Cientista político comenta a escolha de Marcos Feliciano

Segundo Adriano Oliveira, o pastor não terá autonomia da presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias

qui, 07/03/2013 - 17:18

A escolha do pastor e deputado federal, Marcos Feliciano (PSC-SP) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minoria no próximo biênio tem gerado polêmica não somente nas redes sociais, mas também na opinião pública. Assuntos importantes estão sendo postos a prova como a autonomia de um estado laico e o desenvolvimento de políticas sociais em defesa dos direitos de homossexuais e negros.



Analisando essa escolha, o cientista político, Adriano Oliveira, comentou que ao se nomear um religioso para presidir a comissão várias dúvidas são postas na mesa. “A questão principal está relacionada ao deputado ser um pastor militante e por isso não sabemos se ele tem condições de presidir a Comissão de maneira laica ao estar diante de assuntos polêmicos como a união homossexual e o aborto. Não sabemos se ele vai julgar de acordo com suas orientações religiosas ou políticas”, ressaltou Oliveira.



Outro assunto levantado diz respeito à movimentação política dos deputados que de uma certa forma traz um retrocesso ao parlamento brasileiro. O governo federal (PT) na intenção de agradar aliados (PSC), depois de ser escolhida a mesa diretora da Câmara, indicou o pastor Marcos Feliciano. Segundo Adriano Oliveira, uma das formas de destituir Feliciano da presidência da Comissão é provocando a renúncia do novo dirigente.



“Ao escolher um pastor militante para comandar a Comissão de Direitos Humanos, os deputados deveriam levar em consideração o estado brasileiro que é laico e tem autonomia, independente da religião professada. Mas a pressão da mídia pode provocar sua renúncia”, acrescentou Adriano Oliveira.



Em algumas declarações via Twitter, o pastor deputado comentou: “O amor entre pessoas do mesmo sexo leva ao ódio, ao crime e a rejeição. Os africanos descendem de um ancestral amaldiçoado de Noé. Isso é fato.”



“Ao escolher um pastor militante para comandar a Comissão de Direitos Humanos, os deputados deveriam levar em consideração o estado brasileiro que é laico e tem autonomia, independente da religião professada. Mas a pressão da mídia pode provocar sua renúncia”, acrescentou Adriano Oliveira.



Em algumas declarações via twitter, o pastor deputado comentou: “O amor entre pessoas do mesmo sexo leva ao ódio, ao crime e a rejeição. Os africanos descendem de um ancestral amaldiçoado de Noé. Isso é fato.”

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