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A Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado vota, nesta quarta-feira (26), o texto que trata sobre os crimes de abuso de autoridade

Duas propostas estão tramitando juntas: o PLS 280/2016, de autoria do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), e o PLS 85/2017, de Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O substitutivo  do senador Roberto Requião (PMDB-PR) foi lido na semana passada, mas um pedido de vista coletivo impediu a análise do texto.

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A matéria encontra simpatizantes no Senado, especialmente entre os descontentes com a condução da Operação Lava Jato. A Polícia Federal tem sido duramente criticada em suas ações. O clima esquentou ainda mais após a Operação Carne Fraca, encarada por muitos parlamentares como prejudicial ao setor agropecuário, em sua forma de divulgação.

A proposta trata sobre os crimes de abuso de autoridade cometido por agentes públicos integrantes do Ministério Público e dos poderes Judiciário e Legislativo de todas as esferas da administração pública. Entre as condenações estabelecidas estão a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime e a perda do cargo, mandato ou função pública - esse último em caso de  reincidência.

O substitutivo propõe a punição, por exemplo, ao juiz que decretar prisão preventiva, busca e apreensão de menor ou outra medida de privação da liberdade em desconformidade com a lei. Também passa e ser considerado crime fotografar, filmar ou divulgar imagem de preso, internado, investigado, indiciado ou vítima em processo penal sem seu consentimento ou com autorização obtida mediante constrangimento ilegal.

A Câmara dos Deputados terá uma semana bastante movimentada com discussões e o início das votações das reformas propostas pelo governo ao Congresso: a trabalhista e a previdenciária. Além das duas pautas, os deputados devem concluir a votação dos destaques apresentados ao projeto que trata da recuperação fiscal dos estados superendividados, retomar a discussão da reforma política na comissão especial e também eleger os dirigentes da Comissão Mista de Orçamento para iniciar a apreciação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano que vem.

No plenário, os trabalhos começam na segunda-feira (24), com sessão deliberativa às 15h para a discussão e votação da Medida Provisória (MP) 752/16, que cria regras para a prorrogação e a relicitação de contratos de concessão com parceria nos setores rodoviário, ferroviário e aeroportuário. A MP está trancando a pauta da Casa e, com isso, impedindo a votação de outras matérias em sessões ordinárias da Câmara.

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Já a votação dos destaques que visam modificar o projeto de recuperação fiscal dos estados em situação de calamidade financeira está prevista para terça-feira (25). O texto-base foi votado na última semana, quando também foram rejeitados alguns destaques que pretendiam retirar as contrapartidas dos estados para aderirem ao programa de recuperação. No entanto, ainda há dispositivos a serem apreciados que pretendem subtrair do texto principal a exigência de privatização de estatais e a proibição de realização de novas despesas com pessoal, como contratações, reajustes e auxílios, dentre outras.

Reformas

Na terça-feira (25), começa a fase final dos debates das reformas trabalhista e previdenciária nas comissões especiais criadas para analisar o mérito das duas propostas. Depois de muitas idas e vindas, na última quarta-feira (19), o relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16, que trata da reforma da Previdência, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), apresentou o relatório final para ser discutido e votado na comissão e depois no plenário da Câmara. Ficou acertado entre a oposição e aliados do governo que os debates em torno do relatório serão realizados na terça (25), quarta (26) e quinta-feira (27), para que a votação do texto na comissão se inicie no dia 2 de maio.

Em fase mais adiantada de apreciação está a reforma trabalhista, que teve o regime de urgência aprovado e deverá ser votada já quarta-feira (26) em plenário. Mesmo não havendo necessidade de ser votada na comissão especial, uma vez que tramita em regime de urgência, a proposta deverá ser apreciada na terça-feira pelo colegiado. O relator Rogério Marinho (PSDB-RN) prometeu aceitar emendas ao texto que havia apresentado há duas semanas até o final da tarde de segunda-feira. Na sequência, ele deverá apresentar um novo substitutivo.

Orçamento

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso tem reunião marcada para quarta-feira, às 14h30, destinada à eleição do presidente e dos três vices do colegiado. Já foram feitas várias tentativas de eleição dos dirigentes da mesa diretora da CMO. No entanto, a definição não foi possível porque o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), ainda não indicou os senadores do partido que irão compor o grupo. Pelas regras da Casa, a presidência da comissão deverá ser ocupada por um senador do PMDB. Só depois da eleição é que serão escolhidos os relatores da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e do Orçamento Geral da União.

Reforma política

A comissão especial que analisa a reforma política tem reuniões marcadas para quarta e quinta-feira para continuar a discussão da proposta. A ideia é debater e votar o relatório do deputado Vicente Candido (PT-SP) que prevê a apresentação de um projeto de resolução para disciplinar a tramitação dos projetos de lei de iniciativa popular na Câmara. Outros relatórios apresentados pelo relator ainda estão sem data para apreciação. Eles tratam da unificação dos prazos de desincompatibilização eleitoral, registro de candidaturas, convenções partidárias e medidas para reduzir o custo das campanhas eleitorais.

A Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado se reúne na quarta-feira (26) com o objetivo de discutir e voto o texto que trata sobre os crimes de abuso de autoridade

Duas propostas estão tramitando juntas: o PLS 280/2016, de autoria do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), e o PLS 85/2017, de Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O substitutivo  do senador Roberto Requião (PMDB-PR) foi lido na semana passada, mas um pedido de vista coletivo impediu a análise do texto.

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A matéria encontra simpatizantes no Senado, especialmente entre os descontentes com a condução da Operação Lava Jato. A Polícia Federal tem sido duramente criticada em suas ações. O clima esquentou ainda mais após a Operação Carne Fraca, encarada por muitos parlamentares como prejudicial ao setor agropecuário, em sua forma de divulgação.

