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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fachin prometeu aos governadores dos estados do Nordeste celeridade na tramitação da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 188) - relativa aos critérios de partilha pelo Governo Federal dos recursos do salário-educação. Os governadores Paulo Câmara, Rui Costa (Bahia), Camilo Santana (Ceará), Ricardo Coutinho (Paraíba), Wellington Dias (Piauí) e o vice-governador Carlos Brandão (Maranhão) estiveram nesta terça-feira (1º) no STF reunidos com Fachin.

A ideia dos gestores nordestinos é que os recursos sejam distribuídos levando em consideração o número de estudantes das redes estaduais de ensino. Atualmente, a Fundação Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) leva em consideração não só o critério constitucional do número de alunos matriculados, mas também o da origem da fonte de arrecadação. “Isso cria uma distribuição injusta, desigual e que vai de encontro ao que diz a Constituição”, disse Paulo Câmara.

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Essa abordagem da FNDE prejudica os Estados do Nordeste. Na avaliação dos governadores, a atual regra viola o preceito constitucional do direito à educação, que estabelece como critério único e exclusivo para a distribuição dos valores relativos ao salário-educação o número de alunos matriculados nas escolas.

“O ministro Fachin se comprometeu a analisar e solicitou algumas informações ao Estados, que serão repassadas para ele nos próximos dez dias”, informou o governador de Pernambuco. De acordo com Paulo Câmara, o ministro do Supremo – que assumiu a relatoria da ADPF no lugar do colega Ricardo Lewandovsky – prometeu analisar com “celeridade” o assunto, para que possa ser colocado na pauta pela presidência do STF. “Saí confiante de que vamos ter uma resposta em breve”, completou o gestor pernambucano.

*Com informações da Assessoria de Imprensa

A presidente Dilma Rousseff comemorou a aprovação do nome do jurista Luiz Edson Fachin para ocupar a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). No Planalto, segundo uma fonte, a vitória no plenário do Senado foi considerada de "extrema importância" porque a indicação do jurista havia se transformado em uma "disputa política". Portanto, se o nome dele tivesse sido rejeitado pelos senadores, este fato seria classificado como uma derrota pessoal da presidente Dilma.

Da mesma forma, essa fonte do Planalto considera que a sua aprovação foi uma vitória da presidente, em um momento que o mesmo plenário do Senado está prestes a votar importantes medidas do ajuste fiscal, que precisam contar com esses mesmos votos para serem aprovadas.

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Por outro lado, a derrubada do nome de Guilherme Patriota, irmão do ex-ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e ex-assessor de Marco Aurélio Garcia, para representar o Brasil na Organização dos Estados Americanos (OEA), obviamente, não foi considerado bom, mas longe de ter o peso do que poderia ter, caso Fachin tivesse sido derrotado pelo plenário.

Para um assessor da presidente, é "óbvio" que é um desgaste e "um baque" a reprovação de Patriota, mas ressaltou que mais importante, neste momento, era aprovar o Fachin. Só que o fato de ser a primeira vez que um diplomata de carreira tem seu nome rejeitado pelo plenário do Senado deixa um alerta no Planalto sobre dificuldades que possam ser enfrentadas ali pelo governo.

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Velloso e entidades do meio jurídico comemoraram a nomeação do advogado Luiz Edson Fachin como o mais novo membro da Corte. Fachin foi aprovado nesta terça-feira, 19, pelo Senado a ocupar o cargo por 52 votos a 27.

"Fachin é um bom jurista. E foi feliz na rigorosa sabatina a que foi submetido no Senado", afirmou Velloso, ao elogiar a participação da Casa no processo de seleção de um novo ministro do STF. "Isso (a participação do Senado) é muito bom. Que o Senado continue cada vez mais rigoroso nas sabatinas. É a forma de o poder legislativo participar do processo de maneira legítima".

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Entidades jurídicas, como a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná também comemoraram a nomeação de Fachin. "O Senado deu um presente ao País neste momento de crise política", disse o presidente da AMB, João Ricardo Costa. Ele ainda relativizou as polêmicas que surgiram relacionando o nome de Fachin ao PT e a movimentos de esquerda, como o Movimento dos Trabalhadores sem-terra. Não é um elemento que venha a contraindicar o ingresso dele no STF".

O presidente da OAB-PR, Juliano Breda, disse que "o Brasil vai dormir mais justo" após a aprovação de Fachin pelo Senado. "O STF ficou maior com a indicação dele, porque Fachin honra a tradição de grandes magistrados no Supremo", disse Breda. "A votação dele só mostra a superação de Fachim mesmo num momento de grande conflagração político-partidária no País"

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta terça-feira (19) que vai consultar os líderes em plenário para decidir a ordem das votações do dia. Na pauta, além da indicação do jurista Luiz Edson Fachin para o Supremo Tribunal Federal (STF), está a análise da Medida Provisória 665, que restringe direitos trabalhistas.

"Nós vamos consultar o plenário, para ver qual é a ordem lógica. A pauta está trancada (por conta da MP), mas apreciação de autoridades é permitido. O mais conveniente, o mais prudente, é consultar o plenário", disse Renan, ao chegar para o Congresso.

