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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retorna nesta sexta-feira (18) a Curitiba, pela primeira vez desde que deixou a prisão. A visita acontece dois anos e quatro meses depois do petista deixar a carceragem da Polícia Federal em Curitiba, onde permaneceu 580 dias em uma sala especial da Superintendência, cumprindo pena na Lava Jato. O presidenciável deve participar de evento de filiação do ex-senador Roberto Requião, que será candidato ao governo do Paraná. Depois do evento, o ex-presidente deve se encontrar com líderes partidários. 

Requião estava sem partido desde o ano passado e chega ao PT para disputar o quarto mandato no Executivo. A candidatura deverá abrir espaço eleitoral para Lula, que junto ao Partido dos Trabalhadores, não têm boa avaliação no Paraná e nem nos demais estados sulistas do país. Nas últimas eleições presidenciais, o petista Fernando Haddad foi um exemplo da rejeição da legenda da região. 

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No segundo turno de 2018, Jair Bolsonaro (PL) venceu em 307 das 399 cidades paranaenses, angariando 68,4% dos votos válidos, contra 31,6% de Haddad, que foi o mais votado nos outros 92 municípios.  

No sábado (19), Lula vai a Londrina, também no estado, onde visitará um assentamento do Movimento dos Sem-Terra (MST), uma área que ele mesmo criou em 2009, quando estava no segundo mandato na Presidência da República, e também a maior área de reforma agrária inserida em região metropolitana do Brasil. Lá, o ex-presidente deve reencontrar parte do grupo que participou da chamada Vigília Lula Livre, que pediu por sua liberdade durante a prisão em Curitiba. 

Londrina é o segundo maior polo eleitoral do Paraná. A rejeição ao petista é maior que a média estadual: em 2018, por exemplo, 80,1% dos votos válidos para presidente no segundo turno foram para Bolsonaro, contra 19,6% para Haddad. 

Aos 81 anos, o ex-governador do Paraná Roberto Requião anunciou neste domingo, 13, que vai se filiar ao PT para apoiar a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência. Requião deve subir no palanque do petista para tentar o governo do Estado, disputando com Ratinho Jr (PSD), que buscará a reeleição.

Em vídeo publicado nas redes sociais, o ex-governador mencionou o preço dos combustíveis para justificar sua oposição ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo Requião, a situação econômica do País chegou ao "limite do que uma pessoa sã pode tolerar". "Eu acredito firmemente que o Lula, com um programa bem definido e factível, sem extremismos, (...) terá sucesso na campanha presidencial", afirmou.

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"Aqui no Paraná, levo à frente a minha pré-candidatura ao governo do Estado para pôr ordem na casa e acabar com os erros todos", completou. O ex-governador passou toda a sua carreira política no MDB, partido pelo qual se elegeu para três mandatos. Ele também já foi senador duas vezes pela mesma legenda.

Com a filiação de Requião ao partido de Lula, as peças começam a se organizar no jogo eleitoral paranaense para este ano. A disputa no Estado promete ser acirrada, e, no momento, está tripartida: de um lado, Bolsonaro poderá contar com o apoio do atual governador, um de seus poucos aliados nos governos estaduais; de outro, o PT terá o ex-governador, que já foi eleito três vezes no Estado; por fim, Sérgio Moro (Podemos) deve explorar o fato de o Paraná ser seu Estado natal - ele nasceu no município de Maringá.

A disputa no Paraná também será marcada pela tentativa de conciliação entre planos estaduais e nacionais do PSD. A nível estadual, o governo de Ratinho Jr conta com o Podemos, partido do presidenciável Sérgio Moro, em sua base de apoio. O governador, contudo, pretende estar no palanque de Bolsonaro, que é do PL. Mas vale frisar que o próprio PSD também se prepara para ter um pré-candidato ao Planalto. Após a desistência do senador Rodrigo Pacheco (MG), a sigla tenta tirar o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, do PSDB para que ele a represente na corrida presidencial.

Segundo Requião, seu ato de filiação ao Partido dos Trabalhadores deve ocorrer na próxima sexta-feira, 18.

O senador Roberto Requião (MDB-PR) apresentou um projeto que inclui na legislação brasileira o perdão para políticos que cometeram crime de caixa 2, mas confessaram a infração e pediram desculpas publicamente aos eleitores. A proposta, segundo Requião, é irônica diante do posicionamento do juiz Sérgio Moro - que passou quatro anos à frente da Lava Jato - e minimizou o fato do seu futuro companheiro de ministério, Onyx Lorenzoni (DEM-ES), ter sido beneficiado por caixa 2 na campanha de 2014.

