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Agindo de uma forma mais crítica durante a propaganda partidária do PSB em rede nacional, nessa quinta-feira (10), o governador de Pernambuco, Eduardo Campos alfinetou o governo federal liderado por Dilma Rousseff em vários momentos de seus 10 minutos de veiculação. A postura mais forte e argumentadora é avaliada por especialistas como uma sequência de etapas planejadas com o intuito de mostrar os desafios a serem superados.

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De acordo com o cientista político Adriano Oliveira, o programa do PSB conseguiu mostrar um discurso que pode vir a ter repercussão eleitoral. “Ele mostrou o que tinha de bom no governo petista, quando governado por Dilma e Lula, mas apontou deficiências no governo. Frisando nos desafios da economia e no contexto socioeconômico que precisam ser superados. O programa teve o objetivo de mostrar o que tem de bom, mas também que tem desafios para serem superados”, avaliou Oliveira.

A propaganda, para o analista político Maurício Romão, é mais uma ação de planejamento, do próprio Eduardo, para firmar a sua candidatura. “Na cabeça dele, me pareceu, que tinha resolvido definitivamente se candidatar presidente, naturalmente não podia demonstrar sua intenção, porque política tem seus prazos, tem seus tempos e qualquer precipitação gera danos irreparáveis, não só danos de postulações, mas também de questões locais”, pontuou.

Segundo Romão as andanças de Campos pelo país, seus pronunciamentos, os encontros com empresários e a reformulação de alguns diretórios estaduais, foram culminados pela entrega dos cargos ocupados pelo PSB no Governo Federal. “Quando ele desembarcou do governo, ficou mais livre para aventurar algumas criticas mais profundas, elas até já vinham sendo feitas, mas de forma mais amena”, frisou.

Ainda para Romão o penúltimo ponto de Eduardo “neste jogo”, foi marcado com a filiação da ex-senadora Marina Silva ao PSB. “Por essência foi um grande ato político essa junção com Marina e a propaganda já é um desdobramento da junção. Agora se este processo vai resultar em grandes ganhos eleitorais a gente vai ver isso daqui para frente”, afirmou.

*Com a colaboração de Élida Maria

A retomada do julgamento da Ação 470, do Caso do Mensalão, causou grandes polêmicas entre os brasileiros. Alguns se posicionaram contra, outros a favor da reabertura do processo, que foi julgado no último dia 18. Os, antes desconhecidos, embargos infringentes começaram a dividir opiniões até no Supremo Tribunal Federal (STF). A votação dos embargos terminou bem acirrada entre os ministros, a reabertura do julgamento foi aceita por 6 votos a 5, com a palavra final do decano da Corte, o ministro Celso de Mello. Esta história que atraiu a atenção do Brasil, naquelas duas semanas, de acordo com um levantamento divulgado neste sábado (5), pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) foi conhecida por 59,8% dos recifenses, destes 68,6% se posicionaram contra os embargos infringentes.

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O embargo é um recurso que permite uma nova análise nos casos em que o réu é condenado com ao menos quatro votos pela absolvição. Os números segundo o cientista político e professor da UFPE, Adriano Oliveira, constatam o pouco conhecimento dos recifenses com relação ao Mensalão, apesar de serem avessos a corrupção. “O entrevistado mostra que não tolera a corrupção, entretanto ele não procura informações. Pois para ele já é algo natural. Os embargos infringentes é um termo técnico que eles desconhecem”, explicou.

Com a aceitação dos embargos infringentes, no Caso do Mensalão, um novo julgamento será realizado para 12, dos 25 condenados, eles tiveram menos quatro votos pela absolvição: João Paulo Cunha, João Cláudio Genu e Breno Fischberg (no crime de lavagem de dinheiro); José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares, Marcos Valério, Kátia Rabello, Ramon Hollerbach, Cristiano Paz e José Salgado (no de formação de quadrilha); e Simone Vasconcelos (na revisão das penas de lavagem de dinheiro e evasão de divisas). No caso de Simone, a defesa pede que os embargos sejam válidos também para revisar o cálculo das penas, não só as condenações.Ainda para Oliveira “as pessoas exigem que tenha uma pena severa para os mensaleiros”, e por isso a maioria reprova os embargos infringentes.  Após o julgamento, para reduzir o impacto causado no país de que a Justiça no Brasil “termina em pizza”, alguns políticos como o deputado federal pernambucano Mendonça Filho (DEM) e o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), se posicionaram contra a permanência dos embargos infringentes em julgamentos do STF, apresentando Projetos de Lei na Câmara e no Senado para a exclusão deste tipo de recurso. 

Os dados do IPMN foram coletados entre os dias 26 e 27 de setembro, foram entrevistados 626 recifenses. A margem de erro do levantamento é estimado em 4,0 pontos percentuais para mais ou para menos.

A saída do PSB do Governo Federal pode render bons frutos para outros partidos, entre eles o PMDB que protagonizou, há alguns meses, uma crise interna com o PT. A participação dos peemedebistas na gestão de Dilma Rousseff (PT), já tem um amplo leque, por ocupar a cadeira da vice-presidência, no entanto com o crescimento nacional do nome do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), o vice Michel Temer (PMDB), poderia ser substituído por Campos. Caso a vontade do ex-presidente Lula, de ter o socialista na chapa majoritária, se sobressaísse. 

Para o cientista político e professor da UFPE, Adriano Oliveira, a entrega dos cargos do PSB consolida a aliança do PT com o PMDB e deixa os petistas ainda mais dependentes dos peemedebistas. “A saída do PSB reforça a aliança entre o PMDB e o PT. Agora o PMDB tende a assumir os cargos que eram do PSB. E com certeza o PT fica cada vez mais refém do PMDB”, afirmou o estudioso.