A proposta trata sobre os crimes de abuso de autoridade cometido por agentes públicos integrantes do Ministério Público e dos poderes Judiciário e Legislativo de todas as esferas da administração pública. Entre as condenações estabelecidas estão a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime e a perda do cargo, mandato ou função pública - esse último em caso de  reincidência.

O substitutivo propõe a punição, por exemplo, ao juiz que decretar prisão preventiva, busca e apreensão de menor ou outra medida de privação da liberdade em desconformidade com a lei. Também passa e ser considerado crime fotografar, filmar ou divulgar imagem de preso, internado, investigado, indiciado ou vítima em processo penal sem seu consentimento ou com autorização obtida mediante constrangimento ilegal.

Nesta terça-feira (18), os deputados retomarão as discussões sobre o projeto de lei complementar que trata sobre a recuperação de estados em calamidade fiscal. A matéria esteve na pauta da semana passada, mas não houve consenso nem quórum para a votação.

Ente os parlamentares ainda não há acordo sobre o texto final. O relator, o deputado Pedro Paulo (PMDB-RJ) chegou a reformular o seu parecer, incluindo novas emendas, mas mesmo assim a matéria nem chegou a ser votada, porque na sessão havia menos de 300 deputados registrados. Diante do número, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidiu adiar a deliberação.

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A proposta prevê que os estados que decretem a calamidade fiscal interrompam, por três anos, o pagamento das parcelas da dívida com a União. Por outro lado, os gestores estaduais precisarão elevar as alíquotas de contribuição social de servidores, reduzir os incentivos tributários e realizar privatizações.

Pedro Paulo, no entanto, reformulou o texto para permitir a assinatura de convênios para a prestação de serviços essenciais e para assistência social a pessoas com deficiência, idosos, mulheres e jovens em situação de risco enquanto durar o período da recuperação fiscal. Também foi alterado de 20% para 10% ao ano o percentual de redução das renúncias tributárias instituídas por lei estadual, exigida dos participantes do regime. O relator permitiu ainda a celebração de convênios com organizações sociais (OSCs) que impliquem redução de despesa durante a vigência da recuperação fiscal.

Embora as mudanças tenham agradado parte dos deputados, a oposição reclama que as alterações foram tímidas e critica as contrapartidas exigidas aos estados, como a venda de empresas públicas, o aumento da contribuição previdenciária de servidores (ativos e aposentados) e o congelamento de salários.

O líder do PT, deputado Carlos Zarattini (SP), chegou a propor uma emenda substitutiva global que permite a renegociação das dívidas de todos os estados e não apenas dos mais endividados – Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais –, como estabelece o substitutivo do relator. O texto também retira a maior parte das contrapartidas impostas pelo governo federal, o que aumentou o apoio de outros partidos.

Com informações da Agência Câmara.

Na próxima terça-feira (18), os deputados federais se debruçarão, novamente, sobre o projeto de lei complementar que trata sobre a recuperação de estados em calamidade fiscal. A matéria esteve na pauta dessa semana, mas não houve consenso nem quórum para a votação.

Ente os parlamentares ainda não há acordo sobre o texto final. O relator, o deputado Pedro Paulo (PMDB-RJ) chegou a reformular o seu parecer, incluindo novas emendas, mas mesmo assim a matéria nem chegou a ser votada, porque na sessão havia menos de 300 deputados registrados. Diante do número, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidiu adiar a deliberação.

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A proposta prevê que os estados que decretem a calamidade fiscal interrompam, por três anos, o pagamento das parcelas da dívida com a União. Por outro lado, os gestores estaduais precisarão elevar as alíquotas de contribuição social de servidores, reduzir os incentivos tributários e realizar privatizações.

Pedro Paulo, no entanto, reformulou o texto para permitir a assinatura de convênios para a prestação de serviços essenciais e para assistência social a pessoas com deficiência, idosos, mulheres e jovens em situação de risco enquanto durar o período da recuperação fiscal. Também foi alterado de 20% para 10% ao ano o percentual de redução das renúncias tributárias instituídas por lei estadual, exigida dos participantes do regime. O relator permitiu ainda a celebração de convênios com organizações sociais (OSCs) que impliquem redução de despesa durante a vigência da recuperação fiscal.

Embora as mudanças tenham agradado parte dos deputados, a oposição reclama que as alterações foram tímidas e critica as contrapartidas exigidas aos estados, como a venda de empresas públicas, o aumento da contribuição previdenciária de servidores (ativos e aposentados) e o congelamento de salários.

O líder do PT, deputado Carlos Zarattini (SP), chegou a propor uma emenda substitutiva global que permite a renegociação das dívidas de todos os estados e não apenas dos mais endividados – Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais –, como estabelece o substitutivo do relator. O texto também retira a maior parte das contrapartidas impostas pelo governo federal, o que aumentou o apoio de outros partidos.

O texto será discutido em sessão extraordinária, já que a pauta das sessões ordinárias está trancada pela Medida Provisória 752/16, que autoriza a prorrogação e a relicitação de contratos de parceria dos setores rodoviário, ferroviário e aeroportuário.

Com informações da Agência Câmara.

 

Sem quórum para ser votado na semana passada, o projeto de lei complementar que trata  sobre a recuperação de estados em calamidade fiscal volta à pauta do plenário da Câmara nesta segunda-feira (10).

Como a semana de trabalho será curta - devido ao feriado da Páscoa - os deputados terão sessão deliberativa também na segunda, quando geralmente só são realizadas sessões não-deliberativas.

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Na última quarta-feira (5), o relator da matéria, o deputado Pedro Paulo (PMDB-RJ), concluiu a apresentação do seu parecer, que prevê, por exemplo, uma carência de três anos no pagamento das parcelas da dívida. Em contrapartida, seria necessário elevar as alíquotas de contribuição social de servidores, reduzir incentivos tributários e realizar privatizações.

