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O Partido Democrático Trabalhista (PDT), antiga sigla do deputado federal Túlio Gadêlha (Rede-PE), sinalizou interesse em ter o parlamentar de volta à própria bancada em 2024. Gadêlha foi eleito pela legenda em 2018 e permaneceu filiado até 2021, quando migrou para o Rede Sustentabilidade. No momento, a preocupação do PDT sobre o retorno do deputado seria a possibilidade de ele perder o mandato atual, de acordo com a Folha de São Paulo. 

Túlio não foi o primeiro deputado a abandonar o PDT na legislatura da época. Em maio de 2021, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) ganhou na Justiça Eleitoral permissão para deixar o partido de Ciro Gomes sem perder o mandato, após alegar que recebeu tratamento desigual por um voto discordante sobre a reforma da Previdência. Gadêlha também deixou o partido por divergências, com destaque para o apoio pedetista à candidatura de João Campos (PSB) à Prefeitura do Recife em 2020. 

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Deputados federais não podem abandonar suas siglas sem apresentar justa causa à Justiça Eleitoral. Para permitir novos arranjos, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibiliza uma "janela partidária" em anos de eleição. Trata-se de um prazo de 30 dias para que parlamentares possam mudar de partido sem perder o mandato. Neste ano, a troca de legenda poderá acontecer de 7 de março a 5 de abril. 

Ainda de acordo com a Folha, as conversas entre o deputado e o PDT ocorrem em meio a movimentações para as eleições municipais. Segundo interlocutores, Gadêlha cogita disputar a prefeitura, mas a federação PSOL-Rede deve lançar a deputada estadual Dani Portela (PSOL) ao pleito. A chegada de Túlio ao PDT pode colocá-lo de volta na disputa municipal, mesmo com a presença de Isabella de Roldão, vice de João Campos, que também é do partido. 

No entanto, o PDT só tem chances de integrar a disputa na capital pernambucana caso mantenha a aliança com o PSB. No Ceará, Cid Gomes, irmão de Ciro Gomes, sonda deixar o PDT para se filiar ao PSB, o que provocaria um “racha” na equação e provavelmente respingaria na relação entre os partidos em Pernambuco. 

 

Em mais um capítulo envolvendo a briga entre os irmãos Cid e Ciro Gomes no Ceará, cinco prefeitos, além do presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, o deputado estadual Evandro Leitão, abandonaram o PDT e decidiram se filiar ao PT.

Os políticos fazem parte do grupo do senador Cid Gomes (PDT-CE), mas não quiseram esperá-lo para pularem do barco em busca de um novo partido.

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Cid também está de saída do PDT, mas não tem um destino definido, uma vez que seu nome enfrentou resistência no PT. Em entrevista ao Diário do Nordeste, o presidente do partido no Ceará, Antonio Filho, explicou que não tem como comportar todo o grupo de Cid Gomes. "São 43 prefeitos, além de 15 deputados. Isso tem repercussão em situações locais e regionais", justificou.

O ato de filiação de Leitão ocorreu neste domingo, 17, em um hotel na Avenida Beira-Mar, em Fortaleza. O evento contou com as presenças dos principais nomes do PT no Ceará: o ministro da Educação, Camilo Santana, o líder do governo Lula na Câmara, deputado José Guimarães, e o governador Elmano Freitas.

O ato de filiação dos prefeitos "neopetistas" foi adiado para o início do próximo ano. O PT, no entanto, já anunciou alguns nomes. São eles, os prefeitos de Granja, Aníbal Filho; de Chaval, Sebastiãozinho; de Icó, Laís Nunes; de Uruoca, Kennedy Aquino; e de Barbalha, Dr. Guilherme. Todos eles estavam filiados ao PDT.

Também se juntarão ao partido os prefeitos de Aurora, Marcone Tavares (ex-PSD); de Nova Olinda, Ítalo Brito (ex-PP); de São Gonçalo do Amarante, Professor Marcelão (estava sem partido). Com isso, o PT passará a comandar 40 prefeituras no Estado, ultrapassando o PDT e se tornando o partido com mais Executivos municipais no Ceará.

A briga entre os irmãos Ciro e Cid Gomes se tornou pública em 2022 com o fim da aliança de 16 anos entre o PT e o PDT no Ceará. Ciro Gomes foi candidato a presidente da República e não quer mais se alinhar com o partido de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de quem foi ministro da Integração Nacional.

Neste ano, a disputa se estendeu ao comando do partido. No último dia 10 de novembro, o juiz Cid Peixoto do Amaral Neto, da 3ª Vara Cível de Fortaleza, suspendeu a intervenção do comando nacional do PDT no diretório estadual da legenda no Ceará. Na prática, a decisão liminar devolveu o comando do diretório a Cid Gomes.

Na decisão, o magistrado suspendeu a intervenção e o processo ético-disciplinar abertos contra Cid Gomes dentro do partido. A intervenção havia sido determinada pela executiva do partido depois de uma reunião acalorada que contou com bate-boca e troca de ofensas entre os irmãos.

Comando do PDT no Ceará é estratégico para eleições do ano que vem

O comando da sigla no Ceará é estratégico para construir alianças de olho nas eleições municipais de 2024. Os ânimos se acirram, principalmente, com a disputa por Fortaleza. Aliado do prefeito José Sarto (PDT), Figueiredo defende a sua reeleição, enquanto outros consideram alternativas.

Em junho, Cid Gomes e André Figueiredo selaram um acordo de paz, com o deputado pedindo licença do cargo e entregando provisoriamente a função ao senador até novembro. O acordo não chegou ao fim após novos desentendimentos. Um deles envolveu o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão (PDT), que vinha se colocando como opção para as eleições na capital.

Em agosto, sob o comando de Cid Gomes, o diretório estadual entregou uma carta de anuência para que Leitão pudesse deixar a sigla sem perder o mandato. A validade do documento foi contestada pela executiva nacional do PDT.

