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Pela primeira vez em sua carreira, Rafael Nadal não estará em Roland Garros. O tenista espanhol anunciou nesta quinta-feira que não competirá no saibro de Paris neste ano porque ainda não se recuperou de uma lesão no quadril. E avisou que está perto de sua aposentadoria, que projetou para 2024.

"Não vou jogar em Roland Garros, não vou jogar por alguns meses e, se eu voltar, ano que vem será meu último ano", disse Nadal, sem meias palavras. "Não dá para ficar exigindo cada vez mais do corpo, porque em algum momento ele diz 'até aqui' e acabou. A partir de agora, vamos ver até quando posso continuar e quando vou parar."

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Nadal, que completará 37 anos no início de junho, vem sofrendo para se recuperar de uma lesão no quadril direito. Ele começou a apresentar dores no local durante o Aberto da Austrália, em janeiro. O ex-número 1 do mundo desistiu do primeiro Grand Slam do ano após a segunda rodada e, desde então, não voltou a competir no circuito. Nesta temporada, foram apenas duas competições - esteve na United Cup antes do Aberto da Austrália.

Nos últimos meses, se tornou comum o espanhol vir a público para anunciar a desistência de algum torneio, até mesmo daqueles mais importantes do ponto de vista afetivo, como aconteceu em Barcelona e Madri, nas últimas semanas. Da última vez que se manifestou, no início de maio, indicou que o tratamento não vinha dando certo e indicou que adotaria um novo caminho.

"Estou melhor agora do que há algumas semanas. É melhor que me vejam assim, caso contrário, não daria uma entrevista coletiva", disse Nadal, em meio a uma concorrida coletiva de imprensa, que contou com a presença dos seus familiares. "Você pode ficar com raiva, triste, que é o que eu faço, mas no final posso agradecer por tudo que aconteceu (na minha carreira)."

Nadal nunca havia ficado fora de Roland Garros, torneio que vinha disputando desde 2005, com incríveis 14 títulos em 18 participações. Ele é o dono do recorde de troféus em Paris e nenhum outro tenista da história tem mais títulos num mesmo Grand Slam. No momento, ele divide ainda o recorde de troféus de todos os torneios de nível Major, empatado com o sérvio Novak Djokovic. Ambos somam 22 conquistas.

Foto: STF/AFP

Até então, o espanhol tinha a edição de 2016 com o menor número de jogos disputados em Paris. Em baixa naquele ano, jogou apenas duas partidas e desistiu antes da terceira, também por conta de problema físico. Nadal é o atual campeão de Roland Garros.

INÍCIO DO FIM

O plano de Nadal é retomar seu tratamento no quadril sem pressa. Por isso, não planeja mais jogar torneios nesta temporada, que deve se tornar a mais curta da sua carreira. A ideia do espanhol é se recuperar totalmente ao longo do segundo semestre para estar em condições de iniciar a temporada 2024 em janeiro em situação 100% do ponto de vista físico.

"Tem sido difícil para eu ter continuidade em todos os sentidos, por causa do meu físico. E isso se transfere para o campo pessoal quando não se consegue estar feliz com o dia a dia", revelou o espanhol. "Preciso colocar um ponto final no que é minha carreira esportiva. Vou regenerar meu corpo e quando me sentir pronto vou começar de novo."

Foto: Jaime Reina/AFP

Ele não descartou jogar as Finais da Copa Davis, neste ano. Mas reiterou que sua meta é voltar apenas no próximo ano. "Pode ser um objetivo tentar jogar a Copa Davis e preparar-me para 2024, que será o último ano da minha carreira esportiva", comentou, antes de prever como será sua temporada de despedida. "A minha ideia é aproveitar e viajar para todos os torneios onde fui feliz, se tiver possibilidade."

Rafael Nadal protagonizou nesta quarta-feira (18) a primeira grande surpresa do Aberto da Austrália. O tenista espanhol foi eliminado ainda na segunda rodada do primeiro Grand Slam da temporada, disputado em Melbourne, após sentir dores no quadril ao longo da partida contra Mackenzie McDonald. O americano venceu por 3 sets a 0, com parciais de 6/4, 6/4 e 7/5.

"É um momento difícil. É um dia complicado. Eu não posso dizer que não estou destruído mentalmente neste momento, porque eu estaria mentindo", declarou o atleta de 36 anos, acostumado a enfrentar problemas físicos ao longo da carreira. Desta vez, a lesão é no quadril, pelo lado esquerdo.

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"É o quadril esquerdo. Não sei o que está acontecendo. Se é o músculo, se é uma articulação. Tenho histórico com o quadril, já fiz tratamentos no passado, mas não foi assim. Agora é difícil saber, mas vou fazer os exames", explicou o espanhol, atual número dois do mundo e segundo cabeça de chave na Austrália.

O novo problema físico volta a colocar uma sombra sobre a carreira de Nadal, que já havia enfrentado uma temporada difícil em 2022, principalmente no segundo semestre, em razão de diferentes lesões. O tenista chegou a falar abertamente sobre aposentadoria e sobre o cansaço de viver cada processo de recuperação física.

Nesta quarta, Nadal demonstrou estar abaixo do seu nível técnico mesmo antes de dar maiores sinais de dor em quadra. "É difícil, mas espero que não seja nada muito grave. Passei por esse processo muitas vezes na minha carreira e acho que estou pronto para continuar. Mas não é fácil."

O atual campeão do Aberto da Austrália acabou sendo dominado com certa facilidade pelo rival de pouca expressão, 65º do ranking e dono de apenas uma final de nível ATP na carreira. Nadal, por sua vez, brigava para ampliar o recorde de títulos de Grand Slam (22), que é seu. Agora corre o risco de ver Novak Djokovic igualar essa marca se o sérvio se destacar em Melbourne.

Na terceira rodada, Mackenzie McDonald vai enfrentar o japonês Yoshihito Nishioka. Quem também avançou na competição foram o canadense Felix Auger-Aliassime (6º), o italiano Jannik Sinner (15º) e o americano Frances Tiafoe (16º).

FEMININO

Na outra chave de simples, a líder do ranking Iga Swiatek superou a colombiana Camila Osorio por 6/2 e 6/3 e segue mostrando força em Melbourne. A polonesa vai enfrentar agora a espanhola Cristina Bucsa, atual 102ª do ranking.

A americana Jessica Pegula (3ª) e a grega Maria Sakkari (6ª) também se garantiram na terceira rodada. Pegula superou a belarussa Aliaksandra Sasnovich por 6/2 e 7/6 (7/5), enquanto Sakkari derrotou a russa Diana Shnaider por 3/6, 7/5 e 6/3. A tenista dos Estados Unidos vai encarar agora a ucraniana Marta Kostyuk. Sakkari duelará com a chinesa Lin Zhu.

Também avançaram as cabeças de chave Madison Keys (10ª), Jelena Ostapenko (17ª) e Barbora Krejcikova (20ª). Já a checa Petra Kvitova (15ª) se despediu de forma precoce, na segunda rodada.

Ainda pela rodada de abertura, em razão do atraso na programação de segunda, estrearam com vitória nesta quarta a polonesa Magda Linette e a russa Anastasia Potapova.

Candidatos ao título do Aberto da Austrália, o espanhol Rafael Nadal e a polonesa Iga Swiatek estrearam com vitória na madrugada desta segunda-feira, em Melbourne. O ex-número 1 do mundo sofreu mais do que a atual líder do ranking e chegou a perder um set. Entre os brasileiros, Thiago Monteiro e Laura Pigossi foram eliminados na rodada de abertura.

Atual número dois do mundo, Nadal entrou na competição como cabeça de chave número porque seu compatriota Carlos Alcaraz, líder do ranking, se ausentou do primeiro Grand Slam do ano por lesão. Apesar do status, Nadal ainda não convenceu neste início de temporada. E sua estreia em Melbourne só aumentou as dúvidas sobre até onde conseguirá ir na competição.

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O espanhol precisou de quase quatro horas para superar o britânico Jack Draper em quatro sets: 7/5, 2/6, 6/4 e 6/1. O favorito obteve seis quebras de saque, contra quatro do 38º do ranking. Cada tenista cometeu 46 erros não forçados, mas Nadal se destacou ao aplicar 41 bolas vencedoras, diante de 35 do adversário.

Na segunda rodada, o número dois do mundo vai enfrentar o americano Mackenzie McDonald, que eliminou o compatriota Brandon Nakashima em cinco sets, com parciais de 7/6 (7/5), 7/6 (7/1), 1/6, 6/7 (10/12) e 6/4.

Entre os demais cabeças de chave que estrearam nesta segunda, avançaram o polonês Hubert Hurkacz (10º), o italiano Jannik Sinner (15º), os americanos Frances Tiafoe (16º) e Sebastian Korda (29º), o russo Karen Khachanov (18º), o canadense Denis Shapovalov (20º), o argentino Francisco Cerundolo (28º), japonês Yoshihito Nishioka (31º) e o holandês Botic Van de Zandschulp (32º). Já o experiente croata Borna Coric (21º) se despediu logo na estreia.

FEMININO

Na outra chave de simples, Iga Swiatek confirmou o favoritismo na rodada de abertura sem perder sets. A número 1 do mundo venceu a alemã Jule Niemeier por 6/4 e 7/5, em duas horas de partida. A polonesa faturou três quebras de saque ao longo do jogo, contra apenas uma da tenista da Alemanha.