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Corroborando a opinião de Oliveira, o cientista Túlio Velho Barreto, o PMDB só encerra a aliança com o PT, caso aja uma perspectiva de derrota do PT nas eleições de 2014. “A saída do PSB do governo de certa forma favorece a estabilização da relação do PT e PMDB, durante este último período o PSB esteve se colocando como uma alternativa, que daria uma coloração mais a esquerda para o governo. Com o afastamento do PSB o PMDB vai ficar mais a espaço dentro do governo do PT. O PMDB só saí desta aliança se ele tiver uma perspectiva de derrota”, assegurou o especialista.

A iniciativa do PSB tem sido encara por muito como “louvável”, inclusive, para representantes do PMDB em Pernambuco. No entanto o estreitar de laços entre os peemedebistas nacionais e os petistas, foi encarado pelo vereador do Recife, Jayme Asfora (PMDB), como algo negativo. “Pode ser que venha a fortalecer a aliança dos dois partidos, mas acho isso ruim para o PMDB, pois assim a legenda fica ainda mais marcada pelo estigma de que vive a base de apadrinhamentos”, frisou Asfora. Sugerindo ainda que possivelmente os ministérios, antes ocupados pelo PSB, sejam agora ser encaminhados para a responsabilidade da vice-presidência.

O que segundo Velho Barreto, ainda é muito cedo para assegurar.“A presidenta pode usar os cargos para segurar outro partido, como o PDT, que queira seguir a mesma linha do PSB, mas a hipótese de ser dado para o PMDB não é descartada. Mas penso que ainda não existe nada definido”, disse.

A expectativa pelo pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff (PT) para o próximo sábado (7), quando se comemora a fajuta Independência do Brasil é grande por todo o país. Um dos temas mais especulados entre os políticos é o Programa Mais Médicos, que tem gerado algumas polêmicas e pode ser o ápice para alavancar a popularidade de Dilma e reconduzi-lá a presidência nas próximas eleições.

Para o cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Adriano Oliveira, o lançamento do Mais Médicos já é uma estratégia de campanha e terá “um forte impacto eleitoral”, além de elevar o índice de popularidade da petista. 

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“Este Programa tem condições de emocionar os eleitores. O que será mostrado em 2014, caso não ocorra acidentes até lá, é que Dilma, diante da falta de médicos, tomou atitude com o objetivo de garantir atendimento médico à população brasileira. Sendo assim, a presidenta Dilma Rousseff usará o Programa Mais Médicos, caso ele seja bem sucedido, como ‘escudo’ para os questionamentos da oposição no âmbito econômico”, afirmou o estudioso.

 

Jorge R. B. Tapia e Eduardo R. Gomes em brilhante texto – Ideias, interesses e mudanças institucionais (Revista Tempo Social, 2008) –  mostram o papel das ideias e dos interesses na trajetória política da sociedade. Os autores revelam que ideias são ofertadas para a sociedade através dos atores e estes são provocados por ela. Neste caso, existe uma intercambialidade de interesses de ambos os atores – opinião pública e protagonistas políticos – que possibilitam a produção de ideias. Influenciado pelos referidos autores, considero que as ideias representam e integram a agenda dos eleitores e dos atores políticos.

Na era FHC, a agenda governamental, a qual foi influenciada, em parte, pelos eleitores, era: controle da inflação, responsabilidade com os gastos públicos e privatização. A primeira agenda, inflação, foi uma demanda consciente dos eleitores. O longo período histórico em que a população brasileira teve a sua renda corroída pelo processo inflacionário possibilitou condições propícias para que a decisão política de FHC em criar o plano Real pudesse lhe dar as condições para ser eleito presidente da República.

Lula manteve a agenda de FHC. Entretanto, em razão do controle inflacionário, os eleitores, após a era FHC, estavam inquietos, à procura de novas soluções para novas demandas. A mobilidade social, a qual era representada pela possibilidade do aumento da renda e do poder do consumo, era a nova demanda. Lula, através do aumento do salário mínimo, da oferta de crédito e de um discurso incentivador que influenciou as mentes dos eleitores, em particular, os que tinham raras oportunidades de consumir, possibilitou que novos consumidores surgissem no Brasil.

A presidenta Dilma foi eleita presidenta como a principal representante das conquistas da era Lula. Entretanto, ao contrário do ex-presidente, Dilma optou por desprezar a agenda de FHC. Por consequência, permitiu a alta da inflação e o aumento dos gastos públicos. Ao descobrir que foi a agenda de FHC que permitiu a ampliação do consumo dos brasileiros, Dilma recuou e incorporou a agenda de FHC ao seu governo. Neste instante, Dilma tentar recuperar o tempo perdido na economia.

As manifestações realizadas em junho deste ano mostraram que os eleitores brasileiros têm novas demandas. Mas as manifestações foram vetores explicitamente fortes que fizeram com que os competidores de 2014 acordassem para as novas demandas dos eleitores. Antes das manifestações, pesquisas já revelavam os novos anseios dos eleitores. Deste modo, considero que os pilares das agendas de FHC e Lula não mais encantam os eleitores. Mas isto não significa que eles precisam ser abandonados.

Se as agendas antigas não mais encantam, quais são as novas agendas dos eleitores brasileiros? Partindo da premissa lógica de que as conquistas das eras FHC e Lula não podem ser perdidas, observo que as novas agendas são oferta de serviços públicos com qualidade (Incluso mobilidade), eficiência na gestão e transparência. As três agendas estão interligadas. A oferta de serviços públicos com qualidade demanda gestão eficiente e transparência.

