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No sul da Faixa de Gaza, onde dezenas de milhares de palestinos estão refugiados, Assem enfrenta um dilema diário: tomar banho ou poupar a água para beber.

Com filas extensas, muitas pessoas esperaram por dias para conseguir tomar banho, depois que Israel cortou a água, a eletricidade e os alimentos desde o início da ofensiva do grupo islamita palestino Hamas sobre o território israelense em 7 de outubro.

"A água é um problema", disse Assem, que recebeu em sua casa na cidade de Khan Yunis moradores dos bairros de Rimal e Tal al-Hawa que fugiram dos bombardeios de Israel no norte da Faixa de Gaza.

"Todos os dias pensamos em como economizar água. Se você toma banho, não bebe água", lamenta o anfitrião.

Ahmed Hamid se refugiou em Rafah por alguns dias, até conseguir fugir de sua aldeia em Gaza.

"Não tomamos banho há dias, e até para ir até o banheiro temos que fazer fila", conta este pai de família de 43 anos.

Diante da possibilidade de uma ofensiva terrestre contra o território palestino, o Exército israelense determinou no sábado (14) que 1,1 milhão dos 2,4 milhões de habitantes do enclave se retirem para o sul do território.

"Não tem comida" e os preços dos poucos recursos disponíveis dispararam, reclama Hamid.

Segundo jornalistas da AFP, ver milhares de pessoas dormindo nas estradas, em jardins de hospitais e em escolas administradas pela agência da ONU para refugiados palestinos, a UNRWA, já se tornou um cenário comum nas cidades de Rafah e Khan Yunis.

"Me sinto humilhada e envergonhada. Não temos muitas roupas, a maioria delas está suja e não há água para lavá-las. Não há eletricidade, nem água, nem internet. Sinto que estou perdendo minha humanidade", disse Mona Abdel Hamid, que se refugiou com familiares em Rafah, mas depois foi "convidada" a casas de pessoas que não conhece.

- "Onde está a humanidade?" -

Embora dezenas de milhares de pessoas tenham fugido para o sul do território, a Força Aérea israelense não parou de atacar regiões do sul como Rafah e Khan Yunis, que foram bombardeadas no domingo.

"Vejam a destruição em massa. Eles dizem que aqui há terrorismo", grita Alaa al-Hams, mostrando os escombros de um bairro atacado em Rafah.

"Onde está a humanidade de que falam? Onde estão os direitos humanos? Aqui são todos civis, não estão ligados a nenhum grupo, mas morreram (nos ataques). Estão todos mortos", lamentou.

Entre as ruínas de sua casa na mesma região, Samira Hassab se questiona sobre o que fazer diante da situação.

"Para onde vamos? Onde estão os países árabes? Passamos a vida na diáspora. A nossa casa, onde viviam todos os meus filhos, foi bombardeada. Dormimos na rua e não temos mais nada", lamenta a mulher que tem uma filha com câncer e a qual não pode levar ao hospital com medo dos ataques.

Desde o ataque inédito do Hamas, que segundo as autoridades deixou mais de 1.400 mortos, Israel estreitou o cerco na Faixa de Gaza, onde os bombardeios israelenses mataram 2.750 pessoas, de acordo com representantes locais.

No domingo (15), Israel indicou que restauraria o abastecimento de água no sul da Faixa de Gaza. Embora o serviço tenha sido normalizado no município de Bani Suheila, não se sabe se o mesmo ocorreu em outras localidades da região.

O candidato do PSDB ao governo do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, vive um dilema neste segundo turno da disputa: ele tem pesado prós e contras de apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou adotar a neutralidade. Leite precisa dos votos da esquerda para vencer o bolsonarista Onyx Lorenzoni (PL), mesmo porque o candidato Edegar Pretto, do PT, teve votação similar à do tucano no primeiro turno. A alternativa do ex-governador gaúcho pode ser declarar-se neutro na disputa presidencial.

Para um acordo, o PT cobrou que Leite declare voto em Lula, algo que ele resiste a fazer. O candidato do PSDB tem se aconselhado com deputados e prefeitos aliados, mas prometeu anunciar a decisão até o fim desta semana. Nesta quinta-feira, 6, o tucano sinalizou em entrevista à Rádio Gaúcha que tende a adotar a neutralidade na eleição presidencial. "Não preciso ser medido nesta eleição pela régua estreita da polarização nacional. Tenho serviços prestados, sabem como ajo e como faço política. Meu adversário é uma dúvida, porque, onde atuou, não atuou bem", declarou. Procurado pelo Estadão, Leite se limitou a repetir que tomará a decisão no fim dessa semana. "Anunciarei amanhã pela manhã o posicionamento", declarou.

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O PSB de Geraldo Alckmin, ex-tucano e candidato a vice de Lula, resolveu apoiar Leite, que também procurou o PDT. Uma parte dos pedetistas, porém, resiste a fazer campanha para ele. "A melhor opção poderá ser a neutralidade. Não vejo como apoiar o tucano que fez as privatizações, vejo dificuldades nisso", disse o deputado federal Pompeo de Mattos (PDT-RS). Ele, no entanto, admite que o tucano tem a preferência de uma parcela da legenda.

