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O presidente estadual do PSB e secretário de Governo do Recife, Sileno Guedes, declarou que após a abertura da Agenda 40, no último sábado (11), um trabalho de fortalecimento será realizado até maio deste ano percorrendo as regiões pernambucanas. Ele também falou sobre o slogan desta edição “Eduardo Campos de Formação Política 2017”, que homenageia o ex-governador do estado, que faleceu em acidente aéreo no ano de 2014. 

O socialista, em tom saudoso, disse que Campos sempre fará falta definindo-o como um homem de visão, capacidade de ouvir, de enxergar mais longe e de estar sempre presente em vários locais ao mesmo tempo. “Além do seu profundo conhecimento sobre o Brasil e Pernambuco, que dava ao PSB uma consistência muito grande. Infelizmente, o destino fez com que ele não esteja mais conosco e a gente tem que aproveitar a sua capacidade e tentar aplicar aquilo que aprendeu com ele. Todos nós que convivemos com ele temos um pouco da sua forma de trabalhar. A gente, se somando, tenta chegar perto da sua capacidade de fazer”. 

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Sileno explicou que, após a abertura da Agenda 40, um dos objetivos será a unidade do partido reunindo a militância, as lideranças e as direções municipais. “Para discutir política, o socialismo atualmente, os modelos do PSB de gestão, a marca que o partido tem que deixar impressa nas gestões e o papel das mídias sociais, que pode ajudar o partido a propagar se aproximar cada vez mais do filiado”.

Ele disse que os encontros também fazem parte de tornar forte o partido para a disputa de 2018 declarando que a eleição é um momento da democracia, que permite o reconhecimento da sociedade às agremiações partidárias. “O PSB é um partido que tem uma presença muito forte em Pernambuco. Já governa o estado por dez anos. Governa a cidade mais importante que é a Capital e mais 69 municípios, ou seja, o PSB é um grande conhecido da sociedade pernambucana e a gente precisa se fortalecer, se renovar, se reciclar, ouvir novas opiniões, se oxigenar para que a gente possa continuar ofertando à sociedade o que a gente vem fazendo até hoje”, ressaltou. 

Também faltou sobre o governador Paulo Câmara salientando que ele tem, com “equilíbrio e serenidade”, conseguido atravessar momentos muito difíceis. “A gente tem conseguido em Pernambuco, apesar da crise e da dificuldade e de ter sofrido até mais do que os outros estados, atravessar com firmeza esse período. Pernambuco vem se destacando nesse período de dificuldade”, acredita. 

O secretário ainda falou da derrota do deputado Tadeu Alencar na disputa da liderança do PSB, na Câmara dos Deputados. “É uma eleição de liderança, que é muito importante, mas que é restrita à bancada, então, não vejo com maiores problemas ou como derrota ou vitória. Indiscutivelmente a bancada do PSB é heterogênea, que é fruto de um movimento que se fez, em 2014, e que tem pensamentos diferentes e é legitimo que tenha. É democrático que se tenha. O deputado Tadeu tem feito um grande trabalho, tem se destacado no cenário nacional com integrante do PSB, mas a disputa da liderança é um episódio restrito à bancada, que tem pensamentos diferentes, que tem formação política diferente, mas são membros do PSB e cabe justamente à direção do partido tentar afunilar o pensamento”, concluiu. 

Líder do governo na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado Isaltino Nascimento (PSB) afirmou que não será fácil estar à frente da linha de defesa da gestão do governador Paulo Câmara (PSB) em um ano pré-eleitoral. Em entrevista ao LeiaJá, Nascimento destacou que durante os próximos meses os olhares da política pernambucana estarão voltados ao Poder Executivo atraindo debates acalorados. Entretanto, sob a ótica do líder pessebista, Câmara já “mostrou força política” diante do desempenho eleitoral dos aliados em 2016 melhor do que o ex-governador Eduardo Campos em 2012. 

“Certamente 2017 será um ano difícil. Em 2015, primeiro ano de gestão de Paulo Câmara, foi a consolidação da chegada ao governo. Ano passado foi atípico pelo processo eleitoral e a pauta municipal foi preponderante, mas este ano é o período em que o olhar está voltado ao Poder Executivo e suas ações vão gerar um debate mais acalorado. Já estamos experimentando isto [com o reajuste salarial das polícias militares]. De fato a Casa passa a ter uma atenção maior”, previu. 

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O que deve pesar positivamente para o governador, segundo Isaltino Nascimento, é o apoio adquirido nos municípios com a disputa de 2016. “O principal teste para disputa política de 2018 foi feito no ano passado. Eduardo Campos, no auge da sua popularidade em 2012, ousou lançar um candidato a prefeito da capital e elegeu, além dele, mais 53 prefeitos do PSB e um quantitativo bom de prefeitos da base aliada na época. O governador Paulo Câmara fez algo mais ousado, porque depois de João Paulo [PT], o único prefeito reeleito na capital foi Geraldo Julio. Então reeleger o prefeito da capital foi um desafio posto a prova, porque o fiador da eleição de Geraldo foi o governador. E elegemos 70 prefeitos do PSB. Mostra que a performance dele, mesmo no ambiente de dificuldade, elegeu mais do que Eduardo”, comparou. 

