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Após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmar que pôs fim à Operação Lava Jato por entender que sua gestão extinguiu a corrupção no Planalto, o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, criticou a posição do governante. Em sua conta oficial no Twitter, o ex-juiz responsável pelas principais condenações da investigação afirmou que o término da operação é um "triunfo da velha política".

Em um discurso totalmente contrário ao de Bolsonaro, Moro destacou que "as tentativas de acabar com a Lava Jato representam a volta da corrupção". Na publicação feita nessa quarta-feira (7), o ex-aliado ainda teceu duras críticas à conduta do presidente.

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"É o triunfo da velha política e dos esquemas que destroem o Brasil e fragilizam a economia e a democracia. Esse filme é conhecido. Valerá a pena se transformar em uma criatura do pântano pelo poder?", complementou.

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Para impedir que um processo de impeachment contra o presidente da República seja aceito na Câmara dos Deputados, é preciso que 171 deles, que corresponde a um terço da Câmara, votem contra. Com a corda no pescoço, Jair Bolsonaro (sem partido) cai de joelhos no que chamava de "velha política" e distribui tudo o que pode ao Centrão, que reúne 221 dos 513 deputados federais.

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Esse conhecido bloco na Câmara dos Deputados cresceu e ganhou força sob a liderança do deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ), preso por supostas práticas de corrupção ativa, passiva e de lavagem de dinheiro. Mesmo sem a presença do Eduardo, o bloco se mantém - um pouco "reformulado" e com novos deputados - mas o 'modus operandi' é o mesmo: ou o presidente dá o que se é pedido, ou ele não consegue governar e poder correr o risco de passar por um processo de impeachment, algo bem parecido do que aconteceu com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). 

Para continuar como presidente, Bolsonaro possibilitou a ampliação da participação do grupo no Banco do Nordeste, Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação (FNDE), Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), entre outros, cargos em ministérios e postos estratégicos na área da saúde - que está com bastante verba por conta do combate ao Covid-19. 

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), agora tem como diretor de Ações Educacionais Garigham Amarante Pinto, indicado político do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O FNDE, inclusive, era um dos postos mais desejados pelo Centrão, já que é responsável pela execução de políticas educacionais do Ministério da Educação, órgão com orçamento de R$ 54 bilhões - só neste ano. Ainda está em negociação a presidência do FNDE e um dos partidos com mais chances de abocanhar o cargo é o PP, presidido pelo senador Ciro Nogueira, do Piauí.

Loteando esses cargos ao Centrão, Bolsonaro deixa bilhões de reais sob controle desse bloco. Se Bolsonaro conseguir manter a fidelidade do Centrão, pode ser que nem a sua interferência política na Polícia Federal para proteger a sua família das investigações, nem o seu desalinhamento com as recomendações de combate a pandemia, nem as suas participações nas manifestações que pedem a volta de movimentos antidemocráticos e o fechamento do Supremo Tribunal Federal, nem sequer o vídeo comprovando parte do que se "especulava" vai fazer com que ele sofra um processo de investigação e perca o seu mandato.

Em depoimento ao Congresso em Foco, um importante líder do Centrão disse que, com a saída de Sergio Moro, "Não mudou nada. Não vamos trocar o capitão pelo general", isso mesmo depois do então ministro da Justiça ter revelado as motivações.

 

O Aliança pelo Brasil, partido idealizado pelo presidente Jair Bolsonaro, prepara o lançamento de uma campanha com o objetivo de mobilizar um "exército de aliados" para se "libertar da velha política" e apoiar a fundação da nova sigla. Em vídeo, os apoiadores de Bolsonaro anunciam que "hoje é o Dia D", da desfiliação, de "participar da construção de um novo Brasil, que respeita as suas tradições". Segundo aliados do presidente da República, a campanha pode ser divulgada ainda nesta quarta-feira (18).

A menção à "velha política", ainda que não venha acompanhada de nenhuma referência explícita, remete às desavenças com o deputado federal Luciano Bivar (PE), presidente do PSL, partido pelo qual Bolsonaro foi eleito para a Presidência da República, em 2018.

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Na terça-feira, 26 dos 53 deputados federais do PSL entraram com uma ação declaratória de justa causa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para pedir a saída do partido sem a perda dos mandatos. Fazem parte do grupo os deputados Eduardo Bolsonaro, um dos filhos do presidente; Carla Zambelli e Luiz Philippe de Orleans e Bragança, entre outros.

