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O deputado federal eleito Lindbergh Farias (PT-RJ) disse nesta quarta-feira, 30, que o governo eleito não vai "terceirizar a operação política" do Executivo para o Congresso Nacional. O PT já formalizou o apoio para a reeleição de Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara, mas pretende ter seu próprio articulador político e uma base forte de partidos para liderar suas pautas na casa.

"O Lira, no governo Bolsonaro, era uma espécie de primeiro-ministro. Era o presidente da Câmara e o grande operador político na Câmara dos interesses do Bolsonaro. Com a gente, vai ser diferente. Ele vai ser presidente da Câmara, mas a gente não quer terceirizar a operação política, os projetos do governo Lula para o Lira. Isso é fundamental. É o novo governo. Estamos conversando com os partidos, os que vão compor o governo", disse Farias.

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O deputado eleito confirmou que o PT quer comandar a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a principal comissão, onde todos os projetos e propostas são analisados previamente, antes de votações pelo plenário. Questionado sobre a possibilidade de a comissão ser assumida por algum parlamentar do PL, partido de Bolsonaro, Farias disse que não há essa possibilidade.

"Pode ter rodízio por dois anos no comando da CCJ, mas com outro partido da base. O Lira sabe disso. Seria chutar o pau da barraca em qualquer acordo. Você bota um presidente do PL ali, separa tudo. Não tem essa. Não dá entrar numa dessa, apoiar o Lira e ainda ter alguém do PL na CCJ", comentou.

O parlamentar eleito disse que "é fundamental garantir esse espaço para o governo e lutar para construir uma base" que não tenha relação com o PL. "Não queremos participar de bloco com o PL. Todo governo, quando começa, monta a sua base. Queremos montar essa base com os partidos que apoiaram a gente no segundo turno, o PSD, União Brasil, MDB. Se a gente monta essa base, é o maior bloco da Câmara, é o que vamos tentar fazer."

O deputado eleito também chamou a atenção para a necessidade de que o PT indique, logo, seus ministérios da Fazenda e da Articulação Política. "Queremos montar a base do governo na Câmara e no Senado. O operador político do governo Lula vai ser o líder do governo. Tem que ter alguém para conduzir essas negociações", declarou.

Farias insistiu na importância da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Bolsa Família, mas afirmou que não se trata da única solução orçamentária para o ano que vem. "Não é a PEC ou a morte. Tem outras alternativas, com consultas ao TCU (Tribunal de Contas da União) ou medida provisória de créditos extraordinários", disse.

Ontem, a federação formada por PT-PCdoB-PV e também o PSB anunciaram que vão apoiar Lira à presidência da Câmara. Os partidos, que integraram a coligação de Lula, fizeram um pronunciamento conjunto na Câmara após reunirem as bancadas. Com 94 deputados, as legendas negociam a construção de blocos parlamentares, instrumento usado para dividir cargos na Casa, como presidências de comissões e postos na Mesa Diretora.

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira, 17, que o inquérito contra o ex-senador Lindbergh Farias (PT-RJ), por suspeita de caixa dois, ultrapassou o prazo razoável e deve ser concluído em até 120 dias.

A investigação foi aberta em 2017 a partir da delação de ex-executivos da Odebrecht na Operação Lava Jato. O petista foi acusado de receber R$ 4,5 milhões não declarados da empreiteira para financiar as campanhas para prefeito de Nova Iguaçu (RJ) em 2008 e para senador em 2010.

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Em março de 2019, os ministros já haviam determinado o envio do caso para a Justiça Eleitoral do Rio de Janeiro, mas não houve consenso sobre um prazo para a conclusão da investigação.

Ao retomar o julgamento nesta terça, a Segunda Turma decidiu que, se o Ministério Público não oferecer denúncia ou pedir o arquivamento nos próximos quatro meses, o inquérito será automaticamente encerrado.

O ministro Gilmar Mendes disse que a investigação não pode ser "balizada pelo princípio da eternidade".

"Do debate que tivemos lá atrás, sobre o prazo de 60 dias, já se passaram três anos", alertou.

Quando a investigação veio a público, o ex-senador afirmou que o inquérito é "frágil e sem um único indício de irregularidade". "A única conclusão possível é afirmar minha inocência", disse na ocasião.

Após a revelação de um suposto namoro entre a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e o ex-senador Lindbergh Farias (PT), na manhã desta terça-feira (3) a advogada e deputada estadual de São Paulo, Janaina Paschoal (PSL), decidiu opinar sobre o relacionamento. Para Paschoal, os petistas “nasceram um para o outro”.

Mesmo garantindo que não gosta de "comentar a intimidade alheia", a advogada avaliou o namoro dos políticos da esquerda e cravou no Twitter: “Sem dúvidas, são almas gêmeas”.

