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A polícia da cidade canadense de Toronto informou na sexta-feira que mais de 100 homens foram detidos acusados ​​de usar a internet para buscar sexo com menores nos últimos quatro anos.

No total, 104 homens foram detidos desde 2014, disse o sargento Thai Truong, responsável pela investigação. A polícia lançou a pesquisa depois de descobrir em 2013 que um terço das prostitutas presas no subúrbio de York, em Toronto (Ontário, sudeste), tinham em média 15 anos.

Agentes se fizeram passar por jovens e publicaram anúncios on-line. Quando diziam aos clientes potenciais que as "meninas" tinham entre 13 e 16 anos, a maioria dos homens desistia, mas 104 tentaram marcar encontros, e foram detidos.

Até agora, 35 dos 104 homens se declararam culpados ou confessaram, e receberam penas de prisão de entre três e sete meses. Os outros casos ainda estão nos tribunais. A polícia explicou que desmantelar as redes de prostituição infantil era algo complexo, visto que as jovens que entram sob pressão para a prostituição com frequência vivem com medo e não estão dispostas a denunciar seus cafetões.

Das 85 adolescentes detidas por exercer a prostituição em hotéis da área de Toronto, só 49 denunciaram seus cafetões ou as pessoas que as levaram para a prostituição, disse Truong.

Atualmente, o Brasil é o país que mais mata transexuais no mundo. Só no ano passado foram 70 casos, chegando a 600 nos últimos seis anos. Transexuais são pessoas que não se identificam com o corpo em que nasceram. Por exemplo, alguém que biologicamente nasceu mulher mas que, mental e emocionalmente, se sente como homem. O preconceito e a não aceitação estão na raiz da violência contra essas pessoas, que, por falta de melhores oportunidades, muitas vezes acabam se prostituindo – o que retroalimenta o ciclo de preconceito e agressão.

Kathelyn Domingues, de 29 anos, e Jéssica Andrade, de 25, são transexuais e se prostituem nas ruas de Guarulhos. Acostumadas ao preconceito e à violência, elas procuram ignorar a discriminação e reclamam de coisas como a dificuldade para mudar de nome. Segundo elas, muitas pessoas insistem em chamá-las por seus nomes de batismo – nomes masculinos – com o único objetivo de constrangê-las. Para alterar o nome nos documentos, é preciso abrir um processo judicial e elas não têm condições. Então, utilizam o nome social só na assinatura da carteira de identidade, mas o nome que consta na parte de trás é o de batismo.

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Nas ruas, Kathelyn e Jéssica já foram vítimas de violência mas nunca fizeram boletim de ocorrência. Kathelyn conta que, muitas vezes, já sentiu medo e já desconfiou de clientes. Ela conta que a violência contra prostitutas é muito frequente. Sobre o preconceito que sofrem em relação ao seu gênero, elas dizem que conseguem passar por cima da discriminação.

A maior dificuldade que sentiram na profissão foi enfrentar o medo no começo, quando não sabiam como funcionavam as coisas e também por não confiar nos clientes. Apesar de afirmar que não tem problema em dizer que é “profissional do sexo”, quando alguma desconhecida pergunta, Jéssica prefere dizer que é cabeleireira, profissão que exercia antes de se prostituir. Ela diz que gostaria de abrir um salão de beleza. Kathelyn sonha em ser esteticista. As duas acreditam que as empresas não dão emprego a pessoas como elas porque os chefes não querem ter sua imagem associada a transexuais, mesmo que tenham diploma.

Com o aumento da luta das mulheres pelos seus direitos, Kathelyn e Jéssica acreditam que a violência que sofrem tende a diminuir. Para elas, a denúncia de crimes pelas redes sociais reduz a impunidade e, com instrumentos como a Lei Maria da Penha, os homens tendem a pensar duas vezes antes de fazer algo que possa levá-los à cadeia.

“Ninguém é obrigado a gostar do que a gente faz ou do que a gente é, mas o mínimo que a gente precisa e merece é respeito”, diz Jéssica. 

 

Por Beatriz de Gouvêa Candido

 

 

 

 

Em Maceió, uma rifa organizada por um grupo de estudantes universitários tem como prêmio um encontro com uma garota de programa. Os alunos de Engenharia Mecânica, da Faculdade Pitágoras, estão vendendo os bilhetes por R$ 10 e anunciando que o sorteio, marcado para 16 de junho, será transmitido ao vivo pelo Instagram. Segundo os estudantes, as garotas de programa disponíveis para o encontro do sorteado fazem parte do catálogo do Tops de Maceió, site de prostituição de luxo.

De acordo com a reportagem do site Tribuna Hoje, um dos envolvidos no caso, sem saber que falava com um repórter, confirmou o sorteio. “Essa rifa não é da turma e sim para nós três fazermos uma festa só nossa, mas estão comprando a nossa mais até que a da formatura geral. É só escolher lá. Com algumas (garotas) nós fizemos contato para publicar fotos no perfil de divulgação do sorteio”, disse.

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Porém, quando foi procurado oficialmente pela reportagem, negou conhecer o fato. “Soube via Whatsapp que seriam alunos de Direito, mas não sei de qual instituição. Eu mesmo não tenho nada a ver com isso, se eu disser que não sei da história estou mentindo, porque ela está rolando em vários grupos”, desconversou.

O fato causou polêmica na capital alagoana. Após a repercussão, o perfil do Instagram onde seria feito o sorteio foi excluído. O Ministério Público de Alagoas abriu inquérito para investigar o caso, alegando que, de acordo com o Código Penal brasileiro, lucrar com a prostituição de terceiros é crime.

A polícia italiana prendeu três brasileiras acusadas de tráfico de seres humanos e favorecimento à prostituição, informaram as autoridades neste domingo (19) em um comunicado. As informações são da agência de notícias Ansa.