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A medida vem sendo anunciada desde ontem por Renan para tentar se distanciar dos rumores de que tem trabalhado contra a aprovação de Fachin. O temor da base aliada é que o nome do jurista seja colocado em votação com um plenário esvaziado, e, assim, não consiga o número de votos necessários. Para ser aprovado, Fachin precisa do apoio de 41 dos 81 senadores.

O Palácio do Planalto instruiu os líderes da base a garantir a presença dos senadores hoje na Casa, para evitar surpresas. Pelas contas do governo, a disputa será apertada, mas Fachin deverá conquistar até 55 votos. Como a votação é secreta, porém, o risco de traições não está descartado.

Além das duas votações, há ainda na agenda dos senadores uma sessão temática para discutir o projeto da terceirização e a visita do primeiro-ministro da China, Li Keqiang. Questionado se, diante desse quadro, a votação de Fachin poderia ficar para amanhã, Renan desconversou.

"Se ficar para amanhã, será uma consequência, não será a causa. Vamos discutir, o esforço que vamos fazer é para deliberar sobre todas as matérias", disse.

Hotel

Fachin está em Brasília, mas não irá ao Senado acompanhar a votação. Ele ficará no hotel e vai esperar pelo resultado ao lado da família. Segundo a assessoria de imprensa do jurista, se tiver o nome aprovado pelo plenário da Casa, ele deve ir até o Congresso para agradecer o apoio dos senadores.

O plenário do Senado vai apreciar nesta terça-feira (19) a indicação da presidente Dilma Rousseff para que o jurista Luiz Edson Fachin ocupe a vaga de Joaquim Barbosa, no Supremo Tribunal Federal (STF). Para ser aprovado como novo ministro da suprema corte, Fachin precisa alcançar 41 votos favoráveis entre os senadores.

Na última quinta-feira (14), ele foi sabatinado por cerca de 11 horas pelos membros da Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Na oportunidade, respondeu sobre assuntos polêmicos como casamento gay, aborto, redução da maioridade penal e legalidade da marcha da maconha.

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Em seguida, a comissão aprovou a indicação de Fachin com 20 votos favoráveis e sete contrários. O relatório do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), favorável à indicação, será agora apreciado pelo plenário. Nele, Dias ressalta o notório saber jurídico do indicado e o amplo apoio que ele recebeu da comunidade jurídica.

A votação de Fachin deve ocorrer logo após a análise das medidas provisórias 663 e 665, que estão trancando a pauta do plenário. A ordem do dia também deve começar mais tarde em razão da visita do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, ao Congresso. Keqiang será recebido pelo presidente do Parlamento brasileiro, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), no Salão Nobre do Congresso, depois das 16h30.

Líderes de partidos da base aliada se comprometeram nesta segunda-feira, 18, em reunião na Vice-Presidência, a apoiar as Medidas Provisórias 663, que trata da capitalização do BNDES, e a 665, que restringe acesso ao seguro-desemprego e ao abono salarial, e a indicação do jurista Luiz Edson Fachin para o Supremo Tribunal Federal (STF). As duas últimas propostas estão previstas para serem votadas nesta terça-feira, 19, pelo plenário da Casa.

Participaram do encontro o vice-presidente e articulador político Michel Temer, os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e o secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Dyogo Oliveira, e lideranças do PT, do PMDB, do PDT, do PP e do PSD.

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No encontro, lideranças da base aliada avaliaram que há votos suficientes entre os aliados para aprovar tanto as MPs 665 e 663 quanto a indicação de Fachin. Segundo o líder petista no Senado, Humberto Costa (PE), apenas o bloco parlamentar União e Força, composto por nove senadores do PTB, do PR, do PSC e do PRB, resiste apoiar as medidas provisórias do ajuste fiscal (MP 665 e MP 664, que ainda está na Câmara e altera as regras para concessão de pensão por morte).

Nenhum representante do bloco União e Força, entretanto, participou do encontro e o Palácio do Planalto deve procurá-los para tratar das medidas do ajuste fiscal.

Os líderes avaliaram que, se o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), colocar a indicação de Fachin em votação, ela será aprovada. Nos bastidores, Renan, responsável por controlar a pauta, tem atuado para rejeitar o nome do jurista. Pelas contas dos presentes, os opositores do indicado conquistarão, no máximo, 21 votos. Para ele virar ministro do STF, ele precisa de pelo menos 41 votos favoráveis. "O balanço é que há votos suficientes para aprová-lo", disse Humberto Costa.

No encontro, os senadores acertaram com os ministros do governo que vão tratar na quinta-feira da MP 664 e sobre o contingenciamento ao orçamento deste ano - este último tema não foi sequer tratado na reunião. Diante das mudanças às MPs do ajuste fiscal pelo Congresso, o governo ameaça elevar o tamanho do contingenciamento e apresentar novos impostos para garantir o cumprimento da meta de superávit fiscal.

Comemorada pelo Palácio do Planalto, a aprovação da indicação do jurista Luiz Edson Fachin nessa terça-feira (12) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado teve a menor diferença de votos de indicados pela presidente Dilma Rousseff ao Supremo Tribunal Federal (STF). Depois de 11 horas de sabatina, Fachin recebeu 20 votos a favor de seu nome e sete contra no colegiado. O governo festejou o resultado, mesmo diante das críticas de ligação com o PT e movimentos sociais dirigidas ao candidato para o STF.