O relator fez sugestões de mudanças ao texto original, como a redução de 20% para 10% ao ano o percentual de redução das renúncias tributárias instituídas por lei estadual, além da ampliação da lista de exceções em relação aos gastos com publicidade.

O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tentou votar a matéria na própria quarta, mas após discussões e obstruções, ele recuou, temendo não ter votos suficientes para aprovar a proposta. De fato, ainda não há consenso sobre a matéria.

A Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado irá realizar audiência pública para discutir o projeto de Lei que regulamenta os crimes considerados abuso de autoridade. Nesta quarta-feira (29), o relator da matéria, o senador Roberto Requião (PMDB-PR), apresentou o parecer ao colegiado, mas os membros querem ampliar a discussão. Como houve pedido de vista coletiva do relatório, a votação da matéria foi adiada e deve ser realizada após a audiência pública de instrução.

Durante a sessão, antes da leitura do relatório, o líder do Democratas no Senado, Ronaldo Caiado (GO), apresentou um requerimento para que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, detalhe a proposta apresentada nessa terça-feira (28) com sugestões de mudanças no texto. O pedido foi aprovado e a audiência pública será marcada para os próximos dias.

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Para Caiado, a discussão é necessária para construir um texto justo e convergente, que não impeça o trabalho de cidadãos que ocupem cargos públicos e atuem dentro da lei.  “Não tem porque ter essa celeridade toda em votar o projeto antes de sanarmos todas as dúvidas da sociedade que são muitas. A matéria é polêmica e nossa função é colocar todas as posições para que possamos acolher um texto compatível e justo”, frisou.

Vários senadores se manifestaram a favor da continuidade da discussão. E alguns deles tentaram adiar a leitura do relatório, mas o pedido foi rejeitado pelo vice-presidente do colegiado, o senador Antonio Anastasia (PSDB/MG), que presidiu a sessão.

O senador Ricardo Ferraço (PSDB/ES) criticou a “pressa” na tramitação. "Não me parece adequado, não me parece conveniente, não me parece recomendável essa pressa. Todos nós precisamos exercer o nosso valor de juízo, a nossa massa crítica. Portanto, primeiro deveríamos fazer audiência pública para, em seguida, possamos, à luz da massa crítica e do juízo de valor que cada um terá, fazer o debate e o enfrentamento em relação a esse tema", defendeu.

"Não se trata aqui, pelo menos da minha parte, de uma tentativa de protelar a discussão desse projeto. O problema é que abusos de autoridades temos em qualquer grau, do maior ao menor", disse Garibaldi Alves FIlho (PMDB/RN), também a favor do debate.

"Acho que é uma matéria importante, para que a gente faça a deliberação, que não precisa ser feita de forma apressada, mas que também não pode ser feita de forma lenta, porque o País precisa de uma legislação clara em relação a abuso de autoridade. Não se trata só de questões que estamos vendo por parte do Judiciário, mas se trata de qualquer autoridade, policial, legislativa e também autoridade do Executivo", salientou Gleisi Hoffmann (PT/RS).

Proposta

De autoria do senador, Renan Calheiros (PMDB-AL), o projeto trata sobre os crimes de abuso de autoridade cometido por agentes públicos integrantes do Ministério Público e dos poderes Judiciário e Legislativo de todas as esferas da administração pública. Entre as condenações estabelecidas estão a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime e a perda  do cargo, mandato ou função pública - esse último em caso de  reincidência.

A matéria encontra simpatizantes no Senado, especialmente entre os descontentes com a condução da Operação Lava Jato. A Polícia Federal tem sido duramente criticada em suas ações. O clima esquentou ainda mais após a Operação Carne Fraca, encarada por muitos parlamentares como prejudicial ao setor agropecuário, em sua forma de divulgação.

 

A proposta que altera a lei de abuso de autoridade foi incluída na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, como anunciado pelo presidente do colegiado, Edison Lobão (PMDB-MA), e entra em discussão na quarta-feira (29). A votação deve acontecer no início de abril.

A proposta ganha força no Senado no mesmo mês em que a Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) 83 pedidos de abertura de inquérito no âmbito da Lava Jato com base nas delações premiadas de executivos e ex-executivos da Odebrecht. Há expectativa de que o fim do sigilo das delações e a confirmação dos inquéritos ocorram nas próximas semanas. A investigação atingiria diretamente parlamentares e ministros, cujos processos tramitam no STF.

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De autoria do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), também investigado na Lava Jato, a proposta foi desengavetada em julho do ano passado, mas encontrou clima para votação nos últimos dias após a Operação Carne Fraca, da Polícia Federal. Muitos parlamentares condenaram a condução da PF, que foi classificada como "abuso de autoridade", por ter prejudicado o setor agropecuário.

Nesta semana, duas audiências públicas no Senado serão focadas na discussão da operação: uma na Comissão de Direitos Humanos, amanhã, e outra na Comissão de Assuntos Econômicos, na quarta. Os senadores vão ouvir representantes da indústria de alimentação, dos auditores fiscais, dos delegados da PF, do Ministério da Indústria e Comércio Exterior e de trabalhadores rurais.

Foro

No plenário, as Propostas de Emenda à Constituição (PEC) que extinguem o foro privilegiado e que modificam as regras de indicação de ministros do STF cumprem prazo de discussão na quinta-feira e, a partir de então, já podem ser votadas em primeiro turno. Com o quórum normalmente baixo às quintas, os projetos devem ir à votação apenas na semana seguinte.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A pauta do Plenário desta semana no Senado tem quatro Propostas de Emenda à Constituição (PECs) em debate. Uma das mais polêmicas delas é a que institui o fim do foro privilegiado por prerrogativa de função para todas as autoridades brasileiras, inclusive o presidente da República, nas infrações penais comuns. 

