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O pedido de reabertura da investigação do acidente de avião, em 2014, que vitimou o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), foi enviado, na última quarta-feira (15), à Procuradoria Geral da República (PGR). A solicitação feita pelo advogado Antônio Campos, irmão do ex-governador de Pernambuco, alegando haver “fatos novo” sobre o caso, e levantando a possibilidade de “acidente provocado”. 

O despacho, feito pelo juiz Roberto Lemos dos Santos Filho, da 5ª Vara Federal Criminal de Santos, em São Paulo, insere a PGR no pedido de abertura do inquérito para “assegurar a revisão da investigação e assentar o acerto da conclusão alcançada”. 

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Nas redes sociais, Antônio comemorou o envio do pedido à PGR, junto com um parecer técnico de 246 páginas, além de outros fatos somados, conforme o art. 28 do Código de Processo Penal. Segundo o jurista, o pedido de reabertura havia sido recusado pelo Ministério Público de Santos. 

“Foi uma vitória a ida do caso a Procuradoria Geral da República, um dos pedidos da minha petição. Estou pedindo uma audiência ao Procurador Geral da República e reiterando o meu pedido de audiência ao Ministro Flávio Dino, que ainda não me recebeu sobre o caso, talvez por estar muito ocupado seu ministério em receber outras pessoas, conforme noticiário. Estarei entregando farta documentação ao Procurador Geral da República, na forma de memorial”, comentou o advogado. 

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Relembre o caso 

Eduardo Campos estava em um avião Cessna Aircraft, modelo 560XL, do Rio de Janeiro à cidade de Santos, no litoral de São Paulo, cumprindo agenda de campanha eleitoral. À época, o psbista era candidato à presidência da República. A aeronave caiu em uma região de prédios e casas térreas em Santos. 

A morte do ex-governador influenciou no cenário político nacional. Em julho de 2023, mais de nove anos após o acidente, Antônio Campos já havia anunciado que faria o pedido de reabertura do inquérito. O caso chegou a ser arquivado em 2019, quando o Ministério Público afirmou não ter provas suficientes que pudessem apontar para um possível crime. 

 

Antônio Campos, advogado e irmão do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo no litoral do estado de São Paulo em 2014, quer reabrir o inquérito que investiga a morte do antigo candidato à presidência. Em entrevista recente, Antônio disse que o irmão pode ter sido assassinado, e que as investigações conduzidas pela Polícia Federal foram inconsistentes.

Segundo o advogado, o pedido de reabertura do inquérito será protocolado no dia 13 de agosto, data em que o acidente aéreo completa nove anos, e terá novas provas que foram colhidas nos últimos seis meses com o perito Carlos Camacho, assistente do caso.

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“O Brasil precisa saber a causa do acidente, se teve conotação política e se existe a real possibilidade de Eduardo Campos ter sido assassinado. Estou investigando o acidente desde o começo e vamos mostrar um inquérito baseado em novas provas reunidas nos últimos seis meses que são relevantes sobre o caso. Além das novas provas, vamos apresentar todas as inconsistências produzidas no inquérito inconclusivo finalizado pela Polícia Federal”, disse em entrevista à Folha de Pernambuco.

Também nesta terça-feira (25), uma nota à imprensa foi divulgada por Antônio Campos, reforçando as falhas da investigação e também do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão que apurou, tecnicamente, as causas da queda. “O intuito nuclear da ação é a realização de perícia técnica judicial no sentido de verificar a causa do acidente, ante inconsistências do laudo do Cenipa e da conclusão do inquérito da Polícia Federal”, apontou.

De acordo com ele, uma das supostas causas do acidente, uma falha no “compensador de profundor do Cessna Citation” teve “zero interesse por parte da autoridade policial e do Cenipa”. O advogado não apontou quem poderia estar envolvido no acidente que vitimou, além de Eduardo Campos, outras seis pessoas de sua comitiva.

Entre as novas documentações que serão apresentadas junto da reabertura do inquérito está um ofício da 4ª Vara Federal de Santos (SP), onde ocorreu o acidente, cobrando do Ministério da Justiça mais agilidade no cumprimento de uma “carta rogatória” para a fabricante do jato Cessna, nos Estados Unidos, apresentar a produção técnica sobre a queda da aeronave. Antônio Campos afirmou que vai encaminhar o requerimento ao procurador-geral da República, Augusto Aras, e ao ministro Flávio Dino.

O LeiaJá buscou as assessorias de Pedro e João Campos (PSB), deputado e prefeito, para confirmar se a família Campos confirma o pedido de reabertura do inquérito. Até o momento desta publicação, as assessorias aguardavam um posicionamento. A assessoria de Antônio Campos não foi localizada.

Fechados desde março de 2020, devido à pandemia do novo coronavírus, os equipamentos culturais da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), localizada no bairro das Graças, Zona Norte do Recife, foram reabertos ao público nesta quinta-feira (19). O processo de retomada foi concretizado durante cerimônia presencial no Museu do Homem do Nordeste, em Casa Forte, um dos espaços pertencentes à instituição.

Na ocasião, além do presidente da Fundaj, Antônio Campos, estiveram presente o diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte da institução, Mário Hélio, e o ministro da Educação, Milton Ribeiro. A retomada é iniciada no dia do aniversário de nascimento de Joaquim Nabuco, que dá o nome à Fundação.

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Ressaltando a parceria entre a Fundaj e Governo Federal, por meio do Minitério da Educação (MEC), Antônio Campos falou que as ações promovidas pela Fundação foram possibilitadas pelo incentivo do governo de Jair Bolsonaro (sem partido).

"Queria a gradecer, mais uma vez, a presença do ministro Milton Ribeiro. Um amigo desta casa, que tem apoiado a Fundação Joaquim Nabuco em todas as iniciativas. Sua presença aqui hoje, representando o presidente Jair Bolsonaro, que tive a oportunidade de falar, por meio de um telefonema, e disse que estávanmos fazendo o nosso trabalhho e que somos muito gratos a ele", disse.

Mesmo com a retomada das atividades dos equipamentos culturais da Fundaj, a presença do público ainda será controlada. Para realização de visitas a exposição “389 dias de Solidão”, o quantitativo estipulado pela instituição, como protocolo de segurança contra a Covid-19, é de, no máximo, 20 pessoas. Neste primeiro momento, não será necessário agendamento prévio para acessar os espaços. 

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Nesta quinta-feira (15), a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), localizada no bairro de Casa Forte, Zona Norte do Recife, realizou cerimônia de inauguração da nova sede da Cinemateca Pernambucana. O evento, preparado na área externa da instituição, contou com a partcipação do presidente da Fundaj, Antônio Campos, do diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte da institução, Mário Hélio, da coordenadora da Cinemateca, Ana Farache, do ministro da Educação, Milton Ribeiro, e figuras do cenário político pernambucano, como a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB).

