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BERLIM - Governadores dos estados nordestinos desembarcaram em Berlim nesta quinta-feira (21), como parte da articulação internacional do Consórcio Nordeste para atrair investidores e ampliar o fluxo de negócios na região. Em evento na sede da Associação das Câmaras Alemãs de Comércio e Indústria (DIHK), eles apresentaram a empresários do país o mapa de oportunidades no Nordeste.

Os alemães também tiraram dúvidas com os gestores brasileiros sobre diversas questões, como participação de empresas estrangeiras em licitações.

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“A formação desse consórcio oferece muitas vantagens, como a participação em licitações internacionais e a atração de investimentos estrangeiros. A condição mais importante para os alemães continuarem investindo no Brasil é a recuperação da confiança no país”, comentou Mark Heinzel, diretor de Relações Econômicas da DIHK.

"O Nordeste tem oportunidades para se investir no longo prazo. Isso tem feito um diferencial muito grande dado a nossa capacidade de discutir projetos e de fazer pactuações. Em todos as nossas reuniões na nossa missão, esses elementos estão sendo destacados pelos empresários europeus, que demonstram muito interesse em aprofundar a discussão para a consolidação de novos investimentos", frisou Paulo Câmara.   

Exportações e importações - A Alemanha é o quarto maior parceiro comercial do Brasil, atrás da China, Estados Unidos e Argentina. Durante a apresentação, o Consórcio Nordeste deu destaque principalmente a áreas integradoras, como sustentabilidade, infraestrutura, turismo, saúde, segurança pública, saneamento e energias limpas, inclusive com a perspectiva de abertura de parcerias público-privadas (PPP).

A participação europeia na corrente de comércio do Brasil em 2018 foi de 3,75%. Mais de 54% dos produtos brasileiros exportados para a Alemanha são industrializados, a exemplo de máquinas mecânicas, automóveis, máquinas elétricas e produtos farmacêuticos. Em relação às importações, 99% das mercadorias que o Brasil compra do país europeu são bens industriais.

O evento foi organizado pela DIHK juntamente com a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK). A DIHK é a entidade que congrega associações e grupos relacionados ao setor industrial alemão, sendo responsável pela representação de 100 mil empresas privadas, que geram mais de oito milhões de empregos no país.

A AHK reúne as empresas mais importantes da indústria alemã no Brasil e tem como papel incentivar as relações econômicas entre empresas brasileiras e alemãs.

A missão do Consórcio Nordeste na Europa será encerrada nesta sexta (22). Participam da viagem também os governadores Rui Costa (Bahia), Renan Filho (Alagoas), Camilo Santana (Ceará), João Azevêdo (Paraíba), Paulo Câmara (Pernambuco), Wellington Dias (Piauí), Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte), assim como o vice-governador Carlos Brandão (Maranhão).

*Da assessoria

 

O deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) usou o Twitter, nesta segunda-feira (22), para defender o presidente Jair Bolsonaro (PSL). Segundo o parlamentar, os “esquerdopatas” fazem “um carnaval por nada”. A postura de Feliciano foi em resposta às críticas que o presidente vem recebendo desde que chamou os governadores do Nordeste de ‘paraíbas’, termo pejorativo usado em Estados do Sul para se referir aos nordestinos. 

A fala de Bolsonaro foi vazada pela TV Brasil. Ele fez o comentário antes do café da manhã promoveu na sexta-feira com jornalistas no Palácio do Planalto, o presidente conversava com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), e no momento disparou: “Dentre os governadores de 'paraíba', o pior é o do Maranhão. Não tem que ter nada com esse cara.” O governador do Maranhão é Flávio Dino (PCdoB). 

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Após o vazamento, Dino disse que Bolsonaro foi racista nas declarações. Ao comentar o assunto no microblog, Marco Feliciano argumentou que, na realidade, quem praticou crime foi o comunista. 

“O comunista Flávio Dino mente quando acusa o presidente Jair Bolsonaro dos crimes de ameaça e racismo. Para a configuração desses crimes a lei exige o desejo de intimidar, ou a clara intenção de ofender ou tentar impedir o exercício de algum direito em razão da discriminação racial”, observou.