Ela se destacou ainda com as devoluções, responsáveis por boa parte das suas 20 bolas vencedoras na partida. Swiatek cometeu 28 erros não forçados, contra 29 da rival. Sua próxima adversária será a colombiana Camila Osorio, que avançou ao superar a húngara Panna Udvardy por 6/4 e 6/1.

Também venceu na rodada de abertura a belarussa Victoria Azarenka (24ª), num duelo de campeãs do Aberto da Austrália com a americana Sofia Kenin. A veterana, dona de dois títulos, levou a melhor e venceu Kenin por 6/4 e 7/6 (7/3).

Campeãs do US Open, a britânica Emma Raducanu e a canadense Bianca Andreescu também avançaram sem sustos. Raducanu superou a alemã Tamara Korpatsch por 6/3 e 6/2, enquanto Andreescu superou a checa Marie Bouzkova (25ª) por 6/2 e 6/4.

Donas de títulos em Wimbledon, a checa Petra Kvitova (15ª) e a Casaque Elena Rybakina (22ª) superaram a rodada de abertura. Kvitova, irregular na última temporada, derrubou a belga Alison van Uytvanck por 7/6 (7/3) e 6/2, enquanto a atual campeã do Grand Slam britânico derrotou a italiana Elisabetta Cocciaretto por 7/5 e 6/3.

Outra campeã de Grand Slam a entrar em quadra foi a letã Jelena Ostapenko (17ª). A dona do título de Roland Garros em 2017 superou a ucraniana Dayana Yastremska por 6/4 e 6/2.

Avançaram também as seguintes cabeças de chave: as americanas Jessica Pegula (3ª), Coco Gauff (7ª) e Danielle Collins (13ª), a grega Maria Sakkari (6ª), a checa Barbora Krejcikova (20ª) e a chinesa Zheng Qinwen (29ª). Já a americana Amanda Anisimova (28ª) caiu logo na estreia.

BRASILEIROS

Thiago Monteiro e Laura Pigossi não conseguiram ir além da primeira rodada, nesta segunda-feira. Número 1 do Brasil, Monteiro perdeu para o francês Constant Lestienne, 55º do ranking, por 6/3, 7/6 (7/2) e 6/3. Atual 77º do mundo, o brasileiro chegou a ter um set point na segunda parcial.

Fora da chave de simples, Monteiro vai competir também nas duplas. Ele vai formar parceria com o espanhol Pedro Martínez.

Laura Pigossi, por sua vez, foi eliminada pela americana Caty McNally por 7/5 e 6/1. A medalhista de bronze nas duplas na Olimpíada de Tóquio fez sua estreia na chave principal do Aberto da Austrália, entrando como "lucky loser", após herdar uma vaga no qualifying.

Roger Federer vai jogar ao lado do seu maior rival em sua despedida das quadras. O tenista suíço de 41 anos confirmou nesta quinta-feira que formará dupla com Rafael Nadal na Laver Cup, torneio que será disputado entre sexta e domingo, em Londres. A aguardada última partida de Federer está marcada para sexta.

Suíço e espanhol vão representar o Time Europa contra os americanos Frances Tiafoe e Jack Sock, do Time Mundo. A Laver Cup, que tem Federer como um dos seus criadores, é uma competição considerada nova no circuito ainda, colocando frente à frente duas equipes em jogos de simples e duplas ao longo de um fim de semana.

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Será a segunda vez que Federer e Nadal jogarão juntos uma partida de duplas. A primeira aconteceu justamente na primeira edição da Laver Cup, em 2017. Na ocasião, eles tiveram trabalho para superar outra dupla americana, formada pelo mesmo Jack Sock e Sam Querrey. O placar foi de 6/4, 1/6 e 10/5, com decisão somente no match tie-break.

"É uma pressão diferente depois de tudo o que compartilhamos. Fazer parte deste momento histórico será inesquecível para mim. Estou muito emocionado, espero poder jogar bem, criar um bom momento e ganhar a partida", comentou Nadal. "Estar ao lado de Roger mais uma vez é algo que espero com muita vontade e me faz muito feliz."

A despedida de Federer das quadras foi anunciada na semana passada, em longa carta ao mundo do tênis. Nela, o suíço afirmou que seu corpo não aguentava mais o ritmo do circuito, principalmente após três cirurgias no joelho direito em apenas um ano e meio. E avisou que deixaria oficialmente o circuito na Laver Cup.

Nesta semana, ele descartou disputar jogos de simples no torneio. Vai estar em quadra apenas uma vez, para uma partida de duplas, agora confirmada com Nadal ao seu lado. Os dois tenistas formam uma das maiores rivalidades da história do tênis. O clássico ganhou até apelido: "Fedal". Mas o espanhol liderou a série com certa vantagem. Ele soma 24 vitórias, contra 16 do suíço, que "reagiu" nos últimos jogos entre eles. Venceu sete dos últimos oito confrontos.

Nadal foi o primeiro a quebrar o recorde de títulos de Grand Slam, que pertencia a Federer desde a década passada. Com 20 troféus, o suíço viu o espanhol alcançar os 21 e também os 22 títulos, ambos neste ano. O sérvio Novak Djokovic chegou aos 21 e também superou o suíço recentemente.

"As relações pessoais são mais importantes que as profissionais. Vai ser difícil lidar com tudo isso, principalmente para Roger, mas também para mim. É um dos jogadores mais importantes da minha carreira e da história. Sou grato por der jogar com ele", comentou Nadal.

A Laver Cup surgiu em 2017 em caráter quase festivo, com homenagens a grandes lendas do esporte e a liderança de Federer. Dois anos depois, foi incorporada oficialmente pela ATP e entrou no calendário.

Em sua quinta edição (não foi disputada em 2020 por conta da pandemia), a competição mantém a fórmula de reunir o Time Mundo e o Time Europa, cada equipe com seis tenistas, escolhidos com base no ranking. Os competidores são divididos em 12 partidas - nove em simples e três em duplas -, e a equipe que terminar com a maior pontuação vence.

Serena Williams, Roger Federer e Rafael Nadal dominaram o circuito por quase duas décadas, com feitos históricos, performances extraordinárias e muitos títulos. Mas a geração dos medalhões começa a se despedir das quadras no US Open que tem início nesta segunda-feira. A tenista americana disputará seu último torneio da carreira, enquanto Nadal dá sinais claros de que deve parar em 2023. Federer, ainda voltando de lesão, inicia sua turnê de despedida em setembro, na Laver Cup.

Serena, que completará 41 anos no próximo mês, pretende deixar as quadras diante dos seus compatriotas no torneio onde levantou o troféu por seis vezes, o último deles em 2014. O anúncio foi feito no início do mês em artigo publicado na revista Vogue. Atual 608ª do mundo, ela já avisou que está longe da lista de favoritas. Mas disse se permitir sonhar com uma despedida perfeita, com o último título, aquele que a faria igualar o recorde de 24 troféus de Grand Slam, da australiana Margaret Court.

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O primeiro desafio será contra Danka Kovinic, tenista de Montenegro que é a 80ª do mundo, já na segunda-feira, em Nova York. Serena poderá, portanto, encerrar sua vitoriosa carreira, de 73 títulos em simples e quase US$ 100 milhões em premiação, logo no primeiro dia de jogos do Grand Slam americano.

"Não há felicidade neste tópico para mim", disse Serena, ao anunciar sua aposentadoria, no início de agosto. "Sei que não é uma coisa comum de se dizer, mas eu sinto muita dor. É a coisa mais difícil que eu poderia imaginar. Eu odeio isso. Eu odeio ter que estar nesta encruzilhada. Continuo dizendo a mim mesmo: gostaria que fosse fácil para mim, mas não é."

O caminho poderá ser seguido por Nadal nos próximos meses. Apesar de entrar no US Open como um dos favoritos ao título e ter chances de terminar o torneio na liderança do ranking, o espanhol tem reiterado nesta temporada que está perto do fim. Ele foi campeão do Aberto da Austrália e de Roland Garros e abandonou Wimbledon antes das semifinais devido a uma lesão no abdômen. "A possibilidade de me aposentar ainda está em minha mente", afirmou o recordista de títulos de Grand Slam, com 22 troféus, em Londres.

Aos 36 anos, Nadal é mais jovem que Serena e Federer, de 41. Mas foi quem mais sofreu com os problemas físicos ao longo da carreira. "Certeza que o Nadal pensa em aposentadoria a cada lesão porque ele sabe que pode ser sempre a última lesão de sua carreira. Recuperar-se de lesão com 22 anos é muito mais simples do que com 35", atesta Bruno Soares ao Estadão.

O duplista brasileiro, de 40 anos, também está perto da aposentadoria. O mineiro evita prever datas ou despedidas, mas entende como poucos a situação vivida pelos medalhões. "Eles têm uma tranquilidade de dever cumprido, para eles mesmo, pelo que alcançaram. Eles sabem que jogaram o máximo, foram até o fim", afirma o tenista, que estará no US Open também.