O espaço, que antes funcionava dentro do Museu do Homem do Nordeste, ganha espaço próprio e conta, agora, com duas salas (pesquisa e exibição). "É gratificante para a gente ver que o resultado desse trabalho de três anos que a gente vem fazendo e está sendo muito reconhecido pelo público. Nesse novo espaço, estamos realizando uma exposição até fevereiro, com o acervo da cinemateca, adereços, figurinos e filmes, cartazes, equipamentos. Além disso, a gente tem mais uma área grande que é umas duas salas e todo um primeiro andar que pretendemos aprontar pra entregar ao público pelo menos até o final deste ano", conta Ana Farache.

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O presidente da Fundaj, Antônio Campos, ressaltou a imortância do espaço, que mesmo durante a pandemia, disponibilizou gratuitamente e on-line, exibições de produções pernambucanas e acervo. Na ocasião, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, elogiou a forma como os pernambucanos zelam pela história. "Eu fico impressionado como o povo pernambucano zela pela história, que muitos fazem questão de passar por cima. Aqui não, aqui é diferente, é importante", exalta.

Na manhã desta sexta-feira (11), a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) realizou uma cerimônia para anunciar a implementação do Complexo Cultural Gilberto Freyre. O espaço terá recursos de acessibilidade, pinacoteca e a sediará a cinemateca pernambucana.

O anúncio foi feito no 1° andar do Solar Francisco Ribeiro Pinto Guimarães, na sede da instituição, em Casa Forte, e contou com a presença do ministro da Educação, Milton Ribeiro, além do diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), Mário Hélio, do presidente da Fundaj, Antônio Campos, e do secretário estadual de Cultura, Gilberto Freyre Neto, cujo avô foi homenageado no evento.

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O projeto se encontra em fase de licitação, com lançamento de edital para contratação da empresa que fará os projetos de engenharia, paisagístico e de acessibilidade. A pinacoteca será instalada no primeiro andar do solar, primeira entrega do futuro complexo cultural, sucedida pela cinemateca. As novas estruturas estarão ligadas a outros equipamentos culturais da Fundaj, como por exemplo o cinema da Fundação e o Museu do Homem do Nordeste. 

De acordo com o diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte da Fundaj, Mário Hélio, a partir da inauguração do complexo cultural, o Recife contará com espaços dedicados ao cinema pernambucano e às obras de grandes artistas brasileiros. 

“Temos Tarsila do Amaral, temos Cícero Dias, artistas da maior importância sobretudo da arte moderna brasileira falarão conosco a partir de hoje. Nos próximos dias vamos inaugurar o primeiro módulo chamado ensaio 1, o começo do que será um espaço de exposição permanente. Teremos todo um espaço aqui dedicado ao cinema, dedicado mais do que somente à exibição de filmes, dedicado à memória cinematográfica de Pernambuco  (...) Será um espaço de convívio, haverá uma programação cultural constante com acesso pleno da sociedade a esse espaço que será um espaço de convívio humano”, disse ele. 

O secretário estadual de Cultura, Gilberto Freyre Neto, alegou estar “duplamente emocionado” por participar do evento de anúncio da criação de um complexo cultural com o nome de seu avô. Para ele, a cultura tem o papel de “nos manter com o futuro desejado na mira”. “Falo agora como neto de Gilberto Freyre, com a responsabilidade que esse nome tem, de agradecer todos os esforços que estão sendo de forma evidente colocados diante da sociedade para fazer com que a cultura seja de fato um motor do reaquecimento da convivência humana que está sendo tolhida durante esse ciclo da pandemia”. 

O presidente da Fundaj, Antônio Campos, agradeceu pela presença do ministro da Educação no evento, afirmando que “as atividades da Fundação Joaquim Nabuco só são possíveis pelo firme apoio do MEC (Ministério da Educação) a quem agradecemos o valioso apoio e incentivo”. 

A inauguração do Complexo Cultural Gilberto Freyre reafirma a esperança nesse novo país que vem aí, do MEC, do Governo Federal e da Fundaj. (...) Qualquer brasileiro poderá governar esse Brasil. Lenhador, lavrador, pescador, faqueiro, marinheiro, carpinteiro, um capitão, Jair...Messias Bolsonaro. Contanto que seja digno do Governo do Brasil, que tenha olhos para ver pelo Brasil, ouvidos para ouvir pelo Brasil, ânimo de viver pelo Brasil, mãos para agir pelo Brasil”, disse o presidente da Fundação. 

Milton Ribeiro passou a maior parte do evento sem máscara de proteção contra a Covid-19 e fez um pedido aos jornalistas presentes no local para que não fosse “chamado de negacionista em nenhum jornal”, alegando que apesar de ter “visto hoje uma notícia sobre reinfecção” ele já teve a doença, sendo então, em suas palavras, “teoricamente uma barreira sanitária aqui”.

O ministro da Educação também fez saudações a Gilberto Freyre Neto, pela homenagem feita ao seu avô. “É dia de celebrarmos mais uma vez a memória de Gilberto Freyre e há um trecho da Bíblia que diz “a memória dos justos será honrada” e é isso que fazemos aqui. É uma honra para você, Gilberto Freyre Neto, e um peso. Bem ou mal, se aguarda, tem uma expectativa de que alguma coisa do seu avô tenha sobrado para você desenvolver. Geneticamente, mas também em termos de inspiração, tanto é que você está na área da cultura. Que você possa ter na Fundaj um lugar, um laboratório para realizar grandes obras e contribuições à nossa cultura”, disse o ministro. 

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Na tarde desta terça-feira (3) o Porto Digital inaugurou o Cinema do Porto, nova sala de exibição localizada no edifício Vasco Rodrigues, na avenida Cais do Apolo, nº 222, no Bairro do Recife. O equipamento cultural, que tem 511 m² e 138 lugares com estrutura para acessibilidade de pessoas com deficiência, será administrado pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e é aberto ao público. O evento contou com a presença do atual ministro da Educação, Milton Ribeiro.

Com a concessão do espaço, a Fundaj se torna responsável pela manutenção de todo o 16º andar, o que inclui elevadores, eletricidade e trabalhadores terceirizados, como seguranças e bilheteiros. Em contrapartida, o Porto Digital destinará parte dos ingressos a moradores da Comunidade do Pilar, que fica no Recife Antigo, além de realizar sessões especiais acessíveis para os projetos Alumiar e Indigo, voltados a pessoas autistas, cegas, surdas, ensurdecidas e com síndrome de down.

