Tópicos | Adriano Oliveira

Pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) em parceria com o Instituto de Pesquisa MDA constatou que as políticas educacionais criadas nos governos Lula e Dilma são aprovadas pela população brasileira. Apesar do desconhecimento de parte dos entrevistados para com elas. Entretanto, quem já ouviu falar nos programas PROUNI, FIES e PRONATEC os aprovam majoritariamente. O tamanho da aprovação sugere que os referidos programas adquiriram o status de consenso entre os brasileiros.

A pesquisa constatou que 50% dos entrevistados conhecem o PROUNI. Neste universo, 93% o aprovam, 93,6% dos entrevistados afirmam que ele contribui para o crescimento econômico do Brasil, 94% asseguram que o governo federal deve apoiá-lo cada vez mais, e 28% pretendem utilizá-lo. Portanto, os dados mostram que o PROUNI é consenso entre os brasileiros.   

O FIES é conhecido por 47% dos entrevistados. Neste universo, 91% o aprovam, 95,2% afirmam que ele contribui para o crescimento do Brasil, 94% desejam que o governo federal o apoie cada vez mais e 34% frisam que pretendem utilizá-lo. Quanto ao PRONATEC, 34% declaram conhecê-lo. Entre estes entrevistados, 93% o aprovam, 96,7% declaram que ele contribui para o crescimento econômico do Brasil e 30% pretendem utilizá-lo. Portanto, os dados apresentados sugerem que FIES e PRONATEC são, também, consensos entre os brasileiros.

Se tais políticas educacionais conquistaram o consenso na sociedade, qual é a razão delas não continuarem a existir com vigor? No universo de 47% dos entrevistados que declaram conhecer o FIES, 30% frisaram que souberam das recentes medidas do governo federal em relação a ele. A pesquisa revela que parcelas dos entrevistados sabem elencar as diversas medidas, dentre as quais: “reduziu o número de vagas do FIES”, “dificuldade para acessar o FIES” e “diminuição da verba do FIES”. 73% dos entrevistados, no universo de 30%, discordam das medidas do governo em relação ao FIES.

Portanto, os dados apresentados não só apresentam o consenso existente, mas revelam que grande parcela dos brasileiros não está propensa a admitir qualquer retrocesso no âmbito dos programas educacionais. Se parte dos brasileiros não deseja o retrocesso, observo que eles reconhecem a educação como instrumento eficiente para o crescimento econômico, a redução da desigualdade social, e, por consequência, como indutor da inclusão social.

O relacionamento entre o PT e o PMDB não é dos mais afinados há algum tempo e nos últimos meses linha tênue que une os dois partidos tem ficado cada vez mais fina. O racha entre as legendas é mais evidente no Congresso Nacional, onde o PMDB preside tanto a Câmara, com Eduardo Cunha (RJ), quanto o Senado, com Renan Calheiros (MA). Nessa semana, por exemplo, Calheiros foi o pivô de mais um imbróglio entre os aliados. Ele devolveu a presidente Dilma Rousseff (PT) uma Medida Provisória, que promovia ajustes fiscais, com a justificativa de que a petista "deturpava" o conceito da separação dos Poderes. 

A medida foi observada por petistas como “intransigente”. “Uma decisão como essa pode ter uma dimensão que extrapola o nosso desejo. A sociedade, com isso, só acredita que vivemos um enfrentamento entre poderes”, pontuou o senador Humberto Costa (PT), na ocasião. 

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Com tantos “toma lá da cá” a principal indagação é: para onde deve seguir essa relação desgastada entre os dois partidos? Na avaliação do cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Adriano Oliveira, as crises entre os dois partidos “são absolutamente normais” e demonstra que uma das partes deseja “algo a mais”, neste caso o PMDB. 

De acordo com o estudioso, os embates políticos “fazem parte da relação” e “não significa o fim da aliança”. “Não podemos ver isso como ineditismo. Qualquer relação entre partidos é uma relação de troca. Quando alguém está insatisfeito você oferece esse algo a mais, o PMDB já teve contrapartidas, agora deseja mais do PT”, analisou Oliveira.

Na visão petista, algumas alas do PMDB têm agido na tentativa de enfraquecer o Governo Federal e, apesar disso, o PT precisa conviver com a legenda pela força política que ela exerce no Congresso Nacional. 

“É um aliado que tenta mais enfraquecer do que enaltecer. É um jogo de correlação de forças, um jogo de barganha”, frisou o ex-deputado federal, João Paulo. “Tem que se conviver. O PMDB tem um peso importante no Congresso, agora quem tem que ver o limite de negociação com eles é a presidência”, acrescentou o pernambucano. 

Já para líderes do PMDB, “a aliança deve ser revista”. “É preciso encontrar seu ponto de equilíbrio. Ela nunca foi 100% resolvida, 100% pacífica, mas ela já teve momentos melhores. Já teve momentos muito ruins e acho que hoje está num momento de muita reflexão”, observou o líder peemedebista na Câmara, o deputado Leonardo Picciani (RJ). 

Outro assunto melindre entre petistas e peemedebistas, é a divulgação da lista dos políticos envolvidos com a operação Lava Jato encaminhada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF). A expectativa é de que os nomes sejam divulgados nesta sexta-feira (6), mas nos bastidores já são confirmadas a presença de lideranças dos dois partidos. O que deve marcar o início de um novo embate entre as legendas. 

Governos eleitos precisam ter conceitos. São os conceitos que irão possibilitar a identidade dos governos. A identidade é um atalho para que os eleitores avaliem os governos. Conceitos, portanto, representam a identidade do governo e servem para atrair a atenção do eleitor. 

Os conceitos podem ser intencionalmente criados. Neste caso, estrategistas do governo decidem previamente a identidade do governo. Ao definir a identidade, ou seja, de como o governo será reconhecido pelo eleitor, estratégias são instituídas em busca de tal fim. As estratégias que visam à construção da identidade do governo estão nos âmbitos da comunicação e da gestão. 