Mesmo com um acordo formal com PDT e PT, Mattos avalia que o tucano pode ter a perder. "Ele está em uma sinuca de bico. Se a esquerda apoiar ele, o que tinha de direita sai. Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come". Assim como o pedetista, o PT tem cobrado que Leite se comprometa a não realizar privatizações. No evento que selou o apoio do PSB, o tucano disse que não se deve "exigir que mude programaticamente a agenda de uma candidatura".

O ex-governador do Rio Grande Sul Tarso Genro (PT), que hoje está afastado da cúpula petista, prega um apoio incondicional a Leite contra Onyx. "Defendo que o PT não fique "neutro" e apoie o candidato que se oponha à extrema direita e deixe isso claro na sua fala pública", disse ao Estadão. Já o senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou que o ex-governador precisa declarar voto em Lula para ter o apoio formal do partido. De acordo com ele, o PT recomendar o voto em Leite "depende das articulações".

Eduardo Leite foi eleito governador do Rio Grande em Sul em 2018, mas decidiu renunciar ao cargo no final de março para tentar ser candidato a presidente. Após não conseguir disputar o Palácio do Planalto, decidiu tentar voltar ao comando do governo gaúcho.

Quando os talibãs governaram o Afeganistão entre 1996 e 2001, as redes sociais ainda não existiam como atualmente. Com seu retorno ao poder, os gigantes americanos Facebook e Twitter enfrentam um debate entre proibir as contas ligadas a "organizações terroristas" e o interesse geral da informação.

Enquanto sua entrada em Cabul provocava pânico internacional, os talibãs usaram o Twitter para divulgar uma mensagem de calma.

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O porta-voz internacional do grupo, Suhail Shaheen, que tem 350.000 seguidores no Twitter, afirmou, por exemplo, que as informações de que os talibãs obrigam jovens a casar com seus combatentes eram "propaganda envenenada".

A possibilidade de uso do Twitter pelos talibãs irrita muitos, especialmente os seguidores do ex-presidente americano Donald Trump, suspenso desta rede social em janeiro por suposto risco de incitar a violência.

"Espero com impaciência uma resposta sobre por quê se permite a dois porta-vozes dos talibãs algo que é proibido a um ex-presidente americano", afirmou o representante republicano Doug Lamborn em uma carta enviada ao CEO do Twitter, Jack Dorsey.

O debate está entre os que, como Lamborn, estão indignados com o fato de o Twitter proporcionar uma plataforma aos talibãs para que se apresentem e busquem legitimidade e aqueles que alegam que privar o grupo de um meio de comunicação é contrário ao interesse da informação, sobretudo quando os afegãos desejam saber o que esperar dos novos governantes.

No WhatsApp, a conta do porta-voz dos talibãs, Zabihullh Mujahid, parece estar bloqueada, o que um porta-voz dos talibãs se recusou a confirmar à AFP.

- "Organizações terroristas" -

O Facebook, proprietário do WhatsApp, confirmou que considera o Talibã uma "organização terrorista" e, portanto, bloqueia suas contas na plataforma, assim como o Instagram, que também pertence ao grupo.

"Os talibãs estão sancionados como organização terrorista segundo a lei americana e proibimos que usem nossos serviços de acordo com nossa política sobre 'organizações perigosas'. Isto significa que suprimimos as contas administradas por ou em nome dos talibãs e proibimos seus elogios, apoios e representações", afirmou à AFP um porta-voz do Facebook.

Isto provocou uma resposta de Mujahid quando foi questionado se os talibãs protegeriam a liberdade de expressão: "Esta pergunta deveria ser feita ao Facebook".

YouTube, que pertence ao Google, anunciou que suprimiria os conteúdos pró-Talibã. O Twitter não fez nenhum comentário.

Shaheen e outros três porta-vozes dos talibãs, que em conjunto têm quase um milhão de seguidores no Twitter, continuam escrevendo nesta rede social, o que parece indicar que não estão incluídos no grupo de "organizações violentas", que já serviu para suprimir conteúdo publicado por organizações islamitas como Hamas e Hezbollah.

Além disso, o status dos talibãs é um tanto ambíguo. Considerados como "organização terrorista" pelo Tesouro americano, eles não são uma "organização terrorista estrangeira" para o Departamento de Estado.

Para Raman Chima, diretor na Ásia do grupo de defesa da internet Access Now, as redes sociais deveria avaliar as possíveis mensagens que incitam a violência, ao invés de seguir as classificações dos governos.

Ainda não é possível saber se os talibãs poderão usar as contas oficiais dos ministérios do governo afegão, que têm milhares de seguidores e contam com o selo de verificação.

Os talibãs têm consciência do poder das redes sociais, uma arma que não tinham a sua disposição durante seu governo anterior, recorda Kabir Taneja, analista de antiterrorismo, que trabalha na Índia.

"Aprenderam muito sobre o poder da comunicação com outras (organizações) como o grupo Estado Islâmico", afirmou.

Especialmente ativos no Twitter durante sua ofensiva vitoriosa, os talibãs poderiam limitar o acesso dos afegãos à internet, adverte o analista, depois que vídeos de protestos contra os insurgentes em Jalalabad viralizaram esta semana.

"Este tipo de evento pode levar os talibãs a controlar de maneira firme o uso da internet no futuro", explicou.

Após duas décadas de guerra contra os talibãs, as potências ocidentais enfrentam a encruzilhada de estabelecer ou não relações com o grupo fundamentalista islâmico que governa o Afeganistão agora.

