritão, sistema eleitoral pelo qual são considerados eleitos os candidatos mais votados em estados e municípios, independentemente do partido de filiação. Também foi proposto o financiamento misto de campanha, com limite para doação de pessoas físicas e de empresas e para os gastos, além de mais transparência, com a devida identificação dos valores doados e a fonte dos recursos.

O parecer propõe também o fim da reeleição para cargos do Executivo; a coincidência das eleições; mandatos de cinco anos para prefeitos, governadores e presidente da República; fortalecimento dos instrumentos de democracia participativa e de fidelidade partidária; permissão de coligações de partidos apenas nas eleições majoritárias (presidente, governador, prefeito e senador); e alteração na suplência para o Senado, ficando classificados como suplentes os mais votados logo após os eleitos.

Por não haver consenso, ficaram de fora do substitutivo do relator propostas como o fim do voto obrigatório, restrições à divulgação de pesquisas eleitorais em período próximo aos pleitos, condições de elegibilidade de militares, alteração do número de deputados federais e cotas para mulheres no Parlamento.

Um pedido coletivo de vista adiou a votação do texto. Os deputados devem discutir e encerrar a deliberação até segunda-feira (18), quando termina o prazo de funcionamento da comissão.

Mudanças

Membros da comissão especial já afirmaram que apresentarão emendas para mudar o texto do relator. O deputado federal Tadeu Alencar (PSB-PE) disse ser contra o distritão, o financiamento misto e a coincidência dos pleitos logo em 2018. “Essas são três propostas das quais discordamos. Vamos trabalhar até momentos antes da votação para tentar reverter esses itens”, garantiu.

O deputado Henrique Fontana (PT-RS) também quer essas alterações. "O primeiro destaque é para retirar empresas do financiamento eleitoral. A nossa visão é que empresas não devem financiar partidos políticos nem candidatos em momento algum. E o segundo será um destaque contra o distritão, que é péssimo e agrava os problemas que a democracia já tem", avaliou.

A deputada Margarida Salomão (PT-MG) já anunciou que apresentará emenda para resgatar a proposta de cotas para a representação feminina na política. "Não há expectativa de que nós avancemos na representação das mulheres nem das outras minorias sociais", criticou.

O plenário da Câmara dos Deputados retoma nesta quarta-feira (22) a votação do projeto de lei 4330/04, que regulamenta a terceirização do mercado de trabalho no país. O plenário já aprovou o texto-base, mas ficaram pendentes as emendas e os destaques apresentados à matéria.

De acordo com o líder do governo na Casa, deputado José Guimarães (PT-CE), há acordo entre partidos da base e parte da oposição para concluir a votação do projeto. "Acho que tende a ser uma votação rápida porque já tem acordo", disse ele ao Broadcast Político.

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Um dos pontos mais polêmicos é o que permite a terceirização até para as atividades-fim da empresa contratante. Os sindicatos temem que a medida precarize as relações trabalhistas. Os partidos que são contra tentarão mudar esse trecho. Já os defensores argumentam que isso aumentará o número de empregos.

O acerto entre os partidos, por enquanto, envolve três pontos: a responsabilidade solidária que obriga empresas contratantes a responderem pelo pagamento de direitos trabalhistas a funcionários da terceirizada; a redução de 24 para 12 meses no tempo mínimo para ex-funcionário de empresa contratante prestar serviço como terceirizado; e cobrança de 5,5% da receita de terceirizada não especializada em fornecer mão de obra como INSS - hoje, a categoria recolhe 20% sobre a folha de pagamento.

Pauta

Também aguardam votação projetos de lei sobre segurança pública, como o que prevê o uso pela Polícia Federal, no combate ao crime, de material apreendido como contrabando ou descaminho. O substitutivo da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), elaborado pelo deputado Felipe Maia (DEM-RN), determina a alocação desses bens no Fundo Nacional de Segurança Pública depois do perdimento decretado pela Justiça Federal ou por órgão fazendário.

