Tópicos | orçamento impositivo

O presidente da República, Jair Bolsonaro, não considerou uma derrota a aprovação ontem (28) à noite, na Câmara dos Deputados, da proposta de emenda constitucional (PEC) do Orçamento Impositivo, informou o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorezoni.

“Conversei de manhã com o presidente, que não está considerando derrota nenhuma. É uma vitória, uma reafirmação da autonomia e da independência do Parlamento brasileiro”, disse o ministro, após participar de almoço na sede da Igreja Sara Nossa Terra, em Brasília.

##RECOMENDA##

A PEC, aprovada ontem com 448 votos em 1º turno e 453 votos em 2º turno (do total de 513 deputados), ainda deve tramitar no Senado Federal. Se aprovada na segunda casa legislativa, o governo federal será obrigado a liberar a verba de emendas parlamentares para ações previstas na Lei de Orçamento Anual, conforme inscrito nas emendas coletivas de bancada.

A perspectiva é de que a decisão diminua o percentual da parte discricionária do governo federal (livre de previsão legal), hoje em torno de 7%, no Orçamento Geral da União.

Onyx Lorenzoni lembrou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, já defendeu publicamente que o Congresso Nacional seja responsável por todo o orçamento federal. “O ministro fala de maneira reiterada que seria bom para o país fazer a completa liberação a cada ano, como é em vários parlamentos do mundo”, salientou.

“Essa é uma tendência natural de evolução das coisas no Brasil. O passo que foi dado é um passo que o Poder Executivo só pode respeitar. Cabe ao Congresso definir em áreas, com que intensidade, o Poder Executivo deve executar”, completou.

Os Presidentes das Repúblicas precisam da governabilidade para administrar seus países. No Parlamentarismo, outro modelo de gestão governamental, o primeiro-ministro também precisa da mesma capacidade para exercer as suas funções. A capacidade de governabilidade é uma premissa necessária para a tomada de decisões em ambos os modelos de governos.

Em ambos os sistemas de governo as decisões do presidente da República e do primeiro-ministro dependem, obrigatoriamente, do aval da maioria do Parlamento. Caso este apoio não exista, as decisões não são tomadas e como consequência, o governo adquire paralisia decisória e, com o tempo, não irá mais governar. É exatamente a manutenção da governabilidade que possibilita o exercício do comando.

O Brasil é uma república presidencialista. Aqui, o presidente é o líder das ações do Poder Executivo. Mas, para exercer esta liderança é necessário ter o aval da maioria do Congresso Nacional, apenas assim ele conseguirá implementar a maioria das suas ações. É pensando nisto que os governos constroem coalizões partidárias, que possibilitam a governabilidade e o exercício do poder. Sem essas alianças seria impossível governar.

Em qualquer período presidencial observamos inquietações parlamentares que podem proporcionar crises entre Congresso e presidente da República. É comum no presidencialismo brasileiro que os parlamentares solicitem ao presidente recursos para os seus estados através de emendas.

As negociações entre presidente e parlamentares fazem parte da atividade regular de repúblicas presidencialistas e é uma dinâmica do exercício da governabilidade. Condenar a negociação entre parlamentares e presidente da República representa demonstrar um total desconhecimento quanto às características dos mecanismos do presidencialismo.    

Recentemente, o Parlamento brasileiro aprovou o Orçamento Impositivo. Com isto, o presidente da República ficará obrigado a “pagar” as emendas parlamentares apresentadas ao Poder Executivo. O Orçamento Impositivo proporcionará independência do Parlamento em relação ao Poder Executivo.

Neste caso, o exercício do diálogo por parte do parlamentar com o presidente da República não será, aparentemente, necessário. Diante desta hipótese, cabe perguntarmos: se o diálogo não será mais necessário, de que modo o presidente da República negociará com o Congresso Nacional e adquirir condições para tomar decisões?

As emendas parlamentares incentivavam o diálogo entre presidente da República e parlamentares. Quando o presidente desejava aprovar algo no Parlamento, prometia ao parlamentar a liberação de emendas e o parlamentar, geralmente, aceitava após um intenso diálogo. O Orçamento Impositivo exclui o incentivo a esta conversação.

Entretanto, se não houver diálogo, como os presidentes construirão a governabilidade com o Parlamento? Isto, só o tempo revelará.  

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 86 - promulgada pelo Congresso Nacional na última terça-feira (17) foi vista pelo líder do PSB na Câmara, deputado Fernando Filho, como uma vitória no Parlamento. A proposta, conhecida como PEC do Orçamento, torna impositiva a execução das emendas individuais dos parlamentares ao Orçamento da União. 

O texto proveniente da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 358/13 também torna obrigatória à execução de emendas individuais à lei orçamentária até o limite de 1,2% da receita corrente líquida (RCL) realizada no ano anterior. Desse total, 50%, ou seja, 0,6% da RCL terão de ser aplicados na área de saúde. 

