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A programação das emissoras no Brasil atende todos os gostos dos telespectadores. De novela a projeto infantil, os canais já tiveram situações que deixaram as pessoas de casa tremendo de medo. Pensando nisso, o LeiaJá relembra cinco pérolas aterrorizantes que revolucionaram a história da TV brasileira.

A saga do Cadeirudo

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Em A Indomada, o autor Aguinaldo Silva fez muita gente ficar com medo do misterioso Cadeirudo. Responsável por assustar mulheres em noites de lua cheia, o temido personagem não era um homem. No capítulo final, a turma de casa ficou sabendo que quem colocava o terror na cidade de Greenvile era a beata Lurdes Maria (Sônia de Paula). As cenas que mostravam o Cadeirudo correndo pelas ruas da fictícia Greenville deixavam o público arrepiado.

Xuxa assustadora

Xuxa Meneghel foi sempre sinônimo de beleza, de imagem apaziguadora. Mas no final dos anos 1980, a eterna rainha dos baixinhos fez os telespectadores da Globo ficarem com um certo trauma. Quando o filme Super Xuxa contra Baixo Astral invadiu a Sessão da Tarde, os pequenos e os adultos tinham repulsa assim que olhavam para a personagem da apresentadora caracterizada de forma assustadora.

Depois que conhece o vilão do longa-metragem, Xuxa se entristece com as coisas ruins do mundo. Olhando tudo aquilo, ela passa a entrar em um universo de escuridão. Salva por detalhes de bondade, a loira volta ao que era antes. A maquiagem que a fez ficar um pouco "possuída" gerou impacto em quem assistia.

Espírito em aniversário da avó

Na década de 1990, o programa Domingo Legal gerou repercussão com diversas reportagens intrigantes. Um dos momentos que marcaram a atração do SBT, quando era comandada por Gugu Liberato, foi um caso sobrenatural que aconteceu em Belém (PA). Durante a comemoração de um aniversário, em uma igreja, um espírito de um homem é registrado pela câmera.

Na filmagem, a pessoa foi ao local em que se comemorava o aniversário de uma senhora. Na época, o espírito em questão foi de Cláudio Ronaldo, que compareceu à igreja no dia do aniversário da avó. Ele estava acompanhando de um outro ser espiritual, apontado como anjo da guarda. O conteúdo exibido no Domingo Legal mexeu com os ânimos de muita gente.

Mascarado em A Viagem

A novela A Viagem foi um tremendo sucesso de 1994. No remake de Ivani Ribeiro, um dos personagens se juntou a Alexandre (Guilherme Fontes) e causou espanto aos que assistiam os capítulos. O mascarado da vila, o Adonay (Bruno Moroni), era tomado pelo mistério com sua fantasia de pierrô. O noivo desaparecido de Carmem (Suzy Rêgo) revolucionou ainda mais a história assim que resolveu tirar a máscara. Com o rosto queimado, o homem fez muito telespectador ter pânico de sua imagem.

Casos do Linha Direta

O Linha Direta voltou com tudo neste ano. Na Globo, o programa atualmente comandado por Pedro Bial já deixou o povo de casa com medo lá atrás. Quando a atração era apresentada por Marcelo Rezende e Domingo Meirelles, na década de 1990 e começo dos anos 2000, as pessoas ficavam arrepiadas com alguns dos casos abordados. Um misto de sentimentos borbulhava assim que as matérias eram exibidas. Os episódios misteriosos deram bastante o que falar.

Em entrevista à revista Veja, a cantora Simony, que está com 46 anos de idade, revelou que já concluiu seu tratamento contra o câncer.

A artista foi diagnosticada com a doença ainda em agosto de 2022 e de lá para cá seguiu compartilhando com os fãs as diversas fases da quimioterapia, os avanços e os efeitos colaterais como a queda do cabelo.

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Assim como em Preta Gil, a doença afetou seu intestino, e exigiu diversos procedimentos invasivos durante o processo de cura. Segundo a musa que fez a alegria de muitos adolescentes nos anos 80 e 90, ela ainda sente muito medo.

"A ansiedade continua, porque eu não tenho certeza de nada. É uma luta constante, vivo um dia de cada vez. Fraquejei várias vezes, chorei e quis ficar sozinha. Mas isso é super normal. É difícil lidar com uma doença que não se sabe o que vai acontecer. Fica muito perto da finitude, aí tem os filhos... Mas tem dois caminhos a escolher: ou passa com otimismo, acreditando que tudo vai dar certo, ou passa se martirizando, achando que vai morrer. Prefiro passar sorrindo", disse.

Apesar disso, ela admite que toda a experiência mudou a sua vida drasticamente.

"Para mim mudou tudo na vida. Hoje levo meu filho na escola, acordo de manhã cedo, dou prioridade à minha família. Amo minha carreira, mas amo estar com minha família. Porque não sei quando será meu último dia", desabafou.

Dezenas de mulheres e homens estão indo parar na emergência após terem utilizado pomadas modeladoras para tranças nas prévias carnavalescas que aconteceram neste fim de semana, na Região Metropolitana do Recife. Mais de 100 pessoas foram parar na emergência. 

De acordo com o g1, pelo menos 68 foram atendidas na Fundação Altino Ventura, a única emergência oftalmológica pública do Recife, entre o domingo (5) e o início da tarde desta segunda-feira (6). A queixa dos pacientes é irritação nos olhos após o uso de pomadas modeladoras durante as prévias. 

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A estudante de enfermagem de 19 anos, Thais Maely, foi uma das pessoas que usou a pomada modeladora para trança e teve a retina do olho arranhada pela ação do produto químico. A marca utilizada pela jovem foi a Negros Trançados, que não consta na lista da Anvisa sobre as recomendações. 

Ao LeiaJá, a Rainha da Bateria Auê, Thais, fez o penteado para uma apresentação em Olinda, ainda no sábado (4). “Começou a chover muito e eu senti uma irritação no olho. Na hora, percebi que seria a pomada, porque era a única coisa possível que estaria escorrendo no meu olho. Como eu estava com aplique no cabelo, soltei ele todo e levantei a cabeça para cima, para que a chuva pudesse bater e limpar, o que não deixou piorar a situação”, disse. 

A estudante contou ter sentido ardência só na hora da chuva, quando o produto caiu no olho, e ficou com a visão um pouco turva, mas melhorou depois. “De Olinda, eu fui para outro bloco e estava tranquilo. O meu olho só estava vermelho, mas eu não estava sentindo tanta dor, até dormir. Quando acordei, já não enxergava mais nada e a minha visão estava totalmente turva”, afirmou. 

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Thais disse ter ficado desesperada, com medo de perder a visão. “Eu fui dormir só com a irritação nos olhos e acordei sem enxergar nada. Não conseguia nem visualizar a tela do celular para ligar para alguém, e eu estava sozinha em casa. Consegui falar com a minha avó por ser o contato de emergência do meu celular. Já liguei pra ela chorando e desesperada”. 

Quando a avó chegou, já no domingo (5), ela lavou os olhos com soro fisiológico e correu para o hospital. Mesmo com plano de saúde, Maely observou que não teve nenhuma assistência. “O hospital que o plano de saúde mandou a gente ir não tinha emergência oftalmológica e lá me mandaram ir no SUS. Não fui porque estava lotado com casos similares e optei por ir num hospital particular, o Hope. Chegando lá, tinham 12 pessoas na minha frente e eu tive que pagar R$ 400 de consulta, porque estávamos desesperadas, tanto eu quanto a minha avó. A gente não sabia mais o que fazer. Eu gritava e chorava de dor, sem enxergar nada. E todas as meninas que chegavam lá estavam na mesma situação ou pior”. Os sintomas dela foram: tontura, dor de cabeça, ânsia de vômito e a visão totalmente turva. 

Segundo a jovem, havia 12 pessoas na frente com os mesmos sintomas, e a rede hospitalar estava com uma médica específica para atender estes casos. “Ela [a médica] falou que chegava muita gente com isso desde a madrugada. Ela foi bem clara e disse que a gente estava com produto químico no olho e que, quanto mais tempo passava, a gente tinha o risco de ter uma lesão mais séria. No meu caso, a minha retina arranhou. Além do mais, estavam colocando analgésico no nosso olho assim que a gente chegava, porque não dava pra abrir nem para examinar. Voltei ao hospital depois de 24 horas para retirar o curativo que a médica colocou no olho que estava mais arranhado, porque não pode colocar nos dois”, detalhou. 

A médica orientou que a paciente não fique na claridade, evite abrir os olhos, não pode mexer no celular e “sol nem pensar”, e passou um tratamento de oito dias. “Quando a gente compra a pomada, eles só pedem que a gente evite tomar banho de piscina e molhar o cabelo, mas não avisam que isso pode acontecer e a gente pode ter uma lesão tão séria assim no olho”, apontou a jovem. 

Especialistas reforçam que, para os penteados, devem ser utilizados gel sem álcool e gelatina sem álcool. A Anvisa proibiu, recentemente, algumas pomadas modeladoras de cabelo causadoras de efeitos adversos graves, como queimaduras nos olhos e cegueira. Dezenas de produtos foram alvos de ações da agência. 

As pomadas modeladoras têm sido utilizadas para penteados, principalmente em tranças, e são mais usadas em cabelos crespos e cacheados para trazer definição. Os produtos costumam fazer sucesso por deixar o cabelo mais consistente e fácil de modelar. Porém, em contato com a água, ele “derrete” e, ao tocar nos olhos, causa o problema. 

Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cancelou a regularização que autorizava a fabricação de sete pomadas modeladoras para cabelos por não estarem cumprindo as normas sanitárias previstas, segundo a Agência. A resolução foi publicada no Diário Oficial da União do dia 16 de janeiro. 

A marcas que foram objeto de medidas restritivas na comercialização e do uso, assim como a fabricação, dada a regulamentação, foram as seguintes marcas: Pomada Braids Hair, Pomada Cassu Braids Cassulinha Cabelos, Pomada Braids Tranças Poderosas Esponja Magic, Rosa Hair - Pomada Modeladora - Mega Fixação 150G, Pomada Modeladora Master Fix Black Ser Mulher, Pomada Black - Essenza Hair e Pomada Modeladora para Tranças Boxbraids (Fixa Liss). Todos têm a função de modular os cabelos.

A orientação da Anvisa é que os produtos fabricados especificamente pela Microfarma Indústria e Comércio Ltda, devem entrar em contato com a empresa para checar a forma de devolução, já que o fabricante deve recolher todos os produtos disponibilizados no mercado. Determina, ainda, que os estabelecimentos que tiverem produto para uso dos clientes devem suspender a utilização “imediatamente”.

A Agência já havia divulgado um alerta de prevenção à pomada Cassu Braids, no início de janeiro deste ano, depois de relatos de que o produto estaria causando danos aos olhos como irritação ocular, pálpebras inchadas, dor nos olhos e dificuldades para enxergar o cabelo. 

Todo mundo tem pavor de algo a ponto de nem poder chegar perto, né? E Juliette Freire não é diferente. Na última sexta-feira, dia 27, a ex-BBB revelou qual fobia carrega há anos.

Enquanto interagia com o fãs nas redes sociais, a paraibana comentou sobre o lançamento da série da Netflix que retrata o incêndio que tomou conta da Boate Kiss, no Rio Grande do Sul, em 2013. Nisso, ela entregou que tem muito medo de lugares fechados.

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"Eu não tenho coragem de assistir ao documentário da Kiss. Sempre tive fobia de lugares fechados, mas depois da tragédia… só de pensar, me falta ar. Já entro nos lugares procurando a saída de emergência. Foi uma das coisas mais tristes que já vi", escreveu no Twitter.

Por ter uma audição supersensível, a maioria dos pets tendem a ter medo do barulho de fogos de artifício. E isso por ser um problema no réveillon, já que as reações de desconforto demonstradas pelos animais podem causar danos físicos e até a morte. Além dos cachorros, os gatos também sofrem com os estrondos dos fogos por terem uma audição mais potente que os humanos.

Quadros de taquicardia, taquipneia, ansiedade e estresse muito alto causados pelo medo podem levar o animal a apresentar convulsões que podem evoluir para óbito, salientou a médica veterinária Gislaine Vasconcelos. “Infelizmente temos vários casos de pets que vieram a óbito por conta dos fogos. Nesse caso podemos citar aqueles animais que são cardiopatas ou epiléticos, que podem ter infartos, crises convulsivas e, muitas vezes, não dá tempo de socorrer esse paciente para a emergência. Ainda temos os casos de pets assustados que fogem de casa e correm risco de atropelamento, pets que, pelo medo, pulam de grandes alturas. São várias situações que podem acontecer e levar ao óbito deles por conta do medo dos fogos”, frisou. 

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A médica veterinária explicou que o tutor pode adotar medidas para manter o animal mais calmo, como o uso da aromaterapia e cromoterapia. “O uso de cheiros e de luzes de cores diferentes também podem ser aliados à musicoterapia para acalmar o animal. Já existem várias playlists de músicas para acalmá-los e que realmente funcionam. Além disso, o tutor pode utilizar florais, mas é preciso de um uso de meses até vermos o efeito. Adestradores também possuem técnicas de dessensibilização que ‘treinam’ o animal para não ficar tão assustado com o barulho dos fogos”, detalhou. 

Por sua vez, o adestrador Paulo Aires (@caocapaz) destacou que não dá para resolver a questão do medo dos fogos de artifício de uma hora para a outra, é preciso de tempo. No entanto, ele deu dicas do que fazer para reduzir os danos ocasionados pelo medo do barulho. “Para um cão que apenas late com medo, o ideal é levá-lo para um ambiente fechado e ficar com ele lá, caso ele não tolere ficar sozinho, pois é onde o som dos fogos é mais baixo. Colocar alguma música mais calma com um volume mais alto ajuda a abafar o som dos fogos e talvez seja suficiente”, afirmou. 

Para os cães mais sensíveis, segundo Paulo, é indicado ter outros tipos de cuidados. “Os que costumam chorar, correr para se abrigar (alguns até tentam pular janelas), derrubar objetos, os cuidados devem ser mais intensos: retirar objetos que possam machucar, fechar as janelas, passear ou brincar antes do momento dos fogos para que eles estejam mais relaxados. Também há a possibilidade de trabalhar com mordedores naturais e/ou recheados no momento da queima de fogos”.

O adestrador chamou atenção para o uso de remédios que "aparentemente acalmam o cão”. “Na verdade, eles só tiram a capacidade do animal de reagir ao estímulo, o que faz a experiência ser ainda mais traumática. Se for fazer o uso de algum medicamento, consulte o melhor veterinário que você puder”, afirmou. 

Ainda de acordo com Paulo Aires, os cuidados preventivos devem ser feitos antes da época em que os fogos acontecem, como o Réveillon, São João, Copa do Mundo, pois o cão precisa aprender a lidar com os estímulos de forma artificial, em casa. “O tutor pode, por exemplo, procurar vídeos na internet com som de fogos e colocar num volume bem baixo, que não incomoda o cão (mas também é percebido por ele) e brincar, dar a alimentação dele ou - o  melhor de tudo - treinar alguns comandos, associando aquele som com algo bastante divertido. Conforme o cão for ficando mais à vontade, o volume pode ser aumentado aos poucos, de forma que o cão praticamente não perceba esse aumento. Tudo isso deve ser iniciado em fevereiro, não em dezembro, e de preferência com o acompanhamento de um adestrador de metodologia positiva”, pontuou.

De acordo com a médica veterinária Gislaine Vasconcelos, ainda que o animal não tenha medo dos fogos de artifício, é preciso que o tutor tenha atenção com a distância da explosão. “Assim como nos humanos, o barulho muito alto pode causar perda de audição temporária ou definitiva, bem como inflamação do tímpano, as quais podem levar a problemas de equilíbrio, como labirintite, visto que o ouvido participa do equilíbrio do corpo”, orientou. 

A especialista acrescentou, ainda, que os gatos também sofrem com o barulho dos fogos e que respondem bem às técnicas já indicadas de cromoterapia e aromaterapia. “É interessante também isolar esses animais num cômodo da casa onde o barulho dos fogos seja menos audível, para que as outras técnicas tenham melhores resultados. Isso serve para os cães também”.

Uma jovem de 26 anos identificada como Walirrane Ramos pulou de um carro em movimento por achar que seria sequestrada e estuprada por um motorista de aplicativo, em Goiânia, na madrugada de segunda-feira (19). A jovem, que sofreu vários ferimentos, disse ter pulado por ter ficado com medo depois do motorista ter feito diversas perguntas, segundo o G1. O homem enviou uma carta com pedido de desculpas à jovem no dia seguinte. 

A designer contou que tirou o cinto sem o condutor perceber, abriu a porta do carro e pulou. "Eu fiquei inconsciente. Me disseram que foi ele que chamou o socorro para mim e que depois ele foi embora, fugiu do local. Minha bolsa estava dentro do carro dele. Quando foi ontem, jogaram minha bolsa no quintal de casa e tinha uma carta dele", informou. 

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Walirrane solicitou uma viagem para o Setor Morada do Sol, onde vive, mas pulou do carro na região do Setor Vila Redenção. A passageira contou que o motorista começou a fazer diversas perguntas assim que ela entrou no carro, ao ponto de incomodá-la. Foi quando ela conferiu o rosto do motorista com o que aparecia no aplicativo e viu que eram bem diferentes, então começou a ficar com medo e mandou mensagem para um amigo.

"Eu estava mexendo no celular e ele começou a puxar assunto comigo. E eu não estava entendendo o que ele estava falando por causa da altura do som. Quando eu vi que estava incomodando, eu olhei no aplicativo e vi que não era a mesma pessoa, que era bem mais novo do que na foto. Eu mandei mensagem para o meu amigo falando que estava com medo", disse.

O amigo a orientou a voltar para a casa dele e falar que havia esquecido a chave da residência. Ao fazer isso, Walirrane contou que ele ficou nervoso e começou a acelerar o carro, e ainda teria cobrado um valor de R$ 10 a mais pela corrida para levá-la de volta.

"Só vi que ele acelerou o carro e eu já fiquei com medo, perguntei se ia me levar para buscar a chave e ele não me respondeu. Aí eu baixei o vidro e o vidro arribou. Aí eu pensei 'não é possível', abaixei de novo e o vidro arribou. Aí eu pensei 'eu não vou ficar aqui'", afirmou. 

A jovem teve diversos ferimentos e foi levada ao Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo). Ela ficou internada todo o dia e teve alta na noite de segunda-feira.

