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O empresário Eike Batista apresentou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quarta-feira, 31, uma proposta de acordo para tentar encerrar sem julgamento um processo que apura irregularidades de administradores da LLX, braço de logística do grupo EBX, nas informações prestadas (ou omitidas) aos investidores.

Até o momento, é a única das dezenas de investigações da autarquia contra o grupo X que deixou de ser uma apuração preliminar e chegou ao status de processo sancionador. Na prática, isso quer dizer que os "réus" podem ser julgados e punidos com penas que vão de multa a inabilitação para atuar no mercado.

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Além de Eike, controlador da LLX, são acusados outros três executivos da empresa, dona do projeto do Superporto do Açu, em Itaguaí (RJ): o ex-presidente da LLX Otávio Lazcano, o ex-diretor Claudio Dias Lampert e Eugenio Leite de Figueiredo, atualmente diretor financeiro da companhia. Todos encaminharam à autarquia propostas de termo de compromisso - acordo que extingue um processo sem presunção de culpa.

Os pedidos foram entregues à Procuradoria Federal Especializada (PFE), que analisará os aspectos legais e determinará se as propostas estão aptas a passar à avaliação do Comitê de Termo de Compromisso da CVM. Caberá ao órgão emitir um parecer indicando se é oportuno e conveniente que o colegiado da autarquia dê o sinal verde ao acordo, que na maioria das vezes inclui um acerto financeiro.

No caso da LLX, a investigação aponta para uma violação da Instrução 358 da CVM, que regula a prestação de informações por companhias abertas. A norma prevê que os fatos relevantes podem deixar de ser divulgados quando os controladores ou a diretoria considerarem que sua publicação possa prejudicar os interesses da companhia.

A divulgação se torna obrigatória, entretanto, quando a informação "escapar ao controle ou se ocorrer oscilação atípica na cotação, preço ou quantidade negociada dos valores mobiliários (ações) de emissão da companhia".

A CVM não comenta casos específicos e as informações públicas não detalham a que operação se refere o processo. No ano passado, a LLX esteve envolvida em alguns episódios que geraram dúvidas no mercado.

A companhia chegou a ser questionada oficialmente pela CVM sobre notícias veiculadas na imprensa afirmando que o presidente da chinesa Wuhan Irond and Steel (Wisco), Deng Qilin, afirmara que o projeto de implantação de uma siderúrgica de US$ 5 bilhões no Porto do Açu estava parado. Na época, a LLX negou a suspensão do projeto dizendo que o memorando de intenções ainda estava de pé.

Uma outra movimentação que levou à disparada das ações da LLX foram rumores sobre uma operação de fechamento de capital da companhia, em julho do ano passado. Eles foram confirmados em fato relevante divulgado dias depois da oscilação, informando que o controlador Eike Batista pretendia adquirir até 100% das ações da LLX em circulação no mercado por meio de uma oferta pública de aquisição de ações (OPA) de cancelamento de registro e saída da empresa do Novo Mercado.

A operação acabou abortada por Batista dois meses depois, gerando dúvidas de acionistas minoritários quanto à real intenção de Eike comprar os papéis. Houve ainda uma série de boatos sobre o entra e sai de executivos. Boa parte deles foi convertida em fatos, como a própria saída de Lazcano da LLX.

A Boa Vista Comercio de Alimentos, que atuava com o nome fantasia Camarão & Cia, está sendo punida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), em Pernambuco. O órgão ganhou na justiça o direito de cessar diversas condutas fraudulentas da empresa. Depois de denúncias feitas pela 21ª Vara do Trabalho (VT) de Recife, o MPT deu início as investigações para apurar como eram feitas as quitações dos contratos de trabalho dos empregados dispensados pela Camarão & Cia.

Por meio de depoimentos apurados de ex-funcionários, foi “observada a prática de lide simulada para fraudar as rescisões contratuais dos empregados, que acabavam financeiramente lesados nos processos”. A lide simulada trata da simulação de uma reclamação trabalhista entre empregador e empregado perante a justiça do Trabalho.  Além disso, ficou constatado que escritório Lins e Pinto Advocacia, indicado pela empresa para a defesa dos empregados afastados, em vários momentos defendia as causas em favor das ambas as partes. Ainda segundo as apurações do Ministério, em alguns casos, era designado o mesmo advogado, e, o dinheiro das recisões, era recebido das mãos do próprio advogado, sem que os trabalhadores participassem das audiências. Para agravar, os valores, conforme informações das apurações,eram bastante inferiores aos pleiteados.

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De acordo com o MPT, a partir da liminar concedida pela justiça, ficou determinado que a franquia deve se “abster de induzir seus ex-empregados a moverem reclamação trabalhista a fim de receberam suas verbas rescisórias; de utilizar a Justiça do Trabalho como órgão de homologação da rescisão contratual; de contratar ou indicar advogados para seus ex-empregados ingressarem com reclamações na Justiça do Trabalho e de ajuizar ações contra seus ex-empregados sem que eles tenham efetivamente resistido às pretensões da empresa”.