No vídeo da campanha do "Dia D", um locutor explica que para apoiar a formação do Aliança pelo Brasil, o eleitor não pode estar filiado a outro partido. A peça indica então uma sequência de procedimentos a serem adotados para que os apoiadores de Bolsonaro consigam se desfiliar da atual sigla e passem a apoiar o Aliança pelo Brasil. O presidente Jair Bolsonaro já admitiu que ele mesmo pode chefiar o novo partido.

A página oficial do Aliança pelo Brasil (www.aliancapelobrasil.com.br), conforme destaca o vídeo, informa os procedimentos para a desfiliação, com links para baixar um documento intitulado "Comunicação de desfiliação partidária". "Clique no link e baixe os documentos que devem ser preenchidos e assinados. Vá à sede do seu partido e formalize a sua desfiliação. Não se esqueça de guardar uma cópia. Apresente a cópia no cartório eleitoral. Seja bem-vindo à família da pátria!", informa o locutor.

Em uma outra peça informativa, o Aliança pelo Brasil diz: "o Dia D chegou. Acesse aliancapelobrasil.com.br e veja como se desfiliar do seu antigo partido. Liberte-se!". Para o final do mês, está previsto o lançamento do "dia A". "Aliança começa agora", diz o material obtido pela reportagem.

Assinaturas

Em outubro, Jair Bolsonaro chegou a acionar a Procuradoria-Geral da República (PGR) para pedir o afastamento de Bivar do comando do PSL e a suspensão dos repasses ao partido de recursos públicos do Fundo Partidário. Ao se referir a Bivar, o presidente já disse que o deputado "está queimado para caramba". No centro da disputa, está um quinhão de R$ 110 milhões, valor do Fundo Partidário previsto para o PSL só neste ano.

Para concorrer a tempo de participar das eleições municipais de 2020, o Aliança pelo Brasil deve coletar até março um número mínimo de 491.967 assinaturas, para conferência pelos servidores da Justiça Eleitoral, que verificam os dados eleitorais dos signatários, a plenitude de seus direitos políticos e comparam as assinaturas com aquelas disponibilizadas em lista de votação e registros de títulos eleitorais.

Dentro do TSE, a avaliação é a de que a mobilização para a criação do novo partido será um teste para medir a popularidade de Bolsonaro e sua capacidade de angariar amplo apoio popular em um prazo tão curto de tempo.

Após deixar o PSL, Bolsonaro disse que poderia pôr o novo partido de pé em um mês, se o TSE desse sinal verde para a coleta eletrônica de assinaturas.

No início deste mês, o TSE admitiu, por 4 a 3, a coleta de assinaturas digitais para a criação de partidos, desde que o tema seja previamente regulamentado pelo próprio TSE e que a Corte desenvolva uma ferramenta tecnológica para verificar a autenticidade das assinaturas. Não há previsão de quando isso vai ocorrer.

O Aliança realizou em novembro, em Brasília, seu ato de fundação, exigência legal para que a legenda seja registrada pela Justiça Eleitoral. O evento foi marcado por discursos em defesa de Deus e do uso de armas, além de ataques a movimentos de esquerda e a antigos aliados, como o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC).

Prestes a completar os 100 primeiros dias do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e com o discurso dele de que a nova política predomina as suas ações para a tramitação de projetos no Congresso Nacional, a ex-deputada estadual pelo Rio Grande do Sul, Manuela D’Ávila (PCdoB), afirmou, nesta segunda-feira (1º), que o presidente é a “cara da velha política”. O período, na ótica da comunista, também provaram a “incapacidade” do político lidar com os problemas do país.

“Bolsonaro é a cara da velha política e isso é em todos os aspectos. Um deles é a  forma como trouxe o privado para dentro do público, quer dizer o Brasil assiste escandalizado a sua relação familiar com os quatro filhos, os três que estão na política mais o quarto, que namorada a filha do assassino da Marielle. Então, a vida privada do presidente invade a política e essa é a política mais velha de todas”, alfinetou a comunista, em conversa com jornalistas no Recife, antes de um encontro sobre empreendedorismo feminino, organizado pela vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos (PCdoB).

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Para Manuela, “a política mais velha do Brasil é a do privado no público”. “É a que Bolsonaro representa. Para se ter uma ideia, para mim, eu faço política desde os 16 anos, e essa política de defesa da ditadura militar, da tortura, de envolver a família, a vida privada no espaço público, ir no cine às 9h da manhã quando a gente tem 15 milhões de desempregados é a política mais velha de todas. Inclusive, com o uso exagerado do marketing. O presidente fica no Twitter fazendo cizânia, governando para metade do país, enquanto o país inteiro aguarda que ele governe de verdade e saia do primário”, criticou.