Os insurgentes parecem receber uma acolhida internacional mais calorosa do que durante seu primeiro regime brutal (1996-2001). Rússia, China e Turquia saudaram suas primeiras declarações públicas.

Se os americanos negociam com os talibãs um "calendário" de evacuações, a Casa Branca insiste em que vai esperar para julgar seus atos, particularmente sobre os direitos humanos, antes de decidir a natureza de suas futuras relações diplomáticas.

"Caberá aos talibãs demonstrar ao resto do mundo quem são", disse nesta terça-feira (17) Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional do presidente Joe Biden.

"O balanço não é bom, mas é prematuro" dizer o que vai acontecer.

Os Estados Unidos, no entanto, se disseram prontos a manter sua presença diplomática no aeroporto de Cabul após a data limite para a retirada de suas tropas prevista para 31 de agosto, com a condição de que a situação seja "segura", informou o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price.

No entanto, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borell, admitiu nesta terça que "os talibãs venceram a guerra. Devemos falar com eles".

O Canadá anunciou que não tem a intenção de reconhecer um governo talibã, enquanto o ministro de assuntos exteriores da Grã-Bretanha, Dominic Raab, disse que "normalmente" Londres não vai trabalhar com os insurgentes.

- Coordenar a decisão? -

Mas, com as negociações ainda em curso no Catar para se chegar a um governo que seja o mais representativo possível da sociedade afegã, "queremos avaliar se há uma possibilidade de moderar o tipo de regime" que vai governar o Afeganistão, acrescentou.

"Agora detêm o poder e devemos levar esta realidade em conta", afirmou Raab à Sky News, sem deixar de admitir que as possibilidades de ver instalado um governo inclusivo são pequenas.

As potências ocidentais têm muito menos capacidade de influência agora que os talibãs estão no poder do que quando estavam no campo de batalha.

Os Estados Unidos exercem, no entanto, uma influência sem igual nos credores internacionais e podem impor sanções drásticas ou condicionar as ajudas necessárias para reconstruir um país devastado por 20 anos de guerra.

Lisa Curtis, ex-conselheira da Casa Branca para a Ásia Central e do Sul na Presidência de Donald Trump, avalia que Washington deveria usar um possível reconhecimento diplomático dos talibãs para pressioná-los e exigir deles uma conduta melhor.

"Já que devemos fazer nossa ajuda chegar lá, vamos ter que nos relacionar com eles em certo nível", acrescentou. "Mas o reconhecimento diplomático não deveria ser entregue sem nada em troca", afirmou.

- Difícil perdoar -

Só três países - Paquistão, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita - reconheceram o regime talibã precedente, que impôs uma versão ultrarrigorosa da lei islâmica.

Desta vez, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, tentou impedir que o Paquistão, um histórico apoiador dos talibãs, reconhecesse o novo governo, assegurando que este reconhecimento deveria ser acordado "sobre uma base internacional, não unilateral".

Mas em termos de laços diplomáticos, os Estados Unidos não perdoam facilmente.

Washington esperou duas décadas após a queda de Saigon para estabelecer relações com o Vietnã comunista e 54 anos antes de reabrir uma embaixada em Cuba.

Ao contrário, nunca restabeleceu as relações com o Irã após a revolução islâmica de 1979.

Ao realizar um acordo de retirada com os talibãs em 2020, o então presidente Trump parecia apontar para a possibilidade de se entender com os insurgentes por considerá-lo útil para enfrentar o grupo Estado Islâmico.

O ressurgimento da pandemia da Covid-19 na Europa ilustra o dilema que os governos vêm enfrentando há vários meses: impor uma nova quarentena, com o risco de estrangular a frágil recuperação econômica, ou aumentar gradativamente as restrições, sem garantia de parar a segunda onda.

"Nos Estados Unidos, os feriados do Dia da Memória no final de maio e do Dia da Independência em 4 de julho foram seguidos por picos de contágio", disse recentemente em um artigo a francesa Esther Duflo, vencedora do Nobel de Economia.

A partir desse fato, Duflo propôs, para evitar um "surto catastrófico" da doença entre os idosos no Natal, estabelecer um novo confinamento em toda a França de 1o a 20 de dezembro.

"As compras de Natal podem ser incentivadas durante o mês de novembro e as lojas podem permanecer abertas para pedidos durante a quarentena", argumentou Duflo em uma coluna publicada no jornal francês "Le Monde".

Sua proposta não foi bem recebida por todos.

"Não sei se Esther Duflo tem o Prêmio Nobel de Psicologia", mas "um reconfinamento geral significaria o colapso do país", reagiu o presidente da principal organização patronal da França (Medef), Geoffroy Roux de Bézieux.

- "Permanecer humildes" -

Neste contexto e face a uma opinião pública cada vez mais relutante, entre manifestações contra a obrigatoriedade do uso de máscara na Alemanha e os protestos na França contra o fechamento dos bares, um confinamento geral e prolongado não parece ser uma opção para os governantes.

O governo irlandês, por exemplo, decidiu não seguir o conselho de seu comitê científico, que defendia a quarentena. Mas os irlandeses não podem mais deixar seu condado, para limitar a circulação do vírus.

Paris fechou suas academias e bares, e Bruxelas fará o mesmo a partir de quinta-feira, enquanto Hamburgo equipou suas escolas com purificadores de ar.