Indagado se Câmara é um político mais forte do que Campos era, o líder justificou a comparação ponderando que as conjunturas eram diferenciadas e dando como exemplo o rompimento eleitoral com o PT para a eleição de 2012.  “Para quem dizia que Paulo Câmara não faz política e que ele não é um ator que se envolve, ele tem mostrado que tem um perfil diferenciado. É isso que estou querendo dizer. Então, as articulações e alianças feitas nos municípios, mostram força na disputa. Este é um ano de construção, mas é um bom caminho para a disputa de 2018”, salientou.

Linha de atuação na Alepe

Como líder do governo na Casa Joaquim Nabuco, Isaltino disse que pretende barrar as críticas à gestão de Paulo Câmara com a reaproximação da bancada com o governador. O que para ele servirá como “estimulo aos pares” para “o embate” na Alepe. “Haverá uma rodada de agendas periódicas do governador com os deputados, a princípio semanais, para ouvir e atender as demandas do parlamentar e os prefeitos que são aliados a eles. A relação mais estreita conosco, ajuda o governador”, frisou. 

O alinhamento das estratégias será definido em reuniões quinzenais, nas terças-feiras. Já para as questões mais urgentes, Nascimento disse que o colegiado criou um grupo de parlamentares com 10 membros e mais o presidente Guilherme Uchoa (PDT) e o primeiro secretário da Casa, Diogo Moraes (PSB). “Vamos discutir as temáticas e apresentar respostas mais imediatas às questões emergenciais que envolvam o governo”, detalhou. 

Oposição dentro da bancada governista

As dissidências na bancada governista são constantes. Um dos parlamentares aliados que tem dado fôlego a uma oposição interna é Álvaro Porto (PSD). O LeiaJá questionou a Isaltino se Paulo Câmara estabeleceu alguma linha de diálogo específica para amenizar as postura do pessedista e o líder disse que não. 

“Ele pertence a um partido da base, que está na estrutura do governo, ou seja, o PSD tem hoje uma secretaria estratégica, que é a das Cidades, com todas as empresas. São espaços para contemplar não só o líder maior, André de Paula, mas todos os políticos da legenda. A reflexão desta postura não cabe a mim, mas ao deputado”, observou. “Aqui só tem duas bancadas: governo e oposição. No pastoril da política não existe Diana. Ou você é encarnado ou é azul”, emendou, alfinetando. 

Renata Campos, viúva do ex-governador Eduardo Campos, também participa do encontro "Agenda 40 - Ano Eduardo Campos de Formação Política 2017 "-, que acontece neste sábado (11), no Recife Praia Hotel. Atendendo a solicitação do público presente, que em coro pediram uma palavra da ex-primeira-dama do estado, ela disse que Eduardo Campos era uma pessoa que acreditava na formação, reciclagem e renovação dos quadros. 

"Neste pontapé inicial fazemos esta homenagem a Eduardo. Não quis deixar de vir de jeito nenhum, eu disse que fazia questão de estar neste momento e parabenizo pela iniciativa. É um momento muito simbólico. Acho que é muito forte a presença dele [Eduardo] aqui por tudo o que ele deixou em todos nós".

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Renata Campos também disse que será um ano de muita energia para o PSB. "Um ano para rodar o estado reciclando o quadro. Parabéns para todos que fazem a vida e o dia a dia do partido", ressaltou.

No encontro promovido pelo PSB, na manhã deste sábado (11), conhecido como Agenda 40, o deputado federal Danilo Cabral declarou que com a morte de Eduardo Campos [ex-governador], em 2014, muitos acharam que a sigla não seria capaz de dar continuidade à história construída. "Mas, nós construímos, na eleição de 2016, a mais larga vitória elegendo 70 prefeitos. No Brasil, foram 418 eleitos. O povo reconhece o nosso trabalho".

Danilo Cabral fez uma homenagem para Eduardo Campos, que faleceu em acidente aéreo. "Aprendemos a fazer política com Eduardo e Miguel Arraes fazendo o bom combate. Era preciso este espaço para expor as opiniões e ideias e, a partir disso, construir permanentemente a unidade do nosso povo. Foi isso que construiu Eduardo e Arraes".

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O parlamentar falou que era importante a defesa do legado do partido. "São 70 anos de história. Não somos um partido cartorial. Nosso partido tem militância e movimentos que têm o direito de serem escutados para dar sequência à história".

"A gente também precisa fazer essa reflexão conjunta sobre essa crise, que iniciou em 2014. Tudo que Eduardo dizia aconteceu quase como um visionário. Agora é hora de construir a unidade. Há divergências de pensamentos, mas, isso também é importante para a soberania brasileira. Afirmamos as diferenças para construir a unidade". 

O socialista também elogiou o governador Paulo Câmara (PSB) definindo-o como uma pessoa "determinada" e "focada". "Você foi a pessoa certa no momento certo. A pessoa mais talhada para fazer está travessia", concluiu.

O presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, na abertura do evento Agenda 40 - Ano Eduardo Campos de Formação Política 2017, que acontece neste sábado (11), disse que o encontro é a marca do partido que tem como objetivo discutir o rumo da sigla com conteúdo de formação política. O encontro acontece no Recife Praia Hotel, no bairro do Pina.

Sileno lembrou que foi na gestão do governador Eduardo Campos, morto em tragédia aérea no ano de 2014, que iniciou a Agenda 40. "É preciso discutir o conteúdo político, apresentar como deve funcionar uma gestão do PSB, debater como utilizar as mídias sociais para fortalecer o partido e formar os nossos guerreiros".