A prisão ocorreu durante o cumprimento de um mandado emitido pela justiça brasileira em caráter internacional. Através do Serviço de Cooperação Internacional da Polícia, as autoridades brasileiras informaram ao governo italiano sobre a atuação de um grupo com sede em Fortaleza, no Ceará, que agia no tráfico de seres humanos e no favorecimento à prostituição na Itália.

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No Brasil, foram emitidos mandados contra 13 pessoas. Na Itália, esses mandados foram cumpridos pelas equipes de polícia de Brescia, Milão e Gorizia, contra três mulheres que são suspeitas de integrar o grupo. 

Uma alemã foi condenada nesta quarta-feira (8) por um tribunal alemão a quatro anos de prisão por ter prostituído através da internet uma das suas filhas quando ela tinha 16 anos, informou um porta-voz judicial.

Nicole G., auxiliar de enfermagem de 37 anos de idade, foi condenada pelo tribunal de Hildesheim (norte) por proxenetismo e abuso sexual grave de uma menor.

Seu ex-companheiro, Clemens F., eletricista de 40 anos, também julgado pelo mesmo tribunal por ter abusado da adolescente e de uma das suas irmãs, então com 11 anos de idade, foi condenado a quatro anos e dez meses de prisão.

Segundo a acusação, a própria mãe encorajava o parceiro a abusar da sua filha mais nova.

Entre 2012 e 2013, Nicole G. publicou anúncios em diferentes sites nos quais propunha os serviços sexuais de sua filha, que apresentava como maior de idade.

Ainda segundo a acusação, a mãe marcava os encontros sexuais da jovem com os clientes, negociava e recebia o dinheiro. Havia ameaçado a filha de expulsá-la de casa se ela se recusasse a ter relações sexuais com os homens que pagavam por seus serviços.

Durante o processo, Nicole G. reconheceu sua culpa, mas Clemens F. negou qualquer envolvimento, mencionando um complô fomentado pela mãe e uma de suas filhas.

Uma mulher foi presa acusada de prostituir a filha de 12 anos, na região da Campânia, no Sul da Itália. Ela, que seria mãe da criança, estaria oferecendo a menina em encontros sexuais, com idosos, para troca de 5 e 15 euros.

De acordo com os investigadores, a mulher entrava em contato com os homens, fingindo ser a filha, e oferecia o encontro na própria casa. Além de ser acusada de prostituir filha, ela também é apontada por extorquir um homem de 47 anos. Para fazer a extorsão, a mulher ameaçava o homem contar a esposa sobre a relação.

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O caso aconteceu na cidade de Battipaglia, província de Salermo. Nesse mesmo local, em outubro de 2016, outra mulher também foi detida por oferecer a filha de 13 anos, também para prostituição. 

Com informações da Ansa Brasil 

O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi é alvo de mais uma investigação da Procuradoria de Milão por ter continuado a pagar uma "mesada" para jovens que participavam de suas famosas festas na mansão Arcore, conhecidas como "bunga-bunga.

A informação do novo inquérito havia sido divulgada nesta quinta-feira (26) pela imprensa italiana e foi confirmada por fontes ligadas aos procuradores Tiziana Siciliano e Luca Gaglio.

Berlusconi teria continuado a enviar dinheiro para 13 mulheres, incluindo a brasileira Iris Berardi, entre abril e junho de 2015 e em novembro do ano passado, em somas que podiam chegar a até 15 mil euros por mês.

O ex-premier já está sendo investigado por corrupção contra o sistema judiciário e falso testemunho, já que teria pago os valores para as jovens não contarem a verdade durante as audiências. Amanhã (28), será realizada uma audiência preliminar para definir se ele se tornará réu ou não nesse processo, batizado de "Ruby ter". Se indiciado, essa seria a terceira investigação sobre as festas "bunga-bunga".

Essa nova "fase" do "Ruby ter" foi baseada em depoimentos, especialmente, do testemunho feito em dezembro do ano passado por Giuseppe Spinelli. O contador italiano é acusado de ser o responsável por esses pagamentos.

De acordo com as informações dos procuradores, as 13 mulheres teriam se dirigido a Arcore para pedir mais dinheiro durante os dois períodos de tempo investigado - a pausa nos pagamentos teria sido um pedido do contador. Após ordem de Berlusconi, o dinheiro teria sido dado a elas por Spinelli.

O contador deu o nome das 13 mulheres que teriam pedido o dinheiro. Além da brasileira Berardi, foram pedir a "mesada" Ioana Amarghioale, Manuela Ferrara, uma das gêmeas De Vivo, Aris Espinosa, Barbara Guerra, Giovanna Rigato, Miriam Loddo, Raissa Skorkina, Alessandra Sorcinelli, Silvia Trevaini, Elisa Toti e Ioana Visan.

De acordo com os investigadores, Aris Espinoza recebeu dinheiro equivalente para pagar o aluguel de sua casa e Manuela Ferrara chegou a receber a quantia entre 35 mil euros e 40 mil euros durante os meses de 2015.

No dia 3 de fevereiro, o Teatro RioMar recebe o espetáculo Angelicus Prostitutus, em única apresentação. Inspirada no teatro medieval, o Grupo Matraca apresenta as várias facetas da prostituição humana, seja ela sexual, social e ideológica, trazem dilemas éticos e morais históricos refletidos. Os ingressos já estão à venda e podem ser adquiridos ao valor de R$ 25 até R$ 70, na bilheteria do espaço cultural ou no site Ingresso Rápido.

Na peça, o ator Marcelino Dias interpreta Angelicus, um homem comum e sujeito a cometer erros, que após a morte é julgado por Nossa Senhora e pelo Demônio, por situações que o fizeram matar, roubar e mentir. O texto mostra que há várias maneiras de prostituir-se: seja por meio do território sexual - o mais convencional - ou pelos aparelhos ideológicos, como igreja, família, Estado, escola ou polícia. Também aborda aspectos destrutivos dos desejos humanos num tom de comédia, extraído de um diálogo direto e inteligente.