“O presidente Jair Bolsonaro apenas fez reservadamente um comentário político a respeito de um adversário. Logo, quem pratica crime de calúnia é Dino, ao imputar conduta criminosa ao presidente.  Dino, ex-juiz, devia lembrar que calúnia dá cadeia. Artigo 138 do Código Penal”, emendou Feliciano.

Em defesa do presidente, o deputado disse que o linguajar usado nos bastidores da Câmara dos Deputados sobre os adversários políticos é bem mais pesado e, os que criticam Bolsonaro, fazem um “carnaval por nada”. 

“Uma coisa é um pronunciamento público, outra bem diferente é uma conversa reservada. Esquerdopatas, sempre jogando contra o Brasil, fazem um carnaval por nada.  Garanto que no cafezinho da Câmara dos Deputados o linguajar a respeito de adversários políticos é bem mais pesado!”, salientou.

Governadores do Nordeste se reuniram com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, na tarde desta quarta-feira (26), para pedir aprovação de projetos que aumentam os recursos dos estados. O objetivo dos governadores é obter mais verbas para cobrir a dívida previdenciária nos estados.

“Nós apresentamos um conjunto de medidas, de proposições, para ajudar a financiar esse déficit, que significa novas fontes de receitas”, disse o governador da Bahia, Rui Costa. Dentre as medidas citadas por ele, estão a aprovação de receitas vindas da exploração de petróleo, seja cessão onerosa ou royalties; além de projetos que aumentam o Fundo de Participação dos Estados (FPE) e o Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

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Participaram da reunião com Alcolumbre os governadores do Piauí, Wellington Dias; do Ceará, Camilo Santana; de Alagoas, Renan Filho; da Bahia, Rui Costa; da Paraíba, João Azevedo; de Sergipe, Belivaldo Chagas; além de Rui Costa.

Para os governadores, a reforma da Previdência que está sendo discutida atualmente na Câmara não atende as demandas dos estados e não reduz suas dívidas. “Não tem sentido aprovarmos uma reforma e sairmos dela com déficit, não termos condições de sustentabilidade de aposentados e pensionistas. Apresentamos a necessidade de ter um casamento de algumas receitas novas que estão sob poder de decisão aqui do Congresso”, disse Wellington Dias, governador do Piauí.

Rui Costa disse que em suas projeções para o ano que vem, considerando a aprovação da reforma como está no momento, a economia seria de apenas 1%. “A Bahia tem um déficit anual de R$ 5 bilhões. A economia projetada para o ano que vem é de R$ 47 milhões. Estou falando de 1% da dívida. Isso nem arranha o déficit da Previdência”.

Segundo Dias, o Congresso deve conversar com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para abordar essas questões. Em seguida, uma nova reunião deve ocorrer. “Para nós não faz diferença estar dentro ou fora da reforma se não é uma reforma que dá solução ao déficit da Previdência”, acrescentou o governador do Piauí.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, disse que está disposto a rediscutir o pacto federativo que, segundo ele, é uma bandeira do Senado. Mas pediu comprometimento dos governadores em apoiar a reforma em seus estados e, sobretudo, em suas bancadas no Congresso. “Apoiamos a pauta da redistribuição dos recursos. Mas é preciso que os governadores se empenhem no sentido de nos ajudar a equalizarmos uma dívida previdenciária que não é só do governo federal, é dos estados brasileiros”.

 

Depois de mais de três horas, os governadores dos nove estados do Nordeste concluíram uma carta de prioridades para a região que será apresentada ao governo federal e ao Congresso Nacional, que nesta semana retomou as atividades. No texto, os governadores defendem a prorrogação do Fundo de Desenvolvimento do Ensino Básico (Fundeb), que termina em 2020, e a adoção de medidas financeiras que ajudem na recuperação dos estados.

Entre iniciativas que podem impulsionar as contas locais, o grupo defendeu a realização da reforma previdenciária, que é comsiderada prioritária pelo Palácio do Planalto para o ajuste das contas públicas. De acordo com o governador do Piauí, Wellington Dias, que comandou o encontro, as mudanças na legislação precisam prever tratamento especial para os mais pobres, garantindo direitos fundamentais de natureza previdenciária no campo e nas cidades.