Soares explica por que é tão difícil para os medalhões abandonar o tênis. "Eles são super consagrados e têm dinheiro para sustentar várias gerações. Nesta situação, você elimina vários fatores de dificuldades que todo tenista enfrenta ao longo da carreira. E o que sobra é a parte mais legal do processo, que é a paixão pelo esporte. Por que Federer segue tentando voltar? Porque ele é apaixonado por isso aí."

O suíço está fora do US Open mais uma vez. Ele não joga desde Wimbledon do ano passado. Após seguidas cirurgias no joelho direito, o suíço voltará ao circuito na Laver Cup em setembro como um teste para a próxima temporada, em clima de despedida. Se não conseguir jogar em alto nível, ele avisou que não estenderá a carreira. "Adoro vencer, mas, se você não é mais competitivo, é melhor parar", declarou o ex-número 1 do mundo em julho.

"Acho que temos que ir nos acostumando com essa ideia de não ver mais Nadal e Federer em quadra. Está muito próximo. E eles vão deixar uma saudade gigantesca, por tudo o que representaram para o esporte nos últimos 20 anos. São dois ETs. O que Federer e Nadal fizeram é incrível", comenta Soares.

O especialista em duplas prevê que o mundo do tênis deve preencher logo as lacunas deixadas pela dupla e por Serena. "Acho que vamos lembrar deles com uma saudade absurda e entender que tudo tem o seu fim. O que a história mostra é que o tênis está acima de todo mundo. Tem novos jogadores, pessoas com outros estilos, bem interessantes também, como o Alcaraz, que é o cara que tem todo o potencial para preencher esse vazio que o Nadal deixará na Espanha e no mundo."

DJOKOVIC SEM VACINA

Novak Djokovic é o medalhão que menos fala sobre aposentadoria e indica que vai seguir por mais alguns anos no circuito em busca dos recordes que hoje pertencem a Federer e a Nadal. Aos 35 anos, o sérvio sofre menos com lesões do que o espanhol, mas já enfrenta dificuldades diante dos rivais das gerações mais jovens.

A principal meta de Djokovic é ser dono do recorde de títulos de Grand Slam. Atualmente, essa marca pertence a Nadal, com 22 troféus. O sérvio tem 21 - Federer tem 20. E, pela segunda vez na temporada, vai perder a oportunidade de disputar um torneio deste nível, mais uma vez por não ter se vacinado contra a covid-19.

Djokovic chegou a criar a expectativa de que o governo americano flexibilizasse as regras para a entrada de estrangeiros sem vacina no país. Mas a liberação não veio. Atual vice-campeão do US Open, ele deve perder posições no ranking por não defender os pontos conquistados no ano passado. Atualmente é o 6º do mundo.

Sem Djokovic, os principais favoritos ao título são Nadal, o russo Daniil Medvedev, atual número 1 do mundo e campeão do US Open de 2021, o grego Stefanos Tsitsipas e o espanhol Carlos Alcaraz. No feminino, o favoritismo cerca a polonesa Iga Swiatek, líder do ranking. Beatriz Haddad Maia, cabeça de chave número 15, tenta sua primeira vitória na chave principal em Nova York e tem chances de seguir surpreende.

Em uma final de poucas emoções, nível técnico discutível e sem nenhuma surpresa, Rafael Nadal confirmou o favoritismo e derrubou o norueguês Casper Ruud em três sets, com parciais de 6/3, 6/3 e 6/0, em apenas 2h18min, na decisão masculina de Roland Garros. Neste domingo, o tenista espanhol levantou a Taça dos Mosqueteiros pela 14ª vez em sua vitoriosa carreira.

Além da marca incrível no torneio disputado em Paris, Nadal alcançou o 22º de Grand Slam de sua carreira, novo recorde histórico, aumentando a distância para o suíço Roger Federer e para o sérvio Novak Djokovic, ambos com 20 troféus. O tenista de 36 anos se tornou ainda o mais velho campeão de Roland Garros.

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Trata-se de mais um feito incrível na carreira de Nadal que, pela primeira vez desde que impôs seu domínio no saibro de Roland Garros, chegou a Paris sem favoritismo em razão de problemas físicos. Mas cresceu ao longo do torneio, superando quatro rivais do Top 10 do ranking em sua campanha até a final.

Com dificuldades físicas, o espanhol vem dando maior intervalo entre os torneios que disputa nas últimas temporadas para não agravar lesão crônica no pé esquerdo - deve pular Wimbledon neste ano por essa razão. Ao mesmo tempo, o número cinco do mundo já indica que está perto da aposentadoria. Havia até rumores de que anunciaria sua despedida em Roland Garros neste ano.

Apesar das limitações, o favorito tratou de impor seu conhecido domínio em Paris neste domingo diante do primeiro escandinavo a disputar uma final de Grand Slam de simples na era aberta do tênis (desde 1968). Ruud, fã declarado de Nadal e 8º do mundo, era o candidato a zebra, principalmente após quedas precoces dos favoritos que estavam no mesmo lado da chave.

O primeiro confronto entre os dois tenistas no circuito acabou frustrando expectativas. Ambos jogaram abaixo do esperado e acumularam erros não forçados, alguns deles até bobos. Foram 18 para o espanhol e 26 para o norueguês. Nadal mostrou sua força com suas 37 bolas vencedoras, diante de 16 do adversário, e as oito quebras de saque que obteve nos três sets - Ruud faturou apenas duas.

O primeiro set foi marcado pelo nervosismo de Ruud e pelo baixo nível técnico de ambos os finalistas. Foram erros feios para todos os lados. Nadal chegou a cometer duas duplas faltas num mesmo game, permitindo a quebra de Ruud. Mas o espanhol já estava liderando o placar, com sobra, e não teve problemas para fechar em 6/3.

As oscilações seguiram na segunda parcial. Nadal fazia partida abaixo do esperado em praticamente todos os fundamentos. Mas tirava vantagem da velha estratégia de jogar bolas altas no backhand do adversário. O norueguês, contudo, "entrou" no jogo neste set. Sacava bem e construía boas jogadas.

Tanto que abriu 3/1 na parcial, mas sem conseguir sustentar a vantagem por muito tempo. Nadal empatou em 3/3 e virou em seguida. Aproveitando as oscilações de Ruud, o favorito obteve nova quebra de saque na sequência e levou também o segundo set.

No terceiro, Nadal atropelou o adversário norueguês. Mais sólido em comparação ao início da partida, o espanhol praticamente não errava e controlava as ações tanto no fundo de quadra quanto na rede. Ruud, por sua vez, já estava "nas cordas" e não oferecia qualquer resistência. O favorito não hesitou e aplicou um inesperado "pneu" no adversário.

Único integrante do Big 3 que compete no Aberto da Austrália, Rafael Nadal vem fazendo a sua parte. Na madrugada desta terça-feira, o tenista espanhol garantiu seu lugar numa semifinal de Grand Slam pela 36ª vez na carreira. Ele sofreu para superar o canadense Denis Shapovalov numa batalha de cinco sets - 6/3, 6/4, 4/6, 3/6 e 6/3 - e disse que evita pensar no recorde de títulos de Grand Slam.

"Eu não espero por nada. Eu apenas sigo em frente. Em termos do que pode acontecer no futuro, honestamente não ligo muito", disse o espanhol, ao ser questionado sobre a possibilidade de atingir a marca de 21 títulos de Grand Slam. Seria o recorde histórico, superando o suíço Roger Federer e o sérvio Novak Djokovic. Ambos têm 20 e não estão competindo em Melbourne.

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"Não vou ficar frustrado se Novak ou Roger terminarem suas carreiras com mais títulos de Grand Slam do que eu. Vamos curtir a situação que temos hoje, cada um de nós. Fizemos coisas muitos especiais no nosso esporte", disse o ex-número 1 do mundo.

Nesta terça, o tenista de 35 anos mostrou mais uma vez toda sua resistência e resiliência dentro de quadra. Ele abriu 2 sets a 0 no placar, mas caiu de rendimento, permitiu o empate do 14º colocado do ranking. No confronto dos últimos dois canhotos ainda vivos na chave masculina, Nadal fez valer sua maior experiência.

"Eu estava destruído fisicamente, para ser honesto. Mas meu saque funcionou bem e, para mim, cada jogo que venceu com meu saque era como uma vitória. Claro que no começo do quinto set eu estava preocupado", admitiu o espanhol, que recebeu atendimento médico fora de quadra depois que Shapovalov empatou o jogo.

Algoz do alemão Alexander Zverev, um dos candidatos ao título, o canadense atacou a arbitragem do brasileiro Carlos Bernardes e criticou a demora de Nadal em seus serviços no quinto set. Durante o jogo, Shapovalov chegou a afirmar que a arbitragem estava sendo "corrupta".

Ao fim do jogo, ele se desculpou pelos excessos, mas reiterou as críticas. "Eu estava errado quando disse que ele é corrupto ou o que quer que eu tenha dito. Foi no calor do momento e emocional, mas acho injusto ver o quanto o Rafa está se safando. Respeito tudo o que Rafa fez e acho que ele é um jogador incrível. Mas tem que haver alguns limites e regras estabelecidas."

Shapovalov se referia à regra de 25 segundos para a reposição de bola em quadra, no saque. "Eu estava completamente pronto para receber o saque dele e o relógio estava marcando 3, 2, 1... indo em direção ao zero. E estava olhando para o árbitro, e obviamente tive que falar alguma coisa: Eu estou pronto para jogar há um minuto e meio, e ele me diz que não vai dar uma violação para o Nadal, porque eu não estava pronto para jogar. Para mim, é uma grande piada se alguém diz isso", reclamou.