Fazendo uma avaliação sobre os 90 dias completos do governo e a proximidade do marco de 100 primeiros dias, Manuela destacou que o período mostra a “absoluta incapacidade do presidente lidar com um país como o Brasil”. “É verdade que o governo completa agora 100 dias, mas é verdade que qualquer brasileiro tem a exata impressão de que ele está brincando de governar”, ponderou.

"Quais são as políticas que foram propostas para garantir a retomada do emprego no país? Os únicos momentos que a economia cresce são quando os investimentos públicos são consideráveis. Qual o sinal que é dado para os investidores com a bagunça generalizada desse governo? Para os investidores do país e de fora do país, nitidamente, o governo não tem compromisso com a democracia. Vive cotidianamente com uma bagunça depois da outra, uma equipe absolutamente incapaz. Um ministro que é considerado superministro [Paulo Guedes] se quer sabe fazer orçamento, o posto ipiranga do presidente se quer sabe como fazer orçamento", acrescentou a comunista.

Segundo Manuela, que foi candidata a vice-presidente na chapa de Fernando Haddad (PT), o Brasil tem prolongado uma crise econômica “que não é sua” e o presidente não atua para reverter o quadro.

“Todas as grandes economias do mundo buscam se posicionar diante de uma crise e o Brasil, a partir do governo Bolsonaro, toma dois rumos mais nítidos. O primeiro de um alinhamento restrito com os Estados Unidos, que traz consequências econômicas profundas para o Brasil, e não é um problema ideológico, traz consequências econômicas. Hoje metade da classe média do mundo mora nos países asiáticos, então com quem nós queremos estabelecer relações”, salientou, lembrando que o presidente fez questão de “ampliar o conflito com a Venezuela”.  

A comunista ainda disparou contra a reforma da Previdência que, segundo ela, não pensa no trabalhador brasileiro real e sim nos empresários. “É um governo de desastres. Anuncia a reforma da previdência. Quem o presidente acha que é, por exemplo, uma mulher que vende queijo coalho na praia? Como ela se aposenta? Qual o é o Brasil que ele vive? O da Avenida Paulista? Onde os empresários pegam helicópteros para trabalhar? Não é o país do trabalhador brasileiro que trabalha em condições adversas… É um governo antipopular e antinacional”, cravou.

Manuela D’Ávila, além de participar do encontro para um diagnóstico das fontes de trabalho para mulheres no Estado, veio ao Recife para lançar o livro “Revolução Laura: reflexões sobre maternidade e resistência”. A obra conta detalhes sobre como conciliar a maternidade e a atuação política.

A Executiva Estadual do Partido dos Trabalhadores se manifestou em nota pública, nesta quarta-feira (22), contra algumas acusações pichadas em muros do Recife que acusam a legenda de ser responsável pelo acidente sofrido pelo ex-governador de Pernambuco, Edaurdo Campos (PSB), em agosto. De acordo com o texto, frases com "O PT matou Eduardo" estão fixadas em prédios públicos, inclusive, em escolas da rede municipal da cidade. 

"Queremos mostrar, estarrecidos e indignados, a fachada da Escola Municipal do Recife Virgem Poderosa, com esta pichação, já há dias, sem que o operoso prefeito (Geraldo Juilo) tome qualquer providência na preservação do patrimônio público", disparam. "Esta ignóbil acusação é tão sem sustentação, que só encontra guarida nas práticas mais obscuras da velha política, e por elas nós não iremos enveredar", aponta outra parte da nota. 

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O posicionamento ainda de anônimos é visto pelo PT como "o que não pode caber em campanha" eleitoral. Para eles a atitude é "intimatória e criminalizante". Segundo a legenda as acusações são constantes desde a morte do ex-governador. Eles já impetraram uma Notícia Crime junto ao Ministério Público Eleitoral (MPE). A ação ainda está em andamento. 

Veja o texto na íntegra:

NOTA PÚBLICA

Pernambuco, como todo o Brasil, vive uma campanha eleitoral das mais acirradas. Muito bom se esta radicalidade se limitasse ao âmbito do debate das ideias e até do confronto das propostas.

Em meio a tal acirramento, até que se aceita conviver com uma ou outra exaltação de militantes, com discussões acaloradas e argumentos apaixonados.