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Para Wellington Dias, a proposta deve garantir condições para que os estados consigam cumprir compromissos financeiros. “A Previdência, especialmente dos servidores, quebrou e há risco de atraso de salários. Não parou de crescer o déficit. Precisa de uma saída que olhe situação futura e de presente. Tem um sacrifício a fazer, mas deve-se garantir que não vão haver atraso de salários, e ainda que teremos garantia de investimento nos estados.”

Segundo Dias, o Nordeste, assim como outras regiões, precisa de solução para o déficit acumulado. Este será um esforço do grupo, junto às suas bancadas, para pressionar por resultados nas votações do Congresso. “É importante aprovar medidas como a securitização da dívida, dando equilíbrio às contas”, acrescentou.

As propostas integram agora a Carta do Nordeste, que será apresentada no próximo dia 20 em um encontro nacional de governadores. Além do aspecto econômico, o grupo cobrou avanços de projetos de lei sobre segurança pública que tramitam no Legislativo, como o cumprimento das regras sobre o Sistema Único de Segurança Pública e sobre o Fundo Nacional de Segurança Pública, a ampliação de penitenciárias federais em todos os estados, o controle das fronteiras internacionais, o combate ao tráfico de armas e ao comércio ilegal de explosivos.

“Consideramos positiva a proposta apresentada pelo ministro [da Justiça, Sergio] Moro, incluindo o endurecimento de penas. Por outro lado, é preciso ter a aprovação de pautas da segurança dando continuidade a passos importantes dados em 2018”, acrescentou.

A reunião dos governadores do Nodeste foi na sede do Escritório de Representação do Governo do Ceará em Brasília.

O governador Paulo Câmara (PSB) vai encontrar, nesta quarta-feira (6), com os demais governadores do Nordeste na sede da representação do Ceará, em Brasília. A reunião, segundo o pessebista, servirá para que os gestores revejam as pautas e listem suas prioridades comuns.

“Vamos, junto aos governadores do Nordeste, rever nossas pautas, aquilo que está pendente, procurar os membros dos Poderes agora reeleito, no caso Rodrigo Maia, e eleito, o senador Davi, para que a gente possa fazer uma agenda federativa que englobe as ações que são importantes para os Estados”, detalhou Paulo, após se reunir com os prefeitos na Associação Municipalista de Pernambuco, nesta terça (5).

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Além da reunião com os governadores da região, o pessebista também vai se encontrar com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Segundo Paulo Câmara, na ocasião ele pretende tratar “das questões fiscais de Pernambuco e ao mesmo tempo de ações que possam ser destravadas no âmbito do ministério”.

“Ainda tem muita parceria para se fazer com o Governo Federal e gostaríamos de fazer tendo condições de destravar coisas que estão paradas a um certo tempo”, observou.

Municípios

Junto aos prefeitos, Paulo Câmara pregou aproximação, diálogo e parcerias. “A gente tem muitas parcerias a fazer com os municípios, com todos os prefeitos e prefeitas. Temos que focar muito nas obras que estão em andamento para concluí-las e ao mesmo tempo buscar alternativas que possam melhorar os serviços oferecidos a população, seja na área da educação, saúde, na geração de emprego, no olhar que precisamos ter para as cidades como a questão de abastecimento de água, saneamento, a zona rural”, disse, logo depois de participar da assembleia da Amupe que reelegeu o prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota (PSB), como presidente da instituição.

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) tem na agenda prevista para a próxima semana uma série de reuniões em Brasília. O capitão da reserva deve ficar de terça (20) a quinta-feira (22) na capital federal.

Na terça, Bolsonaro deve se reunir com o ministro da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário. No mesmo dia estão previstas também reuniões com o ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni, e representantes da Associação das Santas Casas do Brasil, no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), local que tem servido de base para a equipe de transição dos governos.

