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A joia da coroa do grupo X. É assim que Blair Thomas, presidente da EIG Global Energy Partners, define o Superporto do Açu, da LLX - que será rebatizada em breve. Ao fim da operação de aumento de capital de R$ 1,3 bilhão que está em curso, o grupo americano terá uma fatia de 35% a 60% do antigo braço de logística da EBX, do empresário Eike Batista.

Em entrevista exclusiva ao Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, o executivo garantiu que o porto estará em pleno funcionamento em dois anos e que a companhia deve fechar seu balanço no azul pouco tempo depois.

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Após analisar outros ativos do grupo, a EIG avaliou o porto como o de maior potencial de valorização. Também pesou o fato de 80% do financiamento das obras já estarem equacionados. Especializada em energia e infraestrutura para o setor, a EIG aposta na localização do Açu para atrair empresas de petróleo. O complexo, em São João da Barra - próximo à Bacia de Campos e acessível à de Santos - ocupa área maior que a de Manhattan, em Nova York.

“Bilhões de barris de petróleo serão produzidos no Brasil nos próximos 30 anos e vão demandar uma base em terra. O Porto do Açu será o hub logístico para o desenvolvimento das reservas do pré-sal”, diz. Em relação ao plano de negócios, Thomas diz que não haverá mudanças drásticas no porto, que também exportação de minério de ferro, outras commodities e carga geral.

Em desenvolvimento desde 2007, o Porto do Açu assinou acordos preliminares com cerca de 60 empresas, mas pouco mais de uma dezena fechou contratos de longo prazo. Outras, como a montadora Nissan e as siderúrgicas Wisco e Ternium, desistiram. Para Thomas, o recuo foi motivado pela crise de confiança do grupo controlado por Eike Batista.

“As incertezas sobre a conclusão e os recursos para o projeto se foram. As negociações vão acelerar, agora que não há mais associação direta com a figura do antigo controlador. Nosso telefone não para de tocar”, diz o CEO da EIG, que chegou ao Brasil na terça-feira para reuniões no Rio e em São Paulo.

As potenciais interessadas incluiriam gigantes multinacionais de petróleo, petroleiras de menor porte e fornecedores do setor. Indagado sobre as negociações para a instalação de uma base offshore da Petrobras no complexo, o executivo evita dar detalhes. “A Petrobras é protagonista do desenvolvimento do pré-sal. Seria uma parceira valiosa para o Açu”, declara.

As negociações para a instalação de uma pelotizadora ou siderúrgica da Ternium no Supeporto não foram retomadas. Thomas diz que a recente desistência do grupo não teve a ver com a LLX, mas com o cenário futuro para os setores de minério e aço. Ele afirma que uma siderúrgica não é fundamental para o sucesso do complexo, apesar do projeto de produção e embarque de minério Minas-Rio, desenvolvido pela Anglo American (49%) em parceria com a LLX (51%).

Namoro antigo

Com US$ 16 bilhões sob gestão em todo o mundo - US$ 1,3 bi no Brasil - a EIG já havia ensaiado algumas negociações com a EBX. Mas, nunca chegaram a um acordo. “A visão deles era de que nosso dinheiro era muito caro”, diz.

O agravamento da crise no grupo X levou a EIG a retomar tratativas este ano. A LLX começou a ser negociada em junho e o primeiro anúncio sobre um acordo veio em agosto. A participação definitiva do fundo na companhia só será conhecida após a oferta de ações, mas o controle está assegurado por um acordo em que Eike, que ficará com 21% da empresa, transfere à EIG seu direito de voto.

Em troca, a EIG se comprometeu a injetar R$ 1,3 bilhão na LLX. Já aportou R$ 696,4 milhões na forma de aumento de capital. Na semana passada, um novo financiamento de R$ 900 milhões para as obras foi aprovado por Bradesco e Santander.