De acordo com uma das delações premiadas dos executivos da JBS na Lava Jato, o atual ministro extraordinário de transição do governo Bolsonaro recebeu R$ 100 mil da empresa de Wesley e Joesley Batista para pagar despesas da sua campanha para deputado federal naquele ano e não declarou a doação. Onyx confessou o crime e disse que pagaria pelo que fez, mas até hoje nenhum inquérito contra ele foi instaurado.

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Nesta semana, ao ser questionado sobre o envolvimento do colega ministerial com o crime de caixa 2, já classificado por ele como um “um crime contra a democracia”, Sérgio Moro se mostrou flexível e disse:  “Ele já admitiu e pediu desculpas”. A reação do magistrado deu base para Roberto Requião apresentar o projeto.

A proposta, segundo o senador, será denominada ‘Lei Onyx Lorenzoni’ e visa “evitar que recursos judiciais tentem impedir essa absolvição do juiz Sérgio Moro ao seu colega de ministério”.

A proposição acrescenta dispositivo do perdão judicial a Lei que define organização criminosa e dá outras providências. Para receber o perdão judicial em caso de crimes eleitorais contra a administração pública ou contra o sistema financeiro nacional, os critérios, segundo a matéria, serão: demonstrar arrependimento, confessar o crime e pedir perdão público e dispensa da pena.

O projeto ainda acrescenta: “Caso seja nomeado para o cargo de ministro de estado, o juízo do feito criminal determinará de ofício o perdão judicial, desde que cumpridas as condições previstas.”

“Desde 2014, o juiz Sérgio Moro vem pregando suas opiniões relativas ao potencial ofensivo do caixa 2. Mas parece que não serve o juízo do juiz para todas as pessoas alcançadas pelo ilícito penal. Para o festejado magistrado, seu futuro colega de ministério [Onyx Lorenzoni] não cometeu crime tão ofensivo assim a ponto de merecer alguma punição. Uma vez que a Constituição iguala a todos, nada mais coerente do que regulamentar isso por Lei também estendendo esse direito de perdão judicial a todos os ministros do novo governo”, ironizou Requião, ao justificar o projeto.

“E por que não dar a esse perdão o caráter de ato de ofício para os colegas de Ministério do juiz Moro, não o limitando apenas ao Deputado Ônix Lorenzoni? Limitar a Lorenzoni seria ato personalíssimo, que viola, portanto, o princípio constitucional da impessoalidade que deve reger a administração pública”, completa.

Entre os colegas de ministério, Requião cita o economista Paulo Guedes que é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) por supostamente ter conquistado “benefícios econômicos” a partir de possíveis "crimes de gestão temerária ou fraudulenta" de investimentos advindos de fundos de pensão. Guedes será o superministro da Economia no governo Bolsonaro que inicia em 2019.

Para passar a valer, o Projeto de Lei apresentado por Requião precisa ser aprovado pelo Senado e pela Câmara dos Deputados.

O senador Roberto Requião (MDB-PR) declarou na tarde desta quarta-feira, 7, voto contrário ao reajuste dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e afirmou que há o risco de o Parlamento "votar sob pressão e ameaça de retaliação" do Judiciário. Vários parlamentares são investigados ou réus em ações no STF.

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), respondeu a Requião dizendo que o projeto do reajuste do STF não tem nenhum efeito sobre o Parlamento. Desbancado do posto de relator do projeto de lei que concede aumento de 16,38% aos ministros do STF, o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) reafirmou ser contra a proposta e pediu a retirada de pauta do texto. Caso isso não seja feito, Ferraço defendeu que a votação seja realizada de forma nominal.

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O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) também pediu que a votação seja identificada. Segundo ele, o acréscimo salarial é "inapropriado" diante do momento atual das contas públicas. "Ainda mais grave é se votarmos isso secretamente, votar isso escondido é mais grave ainda", afirmou.

A Justiça Eleitoral do Paraná determinou que o senador Roberto Requião (MDB), que pretende a reeleição, retirasse de sua página no Facebook postagem sobre uma pesquisa eleitoral que o coloca na frente de outros pré-candidatos do Estado.

A decisão foi proferida na quarta-feira passada, dia 11, pela juíza eleitoral Graciane Valle Lemos, atendendo a pedido do PSDB, do também pré-candidato ao Senado, o ex-governador Beto Richa. A defesa de Requião não quis comentar a decisão e a publicação já foi retirada do ar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A derrota da Seleção Brasileira para a Bélgica nas quartas de final da Copa da Rússia, nesta sexta-feira (6), foi comentada por políticos nas redes sociais. Adversários do presidente Michel Temer (MDB) aproveitaram para fazer críticas ao emedebista e relacionaram o desempenho do time ao “pé frio” dele. 