A indicação do jurista, que substituirá Joaquim Barbosa, ainda terá de passar pelo plenário da Casa. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), marcou a votação secreta de Fachin para a próxima terça-feira (19), mas há senadores que querem antecipá-la para a tarde desta quarta-feira (13).

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Antes de Fachin, Dilma havia feito quatro indicações ao Supremo. A primeira delas, de Luiz Fux, conquistou a unanimidade dos 23 votos na CCJ em fevereiro de 2011. Em dezembro daquele ano, foi a vez da comissão aprovar o nome de Rosa Weber, por 19 votos favoráveis e três contrários. Em seguida, em outubro de 2012, Teori Zavascki passou na CCJ com 18 votos a favor e uma abstenção. O último dos indicados por Dilma, Roberto Barroso, foi aprovado pela comissão por 26 votos a favor e um contra em junho de 2013.

Como a votação em Fachin é secreta, não é possível saber de quem foram os votos contrários à indicação. Contudo, a votação aberta de um requerimento ontem na CCJ, que tentava aumentar o tempo das perguntas feitas pelos senadores ao indicado, pode dar uma pista de quem pode ter votado contra a indicação. Esse pedido fora derrubado por 19 votos a sete - mesmo número de parlamentares que rejeitaram o nome de Fachin.

Foram derrotados na votação do requerimento os senadores do DEM Agripino Maia (RN) e Ronaldo Caiado (GO), do PSDB Aloysio Nunes Ferreira (SP), Antonio Anastasia (MG) e Cássio Cunha Lima (PB), do PR Magno Malta (ES) e do PMDB Ricardo Ferraço (ES). Exceto o relator, o tucano Alvaro Dias (PSDB), que se mostrou a favor da indicação de Fachin, senadores de oposição, Magno Malta e Ricardo Ferraço foram, de maneira geral, os maiores críticos ao nome do jurista.

Na base aliada, posicionaram-se a favor do requerimento senadores do PT, do PMDB, do PP, do PDT, do PSB, do PSC, do PRB e do PSol. Mesmo que não fosse uma votação do mérito da indicação, o placar sinalizou que o jurista teve boa acolhida mesmo entre partidos ditos independentes ou de oposição.

Durante a sabatina, o senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP) fez um dos comentários mais elogiosos ao indicado. "Vossa Excelência vem aqui com um consenso da comunidade acadêmica, um consenso na comunidade jurídica e um dissenso na comunidade política. Isso me leva a acreditar que as resistências aqui são mais de ordem política do que quanto à competência de Vossa Excelência", afirmou. "Vossa Excelência é o nome ideal em um momento difícil, em um momento político de turbulência em nosso país", completou.

Um dia depois da sabatina do advogado Luiz Edson Fachin na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) afirmou que o jurista "brilhou" e mostrou suas "qualificações jurídicas" e "pessoais". Temer disse estar otimista com a aprovação no plenário do Senado Federal do nome indicado pela presidente Dilma Rousseff para ocupar uma das cadeiras do Supremo Tribunal Federal (STF).

"Ele (Fachin) brilhou. Mostrou as suas qualificações jurídicas, pessoais, mostrou uma cultura geral muito grande, uma delicadeza extraordinária no trato com as questões e com as pessoas, uma humildade acentuadíssima, e isso é fundamental para quem vai para um órgão cuja função principal é a imparcialidade, ou seja, não ser parte no conflito", comentou o vice-presidente, ao chegar ao gabinete da Vice-Presidência no Palácio do Planalto.

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Na avaliação do vice-presidente, Fachin demonstrou que, indo ao Supremo Tribunal Federal, "não será parte nos conflitos, mas decidirá de acordo com a Constituição". "Estou otimista (com a aprovação do nome de Fachin pelo plenário do Senado)", disse o vice-presidente.

Polêmicas

Durante a sabatina desta terça-feira, 12, Fachin tentou se descolar das polêmicas ligadas a seu nome e do suposto vínculo com o PT. Em diversos momentos, também prestou reverências ao Congresso e ao papel do Legislativo.

Para se afastar de discussões políticas, Fachin afirmou que não teria dificuldade em julgar nenhum partido caso se torne ministro do STF.

Indicado para ocupar a 11ª cadeira do Supremo Tribunal Federal pela presidente Dilma Rousseff, o advogado Luiz Edson Fachin foi aprovado nessa terça-feira (12) pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, por 20 votos favoráveis e sete contrários. A votação ocorreu após uma sabatina de quase 11 horas, na qual Fachin tentou se descolar das polêmicas ligadas a seu nome no último mês e do suposto vínculo com o PT. Em diversos momentos, também prestou reverências ao Congresso e ao papel do Legislativo. A palavra final será dada agora pelo plenário da Casa em votação secreta.

Para se afastar de discussões políticas, Fachin afirmou que não teria dificuldade em julgar nenhum partido caso se torne ministro do Supremo. Ele citou o ex-ministro Joaquim Barbosa, cuja aposentadoria abriu a vaga no STF, como exemplo de atuação independente na Corte. O ex-relator do processo do mensalão, que votou pela condenação de petistas envolvidos no esquema, havia declarado voto no PT em eleições presidenciais.