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Serviço

Angelicus Prostitutus

Dia 3 de fevereiro | 21h

Teatro RioMar (Av. República do Líbano, 251, 4º piso - RioMar Shopping)

Balcão: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia)

Plateia Alta: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia)

Plateia Baixa: R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia)

Televendas: 4003-1212

A Polícia Civil de Pernambuco prendeu em fragrante, na última sexta-feira (28), o autônomo Antônio Ricardo Ribeiro. Ele é acusado de anunciar uma oferta de emprego para mulheres, cuja finalidade era massoterapia, porém, as autoridades descobriram que o suspeito induzia prostituição e constrangia as vítimas. Para piorar a astúcia de Antônio, o anúncio era feito pelo site OLX.

De acordo com a Polícia, a oferta divulgada informava que haveria um treinamento para quem não tivesse experiência, que se resumia a prática de sexo com o próprio Antônio. O anúncio ainda informava que as mulheres deveriam ter idade de 18 a 25 anos. 

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O acusado foi preso em uma sala comercial, localizada no bairro da Boa Vista, área central do Recife. Em depoimento às autoridades, ele disse ter vindo de Florianópolis “fugindo do frio”. Segundo a Polícia, o suspeito chegou a trabalhar em uma pousada situada em Porto de Galinhas e estava no Recife fazendo um curso de massagem tântrica. Ele foi encaminhado para uma audiência de custódia.

As autoridades informaram ainda que a denúncia partiu de três jovens. Uma delas, inclusive, disse ter sido obrigada a praticar sexo sob ameaça de violência. Além disso, as denunciantes contaram que existe outra vítima, natural da Paraíba, que estava sendo obrigada a ficar na sala comercial onde Antônio foi preso.  

Samanta é o que algumas travestis paraenses chamam de “barroca”: depois de trabalhar durante anos como prostituta em Belém, é considerada "idosa" para continuar no ramo. Como ela existem muitos travestis que, por volta dos 35 anos, podem ganhar o respeito de um grupo ou bairro e se tornar traficantes de drogas, usando as mais novas como "aviõezinhos", ou, se seguirem por outro caminho, muitas vezes vagueiam solitariamente pelos canais do bairro do Reduto, na região central da capital paraense, procurando companhias.

Foi o que aconteceu com Samanta. Depois de morar na Europa, se envolveu com homens que, segundo ela, não souberam lhe dar valor e nada mais fizeram do que gastar seu dinheiro. Toda sua passagem como Samanta parece ter se perdido em meio à identidade que tanto procurou afastar de si. "Se você quiser me chamar de Alfredo, fique à vontade”, disse ela a Osvaldo Vasconcelos, que se fez perguntar: quem é Samanta?, Ela ainda existe ou deu lugar a Alfredo?

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Essa é uma das histórias que foram compartilhadas com Osvaldo Vasconcelos, geógrafo que também se formou em Letras e Saúde Pública. Em sua tese de mestrado em comunicação "Trajetórias (re)vividas", ele procura estudar o universo moldado pela realidade de prostituição de travestis que frequentam o bairro do Reduto, em Belém, sua luta por reconhecimento e suas histórias em busca de identidade. De 48 travestis da região, o pesquisador conversou com 12, algumas delas com os nomes trocados por questões de segurança. Deste número, a maioria delas é negra e parda, e apenas uma entrevistada era declarada branca. Esta é a terceira monografia que ele faz acerca do tema. "Meu estudo começou em 2005 por motivos pessoais, pois tive uma babá travesti que morreu quando eu tinha 10 anos", admite o geógrafo.

Identidade - O bairro do Reduto, explica Osvaldo, há cerca de 20 anos era dominado por michês, travestis e mulheres. Por conta disso, aconteciam muitas brigas entre os grupos. Hoje, travestis são as prostitutas mais presentes, graças a um grupo deixou o trecho da avenida Assis de Vasconcelos com a rua Oswaldo Cruz e desceu para dominar as esquinas do bairro.

O geógrafo ressalta que nesse bairro se formam grupos, em que se desenvolve uma hierarquia de liderança. “As travestis não são homogêneas, não são iguais. As hierarquias são pautadas nas modificações corporais. O silicone é o marcador social da diferença entre elas. Há as mais velhas, as barrocas, que já não trabalham no mesmo ofício; há as que possuem silicone industrial, que é um tipo que pode infeccionar pois adere facilmente ao corpo; e há também as mais respeitadas e que desfrutam do maior poder nos territórios, travestis que já passaram por intervenções estéticas em clínicas especializadas. As iniciantes, que ainda não possuem prótese, são maltratadas e geralmente vítimas de violência por parte de lideranças. Curiosamente, a maior parte delas já esteve nesse estágio. Este era meu objetivo na tese: contar estes papéis hierárquicos e falar da violência das iniciantes, muitas delas menores de idade", esclarece Osvaldo.

Uma situação chamou a atenção do pesquisador. Ao ser questionada sobre “o que é ser travesti”, a resposta de uma das entrevistadas atravessou muitas definições discutidas na área acadêmica. “Ser travesti é uma evolução do homem gay. Eu sou travesti o tempo todo, a sociedade me machuca o tempo todo. A sociedade não sabe que ele é gay, mas sabe que somos travestis o tempo todo”, disse ela.

O geógrafo conta que três das entrevistadas morreram durante a pesquisa de campo, todas vitimadas pela AIDS. Entre elas, ele lembra de Josy Kimberlly. Em 2006, quando começou a desenvolver sintomas da doença, Josy ficou internada no Hospital Universitário João de Barros Barreto, entrando acompanhada de Osvaldo. Depois de se recuperar, arranjou um emprego como doméstica na casa da médica que lhe atendeu. Ainda assim, não foi possível sobreviver ao desenvolvimento do vírus. O triste histórico de violência a qual Josy foi submetida ainda rendeu material para mais um artigo de Osvaldo, a biografia intitulada “Josy Kimberlly – jornada em travessia: gênero, corpo e prostituição”.