Um governo decide ser reconhecido por ações sociais – O governo que promove a inclusão social. Diante desta identidade previamente determinada, ações nos âmbitos da gestão e da comunicação são criadas e desenvolvidas. Neste caso, o governo criará políticas que visem à inclusão social. Por outro lado, diante dos desafios do desenvolvimento econômico e de combate à inflação, governos desenvolverão ações em buscas de tais objetivos.

Observem, então, que qualquer governo está diante de desafios. A intenção para a superação dos desafios possibilita o surgimento do conceito do governo. Os desafios representam as demandas diretas ou indiretas do eleitor. As demandas diretas advêm de pesquisas de opinião pública – qualitativas e quantitativas. Neste caso, o governante procurará atender as demandas do eleitor. Por exemplo: pesquisas revelam que a oferta de água é o principal problema. Portanto, o governante agirá para amenizar ou solucionar o problema da água. 

As demandas indiretas são as que o governante escolhe, diante dos diversos desafios/problemas presentes. Deste modo, o governante escolhe o desafio a ser superado. Por exemplo: pesquisas revelam que as demandas do eleitorado são oferta de água e saúde pública qualificada. Neste caso, o governante opta por concentrar enfaticamente as suas ações no âmbito da saúde e com isto escolhe por ser reconhecido como o gestor que “resolveu” o problema da saúde. 

A solução para as demandas diretas ou indiretas é o objetivo de qualquer governante sábio. Classifico como governante sábio, aquele que deseja ser reeleito sem dificuldades. Ou aquele que opta por fazer parte da História. O encontro do conceito do governo é ação estratégica que condiciona o sucesso dos atores políticos.

O Brasil tem excesso de partidos. O Brasil tem pluralidade de partidos. Em razão da pluralidade, coalizões, que possibilitam a governabilidade, são formadas. A pluralidade de agremiações partidária incentiva a representação das diversas visões de mundo dos brasileiros. Os partidos brasileiros não são ideológicos e o excesso deles fortalece a ausência de programas de governo programáticos.

As assertivas apresentadas são verdadeiras. Embora sejam contraditórias. A verdade da afirmação depende das visões de mundo e do julgamento de cada observador. Portanto, não é frutífera a discussão sobre o quantitativo de partidos políticos. Aliás, é exaustiva e inconclusiva. Entretanto, novas agremiações possibilitam novas dinâmicas política e eleitoral.

Prevejo novas dinâmicas caso o Partido Liberal (PL) seja criado pelo sábio Gilberto Kassab. A primeira dinâmica a ser possivelmente modificada é a relação de força entre PMDB e PT no Congresso Nacional, em particular, na Câmara dos Deputados. O PL deverá receber parlamentares, prefeitos e governadores de diversos partidos, dentre os quais, PSB, DEM, PSDB e PMDB. Além disto, a fusão entre PL e PSD é uma possibilidade. Independente da fusão, o PL adquirirá força para se contrapor ao PMDB.

No conflito PL e PMDB, o PT, ou melhor, o governo Dilma, pode optar por ter o PL como parceiro em alguns instantes da relação Legislativo-Executivo. Ao fazer esta opção, o PMDB perderá força junto ao governo Dilma.  A criação do PL enfraquece o poder do PMDB no governo Dilma – Hipótese. O surgimento do PL tende a enfraquecer quantitativamente os partidos PSB, PSDB, DEM e PMDB. Prevejo que o PSB tende a ter perdas de parlamentares e governadores. Tais perdas lhe colocarão na base do governo Dilma.

O PL será abrigo para candidatos nas próximas eleições municipais. Qual será o parceiro preferível do PL na eleição de 2016? O PL não terá parceiros preferíveis. A conjuntura de cada município ditará os rumos do partido. Porém, em Pernambuco, é possível que o PL venha a ofertar candidato a prefeito do Recife. Tal possibilidade é crível, pois o PL poderá receber atores relevantes da política pernambucana insatisfeitos com a Frente Popular de Pernambuco.

O PL será mais um instrumento de conquista de espaços de poder. Não espere do PL, ou de qualquer outro partido, programa ideológico. O PL contribuirá para a construção de novas dinâmicas política e eleitoral, já que fortalecerá atores, em particular, Gilberto Kassab. 

Mesmo sendo criticado por alguns políticos pelos resultados apresentados durante o pleito eleitoral, o Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) foi o que chegou mais perto do resultado final das urnas para as eleições em Pernambuco. No último levantamento antes do pleito, o novo governador eleito, Paulo Câmara (PSB), apareceu com 15 pontos percentuais de diferença do segundo lugar, Armando Monteiro (PTB), nos votos válidos. O socialista tinha 57% das intenções contra 42% do petebista. 

No domingo (5), após a apuração das urnas, Câmara recebeu 68,08% dos votos válidos e Armando 31,07%. Para o Senado, segundo o IPMN, Fernando Bezerra Coelho (PSB) configurava a liderança na disputa contra o ex-prefeito do Recife, João Paulo (PT). FBC computava 35% da preferência e o petista tinha 29%. Com 100% dos votos apurados, o socialista obteve 64,34% e o petista 34,80%. 

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“Mais uma vez o IPMN aponta o vitorioso com antecedência, fizemos isso em 2008, em 2012 e agora mostrando a vitória de Paulo e ascensão consolidada de Fernando Bezerra Coelho. O Instituto a cada eleição antecipa o resultado averiguando os índices e percentuais no estado”, explicou um dos coordenadores do IPMN e cientista político, Adriano Oliveira. 

A metodologia do IPMN, segundo Oliveira é baseada em três pontos principais. “O primeiro deles é um questionário amplo, diminuindo assim a margem de erro, depois fazemos a padronização da mostra e por fim incluímos perguntas nos levantamentos que apontam as tendências”, observou o estudioso. 

O Instituto afere as intenções de voto dos pernambucanos desde 2008 e é composto por estatísticos, cientistas políticos e economistas. 