Além disso, a empresa está obrigada a realizar o pagamento das verbas rescisórias no prazo legal e observar, quanto aos empregados que tenha prestado serviço à empresa por período superior a um ano, a submissão do respectivo ato de rescisão à homologação do sindicato ou ao Ministério do Trabalho e Emprego. Se a determinação for descumprida, a empresa será condenada ao pagamento de multa por R$ 5 mil por trabalhador afastado. O valor será revertido ao Fundo de Amparo ao Trabalhador.

A primeira audiência ocorrerá no dia 9 de julho, na 16ª Vara do Trabalho (VT) de Recife. Confira o comunicado na íntegra da diretoria da rede Camaração & Cia:


Comunicado Oficial 

Com relação à nota publicada neste portal, a rede Camarão & Cia vem de público informar que não tem nenhuma responsabilidade pela Boa Vista Comércio de Alimentos LTDa. A ação civil pública não é contra a rede, mas sim contra a Boa Vista Comércio, razão social que esteve à frente de uma franquia de um restaurante localizado no Recife.

Justamente por não cumprir com o código de ética da Camarão & Cia, tal franqueado foi afastado há mais de três meses. Com sede em Pernambuco e 52 restaurantes em todo o País, a rede Camarão & Cia conta com mais de mil colaboradores em suas franquias.

Não vamos aceitar que uma ação isolada de um franqueado coloque em jogo nossa conduta ilibada e que vem sendo construída durante os últimos doze anos.

A rede Camarão & Cia não é a Boa Vista Comércio de Alimentos LTDa. São dois cnpjs totalmente distintos.

Atenciosamente

Diretoria Rede Camarão & Cia 

 

A suspeita do envolvimento de um grupo de extermínio no assassinato do jornalista Rodrigo Neto de Faria, de 38 anos, levará nesta terça-feira (19) a Ipatinga (MG) uma comissão formada por parlamentares, colegas de profissão, representantes de entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário. O objetivo, de acordo com a assessoria de Maria do Rosário, é "acompanhar de perto" as investigações e cobrar agilidade na apuração do crime, cuja principal suspeita é de que esteja ligado às denúncias feitas por Faria em programa de rádio e reportagens que publicou em periódicos da cidade no Vale do Aço de Minas Gerais.

A visita de fiscalização foi pedida pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas porque, segundo o presidente da Casa, Durval Ângelo (PT), o sigilo decretado nas investigações "beneficia os criminosos". "Esse sigilo é uma afronta à democracia. Tudo leva a crer que o crime foi em função das denúncias que o Rodrigo fez durante nove anos e que não foram apuradas", avaliou.

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O jornalista era conhecido por denunciar crimes envolvendo policiais, até mesmo com grupo de extermínio, e cobrava, constantemente, a apuração dos casos em que havia suspeita de participação de integrantes das Polícias Civil ou Militar mineiras. Conforme Ângelo, Faria também tinha a intenção de lançar um livro relatando os crimes não apurados. Por causa da atuação, ele havia recebido ameaças de morte, denunciadas ao Ministério Público Estadual (MPE) em 29 de novembro de 2001 e em 7 de fevereiro de 2012, mas que nunca foram investigadas. Faria foi executado com três tiros no dia 8, ao deixar um bar onde estava com amigos. Ao entrar no carro, Faria foi surpreendido por dois homens numa moto, que fugiram sem ser identificados.

O caso começou a ser apurado pela delegacia local, mas o inquérito foi transferido para as mãos do delegado Emerson Morais, de Belo Horizonte, enviado a Ipatinga com uma equipe de agentes por determinação do chefe do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil do Estado, delegado Wagner Pinto. De acordo com Pinto, o trabalho de apuração teve início na manhã de sábado (16) e foram adotadas medidas que ele diz não poder revelar. O chefe do DHPP da Polícia Civil de Minas Gerais afirma que o sigilo é necessário "para não prejudicar o sucesso dos trabalhos".

De acordo com Pinto, há "muitos suspeitos", além de policiais porque Faria era "um repórter investigativo muito pró-ativo". "Há denúncias de outros atritos pessoas por causa de denúncias que ele (jornalista) fez, não só contra policiais. A gente está apurando o fato. A própria investigação é que vai apontar os suspeitos", disse. A comissão se reunirá à tarde com Emerson Morais e com o chefe do Departamento de Polícia Civil de Ipatinga, delegado José Walter Mota. Do encontro, devem participar também representantes do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais e do MPE.

Após a divulgação do caso envolvendo um suposto policial, na madrugada desta quarta-feira (13), a Polícia Civil enviou uma nota esclarecendo o caso. O constrangimento relatado por vítimas na delegacia de Boa Viagem, no mesmo bairro onde é localizada a boate foi registrado em ocorrência. Confira abaixo a nota na íntegra:

"A Polícia Civil de Pernambuco esclarece que as pessoas estavam no fumódromo da casa de festa, declararam em ocorrência quando um homem que se autodeclarou ‘policial’, conforme consta no BO número 13E0097003909, registrado pelas partes, sacou uma arma de fogo após verificar que um dos presentes fumava um suposto cigarro de maconha. As partes disseram também que o suposto policial ordenou que três seguranças da referida boate revistassem todos os presentes no fumódromo a procura de drogas".

