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Após a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Pequim, na China, os olhos do mundo dos esportes gelados voltam-se para a Itália, que será o país-sede da próxima edição do megaevento esportivo pela terceira vez na história.

As Olimpíadas de Cortina d'Ampezzo e Milão de 2026, duas cidades localizadas no norte do país no Vêneto e na Lombardia, respectivamente, envolverão ainda outros municípios localizados nas regiões - e no Trentino-Alto Ádige.

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Enquanto a abertura será realizada no estádio San Siro, casa da Inter e do Milan, na capital da Lombardia, a cidade de Verona - inspiração de William Shakespeare para "Romeu e Julieta" - será a responsável pela cerimônia de encerramento, que ocorrerá na famosa Arena, o anfiteatro romano mais bem preservado do país.

De acordo com a programação das Olimpíadas, Milão sediará as competições indoor, como hóquei sobre o gelo, patinação artística e patinação de velocidade em pista curta. Cortina d'Ampezzo, popularmente chamada de "Pérola das Dolomitas", receberá as provas de curling, bobsled, trenó, skeleton e esqui alpino feminino.

Além das duas cidades que carregam o nome da candidatura italiana, o pequeno município de Livigno, um vale lombardo na fronteira com a Suíça, vai sediar as etapas de snowboard e esqui estilo livre, enquanto a vizinha Bormio terá provas do esqui alpino masculino.

Diversas cidades do extremo-norte da Itália estarão envolvidas nos Jogos de 2026. Na província de Bolzano, Anterselva receberá o biatlo; já na província de Trento, Tesero terá o esqui de fundo e Predazzo contará com provas do salto com esqui. Por fim, Baselga di Pinè sediará a patinação de velocidade.

Tirando Milão e Verona, todas as outras sedes das Olimpíadas de Inverno estão localizadas na Cordilheira das Dolomitas, uma das regiões mais bonitas e visitadas da Itália.

No total, os Jogos de 2026 terão 16 modalidades olímpicas e outras seis paralímpicas. Os custos da próxima edição serão de cerca de 1,3 bilhão de euros, sendo que 400 milhões vão ser encaminhados pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).

O megaevento esportivo, previsto para os dias 6 e 22 de fevereiro de 2026, acontecerá pela terceira vez em solo italiano. A primeira foi na própria Cortina d'Ampezzo, em 1956, e a segunda foi disputada em 2006, em Turim. 

Da Ansa

A imagem do esquiador Manex Silva conduzindo a bandeira brasileira no Ninho do Pássaro, durante a cerimônia de encerramento dos Jogos de Inverno de Pequim, colocou o ponto final em uma participação animadora do Brasil na competição. Sem tradição nos esportes de gelo e neve, o país conseguiu marcas importantes e resultados inéditos, o que gera boa expectativa para 2026, quando os Jogos serão disputados em Milão e Cortina D'Ampezzo, na Itália.

Na cerimônia, assim como na abertura, apenas quatro profissionais do Time Brasil desfilaram. Além de Manex, estavam lá a também esquiadora Eduarda Ribera, o chefe de missão Anders Pettersson e o fisioterapeuta Ronaldo Aguiar. Todas as delegações participaram com poucas pessoas, em razão dos protocolos de prevenção contra a Covid-19.

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A lista de feitos importantes do Brasil começa pelo porta-bandeira. Aos 19 anos, Manex Silva foi o primeiro representante do país a completar quatro provas em uma mesma edição dos Jogos de Inverno, após participar das disputas de esquiatlo, sprint, 50 km e 15 km.

Manex é um dos atletas que geram expectativa para a próxima edição. O grupo de jovens promissores ainda tem nomes como Eduarda Ribera, de 17 anos, Sabrina Cass, de 19, e Michel Macedo, de 23. Cass teve o melhor desempenho sul-americano da história na prova de moguls, encerrada por ela no 26ª lugar.

"Saímos daqui com a sensação de dever cumprido. Realmente, é um investimento pro futuro. Os atletas de menos de 20 anos ainda não atingiram o seu ápice e vão estar melhor ainda em Milão-Cortina 2026. Fazer um atleta de alto nível é um trabalho de formiguinha e acredito que o COB e as Confederações de Gelo e Neve estão investindo da maneira certas nos atletas que merecem", analisou Anders Pettersson, chefe da Missão Pequim 2022.

Quando o assunto é rendimento, a grande estrela brasileira em Pequim foi Nicole Silveira, que terminou a prova de skeleton em 13º e se tornou a melhor latino-americana da história da modalidade em Jogos Olímpicos. Além disso, foi a segunda melhor colocação entre atletas do Brasil, atrás apenas do nono lugar de Isabel Clark no snowboard, em 2006, e a melhor do país em esportes no gelo.

Outra pessoa que viveu momentos especiais em Pequim foi a esquiadora Jaqueline Mourão, que também acumula participações no ciclismo MTB dos Jogos de Verão. Na soma dos dois tipos de olimpíada, ela chegou à sua oitava edição olímpica, superando nomes como a jogadora de futebol Formiga, o velejador Robert Scheidt e o cavaleiro Rodrigo Pessoa.

Poucas horas antes da cerimônia de encerramento, o Brasil celebrou outra marca expressiva. O time de bobsled 4-man conseguiu disputar a descida final pela primeira vez em cinco participações nos Jogos e fez história ao terminar em 20º lugar, melhor resultado brasileiro na história da disputa masculina da modalidade.

Até então, o posto mais alto alcançado era o 23º de 2018, na edição passada, em Pyeongchang. Na ocasião, a equipe era formada por Edson Bindilatti, Edson Martins, Odirlei Pessoni e Rafael Souza. Na edição atual, a única mudança foi a ausência de Pessoni, que morreu em um acidente de moto no ano passado e foi lembrado pelos companheiros neste domingo. O substituto dele é Erick Vianna, e a equipe também conta com Jefferson Sabino como reserva.