Em novembro de 2012, a transexualidade deixou de ser classificada como transtorno mental pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM). A diferença entre travestilidade e transexualidade se dá pelas cirurgias às quais se submetem; transexuais reconstroem os órgãos sexuais, e os travestis apenas performam o gênero oposto. A comunidade LGBTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis) têm se mantido ativa nas últimas décadas em protestos pelo seu reconhecimento e aceitação na sociedade. Segundo uma pesquisa realizada em 2014 pela Organização Não Governamental (ONG) Transgender Europe (TGEU), o Brasil é o país que mais mata transexuais do mundo. No período de janeiro de 2008 a março de 2014 foram 604 mortes registradas como crime de homofobia e violência de gênero.

Desafios - A pesquisa de Osvaldo não se concentra no quantitativo, uma vez que o tema ultrapassa as barreiras das ciências categoricamente analisadas. "Minha primeira opção era trabalhar com um grupo focal, mas pensei nas rixas devido às hierarquias. Se tornou inviável", conta Osvaldo, que logo entendeu como de fato iria compreender a substância da complexa construção de identidades urbanas em Belém: se aproximando cada vez mais dessas composições feitas no vaivém cotidiano das travestis. Seja nas entrevistas ou ao acompanhar o trabalho delas nas frias madrugadas.

"Escolhi utilizar os métodos da etnografia (método utilizado pelos antropólogos baseada no trabalho de campo) com a observação participante, na qual eu interajo com a experiência destas travestis", frisa o geógrafo, que primeiro mapeou os locais com mais frequências do negócio de prostituição para depois entrar em contato com as profissionais. "É difícil entrar na convivência delas, é um ambiente regrado, mas acabamos criando laços", conta.

Esta abordagem é baseada no método do antropólogo Bronislaw Malinowski, autor de "Os argonautas do pacífico ocidental" (1922). No trabalho de campo do antropólogo, entre 1914 e 1918 nas Ilhas Trobriand, Malinowski inaugura uma nova forma de pesquisa etnográfica com comunidades tradicionais da Nova Guiné, onde o pesquisador tem uma participação mais efetiva nas investigações do estudo de grupos, em uma visão próxima do caminho romântico, mas não ao ponto de se deixar levar por ele.

Ainda que motivado por seus próprios pretextos, o estudo de Osvaldo Vasconcelos pode ser considerado uma compreensão de corpo, gênero e identidades, e uma expressão de como as minorias sociais gritam em busca de representatividade. A pesquisa, segundo Osvaldo, foi uma via de mão dupla e garantiu uma visibilidade não estereotipada da travestilidade. São pessoas donas de suas dimensões físicas e emocionais que, segundo ele, querem seus direitos garantidos e acesso a cirurgias e tratamentos hormonais pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A defesa da tese "Trajetórias (re)vividas: conflitos, tensões e hierarquias na luta por reconhecimento entre travestis que se prostituem no bairro do Reduto", de Osvaldo Vasconcelos, será feita no dia 24 de outubro, no campus Alcindo Cacela da Universidade da Amazônia (Unama).

Por Julia Klautau Guimarães.


A Justiça decretou o afastamento do vereador Roberto Fernandes Moya Júnior (PSDB), presidente da Câmara municipal de Rosana, pequena cidade no interior de São Paulo na região de Presidente Prudente, por uso de recursos públicos para farras com noitadas e prostituição em abril de 2015, em Brasília.

A decisão acata pedido do Ministério Público Estadual que, em parceria com a Polícia Civil, deflagrou a Operação Devassa. O tucano caiu no grampo telefônico conversando animadamente com um servidor da Câmara de Rosana, Alan Patrick Ribeiro Correa, que também foi afastado.

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Moya Junior relata "a primeira noite". "Eu cheguei, bati o olho nela, rapaz do céu, Jesus amado, que coisa bicho, Alan do céu. É linda, cara", disse. O vereador do PSDB afirmou a seu interlocutor que um funcionário da Câmara que o acompanhou a Brasília "está apaixonado".

"De quinta prá sexta foi dez muíé, eta porra, rapaz do céu", vangloria-se o presidente da Câmara na ligação telefônica. O grampo foi divulgado pelo portal G1.

Na conversa interceptada em 25 de abril de 2015 Moya relata ao servidor que se divertiu muito "com muié top". A farra, segundo a investigação, foi bancada com dinheiro público. O Ministério Público ajuizou ação civil por improbidade administrativa apontando como réus Roberto Moya Júnior e mais quatro vereadores de Rosana - também citados por gastos excessivos de verba pública.

Nesta segunda-feira, 25, a Promotoria e a Polícia fizeram buscas nas residências dos vereadores. A ordem de afastamento do vereador foi dada pelo juiz Victor Trevizan Cove, da Vara Única de Rosana. O magistrado destaca que os gastos elevados abrangeram encontros com cerca de dez mulheres.

"Júnior comenta que está em um local onde tinham ido juntos antes e que compraram uma pimenta que o pessoal da Câmara gostou. Júnior disse que estava com pouco dinheiro. Comenta ainda que uma camisa branca estava cheia de batom e que tinha que dar fim", anota o juiz Trevizan Cove.

Um relatório da Polícia Civil "informa com riqueza de detalhes os gastos feitos e com quantas mulheres se relacionou (o vereador tucano) no período em que esteve por lá (Brasília), e que, inclusive, estava quase sem dinheiro para o combustível de volta".

O Ministério Público é taxativo, ao analisar as escutas telefônicas. "Os réus Roberto Fernandes Moya Júnior e Edison Alves da Silva gastaram dinheiro público com prostitutas em Brasília."

O presidente da Câmara de Rosana e o servidor ficaram em Brasília entre 21 e 25 de abril de 2015, segundo a Promotoria levantou a partir da planilha de viagens do Legislativo municipal.