Na semifinal, Nadal vai enfrentar o vencedor do duelo entre o italiano Matteo Berrettini e o francês Gael Monfils. Os outros dois semifinalistas serão definidos na noite desta terça e madrugada de quarta, pelo horário de Brasília.

Feminino - A tenista local Ashleigh Barty e a americana Madison Keys são as primeiras semifinalistas da chave de simples feminina. Número 1 do mundo, a atleta da casa fez mais uma vítima nesta madrugada ao arrasar a americana Jessica Pegula (21ª cabeça de chave), com direito a um "pneu": 6/2 e 6/0.

Sua adversária na semifinal, Keys surpreendeu ao derrotar a embalada Barbora Krejcikova, quarta cabeça de chave, por 6/3 e 6/2. A checa vinha em grande ritmo, mas sofreu demais com o calor, sentiu o desgaste físico e esteve longe de conseguir acompanhar a americana, atual 51º do mundo e ex-número 7.

Demonstrando preocupação com possíveis lesões, Rafael Nadal surpreendeu nesta quinta-feira (17) ao anunciar que vai desistir de disputar duas das principais competições da temporada 2021. O tenista espanhol não vai disputar o Torneio de Wimbledon e nem os Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão.

"É uma decisão que nunca é fácil de ser tomada. Depois de escutar meu corpo e falar com minha equipe, entendo que é a decisão acertada com o objetivo de ampliar minha carreira esportiva e seguir fazendo o que me faz feliz, que é competir ao máximo nível e seguir lutando", declarou o atual número três do mundo.

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Sem apontar nenhuma lesão, Nadal disse que a proximidade entre Roland Garros e Wimbledon nesta temporada foi a principal motivação para desistir da grama inglesa neste ano. O Grand Slam francês terminou no domingo e o britânico vai começar no dia 28. Geralmente, há pelo menos um mês de intervalo entre as duas grandes competições do circuito.

"O fato de haver apenas duas semanas entre Roland Garros e Wimbledon não torna mais fácil a recuperação do meu corpo depois da sempre pesada temporada de saibro. Foram dois meses de muito esforço e a decisão que tomei está focada no médio e no longo prazo", explicou o espanhol.

Aos 35 anos, Nadal já declarou diversas vezes que seu grande objetivo no momento é estender sua carreira, como faz o amigo e rival Roger Federer, que completará 40 anos em agosto. "Minha meta é prolongar minha carreira e continuar a fazer o que me deixa feliz. E a prevenção esportiva, diante de qualquer excesso no meu corpo, é um fator muito importante neste momento da carreira."

Dono de dois títulos em Wimbledon, o ex-número 1 do mundo esteve aquém do esperado na temporada de saibro. E, diferentemente dos últimos anos, não venceu em Paris. Foi derrotado pelo sérvio Novak Djokovic na semifinal, em sua terceira derrota na história em Roland Garros. Ele deixou a competição sem reclamar de dores ou outros problemas físicos.

Nadal também será baixa de peso em Tóquio. Pelo calendário, a disputa do tênis na Olimpíada vai começar exatamente duas semanas após o fim de Wimbledon. E será realizado sobre quadra dura, que exige um estilo de jogo diferente da grama de Londres.

"Os Jogos Olímpicos significam muito na minha carreira e sempre foram uma prioridade como esportista. Encontrei o ambiente que todo esportista sonha em sentir ao menos uma vez pessoalmente e tive a sorte de vivê-los intensamente em três ocasiões e ainda fui o porta-bandeira de meu país", afirmou.

O atleta espanhol tem duas Olimpíadas no currículo. E duas medalhas de ouro. Ele venceu o torneio olímpico em simples nos Jogos de Pequim-2008 e foi o campeão nas duplas no Rio-2016.

Atual campeão, Rafael Nadal anunciou nesta terça-feira que não vai tentar defender o título do US Open neste ano. O atual número dois do mundo alegou preocupações com a pandemia do novo coronavírus. "Parece que ainda não temos controle sobre isso", disse o espanhol de 34 anos.

"Depois de pensar muito sobre o assunto, decidi não jogar o US Open deste ano. A situação está muito complicada no mundo, os casos de covid-19 estão crescendo", declarou Nadal. "Esta é uma decisão que eu nunca quis tomar, mas decidi seguir o meu coração neste momento e, por enquanto, prefiro não viajar."

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Trata-se da terceira baixa de peso no primeiro Grand Slam a ser disputado no retorno do circuito de tênis. Antes, o suíço Roger Federer avisara que não iria mais competir neste ano após passar por duas cirurgias no joelho. No mês passado, a australiana Ashleigh Barty, número 1 do mundo, também alegou preocupação com a pandemia para não competir em Nova York.

Após quatro meses parado, o circuito profissional retornou nesta segunda com as mulheres, no Torneio de Palermo, na Itália. O masculino vai voltar no dia 22, com o Masters 1000 de Cincinnati, transferido para Nova York.

Sem afirmar se é favorável ou não ao retorno das competições, Nadal disse reconhece o esforço dos organizadores e das entidades em retomar os torneios. "Sabemos que o calendário do tênis, reduzido, se tornou uma barbaridade neste ano, após quatro meses sem poder jogar. Eu compreendo e agradeço e pelos esforços que fizeram para que o calendário possa acontecer."

O anúncio de Nadal aconteceu poucas horas após a organização do Masters 1000 de Madri confirmar o cancelamento da edição deste ano. A competição, que reúne chaves masculina e feminina, havia sido reagendada para setembro. Mas acabou sendo descartada também devido a preocupação com os novos casos de covid-19 na Espanha. Só nas últimas 24 horas, o Ministério da Saúde do país registrou nesta terça mais 1.178 novos casos (em um total de 302.814) e 26 óbitos (em um total de 28.498 mortes desde o início da pandemia).

A decisão de Nadal já era especulada nas últimas semanas, principalmente após as mudanças no ranking da ATP. Devido à pandemia, a entidade fez alterações nos critérios da lista, permitindo aos tenistas manter somente os seus 18 melhores resultados em 22 meses, contando entre março de 2019 e dezembro de 2020.

Assim, o espanhol poderá os pontos conquistados com o título do US Open do ano passado, sem perder posições no ranking da ATP. Em 2019, Nadal superou o russo Daniil Medvedev numa equilibrada final, por 3 sets a 2, em quase cinco horas de jogo. Ele somou seu 19º título de Grand Slam, ficando a apenas um de alcançar o recorde de Federer. Fora do US Open, o espanhol adiou a oportunidade de igualar a marca do suíço para 2021.

BRASILEIROS NO US OPEN - A desistência de Nadal alterou a lista de cabeças de chave da competição americana. O sérvio Novak Djokovic será o cabeça um, seguido agora do austríaco Dominic Thiem, atual número três do mundo. E isso afetou também a lista de entrada da competição, garantindo dois brasileiros na chave principal.

Thiago Monteiro, que já estava garantido, entrou com folga na relação. Ele é o atual 82º do mundo. Agora Thiago Wild, 114º do ranking, também foi efetivado na lista. O tenista de apenas 20 anos vai disputar pela primeira vez uma chave principal de Grand Slam entre os profissionais. Em 2018, ele foi campeão juvenil do US Open.

Ainda sem exibir o seu melhor tênis neste Aberto da Austrália, Rafael Nadal venceu bem nesta quinta-feira (23) e avançou à terceira rodada. Atual número 1 do mundo, o tenista espanhol derrotou o argentino Federico Delbonis por 3 sets a 0, com parciais de 6/3, 7/6 (7/4) e 6/1, em 2h30min.

Nadal fez boa exibição nesta quinta, principalmente no serviço, mas enfrentou maior dificuldade do que o esperado diante de Delbonis, 76º do ranking. Tanto que só faturou três quebras de saque em toda a partida, em 20 oportunidades. Ao mesmo tempo, não teve o serviço sob ameaça em nenhum momento do duelo.

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Consistente no serviço, o espanhol disparou oito aces e acertou 85% dos pontos quando jogou com o primeiro saque. Ele acertou ainda 33 bolas vencedoras, contra 22 do argentino. E cometeu 29 erros não forçados, diante de 43 do adversário.

Na terceira rodada, Nadal encontrará um amigo. Será o compatriota Pablo Carreño Busta, seu parceiro de equipe na Copa Davis e na ATP Cup. O espanhol avançou nesta quinta ao derrotar o alemão Peter Gojowczyk por 3 a 1, com parciais 6/4, 6/1, 1/6 e 6/4. Será o quinto confronto entre os dois tenistas da Espanha no circuito. Nadal venceu os quatro anteriores.

Se confirmar o favoritismo, Nadal poderá cruzar nas oitavas de final com o local Nick Kyrgios, contra quem vem nutrindo forte rivalidade nas últimas temporadas, em razão dos bons jogos e também das conhecidas declarações polêmicas do rival. Nesta quinta, o tenista da casa avançou à terceira rodada ao superar o francês Gilles Simon por 6/2, 6/4, 4/6 e 7/5.