DESPEDIDA - O país que mais celebrou durante a disputa dos Jogos de Pequim foi a Noruega, líder do quadro de medalhas com 16 ouros, oito pratas e 13 bronzes. Por isso, a delegação norueguesa foi a primeira a desfilar na cerimônia de encerramento, seguida pelas outras. Alemanha e China ficaram em segundo e terceiro lugar, respectivamente.

Na sequência, foram feitas as últimas premiações. Em mais um momento de destaque para a Noruega, Therese Johaug recebeu sua terceira medalha de ouro após ser campeã dos 30 km do esqui cross-country. A prata foi colocada no pescoço da norte-americana Jessie Diggins e o bronze ficou com a finlandesa Kerttu Niskanen.

Após alguns atos e homenagens, imagens divulgando a próxima edição do evento tomaram os telões do Ninho do Pássaro e autoridades realizaram seus discursos. Na parte final, as luzes foram apagadas e anéis olímpicos foram erguidos enquanto um coral de crianças cantava, antes de um show de fogos de artifício encerrar os Jogos.

Com evolução constante nos treinos oficiais, o quarteto brasileiro do bobsled está preparado para a estreia nos Jogos Olímpicos de Pequim-2022, na China. Tanto que até abriu mão da sexta descida a que teria nesta sexta-feira para o início da competição neste sábado - serão duas descidas no primeiro dia. A equipe formada por Edson Bindilatti, Edson Martins, Erick Viana e Rafael Souza, além de Jefferson Sabino como reserva, sonha alto na despedida do piloto do trenó como atleta de alto rendimento.

"Depois de finalizarmos os treinos, objetivo segue o mesmo, é pegar a final. E se conseguirmos, já vai ser histórico pro bobsled do Brasil. Vamos sair daqui com a sensação de dever cumprido por todo o trabalho que fizemos ao longo desses quatro anos", comentou Bindilatti.

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"Conseguimos fazer um push forte hoje (sexta-feira), caprichar na pilotagem, pra gente poder descansar um pouquinho mais. Não teve intervalo entre a disputa do 2-man e os treinos do 4-man. Então, achamos prudente deixar os atletas descansarem, passar na fisioterapia para o Ronaldo (Aguiar) fazer a soltura da musculatura e preparar para amanhã dar tudo na competição", contou.

Os treinos oficiais confirmam que ter participado da competição de 2-man (trenó com dois atletas) foi muito importante para buscar um melhor desempenho no quarteto. As posições finais foram evoluindo a cada descida. No primeiro dia de treinos oficiais, o Brasil ficou em 26.º lugar com o tempo de 1min00s81 na primeira descida, e em 24.º na segunda, marcando 1min00s57. A terceira descida rendeu o 23.º lugar (1min00s12) e a quarta, o 19.º (1min00s32). Fechando o período pré-competição, o 18.º melhor tempo na quinta descida com o melhor desempenho até então: 1min00s09.

"Foi uma evolução bem grande desde o primeiro dia. Tivemos uma boa preparação no 2-man, na pilotagem. No 4-man, conseguimos ter uma pressão maior nas curvas, ter o trenó mais na mão. Esse último treino foi fantástico em termos de pilotagem e push. E ainda não estamos com a lâmina de competição. Sabemos que todos os times vão vir fortes porque estão todos bem preparados, mas hoje vimos que estamos igualmente preparados. Vamos dar o nosso melhor", disse Bindilatti.

O bobsled é considerado a Fórmula 1 dos esportes de inverno porque o carrinho com quatro integrantes pode ultrapassar 150km/h. E o Brasil já não pode mais ser considerado um estranho no esporte. O país esteve representado na modalidade em cinco Jogos Olímpicos: 27.º em Salt Lake City-2002; 25.º em Turim-2006; 28.º em Sochi-2014; e 23.º em Pyeongchang-2018, o melhor desempenho em termos de posição final até o momento. Para chegar à final em Pequim-2022, os brasileiros, comandados pelo técnico Bryan Berghorn, precisam ficar entre os 20 melhores.

"O time está completamente motivado, empolgado. Os cinco estão com muita vontade. Os homens estão parecendo aqueles cavalos selvagens presos querendo ir para o campo como vemos nos filmes", contou, rindo, Bindilatti. "A torcida do Brasil pode ter certeza que vamos dar tudo para fazer um grande desempenho", completou.

O palco da modalidade é o Centro de Nacional de Esportes de Pista, em Yanqing. Serão duas descidas no percurso que tem 1,9 km, com 16 curvas com diferentes ângulos e inclinações no primeiro dia de provas. No dia seguinte haverá uma terceira e, se ficar entre os 20 melhores, descerão para a quarta e definitiva bateria.

Após testar positivo no final de dezembro para uma substância proibida, a jovem patinadora artística russa Kamila Valieva, de 15 anos, foi autorizada nesta segunda-feira a continuar competindo nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim-2022, na China. Nesta terça, ela participará do evento individual.

"Impedir que a atleta participe dos Jogos causaria um prejuízo irreparável a ela", analisaram os três árbitros da Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês), que explicaram que a sua pouca idade (menos de 16 anos) implica em regras específicas de testes e sanções menos duras.

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Valieva havia testado positivo para trimetazidina, um medicamento para tratamento de angina de peito, detectada após um controle em 25 de dezembro em campeonato no seu país. O resultado só foi conhecido em 8 de fevereiro, um dia depois de conquistar o ouro nos Jogos de Inverno.

Com a decisão, a jovem prodígio poderá participar da prova individual de patinação artística, competição que é vista como uma possibilidade de mais um ouro para a Rússia. Porém, nada impede que os resultados desses Jogos sejam anulados no futuro.

A patinadora é uma das atletas mais jovens a enfrentar uma acusação de doping durante as Olimpíadas, provocando indignação global em relação ao papel dos adultos em torno da adolescente e aos contínuos casos de doping da Rússia em competições internacionais.