Para as três agendas saírem do campo das ideias e se transformarem em realidade, os protagonistas políticos precisam ter coragem de propor e agir. Neste caso, a demagogia e o simplismo não devem nortear os discursos dos presidenciáveis. Eles precisam mostrar como irão fazer. Em virtude das campanhas não terem começado, os competidores que enfrentarão Dilma em 2014 ainda não tiveram oportunidade de mostrar como irão atender às novas solicitações. Mas lembro: tanto Dilma como os candidatos oposicionistas tenderão a apresentar agenda sugerida. Então, o que os candidatos devem fazer para despertar os eleitores, se as agendas serão semelhantes?  

 

No Brasil o sistema de votação, como os políticos conseguem ser eleitos, é desconhecido por muitos. O assunto é um dos temas que deverá ser votado, seja por plebiscito ou referendo, pelos brasileiros na intervenção popular da Reforma Política nacional, proposta pela presidenta Dilma Rousseff.

Com os recifenses o cenário não é diferente. Em resposta a um levantamento, realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), e divulgado nesta quinta-feira (18), cerca de 80% dos entrevistados não conhecem os tipos de voto do sistema eleitoral do País, que pode ser classificado como distrital, majoritário e distrital misto.

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Dos que responderam a mostra, 78,5% nunca ouviu falar no voto distrital, já 15,7% conhece o modelo. Sobre o distrital misto, 84,1% desconhece o tipo e 9,3% afirmou entender o que é a combinação. Cenário não tão diferente quando se trata do voto majoritário, sobre o qual 73% dos recifenses afirmaram não ter conhecer, contrariado por apenas 19,1% que disseram saber como funciona o modelo.

A principal indagação com relação ao assunto apresentada por estudiosos é de como o brasileiro vai escolher um sistema de votação se não conhece os que já foram ou estão em vigência no País. “Os dados mostram que as pessoas não têm conhecimento técnico da Reforma Política e consequentemente não teria razão de existir o plebiscito”, enfatizou o cientista político Adriano Oliveira.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem cobrado ao governo que antes da participação popular na Reforma, os brasileiros saibam o que significa tecnicamente cada questão abordada na intervenção. “A pesquisa corrobora que a população não está atenta ao sistema vigente no país. Por isso é impaciente a realização de um plebiscito agora no Brasil. Não faz o menor sentido, pois a população não te ideia do que esta sendo discutido. É preciso primeiro esclarecer as modalidades para que eles possam compreender e aí sim, votar”, detalhou o economista Maurício Romão.

Alguns partidos como o PMDB, têm sugerido na Câmara Federal alguns novos modelos para o sistema eleitoral. Questionado sobre possíveis mudanças, Romão defendeu que os tipos de voto já existentes no Brasil são suficientes para o País, o que seria necessário é um aperfeiçoamento deles.

“O sistema deve continuar o mesmo, pois importar outros modelos não nos beneficiaria, o que se deve fazer é aperfeiçoar o nosso, rever as falhas e construir um modelo que seja simples e com mais perfeição. Ficam inventado modelos como se o Brasil fosse um laboratório, mas os tradicionais são os mais indicados”, analisou o estudioso.

Entenda cada tipo de voto citado na pesquisa:

Voto Distrital – Modelo que elege os vereadores, deputados federais e estaduais. Neste tipo o país, estado ou município é dividido em distritos, circunscrições menores, cada um destes elege um representante a partir dos candidatos apresentados pelos partidos políticos.  Ou seja, em Pernambuco existem 49 deputados estaduais, o estado é dividido em 49 distritos e os candidatos mais votados neles são eleitos. O Brasil já adotou o voto distrital duas vezes: durante o Império (1822-1889) e na República Velha (de 15 de novembro de 1889 até a Revolução de 1930).

Voto Majoritário – Neste modelo o eleito é o candidato que obtém a maioria dos votos. É por este sistema que o Brasil atualmente elege presidente, governadores, prefeitos e senadores. Os senadores são eleitos para representar os estados e somam 81 ao todo, ou seja, os três mais votados por cada estado são eleitos. Os governadores, prefeitos e o presidente da República são eleitos quando obtêm a metade mais um dos votos válidos (descontados os brancos e nulos). Com abertura para um segundo turno, entre os dois mais votados, caso não ocorra os 50% mais um.

Voto Distrital Misto –  Aqui os eleitores têm dois votos: um para candidatos no distrito e outro para as legendas (partidos). Os votos em legenda são computados em todo o estado ou município, conforme o quociente eleitoral (total de cadeiras divididas pelo total de votos válidos). Já os votos majoritários são destinados a candidatos do distrito, escolhidos pelos partidos políticos, vencendo o mais votado. 

 

 

O processo de reeleição no Brasil para cargos do poder executivo entrou em vigência no país em 1998, após a aprovação da emenda constitucional n° 16, de 4 de julho de 1997. Com a alteração, o presidente da época, Fernando Henrique Cardoso (FHC-PSDB) foi o primeiro gestor no país a governar dois mandatos consecutivos. Após 15 anos da mudança, o corregionário de FHC, senador Aécio Neves levanta a proposta de acabar com o processo e sugere que seja aumentado o mandato de quatro para cinco anos. A sugestão divide opiniões de tucanos.