O próximo adversário de Kyrgios será o russo Karen Khachanov. O 16º cabeça de chave sofreu nesta quinta para superar o sueco Mikael Ymer em cinco sets: 6/2, 2/6, 6/4, 3/6 e 7/6 (10/8).

MEDVEDEV E THIEM AVANÇAM - Entre os tenistas da nova geração com mais chances de título, o russo Daniil Medvedev e o austríaco Dominic Thiem também se garantiram na terceira rodada. O tenista da Rússia, número quatro do mundo, foi quem sofreu menos em quadra. Bateu o espanhol Pedro Martínez por 7/5, 6/1 e 6/3. Na sequência, o atual vice-campeão do US Open vai duelar com o local Alexei Popyrin, que superou nesta quinta o espanhol Jaume Munar por 6/2, 7/6 (7/5) e 6/2.

Thiem, por sua vez, sofreu mais do que o esperado. O quinto melhor tenista do mundo precisou de cinco sets para superar outro tenista da casa, Alex Bolt, por 6/2, 5/7, 6/7 (5/7), 6/1 e 6/2. Seu próximo adversário será o norte-americano Taylor Fritz (29º cabeça de chave), algoz do sul-africano Kevin Anderson por 4/6, 6/7 (5/7), 7/6 (7/4), 6/2 e 6/2.

Correndo por fora entre os mais jovens, o alemão Alexander Zverev avançou em três sets. Ele aplicou 7/6 (7/5), 6/4 e 7/5 no bielo-russo Egor Gerasimov. O número sete do mundo duelará com o espanhol Fernando Verdasco, que avançou ao desbancar o georgiano Nikoloz Basilashvili (26º) por 4/6, 7/6 (7/5), 6/4 e 6/4.

Também avançaram o francês Gael Monfils (10º), o belga David Goffin (11º), o suíço Stan Wawrinka (15º), o russo Andrey Rublev (17º), o norte-americano John Isner (19º) e o letão Ernests Gulbis.

SOARES VENCE NA ESTREIA - O brasileiro Bruno Soares venceu na estreia na chave de duplas masculina. Ele e o croata Mate Pavic, que formam a parceria cabeça de chave número dez, derrotaram o britânico Luke Bambridge e o japonês Ben McLachlan por 2 sets a 0, com parciais de 7/6 (7/4) e 7/5, em 1h49min.

Na segunda rodada, brasileiro e croata vão enfrentar o indiano Divij Sharan e o neozelandês Artem Sitak, que avançaram ao superar o português João Sousa e o espanhol Pablo Carreño Busta por 6/4 e 7/5.

Já Marcelo Demoliner foi eliminado logo em sua estreia. Ele e o holandês Matwe Middelkoop sofreram uma dura virada para os norte-americanos Tennys Sandgren e Jackson Withrow por 4/6, 7/6 (7/4) e 7/6 (10/8).

As estreias de Marcelo Melo e Luisa Stefani foram adiadas em razão da chuva. Melo, jogando ao lado do seu parceiro de costume, o polonês Lukasz Kubot, enfrentará os argentinos Guillermo Duran e Diego Schwartzman na madrugada desta sexta-feira, por volta das 3 horas (horário de Brasília). Inicialmente, o jogo estava marcado para esta quinta.

Luisa Stefani, por sua vez, enfrentaria as chinesas Yingying Duan e Saisai Zheng nesta quinta. As asiáticas foram a dupla cabeça de chave número nove do torneio. A brasileira jogará ao lado da norte-americana Hayley Carter. O jogo está marcado para as 22h30 desta quinta, pelo horário de Brasília (manhã de sexta, na hora local).

Sem sustos, o espanhol Rafael Nadal estreou com vitória no Aberto da Austrália, nesta terça-feira, em dia sem chuvas e de programação normal - na segunda, 32 partidas foram adiadas em razão do mau tempo. O número 1 do mundo, e atual vice-campeão em Melbourne, derrotou o boliviano Hugo Dellien com direito a um "pneu", pelo placar de 3 sets a 0, com parciais de 6/2, 6/3 e 6/0, em 2h02min de duelo.

Franco favorito contra o 73º do ranking, Nadal terminou o jogo com 38 bolas vencedoras, contra 15 do rival. E 21 erros não forçados, contra 34 do sul-americano. No entanto, foi irregular no saque. Foram cinco aces e o mesmo número de duplas faltas. Além disso, faturou oito quebras de serviço, em 18 chances. O espanhol sofreu duas quebras na partida.

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Na segunda rodada, o tenista da Espanha vai encarar o argentino Federico Delbonis, que avançou na chave ao superar o português João Sousa também por 3 a 0, com parciais de 6/3, 6/4 e 7/6 (7/2).

Líder do ranking, Nadal busca em Melbourne seu segundo título do Aberto da Austrália e o 20º de Grand Slam. Se isso acontecer, o espanhol vai igualar o recorde do suíço Roger Federer. No entanto, ele diz que este não é o seu foco.

"Eu não ligo para ter 20, 15 ou 16 títulos. Eu ligo apenas para continuar tentando, curtindo a minha carreira no tênis. Eu não estabeleci a meta de chegar a 20. Se eu alcançar, será fantástico. Se chegar a 21, melhor ainda. Se eu mantiver os 19, estarei super feliz por tudo que fiz na minha carreira. Eu não penso muito no futuro", declarou.

Atual número quatro do mundo, o russo Daniil Medvedev também venceu na estreia, porém cedendo set. O atual vice-campeão do US Open, derrotado justamente por Nadal naquela final, venceu o norte-americano Frances Tiafoe por 3 a 1, com parciais de 6/3, 4/6, 6/4 e 6/2.

O austríaco Dominic Thiem e o alemão Alexander Zverev, 5º e 7º do ranking, também avançaram. Thiem bateu o francês Adrian Mannarino por 6/3, 7/5 e 6/2. Zverev despachou o italiano Marco Cecchinato por 6/4, 7/6 (7/4) e 6/3. Na segunda rodada, o tenista da Áustria enfrentará o convidado local Alex Bolt.

Já o suíço Stan Wawrinka (15º cabeça de chave) precisou de quatro sets para superar o bósnio Damir Dzumhur por 7/5, 6/7 (4/7), 6/4 e 6/4. Seu próximo adversário será o italiano Andreas Seppi.

O francês Gael Monfils (10º) bateu o taiwanês Yen-Hsun Lu por 6/1, 6/4 e 6/2, enquanto o italiano Fabio Fognini (12º) superou o americano Reilly Opelka por 3/6, 6/7 (3/7), 6/4, 6/3 e 7/6 (10/5).

Também avançaram nesta terça-feira o argentino Diego Schwartzman, os locais Nick Kyrgios, John Millman, Jordan Thompson e Alexei Popyrin, o letão Ernests Gulbis, o belga David Goffin, o japonês Tatsuma Ito, o italiano Jannik Sinner, o alemão Peter Gojowczyk, o esloveno Aljaz Bedene e os espanhóis Jaume Munar e Alejandro Davidovich Fokina, o chileno Christian Garin, o croata Marin Cilic, o canadense Milos Raonic e os russos Karen Khachanov e Andrey Rublev.

Liderados por seus astros Rafael Nadal e Novak Djokovic, Espanha e Sérvia confirmaram o favoritismo nas semifinais da ATP Cup ao vencerem neste sábado Austrália e Rússia, respectivamente, e se enfrentarão na final da competição, marcada para este domingo, em Sydney.

Tanto a Espanha como a Sérvia fizeram 3 a 0 em seus confrontos. Os sérvios se impuseram e venceram os russos com autoridade. Dusan Lajovic foi responsável por abrir a rodada. O número 34 do mundo se apresentou bem e venceu Karen Khachanov venceu por 7/5 e 7/6 (7/1).

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Na sequência, Djokovic superou o desgaste físico do jogo das quartas de finais na sexta e protagonizou um grande duelo contra Daniil Medvedev, principal tenista da Rússia e quinto do ranking. Algoz do rival russo nos últimos dois jogos, o sérvio deu o troco e triunfou por 6/1, 5/7 e 6/4 em uma partida marcada pelo equilíbrio e disputada em alto nível.

No jogo das duplas, Nikola Cacic e Viktor Troicki levaram a melhor sobre a parceria formada por Teimuraz Gabashvili Konstantin Kravchuk por 6/4 e 7/6 (9/7) e finalizaram o confronto em 3 a 0 para os sérvios.

O primeiro jogo dos espanhóis diante dos australianos, que são os anfitriões do torneio, foi vencido por Roberto Bautista Agut diante de Nick Kyrgios por 2 sets a 0, com parciais de 6/1 e 6/4. Mais tarde, coube a Rafael Nadal definir a classificação à final.

O número 1 do mundo teve muita dificuldade para superar o jovem Alex de Minaur, 18º do ranking da ATP, de modo que perdeu o primeiro set por 6/4 e teve de suar para conquistar a virada, vencendo a segunda parcial por 7/5 e terceira, por 6/1. Nas duplas, já com o confronto definido, o Pablo Carreño Busta e Feliciano López triunfaram por 2 a 1 - parciais de 6/2, 6/7 (6/8) e 10/4 -, diante de Chris Guccione e John Peers.