"Os atletas têm o direito de saber que lutam nas mesmas condições. Infelizmente, esse direito foi negado hoje. Este parece ser mais um capítulo de desrespeito sistemático e generalizado ao esporte limpo por parte da Rússia", disse a CEO do Comitê Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos (USOPC, na sigla em inglês), Sarah Hirshland, em comunicado divulgado após a decisão da CAS.

A adolescente foi para o gelo meia hora após a decisão, praticando com seus companheiros de equipe do Comitê Olímpico Russo antes das individuais marcadas para esta semana.

Valieva se tornou a primeira patinadora a alcançar os primeiros saltos quádruplos na história olímpica na competição por equipes. Agora, Kamila tem apenas 24 horas para se concentrar na competição mais importante de sua carreira, depois de vários dias permeados pela incerteza da sua continuação nos Jogos.

A patinação artística, nesse ano, foi dominada por Kamila Valieva. A adolescente russa fez sua estreia em competições internacionais e, desde então, teve algumas das melhores apresentações da história dos Jogos de Inverno. Em uma das provas, acertou dois saltos quádruplos, algo inédito na Olimpíada.

Entretanto, todas suas conquistas até aqui podem estar em risco. Segundo a imprensa internacional, como o site britânico Inside The Games, especialista nos Jogos, Valieva teria sido pega no exame antidoping. A atleta teria testado positivo para a substância trimetazidina, um modulador metabólico que é uma das substâncias não especificadas na lista de proibidas pelo Código Mundial Antidoping.

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Dessa forma, a atleta deveria receber uma suspensão provisória até seu julgamento, o que acarretaria na expulsão de Valieva dos Jogos. Além disso, por se tratar de uma menor de 16 anos, a patinadora se trata de uma "pessoa protegida" no sistema antidoping. Isso significa que, mesmo que venha a ser suspensa, a informação não pode ser divulgada ao público.

A Rússia inclusive vem de um duro histórico de casos de doping, e seus atletas competem nesse ano sob o Comitê Olímpico Russo (COR), o que já havia ocorrido na última Olimpíada de Tóquio. A delegação, na última Olimpíada de Inverno, também sofreu com doping, em uma atleta de bobsled.

Com a decisão ainda em aberto e repletos de incertezas, o comitê organizador dos Jogos e o Comitê Olímpico Internacional (COI) podem decidir por retirar o ouro olímpico de Valieva e de sua equipe, sem detalhar o motivo para tal.

O bom filho à casa torna. A expressão popular encaixa perfeitamente na trajetória de Erick Vianna em Pequim-2022. O atleta que esteve em Pyeongchang-2018, na Coreia do Sul, como reserva da equipe de bobsled e se encaminhava para a primeira participação em Jogos Olímpicos, tomou um susto ao testar positivo para covid-19 no último dia 29 em sua chegada na China. A notícia caiu como um bomba, ainda mais para quem estava se cuidado durante todo o período pré-viagem.

"É uma notícia que ninguém quer receber. Na hora foi um susto porque fiz dois testes PCR na Áustria antes de viajarmos e ambos deram negativo. Tanto eu quanto os outros atletas do time estávamos nos cuidando ao máximo, seguindo todos os protocolos de prevenção à covid que a CBDG (Confederação Brasileira de Desportos no Gelo) e COB (Comitê Olímpico do Brasil) nos orientaram", contou Erick.

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"O primeiro dia de isolamento acho que foi o pior. Cheguei na Vila Olímpica e depois de uns 40 minutos recebi a notícia do teste positivo. Passou muita coisa pela minha cabeça, desde eu ser liberado em um ou dois dias, ou até mesmo de eu ter que voltar pro Brasil. Mas, depois de algumas horas, consegui me concentrar e me acalmar", prosseguiu.

O atleta, que assumiu o papel de braço direito de Edson Bindilatti na seleção brasileira após a morte de Odirlei Pessoni em um trágico acidente automobilístico em 2020, precisou um dos seus maiores atributos - o foco - para se manter ativo durante o período de isolamento.

"No dia seguinte, acordei bem cedo, montei um planejamento pro dia, desde o horário que eu ia tomar café da manhã, treinar, até quando ia dormir. Depois, fui transferido pra um quarto de hotel, que ficava uns 30 minutos da Vila Olímpica. O pessoal do hotel conseguiu uma bicicleta pra eu treinar, usava as malas como pesos e fazia 'sprints' na bike. Os meus companheiros de equipe sempre estavam em contato comigo via mensagem perguntando se estava tudo bem. Ao mesmo tempo que eu estava isolado, sabia que podia contar com todos do Time Brasil que estão aqui na China. Então, não deixei de perder o foco nos Jogos Olímpicos e procurei manter minha mente focada no que eu vim pra fazer!", disse.

Na terça-feira, o atleta finalmente conseguiu os dois resultados negativos que precisava para poder voltar à Vila Olímpica. Mas a liberação oficial ainda demorou um pouco porque o Comitê Organizador precisava verificar o local onde Erick iria ficar hospedado. Ele fez questão de agradecer à equipe médica do COB. "O Dr. Felipe (Hardt, chefe médico da Missão) foi uma peça essencial nestes dias de isolamento. Ele que me mantinha informado do que estava acontecendo, me falava sobre os próximos passos, protocolos a serem seguidos, testes, etc... Ele e a equipe que está em Pequim cuidaram de tudo o que eu precisava".

Agora, Erick tem que ficar em quarto single, comer e usar o transporte para treino e competição sozinho. Ele também será testado duas vezes ao dia por uma semana. Depois desse período, poderá seguir a mesma rotina da equipe, que começou os treinos com o trenó na pista nesta quarta-feira. "A sensação agora é muito boa! Vou ter algumas restrições, mas poderei treinar normalmente e fazer o que mais amo que é treinar e competir", comemorou.

A primeira prova dos brasileiros da modalidade será com trenó de duas pessoas no próximo dia 14. Já o quarteto fará a primeira classificatória no dia 19. Em PyeongChang-2018, Erick acordava 5h40 para ir treinar, mesmo sendo reserva àquela altura. Agora vai acrescentar mais uma experiência diferente ao seu currículo e levar para a vida.