O candidato a governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), consolida a liderança e aumenta a diferença de intenções de votos para ele em relação ao principal adversário, Armando Monteiro (PTB), a três dias do pleito eleitoral. Dados do último levantamento do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), encomendado pelo Portal LeiaJá, em parceria com o Jornal do Commercio, divulgados nesta quinta-feira (2), apontam o ex-secretário da Fazenda com 44% da preferência. Já o petebista aparece com 31% das intenções, configurando uma diferença de 13 pontos entre os dois.

Os percentuais são maiores do que os da última amostra, veiculada no dia 25 de setembro, para os dois candidatos. Nela, Câmara atingia a casa dos 39%, já o petebista receberia 33% dos votos. A anterior, veiculada no dia 11 do mesmo mês, a liderança do socialista já aparecia, no entanto com percentuais menores. Ele configurava 33% da preferência, enquanto o petebista receberia 31% das intenções de votos.

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Nas pesquisas do IPMN divulgadas antes desta data, o cenário era contrário ao atual, com a liderança ocupada por Armando. Em julho, ele tinha 37% da preferência, enquanto o socialista receberia 13% das intenções. Um mês depois, em agosto, a diferença entre os dois já reduzia. No levantamento divulgado no dia 30, após a morte do ex-governador Eduardo Campos (PSB), eles apareciam tecnicamente empatados, 32% do senador licenciado contra 28% do ex-secretário da Fazenda. 

Para o cientista político e coordenador do IPMN, Adriano Oliveira, a eleição deve ser decidida ainda no primeiro turno, com vitória de Paulo Câmara. “Os números consolidam aquilo que já foi diagnosticado, desde que Paulo Câmara tinha 10%: ele é favorito e deve ganhar a eleição no primeiro turno”, vaticinou o estudioso. Segundo ele a razão disso se dá pela essência deste pleito. “Os eleitores querem votar pela continuidade das ações de Eduardo (Campos) e como Paulo Câmara se apresentou como defensor deste legado ele tende a ser eleito”, observou. 

Corroborando Oliveira, o analista e coordenador do IPMN, Maurício Romão, pontuou a possível vantagem do socialista sobre o petebista. “É um processo meio que irreversível. A distância entre ele e Armando está aumentado e isso acontecendo na reta final podemos, com uma segurança estatística grande, dizer que Paulo Câmara vai ganhar a eleição no primeiro turno e pode fazer isso com uma vantagem razoável”, avaliou.

Segundo o IPMN, os candidatos Zé Gomes (PSOL), Miguel Anacleto (PCB), Jair Pedro (PTSU) e Pantaleão (PCO) não atingiram um ponto percentual de acordo com o levantamento. Os indecisos (brancos e nulos/não souberam responder) neste levantamento somam 24%, o percentual reduziu, em comparação a última pesquisa divulgada na última semana, antes eles eram 27%.

A amostra foi a campo nos dias 29 e 30 de setembro e consultou 2.480 pernambucanos. O levantamento foi registrado junto a Justiça Eleitoral, sob os números PE-00035/2014 e BR-00924/2014, no dia 26 de setembro de 2014. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de 2,0 pontos percentuais para mais ou para menos.

Cenário por regiões

O favoritismo de Paulo Câmara permanece quando a aferição é analisada por regiões do estado. Na capital pernambucana, maior colégio eleitoral, o socialista aparece como o preferido por 47% do eleitorado, já Armando teria 25% das intenções e o candidato Pantaleão 2%. Nas outras cidades da Região Metropolitana do Recife (RMR) a vantagem do ex-secretário da Fazenda é ainda maior, ele atinge à casa dos 51% e o senador licenciado teria 26% da preferência. 

Quando se chega a Zona da Mata, Paulo Câmara teria 49% das intenções e Armando configura 25%. A liderança permanece ainda pelas cidades do Agreste, na região o socialista teria 41% da preferência e o petebista 30%.  

O cenário muda, quando chega ao Sertão do estado. Lá Armando Monteiro lidera com folga e venceria o pleito no primeiro turno por 53%, contra 30% de Paulo Câmara. A preferência se repete no Vale do São Francisco, o senador licenciado atinge 51%, enquanto o afilhado político de Campos tem 27%. 

“Armando tem raízes em cidades como Serra Talhada e Petrolina, isso tem influência no percentual, claro. Principalmente na medida em que os prefeitos dessas cidades estão ligadas a determinada candidatura”, observou Maurício Romão. 

Votos válidos: Paulo Câmara venceria no primeiro turno com 15 pontos de diferença

Caso o pleito eleitoral fosse hoje, considerando os votos válidos, o candidato do PSB seria eleito governador de Pernambuco no primeiro turno com uma diferença de 15 pontos percentuais. Na análise dos dados, exclusiva do IPMN, Paulo Câmara teria 57% da preferência e Armando Monteiro ficaria com o segundo lugar, com 42% dos votos. Outros postulantes somariam a 2%. 

Os percentuais foram aferidos de acordo com as intenções de voto de cada candidato no questionário estimulado, extraindo os votos brancos e nulos (veja no gráfico). Da mesma forma como a Justiça Eleitoral computa e divulga os percentuais no dia da eleição. 

“Quando você não tem uma terceira força que possa incomodar o protagonismo das candidaturas líderes e romper com aquele ciclo das duas candidaturas, significa que qualquer diferença de um líder para o outro ela está terminada no primeiro turno”, observou. “É uma vantagem extremamente grande de Paulo Câmara a três dias das eleições”, completou Maurício Romão. 

Aferição espontânea

A liderança de Paulo Câmara também é confirmada no levantamento espontâneo, quando os pesquisadores não mencionam a lista com os postulantes ao Palácio do Campo das Princesas. Ele receberia 39% dos votos e Armando Monteiro 28%.

Apesar de ter falecido há quase dois meses, Eduardo Campos também é citado para governar Pernambuco, assim como as candidatas à presidência da República, Marina Silva (PSB), e Dilma Rousseff (PT). Eles teriam 1% da preferência, cada.