O juiz Cid Peixoto do Amaral Neto, da 3ª Vara Cível de Fortaleza, suspendeu, na sexta-feira (10), a intervenção do comando nacional do PDT no diretório estadual da legenda no Ceará. A decisão liminar devolve o comando do diretório ao senador Cid Gomes, em mais um episódio da disputa interna entre os irmãos Cid e Ciro Gomes.

Na decisão, o magistrado suspende a intervenção e o processo ético-disciplinar abertos contra Cid Gomes dentro do partido. A intervenção havia sido determinada pela executiva do partido depois de uma reunião acalorada que contou com bate-boca e troca de ofensas entre os irmãos Ferreira Gomes.

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"Defiro parcialmente o pedido de tutela de urgência e determino a imediata suspensão do Processo Ético-Disciplinar nº 006/2023 (do PDT nacional contra Cid Gomes), bem como da intervenção aprovada na reunião da Executiva Nacional, realizada em 27 de outubro de 2023", diz o juiz na decisão.

Procurados pelo Estadão, Cid Gomes e André Figueiredo não se manifestaram até a publicação deste texto.

O comando da sigla no Ceará é estratégico para construir alianças de olho nas eleições municipais de 2024. Os ânimos se acirram, principalmente, com a disputa por Fortaleza. Aliado do prefeito José Sarto (PDT), Figueiredo defende a sua reeleição, enquanto outros consideram alternativas.

Em junho, Cid Gomes e André Figueiredo selaram um acordo de paz, com o deputado pedindo licença do cargo e entregando provisoriamente a função ao senador até novembro. O acordo não chegou ao fim após novos desentendimentos. Um deles envolveu o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão (PDT), que vinha se colocando como opção para as eleições na capital.

Em agosto, sob o comando de Cid Gomes, o diretório estadual entregou uma carta de anuência para que Leitão pudesse deixar a sigla sem perder o mandato. A validade do documento foi contestada pela executiva nacional do PDT.

O presidente nacional do PDT, André Figueiredo, afirmou em entrevista ao portal CN7 que abrirá um processo de expulsão contra Cid.

"Vamos denunciar os ditames ditatoriais da Justiça do Ceará ao CNJ, na segunda. Faz os caprichos de um político, que se acha poderoso. E, agora, vamos abrir processo de expulsão contra o senador Cid Gomes. Não íamos fazer isso. Agora, nós vamos", disse.

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma hoje (1º) o julgamento que deve proibir o uso da tese de legítima defesa da honra para justificar a absolvição de condenados por feminicídio. A sessão está prevista para às 14h.  

Até o momento, o plenário formou maioria de seis votos para impedir que a tese possa ser utilizada como argumento de defesa dos advogados do réu ou para justificar absolvição pelo Tribunal do Júri. Faltam os votos das ministras Rosa Weber e Cármen Lúcia. 

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O STF julga uma ação protocolada pelo PDT em 2021 para impedir a absolvição de homens acusados de homicídio contra mulheres com base no argumento de que o crime teria sido cometido por razões emocionais, como uma traição conjugal, por exemplo.  

No Supremo, a maioria foi formada na sessão de 30 de junho, antes do recesso de julho. Na ocasião, as ministras sinalizaram que também vão acompanhar a maioria.  

Na época, a presidente do tribunal, Rosa Weber, comentou que o país tem histórico de normas que chancelaram a violência contra a mulher. "A mulher era uma coisa, era uma propriedade, por isso podia ser morta para lavar a honra do marido", afirmou.  

Histórico

Ao longo da história, a legislação brasileira previu normas que chancelaram a violência contra a mulher.

Entre 1605 e 1830, foi permitido ao homem que tivesse sua "honra lesada" por adultério agir com violência contra a mulher. Nos anos seguintes, entre 1830 e 1890, normas penais da época deixaram de permitir o assassinato, mas mantiveram o adultério como crime.

Somente no Código Penal de 1940, a absolvição de acusados que cometeram crime sob a influência de emoção ou paixão deixou de existir. Contudo, a tese continua a ser utilizada pela defesa de acusados para defender a inocência. 

A decisão do Supremo possui repercussão geral e terá impacto em 79 processos sobre a mesma questão no país. 

 

O senador Cid Gomes e o presidente nacional em exercício do PDT, o deputado federal André Figueiredo, selaram um acordo nesta sexta-feira (7) para pôr fim às disputas pelo comando do partido no Ceará, berço político do clã Ferreira Gomes.

Figueiredo se licenciou da presidência estadual até dezembro, e Cid assume o posto com o objetivo de construir alianças para a disputa das eleições municipais em 2024. Irmão de Cid, o ex-governador Ciro Gomes defendia a permanência de Figueiredo no cargo.

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As divergências entre Cid e Ciro se acentuaram nas eleições de 2022. Pela primeira vez em 16 anos, a aliança entre PT e PDT foi desfeita no Estado.

"Que se estanque todo tipo de sangramento que desde o ano passado nós todos do PDT vínhamos sofrendo", disse Figueiredo, em ato na Assembleia Legislativa do Ceará. Ele acumulava a função de presidente do diretório estadual e nacional desde que Carlos Lupi se licenciou para assumir o cargo de ministro da Previdência Social no governo Lula.

Lupi viajou ao Ceará para intermediar as negociações. Cid Gomes reuniu o apoio de integrantes do diretório estadual e convocou uma reunião para assumir o comando da sigla. A executiva nacional, por sua vez, tentou intervir no diretório.

Cid disse que o acordo com Figueiredo era necessário para tranquilizar os filiados que disputarão as eleições municipais em 2024. Segundo ele, o trabalho agora é de formar alianças. Ele destacou a necessidade de se avaliar as especificidades de cada localidade, especialmente no Estado, onde possuem conexões históricas com partidos não tão alinhados ideologicamente. Mas disse que é natural que se tenha mais alianças com partidos mais próximos e citou Rede, PSB e PT.