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Especulações políticas visualizam a ideia de Aécio como estratégia de campanha, já que ele é pré-candidato a presidência da República nas próximas eleições. Caso fosse aprovada a sugestão e entrasse em vigor a tempo hábil da próxima eleição, Dilma Rousseff (PT) seria prejudicada.

Segundo a assessoria de imprensa do senador, o assunto – que vem sendo bastante repercutido na mídia – não é prioridade. “Ele defende uma tese, mas não vai apresentar um projeto sobre isso. Ele precisa de apoio e isso não é prioridade agora”, disse um membro da assessoria de imprensa do tucano.

No Recife, o assunto é visto com opiniões divergentes entre os corregionários da sigla. De acordo com o deputado estadual Daniel Coelho (PSDB), a proposta de Aécio Neves reflete apenas uma opinião pessoal e não da sigla. “Não é uma posição do partido e isso deve ser discutido dentro de uma reforma política no Brasil, dentro de uma nova conjuntura. Ele não deu entrada e nenhum projeto e não há uma posição partidária”, explicou.

Coelho (foto) também afirmou que o assunto é polêmico e que possui pontos de vista diferentes. “É um tema polêmico dentro do próprio PSDB e inclusive, Fernando Henrique se posicionou contra. Eu acho que deve haver algumas reformas políticas, mas não podemos discutir a questão de cinco anos e não a reeleição de forma individual”, argumenta o tucano.

Diferente da opinião de Daniel Coelho, a deputada estadual Terezinha Nunes (PSDB) defende a iniciativa de Aécio Neves. “Eu acho que a gente tem que passar por um processo de uma nova eleição. A reeleição está acabando com a oposição no Brasil seja a nível nacional ou estadual e isso é muito ruim para a democracia. Quando a pessoa se elege já pensa em ter a segunda vitória e mundo fica querendo ser aliado”, avalia.

A parlamentar considera um governo de oito anos muito logo e cansativo para quem está no poder. “É muito tempo, atribuição e preocupação. Um mandato de cindo anos vai permitir melhor alternância de poder e vai ser melhor para a política brasileira. O poder executivo está asfixiando o poder legislativo com essa reeleição”, criticou a deputada.

Para Terezinha Nunes (foto), na época de FHC foi necessária a reeleição porque o país passava por problemas. “Quando você faz uma experiência e vê que não é a melhor possível, você muda. Na época de FHC o Brasil vivia uma situação muito difícil e a reeleição foi necessária. Com o tempo as coisas na política dão certa no primeiro mandato e no segundo ás vezes não dá. Além disso, foi um erro ter transferido a reeleição para governador e prefeito”, ressalta.

De acordo com o cientista político, Adriano Oliveira, Aécio Neves tem o direito de se posicionar com sua opinião, mas no processo do partido é uma opinião equivocada. “Qual é a razão dele colocar isso no período eleitoral se o próprio Fernando Henrique que é do seu partido foi beneficiado com isso?”, questiona Oliveira.

Na avaliação do especialista, a população não está preocupada com o processo em si, o que é mais preocupante é o processo de gestão. “O eleitor não está preocupado se tem eleição ou não, ele quer saber se o governante está governando bem”, afirma o cientista, lembrando que Aécio é pré-candidato a presidência da República. “Acho que ele não encontrou um caminho ainda para se presidente da República”, avaliou.

Adriano Oliveira também opinou sobre o assunto e disse discordar da proposta. “Eu sou contrário. A reeleição permite que os governos sejam mais responsáveis, tenham um planejamento de gestão, tendo como foco a gestão seguinte. Acredito que o fim da reeleição pode construir para uma mudança de postura, porque o governante vai se programar por cinco anos, mas poderá fazer uma gestão irresponsável”, estima o cientista.

População – Apesar das opiniões divergentes entre os corregionários, o processo eleitoral da reeleição é bem aceito no Brasil se considerado que tanto FHC, quanto Lula conseguiram se reeleger. Outra análise que pode ser feita é em relação às últimas pesquisas eleitorais, que apontam Dilma Rousseff (PT) na liderança em busca de sua reeleição.

 

A escolha do pastor e deputado federal, Marcos Feliciano (PSC-SP) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minoria no próximo biênio tem gerado polêmica não somente nas redes sociais, mas também na opinião pública. Assuntos importantes estão sendo postos a prova como a autonomia de um estado laico e o desenvolvimento de políticas sociais em defesa dos direitos de homossexuais e negros.

Analisando essa escolha, o cientista político, Adriano Oliveira, comentou que ao se nomear um religioso para presidir a comissão várias dúvidas são postas na mesa. “A questão principal está relacionada ao deputado ser um pastor militante e por isso não sabemos se ele tem condições de presidir a Comissão de maneira laica ao estar diante de assuntos polêmicos como a união homossexual e o aborto. Não sabemos se ele vai julgar de acordo com suas orientações religiosas ou políticas”, ressaltou Oliveira.

Outro assunto levantado diz respeito à movimentação política dos deputados que de uma certa forma traz um retrocesso ao parlamento brasileiro. O governo federal (PT) na intenção de agradar aliados (PSC), depois de ser escolhida a mesa diretora da Câmara, indicou o pastor Marcos Feliciano. Segundo Adriano Oliveira, uma das formas de destituir Feliciano da presidência da Comissão é provocando a renúncia do novo dirigente.

“Ao escolher um pastor militante para comandar a Comissão de Direitos Humanos, os deputados deveriam levar em consideração o estado brasileiro que é laico e tem autonomia, independente da religião professada. Mas a pressão da mídia pode provocar sua renúncia”, acrescentou Adriano Oliveira.