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"Eu não gosto de comentar a intimidade alheia, mas, diante da notícia de que os Deputados Federais (e ex-Senadores) Gleisi e Lindbergh estão namorando, tomo a liberdade de dizer: nasceram um para o outro. Convivi um pouco com ambos no Senado. Sem dúvidas, são almas gêmeas!", publicou a responsável por protocolar o pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

O assunto, inclusive, tem rendido no Twitter. Tanto que o termo 'PTinder' era o quarto assunto mais comentado da rede social até às 11h45 da manhã de hoje. Nem Lindbergh nem Gleisi comentaram ainda sobre o suposto relacionamento. 

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Além de dividir a sigla e o enfrentamento oposicionista frente ao governo de Jair Bolsonaro, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e o ex-senador Lindbergh Farias (PT), dividem o tempo de descanso juntos. Eles estariam namorando e passaram o último fim de semana juntos, quando foram hostilizados em um hotel por um grupo bolsonarista.

De acordo com a Folha de São Paulo, o casal estava hospedado com amigos e familiares no Rio de Janeiro. Inclusive, uma das filhas da paranaense aparece nas imagens defendendo a mãe das agressões.

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A esquerda apaixonada- Este não é o primeiro laço afetivo entre políticos do mesmo partido de esquerda. Em janeiro deste ano, a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL) assumiu namoro com o deputado federal Glauber Braga (PSOL). Na época, ela publicou uma foto dos dois no Instagram com a legenda: "quando você esquece o Tinder ligado no Congresso".

Centenas de manifestantes tomaram parte da Avenida Rio Branco, uma das principais vias do centro do Rio de Janeiro, em protesto contra o governo de Jair Bolsonaro. O "Grito dos Excluídos" acontece há 25 anos, nos dias de comemoração da Independência do Brasil. Neste ano, os participantes vestiram roupa preta, para se contrapor ao presidente, que convocou seus apoiadores a usarem as cores verde e amarela neste dia 7 de setembro.

O ex-senador Lindbergh Farias (PT-RJ), presente ao evento, disse acreditar que o mês de setembro será marcado por protestos, principalmente de estudantes. "Não tenho dúvida de que uma reação forte virá dos estudantes. Esse é um setor mais dinâmico, que vai se posicionar. Porque as universidades vão fechar. Acredito que a educação será o estopim dos protestos, que devem vir no mesmo nível de 2013", avaliou.

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A concentração do protesto no Rio começou por volta das 9h, nas proximidades da Avenida Presidente Vargas, na região central, onde desfilam os militares. Concluído o desfile oficial, por volta do meio-dia, os manifestantes seguiram em direção à Praça Mauá.

"A principal bandeira da manifestação é que nada nesse sistema tem solução: a saúde, educação, o uso da terra. Nenhuma reforma vai salvar o País", disse Marcelo Edmundo, diretor da Central de Movimentos Populares. Ele destacou que o tema da manifestação neste ano foi "Esse sistema não Vale".

O protesto aconteceu com tranquilidade, apesar de pessoas favoráveis ao governo Bolsonaro passarem pelos manifestantes vestidas de verde e amarelo. Apenas um homem com uma camisa do PSL, partido do presidente, provocou os manifestantes gritando "mito". Em resposta, foi vaiado. Logo se retirou do local de concentração do protesto.

A Polícia Militar formou um cordão de isolamento à frente dos manifestantes e seguiu todo o cortejo até a Praça Mauá.

"Estou aqui pelo Brasil da Amazônia e da Embraer. Não é pelo Brasil de Bolsonaro", afirmou a aposentada Maria das Graças Gama.

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (19) enviar para a Justiça Eleitoral uma investigação sobre o ex-senador Lindbergh Farias  (PT-RJ) que envolve suposto recebimento de recursos não declarados da Odebrecht. 

A Turma começou a julgar nesta tarde um recurso protocolado pela defesa de Lindbergh Farias para contestar uma decisão individual do relator do caso, ministro Edson Fachin, que determinou, no ano passado, a remessa da investigação para a Justiça Federal em Nova Iguaçu (RJ), por entender que o caso não pode ser julgado pelo STF em razão da perda do foro privilegiado e por envolver supostos prejuízos ao governo federal.  

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Ao analisar o caso novamente, Fachin entendeu que deve prevalecer a decisão recente do plenário da Corte, que, na semana passada, definiu a competência da Justiça Eleitoral para investigar crimes de corrupção quando envolverem simultaneamente caixa 2 de campanha e outros crimes comuns. 

O voto foi acompanhado pelos ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. No entanto, Mendes e Lewandowski apresentaram voto mais amplo e entenderam que deveria ser concedido prazo de 60 dias para a Procuradoria-Geral da República (PGR) encerrar as investigações. Diante do impasse na questão, os ministros decidiram esperar o voto da ministra Cármen Lúcia, que não participou do julgamento, e deverá votar sobre essa questão em uma sessão posterior. 