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A reforma do espaço, onde antes funcionavam empresas de tecnologia e o Núcleo de Gestão do Porto Digital, começou em 2019 e custou R$ 1,3 milhão nas obras e R$ 500 mil para a aquisição de equipamentos, como um telão com 7x3 metros, um projetor e som Dolby 7.1. Até o momento, ainda não há previsão de data para a abertura da sala ao público.

O termo de colaboração foi assinado pelos presidentes da Fundaj, Antônio Campos, e do Porto Digital, Pierre Lucena, em uma cerimônia que reuniu 20 convidados e a imprensa. Em sua fala, Antônio Campos disse que a Fundação tratará o Cinema do Porto com “extremo carinho”. 

“Nós estamos num momento de grande aceleração, de muitas mudanças, mas sem dúvida a tecnologia, o conhecimento e a educação estão dando um salto nessa crise da pandemia da Covid-19. Sem dúvida a Fundação Joaquim Nabuco, integrante do Ministério da Educação vê nessa parceria, hoje, aqui nessa tarde, um momento importante. Não só na assinatura da administração de um cinema de um estado que tem uma cena de cinema e cultural tão importante mas vejo estrategicamente uma aproximação entre pesquisa, cultura, conhecimento e colocando isso com tecnologia”, disse o presidente da Fundaj. 

Por sua vez, Pierre Lucena agradeceu pela parceria e disse que diversas obras do cinema pernambucano passam pelo Porto Digital, através de uma iniciativa chamada Portomídia, braço do Porto Digital na economia criativa. “Poucas pessoas sabem, mas Aquarius foi finalizado aqui, recentemente Bacurau também foi finalizado lá no Portomídia e é um equipamento que nos orgulha, o cinema pernambucano nos orgulha. Essa parceria com a Fundação Joaquim Nabuco, que é o melhor parceiro que poderíamos ter em Pernambuco para fazer o Cinema do Porto”, afirmou o presidente do Porto Digital. 

Gilson Machado Neto, presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), afirmou que o Porto Digital é o maior berço de tecnologia da América Latina “e exemplo para o mundo da criatividade e de como o pernambucano consegue fazer, com poucos recursos comparado com o que outros países têm, algo excelente”.

“Educação e Cultura têm partido”

Milton Ribeiro, atual ministro da Educação do governo Bolsonaro, iniciou sua fala durante a cerimônia de inauguração da nova sala de cinema “dizendo que cultura e educação têm partido”. Sem explicar ou contextualizar sua afirmação, ele continuou sua participação na solenidade afirmando que “unanimemente nós concordamos que são colunas essenciais de uma sociedade que possa progredir”. 

Após saudar os demais presentes no evento, o pastor e ministro elogiou a iniciativa de inaugurar a sala de cinema prometendo apoio federal à Fundaj e ao Porto Digital. “Essa iniciativa de estarmos aqui com o MEC, com o Governo Federal para estendermos a mão ao povo pernambucano que tem sua marca preponderante na história do Brasil para mim é uma alegria. No que depender de mim como tenho feito, tudo que a gente puder fazer dentro do governo federal, dentro do MEC para apoiar esse projeto, nós vamos fazer”, disse o ministro.

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Presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Antonio Campos anunciou que vai se filiar ao PRTB, partido do vice-presidente da República, Hamilton Mourão. O ato de filiação será na próxima segunda-feira (2), durante um evento marcado para às 18h30, no Recife Antigo. 

O irmão do ex-governador Eduardo Campos deixou recentemente o Podemos, partido pelo qual concorreu ao cargo de deputado federal em 2018, mas não obteve sucesso eleitoral. Em 2016, Antônio disputou o comando da prefeitura de Olinda pelo PSB, chegando a ir para o segundo turno contra o atual prefeito Lupércio Nascimento (SD). 

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Nos bastidores, comenta-se que o presidente da Fundaj pode voltar a pleitear a condução da Marim dos Caetés, mas ele argumenta que ainda não há nada fechado sobre o assunto. 

“Estou me filiando ao PRTB, que está na base de Bolsonaro, sendo oposição em Olinda, em Recife e ao atual Governo do Estado. Fizemos um ato em setembro de 2019, formando a Comissão Provisória Municipal, em Olinda. Posteriormente, fizemos um encontro para debater assuntos da cidade de Olinda. É um ato filiação e não de lançamento candidatura", frisou Antônio Campos.

"Vou ajudar na construção da Frente #MudaOlinda e, em abril, lançaremos uma chapa competitiva, na cidade de Olinda e ajudaremos em outras cidades”, emendou, sem se colocar como líder na tal chapa.

O advogado do presidente da Fundação Joaquim Nabuco Antônio Campos (Podemos),  Weryd Simões, esteve na sede da Superintendência Polícia Federal no Recife, nesta terça-feira (11), para protocolar um pedido de proteção ao político diante de ameaças que o irmão do ex-governador Eduardo Campos diz estar sofrendo. 

Sem dar detalhes sobre de onde ou como estariam vindo essas ameaças contra a vida de Tonca, como é conhecido no meio político, Weryd Simões disse que tanto o Ministério Público Federal quanto o Ministério da Justiça e Segurança Pública já estão cientes do fato. Weryd acrescentou que as ameaças se intensificaram de diversas formas desde a última sexta-feira (7), quando o Antônio Campos prestou depoimento ao MPF sobre uma investigação sigilosa envolvendo gestões do PSB em Pernambuco. 

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"Diante dos procuradores, ele [Antônio Campos] trouxe essa informação de que vinha sendo ameaçado, juntou alguns documentos e a partir da sexta-feira as ameaças foram intensificadas. Diante dessa gravidade, nós comunicamos ao Ministério Público Federal de Pernambuco, a Polícia Federal já foi informada e agora estamos pedindo a proteção do ministro da Justiça, Sérgio Moro", afirmou o defensor. 

Segundo o advogado, o processo é de extremo sigilo e envolve o PSB de Pernambuco.  “Todo esse processo investigativo teve como vínculo o PSB Pernambuco. Antônio Campos traz informações relevantes, cita nomes de pessoas que está tudo sob sigilo e não poderá ser revelado”, contou.

Após ser protocolado, a PF encaminhará o documento à Corregedoria para dar início às investigações. Confira o vídeo:

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O núcleo de uma das mais tradicionais famílias da política brasileira vive uma briga fratricida. Os atritos superaram o terreno privado do clã Campos-Arraes e a lavação de roupa suja se tornou pública. Antigas diferenças políticas se converteram em um fogo cruzado que é influenciado pela polarização nacional e se volta até mesmo contra o legado do seu quadro mais proeminente, o ex-governador Eduardo Campos, morto em acidente aéreo na campanha presidencial de 2014.