Em algumas declarações via Twitter, o pastor deputado comentou: “O amor entre pessoas do mesmo sexo leva ao ódio, ao crime e a rejeição. Os africanos descendem de um ancestral amaldiçoado de Noé. Isso é fato.”

“Ao escolher um pastor militante para comandar a Comissão de Direitos Humanos, os deputados deveriam levar em consideração o estado brasileiro que é laico e tem autonomia, independente da religião professada. Mas a pressão da mídia pode provocar sua renúncia”, acrescentou Adriano Oliveira.

Em algumas declarações via twitter, o pastor deputado comentou: “O amor entre pessoas do mesmo sexo leva ao ódio, ao crime e a rejeição. Os africanos descendem de um ancestral amaldiçoado de Noé. Isso é fato.”

Com a morte do presidente Hugo Chavez um ar de dúvidas paira sobre o estado venezuelano e o cientista político, Adriano Oliveira, comenta que esse momento é mais para reflexão e perguntas do que propriamente respostas. De acordo com o Oliveira, a atual legislação eleitoral do país determina que daqui há 30 dias deverão ocorrer eleições presidenciais.

“A morte de Chávez era esperada por causa do seu problema de saúde e surgem algumas indagações. Quem vai liderar o chavismo? O estado implantado naquele País vai permanecer? Como vai se dar a reação da oposição e do povo e principalmente a relação entre a Venezuela e os Estados Unidos?”, questionou Oliveira.

Segundo o cientista político, a morte de Chávez tem um valor histórico para a América Latina, pois ele foi eleito com a o voto popular, mas implantou um estado autoritário na Venezuela. “Ele foi eleito democraticamente, mas usava o poder despótico no controle das instituições, no poder judiciário e principalmente para modificar a legislação do país”, ressaltou.

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Apesar dos ruídos amenizadores sobre o racha entre o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Socialista Brasileiro (PSB), declarados por representantes das coligações que afirmam que a disputa só ocorre em alguns casos à parte, ou apenas em algumas capitais brasileiras. No entanto, em cerca de 30 municípios pernambucanos há o confronto entre petistas e socialistas.

Na lista com todos os candidatos a prefeito das cidades do Estado disponibilizada no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se observa o embate entre os dois partidos em 28 cidades. Desse total, 10 são confrontos diretos, e em 18 municípios a vaga é concorrida com outros partidos.

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No Recife, o abalo iniciou após o governador e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos ter lançado uma candidatura própria com Geraldo Julio (PSB), que por sua vez foi consequência da confusão interna do PT para definição de Humberto Costa como prefeiturável. Este cenário político, mostra que a união entre os dois partidos na aliança governista não era tão concreta quanto os discursos dos líderes dos dois partidos “aliados” garantiam.

Com o racha entre o PT e PSB na Frente Popular do Recife, a expectativa é que esta circunstância permaneça, e se solidifique ainda mais, com as futuras candidaturas a governador do estado e a presidência da república em 2014.

De acordo com o cientista político Adriano Oliveira, a situação atual entre os partidos é normal, já que cada coligação procura se aliar ao candidato que tem mais força. “Você vai ter o racha dependendo da conjuntura nacional. No entanto, depois dessas eleições com certeza os diretórios nacionais precisarão conversar para definir as alianças políticas das futuras eleições”, afirmou.

O cientista acrescentou ainda que o cenário nacional pode interferir o estadual e um retorno de aliança entre o PSB e o PT, pode ocorrer. “Se de fato Dilma (presidente) tentar uma reeleição os partidos tendem a se reaproximar. Mas, caso Eduardo Campos se candidate a presidente (em 2014), tudo indica que esta aliança não existirá mais”, avaliou Oliveira.

Além do Recife, algumas cidades que dividem a disputa com os dois partidos e demais coligações são: Vitória de Santo Antão, São Lourenço da Mata, Paulista, Petrolina, entre outros. Já o confronto direto entre PT x PSB acontece em: Feira Nova, Moreno, São José do Egito, Águas Belas e mais seis municípios de Pernambuco.

“É possível uma vitória de Geraldo Julio (PSB) nessas eleições já no primeiro turno. Seu nome mostra uma tendência de crescimento rápido, mesmo sendo um candidato pouco conhecido”, comentou o cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Adriano Oliveira sobre a 7ª rodada de pesquisa do Instituto de Pesquisa Mauricio de Nassau (IPMN).

Na pesquisa estimulada, realizada pelo IPMN, Geraldo conquistou dois dígitos, com 14,4% das intenções de votos, ficando em terceiro lugar. Já na pesquisa espontânea, que questiona em qual candidato o eleitor votaria se as eleições fossem hoje, ele consegiu 12%. "O PT pode levar uma queda, pois até o momento a candidatura de Humberto vem perdendo espaço, enquanto que Geraldo Julio começa a tirar os votos do PT e, possivelmente, ele cresce em cima do eleitorado de Mendonça Filho (DEM), mas somente com outras pesquisas podemos constatar isso”, destacou Adriano Oliveira.

Quando é citado o nome dos oito postulantes, Humberto aparece em primeiro lugar com 32,5% das intenções de votos, na espontânea ele conquistou 22,5%. Já o candidato Mendonça Filho conseguiu 17% na estimulada e 11,25% na espontânea.

Na pesqusa realizada Pelo IPMN, registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) com o número 00060/2012, foram entrevistadas 1.080 pessoas nos dias 6 e 7 de agosto.