##RECOMENDA##

Segundo Fernando Filho com a promulgação da PEC o parlamento possuirá mais independência. “O orçamento impositivo era uma luta, um anseio de muitas legislaturas. Foi proposta de campanha de diversos presidentes da Casa e o Parlamento marca um ponto importante com a concretização desta matéria hoje. Não só da sua altivez, mas também do trabalho em si, chegando aos municípios e aos estados”, afirmou o socialista. 

O texto aprovado pelos deputados manteve a redação dos senadores, que incluiu a destinação de parte dos recursos das emendas ao setor de saúde. O montante poderá ser usado inclusive no custeio do Sistema Único de Saúde (SUS), mas não poderá servir para o pagamento de pessoal ou de encargos sociais. O texto também contém regras sobre aplicação mínima de recursos da União em saúde.

Atualmente, somente estados e municípios têm percentuais obrigatórios para destinação de recursos à saúde (12% e 15%, respectivamente). Esses percentuais foram definidos pela lei que regulamentou a Emenda Constitucional 29. Agora, a PEC do Orçamento Impositivo estabelece percentuais obrigatórios também para a União.

O Congresso Nacional promulgou, nesta terça-feira (17), a Emenda Constitucional 86, que obriga o governo a pagar as emendas que os deputados e senadores incluem no Orçamento para obras e serviços em suas bases eleitorais.

Pelo texto, fica reservado 1,2 % da receita corrente líquida do ano anterior para as emendas parlamentares, só que metade desse valor deve ser aplicado na saúde. Esse montante poderá ser usado inclusive no custeio do Sistema Único de Saúde (SUS), mas não poderá servir para o pagamento de pessoal ou de encargos sociais.

##RECOMENDA##

Atualmente, o governo federal decide quando e quanto liberar das emendas parlamentares ao Orçamento. A prática tem levado a denúncias de uma suposta troca de favores entre governo e aliados no Congresso, para que as emendas sejam liberadas.

A matéria é proveniente da chamada PEC do orçamento impositivo. Ela foi aprovada pelo Senado em novembro do ano passado e pela Câmara, em fevereiro. A votação da proposta foi um dos compromissos assumidos pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), logo após assumir o cargo.

 

O Congresso Nacional irá promulgar, nesta terça-feira (16), a Emenda Constitucional 86, que obriga o governo a pagar as emendas que os deputados e senadores incluem no Orçamento para obras e serviços em suas bases eleitorais. A sessão está marcada para as 12h, no plenário do Senado.

Pelo texto, fica reservado 1,2 % da receita corrente líquida do ano anterior para as emendas parlamentares, só que metade desse valor deve ser aplicado na saúde. Esse montante poderá ser usado inclusive no custeio do Sistema Único de Saúde (SUS), mas não poderá servir para o pagamento de pessoal ou de encargos sociais.

##RECOMENDA##

Atualmente, o governo federal decide quando e quanto liberar das emendas parlamentares ao Orçamento. A prática tem levado a denúncias de uma suposta troca de favores entre governo e aliados no Congresso, para que as emendas sejam liberadas.

A matéria é proveniente da chamada PEC do orçamento impositivo. Ela foi aprovada pelo Senado em novembro do ano passado e pela Câmara, em fevereiro. A votação da proposta foi um dos compromissos assumidos pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), logo após assumir o cargo.

 

A Câmara dos Deputados aprovou, nessa terça-feira (10), em segundo turno, a proposta de emenda à Constituição 358/13, conhecida como PEC do orçamento impositivo. Como já passou pelo Senado, a matéria segue agora para a promulgação das mesas das duas Casas.

O texto foi aprovado sem qualquer modificação. Houve a apresentação de um destaque que pretendia excluir do texto da proposta a progressividade do aumento de recursos destinados ao setor de saúde, estabelecido pela PEC em 15% da RCL no quinto ano. Mas o dispositivo do Psol foi rejeitado pelo plenário.

##RECOMENDA##

A PEC recebeu 452 votos a favor e 18 contrários. Houve apenas uma abstenção. Vinte e dois deputados pernambucanos estavam presentes na sessão e todos aprovaram a proposta. Apenas André de Paula (PSD), Augusto Coutinho (SD) e Sílvio Costa (PSC) não registraram presença no plenário.

A proposta obriga o governo a pagar as emendas que os deputados e senadores incluem no Orçamento para obras e serviços em suas bases eleitorais. Fica reservado 1,2 % da receita corrente líquida do ano anterior para as emendas parlamentares, só que metade desse valor deve ser aplicado na saúde. Esse montante poderá ser usado inclusive no custeio do Sistema Único de Saúde (SUS), mas não poderá servir para o pagamento de pessoal ou de encargos sociais.

A votação da PEC foi um compromisso assumido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-AL), que comemorou a aprovação do texto. "Isso acaba com uma prática, que vai ser enterrada a partir de agora, que é a prática de os parlamentares ficarem reféns de liberação de emendas", frisou.

 

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Sibá Machado (AC), disse nesta terça-feira (10) que a bancada do partido concorda em votar, em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 358/2013, do Orçamento Impositivo.