Confira a pesquisa completa:

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A preferência do eleitorado pernambucano pelo candidato a governador, Paulo Câmara (PSB), tem crescido numericamente. No terceiro levantamento do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) para as eleições deste ano, encomendado pelo Portal LeiaJá, em parceria com o Jornal do Commercio, e divulgado nesta quinta-feira (11), o socialista aparece pela primeira vez liderando as intenções de votos. De acordo com os números, se o pleito eleitoral fosse hoje, Câmara atinge à casa dos 33%. Já Armando Monteiro (PTB) apresentaria uma queda na preferência eleitoral, ele receberia 31% dos votos.

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Ao contrário deste cenário, nas últimas pesquisas a liderança era ocupada pelo petebista. Na amostra divulgada em julho, Armando tinha 37% da preferência, enquanto o socialista receberia 13% das intenções de voto. Um mês depois, em agosto, a diferença entre os dois já reduzia. No levantamento divulgado no último dia 30, após a morte do ex-governador Eduardo Campos (PSB), eles apareciam tecnicamente empatados. Armando com 32% e Câmara com 28%. 

Os números, de acordo com o cientista político Adriano Oliveira, reforçam o desejo de continuidade da população quanto a atual gestão. “O eleitor esta mostrando claramente que quer a continuidade do governo de Eduardo Campos e quem representa isso é ele (Paulo Câmara). Esta ascensão de Paulo Câmara também é por causa do ‘eduardismo’”, frisou o estudioso, que também coordena o levantamento. Além disso, para Oliveira um segundo fator corrobora a transformação do quadro eleitoral, que é a aliança do PT com o PTB.

“A estratégia do PTB em se aliar ao PT logo no primeiro turno foi equivocada, pois o PT abriu mão de um bom desempenho na Região Metropolitana do Recife e especialmente na capital. Certamente será o Recife que vai dar a vitória de Paulo Câmara”, analisou. 

Com os dados desta quinta, segundo o cientista já é possível indicar um vencedor para o pleito. “É possível prever a vitória de Paulo Câmara, a não ser que aja um erro estratégico na campanha deles. Que erro seria esse? A nacionalização da campanha deles”, observou Oliveira. 

O postulante da Coligação pelo Poder Popular, José Gomes (PSOL), é o preferido para 3% dos entrevistados. Já o candidato Jair Pedro (PSTU) tem 1% das intenções. Os candidatos do PCB, Miguel Anacleto, e do PCO, José Pantaleão, não pontuaram nesta pesquisa. 

Os indecisos (brancos e nulos/ não souberam responder) contabilizados neste levantamento somam 35%. O dado é significativo para a exploração dos candidatos, de acordo com o analista e coordenador da pesquisa, Maurício Romão. “Qualquer pontinho a frente é fundamental. O conjunto do ‘não voto’ ainda é grande. Ainda tem muito espaço para evolução, pois no dia da eleição quando se coletam todos os votos, os brancos e nulos ficam em torno de no máximo 10%. Se você tem 35% ai, uns 15% estão disponíveis para garimpagem”, frisou o estudioso.  

A amostra foi a campo nos dias 8 e 9 de setembro e consultou 2.480 pernambucanos. O levantamento foi registrado junto a Justiça Eleitoral, sob os números PE-00022/2014 e BR-00563/2014, no dia 04 de setembro. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de 2,0 pontos percentuais para mais ou para menos. 

Cenários por regiões

Quando o levantamento detalha a aferição a partir das regiões do estado, Paulo Câmara só perderia para Armando Monteiro no Sertão e no Sertão do São Francisco. Na capital pernambucana, maior colégio eleitoral do estado, o socialista é o favorito para 42%, contra 22% do petebista. Neste cenário Zé Gomes tem 2% das intenções e Pantaleão chega a 1%. Nas outras cidades da Região Metropolitana, Câmara atinge à casa dos 32% e Armando a dos 30%.

Ao chegar a Zona da Mata, a liderança de Câmara permanece. No local ele receberia, caso as eleições fossem hoje, 34% e Armando Monteiro 26%. Gomes e Jair Pedro seriam votados por 1%. No Agreste a diferença entre os dois diminui, o socialista teria 33% e o petebista 31%. Já o psolista teria 1%. 

Com um reduto eleitoral extenso entre os sertanejos, Armando lidera no cenário. O petebista teria 51% das intenções e Paulo Câmara 23%. No Vale do São Francisco, a vantagem do senador licenciado ainda é expressiva. Ele é o preferido para 30% dos entrevistados e o ex-secretário teria 24% dos votos. Neste cenário Jair Pedro e Pantaleão atingem 1% dos votos. Os candidatos que não foram citados não atingiram um ponto percentual.

Dados espontâneos

A liderança de Paulo Câmara também é confirmada pela primeira vez no levantamento espontâneo, quando os pesquisadores não mencionam a lista com os postulantes ao Palácio do Campo das Princesas. Ele receberia, caso as eleições fossem hoje, 29% dos votos e Armando Monteiro 25%. Apesar de ter falecido há quase um mês, Eduardo Campos também é citado para governar o estado por 2% dos eleitores. 

As candidatas à presidência da República, Marina Silva (PSB), e Dilma Rousseff (PT), também foram mencionadas como preferidas para governar o estado por 1%, cada. Além delas, outro postulante a governador foi mencionado desta vez, Jair Pedro. Ele teria 1% dos votos. Neste quesito os que não souberam responder configuraram 41%. 

Confira a pesquisa completa:

O cientista político e coordenador do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), Adriano Oliveira, lança, nesta segunda-feira (11), o livro "Eleições não são para principiantes – Interpretando eventos eleitorais no Brasil". O documento reúne 12 artigos e conta com a participação de mais sete estudiosos das áreas de Ciência Política, Economia e Estatística.  A obra conta com os prefácios de Gustavo Krause e Helcimara Telles.