As divergências alcançaram outro patamar depois que o deputado federal João Campos (PSB-PE), filho de Eduardo, atacou o tio, o advogado Antônio Campos, o Tonca, em dezembro passado, na Câmara dos Deputados. Em reunião da Comissão de Educação, o ministro da área, Abraham Weintraub, lembrou ao parlamentar que Antônio contribui com o governo que ele critica porque é presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). "Eu nem relação tenho com ele, ministro. Ele é um sujeito pior que você", retrucou o deputado, em referência ao tio.

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Tão duro quanto o tom foi a forma. Em Pernambuco, "sujeito" pode não significar meramente uma pessoa indeterminada, mas alguém desqualificado socialmente. Nos bastidores, políticos da região disseram que essa expressão pesou mais do que qualquer coisa porque chamar alguém de sujeito, naquele Estado, equivale quase a um palavrão.

Mãe de Eduardo Campos, a ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) Ana Arraes comprou a briga do filho e repreendeu o neto publicamente, numa rara entrevista concedida ao jornalista Magno Martins, na Rede Nordeste de Rádios, no início do mês. Disse ter ficado "entristecida" e "indignada" com a "má educação" e com a "prepotência" do neto, com quem parou de falar.

O presidente do TCU, José Múcio Monteiro, interferiu na tentativa de atuar como uma espécie de bombeiro. Amigo de Ana Arraes e também pernambucano, Múcio disse a Antonio e a João Campos, em conversas separadas, que era melhor serenar os ânimos porque em briga de família não há vencedores. Todos perdem, concluiu. Os conselhos, porém, não adiantaram. No rodízio do tribunal, Ana substituirá Múcio na presidência da Corte, no próximo ano.

Antes mesmo de a mãe tomar partido no conflito, Antônio Campos havia soltado uma nota por meio da qual acusava o sobrinho de ter sido "nutrido na mamadeira da empresa Odebrecht". Antônio disse, ainda, que Pernambuco precisava conhecer o "lado obscuro" do sobrinho e da viúva de Eduardo, Renata Campos. João é considerado um representante da "nova política", ao lado dos deputados Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES).

'Nova namorada'

Ao Estado, Antônio admitiu que a confusão não é boa para a família, mas continuou com as críticas e provocou o sobrinho. "Ele quis se mostrar para a sua nova namorada, a deputada Tabata Amaral", disse o tio. "Foi um ataque gratuito porque estava fora do contexto. Fui o homem que mais defendeu o pai dele, inclusive no complexo caso dos precatórios, em que Eduardo teve denúncia rejeitada pelo Supremo Tribunal Federal. E, hoje, eu o vejo abraçado e defendendo vários que chamavam o pai dele de ladrão. Não consigo entender."

O PSB de João Campos atua no espectro da esquerda. Antônio, por sua vez, é crítico dos petistas e de alianças com o partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Vejo o governo Bolsonaro saneando muita coisa errada feita na era PT. O Brasil precisava virar essa página, que a coragem de Bolsonaro tem realizado. Tenho mais convergências do que divergências com o presidente", disse o advogado.

Políticos próximos de João Campos admitem que os dois lados da família saem perdendo com a briga, mas contam que as divergências são antigas. Tonca não tem boa relação com o núcleo de Eduardo desde antes de 2014. Mas, como o ex-governador emprestava sua habilidade política para apaziguar os ânimos, o clã permanecia unido.

O que não era tão ruim piorou em 2016, quando Antônio quis disputar a prefeitura de Olinda. Perdeu no segundo turno e se queixou da falta de apoio do PSB, além da suposta influência da viúva Renata contra ele. Na avaliação do irmão de Eduardo Campos, o seu crescimento político não interessava a uma parte da família e, por essa razão, ele teria sido alvo de isolamento e de perseguições.

Após a morte de Eduardo, o clã entrou em disputa pelo espólio eleitoral dele e do avô paterno, o ex-governador Miguel Arraes, o "Pai Arraia", como o patriarca da família era conhecido na Zona da Mata. O PSB tratou de capitalizar, fazendo um esforço robusto para lançar João Campos e, mais do que isso, dar ao filho de Eduardo uma votação expressiva. Na eleição de outubro, por exemplo, ele é o favorito do grupo para suceder Geraldo Júlio (PSB) na prefeitura do Recife.

"A seção pernambucana é, sem dúvida, a mais forte do nosso partido. Por isso, penso que a situação do PSB em Pernambuco é muito boa e tem o candidato mais competitivo à prefeitura da capital, o deputado João Campos", disse o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira. "No tocante a eventuais problemas familiares, não me compete falar. Eles devem ser separados da política e tratados no âmbito apropriado."

Outros integrantes da família, no entanto, também se veem no direito de recorrer à memória de Eduardo e de Miguel Arraes. No Recife, a também deputada federal Marília Arraes, do PT, prima de João em segundo grau, quer entrar na corrida eleitoral deste ano. Além disso, a própria Ana Arraes não descarta abrir mão da cadeira no TCU para disputar o governo de Pernambuco, em 2022. Procurados, Ana, João e Renata Campos não se manifestaram. Marília Arraes, por sua vez, enviou nota na qual disse que a briga pública dos parentes é algo que não lhe diz respeito. 

O deputado federal João Campos (PSB) disparou contra o tio e presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Antônio Campos (Podemos), durante a audiência da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados com o ministro da pasta, Abraham Weintraub, nessa quarta-feira (11). 

Ao expor argumentos analíticos sobre a forma como Abraham e o governo do presidente Jair Bolsonaro vêm conduzindo o setor no país, João disse que o ministro estava no cargo para “fazer o mal para juventude, para as crianças e para as universidades”, ou seja, mal para a educação. Abraham, por sua vez, pegou a deixa para negar ser uma pessoa maligna e alegar que prova disso era a presença de Antonio Campos no Ministério da Educação. 

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“Fazer o mal, não sou eu que faço mal. O Brasil já está numa situação que fizeram muito mal para as nossas famílias. Não sou um vetor do mal. É o oposto, meu passado corrobora essa frase. Inclusive, com a presença do seu tio no Ministério. Se eu sou uma pessoa tão maligna, porque ele trabalha comigo?”, questionou o auxiliar de Bolsonaro.

Após a indagação, João prontamente pegou o microfone para disparar sobre o irmão do seu pai: “Eu nem relação tenho com ele ministro. É um sujeito pior que você”. Neste momento, é possível ver uma agitação entre os parlamentares, que começam a defender João Campos dizendo que o ministro o agride ao usar relações familiares como argumento.