Em 2022, ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio foi escolhido candidato ao governo com o apoio de Ciro Gomes. O ex-governador Camilo Santana (PT) defendia a indicação da governadora Izolda Cela (PDT), que havia sido sua vice. O PT, porém, decidiu lançar candidato próprio, Elmano de Freitas, que foi eleito. Cid se manteve neutro na disputa.

Nesta sexta, Cid falou que existem "algumas visões diferentes dentro do partido". Classificou o momento como "natural do princípio da democracia e do princípio partidário".

Para 2024, Cid não se apõem a alianças com o PT. Ciro, porém, defende que o PDT tenha candidato próprio na disputa pela prefeitura de Fortaleza.

A disputa política entre o senador Cid Gomes e o ex-ministro Ciro Gomes, candidato à Presidência em 2022, pelo comando no PDT ganha novos contornos com ameaças de punições por infidelidade partidária, tentativa de intervenção da Executiva Nacional no diretório da sigla no Ceará - berço político do clã Ferreira Gomes - e ressentimentos expostos publicamente.

O racha entre os irmãos Gomes se arrasta desde a campanha eleitoral do ano passado, quando Cid decidiu apoiar a candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de um nome do PDT alinhado aos petistas para o governo do Ceará. A divisão se aprofundou.

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Nesta segunda-feira (3), a Executiva Nacional do partido decidiu, por unanimidade (7 a 0), "evocar as competências da executiva estadual no Ceará para a executiva nacional". Na prática, o grupo do atual presidente interino do partido, deputado federal André Figueiredo (PDT-CE), que é ligado a Ciro, tenta manter o comando do partido ao controlar o diretório cearense.

"O termo não é intervenção. Tendo em vista que o os ânimos estão extremamente acirrados, inclusive com a convocação de uma reunião do diretório para destituir a executiva que tem mandato até 31 de dezembro, a direção nacional do partido chamou uma reunião, com a participação de praticamente todos os seus integrantes, para fazer uma evocação dos poderes da direção estadual para a direção nacional. É uma forma de tentar reduzir todos os danos que estão sendo causados ao partido por conta dessas divisões", afirmou André Figueiredo ao Estadão.

O controle da legenda no Ceará é ameaçado pelo grupo do senador Cid Gomes. Amparado por 52 dos 84 integrantes da Executiva Estadual, Cid convocou uma reunião para sexta-feira (7) na tentativa de assumir o controle do partido. O senador não reconhece a decisão tomada pela Executiva Nacional e diz que fará a "reunião na calçada", caso seja barrado de entrar na sede do PDT.

"A meu juízo, a decisão não promove intervenção no diretório estadual, porque o artigo 67 (usado como base da decisão da Executiva Nacional do PDT) trata da possibilidade de a Nacional avocar processos éticos disciplinares. Simplesmente, não se aplica ao caso. Eu disse isso lá: 'Rapaz, se vocês têm alguma intenção diferente da evocação de um processo ético e disciplinar, que é o que diz textualmente, procurem outro artigo. Esse, não'. Enfim, eu falei que a votação era inócua e que me absteria", contou Cid Gomes.

O senador afirmou ainda que manterá a reunião marcada para esta sexta, mesmo com ameaças de represálias por infidelidade partidária por parte de Figueiredo e do grupo de Ciro.

"Se houver quórum, a reunião acontecerá na sede do partido. Se não nós deixarem entrar, faremos na calçada, na frente da sede", disse.

Já Figueiredo, que também preside o diretório no Ceará, entende que a convocação da reunião fere o estatuto do partido. E diz que aguardará o desfecho para avaliar possíveis punições aos envolvidos.

"Tentamos fazer com que o processo seja menos traumático. O grupo do senador Cid está querendo chamar uma reunião para destituir a Executiva legalmente eleita e com mandato. Isso não está previsto em nenhum lugar do nosso estatuto. Há a previsão de convocação sim, mas nunca para destituir um Executiva com mandato. Isso aí é que está gerando toda essa celeuma. O partido não vai reconhecer. O que estamos vendo, infelizmente, é algo que tá fazendo o partido sangrar", disse.

Figueiredo é aliado de Ciro Gomes, rompido com o irmão desde 2022. O mandato de Figueiredo está previsto para durar até o fim do ano. No entanto, este prazo pode ser encurtado caso haja o consentimento dos integrantes da Executiva Estadual do PDT pela troca da liderança.

Os dois lados diferem em qual postura adotar nas eleições do ano que vem. Enquanto Cid busca uma reconciliação com o PT, a ala cirista, ligada a Figueiredo, não quer abrir o diálogo com o partido do governador Elmano de Freitas (PT) e defende a reeleição independente de José Sarto (PDT) na capital.

Procurado pelo Estadão, o ex-ministro Ciro Gomes não se pronunciou.

Para tentar mediar a questão, o ministro Carlos Lupi (Previdência Social), presidente licenciado do PDT, viajou para Fortaleza há cerca de duas semanas. Em reunião com parte dos membros, ele demonstrou não querer abrir mão de André Figueiredo na presidência da sigla até o fim do mandato. As disputas devem se estender até sexta.

O deputado estadual Osmar Baquit (PDT), que chegou com Cid no último encontro, não vê, no entanto, perspectivas próximas para o fim da crise interna do partido. "Eu não vejo como ter esse acordo, está só empurrando para frente", declarou.

Racha no clã Ferreira Gomes

A cisão entre os irmãos Gomes começou na eleição passada. Na ocasião, Ciro ficou frustrado sem o apoio de Cid durante a campanha presidencial. O rompimento foi motivado pela discordância de Cid, aliado do senador e ex-governador petista do Ceará Camilo Santana, com a estratégia de campanha do irmão, que contava com ataques constantes ao presidente Lula.