"Tive uma experiência parecida nos Jogos Olímpicos de PyeongChang-2018, onde peguei uma virose e tive que ficar isolado por três dias. Aqui na China foi um pouco parecido. Nesses dois momentos, o que levo de experiência pra vida é a reflexão, pensar sobre quem você é, sobre os seus objetivos, suas fraquezas, pontos fortes. Com tudo isso, traçar um plano de ação pra alcançar o seu propósito!", completou.

As mudanças climáticas estão ameaçando os Jogos Olímpicos de Inverno e o futuro dos esportes de neve, tornando as condições muito mais perigosas para os atletas. O alerta foi feito por pesquisadores da Sport Ecology Group, da Universidade de Loughborough, na Inglaterra, e pelo grupo ambiental Protect Our Winters.

O documento foi publicado uma semana antes do início da Olimpíada de Pequim, que começa no dia 4 de fevereiro. Serão os primeiros Jogos de Inverno com 100% de neve artificial. Foram implementados mais de 100 geradores e 300 canhões, trabalhando para cobrir as pistas de esqui.

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"Os Jogos de Inverno de 2022 serão, sem dúvida, um espetáculo impressionante, que milhões de pessoas do mundo todo vão acompanhar e apreciar. Mas também devem levantar o debate sobre o futuro dos Jogos de Inverno e os limites da fabricação de ambientes naturais artificiais", acrescenta", apontou o relatório.

"Isso não é apenas o gasto de energia e água, frequentemente usando produtos químicos para retardar o derretimento, mas também oferece uma superfície que muitos concorrentes dizem ser imprevisível e potencialmente perigosa", acrescentou.

Situadas em climas naturalmente áridos, as duas cidades coanfitriãs, Pequim e Zhangjiakou, poderiam usar cerca de 49 milhões de galões de água tratada quimicamente congelada através de máquinas de neve, de acordo com o documento.

A neve natural está se tornando menos abundante em algumas regiões e a disponibilidade de água para a produção de neve está caindo como resultado das mudanças climáticas, colocando em risco os esportes de neve.

"O risco está claro: o aquecimento provocado pelas atividades humanas ameaça o futuro dos esportes de inverno no longo prazo. Também está reduzindo o número de locais com o clima adequado para os Jogos Olímpicos de Inverno", indicou o estudo.

Dos 21 locais utilizados para os Jogos de Inverno desde Chamonix 1924, os pesquisadores estimam que até 2050 apenas 10 terão 'adequação climática' e os níveis naturais de queda de neve para sediar um evento deste porte.

Chamonix agora é classificado como 'alto risco' junto com locais na Noruega, França e Áustria, enquanto Vancouver, Sochi e Squaw Valley, nos Estados Unidos, são considerados "não confiáveis."

A cidade de Pequim anunciou, neste domingo (23), que testará hoje todos os habitantes de um bairro, após a descoberta de um foco de covid-19, menos de duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos de Inverno na capital chinesa.

A cidade relatou o primeiro caso da variante altamente contagiosa ômicron no último fim de semana em uma pessoa que recebeu uma carta do Canadá, que as autoridades disseram ter vestígios do vírus.

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No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera baixo o risco de infecção por superfícies contaminadas.

Um segundo surto está ligado à cepa delta do coronavírus. O bairro afetado é o de Fengtai, localizado ao sul de Pequim.

Como medida preventiva, os cerca de dois milhões de habitantes do distrito vão ser testados neste domingo, indicou a prefeitura, que proíbe a saída de pessoas em risco de Pequim.

"Devemos fazer todos os esforços para conter a propagação (do vírus) o mais rapidamente possível, tomando medidas firmes, rigorosas e decisivas", justificou perante a imprensa um responsável, Xu Hejian.

Desde o último fim de semana, cerca de quarenta casos de covid foram identificados em Pequim, a maioria da cepa delta.

- Desconfinamento em Xi'an -

As autoridades aplicam desde o início da pandemia uma estratégia de "covid zero", com restrições aos deslocamentos e confinamentos direcionados, de forma a limitar ao máximo o aparecimento de novos casos.

No entanto, rebotes esporádicos têm ocorrido regularmente nos últimos meses e o país está dobrando sua vigilância com a aproximação dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim (4 a 20 de fevereiro).

O distrito de Fengtai está localizado a cerca de 20 km do local que sediará os eventos olímpicos de esqui freestyle e snowboard.

Fengtai é o bairro onde está localizado o mercado de Xinfadi, que em 2020 havia sido o epicentro de um foco epidêmico anterior.

Traços de vírus em uma tábua de corte de salmão importado foram descobertos neste mercado.

Desde então, a China tem sido particularmente meticulosa com a cadeia de frio, temendo a contaminação com covid-19 por meio de produtos vindos do exterior.

A hipótese de alimentos congelados por trás do surgimento da epidemia no país foi, porém, derrubada pela OMS.

Por sua vez, a cerca de mil quilômetros de Pequim, a cidade de Xi'an (norte) deve suspender seu confinamento na terça-feira, segundo anunciaram no sábado as autoridades locais.

A metrópole foi, no final de dezembro, epicentro da epidemia na China.

Por esta razão, Pequim havia imposto a seus 13 milhões de habitantes as medidas de quarentena mais rígidas desde Wuhan (centro), a primeira cidade do mundo a ser confinada há exatamente dois anos no início da pandemia.

Organizadores da Olimpíada de Inverno de Pequim disseram nesta quinta-feira (23) que esperam um “certo número” de casos do novo coronavírus (covid-19) na China por causa da chegada de estrangeiros para o evento e pediram enfaticamente aos participantes que recebam vacinas de reforço por causa da disseminação da variante Ômicron.

Autoridades também procuraram amenizar as preocupações sobre os cuidados de saúde dos participantes decorrentes da covid-19, assim como as que vieram após um acidente no mês passado durante uma sessão de treino de luge em um local de competição de Pequim durante o qual um atleta polonês sofreu uma lesão grave na perna.