O plenário pode votar ainda, em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição 457/05, do Senado, que estende de 70 para 75 anos a aposentadoria compulsória de ministros de tribunais superiores, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal de Contas da União (TCU). Para ser aprovada, a PEC precisa de um mínimo de 308 votos.

Com informações das agências Câmara e Estado.

O Plenário do Senado poderá votar na próxima quarta-feira (22) projeto que fixa em 30 dias o prazo para a adoção do novo indexador das dívidas de estados e municípios. Aprovado pelos deputados, o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 15/2015 foi discutido na sessão do Senado do dia 15 e teve a votação adiada por decisão da Mesa.

A senadora Marta Suplicy (PT-SP), relatora da proposta em Plenário, em substituição à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), pediu a rejeição do prazo de até 31 de janeiro de 2016 para a União promover os aditivos contratuais, independentemente de regulamentação da Lei Complementar 148/2014, que definiu o novo indexador para as dívidas.

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Essa lei alterou o indexador das dívidas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mais juros anuais de 4%. Além disso, a União deverá conceder descontos sobre os saldos devedores em valor correspondente à diferença entre o montante do saldo devedor existente em 1º de janeiro de 2013 e aquele apurado com o uso da variação acumulada da taxa Selic desde a assinatura dos contratos.

A ampliação do prazo para o próximo ano foi proposta em emenda do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que citou acordo "construído com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), realizada em 31 de março de 2015". O ministro manifestou temor quanto ao impacto nas contas pública em 2015 dessa medida que reduz os pagamentos dos encargos das dívidas de estados e municípios para a União.

De seis emendas apresentadas em Plenário, a relatora só aceitou a do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), que torna obrigatória a troca do indexador das dívidas dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. De acordo com o parlamentar, a Lei Complementar 148/2014 "não determina a troca", mas apenas a autoriza.

Durante a discussão da matéria, no dia 15, o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) sugeriu, como fonte adicional de recursos para estados e municípios, a incorporação à proposta dos termos do Projeto de Lei do Senado (PLS) 183/2015, de autoria de José Serra (PSDB-SP).

Esse projeto determina às instituições financeiras a transferência para a conta única do Tesouro do estado, do Distrito Federal ou do município de 70% do valor atualizado dos depósitos referentes a processos judiciais e administrativos. Muitos desses depósitos são feitos por contribuintes enquanto a Justiça ou a instância administrativa analisa pendências relativos a impostos ou contribuições.

Os 30% restantes, conforme o projeto de Serra, constituirão um fundo de reserva para garantir a restituição de parcelas, caso o contribuinte obtenha vitória no processo judicial ou administrativo.

O senador paulista prevê um acréscimo ao orçamento de estados e municípios de R$ 21,1 bilhões em 2015 e de R$ 1,6 bilhão em cada ano subsequente.

A ideia foi bem recebida pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, e pela relatora do PLC 15/2015, Marta Suplicy. A senadora considerou a medida importante diante da decisão do Supremo Tribunal Federal, em 25 de março, de que os estados e municípios deverão quitar seus estoques de precatórios (dívidas governamentais reconhecidas pelo Judiciário) até o fim de 2020. De acordo com Marta, a medida significa uma piora da situação desses entes federados, que já é difícil.

A senadora solicitou à Mesa o reexame da matéria, o que poderá permitir, como admitiu no dia 15, a incorporação dos termos do projeto de Serra ao PLC 15/2015. Caso sejam aprovadas alterações, o projeto terá de retornar à Câmara, a fim de que os deputados votem o novo texto.

*Com informações da Agência Senado

A reforma política voltará a ser o centro das discussões no Congresso Nacional nesta semana. Enquanto a Câmara dará continuidade à discussão do tema na comissão especial que analisa o assunto, o Senado poderá votar em plenário as propostas que estão na pauta.

Os deputados irão ouvir o presidente do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão. Ele deverá falar, entre outros assuntos, sobre os sistema eleitorais e o financiamento de campanhas. Nas últimas semanas, o colegiado tem recebido representantes de vários partidos para debater as propostas para a reforma política.