"Devemos permanecer humildes diante desse vírus, do qual ainda pouco sabemos e, sobretudo, ser muito reativos. Dizer que vamos nos reconfinar dentro de dois meses será tarde demais. Devemos fazê-lo assim que se constatar uma aceleração da epidemia", avalia Jonathan Benchimol, economista do Banco de Israel.

Israel foi o primeiro Estado, em meados de setembro, a decretar um novo confinamento da população. Mas, enquanto em março e abril, "tudo estava fechado, menos os shoppings, desta vez o confinamento é mais inteligente, tanto econômica quanto psicologicamente", afirma o economista.

Por recomendação do Banco Central, "as empresas com alta contribuição para o PIB e baixo risco de morbidade para trabalhadores e clientes, como alta tecnologia, indústria pesada, finanças e construção, foram mantidas abertas".

- "Bomba atômica" -

Como podemos evitar o maior número possível de mortes e, ao mesmo tempo, causar o mínimo de perturbações negativas na vida social e econômica?

"Esta é a equação complexa que os governos enfrentam", diz o diretor de pesquisa do CNRS (Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica), Pierre-Yves Geoffard.

E acrescenta: "A queda do PIB não é um número abstrato, é a explosão do desemprego, da pobreza e da precariedade".

Para ele, um novo confinamento é uma solução extrema, uma "bomba atômica".

"Na Suécia, o raciocínio é que, se as escolas forem fechadas, as crianças serão privadas de educação, embora saibamos que a educação é crucial para a saúde a longo prazo", aponta Geoffard.

É "a saúde de alguns contra a saúde de outros amanhã", completou.

Para este economista da saúde, a melhor estratégia a adotar contra a covid-19 continua sendo aquela que tem sido usada historicamente contra a maioria das doenças infecciosas: "testes, rastreamento e isolamento".

Às vésperas das legislativas de 9 de abril, ativistas do norte de Israel tentam convencer os moradores árabes a votar, mas eles se dividem entre os que querem votar ou boicotar as eleições.

Quatro partidos árabes participam das eleições em duas listas. Afirmam representar a minoria árabe (17,5% da população).

Em cada evento eleitoral, a história se repete. Têm que enfrentar as convocações de boicote feitas pelos árabes israelenses e a hostilidade dos partidos judaicos em um país com três quartos da população judia.

"Sucessivos governos israelenses condenaram a população árabe ao ostracismo" mas "nossa luta não deve estar ausente do Parlamento, é ali que se decide a lei", diz a candidata Sondos Saleh, da aliança de partidos árabes Hadash-Taal.

"Se os árabes boicotarem as eleições, o poder israelense vai eleger árabes que o representem e falem em seu nome", insiste diante de uma centena de moradores na parte antiga de Acre.

Um famoso rapper árabe israelense, Tamer Nafar, publicou na quinta-feira um vídeo em que pede que as pessoas votem.

"Ou votamos ou acabaremos expulsos da pátria", canta, enquanto aparece em um ringue lutando consigo mesmo para demonstrar as contradições da comunidade.

Ao contrário, em um bairro árabe da cidade de Haifa, indivíduos não identificados cobriram cartazes eleitorais com a inscrição em vermelho: "Vou votar quando os mártires forem votar", em alusão aos mortos no conflito entre israelenses e palestinos.

Os árabes israelenses são descendentes de palestinos que ficaram em suas terras após a criação do Estado de Israel, em 1948. A imensa maioria é de muçulmanos, mas também há cristãos e drusos. Têm cidadania israelense e direito ao voto.

- Repúdio ou adesão -

Eles se debatem entre a solidariedade aos palestinos e a adesão ao Estado de Israel, entre a participação e o repúdio ao sistema parlamentar.

Afirmam ser vítimas de discriminação e negligência por parte das autoridades. Quase 50% da comunidade vivia sob o umbral da pobreza em 2015. Comparativamente, o índice de pobreza em outros grupos de Israel (exceto os judeus ultraortodoxos) era de 13,5%, segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE).

Em 2015, 64% dos eleitores árabes foram às urnas.

"Por enquanto, a participação dos árabes é estimada em 51%", afirma o analista A'as al Atrache, radicado em Nazaré. O boicote ganha adeptos entre os jovens de 18 a 30 anos, que fazem campanha nas redes sociais, acrescenta.

Uma situação que se deve às divisões entre partidos árabes e a frustração com os resultados obtidos no Parlamento.

Em 2015, os partidos árabes apresentaram uma lista única para poder alcançar os 3,25% de votos requeridos para entrar no Parlamento. Obtiveram um resultado histórico: 13 assentos do total de 120.

Este ano, concorrem em duas listas: Hadash-Taal, laica, e Raam-Balad, uma aliança entre um partido nacional árabe e um movimento islamita.

- Quinta coluna -

No mesmo encontro do qual participa Sondos Saleh, o pesquisador e ativista Alif Sabbagh defende o boicote.

Ele distingue três categorias de não votantes: os que não votam nunca porque Israel é um "Estado de ocupação e colonialista", os que se desesperam com a falta de resultados com a representação parlamentar e os indignados com as leis recentes, segundo eles, discriminatórias.