O que não pode caber em campanha, nem na relação política, são posturas intimatórias e criminalizantes.

Nós, do PT, convivemos durante todo o 1º turno com muitas insinuações descabidas e até caluniosas, após o acidente que vitimou o ex-governador Eduardo Campos, exibidas em discursos e pichações em vários pontos do Recife e de outras cidades da Região Metropolitana: “O PT matou Eduardo“, diziam.

A mesma frase, a mesma letra, a mesma tinta, articuladamente, em muros residenciais, públicos e até em placas de outdoors, o que nos sugere se tratar de uma ação planejada e sistemática e não de pichações individuais e espontâneas.

Restringimos a nossa reação a mover uma Notícia Crime junto ao Ministério Público Eleitoral, ainda em andamento.

Porém, iniciado o 2º turno, tais ações – discursos políticos e pichações – voltam a ocorrer em novos lugares. Aqueles que conseguirmos comprovar a autoria merecerão da nossa parte as medidas cabíveis.

Em destaque, queremos mostrar, estarrecidos e indignados, a fachada da Escola Municipal do Recife Virgem Poderosa, com esta pichação, já há dias, sem que o operoso prefeito tome qualquer providência na preservação do patrimônio público.

Esta ignóbil acusação é tão sem sustentação, que só encontra guarida nas práticas mais obscuras da velha política, e por elas nós não iremos enveredar.

Reafirmamos nossa determinação em buscar todas as medidas que possam esclarecer esta lamentável ação criminosa.

COMISSÃO EXECUTIVA ESTADUAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES DE PERNAMBUCO

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Prima do presidenciável Eduardo Campos (PSB), a vereadora do Recife, Marília Arraes (PSB), declarou apoio às candidaturas da presidente Dilma Rousseff (PT), do senador e postulante ao Governo do Estado, Armando Monteiro (PTB), e do deputado João Paulo, que concorre ao Senado. A adesão foi confirmada nesta sexta-feira (18), durante coletiva com a imprensa, no Recife Praia Hotel e contou com a presença de vários petistas, entre eles o senador Humberto Costa (PT), o vice-presidente do PT no Estado, Bruno Ribeiro, dos vereadores Jurandir Liberal (PT) e Marcelo Santa Cruz (PT), do postulante à Câmara Federal, Dilson Peixoto (PT) e outros parlamentares e militantes do Partido dos Trabalhadores.

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Em seu discurso, Marília justificou o seu apoio aos principais adversários do PSB no pleito deste ano e teceu várias críticas ao modelo de gestão do seu partido. Ela confessou que tentou conversar várias vezes com o líder da legenda, Eduardo Campos, mas que não obteve sucesso. “Vejo a candidatura de Eduardo Campos como legítima. (...) Mas não é a melhor opção para o país, principalmente pela incoerência aqui (em Pernambuco), encabeçada por ele. (...) Tomei a decisão há uns meses atrás, depois que ouvi os discursos que: ‘O Brasil precisa de um líder e não de um gerente’. E por que Pernambuco não precisa de um líder?”, questionou a pessebista. 

“Tentei falar com ele (Eduardo Campos) algumas vezes, mas não fui recebida. Pedi várias vezes, telefonei, tentei ligar. Fui à Brasília pedir intervenção do partido para que conversasse”, completou.

Segundo a parlamentar a aliança com ex- senadora Marina Silva (PSB) não está fazendo bem ao PSB. “Tem causado mais divergências do que convergências”, ressaltou a vereadora. 

Apesar das críticas, Marília afirmou que as relações familiares não serão afetadas. “Nossa relação na política é completamente separada da relação familiar. Nossa relação familiar é muito boa, a família é muito unida”, disse. 

Paulo Câmara

Outra crítica feita pela vereadora é a coligação da Frente Popular no Estado. “Eu acredito que passou do limite da incoerência. Ao começar pela coligação que a gente está. Não é por uma adesão ou outra que a gente pensa diferente. (...) Nós nunca tivemos uma coligação dessa maneira. (...) Uma coisa é ter um ou outro cumprindo seu projeto, outra coisa é a grande massa (de partidos) apoiando esse projeto”, explicou a parlamentar.

Marília também revelou que não participou de nenhuma discussão interna do partido para o lançamento da candidatura de Paulo Câmara (PSB), que concorre ao Governo do Estado. “Eu não poderia apoiar à candidatura de Paulo Câmara, pois não participei de nenhuma discussão interna do partido. Eu não acredito que essa prática seja boa para a política”, relatou.