De acordo com as investigações, dois delatores ligados à empreiteira Odebrecht afirmaram que o ex-senador teria recebido vantagens indevidas não contabilizadas na campanhas eleitorais de 2008 e 2010 para a prefeitura de Nova Iguaçu. Segundo os delatores, teriam sido feitos dois repasses de R$ 2 milhões e 2,5 milhões como contrapartida por facilidades em contratos em um programa habitacional do município. 

Durante o julgamento, a defesa do senador afirmou que os fatos devem ser julgados pela Justiça Eleitoral.

A Justiça Federal condenou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) por ato de improbidade administrativa quando foi prefeito de Nova Iguaçu, em 2007. Ele informou que vai recorrer da decisão. 

O Ministério Público Federal (MPF) acusa Lindbergh de ter deixado de prestar contas de convênio da prefeitura com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), no valor de R$ 174 mil, para adaptação de dez escolas a alunos com deficiência.  

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O senador foi condenado a pagar multa equivalente a 12 salários que recebia como prefeito de Nova Iguaçu, está proibido de contratar com o Poder Público, receber benefícios ou incentivos fiscais por três anos.

“A ausência de prestação de contas pelo ex-prefeito não pode ser interpretada como mera inobservância a formalidades legais, sanável pelo posterior cumprimento da obrigação pela administração subsequente, pois sua conduta inviabilizou a regularização das contas prestadas”, diz o MPF. 

Em nota, a assessoria do parlamentar informou que ele "entende que a decisão da Justiça Federal de Nova Iguaçu está equivocada e será modificada no Tribunal Regional Federal. Além de claro cerceamento em seu direito de defesa, a responsabilidade pela prestação de contas convênio objeto da ação civil pública não era de sua responsabilidade enquanto prefeito. Ele sequer assinou o referido convênio. A defesa do senador já interpôs recurso da decisão”.

A Justiça Federal condenou o senador Lindbergh Farias (PT), ex-prefeito de Nova Iguaçu/RJ (2005 - 2010), por improbidade administrativa. A decisão acolhe ação civil pública movida pelo Mistério Público Federal sobre um convênio de R$ 174 mil celebrado entre o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e a prefeitura de Nova Iguaçu em 2007.

As informações foram divulgadas pelo Ministério Público Federal. Em nota, a Procuradoria relata que o convênio tinha como finalidade a adaptação de dez escolas a alunos com necessidades especiais.

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O senador e ex-prefeito foi condenado as penas previstas no artigo 11 da Lei 8.429/92, quando se deixa de prestar contas quando se é obrigado a fazê-lo. Além de multa correspondente a 12 salários do seu último vencimento como prefeito de Nova Iguaçu, Lindbergh está proibido de contratar com o poder público, receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.

O ato apontado como ímprobo está ligado à intempestividade da prestação das contas e a responsabilidade do ex-prefeito pela falta de apresentação dos documentos necessários à sua apreciação pelo FNDE, após o término do convênio.

"Em se tratando de convênio entre o FNDE e município, a referida responsabilidade compete ao prefeito, uma vez que este é responsável pela ordenação das despesas advindas do cumprimento do objetivo do convênio. Acrescente-se que as contas prestadas no âmbito de convênio detêm natureza de contas de gestão, as quais não se confundem com as contas de governo, cujo julgamento compete ao Poder Legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas", explica a Procuradoria.

Para o Ministério Público Federal, a responsabilidade do ex-prefeito está, ao assinar termos aditivos, tomar ciência tanto do convênio quanto de sua prorrogação, não se manifestar quanto à prestação de contas reprovada pelo FNDE.

Para a Justiça, "a ausência de prestação de contas pelo ex-prefeito não pode ser interpretada como mera inobservância a formalidades legais, sanável pelo posterior cumprimento da obrigação pela administração subsequente, pois sua conduta inviabilizou a regularização das contas prestadas".

O prazo concedido para conclusão do objeto do contrato venceu em 20 de junho de 2009 e, até o término do mandato do ex-prefeito, em abril de 2010, estava pendente a formalização do recebimento de seu objeto.

Defesa

A reportagem está tentando localizar o senador. O espaço está aberto para manifestação.

O candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) minimizou, nesta terça-feira (23), o discurso que fez no último domingo (21) dizendo que, se eleito, pretende banir do país “os marginais vermelhos” fazendo uma faxina ampla e pontuou que se quiserem permanecer no país será “sob a Lei”. Em publicação no Twitter, o capitão da reserva disse que “houve histeria” por parte do PT com relação a sua fala e disse que o combate aos petistas será feito à luz da Lava Jato.

“Falamos em combater os bandidos vermelhos baseado no próprio curso das investigações da Polícia Federal e Lava-Jato e houve uma grande histeria por parte do PT. Ao que parece a carapuça serviu mais uma vez!”, afirmou no microblog. “Em breve vai ter mais gente pra jogar dominó com o chefe corrupto presidiário na cadeia!”, completou.