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Ainda de acordo com a polícia, as vítimas contaram no boletim que o suposto policial teria portado a arma de fogo a todo momento, causando medo e constrangimento aos presentes na boate. O delegado Erivaldo Guerra, responsável pelas investigações, informa que "neste primeiro momento não há confirmação se a conduta foi praticada por algum policial e as pessoas citadas no boletim de ocorrência também serão reinquiridas para prestarem depoimento".

O Ministério Público investiga em três procedimentos o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PMDB), acusado de irregularidades em sua gestão como secretário adjunto do deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP) na pasta estadual da Educação (2002-2006). O advogado Alexandre Moraes informou que vai pedir audiência aos promotores para apresentar Barbosa e coloca-lo à disposição.

Os inquéritos que citam Barbosa estão em curso na Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social da Capital. Ele é citado por supostamente ter recebido presentes - 10 computadores adquiridos em Miami e no Brasil e caixas de uísque Johnny Walker - do empresário Chaim Zaher, do grupo educacional COC que, em troca, segundo a denúncia, teria sido favorecido em contratos públicos.

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O inquérito 1048, conduzido pelo promotor Valter Santin, apura direcionamento de contratações da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) para fornecimento de infraestrutura e cabeamento lógicos. Um ex-diretor da FDE teria repassado propinas a Barbosa.

"O procedimento adotado pelos representados (Barbosa, Chalita e outros) lesiona os princípios da legalidade, moralidade, impessoalidade, economicidade, competitividade de licitação em prejuízo ao patrimônio público", argumenta Santin.

Por sua assessoria, Barbosa afirmou que não fez troca de favores com nenhum empresário. "Jamais tive um dos meus atos contestados por improbidade ou qualquer irregularidade. Tive todas as contas aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado." O advogado Alexandre Moraes destacou que Barbosa não era ordenador de despesas. "Não tinha responsabilidade nos contratos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Três policiais militares e um civil foram presos na Operação Zero Bala, deflagrada pela Polícia Civil na manhã desta quarta-feira (27). As prisões foram efetuadas após investigações de uma quadrilha acusada de homicídios, tráfico, além de violação de sigilo funcional - quando o policial repassada informações internas da polícia para terceiros. Os acusados foram capturados no Recife, Jaboatão dos Guararapes, Igarassu, Araçoiaba e Moreno.

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Além das prisões dos policiais, foram cumpridos 17 mandados temporários, totalizando 21 prisões cumpridas nesta quarta (27). "Vários crimes foram cometidos pela quadrilha. Ainda faltam outros cinco mandados para completar a Operação. A quadrilha efetuou cerca de 30 homicídios  e lamentamos os policiais exercerem essa conduta criminosa em troca de dinheiro. Amanhã (quinta), o delegado vai esclarecer mais os fatos", afirmou delegado Luiz Andrey, diretor integrado da Polícia Civil.

"Será aberto um inquérito para afastamento do cargo e expulsão dos policiais militares. Além das informações fornecidas para terceiros, eles ainda davam armas para os criminosos usarem. Isso mostra a transparência da polícia que se errar, cortamos totalmente", disse o coronel Cabral, diretor integrado da Polícia Militar.

Foram apreendidas com a quadrilha 14 armas. Quatro dos acusados já estavam na cadeia e participavam da quadrilha de dentro do presídio. Os PM's são Mário José Barbosa, que tinha quatro anos de polícia, Edson Antonio de Castro, com 22 anos de regimento e Rubens Bezerra da Silva, com cinco anos.

O policial civil não teve nome divulgado, mas era agente da delegacia de Rio Formoso. O balanço total da Operação será realizado nesta quinta-feira (28), às 9h na sede da Polícia Civil, na Rua da Aurora, área central do Recife.

A Polícia Federal (PF) de Pernambuco e Sergipe prendeu, na última sexta-feira (1º), Gilberto Jacinto da Silva, de 58 anos. De acordo com a PF, a prisão foi realizada por causa de investigações que constaram que o acusado estaria traficando entorpecentes oriundos de Foz do Iguaçu, no Paraná.  O criminoso foi pego em companhia de uma menor de 14 anos, em Aracaju-SE, na BR 101. Informações da PF dão conta que a garota desapareceu do Recife desde o dia 22 do último mês.

Gilberto e a menor foram localizados em um veículo Celta, de placa KLT- 4981, por volta das 17h. Um bloqueio foi montado pelos federais e no interior do carro foram localizados na bagagem do garoto três tabletes de pasta base de cocaína, com um peso bruto em torno de 3kg. Segundo os policiais, no momento da ação, a jovem negou a sua identidade e idade, afirmando que tinha 19 anos, dando a entender para os agentes de que não era a mesma pessoa que havia desaparecido da capital pernambucana. Mas, após a busca e apuração de informações, a garota realmente estava sendo procurado por familiares e pela polícia pernambucana.