Na grande decisão, haverá mais um capítulo da rivalidade entre Nadal e Djokovic, os dois melhores tenistas da atualidade. O sérvio leva ligeira vantagem sobre o espanhol no retrospecto, de modo que obteve 28 vitórias nos 54 jogos disputados entre eles. No entanto, no último encontro entre os dois, a final dos Masters 1000 de Roma em maio de 2019, o número 1 do mundo levou a melhor e ficou com o título.

Rafael Nadal fez sua melhor exibição nesta edição de Wimbledon nesta segunda-feira. O tenista espanhol arrasou o português João Souza pelo placar de 3 sets a 0, com triplo 6/2, em apenas 1h45min, em Londres. O triunfo garantiu o vice-líder do ranking nas quartas de final. Seu próxima rival vai sair do duelo norte-americano entre Sam Querrey e Tennys Sandgren.

Além da vaga nas quartas, Nadal superou uma marca do sueco Bjorn Borg. O pentacampeão de Wimbledon somou 51 vitórias na grama londrina em nove participações. O espanhol chegou ao seu 52º triunfo no Grand Slam britânico em sua 14ª presença na tradicional competição. Ele soma dois troféus em Londres.

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Para alcançar as quartas de final pela sétima vez em Wimbledon, Nadal mostrou seu melhor tênis em quadra. Esbanjando consistência no fundo de quadra e na rede, o espanhol também foi eficiente no saque. Ele acertou 86% dos pontos quando jogou com o primeiro serviço e não teve o fundamento ameaçado em nenhum momento da partida.

Ao mesmo tempo, obteve seis quebras sobre o rival, duas em cada set. Ele brilhou também ao registrar 30 bolas vencedoras, quase o dobro das 16 registradas pelo português, que fazia história em quadra ao obter a melhor campanha de um tenista do seu país em um Grand Slam. Por fim, o espanhol falhou muito pouco: apenas 10 erros não forçados, diante de 15 do adversário.

Sabendo tirar vantagem da lentidão da Quadra Central, algo já criticado por Roger Federer nesta edição, Nadal jogou quase como se estivesse no saibro. E controlou o jogo do início ao fim, registrando grandes jogadas diante do português, que protagonizou momentos de irritação diante do poderio do rival.

Se confirmar a vitória sobre um dos americanos nas quartas, Nadal poderá cruzar com Federer na semifinal. Para tanto, o suíço precisa ao menos vencer seu jogo desta segunda, contra o italiano Matteo Berrettini - o japonês Kei Nishikori é um possível rival nas quartas de final.

FEMININO - Ainda no início desta "Manic Monday", como é chamada esta segunda-feira por contar com todos os jogos das oitavas de final de simples (masculino e feminino), a norte-americana Serena Williams também atropelou em quadra, ao superar a espanhola Carla Suárez Navarro por duplo 6/2, em apenas 1h04min.

Em busca do seu oitavo título em Londres, a atual número 10 do mundo vai enfrentar nas quartas de final a compatriota Alison Riske, responsável por eliminar mais cedo a australiana Ashleigh Barty, atual número 1 do mundo. Riske ocupa a 55ª colocação do ranking.

Também pelas oitavas de final, a checa Barbora Strycova derrotou a belga Elise Mertens, 21ª cabeça de chave, por 4/6, 7/5 e 6/2. Sua próxima adversária vai sair do confronto entre a checa Petra Kvitova, dona de dois títulos em Wimbledon, e a local Johanna Konta.

Após resultados irregulares no início desta gira de saibro, Rafael Nadal ganhou embalo e fez uma forte estreia em Roland Garros nesta segunda-feira. O atual número dois do mundo praticamente não deu chances ao alemão Yannick Hanfmann, 180º do mundo, e venceu por 3 sets a 0, com parciais de 6/2, 6/1 e 6/3, em 1h57min.

Atual campeão e dono de 11 títulos em Paris, Nadal vinha de resultados ruins nos torneios anteriores, com tropeços inesperados nos Masters 1000 de Montecarlo e Madri e no Torneio de Barcelona. Só mostrou sua conhecida força no saibro no Masters de Roma, quando faturou o título justamente na última competição preparatória para Roland Garros.

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E, nesta segunda, fez boa exibição para mostrar que reencontrou seu melhor tênis na terra batida. O grande favorito ao título deste ano só oscilou no primeiro game, quando precisou salvar quatro break points. Depois disso, foi para cima do desconhecido rival alemão, que veio do qualifying, e obteve duas quebras de saque para fechar o primeiro set com facilidade.

O número de quebras se repetiu na segunda parcial, desta vez sem as ameaças de Hanfmann. O espanhol fechou o set sem ter o saque ameaçado. E o mesmo aconteceu na terceira e última parcial. Nadal terminou o jogo com 25 bolas vencedoras, contra 20 do rival. E cometeu apenas 16 erros não forçados, diante de 34 do alemão.

Na segunda rodada, o favorito terá mais um rival vindo do qualifying. Virá do duelo entre o belga Kimmer Coppejans e o alemão Yannick Maden. Em Paris, Nadal busca atingir o recorde absoluto de conquistas em um mesmo Grand Slam. No momento, está empatado com as 11 conquistas da australiana Margaret Court no Aberto da Austrália.

OUTROS RESULTADOS - Os tenistas da casa que entraram em quadra nesta segunda não decepcionaram a torcida. O experiente Richard Gasquet bateu o alemão Mischa Zverev, irmão mais velho de Alexander, por 6/3, 6/4 e 6/3. Seu próximo adversário será o argentino Juan Ignacio Londero, algoz do georgiano Nikoloz Basilashvili (15º cabeça de chave) por 6/4, 6/1 e 6/3. O também francês Corentin Moutet superou o russo Alexey Vatutin por 6/4, 7/6 (8/6) e 6/4.

Cabeça de chave número 21, o jovem australiano Alex de Minaur bateu o norte-americano Bradley Klahn por 6/1, 6/4 e 6/4. Agora vai enfrentar o espanhol Pablo Carreño-Busta, que avançou na chave ao derrotar o português João Sousa por 6/3, 6/1 e 6/2.

Já o norte-americano Frances Tiafoe, 32º cabeça de chave, caiu logo em sua estreia, diante do sérvio Filip Krajinovic pelo placar de 3 sets a 2, com parciais de 6/2, 4/6, 6/3, 3/6 e 6/0. Em outro duelo entre tenistas dos dois países, os sérvios levaram a melhor novamente, desta vez no triunfo de Miomir Kecmanovic sobre Denis Kudla por 6/0, 6/7 (7/9), 5/7, 6/3 e 6/4.

Atuando diante de um desgastado Novak Djokovic, Rafael Nadal venceu o sérvio por 2 sets a 1, com parciais de 6/0, 4/6 e 6/1, neste domingo, conquistou neste domingo o seu primeiro título no ano e o nono do Masters 1000 de Roma. De quebra, o espanhol voltou a se isolar como recordista de troféus de Masters, com 34 obtidos nesta série de importantes torneios do circuito profissional.

Com uma campanha bem mais tranquila do que a do rival para chegar à decisão na importante competição realizada em quadras de saibro na capital italiana, onde o tenista de Belgrado passou no sufoco pelos argentinos Juan Martín del Potro e Diego Schwartzman nas duas fases anteriores, o vice-líder do ranking mundial pela primeira vez aplicou um "pneu" (6/0) sobre o atual número 1 do mundo em 54 confrontos entre os dois, que se encararam em uma ocasião inicial na edição de 2006 de Roland Garros. E esse foi o quarto 6/0 aplicado por Nadal em um oponente nesta edição do evento romano.

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Essa foi a 26ª vitória de Nadal sobre Djokovic, que superou por 28 vezes o espanhol e não perdia para o velho rival desde quando foi batido justamente na edição de 2018 do Masters de Roma, nas semifinais. Depois disso, ele levou a melhor sobre o Rei do Saibro em Wimbledon, também no ano passado, e na decisão do último Aberto da Austrália, em janeiro.

Com o feito deste domingo, o espanhol deixou para trás o próprio Djokovic na lista de maiores ganhadores de Masters 1000. O tenista de Belgrado ostenta 33 taças desta importante série de torneios deste quilate no circuito profissional, enquanto o suíço Roger Federer é o terceiro nesta listagem, com 28. Com o eneacampeonato em Roma, Nadal também encerrou o seu jejum de títulos em 2019. Pela primeira vez em 15 anos chegando ao mês de maio sem ter erguido nenhuma taça em uma temporada, o espanhol havia sido eliminado em sequência nas semifinais de Montecarlo, Roma e Madri nesta gira de saibro do calendário. E, ao garantir a sua primeira taça no ano, ele passou a contabilizar 81 títulos de simples em sua carreira.

COMEÇO ARRASADOR - Para encerrar este incômodo jejum, Nadal teve um desempenho arrasador no primeiro set do duelo deste domingo. Com 82% de aproveitamento dos pontos que disputou com o seu primeiro saque no set inicial, o número 2 do mundo confirmou todos os seus serviços sem oferecer nenhuma chance de quebra a Djokovic e ainda converteu três de nove break points para aplicar o humilhante e até então inédito 6/0 sobre o sérvio em um embate entre os dois.