O embate público ainda se agravou com as disputas estaduais na mesma época. O partido se dividiu entre o apoio à então governadora Izolda Cela (PDT) e o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT). Ciro Gomes bancou a candidatura de Roberto, enquanto os irmãos Cid e Ivo Gomes mantiveram-se neutros para evitar um rompimento com o partido do ex-governador Camilo Santana, que apoiava a candidatura de Izolda.

Apesar do histórico e da divisão política, Cid diz que é natural que ele e Ciro tenham opiniões diferentes sobre determinados caminhos políticos.

"Duas pessoas só brigam quando as duas querem. Nada me fará brigar com Ciro, nenhuma declaração que ele faça, em respeito aos meus irmãos e em respeito à memória do meu pai e da minha mãe", afirmou Cid Gomes nesta terça.

No fim das contas, puxada pela decisão de Ciro, foi desfeita a aliança com o PT que vigorava desde 2006 no Ceará, ano em que Cid Gomes foi eleito governador do Estado. A ação ainda rende ressentimentos.

Insegurança no PDT

Em meio às novas brigas de caciques do PDT, a insegurança é quase consenso entre os parlamentares do partido. Aliado de Cid Gomes, o deputado federal Eduardo Bismarck (PDT) admitiu que muitos parlamentares falam em se desfiliar da sigla "com medo do futuro".

"As pessoas não se sentem seguras porque não sabem o amanhã, principalmente em relação a candidaturas, então estão indo para outros partidos", disse Bismarck.

Nos bastidores há rumores até de uma possível saída de Cid do partido, que nega. O cientista político Kevan Brandão acredita, porém, que isso não acontecerá. "Cid ainda é o nome do consenso do PDT, e ele está ciente disso, por isso vai continuar. Mas hoje está totalmente rachado o PDT do Ceará", avaliou.

Apesar da força de Cid no Estado, Brandão crê que o partido pode deixar de ser o maior do Ceará caso José Sarto (PDT) não seja reeleito em Fortaleza nas eleições do ano que vem. "Se perder a capital em 2024, o PDT tende a passar por muita dificuldade no Ceará e pode perder muita força."

O ex-presidente Jair Bolsonaro(PL) pode perder os direitos políticos e ficar inelegível por oito anos caso seja condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quinta-feira (22) em razão de uma ajuizada pelo PDT, do ex-candidato a presidente Ciro Gomes. A Corte vai decidir se o ex-mandatário usou o cargo e a estrutura do governo para espalhar notícias falsas sobre o processo eleitoral e para fazer campanha em reunião com embaixadores estrangeiros em julho de 2022, enquanto ainda era presidente.

O PDT sustenta que Bolsonaro espalhou um "arsenal de inverdades" com o objetivo de se beneficiar eleitoralmente durante o encontro. A ação cita três motivos para a condenação do ex-presidente: abuso de poder político, abuso de poder no uso dos meios de comunicação e conduta vedada aos agentes públicos em campanhas eleitorais.

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"É inegável que o senhor Jair Messias Bolsonaro aproveitou-se do evento para difundir a gravação do discurso com finalidade eleitoral, indissociável ao pleito de 2022. Isso porque o ataque à Justiça Eleitoral e ao sistema eletrônico de votação faz parte da sua estratégia de campanha eleitoral, de modo que há nítida veiculação de atos abusivos em desfavor da integridade do sistema eleitoral, por meio de fake news, o que se consubstancia em um fato de extrema gravidade, apto a ser apurado na ambiência desta ação de investigação judicial eleitoral", argumenta o PDT.

Segundo o advogado Walber de Moura Agra, um dos autores da ação, as declarações do então presidente na reunião com os embaixadores não consistem em um episódio isolado. Para ele, Bolsonaro manteve uma conduta reiterada de descredibilização do sistema eleitoral durante o período na Presidência da República.

"Ficou claro que houve utilização da TV Brasil, a pressão em funcionários públicos, a disseminação de desordem informacional e utilização de patrimônio público. Além da reunião, uma série de eventos corroboram tudo o que o processo está dizendo. Era algo sistemático, estrutural e reiterado para minar as instituições e a democracia", disse Agra ao Estadão.

O partido lista onze afirmações e ataques à Justiça Eleitoral e ao sistema eletrônico de votação do presidente durante a reunião que configuram, segundo a ação, discurso eleitoral:

- As urnas completaram automaticamente o voto no PT na eleição de 2018

- As urnas brasileiras não possuem sistemas que permitem auditoria

- Não é possível acompanhar a apuração dos votos

- O inquérito que investiga uma invasão ao sistema do TSE, em 2018, não estava sob sigilo

- A apuração dos votos é realizada por uma empresa terceirizada

- O TSE não aceitou sugestões das Forças Armadas para melhorar a segurança do processo eleitoral

- O TSE divulgou que os resultados de 2018 podem ter sido alterados

- As urnas eletrônicas sem impressão do voto são usadas apenas em dois países além do Brasil

- Os observadores internacionais não têm o que fazer no Brasil porque a contagem de votos não é pública

- Um hacker teve acesso a sistemas do TSE, inclusive a milhares de códigos-fontes e a uma senha de um ministro do TSE

- A Polícia Federal pediu os registros cronológicos de acesso ao sistema computacional do TSE, mas sete meses depois a Corte asseverou que eles foram apagados

Aos embaixadores, Bolsonaro alegou que tudo o que foi apresentado estava documentado. Porém, ele apresentou apenas um compilado de declarações de ministros e trechos fora do contexto da apuração da PF. "O que eu mais quero por ocasião das eleições é a transparência. Queremos que o ganhador das eleições seja aquele que foi votado", disse Bolsonaro.