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Já foi instaurado um inquérito policial sobre a droga apreendida. O Gilberto foi autuado pela prática dos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, além de corrupção de menores. Caso seja condenado, o rapaz poderá pegar penas que somadas ultrapassam os 20 anos de prisão.

Ainda de acordo com a polícia, Gilberto foi encaminhado à instituição prisional de Sergipe, onde vai ficar à disposição da Justiça Federal. A menor foi encaminhada para a Polícia da Criança e do Adolescente de Aracaju/SE, onde foi feito uma confecção de ato infracional corresponder ao tráfico de drogas. Porém, ainda não é possível saber se a jovem cumprirá medida socioeducativa em Aracaju ou em Recife. Ela também poderá ser entregue aos seus familiares, mediante a termo de compromisso que apenas será definido nesta segunda-feira (4).  

O resultado da Operação Remanescente 2 foi divulgada nesta quinta-feira (31). A ação resultou na prisão de 38 criminosos envolvidos no tráfico de drogas e associação ao tráfico em investigações realizadas desde abril do ano passado, conforme divulgado nesta quarta-feira (30). Dos 19 mandados de prisão expedidos pela Justiça, 18 foram cumpridos.

As drogas apreendidas nesta operação seriam distribuídas no Recife e Região Metropolitana (RMR). No total, foram 2.960 kg de cocaína, 169 kg de maconha, 2.375 kg de crack e 99 caixas de artame. "Esse resultado é muito positivo, nos dando uma boa expectativa para uma maior remoção de entorpecentes para o resto do ano", afirmou Renato Rocha, gestor do Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc). A Operação Remanescente 2 foi dividida em dois grupos, sendo o primeiro inspecionado por Maria Antonieta Calado, da primeira delegacia do Denarc e por João Leonardo, da terceira delegacia.

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Robson Amaro da Silva, 36 anos, era o “cabeça” da gangue. O acusado comandava a quadrilha da cadeia, juntamente com José Alves da Silva, de 26 anos, também presidiário, conhecido por Dodô. Clyvson Ramos Pinheiro, o “Mano”, 38, cumpria o final do mandado de prisão em regime aberto e foi preso novamente por tráfico e associação. “Apesar de termos descoberto toda a gangue criminosa, ainda falta achar o fornecedor da droga. Nós já suspeitamos quem seja e estamos investigando o indivíduo para prendê-lo. Essa operação combatia, basicamente, o tráfico e alvo do tráfico para evitar a distribuição", relatou a delegada Maria Antonieta.

Janeiro - Somente no primeiro mês de 2013, a polícia apreendeu 11 kg de crack, resultando na diminuição de 44 mil pedras na RMR. Além deste número, foram retirados de circulação cerca de 420 kg de maconha, resultado de investigações contínuas do ano passado e recolhidas neste ano.

O delegado Marcelo Arigony, que coordena as investigações do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, ocorrido no domingo (27) deixando 231 pessoas mortas, afirmou que a ideia é comprovar pericialmente as circunstâncias do acidente já conhecidas a partir de relatos. "A partir desses dados colhidos pela perícia, que a gente já tem de uma forma empírica, nós vamos poder corroborar o panorama probatório", disse.

Ele complementou dizendo que a perícia avaliará as circunstâncias do incêndio e também o funcionamento da boate. Os integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que fazia o show com sinalizadores provocando o incêndio, já foram ouvidos, de acordo com Arigony. Ele afirmou também que um dos proprietários da boate se apresentou e a política civil investiga detalhes da formação societária do negócio.

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Um grupo de parlamentares integrantes da CPMI do Cachoeira  protocolou uma representação na Procuradoria-Geral da República, para que o Ministério Público aprofunde as investigações sobre o caso e apure as possíveis irregularidades que não foram apreciadas pela comissão.

Os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Pedro Taques (PDT-MT) e Pedro Simon (PMDB-RS) e os deputados Rubens Bueno (PPS-PR) e Ônix Lorenzoni (DEM-RS) foram recebidos pelo procurador-geral, Roberto Gurgel.

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"Sempre há espaço para investigação. Como o Congresso Nacional se omitiu da sua obrigação constitucional, o Ministério Público poderá aprofundar a análise dos crimes cometidos não só no âmbito do Centro-Oeste, mas em todo o Brasil", avaliou Pedro Taques. Pedro Simon também criticou o desfecho da CPMI: "A hora é histórica; mas infelizmente o Congresso, depois de marcar um ponto positivo com a aprovação da Lei da Ficha Limpa, promove uma CPI com um relatório de mentirinha, perdendo a oportunidade de apanhar um corruptor, o que seria inédito".

O documento, de quase 90 páginas, pede um detalhamento sobre a relação de Cachoeira com o dono da construtora Delta, Fernando Cavendish, com os governadores do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB); de Tocantins, Siqueira Campos (PSDB) e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). Os parlamentares também pedem a quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico de 15 empresas tidas como fantasmas, que teriam recebido dinheiro da Delta.