“A única semelhança dele (Paulo Câmara) para os outros é que ele usa branco”, completou.

Em sua opinião, o discurso do candidato do PSB contra as “raposas” políticas é desnecessário; “A gente já ganhou a eleição em 2012 com Inocêncio Oliveira (deputado federal pelo PR) e com Severino Cavalcanti (ex-presidente da Câmara dos Deputados). O discurso de Paulo (Câmara) precisa ser melhorado”, criticou a pessebista.

Candidatura

De acordo com Marília, a tentativa de se candidatar a Câmara Federal era independente a decisão de Eduardo Campos – a vereadora acabou desistindo da postulação. Ela também criticou a “velha política” dita pelo líder do PSB. “Na política que eu fui criada eu posso buscar apoio para depois me tornar candidata. Ficava surpresa quando chegava nos locais, disposta a me colocar como candidata a deputada federal e as pessoas diziam: “mas você pediu a Eduardo (Campos)?”. Eu acho que eu faço a velha política. Na nova política se agir assim parece que é subversiva. É fora do contexto. A forma que está sendo conduzida aqui, não é uma forma que um estadista deveria fazer  (...) ”, disparou. 

“A política do PSB está diferente. Está de candidatos biônicos. Você tem que ser escolhido candidatos a vereador, a deputado, as pessoas tem que ser escolhidas, por isso desistir da candidatura, iria ser candidata sim. Para perder. Por que não? A gente está ali para ganhar e para perder, eu tenho certeza que tem gente aplaudindo por debaixo da mesa o que eu estou fazendo. E tem gente esperando a roda girar para tomar essa decisão publicamente”, completou.

Campanha

Se depender de Marília Arraes, ela fará campanha para Dilma, Armando e João Paulo no Estado.  “Desde já me coloco a disposição para o coordenador da campanha de Dilma no Estado, o senador Humberto Costa (PT). Faço campanha para a velha política, não para nova. Levanto até bandeira (na rua) se precisar”, disse a vereadora.

Questionada sobre uma possível retaliação do partido, a vereadora disse que não “tem medo de cara feia”. 

O ex-governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos (PSB) destacou, neste sábado (31), ao participar do último seminário programático da aliança PSB-REDE-PPS-PPL-PHS-PRP em Goiânia, que é necessário sair de Brasília para observar a falta de desenvolvimento do país. Segundo Campos, as cidades ao entorno do “centro do poder” são o verdadeiro retrato do Brasil. Além disso, o socialista cravou o desejo de “enxotar” a “velha política” do poder, não poupando criticas aos governos do PT e do PSDB, apesar de ter se alinhado a este em alguns estados. 

Fazendo uma retrospectiva dos últimos quatro encontros, Campos pontuou que de lá para cá “o Brasil já mudou”, no entanto “não mudou para melhor”. “Vimos uma transição social importante no país que começou a ser interrompida quando o Brasil parou, ao longo destes três anos e cinco meses. Nós estamos vivendo um tempo em que o desenvolvimento econômico, social e ambiental não vive o Brasil real”, cravou o pernambucano, alertando o “risco” em que estão sendo colocadas as conquistas, principalmente na questão econômica. 

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“O povo precisa lidar com um orçamento cada vez mais curto, porque a inflação já bateu na porta dos brasileiros. Nós sabemos que este pais está inquieto, porque já percebe que as melhorias pararam, começou um tempo de piora e sobre tudo a gente vê”, observou. O socialista reforçou o seu discurso de que a economia brasileira só faz declinar.  

Eduardo Campos também alertou que a presidente Dilma Rousseff (PT) teve duas chances para alavancar o Brasil. Uma quando da eleição e outra nas manifestações que ocorreram em junho do ano passado. "Ao invés de mudar o caminho, o governo se enrolou ainda mais no novelo de uma velha política que não serve mais para o Brasil. Não teve esta humildade (de mudar), insistiu em se entregar mais ainda na velha política, ao chamado presidencialismo de coalizão que serve aos políticos, mas não serve ao Brasil”, argumentou. 

Para o presidenciável, o Governo Federal está ausente “em todas as áreas”. “Quem quiser conhecer a ausência do Estado Brasileiro, saia de Brasília e vá conhecer a região do entorno. Só basta a gente ir à região metropolitana (das cidades) para vermos os lugares mais pobres deste país. Seja no nordeste, no norte, em São Paulo ou no Rio de Janeiro”, cravou Campos.