"Juntou o pé frio do Temer com os erros da Seleção. Muitos gols perdidos na cara do gol!! Os problemas técnicos ficaram evidentes e bateu o desespero. O hexa agora é em 2022", frisou a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB). "Nosso país pode muito, seja no gramado, seja fora dele. Nos sonhos de cada um e na política, há uma chance sempre. Dar a volta por cima. Esta é a capacidade de vitória do povo brasileiro! 2018 está aí para mostrar isso", completou.

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Pré-candidata à presidência da República, a deputada Manuela D’Ávila (PCdoB) enalteceu o futebol brasileiro. “Nossos meninos tentaram até o final. O Brasil está orgulhoso de onde chegaram! Não é fácil! Estaremos sempre na torcida pelo Brasil”, garantiu, em publicação no Twitter.

Também presidenciável, o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Guilherme Boulos (PSOL) destacou que “o Brasil lutou até o fim”. “Não foi desta vez que veio o hexa. Mas virá. Seguiremos torcendo e lutando por nosso país”, disse.

Já o senador Roberto Requião (MDB-PR) falou que faltou sorte a seleção. “Bélgica um país que não colhe nem planta cacau e fabrica chocolate. Não joga futebol e ganha do Brasil. Todos os times têm bons atletas. A sorte define o jogo”, observou.

Entre os pernambucanos, o vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira (PCdoB), disse que falta liderança dentro de campo. “Na dificuldade, fica claro que a seleção brasileira carece de líderes dentro do campo. Toma um gol, sente o baque emocional, se desorganiza e não há quem comande a resistência. Jamais uma seleção sem líderes ganhou a Copa do Mundo”, argumentou.

O pedido de demissão de Pedro Parente da presidência da Petrobras, nesta sexta-feira (1º), causou reações entre os políticos que, nos últimos dias, pregavam a saída do executivo como um dos meios para a mudança da política de preços da estatal para os combustíveis, um dos fatores que gerou a paralisação dos caminhoneiros por dez dias em todo o Brasil. Entre os que comemoraram a saída do executivo da estatal petroleira, houve quem recomendasse o presidente Michel Temer a fazer o mesmo que Parente. 

“Pedro parente já vai tarde. A desastrosa política de preços da Petrobras e a privatização branca causaram um estrago que o povo brasileiro está sentindo no bolso.  Parente já foi, agora falta o Temer”, disse o pré-candidato a presidente pelo PSOL e líder nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos. 

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A postura adotada por Parente vinha fazendo com que a estatal refletisse as variações do petróleo no mercado internacional e também a oscilação do dólar para reajustar os combustíveis, diariamente. 

“Que ao menos essa política de preços dos combustíveis, dolarizada, acabe, já! E que a capacidade de nossas refinarias seja plenamente utilizada. Sem Pedro, sem pedras nesse caminho. Que é longo, e não será trilhado por esse (des)governo. Temer podia seguir o exemplo de Parente”, argumentou o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ).

Líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), por sua vez, chamou Pedro Parente de “fanfarrão”. “Ministro do apagão elétrico do PSDB e ministro do apagão de combustível de Temer, não aguentou a pressão e caiu fora do governo golpista”, afirmou o senador. O senador Roberto Requião (MDB-RS) também disse que “a queda do Parente” era “o primeiro passo da caminhada para devolução da dignidade ao povo brasileiro”. 

O senador Roberto Requião (PMDB-PR) defendeu, nesta quinta-feira (3), o fim do foro privilegiado para todos os agentes públicos, incluindo políticos e membros do Poder Judiciário. Em discurso no Plenário do Senado, o emedebista disse que a posição do Supremo Tribunal Federal (STF) de restringir a prerrogativa é correta, porém, segundo ele, falta abranger o Judiciário. Na visão dele, o tratamento diferenciado seria abuso de poder do STF.

“É como eu vejo. Essa decisão que será consolidada hoje no Supremo é um abuso de poder. É claro que nós todos ficamos satisfeitos com o fim do foro privilegiado, mas é um abuso na medida em que eles mantêm a sua incolumidade, a sua inatacabilidade”, criticou o senador. 

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“Se estamos tentando aperfeiçoar a democracia, não é possível que se quebre o foro privilegiado dos parlamentares ao mesmo tempo em que se mantém o dos juízes, dos promotores e de todos os agentes públicos”, completou Requião.

O parlamentar fez questão ainda de dizer que não é contra o fim do foro. “Sou tranquilo para falar disso porque há muitos anos afirmo que agente público não deveria ter foro e sequer sigilo fiscal. Sua vida econômica devia estar aberta para a fiscalização. Sempre fui contra o foro, que atinge mais de 50 mil agentes, inclusive para juízes e promotores, mas o Supremo abriu uma brecha apenas para parlamentares, preservando a eles mesmos”, afirmou.

O julgamento para reduzir o alcance do foro privilegiado deve ser encerrado nesta quinta-feira (3), com o voto do ministro Gilmar Mendes. Dos 11 ministros do Supremo, 10 já votaram a favor de limitar direito de deputados e senadores – sete deles de defendem que a mudança seja de forma restritiva e três mais abrangentes.