No entanto, o partido condiciona o apoio à manutenção do texto aprovado no final do ano passado, destacou o parlamentar. “Se tiver acordo a gente vota”, resumiu Sibá pouco antes de entrar na reunião de líderes que definirá a pauta de votações da semana.

##RECOMENDA##

O PT defende o texto de origem do Senado, votado em primeiro turno, em 16 de dezembro do ano passado. A proposta obriga o governo a executar as emendas parlamentares aprovadas pelo Congresso para o orçamento anual. De acordo com o texto, as emendas parlamentares devem ser executadas até o limite percentual de 1,2% da Receita Corrente Líquida (RCL) da União. Metade deste valor deve, obrigatoriamente, ser destinado a "ações e serviços públicos de saúde”.

Sibá ressaltou que qualquer mudança no texto acordado complicará o apoio do partido. “A bancada do PT tem sérias restrições à mudança desse texto”.

A votação do Orçamento Impositivo foi uma das promessas de campanha do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que chegou a convocar, na noite dessa segunda (9), uma sessão extraordinária para tentar votar a proposta, mas que foi adiada por falta de quorum.

Com sessões extraordinárias marcadas para esta segunda-feira (9), a Câmara dos Deputados pode votar, em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição 358/13, a chamada PEC do Orçamento Impositivo.

A proposta foi aprovada em primeiro turno no dia 16 de dezembro. Como ainda não havia completado o prazo regimental de cinco sessões ordinárias entre as duas votações, a PEC não pôde votada na semana passada.

##RECOMENDA##

A proposta obriga o governo a pagar as emendas que os deputados e senadores incluem no Orçamento para obras e serviços em suas bases eleitorais. Fica reservado 1,2 % da receita corrente líquida do ano anterior para as emendas parlamentares, só que metade desse valor deve ser aplicado na saúde. Esse montante poderá ser usado inclusive no custeio do Sistema Único de Saúde (SUS), mas não poderá servir para o pagamento de pessoal ou de encargos sociais.

Na agenda da semana, há sessões deliberativas marcadas até quarta-feira (11).

 

A Câmara dos Deputados irá votar, em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição do Orçamento Impositivo (PEC 358/13) na segunda-feira (9). A sessão extraordinária do plenário foi marcada pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para quem a matéria é prioridade.

A proposta foi aprovada em primeiro turno no dia 16 de dezembro. Como ainda não havia completado o prazo regimental de cinco sessões ordinárias entre as duas votações, a PEC não pôde votada essa semana.

##RECOMENDA##

A proposta obriga o governo a pagar as emendas que os deputados e senadores incluem no Orçamento para obras e serviços em suas bases eleitorais. Fica reservado 1,2 % da receita corrente líquida do ano anterior para as emendas parlamentares, só que metade desse valor deve ser aplicado na saúde. Esse montante poderá ser usado inclusive no custeio do Sistema Único de Saúde (SUS), mas não poderá servir para o pagamento de pessoal ou de encargos sociais.

 

Isolada na Câmara dos Deputados, parte da bancada do PT se reuniu na manhã desta terça-feira, 3, para discutir a estratégia de atuação após a eleição de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presidência da Casa. Os petistas decidiram bater de frente com o presidente e querem esperar o fim do prazo regimental para votar o segundo turno Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Orçamento Impositivo, matéria prioritária do peemedebista em início de gestão.

"É melhor trabalhar o Orçamento, que é mais urgente", disse o deputado Sibá Machado (AC), candidato a líder da bancada. O atual líder, Vicentinho (SP), deixou o encontro afirmando que os petistas não aceitarão acordo para concluir antecipadamente a votação da PEC. "Vamos fazer valer o regimento", avisou. O regimento interno impõe cinco sessões ordinárias de prazo para votar o segundo turno de uma PEC. Como se passou apenas uma sessão, só na próxima semana seria possível votar o Orçamento Impositivo.

##RECOMENDA##

No encontro da coordenação, também foi discutido a retomada do protagonismo da bancada independentemente da pauta do governo. Os petistas querem trazer de volta à discussão na Casa as bandeiras históricas do partido, entre eles o financiamento de campanha eleitoral. "Os temas que a bancada gostaria de colocar na roda, vai colocar. Esse é o protagonismo da bancada", explicou Sibá.

Enquanto o governo decide sobre seu novo líder na Casa, a bancada se reunirá amanhã para escolher o líder do PT e deliberar sobre as comissões prioritárias para o partido. O bloco liderado pela sigla terá direito a sete comissões, mas só poderá escolher a partir da quarta rodada. "Será o que sobrar das escolhas", resumiu o deputado Vicente Cândido (PT-SP). Entre as possibilidades avaliadas estão a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, Educação e Finanças e Tributação.

Os petistas dizem que o isolamento da bancada obrigará o PT a ter uma nova postura na Casa. "A conjuntura é complexa e precisa de desprendimento", defendeu Vicente Cândido. "Do ponto de vista institucional, está posto o isolamento, não vamos fingir. Não estamos na mesa diretora até por uma decisão nossa de formar bloco", comentou Sibá.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), considera página virada a disputa que travou com o PT e o Planalto ao longo do processo de eleição para comandar a Mesa Diretora da Casa, mas declarou que vai colocar em votação nesta terça-feira (3) o Orçamento impositivo - uma pauta sem adesão do governo.