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O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), também presente, ressaltou que a sigla construiu uma história no estado. "É um trabalho muito importante, que se realiza desde 2005. O PSB é um partido que se preocupa em reciclar o seu quadro. Um partido que, de fato, representa o seu estado".

Geraldo Julio citou Eduardo Campos. "Foi ele que iniciou esta agenda circulando o estado inteiro. É uma homenagem justa e bem posta. É muito bom estarmos aqui hoje reunidos neste momento. Os deputados e as lideranças políticas que estão aqui constroem o PSB e lutam. Construímos a maior vitória que tivemos em uma eleição municipal. Vencemos na capital quando apostaram que a gente não ia vencer. Foi o trabalho de todos os integrantes do PSB. Foi a maior vitória que construímos. A Frente Popular vai continuar crescendo", acrescentou.

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) em Pernambuco lança, neste sábado (11), a "Agenda 40 – Ano Eduardo Campos de Formação Política”. O evento será às 9h, no Recife Praia Hotel, no bairro do Pina, na zona sul. De acordo com o presidente estadual da legenda, Sileno Guedes, como 2017 não é um ano eleitoral os encontros, que tradicionalmente servem como base para as disputas eleitorais, vão ser pautados por formações e capacitações dos filiados e segmentos partidários. 

“Vamos reeditar a Agenda 40, que é uma marca do partido, com este viés da formação política. A ideia é de que até maio tenhamos percorrido todas as regiões de Pernambuco. Eduardo Campos quando presidente do partido sempre investiu muito na formação política do partido e o fortalecimento dos seguimentos do partido, por isso resolvemos dedicar este ano todo ao que ele mais nos ensinou a fazer: formar”, detalhou Sileno. 

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O vice-presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Paulo Câmara; o prefeito do Recife, Geraldo Julio; o senador Fernando Bezerra Coelho; o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, além de deputados federais, estaduais e prefeitos vão participar da abertura das atividades. 

A expectativa, segundo Sileno, é de que até maio seja realizados 13 encontros em todas as regiões do estado. Realizada periodicamente pelo PSB para coletar sugestões e afinar a construção de candidaturas do partido, a Agenda 40 também vai debater a conjuntura política nacional e local, além de preparar os pessebistas para o pleito eleitoral de 2018.  

Investigada pela Polícia Federal (PF) por financiar através de uma prática típica de lavagem de dinheiro a compra do avião Cessna Citation PR-AFA utilizado pelo ex-governador Eduardo Campos (PSB), a empresa Lídermac efetuou doações eleitorais no valor de R$ 3,8 milhões para candidatos em 2014. Deste montante, segundo fontes ligadas a investigação, um total de R$ 1,5 milhão foi direcionado para a campanha do governador Paulo Câmara (PSB). Segundo dados da prestação de contas do pessebista ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele recebeu R$ 500 mil da Lidermac.

A PF estuda se as doações são uma espécie de retribuição aos contratos firmados entre a empresa e o Governo do Estado. As contratações entre a Lídermarc e a gestão estadual investigadas pela PF são de 2010 a 2016 e giram no valor de R$ 87 milhões, sendo R$ 75 milhões firmados apenas durante a gestão de Eduardo Campos. Um dos donos da Lídermac, Rodrigo Leicht Carneiro Leão, é genro do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), José Múcio Magalhães.

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Segundo um balanço divulgado pelos investigadores, durante a coletiva de imprensa para dar detalhes sobre a Operação Vórtex deflagrada nesta segunda-feira (30) e oriunda da Operação Turbulência, de 2006 a 2014 os repasses da Lídermarc para campanhas cresceu exponencialmente. Em 2006 o valor foi de R$ 30 mil; 2008 de R$ 3 mil; 2010 de R$ 270 mil; 2012 de R$ 1,4 milhão e 2014 de R$ 3,8 milhões - deste ano, fora os R$ 1,5 milhão destinado a Paulo Câmara outros 21 políticos pernambucanos foram beneficiados com doações. 

A Polícia Federal, entretanto, não divulgou o nome da empresa ou a quem teriam sido feitas as doações eleitorais. A informação é de fontes ligadas à investigação e, portanto, não há confirmações de irregularidades nos repasses financeiros. Todavia, na coletiva o superintendente da PF em Pernambuco, Marcello Diniz Cordeiro chegou a afirmar que “quanto mais aumentava os contratos” da tal empresa com o governo estadual “mais aumentava as doações” o que reforça a suspeita. 

“A suspeita é de que poderia haver uma relação muito próxima da empresa com partidos políticos, que tenham contribuído firmando contratos com órgãos públicos para conseguir uma retribuição através de doações de campanhas políticas", salientou Diniz. 

--> Em nota, PSB de Pernambuco nega irregularidades e contesta versão

Compra do avião de Campos

Do segmento de equipamentos de construção, a Lídermac repassou, em julho de 2014, o valor de R$ 159.910,00 para a Câmara & Vasconcelos e, de acordo com a PF, dois dias depois este mesmo montante foi transferido para a dona da aeronave utilizando a conta da Câmara & Vasconcelos apenas como uma conta de passagem. "O fato de ter usado uma empresa como conta de passagem é típico da lavagem de dinheiro", explicou Marcello Diniz Cordeiro. 