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Na pauta do plenário do Senado, dois projetos de lei sobre o financimento de campanhas eleitorais estão na pauta. O  PLS 268/2011, apresentado pela comissão especial que tratou da reforma política em 2011, estabelece o financiamento público exclusivo de campanha. O PLS 60/2012, da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), restringe as doações aos candidatos ao vedar as doações por empresas. Também aguarda votação o PLS 601/2011, que obriga candidatos e partidos a divulgar na internet relatórios referentes a recursos arrecadados e gastos na campanha eleitoral. A proposta foi rejeitada na CCJ, mas recebeu recurso para votação em plenário.

Estão prontas e aguardando inclusão na ordem do dia as Propostas de Emenda à Constituição (PECs) 55/2012, que trata do voto facultativo, e 38/2011, que muda as datas de posse nos cargos dos Executivos para 10 de janeiro (governadores e prefeitos), 15 de janeiro (presidente da República) e 1º de fevereiro (deputados estaduais e distritais).

Matérias novas

Desde o início da nova Legislatura, em 2 de fevereiro, foram apresentadas no Senado 17 propostas de emenda à Constituição e 16 projetos de lei que alteram o sistema eleitoral e as regras para a realização de eleição. Cinco PECs acabam com a possibilidade de reeleição para cargos do Executivo. O financiamento das eleições é tema de quatro projetos de lei.

Todas as propostas foram encaminhadas para parecer pela CCJ. As PECs devem necessariamente passar por duas sessões de votação em Plenário, mas os projetos de lei podem ter decisão terminativa na CCJ, se não for apresentado requerimento para votação em Plenário.

Com informações da Agência Senado.

Previsto para ser votado nesta quarta-feira (25), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o Projeto de Lei 79/20145 que trata do Piso Salarial do Magistério em Pernambuco foi retirado de pauta. A articulação para remoção da votação foi articulada por deputados da Comissão de Educação e Cultura, líderes da oposição e do governo, e o presidente da Alepe, deputado Guilherme Uchoa (PDT). 

Iniciante da movimentação para que o projeto não fosse votado, a presidente da Comissão de Educação e Cultura, deputada Teresa Leitão (PT), com o apoio de outros deputados do coletivo, não apreciou o Projeto de Lei na reunião ordinária da manhã de hoje. A petista considera que o melhor momento para o projeto voltar à pauta é após a negociação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintepe) com o Governo, prevista para a próxima segunda-feira (30). 

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“A votação do PL/2015 está marcada para a próxima terça-feira (31) e a Comissão de Educação dará seu parecer em tempo hábil. Sabemos que o Projeto tramita em regime de urgência, mas entendemos que essa é uma questão que precisa ser amplamente debatida e analisada nas Comissões pertinentes”, avaliou Leitão.

>>Professores criticam Governo de PE e anunciam paralisação

Participante da bancada da oposição, a parlamentar votou contra o projeto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na manhã de hoje, por entender criticando que o texto de autoria do Governo do Estado distorce a carreira do magistério, igualando os vencimentos entre professores com formação de nível médio e licenciatura plena (nível superior). A petista também apresentou uma Emenda ao texto visando “corrigir confusões conceituais criadas pelo Projeto de Lei 79/2015”, que foi derrotada na CCJ.

Outro ponto negativo, de acordo com Teresa Leitão, é que o texto do Governo do Estado atualiza o piso para cerca de 4.050 professores e exclui mais de 45 mil docentes de qualquer reajuste decorrente da atualização da carreira.

A indústria de transformação, que teve déficit recorde de US$ 58,86 bilhões em 2014, não foi só o principal responsável pelo maior saldo negativo da balança comercial brasileira desde 1998 (US$ 3,96 bilhões). Mas também contribuiu para piorar a qualidade do fluxo de comércio exterior: o Brasil se consolidou nos últimos oito anos como um exportador de itens que são quase matérias-primas também no segmento industrial.

Entre 2006 e 2014, setores intensivos em recursos naturais e que usam pouca tecnologia responderam por quase 70% do avanço das exportações da indústria, aponta um estudo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para avaliar o comércio exterior por setor produtivo com base na intensidade tecnológica. O estudo levou em conta 2006, quando a balança industrial era superavitária, e 2014, ano que a indústria teve déficit histórico.