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"Não tenho nenhuma dificuldade, caso venha a vestir a toga do STF, em apreciar causas de qualquer partido político", afirmou. O jurista negou filiação partidária e disse nunca ter praticado "proselitismo político", mas assumiu que em alguns momentos foi chamado para tomar posição "ora como professor, ora como jurista, ora no exercício da cidadania". Fachin citou situações em que demonstrou apoio a candidatos do PV, PDT e PPS.

A imparcialidade do jurista vem sendo questionada pela oposição desde que foi revelado um vídeo no qual ele pede votos para a presidente Dilma Rousseff, em 2010.

Fachin aproveitou a sabatina para fazer acenos ao Congresso, afirmando que cabe ao Legislativo - e não ao Judiciário - definir questões polêmicas como aborto, impeachment da presidente da República e financiamento de campanha. São circunstâncias em que o Supremo "não deve atravessar a rua", afirmou. Pouco antes da votação da CCJ, o jurista disse que a delação premiada configura um indício, mas não pode ser tratada como "prova contundente" num processo criminal, sem se referir de forma específica ao caso da Lava Jato. Atualmente, 48 políticos são investigados perante o STF por suposto envolvimento no esquema, entre eles senadores com cadeira na CCJ.

Após a sabatina, Fachin disse estar "feliz e honrado por ter sido destinatário de tamanha atenção pelos senadores da CCJ". "E agora aguardo a etapa seguinte, que é a deliberação do Senado Federal", completou.

Após passar pela comissão, Fachin precisa agora ser aprovado em votação secreta no plenário do Senado. O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse ontem que a apreciação do nome do jurista pelo plenário será na terça-feira, contra o desejo do Planalto (mais informações na página ao lado). No final da sabatina, no entanto, os parlamentares aprovaram regime de urgência na esperança de que a votação ocorra ainda hoje. Renan não foi à sabatina de Fachin.

Apesar da longa duração, os aliados do governo demonstravam menos preocupação com a aprovação na CCJ, e mais com a votação da próxima semana. O medo é que o PMDB use a possibilidade de rejeição da indicação para desgastar a presidente.

Oposição

Coube aos senadores da oposição na CCJ os questionamentos mais controversos a Fachin, como acusações de que defenderia a poligamia e seria contra o direito à propriedade. Ciente disso, o jurista afirmou logo na exposição inicial "não ter fugido", como professor, de debates polêmicos, mas fez uma defesa dos valores da família e da propriedade e em temas como maioridade penal e financiamento de campanha destacou o papel do Legislativo na definição desses temas.

"Trago na minha biografia teses e visões de mundo controvertidas, posições às vezes contundentes. Fui intenso, somos sempre nós e a nossa circunstância, não me escondi atrás da palavras, sou quem sou", disse. Filho de agricultores do Rio Grande do Sul, Fachin se emocionou ao citar sua família.

O questionamento sobre o respeito à propriedade foi levantado pela ala ruralista da Casa, representada por Ronaldo Caiado (DEM-GO). Senadores da bancada evangélica abordaram temas ligados à família e aborto.

O tucano Aloysio Nunes (SP) cobrou o fato de Fachin ter exercido as funções de procurador do Estado do Paraná e de advogado simultaneamente, o que seria vedado pela Constituição local. O jurista exibiu uma autorização da OAB local. A exceção entre os opositores foi o relator da indicação de Fachin, Alvaro Dias (PSDB-PR). Ele voltou a defender a aprovação do jurista gaúcho radicado no Paraná e criticou o "oportunismo" dos correligionários.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Questionado pelo senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) sobre ser "um ponto fora da curva" em relação ao posicionamento dos ministros que julgaram o caso do mensalão, Luiz Edson Fachin, indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF), disse: "nem ponto, nem curva, eu sigo a lei".

A expressão de "ponto fora da curva" foi usada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF, ao passar por sabatina no Senado, após indicação da presidente Dilma Rousseff. "Tenho comigo a percepção de que o STF, ao julgar como julgou, deu uma resposta a sociedade brasileira", disse Fachin sobre o caso do mensalão, acrescentando que não poderia exprimir mais opinião por não conhecer os autos do processo.

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Fachin respondeu ao questionamento durante sabatina da Comissão de Cidadania, Constituição e Justiça (CCJ) no Senado, processo do qual depende sua confirmação como ministro do STF. Quanto à criminalização do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Fachin disse que não se pode ultrapassar a barreira da violência. "Em hipótese alguma, ainda que as pessoas entendam que a reivindicação é legitima", disse, em resposta a questionamento feito por Caiado.

Financiamento de campanha

Questionado sobre sua opinião sobre o financiamento privado de campanhas eleitorais, assunto que está parado há mais de um ano no STF, Fachin disse que talvez não seja uma discussão para a Suprema Corte, sugerindo que esse tema deva ser debatido no Congresso. "Em tese, há certas circunstâncias em que o Supremo não deve atravessar a rua", disse. O indicado ao STF disse ainda que não gostaria, contudo, de se comprometer com essa opinião. "Digo em tese, não quero que seja esse tema apreendido como comprometimento."