A Knesset votou em 2018 a lei do "Estado-nação judeu", que infundiu medo entre os israelenses não judeus. Eles temem que os torne em cidadãos de segunda classe, ao fazer prevalecer o caráter judaico do país sobre outros princípios, como democracia e igualdade.

O primeiro-ministro de direita, Benjamin Netanyahu, acentuou o temor, declarando que Israel "não é o Estado de todos os seus cidadãos (...) Israel é o Estado-nação do povo judeu e unicamente do povo judeu".

A direita costuma equiparar os partidos árabes a uma "quinta coluna" anti-israelense.

O candidato de direita Oren Hazan publicou um vídeo inspirado em uma cena do clássico filme de faroeste "Três homens em conflito", em que aparece no banheiro, sacando um revólver para matar o deputado árabe Khamal Zahalka.

De cada 10 eleitores do presidenciável Ciro Gomes (PDT), 4 estão no Nordeste. Segundo a mais recente pesquisa Ibope, o pedetista tem 14% das intenções de voto na região (o que significa 42% dos votos dele). Com esses dados, nomes fortes da campanha de Ciro afirmam que o cenário ideal, pelo menos para levá-lo ao segundo turno, seria a sua consolidação entre o eleitorado nordestino, dobrando suas intenções de voto e evitando a transferência de eleitores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - condenado e preso na Lava Jato - para o ex-prefeito Fernando Haddad, vice na chapa petista.

Segundo o presidente do PDT, Carlos Lupi, Ciro é forte no Nordeste e deve consolidar ainda mais sua liderança no Ceará. "E, nos demais Estados, vamos contar com palanques competitivos", disse Lupi. Apesar do otimismo, a matemática não é tão simples - já que o jogo de alianças regionais do PDT atinge um arco que vai do MDB de Renan Calheiros (em Alagoas) ao próprio PT. Ou seja, a lealdade eleitoral se desenha bastante difusa e pragmática.

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A situação já é curiosa no próprio Ceará, Estado dominado pela família Gomes. O candidato de Ciro é o governador Camilo Santana, do PT. Líder isolado nas pesquisas, ele não segue a lógica do seu partido e tem empenhado apoio claro ao candidato do PDT em nível nacional. A presença de Cid Gomes, irmão de Ciro e candidato ao Senado, também é considerada fundamental na região.

Já nos outros Estados nordestinos, o PDT vai ter de trabalhar muito para garantir seu espaço. Em Alagoas, o partido está na coligação do líder das pesquisas, o governador Renan Filho (filho de Renan Calheiros). A chapa de Renan Filho também terá o apoio do PT. As inclinações do MDB local são totalmente lulistas - o que deve dificultar a vida de Ciro no Estado.

No Maranhão a relação também é conflituosa. O PDT está na coligação (com outros 14 partidos) pela reeleição do governador Flávio Dino (PCdoB). Como a deputada estadual Manuela d’Ávila, que também é do PCdoB, é cotada para ser a vice de Haddad, a máquina maranhense deve trabalhar, em nível nacional, pela candidatura petista.

Em Pernambuco, o PT tratou de isolar Ciro ao retirar a candidatura própria e apoiar o governador Paulo Câmara. Assim, restou à legenda apoiar Maurício Rands (PROS), que hoje tem 2% de intenção de voto. No Piauí e na Bahia, os pedetistas estão compondo a coligação do PT. Situação um pouco mais confortável o partido só encontra no Rio Grande do Norte (onde tem candidato próprio), Paraíba e Sergipe (onde aparecem na vice do PSB).

A campanha de Ciro vai reforçar ataques ao PT e ao próprio Haddad no Nordeste. A missão pedetista é evitar que o ex-prefeito de São Paulo herde os votos de Lula. Para isso, já trabalham com o discurso da "irresponsabilidade petista" e de carimbar em Haddad a ideia do "poste" e de alguém com poucas ligações com o Nordeste.

Ciro quer conquistar o eleitor que estiver "órfão" do ex-presidente ao tentar desconstruir a imagem de Haddad. As agendas e ações no Nordeste devem se intensificar na medida em que o ex-prefeito já está visitando os Estados da região. Hoje, segundo a pesquisa Ibope, Haddad tem apenas 5% dos votos dos nordestinos.

Outras regiões. O presidenciável do PDT também busca eleitores no Sudeste. Nesta semana, Ciro focou esforços, e suas primeiras ações de rua, na Grande São Paulo, mais especificamente Guarulhos (anteontem) e Osasco (ontem). Apesar de pouca militância nas ruas, a proposta do PDT é buscar o eleitorado petista na região - abrindo mão do voto do interior de São Paulo, que já considera perdido para Geraldo Alckmin (PSDB) e Jair Bolsonaro (PSL).

Para sobreviver na corrida presidencial, afirmam interlocutores, Ciro vai ter de correr - mantendo "um olho no peixe e outro na gato". A agenda dele nos próximos dias confirma essa avaliação. Hoje, Ciro estará em Brasília e, amanhã, segue para uma extensa agenda no Tocantins - região de Kátia Abreu, vice em sua chapa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No dia 3 de fevereiro, o Teatro RioMar recebe o espetáculo Angelicus Prostitutus, em única apresentação. Inspirada no teatro medieval, o Grupo Matraca apresenta as várias facetas da prostituição humana, seja ela sexual, social e ideológica, trazem dilemas éticos e morais históricos refletidos. Os ingressos já estão à venda e podem ser adquiridos ao valor de R$ 25 até R$ 70, na bilheteria do espaço cultural ou no site Ingresso Rápido.