Que a relação entre o tio e o sobrinho é áspera, não é novidade nos bastidores da política. João, contudo, ainda não tinha sido visto expondo a falta de afeto pelo irmão do seu pai e ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos. 

Veja a cena:

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Antes disso, contudo, João Campos fez um discurso argumentativo sobre a educação superior no país, teceu elogios à Universidade Federal de Pernambuco, na qual estudou engenharia, salientou o fato do Estado ser destaque na implantação do ensino integral e disse que o ministro tinha medo do relatório que ele e outros deputados fizeram sobre a atuação do ministério. A fala do deputado pernambucano, inclusive, foi uma das mais aplaudidas pelos presentes.

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O presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Antônio Campos, afirmou durante conversa com o LeiaJa.com que nas eleições municipais de 2020 atuará como “ator político”.

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Durante homenagem que a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) promoveu aos 70 anos da Fundação, Tonca afirmou que estará no circuito em 2020, mas não necessariamente como candidato.

“Em 2020 eu serei ator político, não necessariamente ator eleitoral. Nós estamos armando uma candidatura em Olinda, conversando com os partidos. Iremos participar das campanhas do Recife, das campanhas de Pernambuco, como ator políticos”, explicou.

O irmão do ex-governador Eduardo Campos, que também avaliou o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e fez elogios ao ministro da Educação Abraham Weintraub, reforçou sua participação no próximo ano: “Mais como ator político do que como ator eleitoral, não necessariamente como candidato”.

Durante o evento Antônio Campos fez críticas à gestão estadual em Pernambuco e não deixou de mencionar a importância da Fundação receber a homenagem proposta pela Alepe.

“É com alegria que a Fundaj recebe nos seus 70 anos, por iniciativa do deputado Eriberto Medeiros, a homenagem. Homenagear a fundação não é só homenagear 70 anos de história, mas também falar sobre atualidades, sobre projetos para Pernambuco, para o nordeste e para o Brasil”, finalizou.

 

Durante evento em homenagem aos 70 anos da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o presidente da Fundação, Antônio Campos, conversou com a reportagem do LeiaJa.com e repercutiu os cinco anos de morte do seu irmão, o ex-governador Eduardo Campos (PSB), e os últimos acontecimentos na polícia em Pernambuco.

Na noite desta segunda-feira (19), Tonca disse que a morte de Eduardo Campos representou uma grande perda para o estado e que, agora, Pernambuco precisa de uma nova liderança.

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“O desaparecimento de Eduardo é uma perda imensa para o Brasil e maior ainda para Pernambuco. Pernambuco precisa encontrar uma nova liderança para liderar novos tempos. Nós estamos em um estado em 3º lugar em desemprego, nós temos um estado em situação de déficit fiscal extremamente delicada, nós estamos com um estado com grande violência, um estado que tem dificuldades”, ponderou.

Tonca, que também avaliou o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e teceu elogios ao trabalho feito pelo ministro da Educação Abraham Weintraub, não deixou de pontuar o que avalia de positivo em Pernambuco. 

“Por outro lado é um estado que vem pagando sua folha de pagamento, que vem mostrando sua sensibilidade. Nós estamos com um milhão de analfabetos com idade superior de 15 anos. É o dobro da média nacional em analfabetismo. Recentemente o governo do estado lançou um programa nesse sentido, que é até motivo de dar parabéns ao que foi feito”, lembrou.

Entretanto, Antônio Campos disse que o trabalho do sucessor do seu irmão é motivo de preocupação. De acordo com o presidente da Fundaj, não foi Paulo Câmara que ganhou as eleições de 2018, mas sim a oposição que perdeu.

“Eu vejo com preocupação a gestão de Paulo Câmara. É como eu disse no passado: a oposição em Pernambuco perdeu a eleição. Paulo Câmara não ganhou. Acho que foi uma falha muito crucial não ter apoiado Bolsonaro nos 30 últimos dias porque a eleição teria ido pro segundo turno e teria tido um desfecho diferente. Defendi isso internamente, mas infelizmente fui voto vencido”, argumentou.

O presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e irmão do ex-governador Eduardo Campos (PSB), Antônio Campos, compareceu à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) na noite desta segunda-feira (19) para acompanhar uma homenagem que a Casa fez pelos 70 anos da Fundaj.

Em conversa com o LeiaJa.com, Tonca, como também é conhecido, falou sobre o atual cenário político nacional e local e teceu comentários sobre o trabalho realizado pelo ministro da Educação Abraham Weintraub que, inclusive, esteve na Fundaj no último mês de junho.

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“Eu acho que o ministro Abraham Weintraub está extremamente correto quando ele foca no ensino básico. Neste momento está, de certa forma, sendo relegado pela sociedade um assunto de extrema importância que é o novo Fundeb, que é verba pro ensino básico no município e no estado”, alegou. 

Tonca acrescentou que apoia o Fundeb porque o programa pode enfrentar desigualdades. “Eu venho defendendo para que parte desses recursos seja também para municípios com IDH mais baixo e menos verbas, no sentido de combater as desigualdades sociais e regionais”, comentou.

O presidente da Fundaj também avaliou o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e disse entender o motivo do seu trabalho gerar descontentamentos entre a população e membros da política. 

“Entendo que o governo Bolsonaro é um governo de ruptura e todo governo de ruptura gera alguns descontentamentos e contentamentos. Mas acho que o ministro Weintraub está essencialmente no caminho certo ao investir no ensino básico no Brasil. Todos os grandes países passaram por uma revolução e fortalecimento do ensino básico”, concluiu.

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) abriu as portas nesta segunda-feira (19) para uma sessão solene em homenagem aos 70 anos de existência da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj).

O evento também faz menção aos 170 anos do diplomata e abolicionista Joaquim Nabuco, que chegou a fazer parte da Alepe em 1987, quando foi eleito deputado estadual pelo estado de Pernambuco.

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O atual presidente da Fundaj, Antônio Campos, prestigia a solenidade junto com amigos e familiares. Historiadores, educadores, políticos, juristas, representantes da Arquidiocese de Olinda e Recife, do Governo do Estado e da Prefeitura do Recife marcam presença na ocasião, que lembra com minuciosidade da história da Fundação.

“A Fundaj tem grande notoriedade no Brasil inteiro devido a sua forte atuação na área da educação. É um exemplo a ser seguido. Essa homenagem reconhece o trabalho desenvolvido pela Fundação. Que os valores de liberdade e prosperidade, tão marcantes em Joaquim Nabuco, possam iluminar todos nós”, discursou o presidente da Alepe, Eriberto Medeiros (PP).