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Nos Jogos, que devem acontecer entre 4 e 20 de fevereiro, todos os atletas, funcionários e pessoal relacionado estarão em uma bolha sanitária para conter a propagação do vírus na China, que tem algumas das restrições de covid-19 mais rígidas do mundo e praticamente tem conseguido conter surtos locais.

“Um número grande de pessoas de países e regiões diferentes virá à China e o fluxo de pessoas aumentará. Consequentemente, um certo número de casos positivos se tornará um acontecimento de alta probabilidade”, disse Han Zirong, vice-presidente e secretário-geral do comitê organizador de Pequim, em um briefing à imprensa.

Autoridades deram um relato detalhado sobre os profissionais e instalações medicinais disponíveis para o tratamento de casos de covid-19, lesões esportivas e cuidados médicos em geral, e expressaram a confiança de que os Jogos possam ocorrer apesar da altamente infecciosa Ômicron.

A China espera realizar as Olimpíadas de Inverno de 2022 “tranquilamente” e no prazo apesar dos desafios criados pelo surgimento da variante ômicron do novo coronavírus (covid-19), disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, em um briefing diário de rotina nesta terça-feira (30).

“Acredito que isto certamente representará algum desafio aos nossos esforços para evitar e controlar o vírus, mas, como a China tem experiência em evitar e controlar o coronavírus, acredito plenamente que a China será capaz de sediar as Olimpíadas de Inverno no prazo, tranquilamente e com sucesso”, disse Zhao.

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A China deve realizar os Jogos entre 4 e 20 de fevereiro, sem espectadores estrangeiros e com todos os atletas e pessoal relacionado contidos em uma bolha sanitária e sujeitos a exames diários de covid-19.

Conforme sua política de covid zero, a China tem aplicado algumas das medidas preventivas mais rígidas do mundo contra a doença.

Vacinação, rastreamento rigoroso de casos suspeitos de Covid-19 e uma minimização da interação física - proibido de apertar as mãos ou abraçar - serão as condições sob o qual os atletas competirão nos Jogos de Inverno de Pequim-2022, na China, terão início no próximo dia 4 de fevereiro. A primeira versão dos guias de conduta, os chamados "playbooks", preparados pelo Comitê Organizador e pelos Comitês Olímpico (COI) e Paralímpico (IPC, na sigla em inglês), foram publicados nesta segunda-feira (25).

Ele oferece orientações semelhantes às que foram impostas em julho e agosto passados nos Jogos de Tóquio-2020, embora qualquer quarentena será suprimida se o esquema de vacinação estiver completo. Em troca, a "bolha" ficará praticamente hermética.

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Dentre os destaques estão a realização de testes diários de covid-19 e a limitação de circulação entre as arenas de competição. A China está com fronteiras fechadas a estrangeiros, mas abrirá o espaço aéreo para a chegada dos atletas e demais envolvidos na realização do evento. Não será permitida a entrada de torcedores residentes no exterior no país.

Com relação à vacinação serão admitidas exceções para atletas e funcionários de suas equipes, estudados caso a caso e com base em razões médicas. "Quanto ao resto, não ser vacinado 14 dias antes exigirá uma quarentena de 21 dias na chegada à China", informa um dos guias.

"Queremos que todos nos Jogos estejam seguros e é por isso que estamos pedindo a todos os participantes para seguirem estar orientações. Manter todos saudáveis vai assegurar que o foco se mantenha nas bases fundamentais dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos: os atletas e o esporte", disse Christophe Dubi, diretor executivo dos Jogos Olímpicos do (COI).

A rotina dos atletas incluirá algumas das limitações já vistas ao longo dos Jogos de Tóquio-2020: todos deverão usar máscaras de proteção, evitar espaços fechados ou com aglomerações e contatos próximos com outros participantes. Todas as delegações terão responsáveis por monitorar possíveis focos de covid-19 e encaminhá-los para as autoridades de saúde.

Os organizadores publicaram dois guias, um para os atletas e suas equipes e outro para o restante dos participantes, incluindo líderes, jornalistas e trabalhadores, que nos Jogos de Tóquio-2020 foram considerados a principal fonte de contágio na entrada e saída das instalações olímpicas para fornecer

bens e serviços.

"Após extensas discussões e consultas, o COI, o IPC e Pequim-2022 desenvolveram em conjunto as primeiras edições do 'Beijing Gambling Guides 2022', demonstrando o consenso de todos as partes envolvidas", afirmou Han Zirong, vice-presidente e Secretário-Geral de Pequim-2022.

"Em sua preparação, nossa maior prioridade foi salvaguardar a segurança e saúde de todos os participantes, bem como o povo chinês, com base nas experiências de outros encontros esportes e na política covid-19 atualmente em vigor na China", acrescentou. Uma atualização desses guias será publicada antes do final de

ano.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou na quarta-feira que os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim-2022 terão presença de público local, ou seja, apenas habitantes chineses. Além disso, haverá uma quarentena obrigatória de 21 dias para atletas ainda não imunizados contra o novo coronavírus. As decisões foram tomadas em uma reunião do Comitê Executivo da entidade com a presença do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês).

Apenas os moradores da China continental terão acesso à venda de ingressos, o que deve excluir habitantes de Hong Kong e Macau. Os requisitos para a compra e o protocolo que os torcedores deverão seguir nas arenas ainda serão divulgados.

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Entre outras medidas, o Comitê Organizador de Pequim-2022 anunciou que funcionários e envolvidos com a organização, bem como todos atletas, serão testados diariamente, assim como ocorreu na Olimpíada de Tóquio-2020 neste ano.

Quanto à vacinação, o COI anunciou que todas as vacinas aprovadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como Coronavac e Pfizer, serão aceitas, assim como as autorizadas pelas agências de cada país, como a Sputnik V no caso da Rússia. Os atletas ficarão em bolhas e só poderão transitar nas áreas de treinamento e competição. Eles contarão com um transporte próprio oferecido pela organização dos Jogos.