Na segunda parcial, os dois tenistas confirmaram os seus saques com relativa tranquilidade nos seis primeiros games. No sétimo, o espanhol teve três oportunidades para quebrar o serviço do sérvio, que se viu nesta situação ao errar um smash fácil e acertar a rede. O número 1 do mundo, porém, não deixou se abalar, salvou as três chances de quebra e depois fez 4/3. No nono game do set, Djokovic voltou a ficar em apuros quando subiu até a rede para matar um ponto em 40/40 e não conseguiu devolver uma bola cruzada do sérvio. Porém, o sérvio voltou a salvar o break point e depois confirmou o seu serviço para abrir 5/4. A um game de vencer esta parcial, o sérvio pressionou o espanhol ao ganhar os dois primeiros pontos, abrir 30/0 no saque do espanhol e depois ainda teve um set point ao conseguir uma vantagem após o 40/40. E, graças a um erro do Nadal do fundo de quadra, ele fechou o segundo set em 6/4.

Na volta para o terceiro set, porém, o espanhol é que colocou pressão no sérvio ao abrir 0/30 no saque do rival e depois acabou conseguindo uma quebra que deixou o sérvio furioso. Ele bateu por mais de uma vez com a raquete no chão ao ter o serviço quebrado. Em seguida, o espanhol abriu 2/0 após Djokovic errar uma deixadinha quando o rival tinha vantagem no game após um 40/40.

E o desgaste físico começou a pesar para o tenista de Belgrado, que passou a tentar definir rapidamente os pontos e a cometer mais erros. Assim, Nadal teve um novo break point no terceiro game, mas o sérvio conseguiu se salvar e depois reduziu a vantagem do espanhol para 2/1. Mas o Rei do Saibro seguia mais sólido com o saque na mão e abriu 3/1 com tranquilidade. E no quinto game, com uma linda paralela do fundo de quadra, o espanhol teve nova chance de quebra e depois abriu 4/1 com um erro do sérvio do fundo de quadra no ponto seguinte.

A partir daí, Nadal ficou com o jogo na mão, abriu 5/1 depois de novo erro do sérvio e, com uma bola na linha, teve o match point para fechar o jogo. E com um erro do sérvio em uma subida na rede, o espanhol garantiu o 6/1 que liquidou o confronto após 2h25min de partida.

Nadal não conquistava um título desde agosto do ano passado, quando faturou o Masters 1000 de Toronto, no Canadá. E em Roma ele defendia a condição de atual campeão do evento, no qual também triunfou anteriormente em 2005, 2006, 2007, 2009, 2010, 2012, 2013 e 2018. "Eu me senti competitivo, me senti bem em quadra. Estou muito feliz por esta vitória. É sempre especial jogar contra Djokovic e por voltar a conquistar o título em Roma", comemorou o espanhol logo após o fim do jogo.

GUGA - O jogo deste domingo foi acompanhado de perto por Gustavo Kuerten. O brasileiro, ex-número 1 do mundo do tênis, estava nas tribunas da quadra central do Foro Itálico, onde anteriormente faturou o título do Masters de Roma em 1999 e foi vice-campeão em 2000 e 2001. E foi justamente Guga que entregou o troféu de campeão a Nadal, que depois exaltou a importância deste título para a sua carreira. "Queria dar os parabéns ao Djokovic, pela semana e pela sua carreira. Foi um jogo muito difícil e foi uma semana incrível para mim. E é uma honra ganhar em uma das cidades mais lindas do mundo, onde ganhei pela primeira vez o título aqui em 2005", festejou o espanhol, falando em italiano no microfone aberto para o público.

Mesmo demonstrando dores no joelho direito, o espanhol Rafael Nadal surpreendeu nesta sexta-feira ao derrotar o russo Karen Khachanov por 2 sets a 0, com parciais de 7/6 (7/2) e 7/6 (7/2), em 2h16min. Com o triunfo, Nadal se credenciou para o "clássico" com o suíço Roger Federer na semifinal do Masters 1000 de Indian Wells, nos Estados Unidos.

Os dois maiores campeões de Grand Slam da história vão se enfrentar neste sábado pela 39ª vez no circuito. O duelo não acontece desde 2017, e o suíço vem de cinco vitória consecutivas sobre o seu maior rival. No geral, Nadal segue liderando, com 23 triunfos, contra 15 de Federer.

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Atual número quatro do mundo, o suíço venceu mais cedo, nesta sexta, o polonês Hubert Hurkacz em sets diretos. Ele é o atual vice-campeão do tradicional torneio norte-americano. A outra semifinal vai reunir o austríaco Dominic Thiem e o canadense Milos Raonic.

Para fazer mais um clássico do tênis mundial, Nadal precisou superar dois adversários nesta sexta. O primeiro era, claro, o próprio Khachanov, campeão do Masters de Paris, sobre o sérvio Novak Djokovic, em novembro do ano passado. O outro era a dor no joelho direito, o mesmo que o fez desistir da semifinal do US Open da temporada passada.

Sem demonstrar dores no primeiro set, o espanhol começou mal ao sofrer uma quebra de saque logo no primeiro game da partida. No sexto game, ele devolveu a quebra e empatou em 3/3. Num duelo equilibrado, acabou superando o russo no tie-break.

Na segunda parcial, Nadal pediu atendimento médico em quadra ao fim do terceiro game. Mas, mesmo com dores, quebrou o saque do russo no quinto game: 3/2. Desgastado, o espanhol passou a acelerar o jogo, tentando encurtar a disputa dos pontos. Do outro lado, Khachanov apostava nas deixadinhas para forçar Nadal a correr pela quadra, exigindo mais do seu joelho.

A partida seguia equilibrada, apesar das dores sofridas pelo favorito. Pressionado no seu serviço, salvou break points na sequência e viu o russo hesitar. Khachanov desperdiçou um set point e facilitou a vida de Nadal, levando o duelo para novo tie-break, novamente dominado pelo vice-líder do ranking.

O espanhol terminou o jogo com 25 bolas vencedoras, contra 36 do rival. E 16 erros não forçados, diante de 32, o dobro, do russo, atual 13º do ranking. Apesar da eliminação, o tenista da Rússia deve ganhar uma posição na lista da ATP a ser atualizada na próxima segunda-feira.

O dia foi de resultados opostos para os dois principais favoritos ao título do Masters 1000 de Indian Wells, nos Estados Unidos, nesta terça-feira. Se o espanhol Rafael Nadal arrasou o argentino Diego Schwartzman, o sérvio Novak Djokovic foi eliminado pelo alemão Philipp Kohlschreiber, também em sets diretos.

O número 1 do mundo já havia enfrentado dificuldades na estreia, contra o local Bjorn Fratangelo, que saíra do qualifying. Mas a falta de ritmo ficou escancarada nesta terça, diante do 39º do mundo. Contra o rival de 35 anos, Djokovic cometeu 32 erros não-forçados, contra 23 do alemão. Ambos anotaram 16 bolas vencedoras.

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No set inicial, Kohlschreiber salvou quatro break points e obteve uma quebra de saque para abrir vantagem e encaminhar a parcial. No segundo, chegou a perder o serviço, mas obteve duas quebras, diante de um apático Djokovic, e confirmou o triunfo em 1h38min. Foi apenas a segunda vitória do alemão sobre o sérvio. A primeira, por sinal, foi obtida há dez anos.

Vindo do título do Aberto da Austrália, o líder do ranking não vai sofrer ameaças em sua posição. Isso porque ele caiu na estreia no ano passado em Indian Wells. No total, Djokovic soma seis troféus na quadra dura do torneio norte-americano, o primeiro de nível Masters 1000 da temporada.

Com o grande triunfo, o tenista da Alemanha se garantiu nas oitavas de final. Seu próximo adversário será o francês Gael Monfils.

Na outra ponta da chave, Rafael Nadal mostrou que vive situação oposta a de Djokovic. Se o sérvio exibiu apatia e falta de ritmo, o espanhol está embalando na quadra dura. O número dois do mundo precisou de apenas 1h15min para superar Diego Schwartzman por 6/3 e 6/1. Foi o sétimo triunfo em sete jogos de Nadal contra o atual 26º do mundo.

Acostumado a mostrar solidez no fundo de quadra, o espanhol surpreendeu nesta terça ao exibir força também no saque. Ele acertou 81% dos pontos quando jogou com o primeiro serviço e não teve o saque ameaçado em nenhum momento da partida. Ao mesmo tempo, obteve quatro quebras sobre o argentino.

Nas oitavas de final, o dono de três títulos em Indian Wells vai encarar agora o sérvio Filip Krajinovic, atual 113º do mundo, que avançou nesta terça ao despachar o russo Daniil Medvedev por 6/3 e 6/2.

Mais cedo, o japonês Kei Nishikori e o croata Marin Cilic tiveram o mesmo destino de Djokovic. O tenista asiático, número sete do mundo, caiu diante do polonês Hubert Hurkacz por 4/6, 6/4 e 6/3, enquanto Cilic foi batido pelo canadense Denis Shapovalov por 6/4 e 6/2. Hurkacz e o tenista do Canadá vão se enfrentar nas oitavas.

Já o local John Isner avançou ao passar pelo argentino Guido Pella, campeão do Brasil Open, por 6/3 e 6/4. O anfitrião enfrentará nas oitavas o russo Karen Khachanov, que eliminou o russo Andrey Rublev por 7/5 e 6/3.