Antônio Campos recebeu uma placa das mãos de Eriberto Medeiros em uma forma de oficializar e materializar a homenagem. O ex-governador de Pernambuco, João Lyra, acompanhou de perto a solenidade.

Após a solenidade formal, a Alepe promoverá a abertura oficial da exposição Nabuco em Casa, que traz objetos do acervo pessoal de Joaquim Nabuco. Os materiais foram doados pela família e, entre eles, está um diário do diplomata onde ele conta seus pensamentos ao longo do ano 1888, quando houve a abolição da escravatura no Brasil. 

A exposição será realizada no hall da biblioteca, no Anexo II da Alepe, e também contará com uma linha do tempo da vida de Nabuco, fotografias e trechos dos seus escritos.

Nesta terça-feira (17), tomou posse o novo presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Antônio Campos. A cerimônia foi realizada no Cinema da Fundação, dentro do campus Casa Forte da Fundaj, localizado no bairro de Casa Amarela, Zona Norte do Recife. O encontro contou com a presença de diversos nomes da política, como o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), o ministro da Educação Abraham Weintraub e a ministra Ana Arraes, representando o Tribunal de Contas da União (TCU).

 

 

 

Durante o começo de seu discurso, Campos salientou ser um privilégio estar como presidente da Fundação. “A Fundaj é um presente para o conhecimento”, disse. O advogado também salientou que a educação é fundamental dentro da Fundaj. “A educação é o novo modo de abolição do século 21. A maior homenagem que podemos prestar a Joaquim Nabuco é finalizar a obra da educação”, disse, durante o discurso de posse.

 

 

 

Em entrevista coletiva, Antônio Campos salientou o interesse da Fundaj em trabalhar com a capacitação de gestores e fomento de pesquisa. “Vamos ampliar e ser um braço operativo em pesquisa e formação de gestores municipais, em relação ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)”, assegurou. Quais capacitações e tipos de pesquisas realizadas pela Fundaj não foram informadas por Campos.

 

 

 

O evento também foi marcado pela falta de respostas do ministro da Educação Abraham Weintraub. O representante da pasta fugiu, literalmente, das perguntas dos jornalistas presentes no evento e não quis discutir quaisquer assuntos sobre Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), cortes da educação, ensino básico e até mesmo sobre a Fundaj.

 

 

 

 

O Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (29) traz a nomeação do advogado Antônio Campos (Pode) como presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), ligada ao Ministério da Educação. A mudança no comando da Fundaj foi assinada pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM).

Antônio substitui Alfredo Bertini, que havia assumido a direção da Fundaj em janeiro deste ano, nomeado pelo ex-ministro da Educação, Ricardo Vélez. Nos bastidores, comenta-se que a escolha de Tonca, como é conhecido no meio político, deu-se por articulações do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB).

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Irmão do ex-governador Eduardo Campos, Antônio é membro da Academia Pernambucana de Letras e  já foi candidato a prefeito de Olinda em 2016 pelo PSB e a deputado federal pelo Podemos em 2018. Empresário e escritor, ele também é um dos criadores da Festa Literária Internacional de Pernambuco (Fliporto).

Após o arquivamento do inquérito policial que apurava as causas do acidente aéreo que vitimou o ex-governador Eduardo Campos em 2014, na cidade de Santos, em São Paulo, o advogado e irmão de Eduardo, Antônio Campos, afirma que a investigação é “inconclusa e deixa dúvida no ar”. O caso foi arquivado pelo Ministério Público Federal (MPF) nesta quarta-feira (27).

Em nota, Antônio Campos afirma que foi surpreendido pelo arquivamento do inquérito após quatro anos de apuração e classificou a investigação como inconclusiva. “Após mais de quatros anos de inquérito policial e acompanhamento do MPF, somos surpreendidos e ficamos perplexos com o pedido de arquivamento ante alegada impossibilidade de determinar a causa exata do acidente que vitimou Eduardo Campos e outros companheiros de trabalho e de voo. Uma investigação inconclusa, deixa mais ainda dúvida no ar”, ressaltou.

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O irmão do ex-governador destacou que não se pode descartar a possibilidade de homicídio e sabotagem no acidente. “Não podemos descartar a possibilidade de um acidente aéreo programado para acontecer, até porque o inquérito da Polícia Federal não é conclusivo e uma das hipóteses é de falha mecânica, que pode ser programada para ocorrer, o que caracterizaria sabotagem e homicídio”, enfatizou.

Antônio Campos pretende solicitar uma audiência com o ministro da Justiça, Sergio Moro e com a procuradora Geral da República, Raquel Dodge, para cobrar mais explicações sobre o caso e pedir a retomada das investigações. “Uma parte dos autores da ação de produção de provas, já citada, dentre elas eu, estaremos solicitando, diante da possibilidade do caso ficar sem ser esclarecido, uma audiência ao Ministro da Justiça, Sérgio Moro, como também a Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, para expor e detalhar o caso, provas e pareceres já existentes e pedir que a mesma avoque o caso, requerendo o aprofundamento e a continuidade das investigações, sem arquivamento”, afirmou.

Confira a íntegra da nota divulgada por Antônio Campos nas redes sociais:

NOTA, UMA INVESTIGAÇÃO INCONCLUSA, DEIXA A DÚVIDA NO AR.

Com referência a cota do Ministério Público Federal, pelo arquivamento, da investigação sobre a morte de Eduardo Campos e outros companheiros, vítimas de “acidente aéreo”, sem determinar a causa exata do acidente, temos a expor o seguinte:

1. Após mais de quatros anos de inquérito policial e acompanhamento do MPF, somos surpreendidos e ficamos perplexos com o pedido de arquivamento ante alegada impossibilidade de determinar a causa exata do acidente que vitimou Eduardo Campos e outros companheiros de trabalho e de voo. Uma investigação inconclusa, deixa mais ainda dúvida no ar. 

2. Tecnicamente tal cota do MPF poderá ser acatada pelo Juiz Federal do caso ou o mesmo poderá solicitar esclarecimentos ou um complemento de investigação recorrendo ao Procurador Geral. Estaremos peticionando ao Juízo do caso nesse sentido. Tal acidente não pode ficar com causa inconclusa. Os familiares e o povo brasileiro merecem saber a verdade. A investigação merece continuar. 

3. Uma prova nova e relevante poderá reabrir o caso a qualquer momento, conforme faculta a lei. 

4. Estive presente na apresentação feita pelo Delegado Federal Rubens Maleiner, que presidiu a investigação, em Recife, na qual, na sua apresentação, restou claro a divergência quanto as conclusões do Cenipa, como também, no relatório fica evidente tais divergências, e que excluía algumas causas e permanecia a hipótese de outras. 