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Petistas, aliados e adversários, como o ex-presidenciável Guilherme Boulos (PSOL) e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), classificaram como grave as afirmativas de Bolsonaro durante o discurso que foi transmitido em um ato a favor dele na Avenida Paulista. Boulos classificou a fala como de um ditador e salientou que o tom usado pelo candidato deixa claro que ele “não vai tolerar oposição” a um eventual governo seu, recordando “tempos sombrios” da época de ditadura militar vivido no país.

“O discurso que Bolsonaro mais se revelou como projeto de ditador. Nesse discurso Bolsonaro declarou que quem é contra ele, a quem chamou de vermelhos, tem duas opções: ou sair do país ou ir para a cadeia. Ou seja, não há espaço para a oposição. É isso que ele está dizendo com todas as letras. Isso lembra um lema da ditadura, nos anos mais duros, 'Brasil, ame-o ou deixe-o'. É isso que ele diz que quer fazer. Essa é a gravidade”, comentou Boulos.

Já FHC disse ser inacreditável a postura do presidenciável. “Inacreditável: um candidato à Presidência pedir às pessoas que se ajustem ao que ele pensa ou pagarão o preço: cadeia ou exílio. Lembra outros tempos. O que o Brasil precisa é de coesão no rumo do crescimento e diminuição da desigualdade”, salientou.

Além de projetar a prisão de petistas, como o próprio adversário na disputa Fernando Haddad e o senador Lindbergh Farias (RJ), Jair Bolsonaro também disse: “Vocês verão uma Forças Armadas altiva que vai colaborar com o futuro do Brasil, vocês petralhada verão uma polícia Civil e Militar com retaguarda jurídica para fazer valer a Lei no lombo de vocês. Bandidos do MST e MTST as ações de vocês serão tipificadas como terrorismo, não levarão mais o terror ao campo ou a cidade. Ou se enquadram e se submetem as leis ou vão fazer companhia ao cachaceiro em Curitiba”.

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) pediu proteção à Polícia Federal depois de ter sido citado nominalmente pelo candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) no discurso em que projeta a prisão do petista e deixa claro que pretende banir do país “os marginais vermelhos” fazendo uma faxina ampla. A informação é do jornal Folha de São Paulo.

De acordo com a publicação, Lindbergh disse que a fala de Bolsonaro respaldava a violência contra quem se posiciona diferente dele. O senador pediu proteção à PF com base no que chama de "discurso de um candidato ditador".

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"Foi o discurso de um candidato a ditador. A ideia central foi de eliminação do adversário. É um discurso que autoriza a violência. Me preocupo porque no Rio todos os grupos milicianos apoiam Bolsonaro", afirmou Lindbergh .

Na disputa pelo Palácio do Planalto contra Fernando Haddad (PT), Jair Bolsonaro disse no discurso transmitido ao vivo na Avenida Paulista, no último domingo (21), que Lindbergh e Haddad seriam presos e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai “apodrecer” na cadeia.

“Aqui não terá mais lugar para corrupção e seu Lula da Silva, vou te dizer, você vai apodrecer na cadeia. E brevemente você terá Lindbergh Farias [senador pelo RJ] para jogar dominó no xadrez. Aguarde, o Haddad vai chegar aí também para ficar alguns anos ao teu lado, já que vocês se amam tanto, vão apodrecer na cadeia, porque lugar de bandido que rouba o povo é atrás das grades”, argumentou.

As crianças nascidas com microcefalia causada pelo vírus Zika poderão receber uma pensão mensal pelo resto da vida. Esta medida está prevista em dois projetos de lei em tramitação no Senado.

A concessão do benefício para pessoas de famílias com renda inferior a quatro salários mínimos consta no projeto (PLS 452/2017), de autoria do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que está em análise na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Na última sessão deliberativa do Senado antes do recesso parlamentar, Lindbergh pediu urgência para a votação do projeto no Plenário.

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"As mães de crianças com Zika têm uma verdadeira luta diária para fazerem fisioterapias, para fazerem trabalhos de reabilitação. As pessoas geralmente têm que abandonar os empregos. Eu queria pedir urgência, porque é um projeto em que o Estado brasileiro é obrigado a pagar um salário mínimo a essas mães a título de reparação, porque a Zika, na verdade, tem muito disto: de ausência do Estado, de falta de saneamento básico. E eu sei que é importante a gente votar esse projeto no próximo semestre", disse.

A microcefalia é identificada pelo tamanho da cabeça da criança, bem menor que o de outras da mesma idade e sexo. Com menos espaço para o cérebro crescer, pode haver consequências no desenvolvimento, como dificuldades na coordenação motora e equilíbrio, atraso no crescimento, na linguagem e no aprendizado, epilepsia e paralisia cerebral. A microcefalia não tem cura.