Sobre a prerrogativa de foro por função, Fachin disse que essa é uma determinação prevista na Constituição Federal, ponderando, contudo, que "o parlamento poderá hipoteticamente deliberar em sentido diverso", disse. Atualmente, determinados cargos e funções, como deputados, senadores, vereadores, presidentes e membros de Tribunais superiores têm foro específico em tribunais, como STF e Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Instalado no gabinete da Presidência do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) não visitou até o momento o jurista Luiz Edson Fachin, que participa nesta terça-feira, 12, de sabatina da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. A ida à CCJ tem sido uma deferência de Renan, como presidente do Senado, nas duas últimas importantes sabatinas realizadas pelo colegiado para tribunais superiores: o desembargador Reynaldo da Fonseca para ministro do Superior Tribunal de Justiça este ano e o jurista Roberto Barroso para o Supremo Tribunal Federal, em junho de 2013.

O peemedebista foi convidado pela presidente Dilma Rousseff para viajar na segunda-feira, 11, no mesmo avião dela para o velório do senador Luiz Henrique (PMDB-SC), morto no último domingo. O gesto de Dilma foi interpretado como uma tentativa de aproximação com Renan, que está em rota de colisão com o Palácio do Planalto nos últimos dias.

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Um aliado do presidente do Senado afirmou ao Broadcast Político que Renan, mesmo não tendo comparecido à comissão, está mais "dócil" com Dilma. Reservadamente, o presidente do Senado tem dito que a Casa não apoiará candidatos que tenham as "digitais do PT" e poderia trabalhar para rejeitar a indicação do indicado ao STF. Nos últimos dias e hoje na sabatina, Fachin tem rebatido as suspeitas de que seria partidário.

O advogado Luiz Edson Fachin abordou, em exposição inicial na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, temas que têm sido foco de resistência à indicação de seu nome ao Supremo Tribunal Federal (STF) como questões de propriedade, família e posicionamento político. O jurista disse "não ter fugido" como professor e acadêmico de debates polêmicos, mas fez uma defesa dos valores da família e da propriedade. "Trago na minha biografia teses e visões de mundo controvertidas, posições às vezes contundentes. Fui intenso, somos sempre nós e a nossa circunstância, não me escondi atrás da palavras, sou quem sou", disse o indicado pela presidente Dilma Rousseff para assumir uma cadeira no STF.

Já no início de sua exposição inicial, Fachin disse defender a vida, a liberdade, a igualdade, a segurança e a propriedade. A ala ruralista do Congresso levantou questionamentos desde a indicação de Fachin sobre artigo publicado pelo jurista a respeito do direito de propriedade que o aproximava do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) - ruralistas vão questioná-lo sobre isso. Fachin citou memórias da "lavoura" e emoções que "se superlativaram durante certo período" de sua vida. Ele disse ter defendido, no entanto, as situações em que há desejo de produzir na terra, dentro da lei. "Sempre fui e sou contra qualquer forma de violência", afirmou.

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Outra polêmica envolvendo seu nome se refere a temas ligados à família, em razão de o jurista, como advogado, ter defendido a extensão de direitos como pagamento de pensão alimentícia a amantes. Na exposição inicial, Fachin fez menção à sua própria família, citando profissão da esposa e das duas filhas. "Ela (minha família) faz parte de mim, de minha trajetória. As questões que envolvem o direito de família estiveram sim em meus estudos. Não fugi de controvérsias nem de debates polêmicos, guardo em mim nada obstante profundo respeito ao ambiente familiar. Quando digo que creio nos valores da família é porque os pratico", defendeu-se, antes de qualquer questionamento.

O fato de Fachin ter declarado apoio à presidente Dilma nas eleições de 2010 também deve ser levantado por senadores de oposição durante a sabatina. Durante exposição na CCJ, Fachin defendeu a liberdade de expressão na democracia e assegurou que irá exercer a função no STF, caso seja aprovado, com independência. "Renovo meu compromisso de julgar com independência, imparcialidade, retidão. Tenho como inafastável a obediência à ordem democrática, garantia dos direitos individuais, interdependência dos poderes do Estado", afirmou o advogado.

O advogado citou Norberto Bobbio e disse que a democracia pressupõe respeito às regras do jogo. "Nessas três décadas, todas as vezes que tive de tomar decisões almejei ter estatura acima de minhas eventuais convicções", disse. O advogado e professor disse compreender a diferença entre o ambiente acadêmico e o da magistratura. "O acadêmico é plural no debate, mas o julgador é um ser imparcial", afirmou.

"Creio no firme respeito às leis e às instituições, creio ser dever do juiz operar por julgamentos objetivos e impessoais. E mais importante, creio no futuro deste País. Creio num País mais justo", completou. O indicado ao STF defendeu a segurança jurídica como "imprescindível" para o desenvolvimento social e urbano.

Emoção

Fachin lembrou sua trajetória de vida e se definiu como um "sobrevivente". "Aqui vos fala um sobrevivente. Emergi desse longo processo de indicação", falou o indicado pela presidente Dilma. Com olhos marejados, se emocionou ao falar dos pais e dos tios e fez uma breve pausa no pronunciamento. "Me orgulho de ter vendido passagens em estação rodoviária, tive desafios desde muito cedo", afirmou.