A campanha começou de verdade e uma das maiores questões será a briga entre o ex-presidente Lula e o governador Eduardo Campos para saber quem terá condições de puxar mais votos para seu candidato. Essa foi uma das polêmicas que marcaram o debate realizado hoje (13), pelo Portal Leia Já, transmitido ao vivo pela internet com a participação de jornalistas e coordenadores da pesquisa do Instituto Maurício de Nassau (IPMN).

Para o cientista político Adriano Oliveira, a eleição começa a ter contornos mais nítidos já que todos os candidatos entraram em campo e já estão com os times escalados. “A partir de agora é que iremos observar mais de perto a movimentação dos candidatos”, disse ele, lembrando que a corrida para a sucessão da PCR está apenas começando.

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Ele não acredita que a população esteja com fadiga eleitoral e possa anular seu voto pela descrença na classe política e apontou, como prova disso, uma das perguntas da própria pesquisa. “Nesse quesito específico a grande maioria dos entrevistados ratificam que querem participar do pleito”, disse, lembrando a importância de se debater os temas do cotidiano do cidadão. Nesse ponto, o professor Mauricio Romão considerou que cada vez mais a população demonstra que as questões do dia a dia farão parte do pleito muito mais do que o debate político. “O cidadão quer saber o que eles irão fazer de concreto para mudar a realidade cotidiana”, afirmou.

No levantamento da nova pesquisa ficou constatado que a segurança pública e a saúde são os dois maiores problemas apontados pelos eleitores na cidade. Esses temas obtiveram cerca de 20,8% e 19,4% respectivamente. Outro ponto debatido foi a questão das mudanças que podem ocorrer com o guia eleitoral de TV, que tem o seu início marcado para o próximo mês. Todos acreditam que a tendência é que a guerra eletrônica possa modificar o número das pesquisas.

Também entrou em pauta a forma como se dará a participação dos dois maiores eleitores: o ex-presidente Lula, que apoia o candidato Humberto Costa (PT), e o governador Eduardo Campos, que lançou a candidatura de Geraldo Julio (PSB) pelo PSB. “Vai ser uma briga boa”, disse o jornalista Sergio Montenegro (Jornal do Commercio).”É uma eleição que se configura muito acirrada”, completou a editora de política do Portal LeiaJá, Thabata Alves.

Participaram ainda do debate, que teve a mediação do jornalista Aldo Vilela, o estatístico Carlos Gadelha – um dos coordenadores da pesquisa – e os jornalistas Ricardo Antunes (colunista político do Portal Leia Já) e Jamildo Melo (Blog de Jamildo, do Jornal do Comercio). Confira a íntegra do mesmo:

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O professor e doutor em Direito, Janguiê Diniz, lança nesta segunda-feira (2) o livro Política e Economia na Contemporaneidade. A obra, publicada pela Lumen Juris Editora, conta com prefácio do doutor em Ciências Políticas e professor da Universidade Federal de Pernambuco, Adriano Oliveira. O lançamento acontece no Restaurante Manuel Bandeira, no bairro das Graças.

Serviço:

Lançamento do livro "Política e Economia na Contemporaneidade", de Janquiê Diniz

Segunda-feira (2), às 19h

Restaurante Manuel Bandeira (rua Fernando Lopes, Graças)

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Os bons ventos da economia podem ter contribuído para o aumento da popularidade da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), segundo a análise do cientista político Adriano Oliveira sobre os dados da pesquisa CNI/Ibope do mês de março.

Os números mostram que 77% dos entrevistados afirmaram aprovar a sua gestão. Em dezembro, o percentual dos que aprovavam a administração de Dilma era de 72%. Para o cientista político, o alto índice de popularidade de Rousseff se deve ao bom momento econômico que o País está vivendo. Além disso, Oliveira ressalta que o “eleitor a reconhece como firme e confia nela”.

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“A confiança da população em relação à presidente está no âmbito subjetivo, pode estar relacionada às demissões dos ministros e a relação dela com o congresso”, avalia Oliveira. De acordo com ele, se o País mantiver o “bem-estar” econômico, Dilma poderá chegar bem na reeleição.

Entender desde a concepção e até como se pode interpretar uma pesquisa eleitoral, além de revelar os bastidores das eleições no País. Esta é a proposta do livro Eleições e Pesquisas Eleitorais – Desvendando a Caixa-Preta. Quer seja o leitor político, jornalista ou leigo no assunto. Escrito a seis mãos pelo cientista político Adriano Oliveira, o economista Maurício Romão e o estatístico Carlos Gadelha, a obra foi lançada em uma noite de autógrafos nesta segunda-feira (12), no restaurante Manoel Bandeira, localizado no bairro das Graças. 

Em uma abordagem simples e didática os autores foram traçando todo o percurso de construção, revelando a complexidade estatística e metodológica das pesquisas eleitorais. “Maior parte da população desconhece como se dá o processo de construção de uma pesquisa e as terminologias utilizadas nelas. Elas não sabem o que é um empate técnico, margem de erro, trabalho de campo, nível de significância. De maneira didática nós explicamos tudo isso no livro”, disse Maurício Romão. Reproduzindo a impressão do procurador-geral do Ministério Público de Pernambuco, Aguinaldo Fenelon sobre a obra, Romão disse que esta é uma ferramenta de cidadania. “Misturamos técnica e empirismo para produzir a obra”, completou.

Adriano Oliveira garante que o livro tem por objetivo esclarecer a opinião pública sobre os desafios da pesquisa de opinião. “Como se faz, como se analisa uma pesquisa eleitoral, quais os objetivos políticos, para criarmos ferramentas de campanha, no caso estratégias eleitorais”, detalhou Oliveira. Já Carlos Gadelha disse que a obra foi fácil de ser produzida devido a ligação e aproximação do trio. “Eu já trabalhava com Adriano (Oliveira) há uns seis anos e com Romão mais recentemente, mas estamos desenvolvendo pesquisas juntos há algum tempo e isso facilitou no processo de construção do livro”, explicou Gadelha.