 

Boletim de ocorrência

Walirrane procurou uma delegacia de polícia na quarta-feira (21) para registrar uma ocorrência sobre o assunto e teve acesso a um boletim registrado pelo próprio motorista na noite do ocorrido, onde ele relatou que a mulher pulou do carro em movimento e que não sabia se ela teve fraturas. 

 

Carta com pedido de desculpas

No final da tarde de terça-feira, a designer contou que alguém jogou a bolsa que tinha ficado dentro do carro no quintal da residência e dentro havia uma carta com pedido de desculpas. 

"Quero que saiba que em nenhum momento quis fazer maldade com você, pois sou casado e tenho filhos. Estou passando por um momento difícil financeiramente, por isso estava usando a conta do meu pai, pois a minha conta ainda não foi aprovada por ser recente", disse o motorista na carta. 

Ele escreveu que foi ele mesmo quem chamou a ambulância no dia do ocorrido e que saiu do local, pois estava com medo da reação das pessoas, e que só percebeu que a bolsa estava no carro dele quando chegou em casa. 

Walirrane afirmou que ainda não sabe o que pensar depois de ter recebido a carta. "Estou tão confusa, porque na hora eu tinha certeza de que algo ia acontecer. Depois que ele mandou a carta, não sei".

Mais da metade dos brasileiros se sentem inseguros de andar sozinhos à noite nas ruas. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, feita no último trimestre de 2021 e divulgada hoje (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual de pessoas que se sentem inseguras ou muito inseguras para sair às ruas depois que o sol se põe chega a 51,7%.

A maior sensação de insegurança foi observada na Região Norte, onde o percentual chega a 60,4%. No Sul,a sensação é menor, atingindo 38,1% das pessoas. Nas demais regiões, os percentuais são: Nordeste (54,4%), Sudeste (53,1%) e Centro-Oeste (50,4%).

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“É um período associado a menor fluxo de pessoas, a ruas mais vazias, menos iluminadas. Isso é um fator gerador de medo e insegurança”, diz a pesquisadora do IBGE Alessandra Brito.

O percentual de brasileiros inseguros durante o período diurno é menor: 20,3% dos brasileiros têm medo de andar sozinhos nesse horário. Na média, a sensação de insegurança em qualquer hora do dia atinge 28,8% dos brasileiros.

A pesquisa também ouviu dos entrevistados se eles se sentiam seguros dentro e fora de casa. Aqueles que têm sensação de segurança dentro do domicílio chegam a 89,5%. Aqueles que se sentem seguros em seu bairro caem para 72,1% e aqueles que dizem sentir segurança ao circular pela cidade como um todo despencam para 54,6%.

Quando analisadas as zonas urbana e rural, o percentual de sensação de segurança dentro de casa é praticamente o mesmo (89,5% para a cidade e 89,6% para o campo). Mas quando analisada a sensação em relação ao bairro e à cidade, há divergências.

Na zona urbana, as pessoas que dizem se sentir seguras no bairro são 70,2% e, na cidade como um todo, 52,8%. Na zona rural, a sensação de segurança no bairro atinge 84,3% das pessoas, enquanto aqueles que se sentem seguros na cidade como um todo são 66,5%.

As mulheres, em geral, se sentem mais inseguras que os homens. Aquelas que sentem seguras em casa são 88,6%, no bairro, 69,5% e na cidade, 51,6%. Por outro lado, os percentuais para os homens são de 90,5%, 75% e 58%, respectivamente.

As vítimas de roubos e furtos também demonstram menos segurança. Enquanto entre as pessoas que não sofreram roubo no último ano, 71,6% se sentem seguras, entre as vítimas de roubo, a proporção daqueles que se sentem seguros cai para 37,6%.

Os maiores riscos de vitimização percebidos pelos brasileiros são ser assaltado ou ter seus carros, motos ou bicicletas furtados. Segundo a pesquisa, 40% dos entrevistas percebem risco alto ou médio de ser assaltado nas ruas, 38,1% de ser assaltado no transporte coletivo, 37,2% de ter carro, moto ou bicicleta roubado/furtado e 29,5% de ser roubado dentro de seu domicílio.

Homens x mulheres

Comparando homens e mulheres, os entrevistados do sexo masculino têm mais medo (13,5%) que as mulheres (8,5%) de ser vítimas de violência policial. Além disso, 13,4% dos homens têm medo de ser confundidos com bandidos, enquanto entre as mulheres esse receio só atinge 6,9% delas.

O medo de ser vítima de agressão sexual atinge mais mulheres (20,2%) do que homens (5,7%). “Em geral, as mulheres têm percepção de risco alto e médio maiores para quase tudo [ser assaltada, ter sua casa assaltada, ser vítima de violência física, ser assassinada, estar no meio de um tiroteio etc], mas a diferença mais gritante é ser vítima de agressão sexual”, explica Alessandra.

Brancos x negros

A pesquisa também mostra que os negros têm mais medo de ser vítimas da polícia, de ser assassinados ou ser baleados do que os brancos. Em relação à violência policial, 12,8% dos negros têm receio de ser vítimas, enquanto entre os brancos esse medo atinge 8,5%. O medo de ser confundido com bandido pela polícia afeta 12,5% dos negros e 6,8% dos brancos.

Os negros que percebem risco médio ou alto para bala perdida são 18,3%, para estar no meio de um tiroteio, 18% e de ser assassinado, 14%. Para os brancos, os percentuais são de 14,2%, 13,9% e 11,5%, respectivamente.

O risco de ser sequestrado, por outro lado, é percebido mais por brancos (13%) do que por negros (10,6%).

Mudança de hábito

O medo da violência também faz com que muitos brasileiros mudem seus hábitos. De acordo com a pesquisa, mais da metade das mulheres evitam atitudes como chegar ou sair muito tarde de casa (63,6%), ir a caixas eletrônicos de rua à noite (57,2%), usar o celular em locais públicos (57,6%), ir a lugares com poucas pessoas circulando (56,6%) e conversar com pessoas desconhecidas em público (55,2%).

Os homens também buscam evitar as mesmas coisas que as mulheres, mas em proporção menor: chegar ou sair muito tarde de casa (49,4%), ir a caixas eletrônicos de rua à noite (48,9%), usar o celular em locais públicos (44,7%), ir a lugares com poucas pessoas circulando (42,8%) e conversar com pessoas desconhecidas em público (42,8%).

Sobre o papel da informação na sensação de insegurança, o IBGE mostrou que 77% das pessoas que não se informam sobre violência se sentem seguras, contra 73,4% dos que se informam por redes sociais, 70,7% por rádio e TV, 70,2% por conversas com parentes e amigos, 69,1% por jornais ou revistas impressos e 68,4% por jornais e revistas na internet.

A maioria dos brasileiros também busca tornar sua casa mais segura. De acordo com a pesquisa, 68% dos domicílios do país têm algum dispositivo ou profissional para segurança. No Sul, o percentual chega a 76,2%, enquanto no Nordeste a parcela é de 60,8%.

As travas, trancas ou fechaduras reforçadas respondem por 41% dos mecanismos de proteção, seguidas por muros altos e/ou com cacos de vidros e arame farpado (35,5%), cachorro ou outro animal de proteção (29%) e câmeras ou alarmes (17,1%).

O segundo turno é o momento em que o peso da rejeição fica ainda mais determinante para o resultado das eleições. Nesta reta final, apoiar a campanha em cima do medo dos eleitores com a possível vitória do adversário pode tomar o efeito reverso e favorecer a aprovação do concorrente. 

Em um cenário polarizado, o doutor em Ciência Política Rodolfo Marques entende que a estratégia de estimular o medo do eleitorado faz parte do processo e frisar a importância da liberdade traz efeitos positivos para a campanha. Contudo, essa relação se conecta com mais facilidade com o eleitor já predisposto ao voto.

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"Essa questão do tom salvador, desse messianismo, existe exatamente com a perspectiva de propagar o medo. Por isso, as campanhas brigam para transferir o máximo de rejeição para a campanha adversária e o medo entra nesse contexto", analisou.

A corrente lulista aponta Jair Bolsonaro (PL) como um antidemocrata e que sua reeleição põe em risco as instituições brasileiras. A militância bolsonarista afirma que o retorno de Lula (PT) vai cercear liberdades individuais. Ambas defendem que o governo do concorrente pode instaurar uma nova ditadura no Brasil.   

No entendimento do estudioso, esse tipo de estratégia é perigosa e pode ceder a vitória para o lado oposto. "Quando se radicaliza demais o discurso ou quando alguns recursos são utilizados, como notícias falsas, há sim o risco de haver uma rejeição ampliada sobre si. Então, há uma percepção de jogo baixo. Existe sim esse risco e essa possibilidade de você perder votos se você explora mais a questão do medo", comentou.

A experiência da nona eleição geral no Brasil deixou o eleitor mais sagaz e evoluiu os meios de controle para limitar a influência do meio nesse processo. Acostumados a campanhas mais presentes nas plataformas digitais, os cidadãos também têm um regramento eleitoral mais sólido a seu favor.

  "Ao mesmo tempo que estamos mais exposto às ameaças, nós, enquanto eleitores, temos mais remédios institucionais e mais informação e conhecimento, não só para combater as notícias falsas, mas também para tomarmos as nossas decisões com bases democráticas", complementou Rodolfo Marques.

O principal órgão de segurança do mundo afirmou nesta quinta-feira (22) que as leis adotadas pela Rússia após a invasão da Ucrânia criaram um "clima de medo e intimidação" que restringe o trabalho de jornalistas e ativistas.

O relatório da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) indica que "a repressão se intensificou gradualmente desde 2012 (...) e atingiu seu auge com as novas leis adotadas após o início da guerra" na Ucrânia.

De acordo com o relatório, há "um clima de medo e intimidação" criado pelo uso do direito penal, violência contra ativistas e a imprensa, propaganda e outras táticas.

Os novos dispositivos legais levaram ativistas, jornalistas, advogados e outros a “reduzir ou abandonar suas atividades ou deixar o país”.

"Sucessivamente, todas as agências policiais federais e regionais foram colocadas sob o controle direto do presidente", acrescenta Vladimir Putin.

A Rússia não participou do estudo nem respondeu ao pedido dos autores para visitar o país, segundo o documento visto pela AFP.

Dois relatórios anteriores iniciados por membros da OSCE se concentram na Ucrânia e acusam a Rússia de "padrões claros de violações do direito internacional humanitário".

Ao discursar na OSCE em Viena, Evgenia Kara-Murza, esposa de um ativista russo detido, pediu aos países ocidentais que apoiem a sociedade civil russa.

Seu marido Vladimir Kara-Murza, um crítico proeminente de Putin, foi preso em abril por denunciar o conflito na Ucrânia e pode ser condenado à prisão.

"É muito importante lembrar que esta invasão da Ucrânia está ocorrendo no contexto de repressão maciça na Rússia", disse Evgenia Kara-Murza a repórteres em Viena.

Os dois irmãos de Jonas Lucas Alves Dias, ganhador de R$ 47,1 milhões na Mega-Sena que foi sequestrado e morto em Hortolândia, interior de São Paulo, agora vivem escondidos. Eles se mudaram das casas em que moravam após a morte do familiar e mantém os novos endereços em sigilo. A irmã de Jonas, que morava com ele, teria desistido de permanecer na residência e se mudou para um local ignorado. O mesmo aconteceu com o irmão mais velho, de 65 anos - Jonas tinha 55.

Além do medo, diante da violência cometida contra Jonas, eles teriam se assustado com a repercussão do caso. Vizinhos dos novos ricos - os irmãos são herdeiros da fortuna deixada pelo falecido, pois ele não era casado nem tinha filhos - confirmaram que eles se mudaram, mas ninguém sabe para onde.

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No bairro Rosolém, onde Jonas morava com a irmã, a informação é de que ela e o irmão passaram a morar em um condomínio fechado, por razões de segurança. Eles informaram seus novos paradeiros apenas à polícia, pois o inquérito que apura o crime ainda não foi concluído. Os irmãos chegaram a ser ouvidos no início da investigação, por causa do parentesco e pela proximidade com o irmão assassinado.

Antes de ser arrebatado pelos criminosos, Dias passou em uma padaria, comprou pães e levou para a irmã. Ela foi a última parente a vê-lo ainda com vida. Mesmo depois de ter se tornado milionário, o homem continuou levando uma vida simples. Amigos insistiam para que ele se mudasse para um local mais seguro ou contratasse seguranças, mas ele rejeitava mudar sua rotina.

Dias usufruiu pouco de sua fortuna que, aplicada de forma conservadora, poderia render mais de R$ 200 mil por mês. Além de reformar a casa onde morava com a irmã, adquiriu um sítio com pesqueiro no município de Conchas, região de Botucatu. Também comprou uma picape, um jipe e outro utilitário bastante usado. Além de ajudar financeiramente os irmãos, o ganhador da Mega-Sena teria emprestado dinheiro para um amigo comprar uma casa.

Bandidos tentaram tirar R$ 3 milhões da conta da vítima

Jonas foi arrebatado pelos criminosos após sair de casa para uma caminhada pelo bairro, por volta das 6h30 do último dia 13. Os bandidos o obrigaram a fazer saques e transferências no valor de pouco mais de R$ 20 mil e tentaram tirar R$ 3 milhões de sua conta, mas o saque foi negado pelo banco. A vítima chegou a insistir com a gerente para que o montante fosse liberado, mas ela seguiu as normas bancárias que dificultam o repasse imediato dessa quantia de dinheiro.

Conforme a polícia, o milionário foi brutalmente espancado e jogado à margem da Rodovia dos Bandeirantes. Ele foi encontrado desacordado no início da manhã do dia 14 e levado em ambulância da concessionária para um hospital de Hortolândia, mas não resistiu.

Quatro suspeitos de envolvimento no crime foram identificados e dois estão presos: Rogério de Almeida Spíndola, de 48 anos, e Rebeca Messias Pereira Batista, de 24. Os dois negam participação no crime. Outros dois suspeitos - Marcos Vinicyus Sales de Oliveira, de 22 anos, e Roberto Jeferson da Silva, 48 - são considerados foragidos. Os quatro já tiveram as prisões decretadas. O Estadão não conseguiu contato com os outros dois.

"Se morrermos, acontecerá em um segundo e não sofreremos", diz Anastasia, moradora de Marganets. Nesta cidade ucraniana, a poucos quilômetros da usina nuclear de Zaporizhzhia, ocupada pelas tropas russas, a população vive com medo constante.

Nos últimos dias, Kiev e Moscou se acusaram mutuamente de realizar bombardeios no complexo da usina nuclear, a maior da Europa.

Na quinta-feira, os ataques danificaram alguns sensores de nível de radioatividade.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) alertou para a gravidade da situação.

Marganets está a apenas 13 quilômetros de Zaporizhzhia. A cidade, localizada no topo de uma colina, permanece sob controle ucraniano e dela é possível ver, do outro lado do rio Dnieper, a usina nuclear construída nos tempos soviéticos.

"Se morrermos, acontecerá em um segundo e não sofreremos. Me tranquiliza saber que meu filho e minha família não sofrerão", diz Anastasia, 30 anos, fazendo compras.

- "Coisas terríveis" -

A usina nuclear de Zaporizhzhia está na linha de frente desde que foi tomada pelas tropas russas no início de março, dias após o Kremlin ordenar a invasão da Ucrânia.

Em Marganets, os militares ucranianos aconselham a não se aproximar da margem do rio Dnieper, por medo de que o inimigo atire da margem oposta, a cerca de 6 quilômetros de distância.

A cidade, que tinha cerca de 50.000 habitantes antes da guerra, tem um centro animado onde as pessoas vivem suas vidas diárias além dos pensamentos sombrios e rumores persistentes sobre o estado dos seis reatores da usina.

"Estou com medo por meus pais e por mim. Quero viver e aproveitar a vida nesta cidade", diz Ksenia, de 18 anos, que atende clientes em um café na principal rua comercial.

"O medo é constante. E as notícias dizem que a situação na usina é muito tensa, então cada segundo que passa é terrível. Você tem medo de dormir, porque coisas horríveis acontecem à noite", acrescenta.

Em Marganets e Nikopol, outra cidade a uma curta distância rio abaixo, 17 pessoas foram mortas esta semana em ataques noturnos, segundo autoridades locais.

A Ucrânia acusa a Rússia de disparar do outro lado do rio e de dentro do complexo nuclear.

As tropas ucranianas se abstêm de responder por medo de desencadear uma catástrofe.

Na sexta-feira, um alto funcionário ucraniano disse à AFP que as tropas russas estão até "atirando em algumas áreas da usina para dar a impressão de que a Ucrânia está fazendo isso".

Uma situação que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, descreveu como "chantagem nuclear".

"Acho que os russos estão usando a usina como um ás, para perseguir seus próprios objetivos", diz Anton, de 37 anos.

A Ucrânia foi em 1986 cenário do desastre nuclear de Chernobyl, 530 quilômetros a noroeste de Marganets.

Naquele ano, um reator nuclear explodiu, liberando radiação na atmosfera. Cerca de 600.000 pessoas foram alistadas como "liquidadores", encarregados de descontaminar a terra ao redor da usina.

O número oficial de mortos é de apenas 31, mas algumas estimativas falam de dezenas de milhares e até centenas de milhares de mortes.

Em Marganets existe um monumento a esses "liquidadores".

Ao lado da cratera aberta por um foguete que caiu em Marganets à noite, Sergei Volokitin, de 54 anos, relembra aqueles tempos.

"Depois que me formei trabalhei na mina, e na minha equipe havia duas pessoas que eram liquidadores", lembra.

"Sabíamos tudo o que acontecia lá. Conhecemos os efeitos da radiação e quais serão as consequências se algo acontecer".

No lugar de tutoriais de maquiagem, orientações de como ajustar o retrovisor. Em vez das já famosas dancinhas, técnicas de baliza. Um novo nicho de produção de conteúdo tem ganhado força em redes como a plataforma de vídeos curtos Tiktok: o de materiais que falam sobre medo de dirigir e reúnem conselhos de como driblar isso. As dicas tratam desde aspectos mais práticos a maneiras de tranquilizar motoristas que querem sair com o carro.

Em parte dos casos, mesmo quem já tirou carteira nacional de habilitação (CNH) se sente paralisado ao pegar no volante. A Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) estima que oito a cada dez pessoas que sofrem com medo de dirigir já estão habilitadas e que ao menos duas milhões de pessoas têm essa condição no País - a grande maioria, mulheres. O "empurrão" dado por dicas sobre o assunto, além da criação de redes de apoio, tem ajudado algumas delas a virar a chave. Por outro lado, a venda de cursos online sobre o tema por profissionais não especializados exige atenção, alertam especialistas.

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A pedagoga e psicanalista Aline Rosário, de 32 anos, decidiu criar conteúdo nesse nicho quando percebeu que outras mulheres passam pela mesma situação vivenciada por ela anos atrás: a de ter medo de dirigir, mas, ao mesmo tempo, não encontrar ajuda para enfrentar isso.

"Após superar meu medo, decidi fazer pós-graduação em Psicanálise e me dediquei aos estudos sobre o tema 'medo de dirigir' em 2018. Desde então, não parei mais", explica. Hoje, ela produz conteúdo rotineiramente e reúne mais de 75 mil seguidores em perfil criado para abordar o tema no Tiktok. No Instagram, são 67 mil.

Os conteúdos avançaram tanto que Aline, moradora de Balneário Camboriú (SC), lançou dois cursos online focados no assunto. "Como já são mais de 2 mil alunas nos meus cursos, precisei abrir mão da minha profissão como pedagoga para me dedicar 100% às minhas alunas e à criação de conteúdo nas redes sociais. Essa é minha principal fonte de renda."

Há cerca de um ano, a estudante de Psicologia Tayse Alves, de 34 anos, adotou caminho parecido e lançou um perfil focado em medo de dirigir no Tiktok, agora com mais de 100 mil seguidores. Com o sucesso das publicações, ela também vende um curso online. "O público maior são mulheres que já tiraram a CNH há muitos anos e não conseguem dirigir sozinhas. Grande parte só dirigiu na autoescola porque tinha o instrutor ao lado. Em casa, na realidade delas, paralisam e não dirigem mais."

Diversos perfis seguem a mesma fórmula: produzem conteúdos dando dicas sobre medo de dirigir para atingir uma quantidade grande de pessoas e também oferecem cursos mais específicos - a partir deles, são criados grupos de apoio para compartilhamento de experiências, em redes como Facebook, WhatsApp e Telegram. O que muda um pouco são os enfoques. Enquanto alguns são mais voltados para a questão psicológica, outros dão mais espaço para dicas práticas - por vezes, o que falta para ter mais confiança.

Moradora de São Pedro da Aldeia (RJ), Izabella Souza, de 40 anos, se formou como instrutora em 2015. Em autoescolas, porém, só trabalhou por dois anos: "Logo percebi que eu poderia ser muito mais útil ajudando as diversas mulheres que voltavam na autoescola e falavam que não estavam dirigindo por causa do medo."

Observando ali uma oportunidade, abriu a empresa Bellas no Trânsito, focada em dar aulas para mulheres com medo de dirigir. "Comecei, então, a gravar as aulas e a explicar tudo que fazia nas aulas presenciais. Os vídeos foram alcançando muitas pessoas", explicou Izabella, que hoje também cursa Psicologia.

Com presença ainda tímida no Tiktok, o perfil da instrutora no Instagram, principal rede usada por ela, reúne quase 150 mil seguidores. No Facebook, há ainda um grupo privado onde alunos e ex-alunos trocam experiências e se ajudam. Mais de 5 mil pessoas já foram atendidas por Izabella no curso online. Uma delas, a dona de casa Nadia Almeida, de 52 anos.

Embora tenha tirado a CNH em 2004, Nadia sempre teve medo de sair com o carro. Ela associa a situação ao trauma motivado pela morte do irmão mais velho em um acidente de carro quando ainda era pequena - ela tinha apenas seis anos. "Apesar de trabalhar como motorista, meu pai não me incentivou a dirigir depois daquilo", disse a dona de casa, que mora na Ilha do Governador (RJ).

Persistente, Nadia conta que conseguiu tirar a carteira ainda assim, mas diz que só depois sentiu o peso de conduzir um carro. Outros acontecimentos também se somaram para que ficasse paralisada ao tentar dirigir "na vida real". "Uma das falas que me deixou traumatizada foi, na aula do Detran, o professor falar que o carro era uma arma, aquilo ficou na minha mente como algo negativo", disse.

Depois disso, a dona de casa até tentou fazer aulas presenciais com instrutores particulares - como as oferecidas por autoescola para quem já tem habilitação -, mas o método também não funcionou. Nos últimos anos, quando já pensava em desistir, Nadia passou a consumir conteúdos para pessoas como ela e focou nas dicas de pessoas como Izabella. "Me chamou atenção primeiro por ser uma mulher, algo que eu não via."

Como estava gostando, resolveu, então, dar uma última cartada no começo da pandemia, mais de 15 anos após ter tirado a carteira. "Pedi para meu marido me dar o curso online de presente e comecei a fazer", relembra. Além das aulas, a dona de casa também entrou no grupo de apoio do curso no Facebook, iniciativa que conta ter ajudado bastante. Após pegar o carro e aplicar as dicas de forma gradativa, hoje se considera uma motorista funcional e conta que inclusive ajudou a filha tirar a CNH. "Foi uma vitória."

O relato é similar ao de outra aluna, a paulistana Marcia Maria de Araújo, de 45 anos. Também dona de casa, ela conta ter tirado carteira de motorista há cerca de cinco anos, o que não significa que começou a dirigir desde então. "Eu até tentava algumas, mas sem sucesso", relembra.

Com filho autista, Marcia conta que a condição a limitava bastante, uma vez que não conseguia levá-lo a sessões de terapia ocupacional e a outras consultas. "Dependia que meu marido levasse, mas às vezes ele estava trabalhando, ou de pegar condução (transporte público)", explicou a dona de casa. Neste último caso, no entanto, ela conta que o filho ficava estressado em algumas situações, o que foi aumentando a urgência para que ela procurasse uma solução.

Há cerca de um ano, a dona de casa começou a consumir conteúdos nas redes sociais que abordavam desde dicas práticas sobre como estacionar a formas de vencer o medo e a ansiedade, além de fazer o mesmo curso online que Nadia. Passou, então, a aplicar as dicas aos poucos e a se empolgar com a evolução - até chegar na condição atual. "Moro na zona leste e meu filho faz terapia na zona norte, no Tucuruvi. Agora consigo sair com o carro para levá-lo", disse ela, que busca repassar o que aprendeu em grupos de apoio com outros motoristas.

É preciso cuidado com curso online, dizem especialistas

A venda de cursos online sobre medo de dirigir por profissionais não especializados em instrução de trânsito ou mesmo em psicologia ou medicina exige cuidados, apontam especialistas.

Professor de Psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Enzo Bissoli diz que não há uma regulamentação que impossibilite a uma pessoa dar um curso sobre um aprendizado da vida dela. O que se tem são limitações quanto ao exercício ilegal de uma profissão. Ainda assim, ele destaca que, sobretudo no caso práticas relacionadas a sofrimentos adquiridos, a recomendação é que a abordagem seja feito por um profissional da saúde e/ou que esteja capacitado e orientado para olhar para essas questões.

"Quando tenho uma pessoa que superou o medo, por exemplo, ela tem mérito por ter superado o medo dela, certamente se esforçou e descobriu jeitos de construir uma vida diferente", disse. Por outro lado, ele alerta que uma experiência individual pode não ser suficiente para pautar escolhas de interferência na vida de outras pessoas que vão produzir efeitos diretos no bem-estar, o que requer um maior cuidado.

Para a médica de tráfego Juliana de Barros Guimarães, da Comissão de Saúde Mental da Abramet, os materiais vendidos na internet requerem maior cuidado, sobretudo se miram travas psicológicas.

Se, por um lado, a médica explica que, no caso de materiais voltados para dicas mais do dia a dia sobre como dirigir, a oferta de cursos é mais descomplicada. Por outro, reforça que, quando se entra na seara de dicas focadas em aspectos psicológicos que não permitem que as pessoas dirijam, a questão é mais sensível e deve ser olhada com mais cuidado.

"Nesse caso, você (aluno) não sabe com quem está mexendo. Pode ser alguém que não tenha preparo científico, capacitação e formação para identificar se a pessoa é insegura apenas ou se há componente emocional nisso", explica. A parte complexa é que muitos produtores de conteúdo do Tiktok e de outras redes misturam essas duas frentes, o que torna a questão difícil de ser mapeada.

Ainda assim, Juliana reforça que, em casos mais graves, é importante haver o encaminhamento de alunos para profissionais qualificados em tratar questões mais complexas, como transtornos de ansiedade. Ou mesmo o atendimento individualizado de algumas pessoas, quando os próprios produtores de conteúdo são profissionais da área. "É o psicólogo ou o psiquiatra que vai poder identificar e diagnosticar (um transtorno), fazendo um trabalho junto com essas pessoas, para que um determinado instrutor possa ajudá-lo ou não."

Medo de dirigir não é o mesmo que amaxofobia

Um ponto importante, explicam os especialistas, é entender que o medo de dirigir não é em todos os casos uma fobia, que, neste caso, tem até um nome específico: amaxofobia. Enquanto o medo de dirigir, diz Juliana, é uma reação inerente do ser humano, que pode gerar instintos de defesa e que, em casos mais graves, pode até ser paralisante, a fobia é algo mais sério, que requer tratamento de profissionais capacitados.

"Muitas vezes, o medo começa paulatinamente e vai crescendo, quando não tem o devido olhar, o devido tratamento", diz. A médica reforça que os motivos para isso podem ser diversos: abarcam desde traumas específicos a questões mais triviais, que fazem as pessoas não se sentirem capazes de dirigir. "Quando esse medo é exacerbado, o caso estaria encaixado melhor no que seria uma amaxofobia, que é uma fobia específica e que pode estar associada a transtornos de ansiedade."

No caso da fobia de dirigir, Enzo Bissoli reforça que a importância de se ter acompanhamento especializado é ainda maior. "Quando vamos para estados crônicos, em que a pessoa não consegue desenvolver a atividade, tem sintomas físicos intensos no contexto da atividade e descreve sofrimento agudo (...) isso dificilmente poderá ser adequadamente cuidado sem acompanhamento frequente de psicólogos e médicos psiquiátricos."

O risco, caso isso não seja feito, é agravar ainda mais a situação. "Como todas as fobias que são relacionadas a padrões de ansiedade, o problema de não ter tratamento adequado logo de cara é sair de um situação episódica e entrar em uma crônica", alerta. "Ela começa não dirigindo. Depois, não indo de carro. Daqui a pouco, fica mais em casa. E aí a coisa vai progredindo, o prognóstico não é bom."

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que 7,5% da população brasileira sofre com transtornos de ansiedade. Sobre, especificamente, a amaxofobia, Juliana reforça que as pesquisas ainda são escassas, mas complementa que a percepção de quem trabalha na área é de que esse tipo de fobia ainda é bastante subnotificado.

Estimativa da Abramet com dados coletados no período entre 2009 e 2018 aponta que duas milhões de pessoas sofrem com medo de dirigir no País, mas não há distinção de quantos casos tratam-se de fobias. Uma das causas seria a percepção de que há baixa procura por atendimento médico para tratar a questão. A médica reforça que, quando os sintomas se manifestam de forma intensa, atrapalhando inclusive outras atividades da rotina, as orientações são procurar um psicólogo ou médico especializado.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede) chamou o presidente Jair Bolsonaro (PL) de “canalha”, nesta quarta-feira (20), e pediu que a população não tivesse medo de nenhum “fascistinha de merda”. Ao discursar durante um ato com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Garanhuns, no Agreste do Estado, Randolfe disse ainda que Lula “vai banir o fascismo”.

“Quero pedir a vocês, não tem que ter medo de ‘fascistinha’ de merda nenhum não, tem que ficar nas ruas, ocupar todos os cantos. Eles pensam que poderão nos intimidar. Eles pensam que podem nos intimidar com ameaças e armas, nós responderemos com as praças de todo o Brasil ocupadas”, declarou o senador.

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O líder da Rede Sustentabilidade reiterou que a eleição em outubro “será o tempo que o povo deste país, liderado por Luiz Inácio Lula da Silva, vai banir o fascismo da terra”.

Randolfe ainda exaltou a história de Pernambuco e disse que a “maior expressão política do país” nasceu no Estado.

“Em todos os momentos que a história chamou Pernambuco, Pernambuco se fez presente. Foi deste Pernambuco que saiu Luiz Inácio Lula da Silva. É de Pernambuco, a maior expressão política que o Brasil já teve”, disse.

Na última semana, Guta Stresser revelou que foi diagnosticada com esclerose múltipla e recebeu inúmeras mensagens de carinho dos fãs e amigos nas redes sociais. Após a repercussão do assunto, a atriz conversou com o Domingo Espetacular, programa exibido na Record, e revelou que sentiu muito medo ao receber o diagnóstico.

- Mudou muita coisa, muita coisa. Depois que eu fui diagnosticada eu decidi esperar um tempo para abrir publicamente porque eu queria saber como estava caminhando a doença, se ela estava evoluindo rápido, se não estava, e isso eu só ia saber um ano depois.

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Guta também relembrou os primeiros sintomas:

- Alguns anos eu tenho formigamento nas pontas dos pés e das mãos. Eu comecei a notar que eu estava com muita dificuldade, dificuldade em decorar sequencias.

Ao procurar o médico ela contou que sentiu medo de uma outra doença:

- Eu tive medo de ter Alzheimer, porque eu falava que estava com problemas estranhos, alteração de humor e as vezes eu esquecia palavras, e não são palavras difíceis.

Um ano após o diagnóstico, Guta garantiu que a doença está estacionada:

- Um ano depois eu posso dizer que o resultado foi bom, da segunda ressonância porque mostra que estacionou, era esse o resultado esperado. As lesões não desaparecem, não tem cura, mas elas podem estacionar e regredir.

O Fantástico, programa exibido na Rede Globo, também exibiu uma entrevista com a artista que contou outros detalhes sobre a doença, incluindo o alto valor dos remédios:

- São remédios raros, difíceis de encontrar e caros. É super importante que as pessoas saibam que não é porque eu sou a Guta Stresser que eu consegui o remédio do SUS que é caríssimo. Não!

No final, Guta falou com alegria que está voltando aos trabalhos:

- Quando eu pensei que nunca mais poderia trabalhar como atriz, eu pensei que não valia a pena mais viver. Que não valia a pena. Não tinha sentido para mim continuar a vida, mesmo. E saber que eu posso continuar trabalhando, sabe?, encerrou.

Antes de espancar a procuradora-geral de Registro, no Vale do Ribeira, Gabriela Samadello Monteiro de Barros, o também procurador municipal Demétrius Oliveira de Macedo vinha mostrando um comportamento violento no trabalho. Ele foi preso preventivamente após as agressões.

Mensagens trocadas entre Gabriela e a agente administrativa Thainan Maria Tanaka, que também trabalha na Secretaria Municipal de Negócios Jurídicos e Segurança Pública, indicam que os funcionários do setor tinham medo do procurador. Segundo as conversas, reveladas pelo G1, os servidores evitavam ficar sozinhos com Macedo.

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"Se não tiver ninguém na fala, a gente sai. E também para sempre ter testemunhas das coisas", sugere a procuradora-chefe. "Ficar depois do horário é perigoso também", acrescenta Thainan.

Em outro trecho, as duas relatam "ansiedade" e "pesadelos". "Hoje estou bem ansiosa. Eu estava com tremedeira", conta Gabriela.

As mensagens foram trocadas entre os dias 27 e 30 de maio. As agressões contra Gabriela ocorreram na segunda-feira, 20, após a abertura de um processo disciplinar contra o procurador motivado pela agressividade contra os colegas.

O episódio foi registrado em vídeo. Após derrubar Gabriela, ele dá socos e pontapés na procuradora, a quem é subordinado. Também a chama de "vagabunda" e "puta". Outras duas servidoras tentam conter Macedo. Uma delas é empurrada com violência contra uma porta fechada. A outra arrasta Gabriela para tentar afastá-la do agressor. O procurador só foi contido após a intervenção de outros funcionários que ouviram os gritos de socorro.

A procuradora registrou um boletim de ocorrência. Em um primeiro momento, o delegado Fernando Carvalho Gregório, do 1º Distrito Policial de Registro, não prendeu Macedo em flagrante. Com a repercussão do caso, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva do procurador. Ele foi encontrado em um hospital psiquiátrico, em Itapecerica da Serra, na região metropolitana de São Paulo. O Ministério Público do Estado também entrou com uma denúncia contra o procurador municipal por tentativa de feminicídio.

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Luciano Szafir concedeu uma entrevista ao veículo O Globo e relembrou os momentos assustadores durante as suas internações por conta das complicações da Covid-19.

Aos 53 anos de idade, o artista contou que viu a morte de perto duas vezes, confessou que está com trauma de hospitais e, no final, afirmou que agora sabe o valor da vida.

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"Eu passei 29 dias deitado ou sentado olhando para o teto. Claro, fazia fisioterapia durante uma hora por dia, mas depois voltava a deitar ou sentar na maca sem respirar um ar puro. Se contar todo o meu período em hospitais, eu passei 70 dias dentro deles. Eu não pretendo passar por um bom tempo nem para visitar alguém", disse.

De três internações, Luciano confessou que a retirada da bolsa de colostomia foi a mais difícil.

"Depois da cirurgia, eu já estava no quarto, começando a me alimentar, prestes a receber alta, uma das alças do meu intestino inflamou e a comida que eu coloquei para dentro ficou entupida. Passei muito mal, precisei vomitar, mas não foi o suficiente, colocaram uma sonda em mim. Um cabo, de cerca de 60 centímetros. Os médicos introduziram pela minha narina até a região da garganta. De lá, eu precisei fazer movimentos peristálticos para engolir o tubo, que tem a grossura de um canudo de milkshake, até chegar no estômago. Fiquei uma semana com essa sonda, sem me alimentar direito, sem dormir, foi desesperador. E isso precisava ser feito para desinflamar as alças e fazer com que o órgão voltasse a funcionar normalmente. Foi doloroso, duro e muito difícil", detalhou.

Em seguida, o artista revelou os dois momentos que achou que iria morrer. A primeira aconteceu em sua primeira internação.

"Eu estava no CTI, eram duas da manhã, tomei meu remédio, dei boa noite para todo mundo e dormi. Quando abri o olho, havia uns quatro médicos em volta de mim. Acordei sentindo uma dor no peito absurda. No quadro, onde fica os batimentos cardíacos, estava marcando 180. O normal acelerado era 70. Os meus batimentos cardíacos chegaram nos 202, antes de pararem. Eu ouvi aquele som contínuo da máquina, o mesmo que escutamos nos filmes quando o personagem morre. Eu só pensava que a qualquer momento as luzes se apagariam. Eu estava totalmente consciente, quase quebrei a mão da doutora de tanto que eu a apertava. Foram os dez piores segundos da minha vida. E do nada a máquina começou a contar os batimentos novamente, até parar no 80. O meu coração foi desligado. É uma sensação de pular do precipício sem paraquedas", disse.

Já o segundo momento ocorreu durante a retirada da bolsa de colostomia: "Eu acabei pegando um trauma muito grande de hospital e internação. A todo o momento, desde que eu entrei no hospital, tive medo de morrer. A cada dez minutos, eu não sabia se eu sobreviveria outros dez".

Szafir fala sobre a recuperação

Após a alta, Luciano está seguindo uma dieta bem restritiva: "Como fiquei muito tempo sem colocar uma comida ou bebida na boca, o simples fato de comer uma sopa já está sendo delicioso. Mas não vou mentir, sinto falta de um bom e belo prato de arroz e feijão, daqueles bem grande e temperado para comer de colher".

No final, o artista refletiu sobre a importância de sua vida e o amor pela família: "Depois disso vou cuidar da minha saúde, seja por meio da fisioterapia, ginástica, musculação. As reuniões de trabalho ou gravações serão só a partir das 11h, e vou parar definitivamente às 19h. Quero aproveitar ao máximo ao lado das pessoas que eu amo, dizer 'não' sem medo de me preocupar com o que as pessoas vão pensar sobre mim. Acho que isso foi a grande mudança que aconteceu comigo: eu parei de me preocupar mais com os outros e passei a me preocupar mais com a minha família e comigo. Eu quero viver para quero ver meus filhos envelhecerem, se casarem. Vi a Sasha recentemente, e agora faltam os outros dois. Quando estou nessa posição, me lembro da minha mãe que já enterrou uma filha, minha irmã mais velha, nos meus três filhos, na minha esposa, meus irmãos. Eu amo a família intensamente, isso me dá forças para passar por qualquer obstáculo por pior que ele seja. Hoje eu sei o quanto a vida é valiosa".

A última crise de Sergio Hondjakoff, exibida pelo próprio ator nas redes sociais, segue dando o que falar. Segundo informações do colunista Gabriel Perline, o caso causou medo e preocupação nos pais do artista, que estão procurando uma clínica para interná-lo.

Ainda, de acordo com o colunista, o eterno Cabeção, personagem de Malhação, está apresentando instabilidades emocionais provocadas pela abstinência com certa frequência, mas por decisão da família o caso estava em sigilo para evitar uma exposição negativa. Desde que deixou a última internação, Francisco e Carmem confiaram na palavra do filho, que buscou ajuda espiritual para abandonar o vício.

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No último surto, Sergio surgiu totalmente transtornado e ameaçando o pai de morte com um bastão. Na gravação, o ator pedia mil reais para ir até São Paulo.

"Pai, se você não me der mil reais eu vou ser obrigado a te matar, né? Você prefere que você me dê mil reais ou que eu te mate? Você é obrigado a me dar mil reais", dizia ele.

O primeiro caso de Covid-19 registrado no Brasil foi no dia 26 de fevereiro de 2020, de um homem de São Paulo que havia viajado para a Itália. Não demorou muito e os dois primeiros casos foram registrados em Pernambuco, no dia 12 de março, de um casal que também veio da Itália, o segundo epicentro da Covid-19 do mundo na época.

De lá para cá já são dois anos de pandemia. O que deveriam ser apenas 15 dias de isolamento social, passaram a ser 40, que aumentou cada vez mais. Medidas de flexibilixação afrouzaram e se enrijeceram, e até então "ainda" existem pessoas que cumprem o isolamento total com medo de pegar o vírus, mesmo com as medidas já estando mais flexíveis. 

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Os profissionais de saúde e outros profissionais ligados à àrea não puderam tirar férias durante um grande período de pico de casos e mortes da Covid-19 em Pernambco, como ocorreu recentemente, quando o Governo do Estado anunciou suspensão das férias de médicos e outros profissionais de saúde publicada em Diário Oficial para valer a partir de 1º de fevereiro deste ano.

A enfermeira Thais Moura contou ao LeiaJá que trabalhou diretamente com pessoas com Covid-19 tanto na rede pública quanto na privada e que foi no início da pandemia, quando a situação estava mais crítica, mas a vacina trouxe alívio. “Hoje me sinto aliviada. Não completamente acreditando que vai acabar tão cedo, mas sabendo que hoje temos a esperança das vacinas que chegaram para fazer com que os sintomas fossem mais leves e houvesse uma diminuição significativa de mortes. Saber que as famílias já não perdem mais as pessoas que amam como perdiam antes me tranquiliza”. 

Thais revelou que por ter passado por tantas turbulências neste período por estar na linha de frente, consegue enxergar melhor o mundo. “Pude estar próxima trabalhando em setor crítico tanto na iniciativa privada quanto na pública. Era bem árduo o trabalho, a gente não sabia com o que estava lidando e, aos poucos, a ciência foi se descobrindo e se redescobrindo para que nós pudéssemos prosseguir na nossa atuação profissional. Esse período de turbulência me fez olhar mais para o outro, já que tivemos que fazer por quem nunca vimos, ter a empatia de cuidar para que a gente não perdesse as vidas e dar o máximo de si para que cada paciente pudesse sair e voltar para as suas casas”. 

“Por vários momentos choramos em equipe por perdas, cansaço, por estar longe da família. Foi um período totalmente conturbado emocionalmente", disse. Moura afirmou ter tido que passar cerca de três meses longe da família , e que foi um período de mais dor por conta disso. “Tive que me afastar da minha família, da minha filha, da minha mãe. Passei cerca de três meses sem vê-las, foi bem complicado ficar só por um período. Doía mais ainda o medo de não saber o que estava lidando e o medo de não saber o que podia transmitir para elas. Ficar só foi doloroso, mas o medo de se aproximar de quem amamos e acabar contaminando era maior ainda”, detalhou a enfermeira. 

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Para ela, todo o caos da pandemia pôde mostrar, de positivo, um maior cuidado das pessoas. “Tivemos muitos aprendizados. Podemos ver as pessoas se cuidando mais, cuidando mais da saúde, e estudos indicam que as pessoas passaram a procurar se exercitar mais, melhorar alimentação, saúde mental. Aprendemos a cuidar do nosso lar, do nosso corpo e da nossa mente. As pessoas aprenderam a ter mais higiene. As modificações que vieram, foram para ficar”, afirma.

Há quem ainda não se sinta segura

Há dois anos que a videojornalista Kety Marinho ainda não se sente segura para tirar a máscara fora de casa, como em um restaurante, por exemplo, mesmo com as três doses da vacina. "A pandemia mudou muito os meus hábitos. Nos seis primeiros meses não saí de casa para nada, tudo eu comprava e recebia em casa. Depois, criei um pouco de coragem para sair, comprei máscaras pff2, que são as que me sinto mais segura para usar até hoje e me aventurei a ir ao supermercado. Depois desses dois anos, eu não voltei a frequentar restaurantes porque não tiro a máscara fora de casa para nada, nem para beber água", disse.

Kety contou que a volta do trabalho presencial sem o esquema de escala voltou, o que triplica a sua atenção e cuidado com a Covid-19. "Pode parecer um exagero, mas com o retorno do presencial, eu preciso ficar lá numa faixa de seis a oito horas, e fico sem beber água, sem fazer nada. Se sentir sede, vou no meu carro, porque eu sei que no carro não tem problema porque só entra eu, e bebo. Não me sinto segura em tirar a máscara principalmente porque vejo muita gente sem usar. É uma doença respiratória, eu prefiro me cuidar para não ter nenhum problema". 

Começar a fazer terapia foi o que ajudou muito Kety nos tempos mais nebulosos e ajuda de um modo geral, para a vida. "Precisei fazer terapia, acho que quem não faz deveria fazer, porque centra muito você", declarou. "No começo foi muito complicado. Apesar de ser uma pessoa caseira, eu não senti muito por esse lado, mas o fato de não ir ao supermercado, feira livre, poder escolher as coisas que eu queria e ficar a mercê da escolha das pessoas foi complicado. Além do fato de que algumas pessoas vinham fazer entregas e ficavam tirando onda dizendo que eu ia acabar pegando mesmo dentro de casa, e todas as pessoas que entram na minha casa precisam usar máscara e higienizar os pés. Eu moro em casa, na frente tem um quintal e tudo eu recebo lá. Dentro da minha casa, ninguém", expôs.

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A videojornalista relatou ter tido um problema na pia de casa que a fez se mudar para um apartamento no período que estavam fazendo o conserto. "Para se ter ideia, tive um problema na pia que ela arriou e ficou no chão até recentemente. Aluguei um outro apartamento para poder fazer a reforma aqui de casa, que estava mofada por conta de infiltração na casa do vizinho. Fui para outro apartamento e deixei a casa sozinha com as pessoas que vieram pintar. Eles resolveram tudo, foi quando a pia foi colocada de volta no lugar", disse.

"Ainda estou preocupada porque muita gente ainda não está vacinada, e ainda não estamos livres do vírus. Se as pessoas continuarem sem se vacinar, vamos continuar tendo esse vírus por muito tempo por aí, e eu não me vejo sem usar máscara", pontuou. 

No entanto, com o passar do tempo e a flexibilização das medidas de convivência, Marinho disse ter se encontrado com um grupo de amigos em um bar, mas sem tirar a máscara. "Ficamos sem nos encontrar durante a pandemia, mas mês passado retornamos aos encontros, que são sempre em alguns bares. Eles comem, bebem, fazem tudo, mas eu sigo sem tirar a máscara. Eu vou participar, porque a pessoa tem que viver", salientou. 


Era da urgência
Levando em conta todo o abalo psicológico que a pandemia atrelada ao isolamento, mortes em grande quantidade, pobreza, miséria causou na população, a psicóloga Maria Eduarda Brandão Vaz, CRP 02/22764, informou que o que mais ficou evidente na população dentro do contexto pandêmico foi o aumento da ansiedade.

"Em um momento aonde tudo é tido como urgente, imediato, fomos convocados a estar dentro de casa por questão de sobrevivência. Essa é uma grande diferença: viver em home office e trabalhar no contexto de casa é/pode ser uma escolha, mas na pandemia não teve escolha, foi e está sendo por questão de sobrevivência. Foi toda uma adaptação que resultou no sentido da ansiedade, no receio de como dar conta desse contexto, se haveria ou não desligamento do emprego, dificuldade em estabelecer uma rotina (o que por sua vez influencia no sono, na alimentação, na autoestima), atender demandas emergentes e na sensação de não produzir o suficiente". 

"Estamos marcados pela pandemia e uma série de fatores que vamos levar muito tempo para digerir. Foram muitas perdas, envolvendo desde a vidas de pessoas chegando ao falecimento, até perda de empregos e da qualidade de vida.

"O que podemos afirmar, nesse momento, é que o cuidado com a saúde, de forma integral, ajuda muito a olhar para a vida com outro sentido. Voltar ou iniciar uma rotina, à medida do possível, respeitando as regras de convivência pois ainda estamos em contexto pandêmico, faz parte por exemplo de você cuidar do seu âmbito social. E também, lidar com a flexibilidade desse momento, fazendo o possível que cabe dentro de cada um, afinal todo mundo está vivendo esse novo de alguma forma", estimulou a psicóloga. 

Todo o "abre e fecha", medidas flexibilizadas e mais restritas causadas pela oscilação de casos durante a pandemia gerou uma certa desesperança em parte da população, como explicou Maria Eduarda. "Essa questão da expectativa (ou a quebra dela) fica muito registrada em alguns discursos. Acredito que faz parte de uma desesperança por tantas “idas e vindas”, dos lutos desse momento e das crises econômicas, políticas e emocionais que ainda vamos passar. Estamos marcados pela pandemia, de fato".

"Mas o que fica muito forte é que, mesmo diante desse discurso de desesperança, muitas pessoas procuram se adaptar ao que estão vivendo e de “adaptação em adaptação”, vamos ressignificando essas novas fases e criando um sentido diferente para a nossa vida. De alguma forma essa “desesperança” é renovada mas também guardada em algum lugar com a chegada de uma nova conquista como a vacina, a liberação de alguns lugares, escolas, universidades". 

De acordo com Brandão, a pandemia gerou uma reflexão sobre a modalidade de vida das pessoas. "Essa “era da urgência” ficou mais evidente e estamos entendendo mais do que desaprendemos a esperar. Tudo de forma muito imediata, em excesso, adoece. E nesse sentido vejo pessoas procurando mais ajuda profissional, seja na área de saúde mental ou não, se interessando mais em cuidar de si, buscando compreender seus limites e processos".

"Ainda romantizamos muito o fato de que “quando uma coisa ruim acontece, sempre temos que tirar algo de bom”, mas na verdade ninguém quer aprender sofrendo justamente porque dói. A realidade, então, é buscarmos mais nos perguntar o que está ao nosso alcance, quais as possibilidades temos e como podemos contribuir para uma evolução (interna e externa) de forma mais orgânica, sem tantas emergências e adoecimentos. Não é ficar buscando um lado positivo em tudo, mas perceber o que nos convoca a mudança e, com certeza, a pandemia nos convocou e continuará nos convocando por bastante tempo a olhar para elas". 

Ela incitou, ainda, que a procura por ajuda profissional e atenção à saúde são importantes. "Acredito que ninguém vai passar pela pandemia sem se sentir afetado em algum âmbito da sua vida, portanto, faço um convite de que continuemos atentos para nossa saúde, para nossos sentimentos e para a ajuda ao próximo. Não hesitem em procurar ajudar profissional, a buscarem informações em fontes confiáveis e a focar em medidas de proteção já que é a única coisa que podemos manter sob controle nesse momento", orientou. 

Recentemente, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que o avanço da vacinação contribui para acabar com o "caráter pandêmico da Covid-19" e sinalizou que o governo avalia alterar o status de pandemia para "endemia", tornando a Covid-19 como doenças típicas, que se manifestam com frequência em determinada região, mas que a população e os serviços de saúde já estão preparados, como acontece anualmente com o surto de gripe, por exemplo. 

 

O caos do início se dissipou, mas milhares de ucranianos ainda esperam no frio para entrar na Polônia. Suas histórias misturam medo de uma guerra que não esperavam, mas também emoção pela solidariedade que encontraram.

Apenas 24 quilômetros separam a pequena cidade de Tvirzha, no oeste da Ucrânia, do posto fronteiriço de Shegyni com a Polônia. O congestionamento de veículos cheios de mulheres e crianças que querem deixar o país chegava até ali.

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Pilhas de lixo e alguns carros abandonados eram a única evidência do monumental engarrafamento do final de semana passado.

Foi em Tvirzha, em frente à escola que dirige, que Ivana Shcherbata montou um estande oferecendo bebidas quentes e comida com a ajuda de algumas mulheres do município.

"Nós o levantamos e fizemos tudo com nossas próprias mãos", diz Shcherbata.

À sua frente está tudo o que um passageiro com frio pode querer: chá, café, sanduíches e enormes potes de Borsch, uma popular sopa de beterraba cujas origens são disputadas na Ucrânia e na Rússia, preparada nas cozinhas da escola.

No segundo andar do centro, o berçário acomoda mães e crianças que procuram um espaço aconchegante para passar a noite.

- "Muito comovida" -

"Comecei isso espontaneamente e então essas mulheres vieram oferecer ajuda e trazer comida", explica Shcherbata na cozinha.

Vinda de Kriviy Rih, no centro da Ucrânia, Daria, com o filho nos braços, não encontra palavras para descrever a solidariedade que encontrou em sua jornada.

"Estou muito emocionada. Em todos os lugares nos deram comida, roupas, fizeram de tudo para nos ajudar", diz esta funcionária pública de 32 anos, que esteve na estrada por três dias, um dia inteiro no trânsito.

De acordo com as Nações Unidas, mais de 830 mil pessoas fugiram para países vizinhos, especialmente para a Polônia.

As estradas do país ficaram congestionadas, com engarrafamentos às vezes agravados por postos de controle montados em vários municípios no oeste da Ucrânia por voluntários que temiam "provocações" russas.

"A viagem foi muito difícil. Aqui é mais tranquilo, mas o trajeto foi horrível", diz Katerina Zaporojets, uma trabalhadora de laboratório da cidade de Cherkasy (centro).

No caso dela, levou cerca de 24 horas para chegar ao posto de fronteira de Shegyni, uma viagem de pouco mais de dez horas em condições normais. E agora provavelmente levará mais 48 horas antes de cruzar para a Polônia.

As seis crianças que ela e duas amigas levaram para a Polônia já devem estar cruzando a fronteira em um dos ônibus fretados pelas autoridades para o posto de controle de Shegyni.

Apesar de semanas de conjecturas, esses aspirantes a refugiados não estavam preparados para o que estava por vir.

"Nas últimas duas semanas, suspeitei que algo assim aconteceria. Mas nunca pensei que seria tão terrível", admite Zaporojets, que não tem planos além de abrigar os pequenos.

Vários carros viaja na direção oposta, em direção ao coração do conflito.

Neles estão alguns homens que deixaram suas famílias na fronteira, mas também alguns grupos de homens com rostos sérios, talvez ucranianos que vivem no exterior e decidiram voltar para ajudar seu país.

Viih Tube participou de uma entrevista à coluna de Leo Dias e conversou com o jornalista sobre carreira e vida amorosa. Aos 22 anos de idade, a fama da youtuber e ex-participante do BBB21 cresce a cada dia. Sempre na mira da mídia, ela desabafou que já sofreu por medo de cancelamento.

"Internet estava cansando, dava medo de abrir o celular. Até que parei de me cobrar tanto e fui ser mais feliz comigo mesma", disse.

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A youtuber também surpreendeu ao revelar que não recebeu pela participação no BBB21: "Não teve cachê. Mas agora estou ganhando três ou quatro vezes mais. Juntando dá três prêmios do Big Brother Brasil".

Recentemente, a famosa deixou claro que o affair com Lipe Ribeiro não deu certo e foi vista aos beijos com outro. Solteira e com fama de pegadora, ela conta que nunca aceitaria relacionamento aberto: "Não acredito. Se eu começar a gostar de alguém não vou querer ver com outra pessoa. A Viih Tube santa existe, mas está guardadinha guardadinha".

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