Um novo Brasil 

Apesar de aliado, em alguns estados com o PSDB, Campos voltou a frisar o desejo de romper com a polarização partidária existente no país. “Viemos discutir aqui com vocês para apresentarmos um programa de governo que fale ao Brasil real, desejoso de acreditar em romper esta polarização a que se acometeu ao Brasil, que está esgotada, pois eles tiveram a oportunidade”, afirmou. Segundo ele, todos os partidos da atual base aliada estiveram no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), exceto o PT. “Não vamos tirar o Brasil do caminho errado, se não tivermos a coragem de dizer ao Brasil que ele tem a chance de mudar para tirar o poder da mão de Brasília”, acrescentou. 

Empolgado com o encerramento do clico de seminários programáticos, o socialista relembrou a data da convenção nacional do PSB, que acontece no dia 28, e pontuou o marco da campanha eleitoral deste ano. “O povo brasileiro não aguenta mais essa conversa, o povo quer discutir por um futuro melhor. (...) E o Brasil vai ter a coragem de tirar essa velha política daqui, de tirar aquelas velhas raposas que já surrupiaram muito”, disse. 

Setor energético

Durante a sua passagem por Goiânia, Eduardo Campos também pontuou o desenvolvimento energético do país. Para ele, o setor ter ficado “nas mãos da excelentíssima presidente (Dilma Rousseff - PT)” só fez “perder”. 

“Os que produzem no campo aqui (na região centro-oeste) tem comprado o seu gerador. Há doze anos a atual presidência da república comanda o setor energético do pais. Ela vinha se desenvolvendo como um das mais limpas do mundo, mas nos últimos três anos começou a sujar. E por que aconteceu? Porque abandonamos o planejamento, o respeito a quem estudou e a impessoalidade”, afirmou. 

De acordo com o presidenciável, o Conselho Nacional de Política Energética “perdeu seu papel de centralidade”. Dando exemplos de quedas no setor, Campos lembrou os casos da Petrobras e elencou a estatal como “a única do mundo que quando mais vende, mais tem prejuízo”. 

Em evento alusivo ainda ao Dia Internacional das Mulheres, comemorado no dia 8 de março, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), alfinetou novamente algumas práticas públicas denominadas por ele como “velha política”. Às críticas do socialista foram expostas a centenas de mulheres no Teatro Tabocas, no Centro de Convenções em Olinda, nesta segunda-feira (24).

Último a discursar no evento promovido pela Secretaria das Mulheres e com a participação de várias autoridades como as deputadas Luciana Santos (PCdoB) e Raquel Lyra (PSB), a secretária da Mulher, Cristina Buarque, o presidente do Tribunal de Justiça, Frederico Almeida, entre outros, o governador aproveitou o espaço para contar que quando criou a pasta voltada ao sexo feminino, não se preocupou com ligações partidárias. 

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“Eu não perguntei a Cristina Buarque qual era o partido que ela era filiada para chamar para ser Secretária da Mulher. Eu sabia que ela era feminista (...). Porque a gente vê muito este espaço sendo criado e ser objeto do jogo atrasado e vencido da velha política, em que um partido se apropria de uma luta que é de todas as mulheres, das que tem partido e das que não têm”, soltou o governador. 

Últimas ações – Prestes a deixar a gestão no próximo dia 4 de abril para disputar à presidência da República, o socialista assinou uma ordem de serviço para a criação do abrigo Casa Modelo ‘Gerusa Mendes’ e também entregou simbolicamente uma chave em doação de uma casa abrigo para uma mulher vítimas de agressões.  "Este é mais um espaço de casa abrigo, como outros espaços dos quais já dispomos no Estado, que utilizamos para abrigar mulheres que estão sob ameaça de morte. Elas são levadas com seus filhos para esses lugares, que são espaços adequados, com endereços guardados em sigilo, exatamente para a segurança da vida delas”, explicou o governador.

Despedida – O governador citou alguns trabalhos feitos na Secretaria da Mulher durante seus sete anos e três meses de administração estadual, mas também reconheceu que ainda há o que se fazer. “A gente sabe que ainda há mais para se fazer”, pontuou, agradecendo em tom de despedida, todo o trabalho das pessoas envolvidas na pasta. “Nós nos animamos a dizer consciente, que a tarefa agora é lutar e continuar a fazer muito mais pelas mulheres pernambucanas. Uma palavra de agradecimento a todas as mulheres, ao movimento social de Pernambuco (...). E a certeza que esteja onde eu estiver, estarei ao lado das lutas das mulheres neste país”, prometeu

Se nas regiões Sul e Sudeste do País o governador Eduardo Campos (PSB) ainda é desconhecido, não se pode dizer o mesmo do Nordeste. Só este ano, o presidente do PSB recebeu o título de cidadão em cinco Estados da região. Alagoas, Bahia, Paraíba, Piauí e Sergipe concederam a honraria ao gestor.