Operação Turbulência 

A Operação Turbulência foi deflagrada pela Polícia Federal em junho de 2016 para investigar um grupo que teria movimentado, a partir de empresas laranjas, mais de R$ 600 milhões para supostamente custear campanhas de políticos pernambucanos. Entre os acusados estão João Carlos Lyra Pessoa Mello Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite, Apolo Santana Vieira e Arthur Roberto Lapa Rosal. Os empresários chegaram a ser presos, mas foram liberados após um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou os quatro empresários já citados e outras 14 pessoas por envolvimento em crimes contra o sistema financeiro nacional, lavagem de dinheiro oriundo de superfaturamento em obras públicas, além de pagamento de propinas a agentes políticos e funcionários públicos.  O inquérito oriundo da investigação, entretanto, foi arquivado pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) em novembro. O MPF recorreu da decisão, mas ainda não há uma postura do Superior Tribunal de Justiça sobre o recurso. 

A empresa Lídermac é o principal alvo da Operação Vórtex, deflagrada nesta terça-feira (31) pela Polícia Federal de Pernambuco para investigar irregularidades na compra do avião Cessna Citation PR-AFA utilizado pelo ex-governador Eduardo Campos (PSB) em 2014, quando um acidente aéreo provocou a morte dele e de mais seis pessoas. 

Do segmento de equipamentos de construção, a Lídermac repassou, em julho de 2014, o valor de R$ 159.910 para a Câmara & Vasconcelos e, de acordo com a PF, dois dias depois este mesmo montante foi transferido para a dona da aeronave utilizando a conta da Câmara & Vasconcelos apenas como uma conta de passagem. 

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Em coletiva à imprensa para dar detalhes sobre a Operação, o superintendente da PF em Pernambuco, Marcello Diniz Cordeiro, não confirmou o nome da empresa investigada, mas afirmou que o que despertou a atenção foi o fato dela ter vários contratos firmados com o Governo de Pernambuco. As contratações investigadas são de 2010 a 2016 e giram no valor de R$ 87 milhões, sendo R$ 75 milhões firmados apenas durante a gestão de Eduardo Campos.

"Não é que estes contratos sejam irregulares, mas o fato de ter usado uma empresa como conta de passagem é típico da lavagem de dinheiro", explicou o superintendente. Mas, de acordo com ele, os contratos podem ter sido a “motivação” para contribuir com a compra da aeronave. Até porque, a Lídermac é responsável por doações milionárias a campanhas de partidos e políticos ligados ao ex-governador. 

"A suspeita é de que poderia haver uma relação muito próxima da empresa com partidos políticos, que tenham contribuído firmando contratos com órgãos públicos para conseguir uma retribuição através de doações de campanhas políticas", salientou Diniz. “Quanto mais aumentava os contratos com o governo estadual mais aumentava as doações”, acrescentou. 

A investigação é um desmembramento da Operação Turbulência e também levou para depor de forma coercitiva os donos da Lídermac: Rodrigo Leicht Carneiro Leão - genro do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) José Múcio Magalhães -, Gerson Carneiro Leão Neto, Gláucio José Carneiro Leão Filho e Camila Leicht Carneiro Leão. 

Apesar das suspeitas, a Polícia Federal destacou que ainda não há um inquérito ou indiciamentos contra os empresários ou a empresa. 

A Polícia Federal (PF) em Pernambuco deflagrou, na manhã desta terça-feira (31), a Operação Vórtex para investigar mais uma empresa envolvida na compra avião Cessna Citation PR-AFA, utilizado pelo ex-governador Eduardo Campos (PSB) na campanha presidencial em 2014 e que caiu em Santos matando, além de Campos, mais seis pessoas. A investigação é um desmembramento da Operação Turbulência

De acordo com a PF, após uma análise nas contas bancárias das empresas investigadas pela Turbulência que compraram a aeronave foi identificado que uma das companhias teria sido utilizada apenas como conta de passagem, pois recebeu valores de outra empresa dois dias antes de realizar a compra do avião. Esta outra empresa é o principal é o alvo da Vórtex.

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“Ao investigar mais a fundo a empresa remetente dos recursos, verificou-se que ela possui contratos milionários com o governo do Estado e que suas doações a campanhas políticas aumentaram de forma exponencial ao longo dos últimos anos, notadamente para o partido e candidatos apoiados pelo ex-governador do estado, Eduardo Campos”, afirmou a PF em nota. 

Ao todo, 30 policiais federais cumprem dez ordens judiciais em Pernambuco, sendo seis mandados de busca e apreensão nos bairros de Boa Viagem e Pina, no Recife, e em Jaboatão dos Guararapes, além de quatro mandados de condução coercitiva em Boa Viagem. Estão sendo investigados os crimes de corrupção, direcionamento de licitação e lavagem de dinheiro. As equipes estão nas ruas desde às 6h.

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O juiz da 2ª Vara Cível de Santos, Claudio Teixeira Villar, decidiu que o Partido Socialista Brasileiro (PSB) não deve indenizar uma moradora da área em que o avião que transporta o ex-governador Eduardo Campos (PSB) caiu, em agosto de 2014. Além de Campos, o acidente causou a morte de mais seis pessoas.

A indenização por danos morais é de R$ 26,4 mil mais os custos do processo. O valor, segundo a sentença do juiz, será pago pela empresa AF Andrade, responsável pelo registro da aeronave, e os empresários João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho e Apolo Santana Vieira, que haviam comprado o avião.