"O réu Roberto Fernandes Moya Júnior é o presidente da Câmara Municipal, sendo o vereador que mais realizou viagens no transcorrer dos anos de 2014 e 2015 e que permitiu a realização das demais viagens feitas pelos outros vereadores e/ou servidores, sem que houvesse qualquer interesse público e posterior fiscalização", diz a Promotoria.

"Em todos os seus procedimentos de estimativa de diárias, as declarações de comparecimento são emitidas de forma genérica, sem especificar a esperada finalidade pública", afirma O Ministério Público, na ação de improbidade administrativa.

A reportagem tentou contato com o presidente da Câmara de Rosana, mas ele não foi localizado. O telefone da presidência chama, mas ninguém atende.

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Travestis, mulheres trans e homens participaram, no início da noite desta quinta-feira (12), da abertura do II Seminário Regional dos Profissionais do Sexo. O evento, promovido pela ONG Grupo de Trabalhos em Prevenção Posithivo (GTP+), conta com a presença de profissionais de todo o Nordeste, com o objetivo de discutir a dura realidade do uso do corpo como trabalho em relações sexuais, desafios na prevenção das doenças sexualmente transmissíveis e o tráfico de pessoas. O encontro é realizado no Recife Plaza Hotel, na Rua da Aurora, área central da cidade, e segue com programação até o próximo domingo (15).

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De acordo com coordenador do seminário, André Guedes, a realidade das profissionais do sexo no Brasil é afetada por problemas que vão do preconceito ao tráfico de pessoas. Para Guedes, em muitos eventos que tratam o tráfico, crianças e mulheres são apontados como as vítimas principais, porém, gays e travestis também são alvo do tráfico. “A gente pauta justamente o tráfico de pessoas porque muitos travestis são enganados com propostas milionárias para irem pra fora do Brasil e quando chegam lá se deparam com uma realidade muito diferente. Muitos, inclusive, passam a viver praticamente como escravos”, disse Guedes.

Representante da cidade de Aracaju, Greicy Paula acredita que os profissionais do sexo merecem mais atenção da sociedade e principalmente do poder público. Ela também pretende compartilhar em sua cidade os assuntos discutidos no seminário. “Pra mim é muito positivo, porque quando eu sair daqui, vou levar o que aprendi para as meninas de lá (Aracaju). Sobre o mercado, hoje está ruim, porque algumas meninas não têm mais a visão que isso é um trabalho e começam a se drogar. A população precisa ver a gente não só como profissional do sexo, mas também como pessoas que merecem ter uma boa cidadania e principalmente respeito”, declarou Greicy.

Com 27 anos como profissional do sexo e moradora da Avenida Norte, no Recife, Flávia Ferrari também participa do seminário. Segundo ela, eventos que buscam discutir a realidade dos profissionais devem acontecer com mais regularidade. “A gente precisa de mais eventos desse tipo. Hoje nossa realidade está deteriorada! Somos vítimas de violência, preconceito e muitas pessoas não nos respeitam. A sociedade precisa entender que temos uma profissão como outra qualquer”, declarou. 

Confira outros depoimentos sobre o II Seminário Regional dos Profissionais do Sexo:

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Um dos participantes da abertura do seminário é o Promotor de Justiça do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Marco Aurélio Farias. De acordo com ele, o MPPE está pronto para receber denúncias de violação dos direitos humanos contra os profissionais do sexo. Farias também fez questão de lembrar essa atividade não é considerada crime. Por outro lado, quem promove exploração sexual é apontado como criminoso. “O Ministério Público atua por denúncias em relação às atitudes que impedem o exercício desta profissão. A gente destaca que esse tipo de atividade não é ilegal. Essas pessoas devem ser reconhecidas pela sociedade como qualquer outro trabalhador. A gente só consegue trabalhar para reduzir a discriminação se houver denúncia e precisamos que a sociedade entre em contato com o Ministério Público para denunciar qualquer tipo de violência contra os profissionais do sexo”, destacou o promotor.

Entre as atividades do seminário, um dos destaques é a caminhada marcada para acontecer nesta sexta-feira (13), a partir das 17h. Os participantes do seminário sairão do Recife Plaza Hotel com destino ao MPPE, mostrando à população desejos de respeito para com a profissão. Interessados em acompanhar a programação do evento como ouvintes podem se dirigir ao hotel, localizado na Rua da Aurora, 225, no bairro da Boa Vista, área central do Recife, e levar três quilos de alimentos não perecíveis. Nesta sexta-feira, as atividades começam às 9h.

Uma ação do Departamento de Investigação do Narcotráfico do Rio Grande do Sul (Denarc) foi desencadeada na manhã desta quinta-feira (29) na região metropolitana de Porto Alegre para combater traficantes que utilizam garotas de programa para vender drogas aos clientes.

Pelo menos seis gerentes do tráfico de drogas foram detidos por agentes policiais que cumpriram seis mandados de prisão e oito de busca e apreensão, expedidos pela Justiça, nas cidades de Porto Alegre, Viamão e Canoas.

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De acordo com Mário Souza, delegado responsável pela operação, a investigação durou cerca de seis meses, após denúncia de uma garota de programa sobre o esquema de prostituição juntamente com o tráfico de drogas. A prostituta era obrigada pelos traficantes a vender drogas, como cocaína e ecstasy, para seus clientes. "Pelo menos dois gerentes da rede de prostituição e tráfico de drogas são muito violentos, inclusive até ameaças de morte ocorriam para quem tentasse sair do esquema", revelou o delegado Souza.

Conforme as investigações da Polícia Civil, os clientes conheciam a rede de prostituição por meio de anúncios de jornais e sites pornográficos. Os programas com as garotas custavam em média R$ 500 e R$ 1 mil.