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Nesses oito anos, as exportações da indústria de transformação tiveram aumento de US$ 31 bilhões. Desse acréscimo, US$ 21,6 bilhões ou 69,7% vieram de setores de baixa tecnologia, como abate e fabricação de produtos de carne, produção e refino de açúcar, produção de óleos e gorduras vegetais, por exemplo. Já as exportações de segmentos industriais, que agregam maior valor aos produtos, ficaram praticamente estagnadas no período.

No sentido contrário, as importações da indústria entre 2006 e 2014 aumentaram US$ 122 bilhões, quase quatro vezes o acréscimo registrado pelas exportações. E a categoria que apresentou a maior variação no valor importado foi a de produtos intensivos em tecnologia e de alto valor.

"Não estamos desenvolvendo dentro da nossa indústria produtos de alto valor que possam ser exportados. A vulnerabilidade está justamente aí", afirma José Ricardo Roriz Coelho, diretor titular do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp e responsável pelo estudo. A mudança de perfil indica que a já combalida indústria brasileira está deslocando a produção de atividade de alta produtividade e que paga os maiores salários para setores com menor produtividade e remuneração para os trabalhadores locais.

Na sua avaliação, o Brasil se "acomodou" com os altos preços das commodities e foi perdendo competitividade nas exportações de produtos de maior valor, afetado pelo câmbio valorizado, pela alta carga tributária, pelos juros elevados, pela burocracia excessiva e a infraestrutura deficitária.

Demandas

A piora da qualidade da balança comercial da indústria combinada com déficit recorde do setor ganham relevância no momento que o governo desenha um plano para alavancar as exportações. Até agora, o Ministério do Desenvolvimento trabalha com a ideia de ajudar os empresários a entrar e ampliar sua presença em mercados já conhecidos e outros ainda a serem consolidados. Mas o plano não toca na desoneração dos produtos, a principal demanda do setor.

Para o gerente executivo de comércio exterior de Confederação Nacional da Indústria (CNI), Diego Bonomo, o plano de exportação não mexe nas questões estruturais, porque para tocar nesses pontos, como por exemplo, na reforma tributária, precisaria ter o aval do Executivo e do Congresso.

Já Roriz Coelho, da Fiesp, não vê grandes avanços nas exportações se as medidas ficarem restritas à área comercial. "Como ampliar as vendas externas se não temos competitividade para participar do mercado de produtos de maior valor", questiona. Ele observa que a recente valorização do dólar em relação ao real, que já passa de R$ 3, pode atenuar um pouco o problema de falta competitividade. Segundo Roriz Coelho, a solução para ampliar as exportações é desonerar a produção.

O diretor da Fiesp argumenta que a indústria responde por 13% do Produto Interno Bruto (PIB) e paga um terço de todos os impostos que o Brasil arrecada. "É como se os produtos brasileiros estivessem participando de uma maratona com uma mochila nas costas pesando 50 quilos e concorrendo com um chinês todo paramentado, com um tênis de primeira linha", afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na próxima semana, a Câmara dos Deputados irá votar o projeto de Lei 3771/12, que institui uma política permanente para o reajuste do salário mínimo para os próximos dez anos. A regra é semelhante à atual, que considera a inflação mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB).

A inclusão da matéria na pauta foi confirmada pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), embora o governo não considere que haja necessidade de agilizar a votação da proposta, já que a política atual de reajuste vale até o final do ano. Cunha enfrentou o Planalto e disse que o “governo terá oportunidade de se manifestar e exercer sua maioria no tema, se a tiver”. “Votaremos, com certeza absoluta, na semana que vem, porque a gente quer chegar no Dia do Trabalhador [1º de maio] com a política do salário mínimo sancionada”, frisou.

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O PL é de autoria do deputado Jorge Boeira (PP-SC). Após os primeiros dez anos de vigência, ficará prevista uma fórmula para aumentos maiores baseada na variação do PIB per capita mais a inflação. De 2003 a 2012, o PIB real per capita aumentou 27,8%.