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Na decisão, o magistrado diz que "não há base legal para responsabilização do partido pelo acidente" e pontua que nem Eduardo Campos, tampouco os tripulantes e operadores, possuíam "relação com o bem".

"Nem o partido, nem o candidato eram proprietários, arrendatários cessionários de direito sobre o bem, assim como detinham ingerência sobre a aeronave senão no que diz respeito aos destinos e ocasiões dos voos, tal como o passageiro de um transporte qualquer", declarou.

Diversas ações por danos morais correm na justiça contra o PSB e os donos da aeronave. A autora deste, segundo os autos, é "idosa", "já debilitada" e foi "exposta a situação extremamente dramática por conta do ocorrido".

Apontado pela Polícia Federal como responsável por entregar propina de empreiteiras ao ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) - morto em um acidente de avião, em agosto de 2014 -, o empresário João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho, conhecido como João Lyra, assinou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF) no âmbito da Operação Turbulência. Lyra se apresentou formalmente como o único comprador do avião que caiu em Santos (SP).

O acordo ainda precisa ser homologado pela Justiça e João Lyra deve prestar depoimento nas próximas semanas. Além dele, também optaram pela delação Eduardo Freire Bezerra Leite e Apolo Santana Vieira. Os três empresários pernambucanos foram alvo da Turbulência, responsável por investigar o arrendamento da aeronave Cessna Citation PR-AFA que caiu em Santos (SP) e vitimou o então candidato Eduardo Campos.

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A reportagem apurou que além dos fatos envolvendo o avião, João Lyra negociou com os investigadores o detalhamento de todas as transações financeiras realizadas por seu grupo cujos valores são oriundos de superfaturamento de obras públicas e de esquemas envolvendo empreiteiras e o governo de Pernambuco.

Para chegar aos verdadeiros proprietários do jatinho, os investigadores identificaram empresas de fachada supostamente utilizadas para lavar e escoar dinheiro oriundo de obras públicas para campanhas políticas. Foram investigados repasses da Camargo Corrêa e da OAS que teriam origem em desvios praticados em obras da Petrobras em Pernambuco e na transposição do Rio de São Francisco. Parte das informações foi compartilhada com a força-tarefa da Operação Lava Jato.

Na denúncia oferecida pelo MPF contra 18 pessoas envolvidas no caso, o MPF apontou que os três empresários lideravam o grupo criminoso que lucrava com "a prática de agiotagem", lavagem de dinheiro proveniente de superfaturamento de obras públicas e pagamento de propina para agentes públicos. Apesar de a primeira denúncia ter sido arquivada, a investigação continua e deve dar origem a novas denúncias.

À época da deflagração da Turbulência, o PSB, do qual Campos era presidente, reiterou a sua confiança na "conduta sempre íntegra do ex-governador" e "o apoio incondicional ao trabalho de investigação da Polícia Federal e do Ministério Público, esperando que resulte no pleno esclarecimento dos fatos". A Camargo Corrêa afirmou que a empresa foi a primeira a colaborar e que segue à disposição da Justiça. Procurada, a OAS não respondeu até a conclusão desta edição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em vídeo publicado neste sábado (21), o deputado federal Jair Bolsonaro (PP) falou sobre a morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki. Na praia, ele lamentou a tragédia. “Sobre o ministro, obviamente, todos nós temos muito que lamentar e pedimos a Deus, neste momento, que conforte não só a sua família, bem como seus amigos mais próximos”.

Bolsonaro abriu mais polêmicas ao relembrar tragédias envolvendo outro políticos. “Não custa lembrar também aqui o episódio envolvendo, num acidente aéreo, o então candidato Eduardo Campos. O outro fato que marcou, e muito as eleições de 2002 foi o caso Celso Daniel, prefeito de Santo André [São Paulo], que na iminência de tornar público as roubalheiras do PT, naquela prefeitura, acabou sequestrado, torturado e executado”, disse.

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“Também não custa relembrar que, com toda certeza, o presidente eleito em 2002, não seria Lula, seria, com toda a certeza, o jovem e promissor deputado baiano Luiz Eduardo Magalhães que, infelizmente, nos deixou também de forma bastante trágica”. 

No vídeo, ele ainda se referiu à presidente do STF, ministra Carmen Lúcia. “O que eu poderia como cidadão pedir, sugerir, a nossa presidente do Supremo é que avoque para si esse processo. Homologue as delações [Lava Jato], torne público o nome de todos os políticos envolvidos e, daí sim, com calma, com tranquilidade, vossa excelência poderá decidir quem será o futuro relator desse processo. É o que todos nós pedimos, com toda certeza, em nome do clamor popular”.

 

Nesta quinta-feira (19), o advogado Antônio Campos, irmão do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, usou seu Facebook e afirmou ter uma nova testemunha sobre o acidente aéreo que vitimou Eduardo. A postagem também traz documentos protocolados sobre a possível apresentação da testemunha à Justiça. 

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“Arrolei, recentemente, no dia 11/01/2017, após ter tomado conhecimento de alguns fatos novos, uma relevante testemunha para ser ouvida no inquérito civil que tramita perante o Ministério Público Federal de Santos e perante o Exmo. Sr. Juiz Federal da 5ª Vara de Santos, que preside o inquérito policial federal, a cargo das investigações do delegado Rubens Maleiner. O delegado citado apura as causas do acidente aéreo que causou a morte do meu irmão, Eduardo Campos”, escreveu Antônio.