Durante o cumprimento dos mandados foram apreendidos comprimidos de ecstasy, dinheiro, cigarros contrabandeados, toucas ninjas e uma espingarda. A operação denominada "Luxúria" contou com a participação de 50 policiais, entre eles, do Grupo de Operações Especiais (GOE) do Denarc.U

Uma funcionária do site ‘gatasderecife.com’ foi presa em flagrante delito pela Polícia Civil por extorquir R$ 5 mil de um dos seus clientes, e exigir mais R$ 10 mil. A suspeita, Iane Silveira Melo, de 22 anos, usava o codinome Nelice e estava utilizando o aplicativo WhatsApp para ameaçar contar a família da vítima sobre o seu acesso ao site de prostituição.

Iane Silveira fez com que o homem pagasse, no final de junho deste ano, um total de R$ 5 mil - R$ 2.500 foram depositados na conta da suspeita e o restante quitado posteriormente. Ela foi identificada pelos policiais da delegacia especializada em crimes cibernéticos após o registro de ocorrência da vítima. Segundo o delegado responsável pelo caso, Eronides Meneses, Iane foi incriminada pelo seu celular. “Ela tentou esconder o telefone, mas acabou sendo descoberta pelas fotos que eram usadas no site e pelo histórico de conversa”.  

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A mulher foi presa na empresa onde trabalhava durante o dia e encaminhada para audiência de custodia no fórum do Recife. O juiz José Anchieta Felix da Silva reconheceu a extorsão, mandando a funcionária devolver os R$ 2.500 que o cliente já tinha depositado. Porém, concedeu liberdade provisória sem pagamento de fiança. Assim, a acusada vai responder em liberdade, mas após o julgamento pode pegar uma pena de quatro a dez anos de prisão.

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Se há falta de dinheiro ou se os produtos estão cada vez mais caros, a culpa é toda dela: a crise. Ela também é a justificativa para o poder público cortar gastos e reduzir investimentos. A economia brasileira está desgastada e diversos setores não têm o que comemorar. Há quem diga que para diminuir o prejuízo, a população precisa evitar gastos supérfluos. Além disso, não diferente de setores como comércio, serviços e indústria, uma área que envolve desejo e prática sexual parece que também foi afetada pela crise, segundo fontes. De acordo com profissionais do sexo atuantes no Recife, a prostituição tem sofrido com a falta de dinheiro dos clientes.

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Figuras comuns nas madrugadas recifenses, garotas de programa e travestis não estão satisfeitos com a movimentação de clientes. Rebeka Delmer, de 29 anos, é uma dessas pessoas. Há três anos, a recifense se prostitui à beira de uma BR localizada no bairro do Engenho do Meio, Zona Oeste da cidade. Segundo Rebeka, o número de clientes caiu pelo menos 50%.

“Trabalho aqui neste ponto de terça a domingo, a partir das 17h. Na época boa, chegava a atender numa só noite no mínimo quatro clientes. Hoje, por causa desta danada da crise, se eu ficar com dois homens numa noite é muito. E olhe que meu preço é bom... Se for pra transar no carro, meu programa custa R$ 40. Agora, se for no motel, cobro R$ 50. Mas os clientes estão reclamando muito... Eles dizem que não têm dinheiro e às vezes querem transar até de graça”, conta a profissional do sexo. Veja o depoimento de Rebeka no vídeo a seguir:

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Era quase meia noite de uma terça-feira quando a reportagem do LeiaJá entrevistou Vanessa, de 22 anos. Seu ponto de prostituição fica próximo à Avenida Caxangá, nas imediações de um famoso supermercado. De acordo com a profissional do sexo, o local é estratégico e por isso ela sempre teve muitos clientes, porém, “por causa da crise econômica”, Vanessa revela que a quantidade de programas despencou. “Num dia bom, falando com muita sinceridade, eu fazia de 20 a 25 programas. Do começo do ano pra cá a coisa ficou tão ruim que hoje não chego nem a dez. O mês de maio mesmo foi horrível”, relata. A companheira de Vanessa, identificada como Larissa Borm, de 23 anos, também reclama do movimento. “Está muito fraco mesmo! A sorte são os clientes mais antigos. Mesmo assim, até eles estão me procurando com menor frequência”, diz Larrisa. Durante a entrevista que durou cerca de 40 minutos, nossa reportagem não identificou abordagens de clientes às profissionais do sexo. As duas profissionais cobram pelos programas de R$ 40 a R$ 70.

Reclamação também na Zona Sul

Bairro de forte atuação de prostitutas, Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, também tem garotas de programa que estão insatisfeitas com o movimento de clientes. A jovem Poliana, 18, que há três anos vende o corpo na Avenida Conselheiro Aguiar, revela que o número de clientes caiu mais de 50%. De acordo com ela, a reclamação dos clientes é constante. “Amor, não venho mais te procurar porque a crise chegou lá em casa... É isso o que muitos clientes estão me dizendo. O movimento está horrível! O povo está liso”, declara Poliana, afirmando faturar R$ 3 mil mensais. Antes, segundo ela, seu orçamento chegava a R$ 5 mil.

Oferecendo programas sexuais a partir de R$ 100, Tuane França (foto abaixo), de 22 anos, também culpa a crise pela falta de clientes. “Nunca vi um movimento assim. Caiu muito! Eles preferem gastar com outras coisas”, conta Tuane. A garota de programa também se prostitui na Conselheiro Aguiar.

De acordo com a presidente da Associação das Profissionais do Sexo de Pernambuco (APPS), Nanci Feijo, apesar de não existir um levantamento que detalhe queda no número de clientes das prostitutas, já se sabe, de maneira informal, que a crise afetou a prostituição no Recife. Segundo Nanci, durante as ações da APPS de distribuição de preservativos para as garotas, as equipes da Associação estão escutando muitas reclamações sobre a queda na clientela.

“Elas falam que realmente está ruim. Mas na verdade, a crise está afetando praticamente todos os setores da economia brasileira. O que ainda sustenta o orçamento das meninas são os clientes fiéis. As garotas novatas, principalmente que vêm do interior, estão tendo muita dificuldade para encontrar clientes”, diz a presidente da APPS.