O lançamento do livro contou com a participação de políticos, empresários e acadêmicos do Estado. O deputado Daniel Coelho (PSDB) prestigiou o evento e disse que a obra traz uma grande contribuição para a classe política. “Claro que toda eleição tem sua história, mas é importante essa contribuição acadêmica para traduzir e detalhar o processo eleitoral”. Para a vereadora do Recife Aline Mariano (PSDB), a obra é essencial para a classe. “Entender como se dão os cenários, a interpretação da pesquisa é essencial para nós políticos. É uma maneira diferente de entender e perceber esse processo. As vezes as histórias eleitorais se repetem e o livro nos ajuda a perceber isso”.

 

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A equipe de pesquisadores do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) lançará, no próximo sábado (21), os resultados da segunda rodada de pesquisa eleitoral para a prefeitura da cidade do Recife, encomendada pelo Portal LeiaJá e intitulada "o sentimento do eleitor recifense". Na pesquisa, são abordadas as principais questões referentes às especulações eleitorais - a partir de uma metodologia inédita proposta pelo instituto - e a relação que pode ser estabelecida entre a sociedade pernambucana e os candidatos, a partir de prognósticos vindos do sentimento do eleitor em relação aos possíveis candidatos.

Confira as especulações do coordenador do Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau (IPFMN) e cientista político, Adriano Oliveira, sobre as principais nuances da segunda rodada das pesquisas eleitorais 2012.

Confira notícias sobre as Eleições 2012 e sobre as pesquisas eleitorais do IPMN.

A equipe de pesquisadores do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) lançará, no próximo sábado (21), os resultados da segunda rodada de pesquisa eleitoral para a prefeitura da cidade do Recife, encomendada pelo Portal LeiaJá e intitulada "o sentimento do eleitor recifense". Na pesquisa, são abordadas as principais questões referentes às especulações eleitorais - a partir de uma metodologia inédita proposta pelo instituto - e a relação que pode ser estabelecida entre a sociedade pernambucana e os candidatos, a partir de prognósticos vindos do sentimento do eleitor em relação aos possíveis candidatos.

Confira os comentários do cientista político Adriano Oliveira sobre as principais nuances da segunda rodada das pesquisas eleitorais 2012.

A pesquisa é coordenada pelo cientista político Adriano Oliveira, e identifica as oscilações no comportamento do eleitor. "Por meio de uma escala de cenários em que se busca avaliar as situações 'mais lógicas', passando pelas 'mais plausíveis' até chegar às 'menos plausíveis', é possível detectar o comportamento do eleitorado”, esclarece o coordenador, que avaliou, como destaque desta segunda etapa da pesquisa, a inclusão do deputado federal Mendonça Filho (DEM) em mais um dos cenários à prefeitura do Recife. "Uma vez que sua candidatura é mais provável, ele agora só nao aparece em um dos cenários".

Segundo o Diretor Executivo do Portal Leia Já, Joaldo Diniz, a parceria do site de notícias com o IPMN linca o sistema de comunicação na pauta política da região e, assim, garante o acesso do leitor à uma informação precisa e de credibilidade. “O caráter inovador da pesquisa, com a avaliação dos sentimentos do eleitor, promete trazer maior relevância para os resultados”, afirma Joaldo.

Conforme o calendário do IPMN, será realizado uma pesquisa a cada mês, até as convenções partidárias. A partir de julho, quando não haverá mais “pré-candidatos” e sim “candidatos” estabelecidos, terá início oficialmente o período da campanha política - o instituto realizará mais de uma pesquisa por mês, fechando com a que será publicada no dia 7 de outubro, data do primeiro turno das eleições municipais de 2012.

Veja outras notícias sobre as Eleições 2012 e sobre as pesquisas eleitorais do IPMN.

A equipe de pesquisadores do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) lançará, no próximo sábado (21), os resultados da segunda rodada de pesquisa eleitoral para a prefeitura da cidade do Recife, encomendada pelo Portal LeiaJá e intitulada "o sentimento do eleitor recifense". Na pesquisa, são abordadas as principais questões referentes às especulações eleitorais - a partir de uma metodologia inédita proposta pelo instituto - e a relação que pode ser estabelecida entre a sociedade pernambucana e os candidatos, a partir de prognósticos vindos do sentimento do eleitor em relação aos possíveis candidatos.

Confira os comentários do cientista político Adriano Oliveira sobre as principais nuances da segunda rodada das pesquisas eleitorais 2012.

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A pesquisa é coordenada pelo cientista político Adriano Oliveira, e identifica as oscilações no comportamento do eleitor. "Por meio de uma escala de cenários em que se busca avaliar as situações 'mais lógicas', passando pelas 'mais plausíveis' até chegar às 'menos plausíveis', é possível detectar o comportamento do eleitorado”, esclarece o coordenador, que avaliou, como destaque desta segunda etapa da pesquisa, a inclusão do deputado federal Mendonça Filho (DEM) em mais um dos cenários à prefeitura do Recife. "Uma vez que sua candidatura é mais provável, ele agora só nao aparece em um dos cenários".