"Concluo, aqui vos fala um sobrevivente, um homem simples e um professor que advoga soluções pacíficas", completou Fachin. "Mais que sobreviver às vicissitudes do destino que me trouxe aqui, quero viver dignamente para assumir e honrar esse compromisso, antes de tudo porque nele acredito", finalizou.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello defendeu nesta terça-feira (12) a indicação do advogado Luiz Edson Fachin à vaga aberta na Corte com a aposentadoria do ministro Joaquim Barbosa no ano passado.

Segundo Marco Aurélio, Fachin é um pensador do direito, um acadêmico respeitado no Brasil e no mundo, e um grande quadro para o Supremo. Para o ministro, os questionamentos ao nome do advogado são uma tentativa de desqualificar a indicação feita pela presidenta Dilma Rousseff. “O que se põe no horizonte é uma tentativa - e ele será instrumento, se isto ocorrer - de desqualificar o [chefe do] Executivo que o indicou”, avaliou hoje ao chegar para uma conferência sobre liberdade de expressão na Câmara dos Deputados.

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Mesmo com quase duas horas do início da reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, a sabatina do advogado Luiz Fachin só começou há pouco. O início da reunião foi bastante tumultuado com pedidos dos senadores Ricardo Ferraço (PMDB-ES) e Ronaldo Caiado (DEM-GO) para que a indicação fosse suspensa.

Um requerimento do senador Ferraço com esse objetivo foi colocado em votação, mas foi rejeitado com 19 votos contrários ao pedido e sete favoráveis. Pelo menos 25 senadores já se inscreveram para fazer perguntas a Luiz Fachin.

Os senadores decidiram que as respostas serão dadas em separado, e não depois de um bloco de perguntas de vários parlamentares, como é praxe nesse tipo de audiência na CCJ. Os senadores da oposição reclamam da ordem para os questionamentos e reivindicam mais tempo, e não apenas os cinco minutos previstos no regimento do Senado.

Após cerca de uma hora e quarenta minutos de debates sobre questões de ordem levantadas por senadores que se opõem à indicação de Luiz Fachin ao Supremo Tribunal Federal (STF), começou nesta manhã a sabatina do advogado paranaense na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

Desde a indicação do nome do jurista pelo Planalto, há quase um mês, Fachin tem sido alvo de ataques por parte da oposição e de parlamentares do PMDB. O clima de sua sabatina tende a ser marcado por questionamentos sobre suas ligações com movimentos sociais, posicionamento sobre temas ligados a propriedade e a família e por pedidos de explicação sobre o trabalho como procurador do Estado do Paraná em paralelo à atividade de advogado.

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Depois da arguição pelos senadores e da votação na CCJ, o jurista paranaense precisa da maioria dos votos do plenário do Senado. A data da votação no plenário ainda não foi marcada pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), que já sinalizou que pode deixar a decisão final para a próxima semana.

O Planalto e o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, têm acompanhado de perto os desdobramentos da indicação de Fachin. Ontem, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, passou o dia em telefonemas para articular a aprovação do nome do advogado com senadores e integrantes do governo. A presidente Dilma Rousseff, por sua vez, convidou Calheiros a acompanhá-la na viagem para Santa Catarina, onde aconteceu o enterro do senador Luiz Henrique (PMDB). O gesto foi visto como uma tentativa de aproximação do governo com o presidente do Senado, em meio à dificuldade que Fachin pode enfrentar na Casa.

A sabatina é acompanhada por dois secretários do Ministério da Justiça, Flávio Caetano e Gabriel Sampaio; pelo secretário-geral da presidência do STF, Manoel Carlos de Almeida Neto; pelo governador do Paraná, Beto Richa (PSDB); pelo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas; e outras autoridades.

Se aprovado, Fachin irá ocupar a vaga aberta pela aposentadoria de Joaquim Barbosa. O ex-ministro anunciou há um ano que iria deixar a Corte e se aposentou oficialmente no final de julho. A escolha do substituto de Joaquim Barbosa é vista no meio jurídico como uma das mais turbulentas do período recente e foi a mais demorada desde a redemocratização.

Prazo para questionamentos

Após muita discussão, a CCJ rejeitou um pedido para estender o prazo de cinco minutos para que senadores façam questionamentos ao jurista. A decisão foi por 19 votos a sete.

Ao pedir mais tempo para a sabatina, o senador Magno Malta (PR-ES) havia reclamado da demora da presidente para indicar o nome de Fachin. "Se ela (Dilma) levou nove meses para parir, por que nós temos que entregar agora o feto?", questionou. "Isso não é casa de caldo de cana, que fica pronto na hora, é o Senado Federal".

A sabatina estava prevista para começar às 10h, mas parlamentares que têm resistido ao nome de Fachin trouxeram questões de ordem antes mesmo de o jurista entrar na comissão. Além do pedido para estender as perguntas e pedir para que as perguntas fossem feitas individualmente, seguidas da resposta, e não em bloco, também foi apresentado questionamento sobre o exercício de dupla atividade por Fachin. O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) levantou a questão de ordem e foi apoiado pelo líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO). O pedido chegou a ser votado, mas foi rejeitado.

Senadores que têm se manifestado contrariamente à indicação de Luiz Fachin ao Supremo Tribunal Federal (STF) pediram à presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que as perguntas da sabatina possam ser feitas individualmente, seguidas da resposta, e não em bloco. Os parlamentares querem também estender o prazo de cinco minutos para perguntas.