De acordo com o autor, o livro interpreta os últimos eventos em torno do pleito eleitoral. "Eleitores sentem emoções e têm sentimentos por competidores. É possível prever resultados eleitorais quando a análise de conjuntura ocorre. A interpretação do comportamento do eleitor não requer determinismo", diz o autor no resumo da obra. 

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Temas como análise de conjuntura, marketing político e construção de cenários são abordados no livro e "apresentados como ferramentas necessárias para a interpretação dos fenômenos eleitorais". O lançamento acontecerá, às 19 horas, na Livraria Cultura, do Shopping RioMar.

O cientista político e coordenador do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), Adriano Oliveira, lança, no próximo dia 11, o livro "Eleições não são para principiantes – Interpretando eventos eleitorais no Brasil". O documento reúne 12 artigos e conta com a participação de mais sete estudiosos das áreas de Ciência Política, Economia e Estatística.  A obra conta com os prefácios de Gustavo Krause e Helcimara Telles.

De acordo com o autor, o livro interpreta os últimos eventos em torno do pleito eleitoral. "Eleitores sentem emoções e têm sentimentos por competidores. É possível prever resultados eleitorais quando a análise de conjuntura ocorre. A interpretação do comportamento do eleitor não requer determinismo", diz o autor no resumo da obra. 

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Futebol e política são dois aspectos que afloram sentimentos na população brasileira, principalmente, quando se trata de uma Copa do Mundo realizada no Brasil em ano de disputa eleitoral. Dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), neste sábado (19), em uma pesquisa encomendada pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Comércio, apontam que o eleitor recifense se tornou mais crítico após a realização do mundial no país, atraindo assim mais desafios para os que disputam um cargo executivo.

O levantamento revela que 63,9% dos recifenses foram favoráveis a realização do evento futebolístico no País, em contrapartida, 30,3% afirma ter sido contra. Dos entrevistados, 52% apontou que o Brasil se apresentou um país melhor, com a boa aplicação dos serviços públicos, durante o mundial. Contudo, com fim do mundial, 49% afirmou que o Brasil deixará de ser um País melhor. 

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No contexto eleitoral vivenciado no Brasil atualmente e a pouco menos de três meses para as eleições, o cientista político e coordenador do IPMN, Adriano Oliveira, afirmou que o desafio dos candidatos à presidência ou o governo estadual será fazer com que os aparelhos públicos permaneçam com o mesmo padrão que tinham durante o mundial. 

“O desafio de qualquer pessoa que venha disputar um cargo executivo é lidar com esta massa crítica que foi criada em decorrência da realização da Copa do Mundo no Brasil. Ou seja, os eleitores reconhecem que a organização da Copa do Mundo foi impecável, entretanto, como é que ficará para o País pós Copa”, analisou. “Os políticos terão que atender agora a esta demanda. Os eleitores estão mais atentos”, acrescentou garantindo. 

Severamente criticado pela população, os gastos públicos para a realização da Copa do Mundo foi o principal aspecto negativo deixado no País, segundo 17,6% dos entrevistados. Para Oliveira, este posicionamento reforça a exigência dos recifenses pela qualidade do serviço público. 

“As pesquisas do IPMN sempre mostraram que o ponto principal da Copa do Mundo é o gasto público. Os eleitores reclamam do excesso, apesar de aceitarem a realização do mundial”, contextualizou. O dado, de acordo com o cientista, traz a tona dois questionamentos. “O eleitor reconhece que o momento da Copa foi mais feliz para o Brasil. Tudo funcionou. Mobilidade funcionou, aeroportos funcionaram. E depois da Copa, principalmente a mobilidade voltará a funcionar? É preciso ter ações que as ações da Copa sejam perenes. Os eleitores ficaram mais exigentes”, argumentou.  

 

Volta às ruas

Entre os questionamentos apresentados pelo IPMN aos recifenses, 25% concorda com a possibilidade de que os cidadãos voltem às ruas da cidade, assim como aconteceu em junho de 2013, para reclamar por melhorias na segurança, na mobilidade e o fim da corrupção. Segundo Adriano Oliveira, os governantes e aspirantes aos cargos públicos devem ficar mais atentos a estes indícios. 

“O fim da Copa pode fazer com que eles pensem em manifestações para reclamar as condições socioeconômicas do Brasil e a qualidade dos serviços públicos. Isto é um indício de futuras manifestações. Os governos devem ficar precavidos”, alertou Oliveira. 

A luta por votos em Pernambuco para o pleito presidencial nas eleições 2014 deve ser acirrada, segundo dados apresentados no primeiro levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), encomendado pelo Portal LeiaJá - em parceria com o Jornal do Commercio. As informações mostram, nos dois cenários apresentados (espontâneo e estimulado), uma pequena diferença entre a liderança do ex-governador Eduardo Campos (PSB) em relação à presidente Dilma Rousseff (PT), segunda colocada nos dois quadros.

As informações da pesquisa do IPMN foram analisadas e comentadas pelo cientista político Adriano Oliveira em entrevista ao Portal LeiaJá. Ele acredita que a pesquisa trouxe dados importantes, entre eles uma constatação de que, apesar do ex-governador ser bem avaliado e de Dilma não ter a mesma avaliação positiva, Campos não conseguiu abrir uma larga vantagem no seu reduto estadual.

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"Isso é um problema (para Eduardo), inclusive, no âmbito nacional. Se ele não consegue abrir uma larga vantagem no seu Estado, o que dizer dele abrir uma larga vantagem em outros estados da federação?", questionou.

Adriano também acredita que a corrida nacional vai influenciar no âmbito estadual. “A disputa em Pernambuco passa, necessariamente, pela quadro nacional. Dilma se fortalecendo, Armando Monteiro (PTB) mantém a sua liderança. Ela declinando, Armando pode perder capital eleitoral”, avalia.

O cientista político ainda comenta a disputa para o senado, trazendo análises sobre a possibilidades do deputado federal João Paulo (PT) e do ex-ministro da integração nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB). Confira toda a análise de Adriano Oliveira no vídeo.