Além de divulgar a existência da possível testemunha, cuja identidade não foi revelada, o advogado ainda disse que no Brasil, “líderes e autoridades morrem de forma misteriosa em acidentes aéreos”. Ele ainda citou a recente tragédia que causou a morte do ministro do STF Teori Zavascki, nesta quinta-feira.  

“Num país em que líderes e autoridades morrem de forma misteriosa em acidentes aéreos e ainda impactado pela morte do ministro Teori, resolvi revelar esse fato novo e reafirmar que esse caso de Eduardo Campos precisa ser aprofundado e é mais um caso que não pode ficar impune. Não descansarei enquanto não forem esclarecidos os fatos, independentemente de eventuais riscos que posso correr”, finalizou o irmão de Eduardo Campos. 

Após a confirmação da morte do ministro Teori Zavascki em um acidente aéreo na tarde desta quinta-feira (19), o ex-governador Eduardo Campos apareceu no trending topics mundiais do Twitter. Campos também morreu em um acidente aéreo, no dia 13 de agosto de 2014.

O ministro Teori lidera os trending topics mundiais. Assim como a morte de Eduardo Campos foi à época, a de Zavascki também tem sido alvo de especulações e teorias da conspiração. Ele era o relator da Operação Lava Jato.

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“Desculpa, mas não engulo a morte de Eduardo Campos, assim como essa queda do avião com o ministro Teori Zavascki”, disse uma usuária do microblog. “Celso Daniel, Eduardo Campos e agora Teori Zavascki. Quem será o próximo da queima de arquivo?”, questionou outro internauta. 

Os termos “Lava Jato” e “Plantão da Globo” também aparecem na lista.

Quase 10 meses sem publicar nada no Instagram, o chefe de gabinete do governador Paulo Câmara (PSB), João Campos, em uma postagem nesta segunda-feira (9), escreveu que ocupar o cargo é dignificante. “Em meio a tantas lembranças para mim, o ano de 2016 teve um significado maior porque tive a honra de ser convocado pelo governador para cumprir a mesma missão que meu pai também cumpriu no início de sua vida pública. Como tenho dito, não quero que isso seja visto como uma pretensão de me comparar com o meu pai [ex-governador Eduardo Campos]. Ele foi e sempre será inigualável. É uma trabalhosa e digna função”.

Em uma entrevista concedida também na noite de hoje a um veículo de comunicação local, João Campos disse que não sente o peso de ser filho de Eduardo, que faleceu em acidente aéreo no ano de 2014. “Sinto orgulho profundo por ser filho de uma pessoa que dedicou toda a sua vida ao Estado. Eu comecei a fazer militância política antes de ser um eleitor. Eu já participava. Sempre acompanhei meu pai e as atividades do partido da forma que podia. Sinto orgulho de ter essa história, mas a responsabilidade de ser filho de Eduardo não é só minha. Eu divido com os companheiros de partido”.  

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Ele desconversou sobre uma possível candidatura a deputado federal, em 2018. “Eu não penso nisso agora. O Brasil está enfrentando uma grave crise econômica, política e ética. Hoje, cumpro o papel de chefe de gabinete e tenho a oportunidade de conhecer o governo como um todo e acompanhar as ações das secretarias. O debate de 2018 se dará no momento certo. Qualquer debate acerca disso neste ano é algo precipitado. O povo não quer falar sobre isso. Quer ver o governo funcionando”, ressaltou.

Campos afirmou que não tem conselheiro político. “Mas, meu pai teve a felicidade de construir amigos ao longo da vida e uma família sólida. Pessoas que levam o legado dele para frente. É com esse grupo que estamos trabalhando. São com essas pessoas do convívio diário que trocamos ideia e, assim, vamos tocando o Partido”. 

 

 

 

Durante a posse do secretários do prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), que aconteceu nesta segunda-feira (2), no Forte das Cinco Pontas, o secretário de Governo e Participação Social, Sileno Guedes, fez um pronunciamento em nome de toda a equipe. Nas suas primeiras palavras, ele agradeceu pela convocação e, em seguida, falou sobre o ex-governador Eduardo Campos, que faleceu em acidente aéreo no ano de 2014. 

“É inevitável neste momento não vir à mente e no coração a lembrança muito viva do nosso amigo governador Eduardo Campos. É impossível não lembrá-lo numa hora como esta. É impossível não imaginar a satisfação que ele estaria sentindo ao constatar que o que imaginou, o que sonhou e construiu para o Recife e para Pernambuco vem dando certo. Aprenderemos muito com as lembranças do governo de Eduardo Campos nos quais muitos de nós participamos”, disse. Ele também homenageou os colegas Carlos Percol e Camilo Simões, ex-assessor de imprensa de Eduardo e ex-secretário municipal do Recife, respectivamente. 

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Sileno falou que as dificuldades já iniciaram no primeiro mandato do ex-governador. “Lembro que foi em dezembro de 2006, um dos últimos dias daquele ano, quando acabávamos de conquistar a grande vitória eleitoral daquele ano. Se iniciava o primeiro governo Eduardo. Naquela altura, já se sabia que o desafio não era pequeno, que havia muitas coisas para fazer, que os recursos não seriam suficientes e que, de maneira nenhuma, poderíamos errar. Fazemos parte de um conjunto político que tem como referência Pelópidas, Miguel Arraes e Eduardo campos. Lideranças que sabiam ouvir a população, capturar sentimentos e traduzir compromissos em obras e ações efetivas”.  