Na peça, o ator Marcelino Dias interpreta Angelicus, um homem comum e sujeito a cometer erros, que após a morte é julgado por Nossa Senhora e pelo Demônio, por situações que o fizeram matar, roubar e mentir. O texto mostra que há várias maneiras de prostituir-se: seja por meio do território sexual - o mais convencional - ou pelos aparelhos ideológicos, como igreja, família, Estado, escola ou polícia. Também aborda aspectos destrutivos dos desejos humanos num tom de comédia, extraído de um diálogo direto e inteligente.

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Serviço

Angelicus Prostitutus

Dia 3 de fevereiro | 21h

Teatro RioMar (Av. República do Líbano, 251, 4º piso - RioMar Shopping)

Balcão: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia)

Plateia Alta: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia)

Plateia Baixa: R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia)

Televendas: 4003-1212

Até o fim desta segunda-feira (27), a Ordem dos Advogados do Brasil seccional Pernambuco (OAB-PE) deve recorrer à Corte Especial do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) contra a queda da liminar que suspendia o quinto mandato de presidente da Assembleia Legislativa (Alepe), do deputado estadual Guilherme Uchoa (PDT). De acordo com informações da assessoria de imprensa, a equipe jurídica da OAB-PE está finalizando os últimos detalhes do recurso para encaminhá-lo ao TJPE. 

>> "Vou assumir a sexta vez", ironiza Uchoa após queda da liminar

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A liminar que afastou Uchoa do cargo foi expedida pela juíza da 2ª Vara da Fazenda Pública do Recife, Mariza Silva Borges, no último dia 16. No entanto, quatro dias depois o presidente do TJPE, desembargador Frederico Neves, derrubou a decisão. No texto, Neves justificou que suspender o mandato de Uchoa como presidente da Alepe “não se mostra minimamente razoável (...) sem que tenha havido, sequer, oportuna impugnação à candidatura respectiva, por quem quer que seja”.

O dilema entre a OAB-PE e o deputado Guilherme Uchoa iniciou em janeiro, antes mesmo da eleição dele para o quinto mandato. O colegiado considera inconstitucional a recondução de um paramentar para o mesmo cargo na Mesa Diretora da Alepe por mais de duas vezes. A ótica da OAB-PE também se estende ao deputado estadual Eriberto Medeiros (PTC) que foi eleito, pela terceira vez, para a 4ª secretaria da Casa. 

Soa até repetitivo, mas toda temporada Renatinho tem de responder se prefere jogar na lateral ou no meio-campo. Depois de ser testado na esquerda no jogo diante do Central, o jogador, outra vez, foi questionado sobre o assunto. E tão repetitivo quanto a pergunta é a resposta dada pelo atleta.

“Fico tranquilo com essa situação. O que quero é jogar e ajudar o time a conseguir os objetivos, as vitórias. Independente se for no meio-campo ou na lateral. Essa sempre será a minha resposta”, confirmou o jogador da base coral.

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Confirmado na lateral contra o Salgueiro, Renatinho espera que o Santa Cruz conquiste a segunda vitória no Campeonato Pernambucano. O ambiente, após o jogo diante do Central, já está diferente.

“Agora, teremos mais tranquilidade. Sabíamos que uma hora ou outra a vitória viria. Dependia apenas da nossa força de vontade. Nos sobressaímos na parte técnica e igualamos na vontade. Foi o que prevaleceu e, por isso, saímos com o resultado positivo”, finalizou.

A Ordem dos Advogados do Brasil seccional Pernambuco entrará, até a próxima quarta-feira (4), com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) para tentar barrar o quinto mandato do deputado Guilherme Uchoa (PDT) na presidência da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Uchoa foi reeleito nesse domingo (1°), com a preferência de 38 dos 49 parlamentares.

“Infelizmente, como a Alepe insiste em perpetuar o seu presidente no cargo, em desprezo à norma constitucional, vamos judicializar a questão", destacou o presidente da OAB-PE, Pedro Henrique Reynaldo Alves. Segundo ele, a inconstitucionalidade da reeleição do pedetista já tinha sido confirmada pela Comissão de Estudos Constitucionais (CEC) da OAB-PE, presidida pelo jurista Ivo Dantas, em parecer encaminhado para a Alepe. “Nossa expectativa era que aquela Casa Legislativa desse o exemplo no cumprimento da Constituição de nosso Estado. O que não aconteceu”, frisou o presidente da Ordem. 

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Parecer da OAB

O documento em que a OAB-PE analisa a constitucionalidade do mandato de Uchoa como presidente da Alepe foi homologado no dia 15 de dezembro e encaminhado a Casa Joaquim Nabuco. O parecer destacou, dentre outros argumentos, que “sob pena de ocorrência de grave inconstitucionalidade, não é possível ao atual presidente da Assembleia, concorrer ao próximo pleito eleitoral para o mesmo cargo que ocupa atualmente”. Para chegar a esta conclusão, segundo Pedro Henrique, a Comissão da OAB-PE fez "uma análise da correta interpretação e amplitude da Emenda Constitucional (EC) 33, de 2011".