5. Na ocasião, indagado por mim sobre a causa da demora de 4 anos para “concluir” o inquérito, a resposta do Delegado, que esteve à frente de inquéritos de importantes acidentes aéreos, é que o acidente que vitimou Eduardo Campos e outros companheiros foi o mais complexo que ele investigou em sua vida profissional, dito em sua resposta.

6. Na leitura atenta do relatório, parte final, registra-se:

“Diante de tudo o que se expôs, evidencia-se em conclusão a impossibilidade de se determinar o que, com efeito, motivou as atitudes extremas e subida e descida da aeronave no seu minuto final de voo e, bem assim, o sinistro. 

Isso porque o trabalho pericial dedicado a tal esclarecimento, não obstante os diversos e complexos esforços apuratórios realizados, resultou na consideração de quatro hipóteses como, por um lado, não descartáveis, e, por outro, não comprovadas, nem possíveis de serem quantificadas probalisticamente.

Essas hipóteses (colisão com elemento externo, desorientação espacial, falha de profundor e falha de compensador de profundor), aliás, não são necessariamente excludentes e podem ter ocorrido até de forma combinada, embora tal possibilidade de ocorrência dote-se, em tese, de probabilidades ainda muito menores.”

7. É de se registrar que o inquérito desmonta a tese do Cenipa de falha humana e não podemos descartar a possibilidade de um acidente aéreo programado para acontecer, até porque o inquérito da Polícia Federal não é conclusivo e uma das hipóteses é de falha mecânica, que pode ser programada para ocorrer, o que caracterizaria sabotagem e homicídio.

8. Estamos promovendo uma ação de produção de provas, que tramita perante a 4ª Vara Federal de Santos, sob o nº 5001663-02.2017.4.03.6104, em que o foco é a causa do acidente, entre outras, aprofundando a questão, utilizando uma ação cível. 

9. Uma parte dos autores da ação de produção de provas, já citada, dentre elas eu, estaremos solicitando, diante da possibilidade do caso ficar sem ser esclarecido, uma audiência ao Ministro da Justiça, Sérgio Moro, como também a Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, para expor e detalhar o caso, provas e pareceres já existentes e pedir que a mesma avoque o caso, requerendo o aprofundamento e a continuidade das investigações, sem arquivamento.

Recife/ Olinda, 27 de fevereiro de 2019.

Antônio Campos

Advogado

OAB/PE 12.310

O advogado e pré-candidato a deputado estadual Antônio Campos (Podemos), irmão do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos - morto em um acidente aéreo durante a campanha eleitoral de 2014 - pede na Justiça que o relatório técnico do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) seja retirado do inquérito que apura as causas do desastre. O laudo indica falhas humanas como o motivo da queda. Antônio, porém, reafirma que pode ter havido sabotagem.

Em um segundo requerimento, apresentados na quarta-feira passada, Antônio Campos pede também que a 4ª Vara da Justiça de Santos (SP) solicite as informações coletadas pela unidade de controle e armazenamento de dados (data collection unit - DCU, em inglês) da aeronave Cessna 560 XLS+ Prefixo PR-AFA que, segundo ele, foram negadas pelo Cenipa. O político também exige que a Polícia Federal informe "com urgência" o andamento do inquérito que se arrasta por quase quatro anos.

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De acordo com Antônio Campos, a Polícia Federal se antecipou ao pedido dele à Justiça e marcou para segunda-feira, 6, uma reunião com o advogado e familiares das vítimas da tragédia para apresentar a conclusão do inquérito. O encontro deve ocorrer no Aeroporto do Recife. Na terça-feira, a PF reapresenta o relatório para outros parentes nas dependências do órgão no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

Como fato novo para sustentar as petições, Antônio anexou aos autos da ação movida contra a União e a empresa fabricante do avião, Cessna Aircraft Corporation, um parecer técnico independente elaborado pelo ex-comandante Carlos Camacho, especialista em acidentes aéreos. . No laudo de 86 páginas, o ex-comandante aponta que a causa da queda pode estar em um problema de aeronavegabilidade "que é comum" às aeronaves Cessna Citation, de modelos das séries 500 e 600.

No parecer, Camacho elenca nove acidentes que aconteceram em outras partes do mundo, como Suíça e Estados Unidos, com esse tipo de avião entre 2001 e 2016. Em todos, segundo ele houve "perda de controle da aeronave em voo, em especial da estabilidade longitudinal" por problemas de aeronavegabilidade do equipamento.

"Há um erro claro de projeto do avião que causa um problema operacional sério. A asa que existe na cauda produz movimentos aerodinâmicos que, em casos de voos em altura baixa, pode levar a um mergulho fatal e não existe (nesses modelos Cessna) um aviso sonoro para que a tripulação possa reagir a tempo de evitar a tragédia", explicou Camacho ao jornal O Estado de S. Paulo.

No dia 13 de agosto de 2014, o Cessna 560 XLS+, PR-AFA, decolou do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino à Base Aérea de Santos, no Guarujá, em São Paulo. Ao ser liberada para a descida, a tripulação informou, depois de se aproximar da pista, que iria arremeter e aguardar nova autorização para o pouso.

De acordo com o laudo do Cenipa, um observador no solo, que aguardava a chegada da aeronave e outra testemunha que estava posicionada no Porto de Santos, contaram que o avião sobrevoou toda a extensão da pista do aeródromo à baixa altura e, em seguida, curvou à esquerda, saindo do alcance visual devido às condições meteorológicas. Momentos após, a aeronave colidiu contra o solo.

Além de Eduardo Campos, do piloto Marcos Martins e do copiloto Geraldo Magela, estavam no avião o assessor Pedro Almeida Valadares Neto, o assessor de imprensa Carlos Augusto Ramos Leal Filho, o fotógrafo Alexandre Severo Gomes e Silva e o staff da campanha Marcelo de Oliveira Lyra.

No parecer do Cenipa, a atitude dos pilotos, as condições meteorológicas adversas, a desorientação espacial e a indisciplina de voo são apontados como os fatores para a queda do avião. Camacho discordou e disse que o relatório "está condenado", pois ignora o fato de que as aeronaves desse modelo Cessna são sucetíveis à sabotagem e "não se pode descartar nenhuma hipótese, principalmente por se tratar da morte de um homem público, forte concorrente para as eleições deste ano se estivesse vivo".