Do senador Alvaro Dias (PV-PR), o texto também permite a prisão de membros do Congresso Nacional condenados em segundo grau nas infrações comuns. Hoje, eles são julgados pelo STF e só podem ser presos após condenação definitiva dessa Corte. A matéria vai para a terceira sessão de discussão, são necessárias cinco para que ela possa ser votada pelos senadores. O fim do foro privilegiado, inclusive, é uma das defesas do Movimento Vem Pra Rua que realiza manifestações em todo o país neste domingo (26). 

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Outra PEC na pauta, já pronta para ser votada, é a que veda a edição de medidas provisórias (MPs) que gerem desequilíbrio econômico-financeiro dos contratos firmados pela administração pública com particulares ou outros órgãos (PEC 111/2015).

A matéria estava prevista para ser votada em primeiro turno na última terça-feira (21), mas não houve acordo no Plenário. Os senadores não chegaram a um consenso sobre qual versão deveria ser apreciada: o texto original, de autoria do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), ou o substitutivo apresentado pelo relator, senador Romero Jucá (PMDB-RR).

Para o autor, a mudança trará mais segurança jurídica, aumentando a possibilidade de investidores estrangeiros aportarem no país. O substitutivo de Jucá retira da proibição temas tributários e financeiros, para que o governo não perca o poder de editar mudanças urgentes, como planos econômicos. Depois da discussão de ambos os textos, o próprio autor pediu a retirada da PEC, para que os senadores possam analisar melhor a questão.

Segurança pública

Ainda na pauta também está a PEC que cria o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Segurança Pública. O objetivo é garantir um fundo para ações de segurança pública, com mais dinheiro para o Poder Público combater a criminalidade. O autor da proposta, senador João Capiberibe (PSB-AP), defende o estabelecimento de condições financeiras para capacitar os policiais, bem como equipamentos mais modernos e instalações mais adequadas a esses profissionais.

A pauta também inclui a proposta de emenda à Constituição (PEC 35/2015) que altera as regras para escolha de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A matéria estabelece que o presidente da República terá de exercer a escolha a partir de uma lista tríplice, que será elaborada por um colegiado de sete membros. Outra exigência da PEC é que a escolha presidencial ocorra no prazo de um mês desde o surgimento da vaga. 

Tramitação

Com exceção da PEC da MP, que está pronta para ser votada, as outras propostas vão cumprir a terceira sessão de discussão em primeiro turno. Após cumprir as cinco sessões de discussão estipuladas pelo Regimento Interno do Senado, a PEC poderá ser votada em primeiro turno. Precisará de pelo menos 49 votos favoráveis para ser aprovada. Depois disso, serão necessárias mais três sessões de discussão antes da votação em segundo turno, com a mesma exigência de votos. Caso seja aprovada nessas duas etapas, a PEC seguirá para a análise da Câmara dos Deputados.

O Senado deve analisar na próxima semana o projeto que estabelece as regras da nova repatriação de recursos do exterior. O projeto foi aprovado pela Câmara em fevereiro, agora os senadores vão averiguar as mudanças feitas pelos deputados no texto original (PLS 405/2016). A votação estava prevista para a última quarta-feira (8), mas foi adiada devido ao avanço da sessão especial em comemoração ao Dia Internacional da Mulher

Uma das principais mudanças foi a retirada da proibição expressa de que políticos com mandato possam aderir ao programa. Ainda de acordo com a nova versão do projeto, o prazo para a repatriação passou de 38 para 120 dias, que serão contados a partir da data de regulamentação do tema pela Receita Federal. O patrimônio a ser declarado será aquele em posse do declarante em 30 de junho de 2016. A data prevista no texto que saiu do Senado era dezembro de 2015.

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A tributação total também mudou. Enquanto a primeira versão aprovada no Senado previa 17,5% de Imposto de Renda e 17,5% de multa, o novo texto estabelece 15% de imposto e 20,25% de multa. Dos valores arrecadados com a multa, 46% serão repartidos com os estados e os municípios por meio dos fundos de participação (FPE e FPM). O texto antigo previa 49%.

PECs

A pauta também tem duas propostas de emendas à Constituição (PEC). A PEC 61/2015, da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), possibilita emendas individuais ao projeto da lei orçamentária anual da União para repasse de recursos diretamente ao Fundo de Participação dos Estados (FPE) e ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

A PEC vai para sua quinta e última sessão de discussão de primeiro turno. De acordo com a Constituição, para concluir a votação de uma PEC são necessários dois turnos de discussão e votação, com apoio favorável de pelo menos três quintos dos senadores em cada um deles. São cinco sessões de discussão no primeiro turno e, no segundo, são feitas três sessões de discussão. Se aprovada, a PEC seguirá para a análise na Câmara dos Deputados.

Também consta da pauta a PEC 111/2015, do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que veda a edição de medidas provisórias que gerem desequilíbrio econômico-financeiro dos contratos.

Após o feriado do carnaval, a Câmara dos Deputados retoma os trabalhos com discussões sobre as reformas trabalhista e da Previdência. Em audiências públicas nesta semana, deputados e convidados debaterão as mudanças propostas pelo governo para essas duas áreas.

A Comissão Especial da Reforma da Previdência, que analisa e discute o mérito da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287, fará três audiências públicas ao longo da semana. Na terça-feira (7), serão discutidas as aposentadorias de profissionais envolvidos em atividades de risco, como os policiais.

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Na quarta (8), será a vez dos professores e dos trabalhadores que atuam em atividades que prejudicam a saúde. Na quinta (9), a discussão será sobre as novas regras de aposentadoria para servidores públicos.

A primeira audiência da comissão especial, no dia 15 de fevereiro, teve participação do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e do secretário nacional da Previdência Social, Marcelo Caetano, que apresentaram detalhes da proposta do governo. Outra audiência debateu com técnicos do governo e representantes dos servidores o Regime Próprio de Previdência Social a que está submetido o funcionalismo público.

A PEC 287 foi enviada à Câmara no fim do ano passado pelo governo e prevê idade mínima de 65 anos para homens e mulheres se aposentarem. O tempo mínimo de contribuição deve subir de 15 anos para 25 anos. Pelo novo modelo, para se aposentar com acesso ao benefício integral será necessário contribuir ao longo de 49 anos.