Depois da acirrada disputa pela presidência da Câmara, o senhor acha que o PMDB e o PT devem continuar como parceiros na próxima eleição presidencial?

##RECOMENDA##

Isso é uma coisa partidária. Eu, como presidente da Câmara, não posso falar sobre isso. Seria passar por cima da posição partidária. Isso é uma coisa que o partido vai ter que responder no seu devido tempo e na sua devida forma.

Mas o governo trabalhou na campanha do Arlindo Chinaglia (PT-SP). No discurso, o senhor citou essa interferência.

Eu fui muito claro quando me perguntaram sobre isso. E a Casa já respondeu.

Na avaliação do senhor, onde o governo errou ao interferir no processo da disputa pela presidência da Câmara?

Errado é a interferência de um poder no outro. Eu reclamei.

Ficarão sequelas da eleição?

Eu tenho que tratar das questões que cabem ao presidente do Poder. Eu não vou passar no exercício da presidência da Câmara qualquer tipo de resquício que seja gerado pela disputa. E agora, o que houver de sequela já é problema partidário.

Qual é o primeiro passo de sua pauta de votação na Câmara?

Amanhã (hoje), nós vamos votar o Orçamento impositivo. Vou pôr para votar. Se houver acordo, vai votar.

Não é o primeiro confronto? O governo não quer essa votação.

O texto da emenda constitucional que será votado foi aprovado pelo governo. Não teve contestação. Pode votar com tranquilidade. Se não der, cada um vota do que jeito que lhe convier.

Como o senhor viu a inferência do governo para fortalecer, por exemplo, o PSD do ministro Gilberto Kassab em prejuízo do PMDB?

Eu não falo pelo PMDB. Quem tem que falar é o Michel Temer (vice-presidente da República e presidente do PMDB).

A presidente Dilma Rousseff ligou para o senhor na segunda-feira. Foi um sinal de início do diálogo do Planalto com o senhor?

Ela ligou para me cumprimentar. Só isso.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A pauta da próxima sessão deliberativa da Câmara ainda não foi definida, mas o novo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), eleito neste domingo (1º), já adiantou que pretende colocar a proposta de emenda à Constituição do orçamento impositivo (PEC 358/13) para votação em segundo turno já nesta terça-feira (3).

O deputado também disse que a reforma política e o pacto federativo serão prioridades na Casa neste ano legislativo. Apesar de não ter tido apoio do governo para a eleição na Câmara, Cunha garantiu que não haverá problemas na relação com o Palácio do Planalto. “O governo tem direito à governabilidade, e o fato de colocarmos em pauta matérias que são anseio da Casa não significa que estaremos indo contra essa governabilidade”, frisou.

##RECOMENDA##

Eduardo Cunha foi eleito para a Presidência da Câmara dos Deputados neste domingo (1º). O peemedebista exercerá o cargo no biênio 2015-2016. Ele foi eleito com 267 votos, a maioria absoluta dos votantes (513). O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) foi o segundo mais votado, com 136 votos. Júlio Delgado (PSB-MG) contou com 100 votos e Chico Alencar (Psol-RJ) teve 8 votos. Houve dois votos em branco.

Matéria
A Câmara dos aprovou a PEC do Orçamento Impositivo em primeiro turno, em dezembro de 2014. A proposta destina 1,2% da Receita Corrente Líquida (RCL) da União para a execução das emendas, programações que são fundamentais para que deputados e senadores abasteçam seus redutos eleitorais com recursos.

Pelas regras em vigor, o governo é obrigado a executar R$ 6,9 bilhões em emendas. Para este ano, o previsto é que R$ 9,7 bilhões estejam amarrados às programações dos parlamentares.

A inclusão definitiva no texto constitucional do chamado orçamento impositivo é uma das pendências do Congresso Nacional para este ano. Prevista na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 358/13, a medida obriga o governo federal a pagar as emendas individuais sugeridas por deputados e senadores ao orçamento da União.

Essas emendas são um mecanismo utilizado por parlamentares para destinar parte do que é arrecadado pelo Executivo diretamente para obras e outras ações nos seus estados de origem. O valor total dessas emendas, segundo a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2015 (LDO – 13.080/15), sancionada pela presidente Dilma Rousseff no último dia 5, soma R$ 9,7 bilhões, ou seja, cerca de R$ 16 milhões por parlamentar.

##RECOMENDA##

Após retornar do Senado, a PEC 358/13 já foi aprovada em 1º turno pelo Plenário da Câmara, mas ainda precisa de mais uma rodada de votação na Casa antes de ser promulgada. O impasse decorre de alterações promovidas pelos senadores. Conforme o texto, será obrigatória a execução das emendas individuais ao orçamento até o limite de 1,2% da receita corrente líquida (RCL) da União realizada no ano anterior. A versão anterior aprovada na Câmara definia o limite em 1%.