Ao pedir mais tempo para a sabatina, o senador Magno Malta (PR-ES) citou a demora levada pela presidente Dilma Rousseff para indicar o nome de Fachin. "Se ela (Dilma) levou nove meses para parir, por que nós temos que entregar agora o feto?", questionou. "Isso não é casa de caldo de cana, que fica pronto na hora, é o Senado Federal", completou o senador.

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A sabatina estava prevista para começar às 10h, mas até o momento os parlamentares que têm resistido ao nome de Fachin trazem questões de ordem antes mesmo de o jurista entrar na comissão. Além do pedido para estender as perguntas e mudar a forma como será realizada a sabatina, também foi apresentado questionamento sobre o exercício de dupla atividade por Fachin. O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) levantou a questão de ordem e foi apoiado pelo líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO).

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) criticou a demora para iniciar a sabatina. "Temos um dos juristas mais conceituados deste País e estamos vendo que isso virou um debate político e muito interesse da oposição em desgastar o governo. Queria de público pedir desculpas ao professor Fachin", disse a petista. "Não vi um comportamento desse da CCJ em outra oportunidade em que se faziam sabatinas", completou Gleisi.

Antes de Luiz Edson Fachin entrar para a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que acontece nesta manhã, o senador peemedebista Ricardo Ferraço (ES) levantou questão de ordem para questionar o fato de o jurista ter assumido cargo de procurador do Estado do Paraná concomitantemente com o exercício da advocacia. Ferraço tem sido opositor ferrenho da indicação de Fachin à vaga do ex-ministro Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal (STF).

O senador pediu que a presidência da CCJ segurasse a indicação de Fachin pelo não preenchimento dos requisitos constitucionais da indicação, sugerindo que Fachin, a despeito de possuir "notório saber jurídico", não possui reputação ilibada. O presidente da CCJ em exercício, José Pimentel (PT-CE), no entanto, rejeitou o pedido.

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O questionamento antes do início da sabatina é atípico na Casa. Ferraço disse que houve uma "flagrante violação praticada por anos a fio", durante o período em que o advogado exerceu a dupla atividade. "Com base nesta questão de ordem, invoco artigo 101 da Constituição para afirmar que o indicado não preenche os pré-requisitos constitucionais para que seu nome possa ser submetido à CCJ", disse Ferraço.

Plenário

O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), não quis responder se o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), aceitou levar para a votação em plenário o nome de Fachin ainda nesta semana. "Essa é uma boa pergunta", disse ao chegar para a sabatina do indicado ao STF na CCJ.

Nesta segunda-feira, 11, a presidente Dilma Rousseff teria feito um último aceno para diminuir a resistência que Renan tem demonstrado em relação ao nome de Fachin. Os dois conversaram durante a viagem a Santa Catarina, onde participaram do enterro do senador Luiz Henrique da Silveira, morto no último domingo.

Após a sabatina, líderes do governo devem pedir urgência para que a votação do nome indicado para o STF aconteça nesta terça ou quarta-feira. Renan, no entanto, tem sinalizado que vai levar o tema à plenário somente na próxima semana.

Indicado para ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o jurista Luiz Edson Fachin já chegou ao Senado para participar na manhã desta terça-feira, 12, de sabatina na Comissão de Constituição e Justiça da Casa (CCJ). Ele chegou acompanhado pela mulher e assessores. Fachin foi abordado pela reportagem, que o questionou quanto à expectativa diante da sabatina, mas Fachin, sorridente, preferiu não se pronunciar. "Com todo prazer nos falamos depois", disse.

Fachin foi recebido por assessores da CCJ e levado para uma sala ao lado de onde ocorrerá a sabatina. A sala da CCJ só será aberta às 9 horas, mas já há uma fila de jornalistas, assessores e cidadãos em geral aguardando a abertura do local.

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A sabatina está marcada para as 10 horas e, como a sala é pequena, um outro espaço com telão foi providenciado para os interessados em acompanhar a sessão.

Luiz Edson Fachin recebeu na segunda-feira, 11, um líder de partido da base aliada - que pede para não ter o nome revelado. Entre as questões tratadas com o advogado estava um artigo publicado em 1986 sobre a reforma agrária no Brasil.

Fachin sinalizou que adotará o discurso de que o contexto social da época era um e que hoje, é outro. Também foram passadas respostas sobre legalização do aborto e maioridade penal. Sobre o primeiro item, o advogado afirmou que, "como cristão", se posicionará contra. Em relação à redução da maioridade, a tendência é ele mostrar prós e contras e ressaltar que a decisão cabe ao Congresso.

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Fachin foi orientado a dar respostas curtas, sem precisar citar a legislação ligada ao tema. Na saída da reunião, abordado pela reportagem, o jurista falou resumidamente sobre os temas polêmicos a que deverá responder na sabatina. "Vamos enfrentá-los."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Indicado para ocupar uma das cadeiras no Supremo Tribunal Federal, o jurista Luiz Edson Fachin começou uma campanha nas redes sociais para diminuir a rejeição que seu nome tem enfrentado. Nos últimos dias, além de páginas no Twitter e no Facebook, ele lançou um site e um canal no YouTube, por meio de parentes e amigos, para rebater acusações e receber manifestações de apoio. Batizado de "#FachinSim", o movimento faz uma contraposição a uma série de postagens na internet que usam a hashtag "#FachinNão" para criticá-lo.

Indicado pela presidente Dilma Rousseff para a vaga no Supremo em 14 de abril, Fachin será sabatinado nesta terça-feira (12) pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Seu nome, no entanto, deve ser levado a plenário somente na próxima semana.

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Em atrito com o governo, o presidente do Senado, Renan Calheiros, não tem mostrado simpatia pela escolha da petista e deve adiar a votação secreta em plenário a fim de aumentar a pressão sobre o Planalto.

Família

Dos quatro vídeos já postados no YouTube, dois deles tentam desmistificar a ideia de que o jurista tem posições contrárias à família. O tema tem sido explorado por setores mais conservadores, que veem uma defesa da poligamia em casos que Fachin atuou como advogado. "É evidente que no Direito brasileiro não há lugar para o reconhecimento da poligamia", diz o jurista numa das gravações. "Não sou a favor da poligamia. Não defendo nenhuma desestruturação da família", completa o jurista.

Pareceres

Em outro vídeo Fachin se defende da acusação de que seria ilegal ter atuado como advogado enquanto ocupava o cargo de procurador do Estado do Paraná, entre 1990 e 2006.

Na semana passada, uma verdadeira guerra de pareceres sobre o tema se instalou no Senado. A pedido do senador peemedebista Ricardo Ferraço (ES), que havia levantado a questão durante uma reunião da CCJ, um consultor técnico da Casa emitiu relatório dizendo que a dupla atividade do jurista "violava o ordenamento legal".

Outra nota técnica, desta vez encomendada pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR), defendia que há amparo legal para a postura de Fachin. Um site também foi criado para que as pessoas mandem e-mails aos senadores manifestando apoio ao nome de Fachin, já que, nas últimas semanas, parlamentares têm relatado que suas caixas de e-mail lotam de mensagens pedindo para que votem contra a aprovação do nome do jurista.

Único senador tucano a apoiar publicamente o nome de Fachin, Álvaro Dias conta que nunca foi tão criticado nas redes sociais. Apesar de estar fazendo campanha pelo jurista porque Fachin, embora seja gaúcho, fez carreira no Paraná - o mesmo Estado do tucano -, ele diz não se arrepender e tem visto o momento como uma oportunidade de voltar a ter uma atuação mais de centro-esquerda. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, saiu em defesa na tarde desta quinta-feira, 07, do advogado Luiz Edson Fachin, indicado pela presidente Dilma Rousseff para assumir uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF). Fachin tem enfrentado focos de resistência no Senado, que irá sabatiná-lo na próxima semana e precisa aprovar seu nome para a Suprema Corte. "Eu não vejo por que o Senado deva rejeitar um nome com essa envergadura, com essa aceitação, com essa produção acadêmica inegável e festejada no Brasil e fora do Brasil", afirmou o ministro.

Cardozo disse que Fachin conseguirá prestar esclarecimentos "com tranquilidade" durante a sabatina sobre o exercício de dupla atividade no Paraná, durante o período em que manteve trabalho como advogado e exerceu cargo de procurador do Estado. Uma nota técnica elaborada por consultor legislativo do Senado nesta manhã, a pedido do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), aponta que ocupar os dois cargos "viola o ordenamento legal".

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Para o ministro da Justiça, pode existir uma discussão jurídica sobre o tema, mas Fachin se cercou de "todas as cautelas" ao assumir a função. "Ele já tinha me informado dessa situação", disse Cardozo. O ministro relatou que Fachin afirmou que, quando prestou o concurso para procurador do Estado, o edital da prova mencionava a possibilidade de continuar exercendo a advocacia. Tanto o advogado paranaense como os demais candidatos, segundo Cardozo, questionaram o procurador-geral do Estado na época, que teria confirmado a possibilidade do exercício das duas funções.

"Não existe uma situação que absolutamente o desabone em nada no exercício funcional. Pode até ter discussão jurídica, agora que é uma pessoa que agiu com todas as cautelas, que agiu dentro da mais absoluta lisura ao longo de sua vida profissional não se pode ter nenhuma dúvida", afirmou Cardozo.

Cardozo disse estar "absolutamente confiante" na aprovação do nome do advogado. "Eu não creio que um homem da envergadura do professor Fachin, com o currículo que tem, com o apoio que tem de toda a comunidade jurídica, vá ser rejeitado. Eu tenho visto juristas de diversas colorações intelectuais apoiarem o ministro Fachin", disse Cardozo.

Fachin é o último nome a ser indicado pela presidente Dilma Rousseff ao Supremo Tribunal Federal (STF). Com a aprovação da PEC da Bengala nesta semana na Câmara dos Deputados, a presidente perdeu a chance de indicar mais cinco ministros para a Corte. Cardozo evitou comentar se a decisão do Congresso foi uma retaliação ao governo. "O Congresso Nacional é soberano para decidir e, portanto, se o Congresso decidiu que a Constituição deveria ser modificada, teve suas razões e elas devem ser respeitadas", desconversou.

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