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Ainda na terça, Bolsonaro deve encontrar com o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Raimundo Carreiro, e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

Já na quarta-feira (21), Bolsonaro pode participar da reunião do Fórum dos Governadores do Nordeste. Na semana passada, durante encontro com os futuros governadores promovido em Brasília pelos eleitos de São Paulo, João Doria (PSDB), e do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), apenas o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), esteve presente representando a região. O petista convidou o futuro presidente para o fórum.

As atividades de articulações do novo governo deve seguir também pela quinta. Na próxima semana é aguardado que Bolsonaro anuncie também novos nomes da equipe ministerial.

O encontro do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) com os governadores que estarão à frente dos Estados brasileiros a partir de janeiro não vai contar com a participação da maioria dos gestores do Nordeste. Ao menos 19, dos 27 eleitos em outubro, confirmaram presença. Entre os nordestinos, apenas o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), deve participar da reunião. O petista vai representar a região e apresentar as preocupações dos colegas para Bolsonaro.

O Nordeste foi a única região do país que não vitória ao capitão da reserva e os chefes dos Executivos estaduais estão alinhados em oposição a ele. Entre os ausentes, por exemplo, está o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB). O pessebista está de férias e em viagem pelo exterior. Antes de embarcar, na semana passada, Paulo disse que não via problema na ausência e ponderou que não acreditava em retaliações do presidente eleito. Além disso, o gestor também afirmou que pretende se reunir com Bolsonaro assim que oportuno logo após a posse.

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A reunião de Bolsonaro com os governadores eleitos e reeleitos será no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília. O encontro foi organizado pelos governadores eleitos de São Paulo, João Doria (PSDB), do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) e do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). Em discussão, as prioridades dos Estados e a relação com o governo federal.

Nessa terça-feira (13), Bolsonaro chegou a dizer que está aberto ao diálogo e também para conversar sobre a necessidade, de alguns Estados, de renegociar dívidas. Mas afirmou que há dificuldades em elevar a destinação de verbas, pois o Orçamento Geral da União “está complicado”.

O governador Paulo Câmara (PSB) deve se juntar aos demais governadores do Nordeste para visitar, nesta terça-feira (10), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na superintendência da Polícia Federal em Curitiba, no Paraná. O líder-mor petista está no local desde o último sábado (7), quando iniciou o cumprimento da pena de 12 anos e um mês pela qual foi condenado na Lava Jato. 

A visita, entretanto, deve acontecer apenas se a Justiça liberar. O encontro foi sugerido pelo governador do Ceará, Camilo Santana (PT). A ida de Paulo ao encontro de Lula na carceragem da PF reforça, nos bastidores, o desejo de ter o PT no palanque em que buscará a reeleição em outubro pelo peso político do ex-presidente em Pernambuco

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Na semana passada, antes do início da execução da pena do ex-presidente, Paulo disse que continuava conversando com o PT “independente da questão judicial” e destacou a gratidão dos pernambucanos com Lula.

“Evidentemente que temos preocupação com o que está acontecendo no Brasil, agora todo pernambucano tem respeito e gratidão por Lula. A quantidade de investimento que ele fez por Pernambuco foram muito vultosos. A popularidade e respeito a Lula é grande. Há, por parte de Pernambuco, uma gratidão grande quanto ao que Lula fez pelo Estado”, ressaltou o pessebista, ao ser questionado se mesmo preso o ex-presidente agregaria valor eleitoral para a Frente Popular.

No dia em Lula foi preso, o governador também emitiu uma nota dizendo que o país vivia um “dia triste” e chamando o petista de “um lutador”. “O ex-presidente da República continua com o nosso respeito e a nossa solidariedade. Não se pode pensar que a manutenção da liberdade de Lula, neste momento, seja uma ameaça à sociedade que justifique a prisão”, declarou.

A reforma da Previdência tem gerado intensos debates em todo o país e os governadores do Nordeste construíram uma carta defendendo a redistribuição das “contribuições sociais” - PIS, Cofins, CSLL -  com estados e municípios. Para os gestores, a iniciativa é “uma saída plenamente possível e responsável que reequilibra as contas públicas dos estados nordestinos e possibilitará a retomada imediata de investimentos públicos”. O documento foi redigido após um 6º encontro do Fórum dos Governadores do Nordeste, nessa quarta-feira (29), em Fortaleza.

