Lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT) comemoraram, em publicações nas redes sociais, a absolvição da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e de seu marido, o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no Supremo Tribunal Federal (STF). Ao expor a alegria diante do fato, eles fizeram questão de frisar, entretanto, que faltava a Suprema Corte absolver o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Gleisi inocente! [sic] Chega ao fim um dos processos mais aberrantes que eu já vi. Felizmente a justiça prevaleceu!”, exclamou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) em uma postagem no Twitter. "Viva Gleisi, agora falta Lula. É Lula livre", completou o parlamentar.
##RECOMENDA##A vereadora do Recife, Marília Arraes, disse que apesar das “inúmeras manobras” ao longo do processo “não houve condenação, porque não havia crime”. “Mas infelizmente não podemos dizer que a Justiça foi feita. E a razão é simples. Porque as acusações, os achincalhes, as humilhações, os sobressaltos... nada disso foi justo e jamais poderiam ter ocorrido. O que aconteceu, foi uma injustiça a menos. Assim como o ex-presidente Lula, a companheira Gleisi sofreu uma perseguição injusta. Gleisi foi finalmente absolvida! E para nós, nunca houve nenhuma dúvida da licitude de sua conduta, assim como não há em relação à inocência e Lula”, salientou.
O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) disse que o resultado do julgamento da ação penal na qual a senadora foi acusada de receber R$ 1 milhão para sua campanha ao Senado em 2010 é o reforço de que as delações devem ser mais criteriosas. “Delação não é prova. O petista disse que é um “tapa na cara dos bajuladores dos procuradores” da Lava Jato.
“O resultado de hoje reforça ainda mais a necessidade de investigarmos a ‘máfia’ das delações premiadas da Lava Jato”, ressaltou Pimenta, pontuando que os procuradores federais Carlos Fernando e Deltan Dallagnol deveriam pedir desculpas a senadora. “Gleisi nunca se escondeu e encarou tudo de cabeça erguida, acrescentou o petista.
O julgamento da presidente nacional do PT aconteceu na noite dessa terça-feira (19). Em defesa própria, antes da apreciação da acusação, a senadora classificou a denúncia como “absurda” e “falsa”. Além disso, segundo ela, o fato não passava de mais um “capítulo da perseguição do Ministério Público da Lava Jato ao PT”.