Segundo o Diretor Executivo do Portal Leia Já, Joaldo Diniz, a parceria do site de notícias com o IPMN linca o sistema de comunicação na pauta política da região e, assim, garante o acesso do leitor à uma informação precisa e de credibilidade. “O caráter inovador da pesquisa, com a avaliação dos sentimentos do eleitor, promete trazer maior relevância para os resultados”, afirma Joaldo.

Conforme o calendário do IPMN, será realizado uma pesquisa a cada mês, até as convenções partidárias. A partir de julho, quando não haverá mais “pré-candidatos” e sim “candidatos” estabelecidos, terá início oficialmente o período da campanha política - o instituto realizará mais de uma pesquisa por mês, fechando com a que será publicada no dia 7 de outubro, data do primeiro turno das eleições municipais de 2012.

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A presidenta Dilma iniciou desde meados de julho a “faxina” em seu governo. Os atores desta “faxina” são a presidenta e a Polícia Federal. Ambos estão dispostos em realizar uma grande “faxina” na República. Contudo, a “faxina” não chegará aos quartos, à cozinha e ao banheiro. A opinião pública reclamará dos “faxineiros”.

Qualquer presidente da República tem dificuldades de realizar “faxinas” por conta do presidencialismo de coalizão e do tamanho do estado brasileiro. Os partidos aliados ao governo desejam cargos, verbas, favores diversos. Os presidentes precisam atender as demandas, caso não, a coalizão é ameaçada.

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FHC e Lula souberam lidar com o Parlamento. Atenderam as bases, mas também impuseram limites. FHC foi audacioso na realização da “faxina”, pois realizou as privatizações. Estas diminuíram o tamanho do estado e a disponibilidade de cargos. As privatizações enfraqueceram o clientelismo e a corrupção.

Lula, no inicio do seu mandato, também mostrou audácia. Incentivou, através do ministro da Justiça Marcio Thomaz Bastos, as ações da Polícia Federal no combate à corrupção publica. Porém, no final do seu primeiro mandato, a disposição de Lula para o enfrentamento a corrupção diminuiu.

Ressalto, contudo, que Lula, FHC e Dilma não são os únicos responsáveis para o combate à corrupção. Em um Estado de Direito, as instituições coercitivas precisam ter autonomia em relação ao Poder Executivo. Sem esta autonomia, as instituições perdem funções e razões de existência.

O que adianta para a sociedade uma Polícia Federal sem independência? Faço semelhante pergunta para o Ministério Público e o Poder Judiciário. Portanto, antes dos presidentes, estas instituições devem enfrentar a corrupção pública.

FHC e Lula sabiam que não poderia estender a “faxina” para outras partes. Sugiro que leiam dois fantásticos livros: A arte da política, de FHC; E o Lulismo no poder, de Merval Pereira. Ambas as obras mostram que presidentes da República não têm condições de estender a “faxina” além da sala. Portanto, Dilma recuará em sua faxina, caso não, a estabilidade do seu governo será ameaçada.

Todos os atores que não são do PT crêem que podem ser eleitos prefeitos do Recife em 2012. Estão apressados. Muito apressados. Apesar da reduzida aprovação de João da Costa, a qual é detectada por variadas pesquisas, o atual prefeito do Recife tem condições de ir para o segundo turno. Neste instante, não consigo vislumbrar um segundo turno em Recife sem João da Costa.

João da Costa deverá ser o candidato do PT. Caso não seja, o que dirá o PT à opinião pública? Nada. Pois não tem como justificar a sua retirada da disputa. João da Costa só não será candidato do PT se não quiser. Pois condições de se recuperar ele tem. É plausível prognosticar que João da Costa conquistará durante a campanha eleitoral, 40% a 45% de intenção de votos.

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Na eleição do Recife existem ainda duas incógnitas: João Paulo será candidato? Quem será o candidato de Eduardo Campos? Caso João Paulo sai do PT, ele é um candidato competitivo. Mas não diria imbatível. O apoio de Eduardo Campos pesa. Campos avança sobre o tradicional eleitorado do PT em Recife.

A oposição tem bons candidatos – Jungmann, Mendonça, Henry, Daniel Coelho e Bruno Araújo. Caso pensem estrategicamente, todos têm chances de sucesso. É importante salientar que todos não podem ser candidatos. Três precisam desistir da candidatura. É falácia acreditar na premissa de que quantos mais candidatos pior para a situação e melhor para a oposição.

Tenho a hipótese de que quanto menos candidatos da oposição, mais informações concentradas/focadas para o eleitor. Com isto, o eleitor focará em um candidato. Se a oposição tiver, por exemplo, três candidatos, são três atores disputando a fatia do eleitorado e a atenção do eleitor oposicionista.

A informação é um instrumento de conquista do eleitor, mais candidatos, mais informação sobre os atores da oposição. Entretanto, a informação chegará ao eleitor através de vários atores. Com isto, o eleitor pode ficar em dúvida quanto a quem escolher. Cria-se, inclusive, um curto-circuito de informação – choque de informações sobre um mesmo assunto e concorrência na retórica, por exemplo. Com isto, o eleitor pode não optar pela oposição.

A diminuição de candidatos oposicionista não reduzirá, necessariamente, o número de informações sobre a oposição para o eleitor. Mas a informação estará mais concentrada em razão do menor número de candidatos. O eleitor tende a focar em um competidor. Diminuirá também a possibilidade de ocorrer curtos-circuitos entre os candidatos.

Portanto, é falácia supor que quanto mais candidatos, maior a probabilidade da oposição vencer o pleito eleitoral. Outra falácia, João da Costa não tem chances de ser reeleito. Ele tem. Uma única verdade: a eleição do Recife será acirrada no primeiro turno.

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