O procurador Roberto Gurgel afirmou que as informações contidas na representação deverão auxiliar o MP em novas frentes de investigação.

O PSDB também já protocolou uma representação para que a Procuradoria amplie as investigações.

Com informações da Agência Senado.

A bancada do PSDB que integra a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira protocolou, nessa quarta-feira (7), uma representação para que a Procuradoria-Geral da República investigue a relação da Delta com 29 empresas de fachada que supostamente integravam o esquema do contraventor Carlinhos Cachoeira.

Em um documento com 460 páginas, o partido pede o aprofundamento das investigações. "Os governistas concentraram em Goiás a investigação, mas não é só Goiás. A corrupção vai muito além do governo de Goiás e chega especialmente no governo da União, passa por vários governos estaduais e governos municipais. O essencial não foi investigado pela CPI", declarou o senador Alvaro Dias (PSDB-PR).

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Essa é uma resposta à definição da prorrogação da CPI até dezembro, apenas para votar o relatório do deputado Odair Cunha (PT-MG). O que a oposição queria eram mais 180 dias para mais depoimentos e quebras de sigilos.

Para o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), os governistas direcionaram a investigação por critérios partidários e acabaram por querer preservar o próprio governo. "Essa CPI nasceu com uma missão especifica de atingir o governador Marconi Perillo. Quando viram que o objetivo não foi atingido e a investigação derivou, podendo atingir órgãos do governo e o próprio governo, eles resolveram finalizar a investigação de forma abrupta", criticou.

Com informações da Agência Senado. 

Depois de especulações sobre o encerramento da CPI do Cachoeira, representantes partidários decidiram prorrogar o prazo para as investigações. O anúncio foi feito nessa terça-feira (16), após uma reunião a portas fechadas. A cúpula da comissão que ampliar o prazo por mais um mês, mas deixou a definição para o dia 30 de outubro, após o segundo turno das eleições municipais. O prazo atual é 4 de novembro.

"Os partidos entenderam que, por estarmos vivendo um período eleitoral, nós não poderíamos contaminar nenhuma discussão de apresentação de relatórios ou outras discussões e requerimentos nesse momento", explicou o presidente da comissão, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). Até o dia 30, os integrantes da comissão trabalharão na análise dos dados. A reunião administrativa marcada para esta quarta-feira (17) foi adiada para o dia 31, quando deverão ser votados os 508 requerimentos dos parlamentares.

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Nesse período, o PSol e o PDT  estarão recolhendo assinaturas para prorrogar a CPI por mais 180 dias, prazo máximo permitido regimentalmente. Para que isso ocorra é preciso coletar assinaturas de um terço do Congresso Nacional, ou seja, a proposta precisa do apoio de 171 deputados e 27 senadores. PT e PMDB querem o encerramento imediato.

Para o senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP), a ampliação do prazo permite que as investigações sejam aprofundadas. "Essa não é mais uma CPI só do Cachoeira, é uma CPI Cachoeira-Delta. Boa parte dos recursos transferidos pela Delta para empresas laranjas foram parar em mãos dos integrantes da quadrilha do Cachoeira, portanto é uma coisa só", frisou.

O vice-presidente da comissão, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), acredita que é preciso mensurar o que ainda será feito para então definir um novo prazo. "Vamos ver quais requerimentos serão aprovados e assim definir uma data, e não o contrário. A prorrogação já é consensual. Nós precisamos de mais tempo, mas precisamos fazer uma definição do trabalho que nos resta”, ponderou.

Desde o início das investigações, a cúpula da CPI tem sido acusada pelos parlamentares de estar direcionado os trabalhos de acordo com interesses partidários.

A CPMI do Cachoeira retornará às atividades na próxima semana. Na terça-feira (9), está agendado o depoimento do deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), suspeito de envolvimento com a organização criminosa.

De acordo com a Polícia Federal, o parlamentar teria recebido dinheiro do grupo de  Cachoeira, além de ter alertado o contraventor sobre uma operação policial e usado o cartão dele para fazer compras. Além das 72 ligações entre Leréia e Cachoeira entre março e junho do ano passado, o deputado é citado em 26 telefonemas entre o contraventor e supostos membros da organização.

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Em nota divulgada pela assessoria em abril, o deputado afirmou ser amigo pessoal de Carlinhos Cachoeira, mas negou que tenha intercedido por licitação do interesse dele e que tenha relação com a exploração de jogos ilegais. “Ressaltei ser amigo de longa data sem, no entanto, com isso, incorrer em quebra de decoro parlamentar”, afirmou Leréia.

Essa é a segunda vez que o parlamentar é convocado. A primeira tentativa foi no dia 4 de setembro. À comissão, Leréia enviou um ofício avisando que não poderia comparecer devido a “importantes e inadiáveis compromissos pessoais anteriormente assumidos”. No documento, ele afirmou que está disposto a prestar esclarecimentos.