Na sexta-feira (3), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a expectativa é que a reforma da Previdência seja aprovada no plenário da Câmara na segunda quinzena de abril. Ele defendeu a aprovação sem flexibilização da proposta enviada pelo governo ao Congresso.

Reforma Trabalhista

Já a Comissão Especial da Reforma Trabalhista, que analisa as mudanças propostas no Projeto de Lei do Executivo 6.788/16, realizará duas audiências públicas esta semana. Na quarta-feira (8), a reforma trabalhista será debatida com as confederações patronais. Na quinta-feira (9), o tema será direito do trabalho urbano.

A comissão especial já debateu a reforma em outras duas audiências. O projeto de lei altera as regras da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e outros dispositivos. Também possibilita que, nas negociações entre patrão e empregado, os acordos coletivos tenham mais valor do que o previsto na legislação, permitindo, entre outros pontos, o parcelamento de férias e mudanças na jornada de trabalho.

A semana no Senado começará com pelo menos algumas pautas pré-definidas no plenário da Casa. A pedido dos governadores na última semana, o presidente Eunício Oliveira (PMDB-CE) se comprometeu a colocar em votação os projetos que tratam da repatriação de recursos enviados em sonegação fiscal por brasileiros ao exterior, e também o que permite a securitização das dívidas dos estados.

Os dois projetos prometem captar dinheiro para os cofres estaduais e um pouco de alívio para as crises financeiras cada vez mais agravadas nas contas públicas. O texto aprovado na Câmara sobre a repatriação permite que, mediante o pagamento de multa de 20% e Imposto de Renda de 15%, aqueles que enviaram dinheiro ao exterior sem declarar à Receita Federal possam regularizar os recursos. Parte do dinheiro arrecadado vai para os fundos de participação dos estados e municípios. Aprovado pelos senadores, o projeto vai a sanção, mas o prazo para adesão ao novo período de repatriação só será reaberto 120 dias depois da publicação

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O projeto da securitização vai propiciar que os governos estaduais possam vender a instituições financeiras interessadas as dívidas que têm a receber de terceiros. Com isso, mediante a antecipação do valor da carteira pelos bancos, os estados passarão automaticamente para eles o dinheiro que entrar no futuro, referente aos pagamentos dessas dívidas. Se aprovada, a matéria ainda irá à Câmara dos Deputados.

Alexandre de Moraes

O plenário do Senado ainda deverá votar, nesta terça-feira (21), a indicação do ex-ministro da Justiça Alexandre de Moraes para a vaga de Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal. A sabatina e votação do nome de Moraes na Comissão de Constituição e Justiça do Senado ocorrerá amanhã de manhã, podendo se estender até o início da tarde. Eunício Oliveira já informou que pretende levar ao plenário no mesmo dia.

Comissões

Há ainda a expectativa de que nesta semana sejam finalmente instaladas as comissões permanentes do Senado. Apesar de o Ano Legislativo ter começado em 2 de fevereiro, até hoje somente a CCJ está funcionando. Para as outras 13 comissões faltam as indicações dos partidos políticos para os presidentes – conforme a regra da proporcionalidade das legendas na Casa – e dos membros titulares e suplentes delas.

A demora fez o presidente do Senado cobrar agilidade dos líderes partidários. “Eu pedi que os líderes fizessem um entendimento entre eles para finalizar a questão das comissões. Eu não quero fazer aqui a Agenda Brasil, não quero fazer uma pauta do presidente, eu quero fazer uma pauta da Casa. E pedi aos líderes que montem as comissões o mais rapidamente possível para que elas, instaladas, tenham condições de remeter matérias para o plenário do Senado para a gente continuar com pauta aqui”, disse o presidente.

No entanto, tudo indica que os trabalhos nos colegiados só comecem mesmo depois do carnaval. Os partidos não têm conseguido entrar em acordo sobre a divisão dos espaços. O PMDB, que tem a maior bancada, ficará com a presidência de mais três comissões, além da CCJ e, pela ordem, poderá fazer a segunda e a quarta escolhas. O PSDB, que tem a segunda maior bancada, escolherá em terceiro e quinto lugares. Em quarto virá o PT e depois o PSB, o PP e somente depois, partidos menores como o DEM, PTB e outros.

No entanto, a maior dificuldade tem sido os maiores partidos atenderem às demandas internas de suas bancadas para ocupar os postos mais importantes e ainda fazer acordos com partidos aliados menores, que também querem presidências de comissões mais relevantes.

O líder do PSDB, senador Paulo Bauer (SC), por exemplo, explica que o partido tem interesse em ocupar a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) – considerada a segunda mais importante do Senado, depois da CCJ – e outra de maior relevância, como a de Infraestrutura ou a de Relações Exteriores. No entanto, há disputa por esses espaços e a bancada tucana quer que o PMDB deixe livres as escolhas dessas comissões para seus atuais maiores aliados.

“O PMDB tem as presidências da República, do Senado, da CCJ do Senado, vai ter da Comissão Mista de Orçamento e ainda ocupará mais três comissões no Senado. Se o PMDB não praticar um gesto de aceitar o PSDB ocupando a presidência de duas comissões importantes, nós vamos fazer valer nosso direito de escolha sobre comissões em que eles têm interesse”, afirmar Bauer.

Segundo ele, não há nada de grave no atraso para o início do funcionamento das comissões do Senado e as negociações entre os líderes partidários se delongam mesmo. “Sempre demorou, faz parte do processo legislativo”, afirma.

A apresentação do parecer do senador Eduardo Braga (PMDB-AM) sobre a indicação de Alexandre de Moraes para ocupar a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) é o destaque desta semana no Senado. Braga, que é o relator do processo, já entregou relatório na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e deve apresentar seu parecer aos senadores nesta terça-feira (14).