“Foi aí que Eduardo disse a frase que considero chave, que valeu para aquele momento e que vale muito para o desafio que vamos começar agora. Ele disse: vai ser difícil, é bom que seja, se fosse fácil não era para a gente. E é com esse sentimento que nós, componentes de sua equipe, nos apresentamos para o serviço. Ninguém aqui tem medo do trabalho. Ninguém aqui tem ilusão de que assumir as posições que estamos assumindo seja oportunidade para outra coisa que não seja trabalhar muito para servir ao Recife e ao nosso povo. Não é apenas trabalhar por trabalhar”, continuou.

O secretário também ressaltou que a dificuldade econômica aumenta a responsabilidade. “E o peso de prestar mais e melhores serviços. A cada dia milhares de brasileiros são empurrados para a busca desses serviços. É preciso que estejamos preparados. Não vamos deixar que quem pague a conta sejam o que mais precisam. Temos consciência de que fazemos parte de um governo de um grande líder, que toma conta de uma das cidades mais importantes do Brasil. Sabemos que governar o Recife é ocupar uma posição política de dimensão nacional, pois o que acontece aqui repercute no país afora”.

Na conclusão de sua fala, Guedes acrescentou que reeleição não é acomodação e garantiu muito mais trabalho para os próximos anos de gestão. "Reeleição não é acomodação com a rotina. Espera-se muito mais de nós. Precisamos ter disposição e espírito renovado. Hoje é o primeiro dia de uma nova gestão. Trabalhar com modelo de gestão e ouvindo as pessoas para errar o menos possível”.

O Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco apresentou um recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) solicitando que as investigações oriundas da Operação Turbulência sejam desarquivadas. O documento foi encaminhado à Corte Judicial nessa quarta-feira (30). O processo foi trancado no último dia 8 pela Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5).  A Operação Turbulência investiga a formação de uma organização criminosa para operar um esquema de lavagem de dinheiro. A suspeita é de que o grupo tenha movimentado mais de R$ 600 milhões em ações irregulares e tenha financiado a campanha do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), em 2014.

O trancamento da ação se deu em função do julgamento do habeas corpus impetrado por um dos réus, o empresário Apolo Santana Vieira. No habeas corpus, a defesa de Apolo Vieira alegou que não poderia haver condenação pelo crime de organização criminosa sem que ficasse comprovada a ocorrência da lavagem de dinheiro e, por isso, o processo não deveria ter andamento. Ao arquivar a ação Segunda Turma da Corte considerou que faltam evidências na denúncia do MPF.

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O MPF considera, entretanto, que a denúncia é “rica em detalhes” e “deixa evidente a existência de uma organização criminosa, descreve seu funcionamento e o papel que cada acusado exercia no grupo, e ainda relata vultuosas operações financeiras envolvendo os acusados com empresas de fachada, o que é suficiente para que a ação penal tenha prosseguimento”.

Autor do recurso, o procurador regional da República Joaquim José de Barros Dias considera que o trancamento da ação penal é “prematuro, inconveniente e contrário ao interesse público”. “Que interesse deve prevalecer neste momento? O do acusado, que não deseja ser processado, ou o da sociedade, que confia na justiça e quer ver apurados os fatos?”, questionou. Ainda não há uma data prevista para o STJ julgar o recurso, mas a expectativa é de que seja analisado até o dia 20 de dezembro. 

Além de Apolo Vieira, a ação penal também indiciava os empresários João Carlos Lyra Pessoa Mello Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite, Arthur Roberto Lapa Rosal e mais 14 pessoas. Crimes contra o sistema financeiro nacional, como agiotagem, desvios de recursos públicos federais e pagamentos de propina a políticos também compõe a lista de acusações dos indiciados. Os quatro empresários, de acordo com o MPF, eram líderes e gerentes do esquema. No primeiro grupo, enquadram-se João Carlos Lyra, Eduardo Leite e Apolo Vieira. Já Arthur Rosal estaria no segundo.

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O Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) arquivou o processo movido contra investigados pela Operação Turbulência, que apura o envolvimento de uma organização criminosa que atua com lavagem de dinheiro na compra do avião utilizado pelo ex-governador Eduardo Campos (PSB) na campanha presidencial em 2014. Para fechar o andamento da ação penal, a Segunda Turma da Corte considerou que faltam evidências na denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) comprovando a prática de lavagem de dinheiro.  

A decisão foi motivada por um argumento apresentado pela defesa do empresário Apolo Santana Vieira de que não era possível separar a acusação de organização criminosa da de lavagem de dinheiro.  

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“Nesse caso, a organização criminosa está essencialmente ligada à lavagem de dinheiro. Porque todas as decisões, de prisão, de sequestro de bens, a própria denúncia, são pautadas no crime de lavagem de dinheiro, nas supostas movimentações financeiras atípicas. Como eles poderiam se defender de uma acusação de que foi formada uma organização criminosa para praticar lavagem de dinheiro se não há elementos do crime? Isso obstaculiza o direito de defesa”, justificou Talita Caribé, sócia de Ademar Rigueira, advogado de Apolo Vieira. 

