Estrelas do esporte mundial ou atletas menos conhecidos, veteranos ou promessas, representantes das mais diversas modalidades: serão 207 homens e mulheres liderando suas delegações, como porta-bandeiras na cerimônia de abertura dos Jogos do Rio, nesta sexta-feira (5), no Maracanã.
Um prêmio para os astros
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Os Estados Unidos fizeram a escolha mais óbvia, ao optar por Michael Phelps para liderar a maior delegação dos Jogos, com 556 atletas. Recordista de medalhas olímpicas, com 22, 18 delas de ouro, o nadador de 36 anos disputará os Jogos pela quinta e última vez da carreira.
A França também foi nessa onda, ao optar pelo gigante Teddy Riner, oito vezes campeão mundial de judô e atual campeão olímpico dos pesos-pesados, que não conhece a derrota há 94 lutas. A mesma lógica prevaleceu na Itália, que será liderada pela musa Federica Pellegrini, medalhista de ouro nos 200 m nado livre, considerada uma verdadeira popstar no seu país.
Usain Bolt já foi porta-bandeira da Jamaica há quatro anos, em Londres, por isso o país caribenho preferiu Shelly-Ann Fraser-Pryce, atual bicampeã olímpica dos 100 m rasos. Grã-Bretanha e Espanha optaram por dois astros do tênis, Andy Murray, atual campeão Olímpico, e Rafael Nadal, que conquistou o ouro em 2008.
Mulheres cada vez mais representadas
Das 50 maiores delegações, 20, mais de um terço, terão como porta-bandeira uma mulher. É o caso do Brasil, país-sede, que escolheu em votação popular a pentatleta Yane Marques, bronze em Londres, que superou craques como o velejador Robert Scheidt, maior medalhista da história do país, que já teve essa honra em 2008, em Pequim, e Serginho, da seleção masculina de vôlei, que conquistou o ouro em 2004 e a prata em 2008 e 2012. Yane é a segunda mulher brasileira a carregar a bandeira, depois de Sandra Pires, do vôlei de praia, em Sydney-2000.
A Austrália, por sua vez, escolheu a ciclista Anna Meares, e o Canadá optou pela ginasta Rosie MacLennan. Já a velejadora Sofia Bekatorou se tornará a primeira mulher da história a liderar a delegação grega. Dois países de confissão muçulmana fizeram escolhas emblemáticas para promover o esporte feminino: a Argélia, com a judoca Sonia Asselah, e o Irã a arqueira Zahra Nemati. Paraplégica, Nemati disputará tanto os Jogos Olímpicos quanto os Paralímpicos.
A bandeira olímpica usada pela primeira delegação de refugiados da história será carregada pela meio-fundista Rose Nathike Lokonyen, que fugiu dos conflitos no Sudão do Sul
Top 10 eclético
Nove modalidades são representadas entre os porta-bandeiras das 10 maiores delegações: natação (Estados-Unidos), pentatlo moderno (Brasil), tênis de mesa (Alemanha), ciclismo (Austrália), esgrima (China), judô (França), atletismo (Japão), ginástica (Canadá) e tênis (Grã-Bretanha e Espanha), o único com dois representantes do Top-10.
Veteranos x promessas
A Rússia, que terá uma delegação truncada por conta do escândalo de doping que abala o país, escolheu o experiente jogador da seleção de vôlei masculino Sergey Tetyukhin, de 40 anos. Ele disputará sua quinta Olimpíada e faz parte da equipe que conquistou o ouro já quatro anos, em Londres, ao derrotar o Brasil de virada na decisão.
O velejador esloveno Vasilij Zbogar também disputará os Jogos pela quinta vez, duas a menos que seu colega português João Rodrigues, de 44 anos. O atirador Sergei Martynov, de Belarus, tem 48 anos, e disputará sua sexta olimpíada. O Cazaquistão, por sua vez, apostou na juventude, com Ruslan Zhaparov, lutador de taekwondo, de apenas 20 anos.