Saúde Pública

Lindbergh lembra na justificativa do projeto que entre as causas da microcefalia está a infecção da gestante pelo vírus Zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. O senador argumenta que a erradicação do mosquito era tarefa do governo por conta das consequências danosas à saúde pública, principalmente em razão da dengue.

O senador classificou a proposta como uma “indenização parcial”, pois “é evidente que o ônus material e espiritual que recai sobre as pessoas e as famílias não é passível de ser devidamente indenizado por qualquer dinheiro no mundo”, observa.

Pensão

Pelo texto, o valor da pensão será estipulado de acordo com indicadores da natureza e do grau da dependência resultante da doença microcefálica e não será inferior a um salário mínimo. Os critérios para classificação dos níveis da enfermidade serão baseados em avaliações de incapacidade para o trabalho, para caminhar, para a higiene pessoal e para a própria alimentação.

Para ter acesso ao benefício a pessoa diagnosticada com microcefalia ou seu responsável deverá apresentar um requerimento de pensão ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) acompanhado de um atestado médico comprobatório das condições do paciente, emitido pelo próprio INSS. O Instituto se responsabilizará pelo processamento, a manutenção e o pagamento da pensão.

O recebimento da indenização, de acordo com a proposta, não prejudicará outros benefícios de natureza previdenciária ou assistencial. Além disso, é vedada qualquer redução por conta de acúmulos de outros benefícios.

A matéria tem voto favorável da relatora na CAE, senadora Lídice da Mata (PSB-BA), que destacou o baixo impacto financeiro-orçamentário do projeto para as contas públicas; levando-se em conta que são em torno de 3 mil crianças com microcefalia em decorrência da infecção da mães, o gasto anual seria de R$ 54 milhões.

Alterações

Lídice apresentou duas emendas, uma delas para garantir que a pensão especial seja recebida pela pessoa responsável pela guarda do menor para facilitar a operacionalização do pagamento e também para aumentar o limite de renda familiar de quatro para cinco salários mínimos mensais sem que isso venha a incorrer em aumento dos custos do programa.

“Ao mesmo tempo, seriam incorporadas famílias que estão acometidas pelo mesmo flagelo da dor de ter um ente querido com microcefalia e cujo padrão de renda pouco difere daquele das famílias ora contempladas, sobretudo aquelas com renda próxima do teto”, justifica Lídice.

A outra mudança é para esclarecer os critérios de diferenciação dos valores para a pensão especial que levem em conta as variadas condições de dependência e de incapacidade do beneficiário. Os valores seriam estipulados de acordo com cada caso, tendo como limite inferior o salário mínimo e como limite superior o valor do teto do benefício previdenciário.

A senadora ainda sugere que em caso de morte da pessoa com microcefalia, seja garantida ao responsável uma pensão mínima vitalícia equivalente a 50% do valor da pensão especial, não podendo, entretanto, ser inferior ao salário mínimo.

Após ser avaliada pela CAE, a matéria também será analisada na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), que terá a decisão final.

Outro projeto

Também garante pensão vitalícia para pessoas diagnosticadas com microcefalia causada pelo vírus Zika o projeto (PLS 255/2016) do senador Eduardo Amorim (PSDB-SE). A matéria já foi aprovada na CAS e aguarda na CAE o relatório da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).

Para o autor, como a doença tem consequências graves e permanentes, a iniciativa busca minimizar o sofrimento e reforçar o orçamento das famílias.

"Diante da gravidade da situação e dos enormes prejuízos físicos e emocionais causados nas crianças microcéfalas e em seus familiares, julgamos que o poder público deve assumir sua parte da responsabilidade e, além de lhes prestar assistência à saúde e educação integral, garantir-lhes o pagamento de benefício mensal e vitalício, com o intuito de custear parte dos enormes gastos necessários para propiciar vida digna a esses indivíduos", explica Amorim.

Zika

De novembro de 2015 a maio de 2018 o Ministério da Saúde notificou 16.028 casos de malformações resultantes do Zika vírus, com confirmação de 3.124 casos. No mesmo período, também foram confirmadas 327 mortes de bebês relacionadas com o vírus.

Os dados, no entanto, apontam para uma redução significativa dos casos de microcefalia registrados no Brasil. A situação mais alarmante foi em 2015, com a confirmação de 1.161 casos. Já em 2016, esse número caiu para 857 casos. Atualmente, o número de casos de microcefalia voltou aos patamares residuais de ocorrência.

Laboratórios do Brasil e de outros países das três Américas estão cada vez mais perto da vacina contra a infecção provocada pelo vírus Zika. Testes já foram realizados com sucesso em animais e agora a vacina está sendo testada em humanos que começaram a produzir os primeiros anticorpos. A eficiência da imunização deve ser confirmada nos próximos dois anos.