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Os dados da primeira análise do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) encomendada pelo Portal LeiaJá, em parceria com o Jornal do Commercio, divulga a pesquisa encomendada ao Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) sobre a corrida eleitoral para o Governo de Pernambuco. O questionário foi às ruas do Estado nos dias 7 e 8 deste mês e ouviu 2448 eleitores com que têm a partir de 16 anos de idade.

O IPMN indagou aos pernambucanos em quem votaria para governador se as eleições fossem hoje. O senador e pré-candidato Armando Monteiro (PTB) liderou nos dois cenários propostos. No primeiro ele enfrenta o pré-candidato da Frente Popular, Paulo Câmara (PSB) e obtém 39% das intenções de voto e Câmara, que nunca disputou qualquer eleição, aparece com 12%. No segundo cenário Armando permanece com o mesmo percentual e Câmara amplia para 13%, na terceira colocação vem a vereadora Michele Collins com 3%.

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Confira a análise do cientista político Adriano Oliveira sobre o resultado da pesquisa.

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Para prever os possíveis vencedores das eleições deste ano, o Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), divulgará a partir deste sábado (12), uma série de amostras sobre a visão dos pernambucanos em relação aos possíveis candidatos e suas respectivas posições. Além de prognosticar os resultados em mais de 10 pesquisas até o dia 5 de outubro, o IPMN inova a verificação de dados traçando o perfil dos eleitores, e como isso, identificará em quem estes cidadãos devem votar. 

Segundo o cientista político e integrante do Conselho Científico do IPMN, Adriano Oliveira, o objetivo é fazer de 10 a 12 pesquisas eleitorais até o dia da eleição. “Nós vamos trabalhar com as variáveis que os institutos de pesquisas trabalham como avaliação de administração, bem estar econômico, intenção de votos, verificar dados na conjuntura e que impactam o comportamento do eleitor“, detalhou.

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Para acompanhar a corrida eleitoral, a novidade do IPMN neste ano é traçar um perfil dos eleitores com o intuito de identificar quais seus potenciais candidatos. “Nós vamos, a partir das pesquisas de maio, verificar os hábitos dos eleitores, ou seja, se ele compra costumeiramente, se ele vai ao supermercado costumeiramente, se ele viaja, se ele tem filho na escola pública, se ele utiliza posto de saúde público, esse eleitor que tem essa prática social, esse hábito social, ele votar em quem para presidente e para governador?”, pontuou Oliveira. 

O cientista político frisou ainda a ampliação do IPMN em relação ao processo dos hábitos dos eleitores e não apenas as previsões já feitas anteriormente. “Não vamos trabalhar apenas com a intenção de voto, nós vamos inovar, isso é algo inédito. Nenhum instituto de pesquisa fez isso e no momento em que nós vamos tentar entender quantas pessoas, por exemplo, tem filhos em escolas públicas, tem benefícios de políticas sociais e em quem essas pessoas votam nós poderemos ter previsões eleitorais, ou seja, aquelas pessoas que tem hábitos x tende a vota em alguém. Esse é o nosso objetivo na pesquisa”, destacou. 

Principais assuntos – Oliveira também revelou que os assuntos norteadores da sociedade não ficarão de fora das pesquisas. “O objetivo, também, é que fatos conjunturais como crise na Petrobras, manifestações de ruas, Copa do Mundo ou algum outro fato que venha a estar presente no contexto social seja avaliado, e por consequência ao ser avaliado, nós possamos também entender o que poderá vir a ocorrer e o impacto dessa conjuntura no comportamento dos eleitores”, acrescentou. 

Primeira pesquisa – Em relação à amostra pioneira do IPMN sobre as eleições em 2014, o cientista lembrou ainda ser cedo para se ter qualquer definição. “A confiabilidade da apuração da pesquisa parte da previsão e também, da aproximação da intenção de votos dos candidatos. Obviamente que qualquer pesquisa como essa que vai sair amanhã, à intenção de votos não diz nada. Ela só passa a ganhar validade científica no momento que estou bem próximo da eleição, mas os dados que estão postos eles permitem fazermos previsões eleitorais e isso é o que nós buscamos, ou seja, tentar antecipar o resultado da eleição”, reforçou. 

A pesquisa que será divulgada neste sábado (12) irá mostrar os candidatos ao governo de Pernambuco mais bem avaliados neste início de pré-campanha, os cenários estimulados e espontâneos, a avaliação da administração do ex-governador Eduardo Campos (PSB), o conhecimento dos eleitores em relação aos candidatos, entre outras coisas. 

A amostra de número -00002/2014 e BR-00071/2014 está registrada junto a Justiça Eleitoral e apresentada opiniões de 2448 pessoas que foram entrevistados entre os dias 7 e 8 de abril. No domingo, o IPMN divulgará os resultados da pesquisa presidencial, a avaliação da administração da presidente Dilma Rousseff (PT), a situação entre Eduardo Campos e PT, entre outras informações. 

A Escola Judiciária do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) vai promover um curso sobre Direito Eleitoral e Ciência Política. As palestras serão ministradas a partir desta sexta-feira (14). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site do TRE-PE.

“As manifestações e as Eleições de 2014″ será um dos temas abordados pelos cientistas políticos Adriano Oliveira e Jorge Zaverucha, que participarão do curso. As aulas acontecem das 14h às 17h, no Auditório do Pleno do órgão.

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Campanha - Na recepção do evento, haverá um posto de arrecadação de livros para contribuição com o Projeto Social Espaço Literário, desenvolvido pela EJE-PE, visando disseminar o hábito da leitura na sociedade.

A Escola Judiciária do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) vai promover um curso sobre Direito Eleitoral e Ciência Política. As inscrições, que são gratuitas, podem ser feitas no site do TRE-PE e iniciam na próxima quinta-feira (6).

