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A Usina Pernambucana de Inovação abre inscrições para selecionar 10 propostas inovadoras nas áreas da agricultura, pecuária, indústria, polo gesseiro, contratações, saúde e portuário. De acordo com a gestão do Porto de Suape, as candidaturas seguem até 19 de novembro e são realizadas de forma on-line.

As propostas vencedoras podem ser financiadas no valor global estimado de R$ 2 milhões. Ainda segundo o complexo industrial, os participantes do desafio devem propor melhorias no monitoramento da área de fundeio, área regulamentada pela autoridade marítima onde uma embarcação pode lançar âncoras.

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 "Queremos, cada vez mais, que as empresas de tecnologia se aproximem de Suape, para fomentar a construção de soluções inteligentes que agreguem mais eficiência e agilidade de quem faz parte do dia a dia da gestão portuária", explica, por meio da assessoria, diretor-presidente de Suape, Roberto Gusmão. O resultado preliminar será divulgado em 3 de dezembro e as 10 propostas vencedoras devem ser conhecidas apenas em maio de 2022. 

De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP), o preço da carne de boi subiu 35,22% entre janeiro de 2020 e fevereiro de 2021. Um dos motivos foi o aumento nos gastos dos produtores.

É que segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 2020 houve a maior escassez de chuva dos últimos 50 anos na região centro-oeste. Com isso, os produtores e agricultores tiveram que investir mais dinheiro para reparar os problemas no pasto.

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Já segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), foi registrado um total de R$ 8,53 bilhões gastos com exportações brasileiras. E este foi o segundo fator que levou ao aumento do preço da carne.

Devido à crise do coronavírus, a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) levantou dados que informam a queda nas vendas de carne bovina. Só em abril do ano passado, 11 plantas frigoríficas entraram de férias coletivas devido à pouca demanda.

Há tempos, a pecuária vem sendo um importante elemento na consolidação da economia brasileira. Já em 2019, de acordo com a Abiec, o Brasil se consolidou como o maior exportador de carne bovina no mundo.

Por Rafael Sales

Agentes da Polícia Civil paulista recuperaram 63 cabeças de gado roubadas na cidade de Quatá (a 487 km de São Paulo). Segundo as investigações, os bovinos estavam na propriedade rural de um homem que havia sido preso em flagrante na última semana. Ele acabou surpreendido em posse de outros animais que, de acordo com a polícia, também eram oriundos da prática criminosa.

Ainda segundo os policiais, o acusado praticava os crimes em propriedades localizadas em diversas cidades do estado. Municípios conhecidos pela prática pecuarista como Arco-Íris (a 528 km da capital), Rinópolis (a 548 km da capital), Santo Antônio do Aracanguá (a 557 km da capital) e Flórida Paulista (a 588 km da capital) eram os principais alvos do suspeito.

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Todos os animais apreendidos foram devolvidos aos donos. Já o acusado teve a prisão em flagrante convertida em preventiva.

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Ainda segundo os policiais, o acusado praticava os crimes em propriedades localizadas em diversas cidades do estado. Municípios conhecidos pela prática pecuarista como Arco-Íris (a 528 km da capital), Rinópolis (a 548 km da capital), Santo Antônio do Aracanguá (a 557 km da capital) e Flórida Paulista (a 588 km da capital) eram os principais alvos do suspeito.

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A segunda parcela do auxílio emergencial concedido a quase 70 mil pescadores profissionais artesanais de áreas afetadas pela mancha de óleo no litoral brasileiro começa a ser paga nesta terça-feira (21), segundo informações divulgadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

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O pagamento segue o calendário de saques dos benefícios sociais, de acordo com o final do Número de Identificação Social (NIS) do beneficiário. Hoje podem sacar o benefício os pescadores cujo NIS tem finais 1 e 2. O pagamento vai até o dia 31 de janeiro.

Os pescadores podem sacar o benefício com o cartão assistencial na Caixa, em casas lotéricas, terminais de autoatendimento e correspondentes Caixa Aqui. Os que não têm o cartão precisam ir a uma agência do banco levando documento de identificação com foto e o NIS.