Contingenciamento

Para o deputado Esperidião Amin (PP-SC), a impossibilidade de que em tempo de crise esses recursos venham a ser contingenciados (bloqueados) pelo governo é um ponto negativo da proposta.

“Isso torna as emendas parlamentares incondicionalmente impositivas. Defendo que, em caso de dificuldade financeira do governo, haja contingenciamento equânime, igual, tanto para as despesas voluntárias do Executivo, quanto para as emendas parlamentares”, disse Amin.

Financiamento da saúde

Segundo o relator da PEC na comissão especial que analisou a matéria, deputado Edio Lopes (PMDB-RR), os pontos mais polêmicos que inviabilizaram a aprovação da proposta em 2º turno no Plenário estão relacionados a novas regras para o financiamento da saúde.

Isso porque os senadores aproveitaram a PEC 358/13 para incluir na Constituição regras específicas para o financiamento público da saúde. O texto prevê uma ampliação progressiva dos recursos aplicados pelo governo federal no setor nos cinco anos seguintes ao da promulgação da emenda constitucional, alcançando, ao final, 15% da receita corrente líquida da União.

Além disso, a PEC fixa que metade dos recursos das emendas individuais sejam direcionados à área da saúde, incluindo o custeio do Sistema Único de Saúde (SUS), mas deixando de fora o pagamento de pessoal e de encargos sociais. O texto ainda possibilita que o Executivo contabilize os 50% destinados por emendas parlamentares para a saúde no percentual mínimo que a União deve aplicar por ano no setor.

Oposição

Partidos de oposição, como o DEM, apresentaram destaques à PEC e defenderam a retirada das novas regras sobre financiamento da saúde. Segundo eles, propostas como a do movimento Saúde+10, que destina 10% das receitas correntes brutas da União (18,7% da RCL) à saúde, são melhores para o setor. A oposição também questiona a fixação dos percentuais na Constituição, cuja alteração exige um processo legislativo mais complicado.

“O que ocorreu é que o DEM fez destaques retirando, suprimindo, as alterações produzidas pelo Senado no que se refere ao financiamento público de saúde. Por isso, não foi possível acordo para votar em 2º turno,” disse Lopes.

O vice-líder do PT deputado José Guimarães (CE) também culpou os partidos contrários ao governo, que, segundo ele, não aceitaram o acordo proposto pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, para a conclusão da votação da PEC. “Eles se negaram a prestar esse serviço à Câmara e ao Congresso. A culpa é exclusivamente da oposição, em especial do líder Ronaldo Caiado (DEM-GO), que dificultou e não aceitou o acordo proposto.”

Para Guimarães, perde o Congresso e perdem os pequenos municípios, que são os principais beneficiados pelas emendas parlamentares.

*Com informações da Agência Câmara 

A Câmara dos Deputados aprovou há pouco, em primeiro turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que torna obrigatório o pagamento de emendas parlamentares, o chamado Orçamento Impositivo. Apesar de um acordo costurado entre base e oposição ter feito com que o texto avalizado fosse o do Senado, para tentar viabilizar a promulgação da PEC ainda neste ano, o PSOL e o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) não concordaram com a quebra de prazos regimentais. Se esse entendimento for mantido, o Orçamento Impositivo não será votado em segundo turno nesta legislatura e, consequentemente, só voltará para a pauta em 2015. Embora tenha aceitado um acordo para votar a PEC, o Palácio do Planalto tem resistência ao tema e é beneficiado pelo adiamento.

Sob o argumento de que é preciso acabar com a barganha do Executivo com o Legislativo, o chamado Orçamento Impositivo destina 1,2% da Receita Corrente Líquida (RCL) da União para a execução das emendas, programações que são fundamentais para que deputados e senadores abasteçam seus redutos eleitorais com recursos.

##RECOMENDA##

Esse dispositivo já está em vigor neste ano via Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), mas os parlamentares, liderados pelo presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), querem inseri-lo na Constituição. Pelas regras em vigor, o governo é obrigado a executar R$ 6,9 bilhões em emendas. Para o ano que vem, o previsto é que R$ 9,7 bilhões estejam amarrados às programações dos parlamentares.

Caiado, no entanto, não aceitou que fosse mantida a redação do Senado. Isso porque a bancada da saúde se queixa que o acordo acertado pelo Palácio do Planalto com os senadores significaria uma perda bilionária para a área, que passaria a ter como investimento mínimo 15% da Receita Corrente Líquida (RCL) da União.

O governo incluiu esse piso para permitir que metade das emendas obrigatórias fosse alocada na saúde e que esse valor pudesse ser contabilizado na hora de calcular os aportes mínimos devidos pela administração pública federal. Para os opositores do acordo, o governo quer fazer "cortesia com o chapéu alheio".

Com a pauta trancada pelo projeto de lei sobre biodiversidade, o plenário da Câmara dos Deputados poderá votar apenas alguns tipos de propostas em sessões extraordinárias. Uma delas é a PEC do orçamento impositivo.