Os interessados podem se inscrever de forma gratuita, no site do Tribunal. As palestras serão ministradas a partir do dia 14 de março, das 14h às 17h, no Auditório do Pleno do órgão. Um dos temas será: “As manifestações e as Eleições de 2014″. A palestra vai contar com a presença dos cientistas políticos Adriano Oliveira e Jorge Zaverucha. 

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Campanha - Na recepção do evento, haverá um posto de arrecadação de livros para contribuição com o Projeto Social Espaço Literário, desenvolvido pela EJE-PE, visando disseminar o hábito da leitura na sociedade.

 

Adriano Oliveira, cientista político

As pesquisas eleitorais não devem ser avaliadas globalmente. Cada variável trazida pela pesquisa deve ser segmentada, pois desta forma é possível encontrar nichos eleitorais que ofertam informações valiosas para a análise política e para a criação de estratégias. Diante da quantidade de dados que estão sendo disponibilizados pelos institutos de pesquisas, um indicador me chamou a atenção, qual seja: a avaliação da presidenta Dilma Rousseff nas Regiões Metropolitanas e no Interior.

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O indicador Avaliação da administração é utilizado pelos estrategistas e acadêmicos como preditor dos resultados eleitorais. Neste caso, se os presidentes estão bem avaliados, eles tendem a ser eleitos. Entretanto, inúmeras eleições, as quais ocorrem nos âmbitos municipal, estadual e federal, revelam, empiricamente, que campanhas importam para a reconstrução de gestões mal avaliadas. Ou para a desconstrução de gestões bem avaliadas. Portanto, a variável Avaliação da Administração é um indicador importante quando consideramos a possibilidade de recuperação ou desconstrução da gestão dos incumbentes através das campanhas eleitorais e das circunstâncias.

Constato, ao analisar o porcentual de eleitores que aprovam (ótimo/bom) a gestão da presidente Dilma Rousseff, diferenças importantes quando segmento os resultados. Conforme revelam os dados das variadas pesquisas do Datafolha (Cf. gráfico ao final do texto), a aprovação da presidenta Dilma Rousseff é superior no espaço geográfico denominado de Interior. E é menor noutro espaço geográfico: a Região Metropolitana. Diante desta constatação, surge-me uma indagação: quais as razões das diferenças de porcentuais?

A resposta para tal pergunta é simples diante de diversas hipóteses, as quais precisam, obviamente, de comprovação. Elenco quatro hipóteses: 1) Quanto menor o municipio, melhor a satisfação do eleitor com a oferta de serviços públicos, como saúde e educação; 2) Programas sociais como o Bolsa Família possibilitam maior porcentual de eleitores satisfeitos com o bem-estar econômico em cidades do interior; 3)  A inquietude dos eleitores para com a ausência de mobilidade é mais forte nas cidades que integram as Regiões Metropolitanas; 4) 77% dos domicílios das áreas de moradia informal, precária e pobre estavam, em 2010, nas Regiões Metropolitanas (IBGE). Portanto, a qualidade de vida nas Regiões Metropolitanas é menor do que nas cidades do Interior. Sendo assim, nestes espaços, observam-se eleitores mais insatisfeitos e inquietos com os gestores públicos.

As hipóteses apresentadas sugerem que nas Regiões Metropolitanas parte dos eleitores estão apreensivos com os governos, em particular, com a gestão de Dilma Rousseff.  Sendo assim, o desafio da presidenta é aumentar a aprovação da sua gestão entre os eleitores destas regiões. Mas de que modo fazer isto, diante de desafios que para serem superados, necessitam dos apoios de prefeitos e governadores, como, por exemplo, a mobilidade urbana? A possibilidade de reduzido crescimento econômico em 2014 inibirá a criação de euforias eleitorais prol Dilma Rousseff nas Regiões Metropolitanas?

As duas indagações apresentadas, além dos dados contidos no gráfico a seguir, representam problemas eleitorais para Dilma e sugerem que ela precisa ter ótimo desempenho eleitoral nas cidades do interior, em particular do Nordeste, para vencer a eleição. Os dados e os questionamentos também revelam oportunidades eleitorais para os presidenciáveis da oposição.      

As pesquisas eleitorais não devem ser avaliadas globalmente. Cada variável trazida pela pesquisa deve ser segmentada, pois desta forma é possível encontrar nichos eleitorais que ofertam informações valiosas para a análise política e para a criação de estratégias. Diante da quantidade de dados que estão sendo disponibilizados pelos institutos de pesquisas, um indicador me chamou a atenção, qual seja: a avaliação da presidenta Dilma Rousseff nas Regiões Metropolitanas e no Interior.

O indicador Avaliação da administração é utilizado pelos estrategistas e acadêmicos como preditor dos resultados eleitorais. Neste caso, se os presidentes estão bem avaliados, eles tendem a ser eleitos. Entretanto, inúmeras eleições, as quais ocorrem nos âmbitos municipal, estadual e federal, revelam, empiricamente, que campanhas importam para a reconstrução de gestões mal avaliadas. Ou para a desconstrução de gestões bem avaliadas. Portanto, a variável Avaliação da Administração é um indicador importante quando consideramos a possibilidade de recuperação ou desconstrução da gestão dos incumbentes através das campanhas eleitorais e das circunstâncias.

Constato, ao analisar o porcentual de eleitores que aprovam (ótimo/bom) a gestão da presidente Dilma Rousseff, diferenças importantes quando segmento os resultados. Conforme revelam os dados das variadas pesquisas do Datafolha (Cf. gráfico ao final do texto), a aprovação da presidenta Dilma Rousseff é superior no espaço geográfico denominado de Interior. E é menor noutro espaço geográfico: a Região Metropolitana. Diante desta constatação, surge-me uma indagação: quais as razões das diferenças de porcentuais?