*Da Agência Senado

Lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT) comemoraram, em publicações nas redes sociais, a absolvição da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e de seu marido, o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no Supremo Tribunal Federal (STF). Ao expor a alegria diante do fato, eles fizeram questão de frisar, entretanto, que faltava a Suprema Corte absolver o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

“Gleisi inocente! [sic] Chega ao fim um dos processos mais aberrantes que eu já vi. Felizmente a justiça prevaleceu!”, exclamou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) em uma postagem no Twitter. "Viva Gleisi, agora falta Lula. É Lula livre", completou o parlamentar. 

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A vereadora do Recife, Marília Arraes, disse que apesar das “inúmeras manobras” ao longo do processo “não houve condenação, porque não havia crime”. “Mas infelizmente não podemos dizer que a Justiça foi feita. E a razão é simples. Porque as acusações, os achincalhes, as humilhações, os sobressaltos... nada disso foi justo e jamais poderiam ter ocorrido. O que aconteceu, foi uma injustiça a menos. Assim como o ex-presidente Lula, a companheira Gleisi sofreu uma perseguição injusta. Gleisi foi finalmente absolvida! E para nós, nunca houve nenhuma dúvida da licitude de sua conduta, assim como não há em relação à inocência e Lula”, salientou.

O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) disse que o resultado do julgamento da ação penal na qual a senadora foi acusada de receber R$ 1 milhão para sua campanha ao Senado em 2010 é o reforço de que as delações devem ser mais criteriosas. “Delação não é prova. O petista disse que é um “tapa na cara dos bajuladores dos procuradores” da Lava Jato. 

“O resultado de hoje reforça ainda mais a necessidade de investigarmos a ‘máfia’ das delações premiadas da Lava Jato”, ressaltou Pimenta, pontuando que os procuradores federais Carlos Fernando e Deltan Dallagnol deveriam pedir desculpas a senadora. “Gleisi nunca se escondeu e encarou tudo de cabeça erguida, acrescentou o petista.

O julgamento da presidente nacional do PT aconteceu na noite dessa terça-feira (19). Em defesa própria, antes da apreciação da acusação, a senadora classificou a denúncia como “absurda” e “falsa”. Além disso, segundo ela, o fato não passava de mais um “capítulo da perseguição do Ministério Público da Lava Jato ao PT”. 

Em vídeo publicado nas redes sociais, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou que o presidente Michel Temer (MDB) está “destruindo o povo trabalhador”. O petista criticou algumas medidas do governo Temer, como a reforma trabalhista e previdenciária.

De acordo com Lindbergh, a taxa de desemprego aumentou consideravelmente durante a gestão do emedebista e o Governo Federal vai de encontro com os anseios dos trabalhadores. “As pessoas estão sem dinheiro. O Temer está destruindo a vida do povo trabalhador, são treze milhões e setecentos mil desempregados, uma reforma trabalhista que não garante nem o salário mínimo, o trabalhador agora receber por hora”, disse. Ainda segundo o senador, “é uma tragédia o que está acontecendo no país”.

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O congressista ressaltou que no governo Lula “as pessoas tinham dinheiro e movimentavam o comércio”. Lindbergh voltou a afirmar que há uma perseguição política contra o ex-presidente. “Lula fez pelo povo, fez pelos trabalhadores, fez pelos mais pobres. (...) o salário mínimo com Lula subiu 77% acima da inflação. É por isso que eles perseguem o Lula, porque sabem que Lula candidato ganha a eleição. E vai voltar a fazer pelo povo trabalhador”, finalizou.

Por Fabio Filho

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou arquivar um inquérito que investigava o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), atendendo a um pedido da Procuradoria-geral da República (PGR).

O processo, que tramitava no Supremo desde 2013, investigava a suposta prática de irregularidades na gestão do Fundo da Previdência dos Servidores Municipais de Nova Iguaçu (PREVINI), na época em que o senador era prefeito de Nova Iguaçu (RJ), onde atuou de 2005 a 2010.

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Segundo a procuradora-geral, não há indícios mínimos de eventual participação do senador nos supostos crimes que motivaram a abertura do inquérito na Corte.

A investigação foi deflagrada com base em relatório de Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara Municipal de Nova Iguaçu, que registrou indícios de malversação de recursos do PREVINI, relativos à aquisição fraudulenta de debêntures da Casual Dining S/A, sem registro contábil, no valor de R$ 10 milhões.

"Não há como deixar de acolher o requerimento do Parquet, assentado nos elementos fático-probatórios dos autos, que não justificam a instauração da persecução penal contra o investigado com prerrogativa de foro perante esta Suprema Corte", diz o ministro Toffoli em sua decisão, assinada na segunda-feira, 7.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) se manifestou contra a decisão da juíza Carolina Lebbos que proibiu a visita do médico de Lula à carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba. Lindbergh afirmou que há uma ditadura do Judiciário em vigor no Brasil.