Na quarta-feira (15), depois da leitura do relatório, os senadores poderão apresentar pedido de vista coletivo. Posteriormente, Alexandre de Moraes será sabatinado pela comissão e, em seguida, passará por avaliação do plenário do Senado. A expectativa é que todo o processo se encerre até o dia 22.

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Além da análise do relatório de Eduardo Braga, a pauta da primeira semana de trabalho do Senado tem 27 itens para apreciação. O projeto que trata dos crimes de abuso de autoridade não aparece na pauta desta semana da CCJ, pois ainda aguarda a designação de um relator, para só então seguir para análise dos senadores. Como foi alvo de muita polêmica no ano passado, a expectativa é que o projeto sobre abuso de autoridade passe mais tempo em discussão, antes de ser apreciado pela CCJ.

Radiodifusão

Na quarta-feira (15), os senadores devem votar, em comissão mista, o relatório sobre a Medida Provisória (MP) 747, que prorroga o prazo para renovação das concessões e permissões das emissoras de radiodifusão. A proposta estabelece que as entidades interessadas na alteração dos prazos devem apresentar um requerimento ao Ministério de Ciência e Tecnologia durante os 12 meses anteriores ao término do prazo da outorga vigente.

Pelo projeto, as emissoras que já estiverem com a concessão vencida poderão regularizar a situação no prazo de 90 dias, a partir da data de publicação da MP 747. A medida tramita em regime de urgência, e, se aprovada, segue para o plenário.

Nesta semana, os senadores devem discutir também o projeto que trata da Lei Geral das Telecomunicações (PL 79/2016). A proposta foi devolvida na semana passada pela Casa Civil ao Senado, em resposta a uma liminar expedida pelo STF. Em plenário, o presidente do Senado, Eunício Oliveira, afirmou que só encaminhará o projeto para votação depois de discuti-lo com a Mesa Diretora e a Procuradoria da casa.

PEC da Vaquejada

Está prevista ainda a votação no plenário do Senado da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 50/2016, que considera a vaquejada (competição em que vaqueiros puxam um boi pelo rabo e o derrubam em um espaço delimitado), como uma manifestação cultural que não fere os direitos dos animais. A proposta, conhecida como PEC da Vaquejada, acrescenta à Constituição um artigo que permite a realização de manifestações culturais, desde que não prejudiquem o bem-estar animal.

O novo texto trata essas competições como integrantes do patrimônio cultural brasileiro, de natureza imaterial, e não as considera cruéis para os animais, se regulamentadas. A matéria passou pela CCJ do Senado, que analisa a constitucionalidade dos projetos em tramitação, e agora deve ser votada em dois turnos pelo plenário. Se aprovada, a PEC seguirá para a Câmara dos Deputados.

A primeira semana de trabalhos legislativos da Câmara neste ano terá como ponto central a criação e instalação da comissão especial destinada a analisar o mérito da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, que trata da reforma da Previdência Social. O ato de criação da comissão deverá ser lido em sessão plenária da Casa na segunda-feira (5) ou na terça-feira (6). A partir daí, os líderes partidários farão a indicação dos deputados para compor a comissão, que deverá ser instalada na quarta-feira (7) ou na quinta-feira (8).

A comissão especial será composta, de acordo com a regra da proporcionalidade das bancadas ou blocos, por 36 deputados. Com isso, a maioria dos integrantes será de aliados do governo. A comissão terá até 40 sessões plenárias da Câmara para debater a matéria, de modo que ela seja levada para votação, em dois turnos, no plenário da Casa.

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Aprovada, será imediatamente encaminhada à apreciação do Senado. No entanto, o relator da PEC poderá apresentar parecer à matéria na décima primeira reunião, a fim de que ela seja aprovada e levada a plenário.

Mesmo com a possibilidade da votação ocorrer a partir da décima primeira sessão, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), garantiu que não haverá prejuízo dos debates e da transparência. O relator da PEC será o deputado Arthur de Oliveira Maia (PPS-BA). O deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ) já foi escolhido para presidir a comissão.

Além da comissão especial da Previdência, a Câmara terá sessões deliberativas a partir de terça-feira (6). A pauta prevê a apreciação de 15 requerimentos - a maioria para votação de projetos em regime de urgência - 11 projetos de lei e duas PECs.

Entre os requerimentos, um é para votação em regime de urgência do projeto 442/1991, que dispõe sobre a legalização do jogo do bicho (Marco Regulatório dos Jogos no Brasil). Outro é para votação em regime de urgência do Projeto de Lei 2.289, de 2015, do Senado Federal, que prorroga o prazo para disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos de que trata a Lei 12.305/2010.

Os projetos da pauta da próxima tratam da criação do Fundo Nacional de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres (PL º7.371/14 do Senado), estabelece o sistema de garantia de direitos de crianças e adolescentes vítimas e testemunhas de violência (PL 3.792/15) e dispõe sobre a proibição da eliminação de cães e gatos pelos órgãos de controle de zoonoses, canis públicos e estabelecimentos oficiais congêneres (PL 3.490-C/12).

As PECs que estão na pauta e podem ser votadas são a 209- C/12, em segundo turno, que atribui requisito de admissibilidade ao recurso especial no âmbito do STJ (PEC da relevância das questões de direito infraconstitucional) e primeiro turno de votação da PEC 504-A/10, que inclui o Cerrado e a Caatinga entre os biomas considerados patrimônio nacional.

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB), reúne-se na próxima terça-feira (7) com os líderes das bancadas para definir a pauta da semana de votação do Plenário. Durante a campanha à presidência, o peemedebista prometeu que se fosse eleito a Casa Alta passaria votar semanalmente uma pauta elaborada por todos os líderes e “não apenas pelo presidente”. 