O auxílio emergencial beneficia pescadores que atuam em municípios dos nove estados do Nordeste, do Rio de Janeiro e do Espírito Santo atingidos pelo vazamento de óleo.

O profissional precisa estar inscrito no Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP), em situação ativa nas categorias peixes, crustáceos, moluscos e outros, e deve ter atuação em área estuarina ou marinha.

A primeira parcela, de R$ 998, foi paga em dezembro. O dinheiro poderá ser sacado no prazo de até 90 dias, contados da data da disponibilização do crédito ao beneficiário. Esse benefício não interfere no recebimento do seguro-defeso recebido pelos profissionais na época em que é proibida a pesca para garantir a reprodução dos peixes.

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Quem chega à pacata Guarantã, cidade com cerca de 7 mil habitantes no centro-oeste paulista, parece voltar no tempo. Nas suas poucas ruas, o pequeno movimento de carros e pessoas em nada remete à modernidade dos grandes centros. Mas, por trás dessa calmaria, há uma revolução em curso no modo de se criar bois, com fortes doses de alta tecnologia.

É a chamada pecuária de precisão que, com uso da inteligência artificial, reúne rapidamente inúmeras informações de clima, mercado e desempenho do rebanho, e as coloca na mão do produtor para que ele tome a decisão mais acertada da forma mais rápida possível.

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Estudos mostram que o lucro por arroba do pecuarista que usa alta tecnologia e de forma correta é três vezes maior do que a média, segundo Bruno Andrade, gerente executivo da Associação Nacional da Pecuária Intensiva. Dos 30 milhões de bois abatidos por ano no País, 5 milhões são confinados e 50% desses ganham peso com uso de alta tecnologia, movimento que cresceu nos últimos três anos.

O que chama a atenção em Guarantã é que essa mudança na forma de engordar os bois confinados é comandada por uma família que é quase centenária na atividade. À frente do projeto de confinamento de bois de outros pecuaristas, conhecido como "boitel", ou hotel de bois, está o empresário José Roberto Ribas Filho, dono da Ribas Agropecuária.

Nos anos 1950, seu bisavô chegou a ter mais de 100 mil bovinos na região, todos soltos no pasto. Vinte anos depois, seu avô, dono de frigorífico, montou um dos primeiros confinamentos para suprir o fornecimento de animais em períodos de seca. Mas era um negócio pequeno, de 3 mil bovinos, guiado mais pela intuição. "O gado comia restos da colheita e não havia maquinário, muito menos as ferramentas tecnológicas que temos hoje", contou. Com a morte do avô, o confinamento e o frigorífico não prosperaram e a cana tomou o lugar do gado nos negócios da família.

Em 2011, Ribas, que empreendia em outros segmentos, decidiu resgatar a tradição familiar. Montou um confinamento, mas com uso de muita tecnologia, inicialmente para engorda do próprio rebanho. Cinco anos depois, optou por prestar serviço a terceiros. A mudança no foco ocorreu porque ele conseguiu resultados na engorda de bois que superavam a média do mercado. "Com automação e todas as ferramentas tecnológicas, começamos a ter uma engorda eficiente acima de 1,8 quilo por animal ao dia, ante a média do mercado, de 1,5 quilo."

Hoje apto para engordar 8 mil bois por ano, o confinamento dobrou de capacidade desde 2016 e deve ter novas ampliações em 2020. Ribas atribui o resultado ao uso de tecnologia para obter informações precisas sobre os animais e ao gerenciamento adequado delas.

Espiões

Quem circula pelo confinamento observa que sensores em áreas de criação viraram grandes aliados. Esses espiões eletrônicos captam, por meio da leitura de chips instalados nos animais, informações cruciais e que fazem a diferença. Balanças instaladas nos bebedouros, por exemplo, aferem o peso de cada o animal quando ele vai matar a sede. Essa informação é enviada por radiofrequência para a nuvem, que alimenta um software. Nele existe um algoritmo que indica a curva de ganho de peso do animal que, cruzado com o preço da arroba, sinaliza se vale a pena continuar a engorda. "Um dos pulos do gato é saber o ponto ótimo de abate", disse Ribas. Outro ponto chave do confinamento de precisão é dar a dieta na medida certa, de acordo com o estágio de desenvolvimento do boi.