Os advogados de Bolsonaro afirmam que o evento constou de agenda oficial do então presidente da República, previamente informada ao público, e que a má-fé de determinados setores da imprensa levou a cobertura da reunião a tratar "uma proposta de aprimoramento do processo democrático como se se tratasse de ataque direto à democracia". Segundo a defesa, o evento, na verdade, foi "um convite ao diálogo público continuado para o aprimoramento permanente e progressivo do sistema eleitoral e das instituições republicanas".

A legislação eleitoral proíbe o uso da máquina pública e da estrutura do governo em benefício dos candidatos que buscam a reeleição. O abuso de poder político ocorre justamente quando um candidato usa o cargo para tentar influenciar indevidamente a preferência dos eleitores.

"O senhor Jair Messias Bolsonaro, valendo-se de sua condição funcional realizou reunião com os embaixadores de países estrangeiros residentes no Brasil para falar sobre as eleições deste ano, especificamente para atacar a integridade do processo eleitoral com fake news", diz o PDT.

A reunião de Bolsonaro com os embaixadores foi amplamente divulgada à época, inclusive pelos meios de comunicação oficiais do governo federal. O encontro foi transmitido pela TV Brasil e disponibilizado no site da estatal.

O PDT argumenta que o então presidente cometeu abuso de poder no uso indevido dos veículos de comunicação ao promover "um desequilíbrio de forças decorrente da exposição massiva de um candidato nos meios de comunicação em detrimento de outros, de modo apto a comprometer a normalidade e a legitimidade do pleito".

Inclusão de minuta golpista

Durante o processo, o PDT pediu ainda a inclusão da minuta golpista apreendida pela Polícia Federal na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que foi preso na investigação sobre os atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes, em Brasília. O rascunho previa uma intervenção no TSE, liderada por Bolsonaro com apoio do Ministério da Defesa, para anular o resultado da eleição.

"Não significa uma modificação do processo. Não se está colocando um fato novo. A minuta do golpe não é uma tese, é um documento. Não é apócrifo. Consiste em uma prova e o próprio tribunal entendeu desta forma", explicou Agra, advogado do PDT.

O TRE de Pernambuco, por unanimidade, em julgamento na tarde desta terça-feira (16), cassou por fraude à cota de gênero toda a chapa de candidatos a vereador do PDT de Condado (Zona da Mata Norte) nas Eleições de 2020. Com a decisão, dois vereadores eleitos pelo partido perdem os mandatos: Edinaldo do Nascimento da Silva Filho e Rivaldo Custódio da Silva. Da decisão cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O relator da ação foi o desembargador eleitoral Rodrigo Cahu Beltrão.

O caso foi tratado em primeira instância em duas ações: uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) e uma Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (Aime). Ambas haviam sido julgadas improcedentes em primeiro grau. Mas o tribunal acolheu o recurso apresentado por Silvano Mendonça de Souza, candidato a vereador não eleito pelo MDB, para modificar as decisões e reconhecer como fictícias três candidaturas à vereança pelo PDT, as de Luciana Alexandre da Silva, Soraya Mayara Farias da Silva e Amara Silva de Oliveira. Ao reconhecer as candidaturas como fictícias, o PDT passou a não cumprir o mínimo legal de 30% da cota de gênero nas candidaturas proporcionais, fato que leva à cassação de toda a chapa.

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O relator, Rodrigo Cahu Beltrão, levou em conta a reunião dos seguintes fatos para considerar as candidaturas como fictícias: ausência de campanha das candidatas no período eleitoral, chegando a pedir votos a outros candidatos, e uma delas sequer tinha ciência de que estava inscrita como candidata; não foram encontradas despesas de campanha; não foi realizada propaganda eleitoral, nem mesmo nas redes sociais; as candidatas ou tiveram votação ínfima ou zerada, e; prestações de contas de campanha eleitoral com movimentação financeira zerada.

Na avaliação do relator, esses elementos, conjugados, levam à conclusão que o partido apenas inscreveu as candidatas para cumprir a cota numérica prevista em lei, de 30% de candidaturas proporcionais reservada a um gênero, mas sem a intenção objetiva delas concorrerem ao cargo.

“Desta feita, restaram configuradas ao menos 4 (quatro) elementos indiciários que somados e em conjunto com as especificações do caso concreto, fazem surgir a prova robusta de fraude quanto à caracterização das ditas candidaturas fictícias. Não houve, no caso, propósito das candidatas, ainda que tímido, de efetivamente participar da disputa eleitoral, tendo sido utilizadas, tão somente, para o cumprimento matemático e formal da disposição contida no §3º, do artigo 10, da Lei 9.504/1997”, afirmou o desembargador.

Na decisão, o tribunal declarou nulos todos os votos conferidos ao PDT em Condado e aos seus candidatos a vereador, eleitos e suplentes, nas eleições proporcionais de 2020, e determinou ao Cartório Eleitoral da 125ª Zona Eleitoral (Condado) que proceda a uma nova totalização dos votos, com recálculo do quociente eleitoral, a fim de se reajustar a distribuição das vagas na Câmara de Vereadores.

O TRE também aplicou a pena de inelegibilidade às candidatas fictícias Soraya Mayara Farias da Silva e Luciana Alexandre da Silva, por um período de oito anos a contar das eleições municipais de 2020, deixando de estender a punição a Amara Silva de Oliveira em virtude de seu falecimento.

O processo que tratou do caso é o de nº 0600775-98.2020.6.17.0125.

*Da assessoria 

Primeira presidenta municipal eleita pelo PDT no Recife e primeira mulher a ocupar o cargo de vice-prefeita da capital pernambucana, Isabella de Roldão, respaldada pelo PDT nacional, protagonizou uma inserção partidária na televisão na noite de ontem, quarta-feira (10).