Responsável pela Lava Jato em primeira instância, o juiz Sérgio Moro vetou a possibilidade de um esquema diferenciado para visitas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na prisão. A decisão foi divulgada em um despacho do magistrado nessa segunda-feira (9). Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba, no Paraná, desde o último sábado (7).  

“Nenhum outro privilégio foi concedido, inclusive sem privilégios quanto a visitações, aplicando-se o regime geral de visitas da carceragem da Polícia Federal, a fim de não inviabilizar o adequado funcionamento da repartição pública”, diz o despacho de Moro. De acordo com a 13ª Vara Federal em Curitiba, Lula terá apenas as visitas dos familiares, concedidas a qualquer preso, nesta quarta-feira (11).  

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A postura de Moro vem à tona no mesmo dia em que foi solicitada, pelo senador Roberto Requião (MDB-PR), a permissão para que os governadores de Estados do Nordeste visitassem o ex-presidente. O pedido deve ser julgado pela juíza federal substituta Carolina Lebbos, responsável pela execução da pena. 

Segundo uma nota divulgada pelo Comitê Popular em Defesa de Lula e da Democracia, os governadores que estão em Curitiba são:  Paulo Câmara (Pernambuco), Tião Viana (Acre), Rui Costa (Bahia), Camilo Santana (Ceará), Fernando Pimentel (Minas Gerais), Wellington Dias (Piauí), Flávio Dino (Maranhão), Renan Filho (Alagoas) e Jackson Barreto (Sergipe).

O senador Roberto Requião (PMDB-PR) publicou um vídeo nas redes sociais, nesta sexta-feira (15), convocando a população para uma mobilização, no próximo dia 24 de janeiro, em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na data está marcado o julgamento pelo Tribunal Regional Federal da 4ª região, com sede em Porto Alegre, da sentença da Lava Jato que condena Lula a 9 anos e 6 meses de prisão.

Segundo o peemedebista, há “uma mobilização judicial no país que prejudica o processo democrático” e, para combatê-la, é necessário mostrar as instituições que “queremos que e povo decida os nossos destinos”. 

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“Tenho preocupação com a democracia brasileira e a mobilização judicial, do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, no combate a corrupção, que é uma mobilização apoiada por todos nós, mas ela ganha uma direção que prejudica basicamente o processo democrático no país”, frisou, pontuando que queria iniciar a convocação para uma vigília na data em que foi marcado o julgamento pelo Tribunal Regional Federal da 4ª região da sentença da Lava Jato que condena Lula a 9 anos e 6 meses de prisão.  

“Vamos todos a Porto Alegre exigir a volta do país a democracia, que as eleições diretas do Brasil sejam completas e limpas com a participação de Luiz Inácio Lula da Silva. Não é possível que se queira retirar um candidato que pode interromper, de forma clara, todo este processo entreguista de liquidação da civilização brasileira e do estado nacional da soberania”, acrescentou Requião. 

O peemedebista também declarou que o Brasil não pode ser transformado em uma “potência de terceira categoria”.

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Suspensos das atividades partidárias ou em processo de expulsão, peemedebistas passaram a questionar a direção da legenda sobre a falta de punição para membros do partido acusados de corrupção, presos e até já condenados pela Justiça, como o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB). Cinco deputados federais - Jarbas Vasconcelos (PE), Celso Pansera (RJ), Vitor Valim (CE) , Veneziano Vital do Rêgo (PB), Laura Carneiro (RJ) - e dois senadores - Kátia Abreu (TO) e Roberto Requião (PR) - compõem a lista de alvos de processos partidários. 

Os deputados já estão suspensos das atividades internas por 60 dias, após votarem a favor da abertura da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) por corrupção passiva. Já os senadores, aguardam a análise da Comissão de Ética de pedidos de expulsão deles da legenda por se colocarem contrários às reformas trabalhista e previdenciária.  

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“Por que nunca puniram nenhum filiado condenado e preso por crimes graves como corrupção e formação de quadrilha?”, questionou Kátia Abreu, ao dizer que nessa quarta-feira (16) apresentou sua defesa no processo. “Minha única ‘infração’ foi fazer discursos contrários ao atual governo do Tocantins e ao presidente da República. Desproporcional, não acham?”, indagou acrescentando. Não é apenas Cunha que tem pendências com a Lava Jato, o presidente e senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) são outras figuras nacionais enroladas com denúncias de corrupção. 

Indo além do discurso, Roberto Requião encaminhou para a direção do PMDB o pedido de expulsão de Eduardo Cunha. Outra solicitação do peemedebista pede o afastamento Jucá da presidência do partido. 