Alguns Comitês Nacionais, como o dos Estados Unidos, já anunciaram que a vacinação será obrigatória para seus atletas olímpicos e paralímpicos.

A Olimpíada de Inverno de Pequim-2022 começa no dia 4 de fevereiro e termina no dia 20. Já a Paralimpíada será de 4 a 13 de março. A capital chinesa será a primeira na história a receber tanto a edição de verão quanto a de inverno e utilizará instalações construídas para o evento de 2008 como o estádio Ninho do Pássaro e o ginásio Cubo D'água.

Com os menores recursos entre as confederações olímpicas brasileiras, as entidades que cuidam do esportes de gelo (CBDG) e neve (CBDN) realizam um projeto de médio e longo prazos para tornar as modalidades dos Jogos de Inverno mais populares e os atletas mais competitivos internacionalmente. A ausência de medalhas na Olimpíada de Pyeongchang, que terminou neste domingo na Coreia do Sul, já era esperada.

Para Jorge Bichara, gerente geral de alto rendimento do COB (Comitê Olímpico do Brasil), os resultados foram dentro da expectativa, diante do nível técnico que o Brasil possui nos esportes de inverno. "Nosso objetivo em participar dos Jogos de Inverno é buscar a melhor representatividade possível do País no evento. Neste contexto, o Brasil alcançou o seu objetivo diante da classificação da terceira maior delegação de um pais das Américas no evento, ficando apenas atrás delegações dos Estados Unidos e do Canadá".

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No último ciclo olímpico, as confederações de neve e gelo receberam pouco mais de R$ 8 milhões cada da Lei Agnelo/Piva. O investimento foi distribuído entre todas as modalidades, desde categorias de base até para o treinamento de atletas de elite, e também utilizado para organizar competições nacionais e garantir o intercâmbio com os países que possuem infraestrutura para a prática das modalidades.

Na CBDN, por exemplo, em 2015 foi feito um planejamento estratégico baseado em alguns pilares importantes como gestão profissional, boas práticas de governança, ciência do esporte e o talento dos atletas. A intenção é desenvolver as modalidades de neve no Brasil em três ciclos, ou seja, até 2026.

"O ciclo dos Jogos de Pyeongchang foi o primeiro dentro desse planejamento. O principal objetivo foi o desenvolvimento da base, com consolidação da posição do Brasil no ranking continental das modalidades, em especial na categoria júnior. O balanço é positivo. Além da diminuição da média de idade dos praticantes, o Brasil teve 24 atletas que alcançaram o critério técnico de classificação para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, contra 13 no ciclo anterior", explicou Pedro Cavazzoni, CEO da CBDN.

Para a CBDG, que teve bons resultados em Pyeongchang na patinação artística (primeira vez que o Brasil chega à final, com o 24.º lugar de Isadora Williams) e no quarteto do bobsled (23.ª colocação), o último ciclo foi bem proveitoso, com a primeira medalha de ouro da história do Brasil na patinação, quando Isadora venceu o Troféu Sofia, na Bulgária, no ano passado, e com a 17.ª posição do bobsled nacional no ranking mundial, também em 2017.

Outro ponto é que os atletas das duas confederações fazem parte do programa Bolsa Atleta. Na CBDN, 25 pessoas foram contempladas, enquanto que na CBDG a bolsa alcançou seis atletas. A tendência é que, com a popularização das modalidades de inverno, mais competidores façam parte do programa e possam se dedicar com mais tranquilidade às modalidade.

CRIATIVIDADE - Para tentar ampliar as receitas, a CBDN lançou o Snow Club, primeiro programa de benefícios para associados de confederações olímpicas do Brasil. A CBDG também aposta na modernização e criou a marca Ice Brasil, a fim de reforçar sua identidade visual.

Além disso, a inserção dos países tropicais nos esportes de inverno faz parte de um planejamento do Comitê Olímpico Internacional (COI) para aumentar a quantidade de países nos Jogos. Tanto que a edição deste ano teve recorde de nações participantes e em 2022, em Pequim, na China, esse número deve aumentar.

Como possibilita lindas imagens, os esportes de inverno também chamam muita atenção. A Disney Pixar, por exemplo, vai abordar essa temática no filme Os Incríveis 2. Os atletas são homenageados na produção, que será lançada em 28 de junho, com a abordagem de diferentes modalidades como curling e snowboard.

De qualquer maneira, o COB pretende fazer reuniões técnicas com as Confederações de Gelo e de Neve para avaliação do desempenho dos atletas e para planificar ações visando à próxima edição dos Jogos de Inverno. A medalha, por enquanto, é um sonho distante. "Para se chegar a essa medalha durante a competição temos que obrigatoriamente passar as fases classificatórias e alcançar as finais. E isso o Brasil alcançou em Pyeongchang. Por isso estamos satisfeitos com as etapas alcançadas neste evento", concluiu Jorge Bichara.

Rafael Souza é o caçula do quarteto brasileiro de bobsled, que tentará nesta sexta-feira uma posição honrosa nos Jogos Olímpicos de Inverno, que estão sendo disputados em Pyeongchang, na Coreia do Sul. Ele vai competir ao lado de Edson Bindilatti, Odirlei Pessoni e Edson Martins (Erick Vianna é reserva) e sonha conseguir muitas posições à frente de outras grandes potências do gelo.

"A gente está bem preparado e queremos ser Top 15 no bobsled. Não é passeio", avisou o rapaz de 21 anos, carioca de Vaz Lobo, na zona norte do Rio de Janeiro. Ele sabe que a medalha é quase impossível, mas se apega à grande evolução que a equipe teve nos últimos anos, quando saiu da 36.ª para a 21.ª colocação no ranking internacional.

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"Eu sempre tive o sonho, mas não imaginava que chegaria tão novo numa Olimpíada. Minha mãe fica um pouco nervosa, pois sabe que o bobsled tem alguns tombos, mas ela está super emocionada com tudo isso. É uma honra para a família", disse Rafael Souza, que tem origem em família humilde.