Segundo o senador, a atitude da juíza passou de todos os limites. “Dessa vez a juíza Carolina Lebbos passou de todos os limites. No caso de visita ao ex-presidente Lula ela proibiu agora a visita do médico do Lula. Isso é um absurdo”, disse. Humberto seguiu afirmando que a consulta medica do ex-presidente é uma questão humanitária. “Nós estamos preocupados com o isolamento, o confinamento dele. Aquilo é uma solitária. Nossa preocupação é com a saúde do ex-presidente Lula. Estamos falando de uma coisa humanitária”, pontuou.

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No vídeo, Lindbergh lembrou outras restrições que a juíza proferiu a Lula, e disse que a magistrada de primeira instância não pode se comportar como se fosse maior que os poderes da República. “Depois de proibir Adolfo Pérez Esquivel, prêmio Nobel da Paz, o Leornado Bohr, a presidenta Dilma. Depois de proibir uma comissão de deputados, uma comissão oficial de deputados, é um escândalo! É a ditadura do Judiciário! Uma juíza de primeira instância acha que vale mais que o poder legislativo”, enfatizou.

No despacho, Carolina alega que “não havia indicação de urgência” para consulta médica ao ex-presidente. O senador informou que vai acionar o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra a magistrada.

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Por Fabio Filho

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) informou nesta terça-feira (24) que foi mantida a indisponibilidade de bens do senador Lindbergh Farias (PT) e da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. A decisão, da última quarta-feira (18), ocorre em processo por irregularidades em um convênio firmado pelo município de Nova Iguaçu (RJ) para realizar a Bienal do Livro em 2005. Na época, Lindbergh era prefeito da cidade.

De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), houve desvio de finalidade na celebração do convênio e violação aos princípios da moralidade administrativa e da impessoalidade. A contratação, ao valor de R$1,2 milhão, ocorreu com dispensa de licitação.

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A indisponibilidade dos bens do senador e da instituição já havia sido determinada pelo juízo de primeira instância, mas a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil recorreu. Entre outras alegações, ela pontuou que o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) concluiu em 2005 pela regularidade e pela quitação das contas.

No entanto, o recurso não foi provido. “Ainda que o TCE-RJ tenha se posicionado pela validade do convênio em foco, ressalvou que os comprovantes de algumas despesas apresentadas não eram válidos porque não estavam assinados e não serem documentos originais, o que deve ser considerado e cotejado com as circunstâncias acima analisadas”, escreveu o desembargador Fernando Cerqueira Chagas, relator do pedido.

Na decisão, o magistrado não analisa o mérito da ação, mas apenas a validade da decisão de primeira instância. Em sua visão, a ação civil pública descreveu fatos que se mostraram suficientes para se vislumbrar o indício da prática de improbidade administrativa e prejuízo gerado aos cofres públicos. Segundo o desembargador, a indisponibilidade de bens "visa a assegurar o integral ressarcimento do dano, sendo desnecessária a comprovação de que o agente intencione dilapidar ou desviar o seu patrimônio para fins de frustrar a reparação do prejuízo".

O líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ), publicou um vídeo nas redes sociais para convocar os militantes para uma vigília em frente à casa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Bernardo do Campo, a partir das 5 horas da manhã desta sexta-feira, 6. O ato deve ocorrer horas antes do final do prazo para Lula se entregar voluntariamente à Justiça, em Curitiba, marcado para as 17h de amanhã.

"É hora de a gente estar com o presidente Lula. Quero chamar todos de São Paulo, quem é de fora também, para ir a São Bernardo mostrar solidariedade", disse Lindbergh. Ele classificou a prisão como "absurda, ilegal e inconstitucional".

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Pelo Twitter, ele também fez críticas ao juiz federal Sérgio Moro. "Moro, alçado ao estrelato pra cumprir o papel de verdugo de Lula, conseguiu o que queria. Menos de 24h depois da sessão do STF, sai a ordem de prisão. Depois? EUA, quem sabe? E a lata de lixo da História, com certeza. Lula é um gigante; Moro é um patético serviçal do capital", afirmou.

Os aliados de Lula que conversam com a imprensa após se encontrarem com o ex-presidente convergem em um discurso de que ele está tranquilo e destacam a vigília permanente convocada para acompanhar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em São Bernardo do Campo a partir desta sexta-feira.

Além disso, o PT promete promover manifestações a favor de Lula pelo País e pressiona a ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, a pautar o julgamento das ações declaratórias de constitucionalidade (ADC) no plenário da corte para impedir uma prisão do petista após o processo que o condenou encerrar a tramitação na segunda instância.

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"O povo quer estar ao lado de Lula", disse o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), após se encontrar com Lula.

Nenhum aliado admite abertamente a possibilidade de Lula não ser candidato, mesmo com a condenação em segunda instância, o que o enquadra na Lei da Ficha Limpa. "Ele é candidato, vamos registrá-lo no dia 15 de agosto", comentou o senador.