“Vou forçar o PMDB a uma discussão mais profunda. Estou encaminhando o pedido de expulsão do Eduardo Cunha, que está preso e condenado, e o pedido de afastamento do senador Romero Jucá pelas posições contrárias a Constituição Cidadã e o documento Esperança e Mudança, que é a base do nosso partido. Ele precisa se dedicar em tempo integral a sua defesa, e o partido não pode ser comandado por quem tem tantas questões a resolver”, cravou. 

Requião também criticou as posturas adotadas pela legenda. “Querem me expulsar porque estaria agindo contra os princípios e teses do PMDB. Ninguém mais do que eu defender as teses do velho MDB de guerra. Hoje, o partido, comandado por essa gente, tem 1% de apoio da população brasileira. Estamos acabando. Não vou deixar barato essa atitude que tomam contra mim. Vamos ver se o PMDB é do pessoal da tornozeleira, de mil processos de desvio de recursos públicos, ou é aquele que trouxe o Brasil para a democratização depois da ditadura”, salientou. 

Deputados punidos

Os deputados do PMDB que sofreram retaliações por pedirem a continuidade da investigação contra Temer também apresentaram recursos nessa quarta. Eles estão impedidos de ocupar cargos de direção partidária ou de responder pelo partido nas comissões do Congresso por 60 dias. Além dos cinco já citados, o deputado Sérgio Zveiter (RJ), que deu parecer favorável ao prosseguimento das apurações na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), também era do PMDB e sofreu punição, mas decidiu deixar a legenda por estar recebendo ameaças.  

Já o pernambucano Jarbas Vasconcelos chegou a classificar a determinação como “algo esdrúxulo e completamente sem sentido”. "Só reforça minha avaliação de como  é fraca e despreparada a direção nacional do PMDB hoje. Fui um dos fundadores do MDB, que posteriormente deu origem ao PMDB, e ao longo de toda a minha trajetória dentro do partido nunca vi algo parecido. O respeito às ideias e posicionamentos é algo fundamental, e o caminho pelo qual está seguindo hoje o PMDB nacional ignora completamente essa condição, que é primordial para todos que exercem a política e principalmente para quem está a frente de qualquer partido numa democracia", disse.

Nova roupagem em meio a imbróglios

Ao tratarem das punições, tanto Jarbas quanto Requião lembraram do “velho MDB” e nas últimas semanas o partido vem discutindo a proposta de retirar o nome “partido” da sigla e voltar a nomenclatura de Movimento Democrático Brasileiro (MDB). A sugestão de nova roupagem surge em meio a imbróglios sobre a defesa ou não das teses que idealizam o partido e com boa parte da direção citada na Lava Jato, até mesmo com pendências de inquéritos judiciais na investigação do escândalo de corrupção. 

A decisão de mudar ou não o nome da legenda não deve amenizar as celeumas internas. MDB foi o nome do partido até 1980 e a definição sobre a proposta de retorno ao “velho MDB” deve ser conhecida na convenção nacional  da sigla marcada para  27 de setembro.

Em meio a argumentos de críticas e apoios aos atos que acontecem em Curitiba em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o senador Roberto Requião (PMDB-PR) afirmou, nesta quarta-feira (10), que o petista tem o “direito de se mobilizar porque a Lava Jato fez a mesma coisa”. Segundo o peemedebista, Lula está usando o mesmo artifício do juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato em 1ª instância, ao “mobilizar a opinião pública a favor as suas investigações”. 

“Ele tem direito de se mobilizar, porque a Lava Jato fez a mesma coisa. O juiz Moro, e não é uma crítica ao Moro, optou pelo caminho de seguir a manipulite, as mãos limpas da Itália, e abriu mão de se ater exclusivamente aos trâmites judiciais e resolveu mobilizar a opinião pública a favor as suas investigações. O que o Lula faz hoje é, por isonomia, reagir da mesma maneira”, observou, pontuando que o magistrado mobilizou a internet e a opinião pública para “dar suporte” às investigações. 

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Sob a ótica de Requião, esta questão judicial “poderia ser tratada no âmbito estrito do direito”, mas na medida em que o juiz mobiliza a população “parece mais que ele é parte acusadora do que um juiz independente que vai analisar os fatos”. 

“Acho que o que está acontecendo fugiu um pouco ao controle e a normalidade. Ontem [terça-feira] o tal fechamento do Instituto Lula demonstrou que pelo menos uma parte do Judiciário está agindo como partido político. A corrupção existe nessas instituições como existe de resto. Não são diferentes os juízes dos parlamentares. Existem os corretos, os ultra corretos e também os messiânicos”, alfinetou.

Ponderando ter sido um dos maiores críticos das gestões de Lula, Requião disse que não poderia agir como cego e classificou as manifestações favoráveis ao ex-presidente como um reflexo de “políticas que beneficiaram a população”. 

“Lula seguramente não está acima da Lei, mas me perdoe os magistrados e rapazes da Lava Jato, ele também não está abaixo da Lei. O Moro está vendo a manifestação a favor do Lula e de políticas que beneficiaram a população. Não sou cego para não ver as coisas positivas que aconteceram no Brasil. Não se pode confundir o governo do PT, com o PSDB ou essa loucura geral que o Temer está fazendo agora”, observou.

O senador ainda lastimou não poder estar em Curitiba hoje para acompanhar de perto as ações da Lava Jato e em apoio ao ex-presidente. 

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A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado aprovou, na manhã desta quarta-feira (3), o  projeto que permite o reconhecimento legal da união estável entre pessoas do mesmo sexo. A matéria é um substitutivo do senador Roberto Requião (PMDB-PR) ao projeto original da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP). 

A votação foi em análise terminativa, já que o texto já havia sido apreciado e aprovado pelo colegiado. Com isso, o projeto deveria seguir direto para a Câmara dos Deputados, entretanto, o senador Magno Malta (PR-ES), que é contrário a proposta, apresentou um recurso para a apreciação no Plenário do Senado e agora antes de ir para a Câmara, o projeto passará pelo crivo dos senadores. 

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Segundo Magno Malta, o Plenário acabará com "essa aberração". O republicano, contudo, esclareceu que nada tem contra os homossexuais e que mantém respeito aos que fazem essa opção. Além dele, os senadores Eduardo Amorim (PSDB-SE), Eduardo Lopes (PRB-RJ) e Wilder Morais (PP-GO) também anunciaram votos contrários ao projeto.

Ao contrário deles, a senadora Marta Suplicy enalteceu a aprovação na CCJ. “É uma grande vitória. Desde a metade dos anos 90, defendo a união de casais homoafetivos. Em 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a união estável. Há pedido que o projeto vá ao plenário do Senado, mas defendo que deve ir à apreciação e votação da Câmara dos Deputados. Vou acompanhar. É um direito de cidadania. E uma alegria imensa, pois é o fim de uma discriminação, profundamente injusta”, declarou a parlamentar, nas redes sociais.

Atualmente, o Código Civil reconhece como entidade familiar “a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família”. Com o projeto de Marta, a lei será alterada para estabelecer como família “a união estável entre duas pessoas”, mantendo o restante do texto do artigo.

O texto determina ainda que a união estável “poderá converter-se em casamento, mediante requerimento formulado dos companheiros ao oficial do Registro Civil, no qual declarem que não têm impedimentos para casar e indiquem o regime de bens que passam a adotar, dispensada a celebração”.

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado deve votar, nesta quarta-feira (3), o projeto de lei que permite o reconhecimento legal da união estável entre pessoas do mesmo sexo. Já houve uma primeira votação do texto e falta agora a deliberação em turno suplementar. 

A matéria em análise é um um substitutivo do relator Roberto Requião (PMDB-PR), com alterações em outros artigos do Código Civil para adequá-los à proposta da senadora Marta Suplicy (PMDB), autora do projeto. Caso seja aprovada definitivamente, a proposta poderá seguir direto para a Câmara dos Deputados, caso não seja apresentado recurso para análise do texto em Plenário.

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O Código Civil reconhece como entidade familiar, atualmente, “a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família”. O projeto diz que entidade familiar  é a união entre duas pessoas, independente de gênero.

O projeto está na pauta da CCJ desde o início de março. O senador Magno Malta (PR-ES) é um dos que estão contra. Ele apresentou uma emenda para garantir que o instituto do casamento, no Código Civil, seja “apenas um ato entre homem e  mulher”. A sugestão não foi admitida por Requião, sob o argumento de que não se trata na verdade de uma emenda, mas de um novo substitutivo que desfiguraria por completo o projeto.

Além disso, no mérito, Requião afirma que a positivação do direito ao casamento homoafetivo na legislação brasileira “é uma necessidade e, na verdade, uma dívida do Congresso Nacional”. 

O relator da proposta que atualiza a lei do abuso de autoridade, senador Roberto Requião (PMDB-PR), anunciou nesta quarta-feira, 19, que vai retirar menção ao juiz federal Sergio Moro do seu novo parecer. No texto apresentado esta semana, Requião afirmava que Moro foi consultado e teria aprovado o substitutivo, mas acabou sendo desmentido pelo magistrado. Por volta das 12h00, o parlamentar realizava a leitura do texto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Após atualizar o artigo que trata do chamado crime de hermenêutica, principal divergência entre o senador e os procuradores, o relator escreveu que: "é relevante destacar que, consultado por este Relator, o Juiz Sérgio Moro aquiesceu com a redação ora proposta". Requião justificou que iria retirar o trecho, pois "não conversou mais" com o juiz da Operação Lava Jato. Moro foi um dos convidados nas audiências públicas do Senado para debater o tema, no final do ano passado.