De acordo com os governadores, nos últimos 50 anos houve uma redução de 40% na participação dos estados do chamado “bolo tributário”. “O processo de aumento de impostos no Brasil – tão criticado por vários setores da sociedade – se deu nas chamadas contribuições sociais, que não são repartidas com estados e municípios. Agora, é o momento oportuno para construir uma proposta que promova o desenvolvimento sustentável e inclusivo”, declaram na carta. 

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O texto assinado pelos governadores Camilo Santana (CE), Paulo Câmara (PE), Wellington Dias (PI), Robinson Faria (RN), Renan Filho (AL) e Ricardo Coutinho (PB) também pontua que “existe concordância com a necessidade de implantar medidas para reformar a previdência brasileira, mas preservando a cidadania, o bem-estar social, protegendo especialmente os trabalhadores rurais, as mulheres e o acesso aos Benefícios de Prestação Continuada (BPC)”. 

"O Brasil é um país muito grande. Não dá para discutir um tema da seriedade, da importância da Reforma da Previdência sem ter um olhar para a peculiaridade regional. Precisamos separar a Previdência da Seguridade Social. Todos sabemos, por exemplo, que o maior contingente de trabalhadores rurais está na nossa região. São pessoas que precisam de um tratamento diferenciado", salientou o governador de Pernambuco, Paulo Câmara. 

Os governadores do Nordeste retomam, nesta quinta-feira (19), as reuniões em torno de pautas comuns entre os estados. O encontro, que acontecerá em Alagoas, é o primeiro após Michel Temer (PMDB) assumir interinamente a presidência da República. Desta vez, além dos debates sobre os temas já alinhados com a gestão da presidente Dilma Rousseff (PT), entre eles o alongamento da dívida dos Estados, os gestores também devem debater a nova conjuntura política do país.

"Nossas pautas que continuam praticamente as mesmas [dos últimos encontros]. A questão da federação em si, o subfinanciamento dos Estados, a questão das obras federais que estão paradas, além de pautas que nos preocupam, como as discussões sobre alongamento da dívida e previdência dos Estados", adiantou o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB). 

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Para o pessebista, diante da conjuntura os gestores da região precisam se inserir na nova conjuntura, agindo com “senso de colaboração” e dando um prazo para o governo de Temer ficar a par da situação nacional. “Vamos debater e realinhas essas pautas, pois passamos muito tempo sem nos reunir porque esse período de turbulência no país prejudicou o processo de discussão dos governadores do Nordeste”, observou. 

Após o período de adequação do novo Governo Federal, Paulo Câmara defendeu que os gestores levem os pleitos necessários a região.

Em comunicado enviado à imprensa e postado em suas redes sociais, o governador Paulo Câmara negou, na tarde desta quinta (3), que tenha participado da discussão que originou a nota de "Governadores do Nordeste" que repudia a abertura do processo de impeachment. No texto, porém, Câmara afirma entender que "não existe, até aqui, as condições para o impedimento da presidente da República".

O governador de Pernambuco também critica o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que segundo Paulo, precisa deixar a presidência da casa. O gestor aponta ainda que o fato consumado - da abertura do processo de impeachment - pode ser uma oportunidade para o Governo Federal rearrumar a sua base no Congresso e aprovar as medidas necessárias para ajustar a economia.

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No fim, Paulo Câmara diz que "É preciso dar um basta na política pequena, de troca de favores para qualquer tomada de posição" e reitera que o Partido Socialista Brasileiro (PSB) não votou em Dilma e nem em Eduardo Cunha.

Confira a nota na íntegra:

Gostaria de registrar, para esclarecimento, o meu entendimento a respeito do momento político que vive o Brasil. Não houve tempo, de minha parte, de conversar sobre esta nota que está circulando como sendo a posição dos Governadores do Nordeste. A nota divulgada, a qual respeito, não teve minha participação. E, por isso, gostaria de externar minha posição.