Agenda
Na quarta-feira (10), está marcada uma reunião administrativa para decidir os próximos passos da comissão. Um das prioridades é decidir se haverá ou não prorrogação dos trabalhos. O prazo para a conclusão termina em 4 de novembro. Para a comissão ter mais tempo para investigar, é preciso o apoio de um em cada três parlamentares do Congresso Nacional.

Mais de 500 requerimentos aguardam votação. Entre os pedidos de convocações de suspeitos estão os relacionados aos deputados José de Filippi (PT-SP) e Valdemar Costa Neto (PR-SP). Também há pedidos para depoimentos da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e do governador de Tocantins, José Siqueira Campos, para explicarem sobre contratos relacionados à construtora Delta, acusada de integrar a organização criminosa. Também há solicitações para uma acareação entre o governador de Goiás, Marconi Perillo, com suspeitos de representar os interesses de Cachoeira no governo goiano.

De acordo com o deputado Luiz Pitiman (PMDB-DF), a expectativa é de que a comissão consiga chegar a conclusões que vão além do que foi feito durante as operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal. “A CPMI tem uma missão bastante clara e grande ainda, que é buscar provas sobre as quais a Polícia Federal e o Ministério Público não se aprofundaram. O objetivo principal da investigação naquele momento era o jogo do bicho. Quando nós da CPMI nos deparamos com a influência política, com relacionamento com obras públicas, dinheiro passando por construtoras e por empresas fantasmas, encontramos uma coisa que a Polícia Federal e o Ministério Público não tinham”, frisou.

O relator da CPMI, o deputado Odair Cunha (PT-MG), quer basear as investigações nos dados financeiros da organização de Cachoeira. Segundo ele, R$ 36 bilhões foram recebidos nos últimos dez anos por 75 pessoas e empresas acusadas de envolvimento no esquema. Cerca de 93% das 553 mil transações feitas em cheque não têm identificação de quem pagou nem de quem recebeu.

A CPMI ficou pouco mais de um mês suspensa devido às eleições municipais.

Com informações das agências Câmara e Senado.

A CPMI do Cachoeira retomará os trabalhos na segunda semana de outubro, logo depois das eleições municipais. Com previsão inicial de término de investigação no dia 4 de novembro, a comissão deverá decidir pela prorrogação do prazo, visto que há muitos depoimentos a serem ouvidos e mais de 500 requerimentos a serem votados.

Entre os pedidos de convocações de suspeitos estão os relacionados aos deputados José de Filippi (PT-SP) e Valdemar Costa Neto (PR-SP). Também há pedidos para depoimentos da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e do governador de Tocantins, José Siqueira Campos, para explicarem sobre contratos relacionados à construtora Delta, acusada de integrar a organização criminosa. Também há solicitações para uma acareação entre o governador de Goiás, Marconi Perillo, com suspeitos de representar os interesses de Cachoeira no governo goiano.

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De acordo com o deputado Luiz Pitiman (PMDB-DF), a expectativa é de que a comissão consiga chegar a conclusões que vão além do que foi feito durante as operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal. “A CPMI tem uma missão bastante clara e grande ainda, que é buscar provas sobre as quais a Polícia Federal e o Ministério Público não se aprofundaram. O objetivo principal da investigação naquele momento era o jogo do bicho. Quando nós da CPMI nos deparamos com a influência política, com relacionamento com obras públicas, dinheiro passando por construtoras e por empresas fantasmas, encontramos uma coisa que a Polícia Federal e o Ministério Público não tinham”, frisou.

O relator da CPMI, o deputado Odair Cunha (PT-MG), quer basear as investigações nos dados financeiros da organização de Cachoeira. Segundo ele, R$ 36 bilhões foram recebidos nos últimos dez anos por 75 pessoas e empresas acusadas de envolvimento no esquema. Cerca de 93% das 553 mil transações feitas em cheque não têm identificação de quem pagou nem de quem recebeu.

A CPMI ficou pouco mais de um mês suspensa devido às eleições municipais.

Com informações das agências Câmara e Senado.

Com a lavagem de dinheiro no epicentro do julgamento do Mensalão no Supremo Tribunal Federal, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) vai combinar ações especiais em empresas consideradas de "risco" para a prática de lavagem com o fortalecimento da gestão do órgão, incluindo a cessão de novos servidores. A medida quer fortalecer as investigações da unidade de inteligência financeira, vinculada ao Ministério da Fazenda, e coibir a "epidemia de lavagem" no País.

Inéditas, as blitze em joalherias, factorings, casas de câmbio, loterias e outros setores regulados pelo órgão devem começar ainda neste ano. De acordo com o presidente do Coaf, Antônio Gustavo Rodrigues, as visitas in loco vão garantir o levantamento mais preciso de dados naquelas empresas consideradas expostas ao risco de lavagem. "A medida será combinada a outras ferramentas para otimizar o poder de fiscalização do Estado brasileiro. Queremos aumentar essa capacidade", afirmou Rodrigues.