Os deputados deverão dar início à deliberação dos  destaques apresentados, em primeiro turno, ao substitutivo do texto original. De acordo com a matéria, a União será obrigada a executar as emendas parlamentares individuais ao orçamento até o limite de 1,2% da receita corrente líquida (RCL) realizada no ano anterior.

##RECOMENDA##

Um dos destaques propõe retirar do texto vindo do Senado a definição do mínimo de recursos que a União deverá aplicar anualmente em saúde. Esse mínimo foi fixado em 13,2% da receita corrente líquida para o ano seguinte ao da promulgação, com aumento sucessivo até chegar a 15% depois de cinco anos.

Atualmente, de acordo com a Constituição, a União deve gastar o que foi empenhado no ano anterior mais a variação nominal do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores.

Outras matérias
Também aguardam votação a PEC que fixa novas regras para incidência do ICMS nas vendas de produtos pela internet ou por telefone; o projeto de lei que aumenta a jornada diária dos motoristas; e o projeto de lei que estabelece a carga horária de 30 horas semanais para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem; entre outras matérias em pauta.

O tom da reunião entre o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Ricardo Berzoini, e líderes da base aliada na Câmara reproduziu o esforço que o governo vem fazendo nas últimas semanas. O recado é para que governistas tentem segurar votações em plenário de matérias que causem impacto nas contas públicas.

“O governo não tem condições de mexer agora no orçamento. A orientação foi segurar para não aumentar despesas. A redução da meta é bem-vinda”, disse Nelson Marquezelli (PTB-SP). Ele defende um avanço nas negociações para votar o Projeto de Lei 7.735/14, que estabelece regras de acesso ao patrimônio genético brasileiro e tranca a pauta do plenário por tramitar em regime de urgência.

##RECOMENDA##

Líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS) salientou que a prioridade é tentar um consenso entre aliados para priorizar a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que aumenta de 23,5% para 24,5% o repasse de recursos da União para o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Fontana também pedirá prioridade para a matéria ao presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), antes da reunião do Colégio de Líderes, marcada para 16h. Neste mesmo encontro, o governo tentará conseguir mais tempo  para votar a PEC do Orçamento Impositivo.

“Queremos mais uma semana de negociação para os destaques, com previsão de dois aumentos de investimento em saúde. Um foi negociado no Senado, com a participação do governo, enquanto o outro é da oposição, que reivindica aumento ainda maior para a área. Todos queremos o maior possível, mas isso de ser feito passo a passo, de acordo com a possibilidade real”, explicou o líder.

Semana passada, o governo intensificou os esforços para amenizar as tensões com o Congresso. O primeiro a se reunir com o presidente da Câmara para evitar a votação de matérias que gerem despesas foi o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Ele pediu cautela e informações sobre o que será votado. Dias depois, o ministro Berzoini assumiu a missão.

Enquanto os ministros negociam, as lideranças governistas descartam preocupação ou movimentação pela disputa da presidência da Câmara. No Planalto, a mensagem é de tranquilidade. Berzoini não acredita que este seja o momento de se dedicar à disputa. No Congresso, o líder Henrique Fontana tem o mesmo sentimento. O assunto ainda é precoce para ser cristalizado. É natural uma candidatura posta, que é a do Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Outras surgirão. É cedo para dizer quais serão", afirmou.

Henrique Eduardo Alves deixa o cargo em fevereiro. A escolha do novo presidente ocorrerá com a base aliada insatisfeita. Antes das eleições, os insatisfeitos começaram a se manifestar contra propostas definidas como prioritárias pelo Planalto. Recentemente, reclamaram das alianças com adversários em alguns estados.

Tradicionalmente, o cargo é ocupado pelo partido de maior bancada. Por isso, nos últimos anos o revezamento ficou entre PT e PMDB. Líder do PMDB na Câmara, o deputado Eduardo Cunha é um dos nomes cotados para disputar a presidência na próxima legislatura.

Cunha lidera um grupo informal denominado blocão. É formado por parlamentares aliados, mas insatisfeitos com as relações com o governo. Nas últimas semanas, o peemedebista tentou apoio à candidatura e à formação de bloco com maior independência em relação às votações da Câmara. Hoje (4), ele terá novo encontro para tratar da pauta  e da campanha. "Para ser candidato temos de construir uma candidatura. Vou tentar isso com o máximo de partidos possíveis. Não adianta ter vontade de ser e a Casa não querer”, ressaltou.

O líder peemedebista participará do jantar que o vice-presidente da República, Michel Temer, oferecerá hoje à noite, no Palácio Jaburu, a deputados, senadores, ministros e dirigentes do PMDB. Pela manhã, assinalou que não está preocupado com reações do governo à sua candidatura. Acrescentou não acreditar que Temer utilize o jantar para tentar sua desistência. "Nossa relação não ficará abalada. Temos uma ligação de muitos anos. Perderá quem apostar que sairemos do processo brigados", concluiu.

O líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), afirmou que vai propor prioridade para a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 426/14, que aumenta os repasses para o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), durante a reunião dos líderes nesta terça-feira (4). A afirmação foi feita após Fontana se reunir, no Palácio do Planalto, com o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini.