Pauta

As propostas que ficaram pendentes nesta semana também estarão na lista de votação da próxima semana, como a que regulamenta os direitos dos trabalhadores domésticos (PLP 302/13).

Três propostas de emenda à Constituição também podem ser votadas. Uma delas, a PEC 590/06, obriga as Mesas Diretoras da Câmara e do Senado a terem em sua composição ao menos uma mulher. As duas outras (as PECs 206/12 e 386/09) tratam sobre a exigência de diploma para exercício da profissão de jornalista.

Outro tema na pauta é o projeto que institui a Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte (PL 5201/13, também conhecido como Proforte). Os deputados têm até a próxima quarta-feira (11) para apresentar emendas de Plenário ao texto, dez meses após ter sido aprovado em uma comissão especial.

Mesmo com a aprovação do regime de urgência do projeto que cria o Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação da Educação Superior (Insaes)  , o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que não pretende colocar o projeto na pauta de votações. O requerimento para a votação em regime de urgência da proposta foi aprovado na terça-fera (3) pelo plenário da Câmara, por 288 votos.

Eduardo Cunha avisou que se o governo quiser que o projeto seja pautado, terá que apresentar o pedido de urgência constitucional. Esse é um dispositivo que o governo conta quando quer ver uma determinada proposição votada pela Câmara e pelo Senado em um menor espaço de tempo. Isso, porque vencido o prazo de tramitação de 45 dias, o projeto passa a trancar as pauta de votações da Câmara.

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O líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), pediu ao presidente da Câmara que coloque o projeto que cria o Insaes na pauta de votações. De autoria do Executivo, o projeto foi encaminhado à Câmara em 2012. No entanto, Cunha disse que não pautaria. Então, Guimarães pediu que “não vamos misturar um assunto com outro”.

Contrariando a posição do líder governista, o líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ), disse que seu partido iria se opor à aprovação do projeto que cria o Insaes e pedir a retirada de pauta, caso ele fosse pautado pelo presidente da Câmara. "O governo faz um arrocho fiscal e o ministério quer criar mais cargos? Esse projeto vem na hora errada, não pode ser votado, e o presidente fez bem em retirá-lo", afirmou Picciani.

Pelo texto, o Insaes é uma autarquia dotada de personalidade jurídica de direito público, com autonomia administrativa e financeira, vinculado ao Ministério da Educação, com sede e foro no Distrito Federal e atuação em todo o território nacional. Caberá ao instituto supervisionar e avaliar instituições de educação superior e cursos de educação superior no sistema federal de ensino e certificar entidades beneficentes que atuem na área de educação superior e básica.

O Congresso Nacional manteve nesta quarta-feira (3), depois de mais de 7 horas de sessão, os dois vetos da presidenta Dilma Rousseff a projetos de lei da Câmara. Votaram pela manutenção de um dos vetos 257 deputados e 54 contrários. Em relação ao outro veto, foram 257 votos pela manutenção e 56 contra. Como os dois vetos foram mantidos na apreciação pela Câmara, não houve a apuração dos votos dos senadores.

Os vetos foram apostos ao projeto (PL 6.096/09), que propunha a mudança do nome do Instituto Federal Baiano para Instituto Federal Dois de Julho e ao projeto (PL 5.005/09), que propunha a mudança do nome da Barragem Boqueirão de Parelha, no município de mesmo nome, no estado do Rio Grande do Norte, para Dr. Ulisses Bezerra Potiguar.

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Durante toda a sessão, fechada ao público - sem pessoas nas galerias -, a oposição tentou obstruir os trabalhos visando a impedir a apreciação ainda hoje do Projeto de Lei (PLN) 36/14, que muda a forma de cálculo do resultado fiscal. O projeto propõe abater da meta do superávit primário de 2014, os gastos com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e as desonerações tributárias. Ele é o terceiro item da pauta.