Entendo que não existe, até aqui, as condições para o impedimento da presidente da República. Mas há agora um fato consumado: foi aberto o processo de impeachment, para o qual, no meu entender, o presidente Eduardo Cunha tem sua legitimidade comprometida na condução da Câmara dos Deputados. Ele precisa deixar a presidência da Casa. Diante do fato consumado, espero que possamos superar esse impasse político. 

O que a população quer ver são ações em favor da coletividade, tais como a nossa luta para conter o avanço do mosquito aedes aegypti; o combate ao desemprego, que sobe em velocidade; o esforço para tomar medidas certas para controlar a inflação; e nossa atuação para recolocar o Brasil nos trilhos para que o País volte a crescer e a gerar emprego e renda.

É necessária uma união nacional para a superação dos atuais obstáculos. Temos que trabalhar duro para que em 2016 esta crise política seja ultrapassada e que os problemas econômicos sejam efetivamente enfrentados. Isso só será possível com estabilidade política para resgatar a confiança e a credibilidade na nossa economia.

Esse processo também é uma oportunidade para o Governo, de fato, quem sabe,  rearrumar a sua base no Congresso Nacional e aprovar as medidas necessárias para ajustar a economia. É preciso dar um basta na política pequena, de troca de favores para qualquer tomada de posição.

Nosso partido não votou nem na presidente da República e nem no presidente da Câmara dos Deputados. Trilhamos nosso próprio caminho. Essa postura continuará, defendendo as instituições e o respeito à Constituição do País.

Paulo Câmara, 

Governador do Estado de Pernambuco

Os governadores do Nordeste podem se reunir com a presidente Dilma Rousseff (PT) esta semana para debater a questão da seca na região. O encontro dos gestores com a petista está pré-agendado para a próxima quarta-feira (18), em Brasília. A confirmação da data deve ser efetuada nesta segunda (16). 

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), está construindo um diagnóstico da situação no estado para apresentar a presidente. Além do quadro atual, o socialista também pretende cobrar a retomada de obras como a da Adutora do Agreste. “Vamos apresentar um plano emergencial para 2016, que deve ser um ano de mais seca”, frisou recentemente. 

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Além de Câmara, os governadores da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB); do Ceará, Camilo Santana (PT); do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD) e do Piauí,  Wellington Dias (PT) devem participar do encontro.

A necessidade de participação do governo federal no financiamento da segurança pública nos estados foi uma das reivindicações apresentadas nesta sexta-feira (17) durante o Encontro de Governadores do Nordeste, em Teresina.

Quem ouviu as demandas dos governadores foi a secretária nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Regina Miki, que compareceu ao evento representando o ministro José Eduardo Cardozo.

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Ela defendeu a criação de uma política de segurança pública com fonte de financiamento próprio, baseada na aquisição de equipamentos, na capacitação de agentes e no desenvolvimento de um procedimento operacional padrão.

Os governadores pediram dinheiro para a construção de novas unidades prisionais. No Rio Grande do Norte, segundo o governador Robinson Faria, o deficit é de 4 mil vagas. No entanto, ele afirma não conseguir sanar a carência sem recursos.

“Como posso construir presídios se mal posso pagar os servidores? Só vejo uma maneira de resolver: que o governo federal crie uma modalidade de socorro aos estados para a construção de novas unidades no Nordeste.” O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, foi mais enfático e sugeriu a federalização dos presídios.

A prática atual de encarceramento foi criticada pela secretária de Segurança Pública. Segundo ela, 40% das pessoas no sistema penitenciário brasileiro são presos provisórios, que permanecem detidos durante mais tempo do que o devido por causa da lentidão no julgamento dos processos.

“Estamos ocupando os cárceres com pessoas que não deveriam estar lá e deixando de fora mais de 200 mil mandados [de prisão] a serem executados por falta de vagas”, disse Regina Miki, para quem o encarceramento deveria ser destinado somente a condenados por crimes de maior potencial ofensivo.

Os governadores do Nordeste se reúnem, nesta sexta-feira (8), com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger. O encontro acontece no Centro de Convenções de Natal, no Rio Grande do Norte (RN). 