Na cidade vizinha de Sabino (SP), o confinador e zootecnista Neto Sartor, dono do boitel Santa Adélia, vai engordar neste ano 37 mil bois. Com o uso de alta tecnologia na gestão e no trato dos animais, em 110 dias esses bois ganham 8,85 arrobas, um resultado 35% maior ante um confinamento que adota menos tecnologia. Segundo ele, a procura por esse tipo de confinamento tem crescido. "Neste ano, tive fila de espera na seca."

Paulo Dancieri, CEO da Coimma, que fabrica equipamentos de pesagem e contenção de bois e desenvolve sistema de gestão na nuvem, disse que há um "alvoroço de interessados" por novas tecnologias voltadas para a pecuária de precisão. Segundo ele, três fatores levaram a esse movimento: as margens apertadas da pecuária tradicional, a viabilidade de novas tecnologias, com 61% das fazendas com acesso a internet, e a cabeça de novos gestores, como Ribas, de Guarantã. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, disse nesta segunda-feira (26), em São Paulo, que o ministério vai fazer campanhas para incentivar que produtores usem outros métodos, e não as queimadas, para abrir áreas na região da Amazônia.

“O Ministério da Agricultura vai, de novo, fazer campanha da utilização de outras metodologias, em vez do uso de queimadas, para poder fazer essas aberturas de área. Mas para isso é preciso capacitar, dar assistência técnica e eles [produtores] precisam ter crédito para poder fazer isso de uma maneira mais racional. Para isso também é imprescindível a regularização fundiária, que é uma das coisas que estamos trabalhando muito porque, quando você não tem o título da área, você não sabe nem a quem responsabilizar porque ele não é dono daquela área”, disse ela, em São Paulo, após se reunir com o ministro do Japão, Takamori Yoshikawa.

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Segundo a ministra, pequenos produtores podem estar fazendo uso das queimadas como método para abrir espaço para plantar. “As queimadas às vezes acontecem como ferramenta agrícola, principalmente dos pequenos produtores rurais, que usam isso para abrir um pouco o espaço para poder plantar, mas que são áreas individualmente pequenas, mas que, em uma época dessa [de seca], realmente podem trazer problemas”, falou.

De acordo com a ministra, a fiscalização no local é difícil por causa do tamanho da Amazônia, mas o governo já está trabalhando para resolver essa questão. “Casos isolados acontecem em todos os países do mundo. Não é só aqui, não. Mas, pela dimensão do Brasil, às vezes temos coisas acontecendo na Amazônia que é difícil a fiscalização. Mas isso é uma das coisas que o Brasil está trabalhando e o governo brasileiro vai trabalhar de maneira a fazer uma fiscalização cada vez maior. Mas não será a melhor do mundo pelas dimensões que nós temos na nossa Amazônia”, disse.

Para ela, houve exagero da França e da Irlanda sobre as notícias de queimadas na Amazônia. “Houve um exagero, inclusive em linkar essa queimada deste ano com o acordo comercial. O acordo Mercosul e União Europeia é um acordo que foi construído há 20 anos. Claro que não agrada a todos. Aqui no Brasil também temos setores que não estão felizes com esse acordo. Acho que houve um exagero principalmente da França e da Irlanda em sair dizendo que poderiam romper esse acordo”, falou.

Segundo ela, as queimadas não são um fenômeno somente desse ano. “Primeiro, todos nós sabemos que essa época é seca e que as queimadas ocorrem há muitos anos. Não é uma coisa que aconteceu só esse ano. Esse ano teve uma excepcionalidade porque a Bolívia também tem uma área enorme que também está sofrendo com essas queimadas. Isso tudo juntou e fizeram um alarde enorme como se fosse a primeira vez que tivéssemos uma queimada, um incêndio muito maior do que se teve no passado”, disse ela.