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Segundo o presidente do Coaf, a aprovação da nova lei de lavagem representa um avanço considerável no combate às chamadas "lavanderias" de dinheiro. Aprovada pelo Congresso em junho deste ano, a nova lei ampliou o rol de setores regulados pelo Coaf e obrigados a comunicar o órgão quando forem identificadas movimentações suspeitas. Foram incluídos, por exemplo, incorporadoras imobiliárias, pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de luxo ou aquelas que prestarem serviços de assessoria, consultoria, contadoria ou assistência na gestão de fundos, na aquisição de direitos de atletas ou artistas.

Até o fim deste ano, a unidade de inteligência financeira deve editar instruções normativas orientando esses novos setores. As normas devem seguir o mesmo tripé, obrigando os empresários a conhecerem o cliente, manterem um cadastro completo e o registro das operações. No primeiro semestre deste ano, o Coaf recebeu 940,9 mil comunicações, sendo 10 mil de factorings, 21 mil de casas de câmbio, entre outros. Por meio do Banco Central, os bancos comunicaram quase 500 mil operações em espécie. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois da sessão improdutiva dessa terça-feira (4), o presidente da CPMI do Cachoeira, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), informou que a comissão só se reunirá em outubro, após a realização do primeiro turno das eleições municipais. A decisão foi tomada durante uma reunião com líderes partidários.

Um dos motivos para a pausa é a dificuldade de obter quórum, devidos aos esforços concentrados alternados da Câmara e do Senado.  Além disso, o presidente aponta a existência de "um código de silêncio" entre os integrantes da organização criminosa, que têm se negado a depor, o que frustra os parlamentares. Os dirigentes da CPMI acreditam que os depoimentos também podem ser usados para influenciar os resultados das eleições.

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"A gente tem maior tranquilidade para tomar algumas decisões fora do calor das eleições. Tem eleição em todo o país e esses áudios podem ser utilizados politicamente", frisou o vice-presidente da comissão, deputado Paulo Teixeira (PT-SP).

Até outubro, a ideia é que o relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), continue analisando os dados disponíveis para apresentar um balanço das atividades da comissão, que deve ser feito no final de setembro ou início de outubro. "Nada do que nós apuramos até agora será perdido, pelo contrário. Vamos manter uma agenda de análise da documentação e uma agenda de trabalho mesmo sem as oitivas", disse Odair.

Uma reunião administrativa deverá ser marcada para o dia 10 de outubro. Uma das principais decisões que devem ser tomadas é a possível ampliação do foco das investigações, defendida pelos parlamentares, principalmente da oposição, para que sejam quebrados os sigilos das empresas ligadas à Delta fora do Centro-oeste, onde as investigações estão concentradas por enquanto. A CPMI também deverá decidir sobre a prorrogação dos trabalhos, previstos para serem encerrados no dia 4 de novembro.

Brasília - Como já era esperado, as duas pessoas convocadas para se apresentar, nesta quarta-feira (22), na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Cachoeira se recusaram a depor. Ambos obtiveram do Supremo Tribunal Federal (STF) o habeas corpus, que garantiu a eles o direito de permanecerem em silêncio para não produzirem provas contra si. O rito adotado pela comissão é de liberar os depoentes.

Essa foi a terceira vez que a CPMI convocou Jayme Rincón, ex-tesoureiro da campanha do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e atual presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras. Nas outras duas ocasiões, ele apresentou atestados médicos para não comparecer. Ele é acusado de ter recebido dinheiro do grupo de Carlinhos Cachoeira. De acordo com as investigações da Polícia Federal, o grupo de Cachoeira depositou R$ 600 mil na conta da empresa Rental Frota Ltda., que tem Rincón como um dos sócios, com 33% de participação. A Rental já confirmou o pagamento, mas diz que se refere à venda de 28 veículos usados.

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Já Aredes Correia Pires, ex-corregedor da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás, teria recebido um dos aparelhos de rádio Nextel distribuídos pelo grupo de Cachoeira na tentativa de evitar “grampos” telefônicos. Ele responde a processo na Justiça Federal de Goiás em decorrência das investigações realizadas pela PF na Operação Monte Carlo, que resultou na prisão do contraventor Carlos Cachoeira. No processo, em trâmite na 11ª Vara Federal, Pires foi denunciado pelos crimes de quebra de sigilo funcional e formação de quadrilha.

O relator CPMI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), lamentou o “pacto de silêncio” dos acusados de envolvimento com a organização criminosa investigada pela comissão. E explicou que a convocação dá direito dos investigados esclarecerem os fatos que levantam as suspeitas sobre a conduta deles.

Críticas
Diante de mais recusas a depor, os parlamentares integrantes da comissão criticaram o rito adotado e sugeriram que, antes que as testemunhas fossem liberadas, o relator lesse as perguntas que seriam feitas a elas. “Elas precisam saber do que estão sendo acusadas até para ter o direito de defesa”, frisou o deputado Miro Teixeira (PDT/RJ). “Rincón deu entrevistas à imprensa e disse que queria falar à comissão. Ninguém perguntou porque ele mudou de ideia”, protestou o deputado Rubens Bueno (PPS/PR).