Segundo dados da Associação, Recife tem atualmente, pelo menos, 290 prostitutas cadastradas na APPS. Porém, de acordo com Nanci, o número geral, incluindo as não associadas, é bem maior. A presidente revelou que nos próximos meses será realizado um novo levantamento a nível estadual para identificar a quantidade real de profissionais do sexo em Pernambuco.

 

A prisão do italiano Mirco Folli, ocorrida na última terça-feira (14), no bairro de Piedade, em Jabotão dos Guararapes, assim como o fato dele ser procurado da Interpol, pegou muita gente de surpresa. O italiano, que vai responder por exploração para a prostituição e o favorecimento de imigração clandestina, estava atuando como técnico do time feminino do Recife Rugby Club e era tesoureiro da federação do esporte no Estado.

Em entrevista ao LeiaJá, as atletas treinadas por Folli tiveram a mesma reação: surpresa. Segundo uma das capitãs do time, Renata Barros, o treinador nunca demonstrou envolvimento com algum tipo de crime. “Ele tinha o maior respeito com a gente. Nunca falou nada estranho, nem nunca tivemos problemas com ele”, assegura. A segunda capitã do clube, Núbia Minhaqui, reitera Barros. “Até agora estou chocada. Faz cinco anos que convivo com Mirco. A gente sempre viajava e ele nunca tocou nesses assuntos de imigração”, diz.

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Mirco estava no clube de rúgbi desde 2009 e já havia conquistado diversos títulos. Após uma eliminação de um torneio em São Paulo, em agosto de 2014, ele decidiu sair do cargo. “Ele não gostava quando o time não se esforçava. Nesse ponto ele era explosivo, reclamava muito, mas de uma forma normal”, relata Renata Barros. De acordo com a jogadora, após a saída do italiano o time começou a fazer más campanhas nas competições e Mirco foi chamado novamente para treiná-las. O primeiro treino do técnico após o retorno ocorreu no último sábado (10). Ele participaria de outro ontem, mas não compareceu.

Para outra jogadora do clube, Patrícia Bodeman, ainda é difícil acreditar no envolvimento do treinador. “Sinceramente, eu não acredito que ele tenha feito isso não. Quem está todo dia com ele também não deve acreditar”, comenta. Núbia também está incerta. “Eu até comentei que não era possível, que devia ser outra pessoa e a polícia estava confundindo. Ele era um paizão”, conclui a capitã.

O LeiaJá também conseguiu conversar rapidamente com a esposa de Folli, a brasileira Maria Risoneide. Segundo ela, o que está sendo divulgado não é verdade. “A história que estão contando está distorcida”, resume. Risoneide não quis dar detalhes de quais seriam os equívocos da história, dizendo apenas que precisaria consultar sua advogada antes de dar maiores esclarecimentos.

Empresário – Além de treinar o Recife Rugby Club, o que fazia de graça, Folli também era dono de uma pizzaria e restaurante no bairro de Candeias, a Ristorante Pizzeria Paesano. O estabelecimento (foto), que tem página em rede social, completou dois anos este mês e conta com seis funcionários. “O restaurante dele sempre foi lotado porque ele tratava todo mundo bem”, comenta a jogadora Patrícia Bodeman.

Prisão – Mirco Folli foi preso por volta das 10h de ontem em seu apartamento. Além de exploração para a prostituição e favorecimento para imigração clandestina, ele também foi acusado por porte ilegal de arma de fogo e crime financeiro, tendo recebido uma pena de dez anos e sete meses em 2012, quando já estava no Brasil. Folli frequentava a Polícia Federal regularmente para atualização de dados cadastros. Há três anos ele voltou à Itália para o enterro do pai e diz não ter sofrido nenhum tipo de impedimento. Mirco Folli foi encaminhado para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel) onde aguarda a extradição para a Itália.

A Polícia Federal em Pernambuco (PF-PE) prendeu, na manhã da quarta-feira (14), no bairro de Piedade, em Jabotão dos Guararapes, o empresário italiano Mirco Folli, de 45 anos, que era procurado da Interpol desde 2012. Mirco é acusado de favorecer a imigração clandestina e exploração da prostituição, além de porte ilegal de arma de fogo e crime financeiro, tendo recebido uma pena de dez anos e sete meses de reclusão.

Com um visto permanente de trabalho, o italiano veio para o Brasil em março de 2004. Ele era dono de uma pizzaria no bairro de Candeias, em Jaboatão dos Guararapes, e também trabalhava como tesoureiro na Federação Pernambucana de Rugby.

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De acordo com a PF-PE, Mirco foi preso em sua residência e em nenhum momento reagiu à prisão.  Em conversa com a polícia, o imigrante se disse surpreso pois teria voltado à Itália há três anos para o enterro do pai sem ter sofrido nenhum tipo de impedimento.

Não há informações de que o italiano tenha se envolvido em atos ilícitos ou cometido algum crime no Brasil. Mirco foi encaminhado para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel) onde ficará à disposição do Supremo Tribunal Federal para futuramente ser extraditado à Itália.  

A prisão foi realizada pela Representação Regional da Interpol da PF-PE. Esta é a primeira prisão realizada em Pernambuco pela representação.

Com informações da assessoria

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A pedido dos personagens, o nome da cidade onde fica o cabaré não será divulgado

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É fim de noite em uma cidade localizada no Agreste de Pernambuco. Após uma festividade na praça do município – local de encontro dos moradores -, o povo começa a se recolher para suas residências. Acordar bem cedo, ainda com o céu escuro, é costume na região, o que justifica a dormida antes da madrugada. Nossa reportagem, durante uma conversa com alguns populares, discute como o município ainda guarda características tradicionais de cidades interioranas. Os moradores, porém, relembram uma história triste que marcou a localidade. “Uma cheia deu aqui há alguns anos e tudo ficou alagado. Dava pra ver as prostitutas, calcinas e sutiãs boiando”, relata um morador, que não quis ser identificado. O depoimento intriga a nossa equipe. Em seguida, o morador explicou que as “prostitutas” moravam no tradicional cabaré da cidade – ou como alguns costumam chamar: prostíbulo -, porém, só boiaram porque o “estabelecimento” fica em baixo de uma ponte, ao lado do rio que corta a cidade.