Ele começou a sua trajetória no esporte no atletismo, mas sentia sempre dores no músculo posterior da coxa direita. As idas e vindas para o departamento médico estavam cansando o rapaz, que praticava no projeto da Mangueira. Foi quando ele ficou sabendo de seletivas do bobsled e resolveu tentar a sorte no esporte de inverno.

"Eu conhecia um pouco a modalidade por causa do filme Jamaica Abaixo de Zero, mas não tinha muita noção do que realmente era. Meus amigos nem sabiam que existia o bobsled. Comecei há dois anos e tinha de explicar para todo mundo o que era", contou Rafael Souza, que é considerado um atleta de grande futuro na modalidade.

Suas características físicas chamaram atenção da Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG). "Como sou rápido e forte, posso me encaixar em qualquer lugar do carro. O pessoal me ajudou muito nessa parte de prática e técnica", comentou. Ele também é menor que os seus companheiros, o que facilita na hora de entrar no trenó.

A competição será realizada nesta sexta-feira a partir das 21h30 (de Brasília) e 30 quartetos estarão na disputa da medalha. Após três descidas de cada conjunto, os 20 mais bem colocados na soma dos tempos avançam para a prova final, neste sábado, também a partir das 21h30.

Para Rafael Souza, o sonho está sendo construído a cada descida e ele sabe que terá uma torcida particular no verão quente de Vaz Lobo. "O brasileiro, por onde passa, recebe um carinho especial. O pessoal torce muito pela gente, é uma euforia quando competimos", concluiu.

Cinco anos atrás, Victor Santos tomava conta dos carros estacionados na Cidade Universitária, em São Paulo, aguardando os trocados dos motoristas. Era flanelinha. Depois, lavou carros e foi empacotador em um supermercado. Tinha de ajudar os pais a cuidar dos sete irmãos. Agora, vai estrear no esqui cross-country nos 15 km estilo livre nos Jogos Olímpicos de Inverno, em Pyeongchang, na Coreia do Sul. Ele compete às 4 da manhã, na madrugada desta sexta-feira (horário de Brasília). Aos 20 anos, virou esquiador.

"Foi muito emocionante quando entrei com os outros atletas do Brasil e o público me aplaudiu. Sempre vi pela tevê e não acreditei que estava vivendo tudo aquilo", disse Victor Santos. "Também me emocionei quando tocou aquela música do John Lennon", afirmou, tentando se lembrar de Imagine.

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A mudança de profissão começou no projeto social "Ski na Rua", que ensina o rollerski ali mesmo nas vias da USP para 95 crianças e adolescentes dos 6 aos 21 anos. O rollerski, ou esqui com rodinhas, é utilizado no mundo inteiro pelos atletas de esqui cross-country nos períodos sem neve. O professor Gideoni Manoel do Nascimento explica que a diferença do asfalto para a neve é apenas a pisada; a técnica é a mesma.

A maioria dos beneficiados pelo projeto mora na favela São Remo, que fica encostada no campus universitário. O projeto é tocado pelo ex-atleta olímpico Leandro Ribela, que esteve em Vancouver-2010 e Sochi-2014 e se tornou o técnico em Pyeongchang.

O garoto da comunidade viu a neve pela primeira vez na Rússia, convidado pela Confederação Brasileira de Desportos na Neve (CBDN). Em 2015, ele já competia na Europa. Victor Santos não foi o primeiro do projeto a virar atleta da neve. Em 2016, Altair Firmino participou dos Jogos da Juventude na Noruega. Foi a primeira vez que um brasileiro esteve no evento no esqui cross-country. "Isso mostra o potencial desses garotos. O Victor não é um caso isolado", argumentou Leandro Ribela.

A situação financeira do projeto é difícil. Óbvio. Para completar as verbas da CBDN, os gestores organizam jantares beneficentes em restaurantes e hotéis de São Paulo que são parceiros do projeto. No ano passado, arrecadaram R$ 15 mil. O dinheiro ajuda no uniforme e também no lanche dos alunos após os treinamentos, realizados três vezes por semana. O valor também paga o aluguel da sede do Ski na rua, que fica na própria comunidade. São R$ 700 por mês.

Tudo isso impulsiona o esporte. Os brasileiros passaram a figurar no ranking mundial de cross-country por meio das provas de rollerski da Federação Internacional de Ski que a CBDN organiza no Brasil. O País se destaca no ranking sul-americano.

Existe até certo otimismo para a prova de Victor Santos. "Ele já provou ser capaz de fazer boas provas, controlando tudo aquilo que treinamos. O resultado será consequência, mas ele tem boas chances de fazer a melhor marca do Brasil", afirmou o treinador.

O japonês Kei Saito, da patinação de velocidade, foi oficialmente confirmado como o primeiro caso de doping dos Jogos de Inverno de Pyeongchang, na Coreia do Sul. O atleta testou positivo em um exame para a substância acetazolamida, um diurético que pode mascarar a presença de outras substâncias proibidas.

O caso foi confirmado pela Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) nesta terça-feira, quando informou que o competidor "aceitou de forma voluntária ser provisoriamente suspenso e deixar a vila olímpica".

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A substância encontrada no exame antidoping realizado por Saito pode ser usado para tratamento de glaucoma ou doença de altitude. E o japonês, que é reserva da equipe japonesa dos 5.000 metros, sequer competiu em qualquer prova nesta Olimpíada de Inverno de 2018. O teste que flagrou o uso de doping ocorreu antes do início do grande evento em solo sul-coreano.

A CAS também informou nesta terça-feira que seu painel de juízes que cuidará do julgamento dos casos de doping dos Jogos de Inverno aplicará uma sentença final ao atleta japonês após o término da grande competição, que vai até o próximo dia 25.

O Comitê Olímpico Japonês, por sua vez, revelou que Saito foi submetido ao exame antidoping depois de um treino que realizou no último dia 4, pouco antes de ir dormir na vila dos atletas em Pyeongchang.