A regra vigente, de acordo com o parecer, é a vedação à reeleição do terceiro mandato e a excepcional, carreada pelo Artigo 3º da EC 33, é a possibilidade da reeleição para o terceiro mandato apenas na eleição para o segundo biênio da 17ª legislatura (biênio 2013/2014). O documento ressalta ainda que “regras excepcionais devem ser interpretadas restritivamente, já que não se pode interpretar de forma ampla aquilo que é uma exceção”.

A solicitação de tendências petistas para a realização de um plebiscito interno foi vetada pela Executiva Estadual. De acordo com a presidente da legenda, a deputada Teresa Leitão, o pedido foi analisado durante uma reunião extraordinária realizada ainda nessa segunda-feira (10) e “foi superado”. 

“Não vai ter plebiscito. Analisamos o pedido que chegou para nós ontem mesmo, durante uma reunião que houve a representação de várias tendências que subscreveram a carta. Não temos tempo para fazer a consulta, por isso não teremos plebiscito”, informou a presidente.

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Segundo ela, a demanda foi superada ao ampliar o tempo de debate no Encontro de Tática Eleitoral que agora vai acontecer nos dias 22 e 23 deste mês. “O que o pessoal queria era mais tempo para o debate e assim vamos fazer. Passamos o nosso encontro de um dia, para um dia e meio”, afirmou. A programação do evento será definida no próximo dia 17. 

O imbróglio da entrega de cargos do PT nos governos do PSB parece estar longe de ter um ponto final. Entre os petistas que ainda participam das gestões está o secretário de habitação do Recife, Eduardo Granja, que afirmou, nesta sexta-feira (28), continuar no comando da pasta até que a legenda dê espaço para um diálogo e a apresentação dos benefícios adquiridos com a aliança na Prefeitura do Recife (PCR). A Executiva Nacional determinou na última semana que todos os petistas deixassem imediatamente os cargos, com a possibilidade de expulsão caso não acatem a medida.

"Desta forma não vai ser feita. Se o debate é que cada um arque com as consequências, a gente arca com a nossa. Não vamos aceitar esse tipo de interpelação. Se o tratamento for esse, talvez a gente não caiba mais na casa", disparou. Questionado se a direção da legenda solicitasse que ele escolhesse o governo ou o partido, Granja voltou a afirmar que não aceitaria a imposição. "Aí me expulsem", disparou.

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De acordo com o secretário, nove pessoas ligadas ao grupo político dele compõem o corpo administrativo da secretaria de habitação do Recife. "Até da CNB tem gente ainda na secretária", revelou.

 

Uma avalanche de nomes socialistas. É esse o cenário que o PSB tem deixado vir à tona nos últimos meses com a aproximação das eleições para a sucessão estadual. Desta vez circula nos bastidores a especulação de que o secretário das Cidades, Danilo Cabral (PSB), seria o sorteado do momento. Dizem até que ele e o secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, teriam entrado em consenso para Cabral ser o escolhido. 

Cabral, que está em Brasília captando recursos para o projeto de navegabilidade do Rio Capibaribe, negou através de uma nota encaminhada ao jornalista Magno Martins qualquer conversa sobre a sucessão. "Não estou tratando do tema sucessão estadual. Encontro-me exclusivamente dedicado à tarefa que me cabe até 5 de abril de 2014, à frente da Secretaria das Cidades. Com relação às eleições, aguardo de forma disciplinada orientação do nosso presidente do PSB, governador Eduardo Campos", garantiu o secretário. 

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Já esteve entre os "quase" protagonistas Alencar, o ex-ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, o vice-governador, João Lyra Neto, e o secretário da Fazenda, Paulo Câmara. O último socialista a ter o foco das atenções para ocupar a possível vaga de líder na chapa majoritária foi o ex-deputado Maurício Rands. 

 

O ex-vereador do Recife e membro da Comissão Tática Eleitoral do PT, Dilson Peixoto, afirmou, nesta terça-feira (4), que sente “vergonha” da atual conjuntura da legenda em relação aos cargos ocupados nos governos do PSB em Pernambuco. Como exemplo, Peixoto voltou a criticar o presidente do PT do Recife, Oscar Barreto, que é secretário executivo de Agricultura no Governo do Estado. 

“Tenho vergonha do que a gente assiste no PT em Pernambuco hoje”, cravou. Em seguida, acrescentou. “Veja Daniel, foi coerente, não tinha sentido de Daniel ser líder na Assembleia quando o partido dele decidiu compor com Eduardo. O PT hoje tem a liderança da oposição, o deputado Sérgio Leite tem a liderança. Mas como é que fica isso? É um filiado lá que ninguém nunca ouviu falar que está em um ‘carguinho’ escondido e agarrado nas tetas do governo? Não é. É o presidente do maior diretório municipal do PT em Pernambuco, do diretório municipal do Recife (Oscar Barreto) que continua desfiando e humilhando o partido ocupando um cargo de primeiro escalão”, disparou Peixoto.

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A direção estadual do PT decidiu, enfim, que vai fazer um levantamento dos cargos ocupados por filiados ao partido, principalmente, no Governo do Estado e na Prefeitura do Recife. Em 15 dias a listagem deve estar pronta e os que não solicitaram ainda a exoneração vão ser notificados. Caso o cargo não seja desocupado, a legenda tomará medidas cabíveis como punição, já previstas no Código de Ética da sigla. A decisão foi anunciada nessa segunda-feira (3), após a reunião do diretório estadual. 