Depois de votar os vetos, deputados e senadores devem votar o projeto que libera R$ 248 milhões para pagar benefícios do Fundo Aerus a aposentados e pensionistas vinculados a empresas aéreas falidas (Transbrasil e Varig). Defensores da medida estão acampados há semanas no Salão Verde da Câmara para cobrar a votação do projeto.

Enquanto deputados e senadores discutem as proposta no plenário da Câmara, pouco mais de 50 manifestantes estão na chapelaria do prédio do Congresso, com apitos e faixas, na esperança de entrarem para acompanhar as votações. Dezenas de policiais militares fazem barreira para impedir o acesso das pessoas ao interior do Parlamento. Há pouco, chegaram à frente do Congresso muitos manifestantes, e a Polícia Militar impede que se aproximem da chapelaria.

A reforma política foi uma das reivindicações da 11º edição da Marcha da Consciência Negra. Segundo informações da Polícia Militar, o ato realizado em São Paulo contou com a participação de, aproximadamente, 1500 pessoas. A manifestação pacifica marca o dia da Consciência Negra, que é comemorado no dia 20 de novembro. 

O grupo ganhou a as ruas em prol de sete eixos principais, mas nem todos atendem exclusivamente os interesses da população negra. A reforma política, solicitando o fim do financiamento provado das campanhas políticas, foi uma das bandeiras levantadas pelos integrantes.  A democratização da mídia, desmilitarização da polícia, repasse de mais recursos para políticas de inclusão social, implantação de leis antirracismo, liberdade de expressão das religiões de matriz africana, fim do machismo e da violência contra a mulher negra, engrossaram as pautas de reivindicações.

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Na próxima quarta-feira (19), a Comissão de Educação do Senado irá promover uma audiência pública para discutir a questão da federalização da educação básica. A ação faz parte do Programa Jovem Senador e foi solicitada pelo presidente da Comissão, Cyro Miranda (PSDB-GO), e pelo senador Paulo Paim (PT-RS).

O tema foi escolhido pelos professores orientadores dos estudantes que participaram do Projeto. A Comissão apresentou quatro assuntos, mas os docentes optaram pela federalização. 

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Se a proposta de federalização entrasse em vigor, a responsabilidade com a educação básica passaria ser da União e não mais do município. Em agosto, a Comissão aprovou o projeto de Decreto Legislativo (PSD) 460/2013, que convoca um plebiscito para que a população possa opinar sobre a transferência da responsabilidade da educação básica para a União.

De acordo com o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), apesar da União reter maior parte da arrecadação de tributos, cabe aos municípios investir 80% dos recursos destinados à educação.

A educação será pauta de reunião pública na próxima quinta-feira (6), na Câmara Municipal do Recife. A iniciativa da vereadora, Isabella de Roldão (PDT), pretende além de discutir o futuro da educação do Recife, comemorar os 15 anos da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. O evento abordará à implementação da Política Nacional de Educação (PNE), aprovada no mês de junho e estará em vigor pelos próximos 10 anos.

De acordo com a parlamentar, é necessário tornar o ambiente escolar atrativo. "Nesse sentido, o Estado necessita redobrar suas responsabilidades, tornar os espaços educativos atrativos, o processo de ensino e de aprendizagem de conteúdos cognitivos”, pontuou a vereadora, ressaltando que o trato com crianças e adolescentes exige responsabilidade ainda maior. “Coube à Escola a atribuição de formar o cidadão, de construir uma escala de valores balizadores que iluminem a trajetória desses indivíduos que são bombardeados por uma avalanche de informações de acontecimentos diários, que não permitem tempo para a reflexão e análise crítica dos mesmos", finalizou Roldão.  

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De acordo com informações da assessoria da vereadora, o debate permitirá a difusão de conteúdo voltados ao direito à Educação, com a contribuição de sociedade e representantes do cenário político.   

Dentre os convidados para compor a mesa da reunião estão o senador Cristovão Buarque, o secretário de Educação, Esporte e Lazer do do Recife, Jorge Vieira, o deputado federal Paulo Rubem, representantes do SINTEPE/CNTE, SIMPERE. O evento será realizado no Plenarinho da Câmara do Recife, a partir das 9h.

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