O ex-governador do Ceará Cid Gomes (PDT), irmão do pré-candidato ao Planalto Ciro Gomes, (PDT) também esteve na sede do Instituto Lula para conversar com o ex-presidente. Ele chegou acompanhado do deputado José Guimarães (PT-CE).

Além dos aliados políticos, o ex-presidente está reunido com seus advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Martins há cerca de uma hora. A ex-presidente Dilma Rousseff também continua no local.

O clima de farpas entre aliados e rivais do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem cada vez mais marcado o debate nas redes sociais durante os últimos dias. Desta vez, o senador Lindbergh Farias (PT) não poupou críticas a postura do procurador da República Deltan Dallagnol que anunciou que fará “jejum e oração” na próxima quarta-feira (4), para que o Supremo Tribunal Federal (STF)  negue o habeas corpus que pode impedir a prisão do líder-mor petista.

“Deltan PowerPoint Dallagnol é uma figura patética. Um procurador do MP que anuncia jejum contra a Constituição nem disfarça o seu ativismo cretino”, disparou o Lindbergh em publicação no Twitter.

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O senador não foi o único a reagir contra Dallagnol. Líder nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e pré-candidato à Presidência, Guilherme Boulos (PSOL) também ironizou a atuação do membro da força-tarefa da Lava Jato. “Deltan Dallagnol, o criador do famoso powerpoint, faz jejum para prisão de Lula. Além de Procurador da República, ele encontra tempo para dar palestras pagas, praticar coaching milagroso e pressionar o STF pela internet”, alfinetou.

Nesse domingo (1º), Deltan usou as redes sociais para  convocar assinaturas em apoio a um manifesto virtual que pede a prisão de condenados em segunda instância, logo após o trâmite dos recursos na mesma corte, como é o caso de Lula, que foi condenado a 12 anos e um mês de prisão na Lava Jato. Para ele, caso isso não seja permitido “o STF pode transformar Justiça Penal num conto de fadas”. 

O líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ), publicou um vídeo para defender a radicalização da esquerda como forma de evitar uma eventual condenação em segunda instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na próxima semana. Lindbergh afirmou que os esquerdistas devem "falar grosso" e precisam estar "mais preparados para o enfrentamento e para as lutas de rua". "Não é hora de uma esquerda frouxa, burocratizada, acomodada", declarou.

"Têm dois caminhos: ou eles percebem que aqui tem fraqueza e tiram o Lula (da disputa presidencial), ou a gente olha e diz que, se querem colocar o País nessa situação de instabilidade (ao condenar Lula), saibam que nós temos muita disposição para lutar nas ruas desse País para defender a democracia brasileira."

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Em vídeo divulgado nas redes sociais, Lindbergh avaliou que a presidente do partido, Gleisi Hoffmann (PR) "elevou o tom do discurso" de maneira positiva ao dizer que "vai ter que matar gente" para cumprir um eventual pedido de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ele, a legenda não vai aceitar a confirmação da condenação na segunda instância, pois o processo do triplex do Guarujá "não tem prova alguma".

"O caminho agora é outro. Não é só pela via institucional, recorrendo a essa Justiça que já mostrou que tem um lado. Não é acreditando só na via institucional do Parlamento, porque a gente está vendo o que é esse Congresso Nacional, que na verdade defende os interesses do grande empresariado contra o povo trabalhador. Não, é outra esquerda, que tenha coragem de enfrentar, que aposte nas lutas sociais."

Embora a própria Gleisi tenha dito que usou "uma força de expressão" e que a sigla "vai em paz" para Porto Alegre, Lindbergh criticou uma ala da esquerda que discordou do posicionamento da parlamentar. "O que esse pessoal quer? Que a gente baixe a cabeça e aceite (a condenação de Lula)? Será que não entendeu o que está acontecendo no País? Será que acham que a gente está vivendo um país de normalidade democrática? Estão entregando o Brasil e agora vem num processo como esse querer que a gente aceite a condenação do Lula sem provas num processo que está desmoralizado?", questionou.

Em outra frente, o senador Magno Malta (PR-ES), rebateu as declarações de Lindbergh e Gleisi, que classificou como "ameaças". "Vocês vão matar os juízes? Juízes, não tenham medo, façam a justiça. Se Lula não deve nada, vocês então tiram a sentença, se não tiver prova, se os autos não comprovarem nada, se ele tiver sido injustiçado, façam a justiça. Mas se tiver prova, se o que o Moro escreveu, o que o Moro investigou, a Polícia Federal e o Ministério Público, vocês não precisam ter medo de nada."

Para Malta, o PT quer transformar Lula em mártir. "'Lula é inimputável. Lula pode fazer o que quiser, porque fez o Bolsa Família, fez o Minha Casa, Minha Vida'. Estão pensando o que? Ele roubou o Brasil, assaltou o Brasil, vocês aparelharam o Brasil para roubar de ponta a ponta, destruíram nossas empresas. Isso é conversa para boi dormir. Vão lavar essa cara de pau de vocês", provocou.

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