A empresa já havia rolado dívidas privadas e com o BNDES. Após o fim dos empréstimos-ponte com o banco estatal, a EIG espera conseguir aprovar R$ 2,8 bilhões em financiamentos de longo prazo para a operação comercial do Açu. O fundo americano costuma ficar de cinco a dez anos em um projeto. O plano para a LLX não fugirá à regra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A LLX informou, na noite desta quinta-feira, 19, que sua subsidiária LLX Açu Operações Portuárias assinou contrato para a renovação de financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por três anos. A renovação é referente ao empréstimo-ponte, no valor de R$ 518 milhões, firmado em fevereiro de 2012.

"Os recursos desembolsados estão sendo utilizados para financiar as obras civis relativas ao aterro hidráulico, dragagem e construção do quebra-mar, bem como os demais investimentos iniciais relativos ao projeto de implantação do Superporto do Açu localizado no município de São João da Barra", informou a LLX em fato relevante, enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que acrescentou que a renovação é importante para o alongamento do prazo médio do endividamento da companhia.

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O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou nesta segunda-feira, 19, que é natural que potenciais investidores em empresas do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, consultem o banco de fomento e que a prorrogação de empréstimos-ponte em casos como esse não é extraordinária.

"O grupo está em reestruturação", disse Coutinho a jornalistas, após encerramento de um seminário sobre o Nordeste, no Rio, alertando que não falaria sobre casos específicos. "Uma empresa que quer levar adiante um empreendimento que é de médio e longo prazo, é natural que ela pergunte ao BNDES se ela está qualificada e nós vamos examinar, como examinaremos qualquer investidor de qualquer empresa", disse.

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A LLX Logística, que constrói o Superporto do Açu, no litoral norte do Rio, tem um empréstimo-ponte de R$ 518 milhões com o BNDES cujo vencimento é em setembro. Em julho, o BNDES adiou de agosto para outubro o vencimento de outro empréstimo-ponte, de R$ 427 milhões para a OSX, estaleiro do grupo que constrói uma unidade de construção naval no mesmo porto.

Perguntado se isso poderia ocorrer no caso da LLX, Coutinho afirmou: "Pode. Também não é nada extraordinário. Os bancos privados fazem isso. Você tem um processo de reestruturação, precisa dar tempo ao processo."

Desembolsos

Quanto aos desembolsos, Coutinho afirmou que o BNDES mantém, em julho e agosto, o ritmo de liberação de em torno de R$ 15 bilhões ao mês para financiamentos já aprovados. "Estamos em torno disso (R$ 15 bilhões por mês)", afirmou.

O empresário Eike Batista apresentou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quarta-feira, 31, uma proposta de acordo para tentar encerrar sem julgamento um processo que apura irregularidades de administradores da LLX, braço de logística do grupo EBX, nas informações prestadas (ou omitidas) aos investidores.

Até o momento, é a única das dezenas de investigações da autarquia contra o grupo X que deixou de ser uma apuração preliminar e chegou ao status de processo sancionador. Na prática, isso quer dizer que os "réus" podem ser julgados e punidos com penas que vão de multa a inabilitação para atuar no mercado.

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Além de Eike, controlador da LLX, são acusados outros três executivos da empresa, dona do projeto do Superporto do Açu, em Itaguaí (RJ): o ex-presidente da LLX Otávio Lazcano, o ex-diretor Claudio Dias Lampert e Eugenio Leite de Figueiredo, atualmente diretor financeiro da companhia. Todos encaminharam à autarquia propostas de termo de compromisso - acordo que extingue um processo sem presunção de culpa.

Os pedidos foram entregues à Procuradoria Federal Especializada (PFE), que analisará os aspectos legais e determinará se as propostas estão aptas a passar à avaliação do Comitê de Termo de Compromisso da CVM. Caberá ao órgão emitir um parecer indicando se é oportuno e conveniente que o colegiado da autarquia dê o sinal verde ao acordo, que na maioria das vezes inclui um acerto financeiro.

No caso da LLX, a investigação aponta para uma violação da Instrução 358 da CVM, que regula a prestação de informações por companhias abertas. A norma prevê que os fatos relevantes podem deixar de ser divulgados quando os controladores ou a diretoria considerarem que sua publicação possa prejudicar os interesses da companhia.

A divulgação se torna obrigatória, entretanto, quando a informação "escapar ao controle ou se ocorrer oscilação atípica na cotação, preço ou quantidade negociada dos valores mobiliários (ações) de emissão da companhia".