FEMININO - Na outra chave da competição, também houve queda surpreendente nesta terça. A romena Simona Halep, atual número dois do mundo, foi eliminada pela checa Marketa Vondrousova em três sets: 6/2, 3/6 e 6/2.

Outra ex-número 1 do mundo, a espanhola Garbiñe Muguruza se saiu melhor ao bater a holandesa Kiki Bertens por 5/7, 6/1 e 6/4 e garantiu seu lugar nas quartas de final. E a canadense Bianca Andreescu derrotou a chinesa Qiang Wang por 7/5 e 6/2, também assegurando vaga nesta fase pela primeira vez na carreira.

Após uma semana sem disputa de torneios da ATP, em razão das semifinais da Copa Davis, o ranking sofreu poucas alterações na atualização desta segunda-feira. O espanhol Rafael Nadal mantém o primeiro lugar, com 8.760 pontos, seguido pelo suíço Roger Federer, com 6.900.

Não houve qualquer alteração no Top 10. Na verdade, a primeira alteração aconteceu somente na 24ª colocação, com a troca de posições entre o russo Karen Khachanov e o francês Richard Gasquet, atual 25º da lista da ATP.

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Assim, o grupo dos dez primeiros colocados segue inalterado, com o sérvio Novak Djokovic, campeão do US Open, último Grand Slam do ano, na terceira colocação, com 6.445 pontos. O quarto lugar é do argentino Juan Martín Del Potro, vice-campeão nos Estados Unidos, detentor de 5.980 pontos.

O alemão Alexander Zverev, o croata Marin Cilic, o búlgaro Grigor Dimitrov, o austríaco Dominic Thiem, o sul-africano Kevin Anderson e o norte-americano John Isner completam a lista dos 10 melhores do ranking. Destes, somente Cilic e Thiem estiveram em quadra no fim de semana e ajudaram suas equipes a avançar como cabeças de chave para a fase classificatória da Davis - que sofrerá profunda alteração a partir de 2019.

O brasileiro mais bem ranqueado é Thiago Monteiro. Ele ocupa a 117ª posição, com 473 pontos. Rogério Dutra Silva é o 146º, com 400 pontos. Com 269 pontos, Guilherme Clezar aparece no 208º lugar, enquanto Thomas Bellucci soma 198 pontos, na 270ª posição. Thiago Seyboth Wild, campeão juvenil do US Open, acumula 79 pontos, na 459ª colocação.

 

Confira a lista dos 20 primeiros classificados:

1.º - Rafael Nadal (ESP), com 8.760 pontos

2.º - Roger Federer (SUI), com 6.900

3.º - Novak Djokovic (SER), com 6.445

4.º - Juan Martín Del Potro (ARG), com 5.980

5.º - Alexander Zverev (ALE), com 4.890

6.º - Marin Cilic (CRO), com 4.715

7.º - Grigor Dimitrov (BUL), com 3.755

8.º - Dominic Thiem (AUT), com 3.665

9.º - Kevin Anderson (AFS), com 3.595

10.º - John Isner (EUA), com 3.470

11.º - David Goffin (BEL), com 3.435

12.º - Kei Nishikori (JAP), com 2.475

13.º - Fabio Fognini (ITA), com 2.225

14.º - Diego Schwartzman (ARG), com 2.110

15.º - Stefanos Tsitsipas (GRE), com 1.962

16.º - Kyle Edmund (ING), com 1.855

17.º - Jack Sock (EUA), com 1.850

18.º - Borna Coric (CRO), com 1.825

19.º - Lucas Pouille (FRA), com 1.825

20.º - Milos Raonic (CAN), com 1.755

117.º - Thiago Monteiro (BRA), 473

146.º - Rogério Dutra Silva (BRA), 400

208.º - Guilherme Clezar (BRA), 269

270.º - Thomaz Bellucci (BRA), 198

O espanhol Rafael Nadal passou por seu teste mais difícil até agora no US Open, na madrugada desta quarta-feira, em Nova York. O número 1 do mundo levou um "pneu" logo no primeiro set da partida contra o austríaco Dominic Thiem e precisou de 4h48min para fechar o jogo em cinco sets, com parciais de 0/6, 6/4, 7/5, 6/7 (4/7) e 7/6 (7/5). Na semifinal, ele enfrentará o argentino Juan Martín del Potro.

Um dos melhores jogos da competição, o duelo contou com jogadas espetaculares de ambos os tenistas, que haviam disputado a final de Roland Garros. "Dominic é um companheiro exemplar no circuito e me sinto mal por ele", admitiu Nadal, logo após impor dura derrota ao número nove do mundo. "Quando se chega a uma situação como essa, no quinto set, com 5/5 no tie-break, é um moeda jogada ao ar", declarou o espanhol.

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Nadal admitiu a surpresa com o placar do set inicial, quando Thiem dominou com facilidade, disparando bolas vencedoras de todos os cantos da quadra - foram 74 em toda a partida, contra 55 do espanhol. "Um 6/0 é um resultado muito perigoso. No primeiro set, eu ganhei apenas sete pontos, não houve um jogo."

O espanhol só equilibrou a partida a partir da metade do segundo set. Ele fechou esta parcial e ainda contou com erros do rival para fechar a terceira parcial por 7/5, quando o duelo se encaminhava para o tie-break. "Ele tem uma atitude muito boa na quadra, nos treinos e nas partidas. Gosto muito de pessoas que se esforçam para alcançarem seus objetivos e Dominic é assim", elogiou Nadal.

Apesar da derrota, o austríaco obteve uma quebra a mais que o líder do ranking na partida: 6 a 5. Também somou mais pontos no cômputo geral. Foram 171, contra 165 do atual campeão do US Open. Nada disso, porém, evitou a vitória do cada vez mais embalado Nadal.

"O tênis às vezes é cruel. Esta partida não merecia um perdedor, mas tem que haver um. E, se desconsideramos o primeiro set, houve um equilíbrio ao longo da partida", disse Thiem, conformado com a derrota, que marcou a melhor campanha do austríaco no US Open. Até então, ele nunca havia passado das oitavas de final.

As duas últimas parciais da partida foram as mais equilibradas. No quarto set, cada tenista faturou uma quebra de saque. E, na quinta parcial, não houve quebras. Thiem terminou o jogo com 57 erros não forçados, diante de 49 do favorito, que foi até o lado da quadra do austríaco para abraçá-lo ao fim da partida. "Espero que possamos ter no futuro outros jogos como esse, mas com um final diferente", afirmou o austríaco, sem esconder o cansaço pela "maratona", em razão do forte calor e da alta umidade em Nova York.

Na semifinal, Nadal vai reencontrar o argentino Juan Martín del Potro. Eles vão reeditar a semi do ano passado no US Open, quando o espanhol levou a melhor e depois faturou o título. O número três do mundo leva desvantagem no confronto, com apenas cinco vitórias e 11 derrotas.

Exibindo grande forma técnica na quadra dura do US Open, o espanhol Rafael Nadal não tomou conhecimento do canadense Vasek Pospisil na noite desta quarta-feira e arrasou o 88º do ranking da ATP pelo placar de 3 sets a 0, com parciais de 6/3, 6/4 e 6/2, em duas horas de partida.

Afiado em todos os fundamentos, o número 1 do mundo impôs seu jogo com grande rendimento no fundo de quadra e também no saque. Ele acertou 84% dos pontos quando jogou com o primeiro serviço. Anotou cinco aces e não se intimidou com os 12 anotados pelo adversário. Nadal se destacou ainda ao anotar 26 bolas vencedoras, contra 22 do oponente. E cometeu 16 erros não forçados, abaixo dos 23 de Pospisil.

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O espanhol só encontrou dificuldades em quadra no início do segundo set, quando sofreu uma única quebra no jogo e viu o rival abrir 4/2 na parcial. A reação, contudo, foi rápida. E Nadal virou para 5/4 antes de fechar o set. No total, o favorito registrou cinco quebras de saque.

Em busca do seu quarto título em Nova York, o atual campeão do US Open vai encarar agora o jovem russo Karen Khachanov. O tenista de 22 anos, 27º cabeça de chave, também avançou nesta quarta ao derrotar o italiano Lorenzo Sonego por 7/5, 6/3 e 6/3. Os dois tenistas se encontraram recentemente, no Masters 1000 de Toronto, com vitória do espanhol.

Ainda nesta quarta, o local John Isner derrotou o chileno Nicolas Jarry pelo placar de 3 sets a 2, com parciais de 6/7 (7/9), 6/4, 3/6, 7/6 (7/2) e 6/4. O 11º cabeça de chave enfrentará na terceira rodada o sérvio Dusan Lajovic.

Outro favorito da torcida, Jack Sock foi eliminado de forma precoce. O 18º pré-classificado caiu diante do georgiano Nikoloz Basilashvili por 4/6, 6/3, 6/2 e 7/6 (7/3). Basilashvili enfrentará o argentino Guido Pella.

Aposta da nova geração, o canadense Denis Shapovalov confirmou a boa fase ao despachar nesta quarta o italiano Andreas Seppi por 6/4, 4/6, 5/7, 7/6 (7/2) e 6/4. O 28º cabeça de chave vai encarar agora o sul-africano Kevin Anderson, atual vice-campeão de Wimbledon.

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