De acordo com a PEC, do Senado, os repasses da União ao FPM aumentariam de 23,5% para 24,5%, sendo 0,5% no primeiro ano em que a emenda constitucional gerar efeitos e 0,5% no ano seguinte. “Vamos sugerir ao presidente da Casa que esta PEC tenha prioridade nesta semana”, informou o deputado. 

##RECOMENDA##

Orçamento Impositivo

Fontana também vai pedir aos parlamentares mais tempo para discutir a chamada PEC do Orçamento Impositivo (Proposta de Emenda à Constituição 358/13, do Senado), que obriga o governo federal a pagar emendas individuais de deputados e senadores até o limite de 1,2% da Receita Corrente Líquida (RCL) da União. Ainda precisam ser votados os destaques da proposta em 1º turno.

O impasse em torno do orçamento impositivo está relacionado à parte incluída pelo Senado que obriga a União a destinar no mínimo 15% da RCL para a saúde em 2018. Partidos de oposição argumentam que o percentual previsto na PEC é menor do que os 18,7% aprovado pela Comissão de Seguridade Social e Família em 2013, por meio do Projeto de Lei Complementar 123/12.

“Todos nós queremos um aumento maior nos recursos destinados à saúde, mas isso tem que ser feito dentro das possiblidades reais”, observou Fontana. O petista teme que disputas sobre essa questão em Plenário inviabilizem votações nesta semana.

 

Com a aproximação da Copa do Mundo e do período eleitoral, a Câmara dos Deputados corre contra o tempo para votar uma série de projetos que estão pendentes. Entre eles estão o Plano Nacional de Educação, o orçamento impositivo e mudanças no Supersimples, regime tributário das micro e pequenas empresas, entre outras pautas. Ao todo, 40 matérias aguardam apreciação dos deputados, que fazem esforço concentrado nesta semana.

##RECOMENDA##

O texto-base do PNE foi aprovado na semana passada, mas os deputados precisam votar os destaques à matéria, inclusive o que propõe retirar a possibilidade de se contar os recursos investidos em várias áreas na conta dos 10% do PIB, como incentivos fiscais por meio de bolsas em faculdades privadas (ProUni).

O projeto foi aprovado pelos deputados em 2012, mas, como foi alterado pelos senadores no ano passado, precisou retornar para a análise da Câmara. A comissão especial que analisou a proposta manteve a maior parte texto aprovado anteriormente pelos deputados, desprezando a maioria das alterações feitas pelo Senado. A expectativa dos parlamentares é de concluir a votação ainda neste semestre.

 

Orçamento impositivo

A Câmara, o Senado e o governo ainda negociam a conclusão da votação da PEC do orçamento impositivo. Os senadores incluíram regras que criam um piso de recursos da União que devem ser aplicados anualmente em saúde pública. Na Câmara, há deputados contrários que destacaram o trecho para votar em separado. São necessários 308 votos para aprovar alterações, por isso o governo teme não conseguir o número necessário.

Pela matéria, o governo federal fica obrigado a liberar os recursos das emendas individuais de deputados e senadores até o limite de 1,2% da receita corrente líquida (RCL) da União, desde que metade delas seja vinculada a ações e serviços públicos de saúde.

 

Supersimples

O texto-base da proposta que altera o regime tributário das micro e pequenas empresas foi aprovado no dia 7 de maio, mas há destaques pendentes. Entre eles, está o que inclui o setor de bebidas alcoólicas no Supersimples e diminui a tributação de categorias incluídas no regime especial, como advogados e contadores.

No geral, o projeto prevê o fim da substituição tributária para as micro e pequenas empresas. Atualmente, as secretarias de Fazenda dos estados utilizam esse mecanismo de arrecadação para cobrar antecipadamente o ICMS das mercadorias adquiridas pelos empreendedores. Isso significa que o empresário precisa pagar o ICMS antes mesmo de saber se os produtos serão vendidos.

A proposta também vai permitir a inclusão de quase 500 mil empreendimentos que faturam até R$ 3,6 milhões por ano no Supersimples. Desta forma, a classificação das empresas passa a ser pelo porte e pelo teto de faturamento e não mais em função da atividade do empreendimento.

Nesta semana, a Câmara dos Deputados pode votar as propostas do Plano Nacional de Educacão (PNE), do orçamento impositivo, de criação de municípios e de mudanças no Supersimples, regime tributário das micro e pequenas empresas. A pauta será confirmada na reunião de líderes desta terça-feira (27).

Mas antes de entrar na análise dessas matérias, os deputados terão que destrancar a pauta, votando duas medidas provisórias que aguardam deliberação. Uma delas permite que o Banco Central ceda dois imóveis à Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp) para a construção de um novo sistema viário na região. A outra cria, em caráter temporário, 100 Funções Comissionadas de Grandes Eventos (FCGE) e extingue, em caráter definitivo, mais de 564 Funções Comissionadas Técnicas (FCT). As novas funções serão usadas na Copa do Mundo e nas Olimpíadas.