A CVM não comenta casos específicos e as informações públicas não detalham a que operação se refere o processo. No ano passado, a LLX esteve envolvida em alguns episódios que geraram dúvidas no mercado.

A companhia chegou a ser questionada oficialmente pela CVM sobre notícias veiculadas na imprensa afirmando que o presidente da chinesa Wuhan Irond and Steel (Wisco), Deng Qilin, afirmara que o projeto de implantação de uma siderúrgica de US$ 5 bilhões no Porto do Açu estava parado. Na época, a LLX negou a suspensão do projeto dizendo que o memorando de intenções ainda estava de pé.

Uma outra movimentação que levou à disparada das ações da LLX foram rumores sobre uma operação de fechamento de capital da companhia, em julho do ano passado. Eles foram confirmados em fato relevante divulgado dias depois da oscilação, informando que o controlador Eike Batista pretendia adquirir até 100% das ações da LLX em circulação no mercado por meio de uma oferta pública de aquisição de ações (OPA) de cancelamento de registro e saída da empresa do Novo Mercado.

A operação acabou abortada por Batista dois meses depois, gerando dúvidas de acionistas minoritários quanto à real intenção de Eike comprar os papéis. Houve ainda uma série de boatos sobre o entra e sai de executivos. Boa parte deles foi convertida em fatos, como a própria saída de Lazcano da LLX.

A LLX, empresa de logística do grupo EBX, finalizou o primeiro trimestre de 2013 com prejuízo líquido de R$ 11,480 milhões, uma expansão de 25,76% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o prejuízo ficou em R$ 9,128 milhões. A empresa divulgou seu resultado no padrão contábil internacional IFRS. No relatório de divulgação do resultado, a LLX justifica que o prejuízo reflete a fase pré-operacional e de investimentos da companhia.

De janeiro a março, a receita operacional líquida foi de R$ 14,177 milhões, queda de 17,16% contra igual período de 2012, quando foram R$ 17,113 milhões. A companhia explica que a receita é referente ao aluguel de área dos seus clientes OSX, MPX, Technip, NOV e Intermoor. Segundo a LLX, a queda da receita, na comparação com 2012, ocorreu porque no ano passado houve pagamentos retroativos da Technip, realizados em 2012 e referentes ao ano de 2011.

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Ainda no primeiro trimestre, a LLX reportou despesas gerais e administrativas de R$ 34,023 milhões, queda de 10,62% contra o primeiro trimestre do ano passado. O resultado financeiro líquido atingiu R$ 3,215 milhões até março de 2013, o que representa um recuo de 66,25% contra o período de janeiro a março de 2012.

A LLX Logística, empresa do grupo do empresário Eike Batista, informa que sua subsidiária LLX Açu, que desenvolve o projeto do Superporto do Açu, renovou com o Bradesco financiamento, pelo prazo de 18 meses, no valor de R$ 467,7 milhões referente a empréstimo-ponte firmado em maio de 2011. O vencimento é em outubro de 2014.

"A rolagem deste contrato de financiamento é mais uma demonstração da capacidade da LLX de firmar acordos que garantam o suporte financeiro necessário ao desenvolvimento do projeto do Superporto do Açu", diz a companhia, por meio de nota.

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A LLX informou hoje que foi encerrada a paralisação dos trabalhadores do consórcio ARG Civil Port, empresa contratada para tocar as obras do Porto do Açu, empreendimento da companhia no município de São João da Barra, no norte fluminense.

Na última segunda-feira, os operários cruzaram os braços para reclamar da falta de segurança no local e exigir o pagamento das horas referentes ao deslocamento de casa para o trabalho, além da equiparação com os salários pagos aos operários da obra do Porto Sudeste, projeto de Eike no Grande Rio.

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Em nota, a LLX e a OSX informam que continuam acompanhando de perto as negociações entre o consórcio e o sindicato dos trabalhadores e dizem cumprir todas as normas e determinações da legislação trabalhista, além de exigir em contrato o mesmo padrão de seus parceiros. Segundo as companhias, o cronograma das obras do Porto do Açu está mantido.

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