Nesta “travessia” até a campanha eleitoral do próximo ano, onde provavelmente concorrerá a Presidência da República, Eduardo Campos sabe que é importante abranger seu campo eleitoral no Nordeste, região com segunda maior porcentagem de votos do País. O desafio é saber se até o pleito ele vai conseguir uma maior adesão nestes locais – a região também é conhecida como reduto eleitoral do PT.

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Caminhando em passos bem calculados, o governador utiliza o discurso do pacto federativo para atrair os parlamentares e líderes majoritários da região. A diminuição da arrecadação do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e do Fundo de Participação dos Estados (FPE) é um dos argumentos bastante utilizados pelo presidente do PSB e que agradam a maioria dos políticos e empresários locais.

No entanto, essa aproximação com os políticos da região pode contradizer outro argumento do governador: o fim “da velha política”. Depois que se aliou a ex-senadora Marina Silva (PSB), Eduardo Campos prega que a velha arte de governar no País deve ter um fim. O problema é que as alianças necessárias para o pleito de 2014 e, sobretudo, para aumentar o seu campo eleitoral, devem passar pelas relações com os anciões da política, e a Região Nordeste é repleta de pessoas públicas que praticam o velho e novo coronelismo. Resta saber como o líder pessebista vai utilizar sua estratégia eleitoral no resto do País sem ser “bombardeado” pelos seus principais adversários (PT e PSDB), por conta das possíveis coligações que serão feitas entre o PSB e outras legendas nos próximos meses.

 

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As declarações do governador de Pernambuco e provável candidato à presidência da República, Eduardo Campos (PSB), feitas durante a sua passagem pela Europa de que o PT faz parte da “velha política”, agora tão criticada pelo socialista, não chegou tão bem aos ouvidos dos seus antigos aliados

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As declarações do governador de Pernambuco e provável candidato à presidência da República, Eduardo Campos (PSB), feitas durante a sua passagem pela Europa de que o PT faz parte da “velha política”, agora tão criticada pelo socialista, não chegou tão bem aos ouvidos dos seus antigos aliados petistas. Para a deputada estadual Teresa Leitão (PT), Eduardo não tem ainda demonstrado a renovação política que tanto prega.

"A renovação se dá com dois movimentos ou você renova as pessoas ou as ideias, posturas e alianças. Por enquanto ainda não vi renovação de propostas e alianças", disparou a petista. Frisando ainda a "falta de estratégia" do governador ao criticar a administração do país no exterior. "É uma falta de estratégia grande de um governante, com o perfil de Eduardo Campos, ir para o exterior dizer que o Brasil está com uma crise de expectativa. O Brasil não tem crise de expectativas negativas. Ele está usando mais um discurso de pré-candidato do que alguém que vai vender a imagem do Brasil lá fora, para atrair investimentos. Embora diga que 2014 só em 2014 ele está movido a isso", criticou Teresa.

O que foi corroborado, pelo também petista, Edmilson Menezes ao ressaltar que Eduardo é um legítimo representante da "velha política". "Tem um ditado que diz o seguinte 'a melhor maneira de se preparar para a guerra é falando da paz', Eduardo Campos está fazendo isso, ele é obrigado a atacar a velha política para maquiar as suas próprias ações. Ele é um legítimo representante do caciquismo. É o bolo da velha política coberto por um glacê, agora verde por causa de Marina, em baixo é a velha política com tudo o que ele herdou do avó", ironizou Menezes. 

Que alertou ainda ter sido sempre contra a aliança do PSB com o PT. "A participação do PT no Governo de Eduardo e do PSB  no governo de Dilma, sempre fui contra, pelo menos a minha corrente. Não porque Eduardo estivesse atacando Dilma, naquela época, mas porque ele tem uma política contraditória as bandeiras do partido. Por exemplo, a entrega das UPAs para a administração privada. E agora o PT resolveu sair do governo dele como uma espécie de represália", ressaltou.