##RECOMENDA##

Como está marcada uma sessão do Congresso Nacional nesta terça, a expectativa é de que as votações na Câmara sejam realizadas apenas na quarta (28), mas há sessão marcada na terça.

PNE

De acordo com o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o projeto do Plano Nacional de Educação deve ser votado na quarta. A matéria define metas para a educação do país nos próximos dez anos. O principal ponto é a determinação de que o Brasil invista, em dez anos, 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação pública.

A previsão é de que a votação do PNE seja concluída neste mês. O projeto foi aprovado pelos deputados em 2012, mas, como foi alterado pelos senadores no ano passado, precisou retornar para a análise da Câmara. A comissão especial que analisou a proposta manteve a maior parte texto aprovado anteriormente pelos deputados, desprezando a maioria das alterações feitas pelo Senado.

Orçamento impositivo

A Câmara, o Senado e o governo ainda negociam a conclusão da votação da PEC do orçamento impositivo. Os senadores incluíram regras que criam um piso de recursos da União que devem ser aplicados anualmente em saúde pública. Na Câmara, há deputados contrários que destacaram o trecho para votar em separado. São necessários 308 votos para aprovar alterações, por isso o governo teme não conseguir o número necessário.

Pela matéria, o governo federal fica obrigado a liberar os recursos das emendas individuais de deputados e senadores até o limite de 1,2% da receita corrente líquida (RCL) da União, desde que metade delas seja vinculada a ações e serviços públicos de saúde.

Supersimples

O texto-base da proposta que altera o regime tributário das micro e pequenas empresas foi aprovado no dia 7 de maio, mas há destaques pendentes. Entre eles, está o que inclui o setor de bebidas alcoólicas no Supersimples e diminui a tributação de categorias incluídas no regime especial, como advogados e contadores.

No geral, o projeto prevê o fim da substituição tributária para as micro e pequenas empresas. Atualmente, as secretarias de Fazenda dos estados utilizam esse mecanismo de arrecadação para cobrar antecipadamente o ICMS das mercadorias adquiridas pelos empreendedores. Isso significa que o empresário precisa pagar o ICMS antes mesmo de saber se os produtos serão vendidos.

A proposta também vai permitir a inclusão de quase 500 mil empreendimentos que faturam até R$ 3,6 milhões por ano no Supersimples. Desta forma, a classificação das empresas passa a ser pelo porte e pelo teto de faturamento e não mais em função da atividade do empreendimento.

Criação de municípios

Na sessão extraordinária da quarta, os deputados poderão votar o Projeto de Lei Complementar 397/14, do Senado, que cria novas regras para criação e fusão de municípios. A proposta substitui o projeto anteriormente vetado pela presidente Dilma Rousseff. Esse veto total, inclusive, deve ser analisado pelo Congresso na terça.

Nesta semana, o plenário da Câmara dos Deputados tem assuntos polêmicos pendentes, como orçamento impositivo e o Plano Nacional de Educação. Mas antes de votar essas matérias, os parlamentares precisam destrancar a pauta com a votação de uma medida provisória que, entre outras coisas, reajusta os salários de algumas carreiras do Executivo.

O PNE define metas para a educação do país nos próximos dez anos. O principal ponto é a determinação de que o Brasil invista, em dez anos, 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação pública. 

##RECOMENDA##

A previsão é de que a votação do PNE seja concluída neste mês. O projeto foi aprovado pelos deputados em 2012, mas, como foi alterado pelos senadores no ano passado, precisou retornar para a análise da Câmara. O colegiado manteve a maior parte texto aprovado anteriormente pelos deputados, desprezando a maioria das alterações feitas pelo Senado.

Nesta terça-feira (13), também está prevista a análise dos destaques à Proposta de Emenda à Constituição 358/13, chamada de PEC do orçamento impositivo. O texto-base foi aprovado em primeiro turno na última terça-feira (6), com 384 votos a favor e seis contra.

Pela matéria, o Executivo fica obrigado a executar as emendas parlamentares individuais até o limite de 1,2% da Receita Corrente Líquida (RCL) da União, sendo metade do valor necessariamente destinada à saúde pública. 

Micro e pequenas empresas

Também estão pendentes os destaques do Projeto de Lei Complementar 221/12, que altera o Supersimples, regime tributário diferenciado das micro e pequenas empresas. O texto-base foi aprovado na semana passada. 

A matéria é de autoria do deputado Vaz de Lima (PSDB-SP), mas o texto aprovado é do relator, deputado Cláudio Puty (PT-PA). O projeto prevê o fim da substituição tributária para as micro e pequenas empresas. Atualmente, as secretarias de Fazenda dos estados utilizam esse mecanismo de arrecadação para cobrar antecipadamente o ICMS das mercadorias adquiridas pelos empreendedores. Isso significa que o empresário precisa pagar o ICMS antes mesmo de saber se os produtos serão vendidos.

A proposta também vai permitir a inclusão de quase 500 mil empreendimentos que faturam até R$ 3,6 milhões por ano no Supersimples. Desta forma, a classificação das empresas passa a ser pelo porte e pelo teto de faturamento e não mais em função da atividade do empreendimento.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando