Tópicos | interrogatório de Dilma

Contrário a gestão do presidente em exercício Michel Temer (PMDB), o senador Roberto Requião (PMDB-PR) afirmou, nesta segunda-feira (29), que a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) não cometeu crime algum e, por isso, sob a ótica dele, não há justificativa plausível para o impeachment dela. Quarto senador a questionar a petista, Requião usou os cinco minutos destinados a ele para disparara críticas contra o governo peemedebista, projetar que Dilma terá 31 votos a seu favor e pontuar a “ilegalidade” do processo. 

“Já subi nesta tribuna muitas vezes para criticar a política econômica do seu governo, mas hoje falo constrangido porque não é a presidente está sendo julgada é a democracia. É um projeto soberano de construção do Brasil. Não há a menor possibilidade de ela ter cometido um crime”, cravou, salientando que o impeachment tem características intrínsecas. 

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“Não estamos julgando a presidente Dilma Rousseff, mas estamos comparando duas hipóteses de governo. Uma delas quer acabar com pensões e aposentadorias, um massacre para 20 milhões de brasileiros. Reverter direitos é o caminho da alternativa, congelar despesas a União por 20 anos, já não se pode mais nascer, estudar, não se pode melhorar ensino. Privatização do patrimônio público e outras opções de alternativas. É este o caminho já sugerido pelo governo do meu amigo Michel Temer”, alfinetou.

Com um discurso duro, Requião disse que o Senado vivia uma “ilegalidade absoluta” e atuando como um “simulacro de júri”. “Algum senador do meu partido, ministro do seu governo, fez algum questionamento a sua política econômica? Então porque reparam agora?”, indagou. 

Em resposta, Dilma disse que não só nenhum ministro, como também “nenhum funcionário do governo tinha esta posição”. “Não é um processo que é feito no gabinete do ministro, mas cumpre todo um ritual”, salientou, reforçando a tese de golpe, “ataque a constituição” e inocência.  

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