Oliveira não quis adiantar as matérias que podem ser incluídas na ordem do dia, mas já é certo que três medidas provisórias precisam ser votadas em breve, porque trancam a pauta do Senado. Uma delas, a MPV 744/2016, que reforma a estrutura administrativa da EBC, precisa ser votada até próxima quinta-feira (9), para não perder a validade. 

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Outra que também tranca a pauta a MPV 746/2016, que reestrutura o ensino médio. O prazo para votação é maior, até o dia 3 de março. O texto estrutura o currículo em blocos temáticos, com menos disciplinas obrigatórias. 

Cobrança

Com as MPs em discussão, Oliveira informou ter pedido ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), agilidade na votação da proposta de emenda à Constituição que muda as regras de tramitação das medidas encaminhadas pelo Executivo. A PEC 11/2011 foi aprovada pelo Senado em agosto de 2011 e até hoje aguarda a instalação de comissão especial para exame da Câmara.

Os senadores reclamam que têm pouco tempo para aprofundar o debate sobre as MPs aprovadas na Câmara, uma vez que qualquer alteração no texto do Executivo, como a apresentação de destaques, submete a matéria a um novo exame pelos deputados, o que nem sempre é possível dado o esgotamento do prazo de vigência da medida.

Pelo texto, a Câmara passa a ter 80 dias para analisar MPs. O Senado terá 30 dias, restando 10 dias para que os deputados analisem possíveis emendas dos senadores.

Três projetos que ficaram pendentes de votação na última sessão deliberativa de 2016 no Senado vão passar por uma nova análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Um deles é o Projeto de Lei que define os crimes de abuso de autoridade, de autoria do presidente Renan Calheiros (PMDB-AL). Depois de requerimentos dos senadores Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), Álvaro Dias (PV-PR), Randolfe Rodrigues (REDE-AP) e Ronaldo Caiado (DEM-GO) determinarem a derrubada do regime de urgência, o peemedebista enviou seu projeto de lei para a Comissão de Justiça.

Antes de chegar ao Plenário do Senado, a proposta havia recebido, inicialmente, substitutivo do senador Romero Jucá (PMDB-RR), relator junto à Comissão da Consolidação da Legislação Federal e Regulamentação da Constituição (CECR). Em seguida, Jucá foi substituído na relatoria pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR), que já promoveu ajustes no substitutivo.

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O texto tem, até agora, 26 emendas, sendo duas no âmbito da comissão e 24 em Plenário. A CCJ ainda não designou relator para a proposta, que aumenta a pena para o crime de abuso de autoridade, cometido por servidores públicos, membros do Ministério Público e dos Poderes Judiciário e Legislativo da União, de estados, do Distrito Federal e dos municípios.

Reforma política e jogos de azar

Também tomou o rumo da CCJ a proposta de emenda à Constituição (PEC 113A/2015) que trata da reforma política. Quem solicitou o reexame da comissão foi o relator, senador Valadares. A proposta prevê o fim da reeleição para cargos no Poder Executivo e a criação de uma cláusula de barreira que limita o acesso ao fundo partidário. 

Para Valadares não há consenso justamente em torno do item que trata sobre reeleição. Segundo explicou, a maioria dos senadores é favorável ao fim da reeleição, mas defende sua substituição por um tempo maior de mandato para os cargos de prefeito, governador e presidente da República.

Trajeto idêntico foi seguido pelo PLS 186/2014, do senador Ciro Nogueira (PP-PI), que amplia a possibilidade de legalização de jogos de azar no país. O retorno da proposta à CCJ foi possível com a aprovação de requerimento do senador Magno Malta (PR-ES). O PLS 186/2014 define os tipos de jogos de azar a serem explorados; os critérios para autorização; as exigências para os sócios e as regras para distribuição de prêmios e arrecadação de tributos. Assim, cassinos, apostas eletrônicas, bingos e jogo do bicho poderão ser legalizados.

O Congresso Nacional tem duas sessões deliberativas marcadas nesta semana quando deverão ser analisados vetos e projetos de lei. As reuniões serão realizadas na terça-feira (13), às 19h, e na quarta (14), às 11h.

Entre as matérias pendentes está o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). O texto base já foi aprovado e ficaram faltando três destaques ao texto, que deverão ser analisados nesta terça. Isso porque a ideia é liberar a pauta para votar a proposta orçamentária de 2017 na quarta. A matéria ainda passará pela Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO).

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A pauta também tem nove vetos do presidente Michel Temer, todos deste ano. Entre eles estão os vetos a Lei 13.340/2016, que facilita a renegociação de dívidas de produtores rurais do Norte e do Nordeste prejudicados pela seca.

Também poderão ser votados 33 projetos de lei que tratam da liberação de recursos para reforço orçamentário de programas e ações do governo, como o que libera R$ 300 milhões para o programa Farmácia Popular, gerido pelo Ministério da Saúde; o de R$ 95 bilhões para o Banco Central; e o de R$ 189 milhões para estradas e ferrovias.

Os parlamentares poderão analisar ainda dois projetos de resolução: o que aumenta o prazo de recebimento de emendas para medidas provisórias e o que altera o Regimento Comum do Congresso Nacional para aumentar, de cinco para dez, o número de vice-líderes do governo no Congresso.

 

O Senado fará um esforço concentrado na próxima semana para tentar deliberar sobre uma série de propostas que estão na pauta da Casa, entre elas a reforma política e a chamada PEC do Teto de Gastos. A expectativa é de que tenha discussões e votações de segunda (21) à quinta-feira (24).     

Na segunda-feira, os senadores vão fazer uma nova discussão sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 36/2016, que prevê o fim das coligações partidárias nas eleições proporcionais (vereadores e deputados) e cria uma cláusula de barreira para a atuação dos partidos políticos. 