Para o ex-vereador é possível que Barreto aguarde a chegada da notificação para poder tomar uma atitude. "Precisa isso? É necessário isso? Deve ter e, com certeza tem, um filiado ao PT que ocupa um cargo de quinto escalão no governo do estado, esse caso sim deve receber notificação, mas Oscar não deveria esperar 15 dias para receber a notificação", criticou.

Na última semana o assunto voltou a repercutir na mídia e em conversa com o LeiaJá, Oscar Barreto pontuou que não tinha sido uma indicação de nenhum outro petista para assumir a secretaria e que teriam pessoas ocupando cadeiras nas secretarias estaduais de Cultura e de Eduacação. "Ele disse que tem cargos meus na secretaria de cultura. É importante que se ele conhece diga quem é", rebateu Dilson Peixoto.

A estrutura das comissões e bancadas da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para a sessão de 2014 já foi definida. No entanto, o que tem chamado a atenção é quem vai ocupar a liderança da oposição. No organograma divulgado pelo Diário Oficial do Estado, o tucano Daniel Coelho permanece no cargo, tendo como vice-líderes Adalberto Cavalcanti (PTB) e Teresa Leitão (PT), mas até onde se sabe, o PSDB já embarcou na base do governo de Eduardo Campos (PSB) e, segundo as regras, não terá mais como compor a oposição na Casa. Coelho já afirmou que pode até continuar na liderança, mas a decisão só será tomada após o fim do recesso parlamentar.

Dos partidos com representação na Casa Joaquim Nabuco, fazem parte da bancada oposicionista PT, PTB, DEM e o PMN. Entre os parlamentares destes partidos um dos mais cogitados para liderar o grupo é Maviael Cavalcanti (DEM). “Defendo no PTB que o líder da oposição possa ser Maviael Cavalcanti. Ele é um deputado com mais de seis mandatos, tem sido firme em suas posições e dialoga com todos os 48 deputados da Casa. Na hora que Daniel Coelho vier a desistir, o nome de Maviael é a tendência que o nosso partido deve seguir”, disse o deputado Silvio Costa Filho (PTB). 

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O presidente do PT no Recife, Oscar Barreto, está sendo alvo de uma denúncia interna, que pode acarretar na expulsão dele da sigla, encabeçada pelo ex-vereador Dilson Peixoto (PT). A denúncia, segundo Barreto, é resultado de "brigas pessoais" e "não tem nada haver com política". No requerimento Dilson alega que Oscar, durante as eleições municipais em 2012, impulsionou a indisciplina dentro do PT ao "estimular" que os petistas não votassem em Humberto Costa (PT), além de outros pontos como um possível pedido feito por Humberto e o deputado federal, João Paulo (PT), visando o cancelamento do  Processo de Eleições Diretas (PED) no estado. 

"Dilson não conhece o partido, ele não ajudou a construir o partido, chegou bem depois e só fez se beneficiar com o PT. Assim como o Pedro Eugênio e outros que chegaram depois, vieram com ódio do PSB e querem que o PT tenha ódio do PSB", disparou Oscar. 

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O presidente está concorrendo a reeleição no PED municipal e afirmou que agora está dedicado a campanha, já que as eleições acontecem no próximo domingo (10). "Estou com a agenda cheia nesses últimos dias, trabalhando na minha campanha", frisou deixando a entender que está tranquilo com relação ao processo interno contra ele. Caso a denúncia de Dilson seja acatada, Oscar ainda tem o direito à defesa, por isso continua sendo legítima a participação dele no PED. 

 

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Com muita polêmica e poucos acordos a Executiva do PT, se reuniu nessa segunda-feira (14), para conversar sobre o quadro do partido no estado. Entre os assuntos, o mais focado, foi se os petistas entregariam ou não os cargos ocupados pelos petistas no governo de Eduardo Campos (PSB) e na gestão de Geraldo Julio (PSB), na Prefeitura do Recife. Após uma exaustiva discussão, a Executiva decidiu convocar uma reunião extraordinária do Diretório Estadual para o próximo domingo (20), às 9h, onde devem bater o martelo e oficializar se saem ou não. 

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Antes disso, sexta-feira (18), os petistas vão encaminhar uma delegação estadual para São Paulo, onde vão participar de uma reunião a Executiva nacional sobre o quadro após a saída do PSB do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) e a postura da legenda em Pernambuco. A delegação, de acordo com a assessoria de imprensa do partido, vai ser composta pelo senador, os deputados federais e estaduais. Além deles, os candidatos ao Processo de Eleições Diretas (PED) no âmbito estadual, representantes das tendências e alguns prefeitos.  

“O encontro com a nacional vai discutir a conjuntura e a importância política de Pernambuco no cenário nacional. E no domingo o Diretório deliberará pela entrega ou não dos cargos”, explicou o presidente da legenda no estado e deputado federal, Pedro Eugênio.

No último domingo (13) uma ala petista, liderada pelo senador Humberto Costa e o deputado federal João Paulo, anunciou a entrega dos cargos. No entanto, a decisão foi protestada pelas tendências lideradas pelo ex-prefeito do Recife, João da Costa, o presidente do PT municipal, Oscar Barreto, e os deputados Fernando Ferro e Teresa Leitão. 

 

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