Durante a inserção, a vice-prefeita defendeu a construção de uma cidade diferente para os recifenses a partir de pautas mais inclusivas e necessárias para a sociedade. "Estou chamando vocês para o PDT para construirmos a pauta da Sustentabilidade, da Igualdade de Gênero e da Primeira Infância para construirmos uma cidade diferente e mais justa", ressalta.

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Com atuação voltada ao combate à intolerância de gênero e racial, o ex-deputado David Miranda usou os mandatos no legislativo como ferramenta para a conquista de direitos civis. Ele teve a morte confirmada nessa terça-feira (9), após nove meses hospitalizado pelo agravamento de uma infecção intestinal. Hoje seria seu aniversário de 38 anos. 

Nascido em uma realidade dura, na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, David Miranda enxergou a política como um meio de justiça às violências sofridas contra gays e negros. Em 2014, se filiou ao PSOL e, em 2016, se tornou o primeiro homem assumidamente gay eleito na Câmara de Vereadores do Rio. 

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Seu mandato foi responsável pelo projeto de lei municipal que assegurou o uso do nome social para pessoas trans em instituições públicas da cidade. David também foi o autor do projeto que priorizava o pagamento dos servidores pela prefeitura. A medida evitava que outra despesa fosse paga antes dos funcionários, assim como, o congelamento ou parcelamento dos salários. 

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Em 2019, o então vereador deixou a suplência e assumiu a cadeira do deputado Jean Wyllys na Câmara dos Deputados. O titular deixou o Brasil após as ameaças de morte ganharem força contra ele em meio ao governo Bolsonaro. 

Miranda levou suas pautas ao Congresso Nacional. Marcelo Camargo/Agência Brasil

David levou o projeto de priorização dos servidores para Brasília e também propôs uma lei com medidas protetivas à comunidade LGBTQIA+. Além de apresentar mecanismos de proteção para pessoas em situação de violência, como na Lei Maria da Penha, ela indicava os órgãos que deveriam expor placas do Disque 100 para denúncias sobre raça e etnia. 

O ex-parlamentar também sugeriu criar uma educação voltada à realidade da população LGBTQIA+ para professores e políticos. Ainda em sua atuação, tentou implementar ações de combate ao suicídio e ao sofrimento psíquico de policiais e agentes de segurança. 

No ano passado, David filiou-se para o PDT para disputar a reeleição. Em agosto, dois meses antes do pleito, ele foi socorrido e internado no hospital. O corpo será velado nesta quarta (10), na Câmara Municipal do Rio.

Casado com o jornalista Glenn Greenwald, ex-editor do The Intercept, ganhou reconhecimento no Brasil com a série de publicações da Vaza Jato, David Miranda deixa o marido e três filhos. 

 O ex-deputado federal David Miranda (PDT) morreu, aos 37 anos, na manhã desta terça-feira (9), no Rio de Janeiro. A morte foi confirmada pelo marido, o jornalista Glenn Greenwald, um dia antes do aniversário do ex-parlamentar. Ele deixa três filhos.

"É com a mais profunda tristeza que comunico o falecimento do meu esposo. Ele faria 38 anos amanhã. Sua morte, esta manhã, ocorreu após uma batalha de 9 meses na UTI. Ele morreu em plena paz, cercado por nossos filhos, familiares e amigos", confirmou Glenn nas redes sociais.

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David Miranda foi socorrido no dia 6 de agosto de 2022 por conta de uma infecção gastrointestinal. Durante os meses internado na UTI, ele sofreu diversas infecções, que culminaram em uma quadro de septicemia.

Marcela Porto resolveu entrar no universo da política. Na manhã desta quarta-feira (29), a beldade foi à Câmara Municipal de Maricá, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, para se filiar ao PDT. Conhecida como Mulher Abacaxi, Marcela revelou que está bastante interessada em representar o povo.

"Estou muito feliz e tenho pretensões políticas sim. O PDT é um partido que abraça a diversidade. Me senti acolhida. Já pretendo me candidatar nas próximas. E crescer na política mostrando que estou disposta a trabalhar para o povo. Ainda serei presidente do Brasil", contou.

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Vale lembrar que Marcela mora em Maricá, onde também tem uma empresa de transporte de minérios. Em fevereiro deste ano, a loira ganhou destaque na mídia por ter desfilado no Carnaval com os seios à mostra.

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O apresentador e jornalista José Luiz Datena, da TV Bandeirantes, onde exibe elevados índices de audiência, fechou com o PDT de Ciro Gomes para concorrer à Prefeitura de São Paulo em 2024. A investida política de Datena mira a cadeira atualmente ocupada pelo emedebista Ricardo Nunes, que pode concorrer à reeleição.

Ao Estadão, o presidente da sigla, Carlos Lupi, confirmou que Datena é o nome do partido para concorrer ao cargo de prefeito de São Paulo. "O Datena se filiou há meses atrás, colocando seu nome à disposição para ser o candidato a prefeito pelo PDT. Ficamos bastante felizes e empolgados com esta decisão. Irá fortalecer o nosso partido e nossa causa, pois é um homem comprometido com as causas populares", afirmou.

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A estratégia política do apresentador se dá um ano depois de ele anunciar que sairia candidato ao Senado, projeto que deixou de lado em outubro. Datena afirmou que a ação de 'grupos radicais' pesou em sua decisão de sair da disputa. Foi a quarta vez que Datena desistiu da carreira política.

Agora, segundo aliados, ele está mesmo decidido a alcançar o cargo de prefeito da maior cidade do País, que ele conhece bem.

Em 2022, o anúncio da candidatura de Datena se deu quando ele era filiado ao União Brasil. No entanto, o apresentador acabou deixando o partido de Luciano Bivar e se filiou ao PSC. Ele chegou a despontar como favorito à cadeira do Senado por São Paulo.