"Aeronaves Cessna Citation, Séries 500 e 600, no transcurso de seu ciclo de vida operacional, vêm apresentando problemas, especificamente relacionados com a estabilidade longitudinal, que via de regra levam a consequências catastróficas. Esta desestabilização, dos eventos conhecidos, em sua grande maioria, se apresentou como um fenômeno de pitch down, não comandado, de forma abrupta e silenciosa", apontou o ex-comandante no relatório.

Antônio Campos sustenta o pedido de exclusão do relatório do Cenipa do inquérito argumentando, também, que dispositivos da lei 7.564 de 1986, especialmente, o artigo que estabelece que a investigação do Cenipa deve ter precedência sobre outros procedimentos e investigações do Cenipa deve ter precedência sobre outros procedimentos e em investigações, é alvo de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 5667/DF) protocolada no Supremo Tribunal Federal pela Procuradoria Geral da República.

"Além disso, o Cenipa nega o acesso aos dados coletados e recuperados do data collection unit, extraídos nos motores da aeronave no dia 11 de novembro de 2015, nas dependeências da empresa Safran Eletronics no Canadá. O acesso a tal prova é fundamental para o inquérito. Alegar que não poderia expor o fabricante em respeito aos 'direitos autorais', demonstra que o Cenipa pretendeu e conseguiu esconder dados que esclareceriam se os pilotos perderam ou não, literalmente, o controle do avião", declarou Antônio na petição.

O pré-candidato não respondeu o porquê só agora, as portas do período eleitoral, resolveu entrar com esses requerimentos na Justiça.

"Eduardo Campos está fazendo falta. Politicamente o Brasil teria uma opção a mais, com histórico de competência e habilidade política, para apresentar-se como forte opção para conduzir nosso País após as eleições que se avizinham. Há uma dúvida cruel que possa não ter sido um simples acidente, mas um acidente tecnicamente provocado por sabotagem. Eduardo, pilotos e demais companheiros daquela trágica viagem, de onde encontram-se estão, certamente, apontando-nos os caminhos que devemos seguir para falar por eles", declarou Antônio.

A Força Aérea Brasileira não se manifestou sobre o pedido de retirada do relatório do Cenipa do processo nem respondeu sobre o sigilo em relação às informações coletadas pela unidade de controle e armazenamento de dados da Cessna. "O relatório final é o documento formal, destinado a divulgar a conclusão oficial da investigação conduzida pelo Cenipa", diz a nota. Procuradas pela reportagem, a Cessna Aircraft Corporation, empresa fabricante da aeronave, e a Polícia Federal não se pronunciaram.

Apesar de já ter afirmado que respeita a vereadora do Recife Marília Arraes (PT), mas apoia na eleição ao Governo do Estado o grupo da oposição "Pernambuco Vai Mudar", liderado pelo pré-candidato a governador Armando Monteiro (PTB), neste sábado (4), presente na convenção da oposição, o irmão do ex-governador Eduardo Campos, o advogado Antônio Campos, defendeu Marília. 

Antonio, que é pre-candidato a deputado, disse que querem "esmagar" a pré-candidatura da petista por meio de uma "articulação política de bastidores". O irmão do Eduardo ainda falou que Marilia é uma "verdadeira Arraes".

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Na breve fala, ele ainda detonou o governador Paulo Camara (PSB). "Pernambuco perdeu o rumo. É um governador fraco que não tem lideranca", disparou para o público que lota o Classic Hall.

Com o PT e o PSB ensaiando uma reaproximação eleitoral, o filho do ex-governador Eduardo Campos, João Campos (PSB), afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “pode ter cometido equívocos durante a vida”, ao comentar a prisão do líder-mor petista, desde o dia 7 de abril, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Apesar disso, o pré-candidato a deputado federal afirmou estar triste com a prisão do ex-presidente e lamentou a 'seletividade da Justiça'. 

“A gente está muito triste com a prisão do Lula por tudo o que ele fez no Pernambuco, no Nordeste e por tudo que ele construiu. Ele pode ter cometido alguns equívocos ao longo da vida, mas vemos isso com tristeza. Espero que a Justiça não seja seletiva: há muitos que devem ir presos também”, salientou, em entrevista à Revista GQ Brasil. 

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Lula e o pai de João Campos eram amigos, mas se afastaram após Eduardo romper a aliança nacional com o PT, em 2013, para concorrer ao Palácio do Planalto em 2014. O ex-governador pernambucano faleceu no início da campanha daquele ano, vítima de um acidente aéreo. 

Disputa eleitoral e legado de Arraes e Eduardo

Durante a entrevista, João Campos, que disputará o primeiro cargo eletivo este ano, também deixou claro como se portará diante da disputa familiar para a defesa política do legado do pai e do bisavô, Miguel Arraes, uma vez que outros nomes da família - como o tio, Antônio Campos (Podemos), que deve concorrer ao Senado, e a prima, Marília Arraes (PT), que busca uma candidatura ao governo - vão participar do pleito. Para João, tal legado não pertence a uma família ou pessoa.

“O legado de Arraes e de Eduardo Campos pertence ao povo de Pernambuco, não pertence a uma família nem a uma pessoa. Qualquer um pode disputar uma eleição. Agora, estou onde eles sempre estiveram. O único partido que meu pai disputou eleição na vida foi pelo PSB, e o Arraes foi presidente do PSB por dez anos, participou da recriação do partido depois da ditadura. Estou no projeto onde eles sempre estiveram, onde está o conjunto de apoiadores deles”, argumentou, tanto Antônio quanto Marília deixaram o PSB.

João vai concorrer a um a vaga na Câmara dos Deputados e a expectativa diante do nome dele é grande dentro do PSB. A participação na disputa, segundo o filho de Eduardo, é para “renovar” a classe política em Brasília. Caso seja eleito, o jovem disse que tentará dar maior transparência para o Congresso.

“O Congresso hoje, muitas vezes, não discute a pauta da sociedade – é como se estivesse em outro tempo. Em 2013, as pessoas foram às ruas e o Congresso ganhou velocidade. Se ele rodou naquele período, por que não sempre? O Congresso deve ter mais transparência e representar mais as pessoas”, salientou.

João Campos também confirmou que em 2014 Eduardo gostaria que ele já tivesse concorrido a algum cargo, mas ele preferiu esperar. “Não era o momento. Era a eleição dele, do meu pai para presidente. Nossas energias estavam todas voltadas para isso”, disse. 

E negou já ter pretensões para a Prefeitura do Recife em 2020. “Não penso nisso. Meu foco é enfrentar bem esse ano. Enfrentar, que eu digo, é dizer a verdade ao povo. Nosso desafio é ‘reencantar’ a política, pois ela foi uma das responsáveis por colocar o Brasil nessa crise”, destacou na entrevista.

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