Antecedendo a reunião oficial, agenda inicialmente para as 10h, os gestores se encontraram durante um café da manhã fechado para imprensa que durou cerca de duas horas. No encontro prévio, Levy prometeu analisar caso a caso a autorização de empréstimos externos para os Estados que tenham capacidade de endividamento. 

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A expectativa dos governadores nordestinos é de que a partir da reunião seja formado um cronograma mais amplo para sanar as necessidades fiscais de cada estado. “Discutiremos durante todo o dia de hoje as alternativas para a crise econômica e as garantias para que a região continue a crescer”, disse o governador anfitrião, Robinson Farias (PSD), em publicação na sua página oficial do Facebook. 

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), encontra, nesta terça-feira (14), com os governadores dos outros estados do Nordeste para alinhar os pontos em comum que serão discutidos durante a reunião com as bancadas federais dos estados, nesta quarta-feira (15). As duas reuniões vão acontecer em Brasília. 

No encontro desta terça, os gestores vão definir a metodologia da audiência com os parlamentares. Entre os pontos comuns que devem ser tratados pelos governadores com as bancadas federais, está o ajuste fiscal em análise no Congresso. Para os chefes dos Executivos, a aprovação da matéria deve facilitar a liberação de verbas do Governo Federal para os estados.

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Além da pauta dos ajustes, a aprovação de projetos para a região Nordeste e alguns temas tratados durante o encontro com a presidente, Dilma Rousseff (PT), em março também devem ser discutidos. 

 

A tão esperada audiência dos governadores do Nordeste com a presidente Dilma Rousseff (PT) foi agendada para a próxima quarta-feira (25), em Brasília. A confirmação da data foi dada pelo Planalto, nessa sexta-feira (20), ao governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), interlocutor do encontro. O socialista também foi quem informou ao governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), sobre a agenda.

Câmara e os demais gestores do Nordeste tentam a audiência com Dilma desde o mês de janeiro, no entanto só conseguiram agora. Eles devem levar a presidente pleitos como: seca, segurança pública e obras de infraestrutura. Além disso, Paulo Câmara também deverá abordar a situação do sistema prisional pernambucano que segue em Estado de Emergência. 

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O encontro de Dilma com os governadores nordestinos, também deve servir como ponte para a petista recuperar a aprovação na região. De acordo com dados de um levantamento do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau/MDA, divulgados na última quarta-feira (18), a gestão da presidente é vista como ruim ou péssima por 49% da população e 64% desaprova a administração dela. 

O governador Paulo Câmara (PSB) afirmou, nesta quarta-feira (25), estar na expectativa pelo encontro dos governadores do Nordeste com a presidente Dilma Rousseff (PT), onde pretendem discutir sobre a celeridade de pautas importantes para a região, como a estiagem e as obras de infraestrutura. Segundo Câmara, apenas após este encontro é que deve requisitar uma audiência exclusiva dele com a petista. 

“A gente está aguardando. Eu já fiz as conversas com os ministérios. O governador (da Paraíba) Ricardo Coutinho (PSB) ainda não teve o retorno da reunião com governadores do Nordeste, e só depois dela é que eu vou pedir uma audiência. Apesar de que todos os nossos pleitos já estão tramitando no âmbito dos ministérios e só se houver uma dificuldade”, ressaltou Câmara.

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O socialista, apesar de toda a expectativa gerada em torno dos encontros com a presidente, afirmou que tem visto Dilma muito envolvida "na preparação do ano de 2015, dentro das políticas econômicas e sociais que ela está lançando", no entanto, reconhece que a petista ainda não está recebendo as demandas dos governadores. O que segundo ele é compreensível.  

“O Estado tem um governo, eu estou iniciando agora a receber prefeitos e com mais intensidade essas questões. Então, eu acho que faz parte do trâmite, a nossa expectativa é que tenha audiência logo com os governadores do Nordeste porque tem pautas que são muitas importantes ter uma celeridade, principalmente a questão da estiagem, a questão das obras de infraestrutura que estão em andamento e, particularmente, preciso conversar sobre essa questão do sistema prisional”, concluiu.

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