A primeira tentativa de Datena de entrar na política se deu em 2016, quando disputaria a Prefeitura de São Paulo pelo PP. Já em 2018, ele cogitou se lançar como candidato a uma vaga no Senado pelo DEM. Em 2020, foi cotado para vice-prefeito de São Paulo na chapa de reeleição de Bruno Covas (PSDB).

A Executiva Nacional do PSB aprovou nesta quinta-feira, 9, a proposta de formar uma federação partidária com o PDT e o Solidariedade. De acordo com a legenda, a decisão ocorreu por ampla maioria. A partir de agora, o presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira, está autorizado a dar continuidade às negociações.

"A realidade do sistema político exige uma racionalização do número de partidos no País, que apresentem programas mais claros à sociedade e, com isso, acredito que podemos ampliar a base de apoio ao campo progressista nas eleições de 2024 e 2026", disse Siqueira, ao defender a federação como uma nova força de centro-esquerda no País.

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No ano passado, o PSB chegou a ensaiar uma adesão à federação formada entre o PT, o PV e o PCdoB, mas lideranças socialistas temiam que o partido perdesse autonomia e espaço nos Estados para os petistas. A avaliação agora é que, como o PDT e o Solidariedade são legendas do tamanho equivalente ao do PSB, essa federação seria mais equilibrada.

Participaram da reunião da Executiva do PSB o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, os governadores João Azevêdo, da Paraíba, e Renato Casagrande, do Espírito Santo, além dos líderes do partido na Câmara, Felipe Carreras (PE), e no Senado, Jorge Kajuru (GO).

Pela lei, os partidos que se unem em federações devem atuar juntos por pelo menos quatro anos no Congresso e nas eleições majoritárias, o que significa que devem lançar um único candidato a cargos como o de presidente da República, governador, prefeito e senador.

O União Brasil e o PP também negociam uma federação, mas o acordo está travado por impasses regionais. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), um dos articuladores, disse na última segunda-feira, 6, que o arranjo seria uma etapa para a fusão entre as duas siglas.

Na visão de Lira, o País terá, em alguns anos, apenas sete ou oito partidos, devido à reforma eleitoral de 2017, que dificulta o acesso de agremiações pequenas e com pouca capilaridade nacional aos recursos dos fundos partidário e eleitoral.

Além de PT, PV e PCdoB, outros partidos que formaram federações no ano passado foram o PSDB e o Cidadania, de um lado, e o PSOL e a Rede de outro.

Dois partidos que integram a base de apoio do Palácio do Planalto abriram negociações para formar um bloco fora da órbita do PT. PSB e PDT articulam uma federação de centro-esquerda para fugir do que chamam de "hegemonismo" petista. O assunto já foi tratado em conversas reservadas pelo presidente interino do PDT, André Figueiredo, o ministro da Previdência, Carlos Lupi, e o presidente do PSB, Carlos Siqueira.

As federações partidárias foram criadas na reforma eleitoral aprovada pelo Congresso em setembro de 2021 e já valeram para as disputas do ano passado. O modelo prevê que dois ou mais partidos atuem de forma unificada nas eleições e na legislatura seguinte. Pela legislação, essa união deve se sustentar por no mínimo quatro anos. A federação atua no Legislativo como uma única bancada, sem que os partidos tenham a obrigação de se fundir.

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No caso das negociações entre PDT e PSB, divulgadas pelo jornal O Globo, Siqueira também já foi procurado pelo presidente do Solidariedade, Paulinho da Força. O dirigente do PSB vai apresentar a ideia à Executiva Nacional do partido em reunião marcada para esta quinta-feira, 9.

'Espaço próprio'

"Já tivemos uma experiência boa com o PSB na legislatura anterior, quando formamos um bloco. A federação seria importante para valorizar nossa atuação no Congresso e organizar um espaço próprio para chegarmos nas eleições municipais sem sermos satélites do PT", disse ao Estadão o sindicalista Antonio Neto, vice-presidente do PDT.

Na disputa presidencial de 2022, o PDT lançou Ciro Gomes, candidato que adotou uma narrativa antipetista e crítica a Lula, enquanto o PSB - partido ao qual se filiou o agora vice-presidente Geraldo Alckmin - apoiou o petista. Depois do pleito, porém, o PDT entrou na base governista após receber a pasta da Previdência.

"Nossa motivação não é estar contra ninguém, mas ser uma nova força na centro-esquerda. A nova legislação tende a levar a um afunilamento (do número de partidos) sob pena do desaparecimento. A federação é uma exigência da realidade", disse Siqueira. "A federação com o PT travou porque eles tinham uma visão hegemônica", disse em relação à tentativa de parceria com petistas em 2022. Tanto PSB quanto PDT saíram menores das urnas. O PSB caiu de 32 para 14 deputados federais eleitos e o PDT, de 28 para 9.

PP e União Brasil

Em outro movimento partidário, PP e União Brasil chegaram a um impasse na articulação para formar uma federação de centro-direita. O PP estava na coligação de Jair Bolsonaro (PL), e o União Brasil comanda três ministérios no governo petista. As negociações agora enfrentam divergências regionais. Os dois partidos esperavam bater o martelo até meados deste mês.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com dois senadores, a bancada do PDT no Senado anunciou apoio à reeleição do atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na Casa. O presidente nacional do partido, Carlos Lupi, afirmou que a decisão interna de apoiar Pacheco já tinha sido tomada em dezembro.

"Mesmo sem o senhor pedir, nós já tínhamos fechado apoio", afirmou o ministro da Previdência Social de Luiz Inácio Lula da Silva, que discursou ao lado de Pacheco na sede do Diretório Nacional da sigla, em Brasília. Os dois representantes do PDT na Casa, Weverton Rocha (MA) e Leila Barros (DF), também participaram.