Por meio de um comunicado, Saito negou que tenha se dopado intencionalmente para ter vantagem esportiva e disse que estava "extremamente chocado" com o resultado do exame. "Eu nunca considerei doping. Eu nunca usei esteroides anabolizantes, então eu nunca precisei me esconder isso", afirmou.

O patinador japonês disse também que aceitou a suspensão provisória porque "não quer ser uma perturbação para os companheiros de equipe nos Jogos de Inverno" e que, por isso, resolveu deixar a vila dos atletas de forma voluntária.

Yasuo Saito, vice-presidente do Comitê Olímpico Japonês, afirmou que a entidade iria trabalhar para ajudar o patinador de 21 anos de idade a limpar o seu nome depois dos Jogos de Inverno. "Neste ponto, tudo que nós sabemos é que a amostra A e a amostra B testaram positivo (para doping)", disse o dirigente, para depois enfatizar que a suspensão aplicada ao atleta é uma "medida provisória".

"A violação às regras antidoping não foram provadas, então isso ainda não está decidido (de forma definitiva)", destacou o líder da delegação japonesa em Pyeongchang, que tem o mesmo sobrenome do patinador e assegurou que o competidor "não tem ideia de como isso aconteceu". Para completar, prometeu que o comitê do país "continuará fazendo todos os esforços para provar que não houve violação às regras antidoping por parte de Kei Saito".

Restaurantes de PyeongChang, condado da Coréia do Sul onde estão sendo realizados os Jogos Olímpicos de Inverno, recusaram um pedido do Governo para que a carne de cachorro fosse retirada dos cardápios. Segundo a imprensa sul-coreana, dos 12 estabelecimentos contactados, apenas dois substituíram a iguaria por cabra. 

Na capital do país, Seul, os pratos feitos com cães são considerados detestáveis. Mesmo assim, se estima que um milhão de cachorros sejam servidos no território nacional. Além dos apelos governamentais, vários ativistas protestaram contra o consumo e até ameaçaram boicotar as Olimpíadas devido ao aumento de consumo que deve ser gerado. A maior parte dos pratos com cães são sopas, tais como "boshintang", "sacheoltang" e "yeongyangtang".

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Os jogos de inverno começaram nesta sexta-feira (9) e vão até o dia 25 de fevereiro. Apenas 10 atletas compõem a delegação que representa o Brasil nos Jogos de Inverno.

Integrante da equipe de bobsled, Edson Bindilatti vai carregar a bandeira do Brasil durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de PyeongChang 2018. Bindilatti estará à frente dos outros nove atletas brasileiros que estão na Coreia do Sul para as competições.

A cerimônia de abertura dos jogos começa às 9h de 9 de fevereiro (sexta-feira). Bindilatti é o mais experiente da equipe nacional de bobsled, com participações nos jogos de Salt Lake City 2002, Turim 2006 e Sochi 2014. No esporte, as equipes usam um trenó para tentar bater o melhor tempo em uma pista de gelo.

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Os atletas brasileiros que participam dos Jogos já estão na Coreia do Sul. A comissão brasileira foi recebida pelo responsável pela Vila Olímpica de PyeongChang, nesta segunda-feira (5). A bandeira brasileira foi entregue ao prefeito da Vila pelo chefe da delegação, Stefano Arnhold, presidente da Confederação Brasileira de Desportos na Neve. 

O Brasil será representado nos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang-2018, na Coreia do Sul, por uma delegação formada por nove atletas e mais um reserva. Em relação à última edição do evento, disputada em Sochi-2014, o Time Brasil encolheu. Na ocasião, o País teve 13 atletas na disputa.

A delegação brasileira será formada por Isadora Williams (patinação artística), Edson Bindilatti, Odirlei Pessoni, Rafael Souza, Edson Martins e o reserva Erick Vianna (bobsled), Michel Macedo (esqui alpino), Jaqueline Mourão e Victor Santos (esqui cross-country) e Isabel Clark (snowboard).

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"Estamos muito contentes com a dedicação dos atletas e suas respectivas comissões técnicas multidisciplinares da Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG) e da Confederação Brasileira de Desportos na Neve (CBDN), que culminou com a classificação de nove atletas de cinco modalidades esportivas", disse Stefano Arnhold, presidente da CBDN e chefe da missão brasileira em Pyeongchang-2018.

"Tivemos a inédita classificação do trenó masculino de dois no bobsled e teremos uma delegação que combina a experiência de atletas consagradas como a Isabel Clark, que vai para sua quarta disputa olímpica, e Jaqueline Mourão, indo para sua sexta disputa, com a juventude de novatos como o Michel Macedo e o Victor Santos. Na patinação artística, Isadora Williams chega a sua segunda edição olímpica, enquanto Edson Bindilatti, piloto do bobsled, vai para sua quarta participação, tendo feito parte da equipe desde de Salt Lake City 2002", complementou Arnhold.

A delegação brasileira utilizará as duas Vilas Olímpicas dos Jogos: Gangneung, na costa, e Pyeongchang, na montanha. A 23.ª edição de Jogos Olímpicos de Inverno será realizada de 9 a 25 de fevereiro.

As Coreias do Norte e do Sul aceitaram compor sua primeira equipe olímpica unificada e irão desfilar juntas na cerimônia de abertura dos Jogos de Inverno em fevereiro, segundo a agência sul-coreana Yonhap nesta quarta-feira (17). O time conjunto será o de hóquei feminino.

A declaração foi feita em um documento enviado pelos dois países e publicado pelo Ministério da Unificação coreana, localizado em Seul, depois de reunião feita em Panmunjom, cidade que faz fronteira onde foi firmado o cessar-fogo.

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O desfile dos dois países, na abertura dos jogos, terá uma bandeira unindo os dois países.

Na mesma reunião, a Coreia do Norte sugeriu mandar uma equipe de 550 membros, incluindo 140 artistas, 30 lutadores de Taekwondo e 230 animadoras de torcida. Está previsto para a delegação chegar à Coreia do Sul no dia 25 de janeiro, de acordo com o comunicado.

Por Beatriz Gouvêa

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