A resposta para tal pergunta é simples diante de diversas hipóteses, as quais precisam, obviamente, de comprovação. Elenco quatro hipóteses: 1) Quanto menor o municipio, melhor a satisfação do eleitor com a oferta de serviços públicos, como saúde e educação; 2) Programas sociais como o Bolsa Família possibilitam maior porcentual de eleitores satisfeitos com o bem-estar econômico em cidades do interior; 3) A inquietude dos eleitores para com a ausência de mobilidade é mais forte nas cidades que integram as Regiões Metropolitanas; 4) 77% dos domicílios das áreas de moradia informal, precária e pobre estavam, em 2010, nas Regiões Metropolitanas (IBGE). Portanto, a qualidade de vida nas Regiões Metropolitanas é menor do que nas cidades do Interior. Sendo assim, nestes espaços, observam-se eleitores mais insatisfeitos e inquietos com os gestores públicos.

As hipóteses apresentadas sugerem que nas Regiões Metropolitanas parte dos eleitores estão apreensivos com os governos, em particular, com a gestão de Dilma Rousseff.  Sendo assim, o desafio da presidenta é aumentar a aprovação da sua gestão entre os eleitores destas regiões. Mas de que modo fazer isto, diante de desafios que para serem superados, necessitam dos apoios de prefeitos e governadores, como, por exemplo, a mobilidade urbana? A possibilidade de reduzido crescimento econômico em 2014 inibirá a criação de euforias eleitorais prol Dilma Rousseff nas Regiões Metropolitanas?

As duas indagações apresentadas, além dos dados contidos no gráfico a seguir, representam problemas eleitorais para Dilma e sugerem que ela precisa ter ótimo desempenho eleitoral nas cidades do interior, em particular do Nordeste, para vencer a eleição. Os dados e os questionamentos também revelam oportunidades eleitorais para os presidenciáveis da oposição.          

Gráfico – Avaliação da presidenta Dilma Rousseff


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O Recife recebeu o V Seminário de Ciência Política, que teve como tema principal as manifestações realizadas no país entre os meses de junho e julho deste ano. A iniciativa contou com renomadas personalidades da área, como Adriano Oliveira e Maurício Romão, do IPMN, Francisco Guimarães, do Instituto GPP, e João Francisco, do Vox Populi, além de Janguiê Diniz, reitor da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau. A programação ocorreu no auditório Capiba, no bloco C da UNINASSAU.

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Neste vídeo, você confere a explanação do cientista político e professor Adriano Oliveira. Ele detalha o conceito de "Big Data", que vai ajudar ao estrategista a utilizar quatro fontes de informação para tentar entender uma conjuntura política: pesquisas, estratégia, comunicação e imagem.

Para Adriano, um fator em especial precisa ser analisado, que é a utilização de novas ferramentas de pesquisa, entre elas o monitoramento das opiniões nas redes sociais. "Não podemos desprezar um outro espaço que vem surgindo, que são as redes sociais. É preciso considerar dois fatores fundamentais: como a imprensa se manifesta e provoca opiniões, que tem impactos nas redes sociais, além de como as pessoas estão se manifestando nas redes sociais", ressaltou.

O V Seminário de Ciência Política foi realizado na UNINASSAU, Centro Universitário Maurício de Nassau, por meio do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) e em parceria com o Portal LeiaJá, a Contexto, o Sindicato das Agencias de Propaganda do Estado (Sinapro) e a Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe).

Após duas disputas pela chefia do executivo nacional, o ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), é o político que os pernambucanos mais têm medo que governe o país.

Apesar de ser razoavelmente conhecido, 61%, maior parte dos entrevistados pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), através da amostra Inteligência Política - Diagnóstico Eleitoral Pernambuco, que citaram ter medo da administração dos possíveis candidatos à presidência da República, 21% apontaram Serra. Os outros nomes elencados neste cenário foram: Aécio Neves  (PSDB), Dilma Rousseff (PT), Eduardo Campos (PSB), Marina Silva (PSB) e Lula (PT).

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De acordo com o cientista político Adriano Oliveira, o fato de Serra ser quem a maior parte dos entrevistados afirma ter medo, se dá por causa da “ascensão de Lula e Eduardo em Pernambuco”. Na lista, o tucano é seguido pelo seu correligionário, o senador Aécio Neves, que aparece com 11% das citações.

A presidente Dilma e Marina Silva (PSB) também atingiram o mesmo percentual de Aécio. Já os políticos pernambucanos, Lula e Eduardo Campos, são os menos temidos pela população; 5% tem medo do socialista como presidente e 3% temem ao retorno do líder petista. 

Manifestações de rua, marketing político e as novas tecnologias, em pesquisas eleitorais, são algumas das temáticas que serão abordadas no V Seminário de Ciência Política. O evento, que é aberto ao público, acontece no próximo dia 28, a partir das 8h30, no auditório Capiba, bloco C da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau, localizado na Rua Joaquim Nabuco, 778, Graças.

A Campanha política, propaganda e direito eleitoral e BIG Data Eleitoral e a interpretação de eventos políticos serão as outras conferências do seminário. A solenidade de abertura do evento contará com a presença do reitor da UNINASSAU, Janguiê Diniz, do CEO do Grupo Ser Educacional Jânyo Diniz e do presidente do Sindicato de das Agências de Propaganda de Pernambuco, Antônio Carlos Vieira.

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Nomes como: João Francisco, do Vox Populi; o cientista político, Adriano Oliveira; o analista do IPMN, Maurício Romão; e Antônio Lavareda vão palestrar no evento. Ainda entre os convidados estão os jornalistas Jamildo Melo, Gilberto Prazeres, Magno Martins, Inaldo Sampaio, Eduardo Cavalcanti e Josué Nogueira que participarão do debate “As manifestações de rua e a web-mídia”. 

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas através do e-mail officina@torricelli.com.br ou através dos telefones (81) 3342.7502 ou (81) 3343.0016. As vagas são limitadas.

Serviço:

Data: 28/10, das 8h30 às 18h40

Local: Auditório Capiba, localizado na rua Joaquim Nabuco, 778, Graças.

Inscrições: officina@torricelli.com.br ou com Lilian Holanda, pelos telefones (81) 3342.7502 ou (81) 3343.0016.

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