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Lupi destacou os feitos da gestão de Pacheco à frente da Casa, com seriedade e respeito às minorias e à democracia. "Externamos nosso respeito, admiração e gratidão por seu papel desempenhado no Senado", disse o presidente do PDT. "Nossa declaração formal de apoio nada mais é do que ser justo, correto."

Pacheco é o nome do governo na disputa e já conseguiu reunir, até o momento, o apoio formal de sete partidos: PSD, PT, Rede, Cidadania, PSB, Pros e PDT. Se todos os integrantes dessas legendas votarem no senador, ele já acumula 25 votos dos 41 necessários para vencer.

Aliados de Pacheco esperam que o MDB também feche questão. A bancada do partido elegeu 10 senadores. O presidente do Senado ainda busca apoio do União Brasil (12) e do PSDB (4).

A votação, contudo, é secreta, o que facilita as "traições". Além disso, pode haver ausências. O placar do Estadão aponta que Pacheco tem 22 votos declarados.

O principal adversário de Pacheco na campanha para a presidência do Senado é o senador eleito Rogério Marinho (PL-RN), candidato da ala bolsonarista da Casa. Conforme mostrou o Broadcast Político, aliados e até opositores de Pacheco avaliam que ele ganhou novo fôlego frente a Marinho para se reeleger ao cargo após os atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília. Pacheco esteve ao lado do Judiciário durante toda sua gestão, enquanto o candidato do PL tem mantido o discurso bolsonarista como mote de campanha.

Dos 28 partidos e federações que concorreram nas últimas eleições, apenas 12 conseguiram alcançar a cláusula de desempenho prevista para o pleito deste ano, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). São eles: as federações PT/PCdoB/PV, PSDB/Cidadania e Psol/Rede, bem como os partidos MDB, PDT, PL, Podemos, PP, PSB, PSD, Republicanos e União.

Ao atingir a cláusula, vão continuar recebendo recursos do Fundo Partidário e permanecerão com acesso a tempo de propaganda em rádio e televisão durante os próximos quatro anos. 

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Dos 16 partidos que não alcançaram a cláusula, segundo o TSE, sete elegeram deputados federais: Avante, PSC, Solidariedade, Patriota, PTB, Novo e Pros. Os demais partidos que não atingiram a cláusula foram: Agir, DC, PCB, PCO, PMB, PMN, PRTB, PSTU e UP.  Esses partidos têm diversas alternativas, como se fundir, ser incorporadas ou ainda constituir federações com outros partidos que tiveram melhor desempenho nas urnas. Do contrário, não terão acesso a recursos públicos nem a tempo de propaganda gratuita no rádio e na TV. 

Partidos e candidatos têm cláusula de desempenho na eleição para a Câmara Conforme a Emenda Constitucional 97, de 2017, só terão acesso aos recursos do Fundo Partidário e à propaganda gratuita no rádio e na televisão os partidos políticos que:  • tiverem elegido pelo menos 11 deputados federais, distribuídos em pelo menos 9 estados; ou  • obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 2% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos 9 estados, com um mínimo de 1% dos votos válidos em cada um deles. 

A cláusula de desempenho passou a ser aplicada a partir das eleições gerais de 2018 e será reajustada de forma escalonada em todos os pleitos federais até atingir o ápice nas eleições gerais de 2030.

  *Da Agência Câmara de Notícias

Após amargar o quarto lugar na disputa pela Presidência da República, o ex-ministro Ciro Gomes divulgou um vídeo nesta terça-feira (4), em que endossa o apoio do PDT à candidatura do ex-presidente Lula (PT), afirmando que essa "é a última saída". Ciro não cita o nome "Lula" na gravação.

Mesmo declarando que o apoio ao petista, Ciro lamentou que "a trilha democrática tenha se afunilado a tal ponto, que reste aos brasileiros duas opções, ao meu ver, insatisfatórias". Também afirmou que não acredita que a democracia está em jogo neste embate eleitoral, "mas sim no seu absoluto fracasso da nossa democracia, em construir oportunidades que enfrente a mais massiva crise social e econômica que humilha a esmagadora maioria do nosso povo". 

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O pedetista argumentou que nunca se ausentou da luta pelo Brasil e sempre se posicionou na defesa do país contra projetos de poder que levaram a população para o que chama de "situação grave e ameaçadora". Ele também aproveitou para frisar que o seu apoio não é dado em troca de vantagens e que não aceitará qualquer cargo que possa ser oferecido, em caso de vitória do Lula.

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O PDT anunciou que vai apoiar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno da disputa pelo Palácio do Planalto. O posicionamento foi comunicado no início da tarde desta terça-feira (4) pelo presidente nacional do partido, Carlos Lupi. Ciro Gomes foi o candidato da legenda no primeiro turno. Ele recebeu 3.599.287 votos. 

"Ciro endossa integralmente a decisão do partido", declarou Carlos Lupi em entrevista à imprensa. A direção do partido e lideranças se reuniram na manhã de hoje. Ciro Gomes também participou da reunião. O PDT é o primeiro partido que decide subir ao palanque do petista após o primeiro turno.

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"Tivemos uma hora e meia de reunião, tomamos uma decisão unânime, sem um voto contrário, de apoiar o mais próximo da gente que é a candidatura de Lula, que eu chamo da candidatura do doze mais um", detalhou Lupi, acrescentando que eles vão apresentar três propostas para o PT incluir no programa de governo deles, entre os quais está o da Renda Mínima - carro chefe da campanha de Ciro.

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O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, irá se pronunciar, às 13h desta terça-feira (4), sobre a decisão tomada em reunião com integrantes da executiva nacional da legenda e lideranças regionais acerca do apoio no segundo turno das eleições deste ano.

Na direção nacional da sigla, a tendência é de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Porém, antes de se posicionar, Lupi que ouvir primeiro os dirigentes dos diretórios regionais.

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