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Já a PEC 55/2016, que limita os gastos públicos por 20 anos, terá a terceira sessão de discussão em primeiro turno. A proposta de limite de gastos volta a ser discutida na terça-feira (22) em dois momentos. Pela manhã, os senadores vão debater o tema com economistas. Estão convidados os professores Luiz Gonzaga Beluzzo, Fernando Monteiro Rugitsky e Armando Castelar e um representante do Ministério da Fazenda. No período da tarde, a PEC 55/2016 passa pela quarta sessão de discussão no primeiro turno.

O texto que estabelece a reforma política deve ser votado em segundo turno na quarta-feira (23). A PEC foi apresentada pelos senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Ricardo Ferraço (PSDB-ES). Aécio considera que a proposta traz dois pontos necessários para o reordenamento do sistema político partidário. “Algo essencial a qualquer democracia representativa é o restabelecimento daquilo que se tentou lá no passado, que é a cláusula de desempenho, e, ao mesmo tempo, o fim das coligações proporcionais”, afirmou o também presidente nacional do PSDB.

Repatriação

Na terça-feira o Senado pode analisar o projeto que reabre o prazo para a adesão ao regime especial de repatriação de recursos do exterior. O Projeto de Lei do Senado (PLS) 405/2016 é de autoria da Comissão Diretora e abre o novo período de 1º de fevereiro a 30 de junho de 2017.  O presidente do Senado, Renan Calheiros, sugeriu ao presidente Michel Temer que seja antecipada aos estados e municípios a distribuição do dinheiro das multas pagas por quem decidir fazer a repatriação no ano que vem.

Abuso de autoridade

O projeto que define os crimes de abuso de autoridade vai ser debatido no Plenário do Senado na manhã de quarta-feira (23), às 11h. Foram chamados para a discussão com os senadores sobre o PLS 280/2016 o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, o procurador-geral da República Rodrigo Janot e o presidente a Ordem dos Advogados do Brasil, Cláudio Lamachia.

O novo relator do projeto, senador Roberto Requião (PMDB-PR), enfatizou que a proposta não vem para atrapalhar investigações, mas para impedir o arbítrio e as ilegalidades.

Paralelo à Câmara dos Deputados, o Senado também discute temas que propõem uma nova reforma política no país. Na pauta do Plenário desta semana está a Proposta de Emenda À Constituição (PEC) 113A/2015 que, entre outros pontos, acaba com a reeleição para presidente, governadores e prefeitos. A próxima sessão deliberativa será nesta quarta-feira (16), a partir das 14h. 

A mudança divide os senadores que aprovaram, na última quarta-feira (9), o texto que acaba com as coligações partidárias nas eleições proporcionais (vereadores e deputados) e cria uma cláusula de barreira para a atuação dos partidos políticos. A PEC ainda terá de ser votada em segundo turno pelos senadores antes de ser enviada para a Câmara, o que deve ocorrer até o fim do mês.

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Reforma do ISS

Antes de votar a PEC 113A/2015, entretanto, os senadores devem avaliar a reforma do Imposto sobre Serviços de qualquer Natureza (ISS). O projeto fixa em 2% a alíquota mínima do imposto, na tentativa de dar fim à guerra fiscal entre os municípios. O texto, que tramita em regime de urgência, também amplia a lista de serviços atingidos pelo imposto.

A versão em pauta é um substitutivo da Câmara ao projeto original, do senador Romero Jucá (PMDB-RR). Uma das principais mudanças aprovadas pela Câmara é a cobrança do tributo onde a operação ocorreu em casos específicos como cartão de crédito ou débito e de factoring (aquisição de direitos de crédito) ou leasing (arrendamento mercantil).

Vários novos serviços foram incluídos pelo projeto na lista dos que podem ser tributados. Entre eles estão a aplicação de tatuagens e piercings; vigilância e monitoramento de bens móveis; e conteúdos de áudio, vídeo, imagem e texto em páginas eletrônicas, exceto no caso de jornais, livros e periódicos. 

O Congresso Nacional tentará concluir, na próxima quarta-feira (16), a votação dos destaques à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2017. O texto principal da LDO foi aprovado na sessão do Congresso na madrugada de 24 de agosto. Entretanto, ficaram pendentes de votação três destaques. Dois deles tratam praticamente do mesmo assunto e têm objetivo de evitar que os recursos orçados para a área de ciência e tecnologia em 2017 sejam bloqueados. Ou seja, que entrem no decreto de contingenciamento, editado no início de cada ano para adequar os gastos às receitas da União.

O terceiro destaque suprime dispositivo do relatório de Wellington Fagundes (PR-MT) que permite ao governo alterar em até 20% a composição da carteira de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O governo já se posicionou contra todos os destaques.

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A LDO 2017 autoriza o governo federal a fechar o ano com um déficit de R$ 139 bilhões e prevê um crescimento de 1,2% no Produto Interno Bruto (PIB). Caso se confirme a estimativa, o Brasil completará quatro anos consecutivos de déficit fiscal e, consequentemente, de crescimento da dívida pública nacional. Além do rombo previsto em nível federal, o projeto antecipa déficits de R$ 1,1 bilhão para estados e municípios e de R$ 3 bilhões para as estatais.

Vetos

Além da conclusão da LDO, a pauta da sessão conjunta da Câmara e do Senado tem mais sete vetos presidenciais para analisar, 16 projetos e lei e dois de resolução. Entre os vetos está o que atingiu parcialmente a MP 733/2016, transformada na Lei 13.340/2016, que dá descontos e facilita a renegociação de dívidas de produtores rurais do Norte e do Nordeste prejudicados pela seca.

O presidente Michel Temer optou por vetar três dispositivos do texto aprovado pelo Congresso. Um dos vetos caiu sobre artigo que autorizava o governo federal a repactuar as dívidas de cooperativas agropecuárias com o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) adquiridas até 31 de dezembro de 2010. Conforme o Executivo, o artigo não traz definição precisa da abrangência da repactuação, tornando praticamente inviável a estimativa do impacto financeiro da medida para o Tesouro Nacional.

*Com a Agência Senado 

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