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Nesta quarta-feira, o juiz publicou uma nota na qual nega ter avalizado o texto: "Consta, no parecer do senador Requião sobre o projeto da lei de abuso de autoridade, afirmação de que eu, juiz Sérgio Moro, teria sido consultado e concordado com a redação por ele proposta para o parágrafo segundo do artigo 1 do substitutivo. Isso, porém, não é verdadeiro, estando o Senador absolutamente equivocado pois não fui consultado e não concordo com a redação proposta", informou Moro.

Para o juiz, "a redação proposta no substitutivo do senador não contém salvaguardas suficientes para prevenir a criminalização da interpretação da lei e intimidara a atuação independente dos juízes".

O senador Roberto Requião (PMDB-PR) afirmou nesta quarta-feira (5) que vai apresentar novo relatório sobre o projeto que atualiza a lei do abuso de autoridade no dia 19 de abril, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Na mesma data, o texto deverá ser votado pelo colegiado. Requião também comunicou, em sessão da CCJ realizada hoje, que vai analisar em conjunto o projeto do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) com base na proposta alternativa do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

A principal diferença entre os textos de Requião e Janot é em relação ao chamado crime de hermenêutica. Pelo texto do senador, se o acusado na primeira instância for inocentado na segunda instância, o juiz da primeira instância pode ser punido. O procurador apresentou uma proposta alternativa para assegurar que um agente público não poderá ser punido por divergências de interpretação de uma lei se apresentar motivos para isso. Na semana passada, entretanto, Requião ignorou todas as sugestões do procurador-geral durante a leitura do relatório na CCJ.

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Apesar de o assunto ser o 25º item da pauta de hoje, a proposta veio a tona durante a reunião devido a uma interferência feita por Jader Barbalho (PA). O senador disse que fica "assustado" quando dizem que a tramitação da proposta visa prejudicar investigações em curso no Brasil, como a Operação Lavo Jato. "O projeto trata do assunto em todas as esferas da Administração Pública brasileira, no Judiciário, no Legislativo, no Ministério Público, no Poder Legislativo, onde ocorrer abuso de autoridade, não especificamente em determinada área", ressaltou.

O parlamentar questionou Requião sobre quem seria responsável por apreciar representações contra autoridades do Executivo, do Legislativo, do Ministério Público ou do Poder Judiciário. "São os integrantes do Judiciário? Ou será que é a classe política que irá apreciar a representação? Eu fico a me perguntar, face ao noticiário, porque me parece que esse instrumento que estaria sendo apreciado aqui, é um instrumento para estabelecer um tribunal de exceção que será instalado no Poder Legislativo; e será a classe política se vingando das apurações", ironizou.

Requião respondeu que são os juízes que julgam o abuso de poder. "Se não cair o foro privilegiado, senador Jader, conforme a proposta do Senador Alvaro Dias, os juízes serão julgados por conselhos de juízes, os promotores também, e os agentes todos que têm foro privilegiado." O relator destacou que incluiu no seu parecer a possibilidade de qualquer cidadão ofendido, privadamente, processar também o agente ofensivo. "E, fundamentalmente, a proposta não é contra agentes públicos, nem contra juízes, nem contra promotores, é contra o abuso de autoridade", defendeu.

Jader Barbalho disse que fica "bastante preocupado" com a possibilidade de que o Ministério Público e os magistrados, contrários ao texto de Requião, estejam "com medo" de seus colegas e dos tribunais de Justiça. "Quem vai julgar crime de responsabilidade é juiz, e será que o pessoal do Ministério Público está com medo dos seus colegas? E será que os juízes estão com medo do julgamento dos seus colegas integrantes do Poder?", indagou.

O senador paranaense Roberto Requião (PMDB) afirmou nesta segunda-feira, 31, que venceu as eleições municipais deste ano quem tinha dinheiro para financiar a campanha e quem estava "descaracterizado de militante político". A declaração de Requião foi dada a jornalistas, enquanto ele chegava para reunião em São Paulo com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na casa do jornalista Fernando Morais.

Outros políticos e intelectuais participam do encontro, como o senador Lindberg Farias e o ex-presidente do PSB Roberto Amaral. Requião também disse que está menos preocupado com o resultado em si das eleições e mais com "o futuro do País". "Estou preocupado com a PEC 241", afirmou.

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O senador Roberto Requião (PMDB) alertou, no Senado Federal, nesta terça-feira (30), para a necessidade de se preparar para uma guerra civil caso o impeachment seja aprovado. “O conflito será inevitável. O povo brasileiro não retornará à senzala calado”, disparou.