O cabaré lembra muito o fictício Bataclã da novela global “Gabriela”. Não pela aparência ou mulheres, mas sim por causa da representação do espaço para a sociedade do município. “Os homens daqui procuram as raparigas porque não estão satisfeitos com as esposas ou querem uma experiência diferente. É um lugar de música e diversão também. Nossos filhos, quando estão prontos para se deitarem, são levados para lá”, explica um morador, que também não quis se identificar. 

O prostíbulo também revela a triste situação de mulheres, com idades variadas, que largam famílias para mergulhar no mundo da prostituição. Uma das prostitutas do cabaré, de 27 anos, que pediu para não ser identificada, conta que tem dois filhos e que sua mãe nem pensa que ela se prostitui. Natural de Limoeiro, também no Agreste, há pouco mais de um ano ela entrou para o prostíbulo e ganha de seus clientes cerca de R$ 1 mil por semana.

“Se minha mãe souber que estou aqui, ela me mata. Ela pensa que estou morando na casa da minha irmã. Às vezes passo lá para ver ela, meu pai e minhas crianças. Vim parar aqui por causa da influência de umas amigas. É uma vida triste. Só que a gente se acostuma a ganhar dinheiro fácil”, revela a mulher, que chega a atender uma média de seis homens por dia.

Ela e outra jovem são as únicas garotas do humilde estabelecimento. O cabaré também oferece serviços de bar, mas, os programas de sexo são as atividades que mais atraem clientes. As relações acontecem em quartos que ficam ao lado do salão do bar, em compartimentos simples que também servem para as mulheres dormirem.

A escolha por construir o espaço debaixo da ponte não foi feita pelo proprietário. De acordo com ele, que também não se identificou, a casa é uma herança familiar. “Isso aqui ficou pra mim de parentes, há mais ou menos quatro anos. Eu não cobro nada as meninas. Elas só me pagam o aluguel dos meus quartos. O que elas ganham com sexo fica pra elas”, conta o proprietário.

Com olhar de tristeza, a garota de programa que aceitou dar entrevista afirma que não quer mais continuar nessa vida. Ela diz que não se sente bem em se deitar com vários homens, porém, a necessidade financeira ainda a faz continuar. Ela já foi casada, inclusive com um ex-cliente, mas, não pretende construir um novo casamento. “Só quero sair daqui e cuidar dos meus filhos”, finaliza a jovem.

 

 

 

 

 

 

 

JOÃO PESSOA (PB) - Uma adolescente de 17 anos foi apreendida ao tentar entrar no Complexo Penitenciário PB1, em João Pessoa, para fazer visita íntima a um apenado. O caso, que aconteceu nesta quarta-feira (9), abriu suspeitas e foi utilizado como motivação para uma investigação que será conduzida para Polícia Civil.

O secretário de Administração Penitenciária da Paraíba, Wallber Virgolino, informou que a menor foi identificada após denúncias de que adolescentes estavam tendo acesso às penitenciárias do estado. Ela já havia entrado no Presídio do Rogér, também na capital, para fazer visita íntima a um presidiário.

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Após este flagrante, uma investigação será aberta para saber se outras denúncias são reais. De acordo com Virgolino, acredita-se na existência de uma rede de aliciamento de menores, recrutados para manter relações sexuais nas cidades de João Pessoa, Campina Grande, Patos e Cajazeiras.

A documentação falsa estaria sendo providenciada pelos agenciadores. As meninas receberiam dinheiro e são colocadas dentro das penitenciárias para entrarem como namoradas. A ação caracterizaria ainda prostituição.

A menor encontrada no PB1 de Liedja Kalina Bernardo Oliveira da Silva, de 20 anos. Ela afirmou que comprou o RG por R$ 100 da dona da identidade.

O meia Franck Ribery, do Bayern de Munique, e o atacante Karim Benzema, do Real Madrid, foram absolvidos nesta quinta-feira da acusação de terem solicitado e pago pelos serviços de uma prostituta menor de idade. O juiz francês que avaliou o caso decidiu que não havia provas suficientes de que os jogadores estavam cientes de que Zahia Dehar, hoje com 21 anos, era menor de idade na época.

Ribery e Benzema, que não participaram do julgamento, poderiam ser condenados a até três anos de prisão se fossem considerados culpados. Zahia Dehar foi até Munique como um presente de aniversário para Ribery em 2009, quando ela era menor de 18 anos. Ela diz que mentiu para os jogadores e disse a eles que era adulta. Dehar também não estava presente no julgamento.

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Embora Ribery tenha admitido que fez sexo com Zahia Dehar, ele afirmou que não pagou por isso, e que não sabia se tratar de uma prostituta e de uma menor de idade na época. Benzema negou todas as acusações. O jogador é acusado de ter pago US$ 678 para fazer sexo com Zahia Dehar em maio de 2008, na noite em que foi eleito o melhor jogador francês do ano, quando ainda defendia o Lyon. Zahia Dehar tinha 16 anos na época.

A prostituição é legal na França, mas as prostitutas devem ser maiores de 18 anos. O caso de escândalo sexual eclodiu em julho de 2010, quando um juiz francês abriu acusações preliminares contra eles.

Ribery, indiscutivelmente, teve o melhor momento da sua carreira na última temporada, quando ajudou o Bayern a faturar os títulos do Campeonato Alemão e da Liga dos Campeões. E, no início de janeiro, acabou ficando em terceiro lugar na Bola de Ouro da Fifa, premiação dada ao melhor jogador do futebol mundial no ano, que acabou sendo recebida por Cristiano Ronaldo. Já Benzema marcou seu centésimo gol pelo Real Madrid na semana passada.

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