O senador Pedro Taques (PDT/MT) também engrossou o coro. “Na Justiça, o juiz pode ler o teor da denúncia. Isso [ler as perguntas que seriam feitas ao depoente] não é mudança de rito”, salientou. O presidente da CPMI, senador Vital do Rego (PMDB-PB), respondeu as críticas dizendo que todos os documentos de acusação são entregues ao depoente no momento da convocação e encerrou a sessão.

A Polícia Civil mineira instaurou inquérito nesta segunda-feira para investigar as causas do acidente com o bimotor King Air que resultou na morte de oito pessoas no sábado (28). Ainda nesta segunda-feira, técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa) terminaram de recolher destroços que também vão ser usados para tentar apurar o que causou a queda da aeronave.

O avião, de prefixo PR-DOC, havia saído do Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, e caiu em uma pousada em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, quando se preparava para aterrissar no Aeroporto Francisco Álvares Assis, conhecido como aeroporto da Serrinha. A aeronave explodiu após a queda e ninguém a bordo sobreviveu. Entre os mortos estava o empresário Domingos Costa, de 58 anos, proprietário da empresa Vilma Alimentos, e seu filho Gabriel Barreira, de 14, além de quatro executivos da companhia e o piloto e co-piloto.

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O inquérito da Polícia Civil ficará a cargo do delegado Roney Cabral, de Juiz de Fora. A caixa preta da aeronave já está com uma equipe do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa), ligado ao Cenipa, que vai verificar o que ocorreu nos últimos momentos do voo. Ao se aproximar do aeroporto, o piloto Jair Barbosa, de 62, foi avisado de que não havia condições de pouso devido por causa de neblina.

De acordo com a polícia, uma perícia foi realizada no local do acidente pouco após a queda e ainda nesta semana devem ter início os depoimentos dos funcionários da pousada Aconchego de Minas, onde estavam 58 hóspedes no momento do acidente. O delegado também quer ouvir funcionários do aeroporto. Tanto o piloto quanto a aeronave estavam em situação regular. Segundo a polícia, as investigações realizadas pela Aeronáutica também vão ser anexadas ao inquérito.

A Corregedoria-Geral do Ministério Público de Goiás (MPE) iniciou, nesta sexta, investigações sobre uma "eventual infringência de dever funcional" do Procurador de Justiça, Demóstenes Lázaro Xavier Torres, durante sua permanência, a partir de 2001, no Senado Federal.

No entanto, o foco dos trabalhos se concentra mais nas denúncias de ter empregado o cargo de senador, do qual foi cassado há dois dias, por quebra de decoro parlamentar no suposto envolvimento com o bicheiro Carlos Augusto Ramos de Almeida, o Carlinhos Cachoeira.

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A decisão da Corregedoria foi possível porque Demóstenes, que é procurador de Justiça, retornou nesta quinta às suas antigas funções.

Como informou a Nota Oficial: "por ter Demóstenes Torres reassumido a 27ª Procuradoria de Justiça, foi iniciado o processo".

Denominado de "averiguação da reclamação disciplinar (2012.0036.6906)", o procedimento tem caráter sigiloso, e visa apurar responsabilidades.

Para estabelecer se ocorreu algum deslize do procurador, a Corregedoria disse ainda que serão requeridos junto ao Senado Federal e à Procuradoria Geral da República o envio de documentos específicos, cujos conteúdos não foram revelados na Nota Oficial.

Nesta sexta, Demóstenes Torres não apareceu na sua antiga sala, no terceiro andar. É que, após ter se apresentado ao MPE, na quinta, também requereu licença de cinco dias.

A assessoria de imprensa não informou se o prazo da licença será contado em dias úteis ou corridos.

A polícia Técnico-Científica de Goiás está fazendo um trabalho de rescaldo do acidente com o helicóptero para resgatar fragmentos e documentos reunidos sobre a chacina de Doverlândia. O helicóptero Koala AW119 Mk-II Enhanced, de prefixo PP-CQO, caiu esta semana minutos após a policia encerrar a segunda reconstituição do crime. Entre os oito mortos estavam os dois principais peritos criminais do caso: Fabiano de Paula Silva (37) e Marcel de Paula Oliveira (31).

De acordo com o médico legista Saulo de Tarso Menezes, a tragédia também atingiu a atuação dos peritos criminais na fase de coleta de provas do principal suspeito, Aparecido Alves, que também morreu no acidente. Muitos documentos estavam nas mãos do perito Fabiano Silva. Os resultados da perícia ainda não haviam sido repassados para a Policia.

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"Estamos vasculhando computadores, resgatamos fragmentos de anotações queimadas e buscando reunir tudo em um esforço concentrado", disse o médico-legista Saulo de Tarso Menezes, diretor do IML de Iporá (GO). A operação rescaldo teve início no local onde o helicóptero caiu. Foi na localidade que o médico-legista fez o primeiro reconhecimento de corpos. Ele também colheu fragmentos de anotações da reconstituição.

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