“Se for condenada a presidente, mesmo sem culpa, que cada um esteja consciente do está por vir, que ninguém depois alegue ignorância. Querem reduzir o Brasil a um medíocre estado associado, então, se sintam servidos”, acrescentou o senador.

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Requião reafirmou a necessidade da realização de um plebiscito. “Que não mandem no Brasil os embaixadores dos países poderosos e os banqueiros com seus lucros cada vez mais fantásticos. Senadores, razão, alma e coração. Não ao impeachment”, disse.

O senador ainda citou, em seu pronunciamento, uma das cartas escritas pelo ex-presidente da República Getúlio Vargas usando como em referência ao momento em que vive Dilma Rousseff. “Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo e renunciando a mim mesmo, para defender o povo que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar a não ser o meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida. Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos. Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta...”, ressaltou Requião, em uma parte do documento lido. 

 

Contrário a gestão do presidente em exercício Michel Temer (PMDB), o senador Roberto Requião (PMDB-PR) afirmou, nesta segunda-feira (29), que a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) não cometeu crime algum e, por isso, sob a ótica dele, não há justificativa plausível para o impeachment dela. Quarto senador a questionar a petista, Requião usou os cinco minutos destinados a ele para disparara críticas contra o governo peemedebista, projetar que Dilma terá 31 votos a seu favor e pontuar a “ilegalidade” do processo. 

“Já subi nesta tribuna muitas vezes para criticar a política econômica do seu governo, mas hoje falo constrangido porque não é a presidente está sendo julgada é a democracia. É um projeto soberano de construção do Brasil. Não há a menor possibilidade de ela ter cometido um crime”, cravou, salientando que o impeachment tem características intrínsecas. 

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“Não estamos julgando a presidente Dilma Rousseff, mas estamos comparando duas hipóteses de governo. Uma delas quer acabar com pensões e aposentadorias, um massacre para 20 milhões de brasileiros. Reverter direitos é o caminho da alternativa, congelar despesas a União por 20 anos, já não se pode mais nascer, estudar, não se pode melhorar ensino. Privatização do patrimônio público e outras opções de alternativas. É este o caminho já sugerido pelo governo do meu amigo Michel Temer”, alfinetou.

Com um discurso duro, Requião disse que o Senado vivia uma “ilegalidade absoluta” e atuando como um “simulacro de júri”. “Algum senador do meu partido, ministro do seu governo, fez algum questionamento a sua política econômica? Então porque reparam agora?”, indagou. 

Em resposta, Dilma disse que não só nenhum ministro, como também “nenhum funcionário do governo tinha esta posição”. “Não é um processo que é feito no gabinete do ministro, mas cumpre todo um ritual”, salientou, reforçando a tese de golpe, “ataque a constituição” e inocência.  

O senador Roberto Requião (PMDB-PR) afirmou, nesta terça-feira (9), que o melhor caminho para o país é manter a presidente Dilma Rousseff (PT) no cargo, rejeitando, assim, o parecer relator Antônio Anastasia (PSDB-MG), que recomenda a continuidade do processo de impeachment e o julgamento da petista por crimes de responsabilidade. 

“O caminho é manter a Dilma, fazer o plebiscito para antecipar eleição e realizar uma boa reforma política”, pregou. “Hoje vou votar contra a entrega do petróleo brasileiro, contra a precarização do trabalho, da saúde e da educação... Não à corrupção e ao golpe”, acrescentou.

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Apesar de ser correligionário do presidente em exercício Michel Temer, Requião compõe a pequena ala do PMDB contrária à destituição do mandato de Dilma. Durante a fase de admissibilidade, o peemedebista disse que Temer cometeria “ainda mais erros” que a petista e classificou o impeachment como “uma monumental asneira”. 

O plenário do Senado iniciou por volta das 9h45 a sessão que analisará o parecer de Anastasia. A reunião está sendo conduzida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. No momento, membros da oposição estão apresentando questões de ordem para tentar suspender a votação.

Após essa parte, Anastasia fará a leitura do parecer. A partir daí, cada senador terá até dez minutos para discursar no plenário. Até a noite dessa segunda-feira (8), 43 senadores haviam se inscrito para essas considerações. Se todos eles utilizarem o tempo máximo para a fala, mais de sete horas serão utilizadas apenas para que eles se pronunciem. Outros senadores ainda podem se inscrever. 

Depois deles, a acusação e a defesa farão as considerações finais, tendo 30 minutos cada para isso. Então, a votação será iniciada.

Os senadores irão votar pelo painel eletrônico do Senado e cada partido poderá apresentar até quatro destaques para serem votados separadamente. Nesse caso, as sugestões de mudanças são deliberadas após o texto principal.

A cada quatro horas de sessão haverá um descanso de uma hora para os parlamentares, conforme acertado na última semana entre Lewandowski, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e líderes partidários.

*Com Dulce Mesquista

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