Para a deputada estadual Teresa Leitão (PT), Eduardo não tem ainda demonstrado a renovação política que tanto prega. "A renovação se dá com dois movimentos ou você renova as pessoas ou as ideias, posturas e alianças. Por enquanto ainda não vi renovação de propostas e alianças", disparou a petista. Frisando ainda a "falta de estratégia" do governador  ao criticar a administração do país no exterior. "É uma falta de estratégia grande de um governante, com o perfil de Eduardo Campos, ir para o exterior dizer que o Brasil está com uma crise de expectativa. O Brasil não tem crise de expectativas negativas. Ele está usando mais um discurso de pré-candidato do que alguém que vai vender a imagem do Brasil lá fora, para atrair investimentos. Embora diga que 2014 só em 2014 ele está movido a isso", criticou Teresa.

O que foi corroborado, pelo também petista, Edmilson Menezes ao ressaltar que Eduardo é um legítimo representante da "velha política". "Tem um ditado que diz o seguinte 'a melhor maneira de se preparar para a guerra é falando da paz',  Eduardo Campos está fazendo isso, ele é obrigado a atacar a velha política para maquiar as suas próprias ações. Ele é um legítimo representante do caciquismo. É o bolo da velha política coberto por um glacê, agora verde por causa de Marina, em baixo é a velha política com tudo o que ele herdou do avó", ironizou Menezes. 

O petista alertou ainda ter sido sempre contra a aliança do PSB com o PT. "A participação do PT no Governo de Eduardo e do PSB no governo de Dilma, sempre fui contra, pelo menos a minha corrente. Não porque Eduardo estivesse atacando Dilma, naquela época, mas porque ele tem uma política contraditória as bandeiras do partido. Por exemplo, a entrega das UPAs para a administração privada. E agora o PT resolveu sair do governo dele como uma espécie de represália", ressaltou. 

 

 

Em seminário para empresários na cidade de Londres, na Inglaterra, na última quarta-feira (6), o governador Eduardo Campos (PSB) reafirmou que a governança brasileira precisa mudar radicalmente para conseguir modificar os serviços públicos. O presidente do PSB voltou a dizer que a “velha política” não tem a visão de mudança que a população tanto pediu nas manifestações do meio do ano. 

“Será que vamos conseguir dar esse padrão que está sendo reivindicado (pelos protestos)? Como um padrão FIFA da educação e de saúde com a governança de hoje? Não. E para mudar essa governança é preciso de que? De tudo (...) É um debate não só para a próxima eleição, mas sim para a próxima década. Não está mais adequado”, explicou o governador.

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“Eu acho que a governança vai ser um tema central, mas antes de discutir a governança é preciso discutir o rumo estratégico para o País. Gestão para quem? Para quê? Para que direção? Estão secundando esse debate”, completou.

De acordo com o líder pessebista, é preciso discutir as questões dos serviços públicos com mais objetividade. “O Brasil vai reverter essas expectativas na medida em que pensar o seu futuro sem a visão medíocre em que tudo está uma beleza, uma maravilha, tem que ter objetividade nesse debate, acho que tudo isso vai estar em discussão no próximo ano, a eleição vai marcar a superação dessa crise”, relatou o presidente do PSB.

Para Eduardo Campos, se a população não tivesse “gritado”, os políticos não tinham obervado os problemas sociais. “Coisas que foram feitas agora, foram feitas pelo processo político equivocado, que constrói essas engenhocas de injustiça. Se a população não tivesse gritado ninguém tinha colocado a lupa para ver as injustiças, agora as respostas para as perguntas principais ainda não existem (como a saúde e a educação)”, frisou. 

Em sua opinião, a meritocracia – marca da sua gestão em Pernambuco – deve ser colocada como método principal para começar uma mudança no País. “Você começa a ter um processo de mudança acreditando na participação da sociedade, colocando o planejamento como circulo fundamental, você coloca uma série de novos valores sobre a governança que podem ser aperfeiçoados”, ressaltou o líder pessebista. 

Eventos 

Eduardo Campos relatou que o evento que ocorrerá no dia 23 de novembro, no Rio de Janeiro, com a sua participação e da ex-senadora Marina Silva (PSB), organizado por diversas pessoas do cenário artístico brasileiro, como o ator Marcos Palmeiras e Maitê Proença, deve ser propagado para outras regiões do País. 

“Vamos fazer vários encontros regionais, um no Rio de Janeiro, outro na Bahia. O no Rio vai ser cultural, mas vamos fazer eventos de âmbito social e político. Pelo menos até março vamos ter consolidado as diretrizes do nosso Programa de Governo. De abril a junho queremos ter construído um programa de governo”, detalhou. 

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