Mesmo com a ponderação, o relator do processo, desembargador Ivan Lira de Carvalho, chegou se colocar contra o arquivamento do processo, no entanto, foi voto vencido pelos outros dois desembargadores da sessão, Vladimir Souza Carvalho e Paulo Roberto de Oliveira Lima. Os magistrados aceitaram a argumentação da defesa e pontuaram que o MPF não indicou nem quem seriam os beneficiários da suposta organização. 

A Operação Turbulência foi deflagrada pela Polícia Federal, em junho, e investiga um grupo que teria movimentado, a partir de empresas laranjas, mais de R$ 600 milhões para supostamente custear campanhas de políticos pernambucanos. Entre os acusados estão João Carlos Lyra Pessoa Mello Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite, Apolo Santana Vieira e Arthur Roberto Lapa Rosal, que foram presos, mas já respondiam o processo em liberdade. 

Os quatro empresários, de acordo com o MPF, eram líderes e gerentes do esquema. No primeiro grupo, enquadram-se João Carlos Lyra, Eduardo Leite e Apolo Vieira. Já Arthur Rosal estaria no segundo. Além deles, a denúncia arquivada pelo TRF5 também indiciava mais 14 pessoas por crimes contra o sistema financeiro nacional, lavagem de dinheiro oriundo de superfaturamento em obras públicas, além de pagamento de propinas a agentes políticos e funcionários públicos.

O MPF deve recorrer da decisão no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A Polícia Federal não comentou o caso. 

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A crise pós-eleição no PSB é cada vez mais latente. Depois do advogado Antônio Campos (PSB) acusar correligionários de interferir negativamente na sua campanha em Olinda, o vice-presidente estadual da legenda, Luciano Vasquez, inflamou o clima ao fazer uma dura análise sobre a atuação de socialistas na política local e nacional, entre elas, a do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB). 

Em nota divulgada à imprensa, Vasquez classificou como “pequeno” e “precário” o fato dele ter sido exonerado do cargo de diretor de Relações Institucionais de Suape. Para o pessebista, a ação foi resultado de uma “retaliação” ao posicionamento de dissidência adotado por ele no pleito em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. No segundo turno, Vasquez apoiou a prefeita eleita Raquel Lyra (PSDB) que precisou deixar o PSB para se candidatar

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“Com a eleição de Eduardo, em 2006, pensávamos que havíamos vencido a velha política e as suas práticas mais nefastas, como a perseguição, a retaliação e o expurgo, mas estão vivas e ativas em Pernambuco”, desabafou. “A inexperiência, o amadorismo, a inércia e a falta de diálogo são as marcas efervescentes desse tempo”, disparou, emendando.

Segundo o vice-presidente, “estão jogando fora, de forma inconsequente, toda a história e legado de Arraes e Eduardo”. Ele afirmou que não houve um diálogo prévio, nem justificativa à sua exoneração do governo. “Sobre a minha saída, quem tem que falar é o governador. Ele é governador até 31 de dezembro de 2018 e está dentro das prerrogativas dele nomear e exonerar, não é assim?”, ironizou. 

Disparando diretamente contra Paulo Câmara, Luciano disse que “um governante não pode ficar reduzido a imagem de um pedinte de cargos”. “É um ato pequeno e precário que está em desarmonia com as tradições de bravura e honra de quem já exerceu tão dignificante cargo, de Governador de Pernambuco”, ponderou. Para ele, o chefe do Executivo precisa se preocupar com a “melhoria da qualidade de vida do nosso povo”.

Ao explicar a postura, Vasquez disse que antes de subir ao palanque da tucana conversou com o governador e o então candidato da legenda na cidade, Jorge Gomes. “Fiz o que minha consciência determinava: ter lado. Fiz a opção pela coerência histórica e política da Frente Popular, e estava certo. A vitória de Raquel é o resultado do acerto de quem faz política sintonizado com a luta do povo. Quando os governantes e os políticos erram, o povo conserta”, observou. Oficialmente, o PSB apoiou a postulação de Tony Gel (PMDB) ao cargo. 

O Partido Socialista Brasileira (PSB), a AF Andrade Empreendimentos e Participações, os empresários João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho e Apolo Santana Vieira terão que pagar débitos trabalhistas e indenizações, por danos materiais e morais, ao piloto Marcos Martim, que faleceu a bordo do avião que também matou o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, em 2014. A decisão foi do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP).

O juiz Samuel Batista de Sá, da 45ª Vara do TRT-SP, no julgamento, condenou os envolvidos por “omissão culposa” por contratarem pilotos sem a instrução necessária para pilotar a aeronave. “Marcos Martins estava submetido a uma forte pressão para dar conta do cumprimento da agitada agenda de compromissos do então candidato Eduardo Campos”, disse o juiz.

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Ao todo, a causa está estimada em R$ 2 milhões. O PSB Nacional declarou, em nota, que respeita a decisão da Justiça, porém, que irá ingressar com recurso no prazo estabelecido.

Um dos advogados do piloto, Antônio José Ribas Paiva irá recorrer da decisão. Segundo ele, faltou o “adicional de periculosidade” e também por ter sido inocentada Marina Silva, na época, candidata a vice-presidente de Campos. “Marina Silva é responsável também. Ela se beneficiou dos trabalhos dos pilotos, então precisa ser responsabilizada”, declarou o advogado. Já Marina disse que não participou da relação de trabalho com Marcos Martim.

 

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