De acordo com a ministra, o Brasil não está livre de sofrer embargos, mas ela espera que eles não ocorram. “Nunca se está livre de embargos. Não sabemos como cada país, que é soberano, pode reagir a isso.  Acho que isso seria um casuísmo. Mas não estamos livres, ainda vamos às repercussões de toda essa matéria sobre o problema que aconteceu neste final de semana. Espero que não, pelo bem do Brasil e do agronegócio brasileiro”.

Dia do Fogo

A ministra também comentou sobre a possibilidade de que tenha existido o Dia do Fogo e que isso tenha amplificado o problema na região. “Primeiro eu não sei se é sobre produtores rurais. Quem está investigando isso é a Polícia Federal. E quem fez mal feito, tem que pagar, seja lá o que for. Parece que existe esse indício, mas isso tem que ser apurado. E, quando for, as responsabilidades serão colocadas a quem couber”, disse ela.

O Dia do Fogo, segundo investigações em curso e reportagens, teria acontecido no dia 10 de agosto, quando sindicalistas, produtores rurais, comerciantes e grileiros teriam combinado por um grupo de WhatsApp de incendiar as margens da BR-163, rodovia que liga o Pará aos portos fluviais do Rio Tapajós e ao estado do Mato Grosso.

Carona da FAB

A ministra comentou também sobre uma matéria publicada hoje na revista Época, que afirma que ela deu carona a produtores rurais e congressistas da bancada ruralistas em voos nos jatos da Força Aérea Brasileira (FAB). O uso dos jatos da FAB são regulados por um decreto que define que não há autorização para o embarque de congressistas e pessoas sem cargo ou função pública.

Para a ministra, não houve irregularidades nesses voos. “Primeiro, não tem nenhuma ilegalidade. Segundo, fui a uma feira no Paraná e levei o presidente da Aprosoja Brasil, que é uma instituição constituída, com CNPJ. E não foi para uma atividade que não fosse uma feira agropecuária. Não vejo nenhum tipo de ilegalidade nisso. Se eu estivesse levando ele para passear, mas fomos a trabalho. O avião ia me levar. E foram parlamentares junto, nessa feira. E foi também o presidente da OCB [Organização das Cooperativas Brasileiras]. Se eu não puder levar, como ministra da agricultura, o presidente da OCB e o presidente da Aprosoja Brasil para uma feira agropecuária... o avião não foi só para isso”, falou. “O avião estava levando a ministra da Agricultura e eles foram juntos na atividade. Foi sempre consultado e não tem ilegalidade nenhuma nesse assunto”.

Reunião com o Japão

A ministra reuniu-se hoje com o ministro da Agricultura, Floresta e Pesca do Japão, Takamori Yoshikawa, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista. Este foi o quarto encontro bilateral entre eles. Na reunião de hoje, disse ela, eles conversaram sobre a exportação brasileira de carne brasileira suína e bovina, sobre o setor genético de aves, rotulagem, farinha e sobre o abacate.

“Temos aí a carne brasileira de suínos e de bovinos, que nós estamos avançando. É um tema mais difícil, mas estamos avançando porque o Japão, costumeiramente, importa carne bovina de países livres de aftosa sem vacinação. E no Brasil, como sabemos, só Santa Catarina é livre de aftosa sem vacinação e é um estado que tradicionalmente tem muito pouco bovino. Tem mais suínos e aves. Então, propus a ele um bloco de estados incluindo o Paraná, que deve caminhar rapidamente dentro do programa de erradicação de febre aftosa sem vacinação no Brasil. [Além do Paraná], Rio Grande do Sul, Goiás e Rondônia. Estes foram os estados que colocamos para o ministro e as tratativas estão sendo feitas”, disse ela a jornalistas, após se reunir com o ministro japonês. “Espero que ano que vem tenhamos missão vindo [para esses estados]”, acrescentou.

Outro assunto que foi tema de pauta entre os dois países é a cooperação com as universidades brasileiras. “O Japão tem muito interesse em uma cooperação entre as universidades de lá com as daqui e a Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária] sempre na área de alimentos, segurança alimentar”, falou ela para os jornalistas.

Após a coletiva , o ministro Yoshikawa convidou a ministra para um almoço, onde apresentou pratos da culinária japonesa.

 

Por conta da demanda, o mercado de cervejas artesanais vem crescendo no Brasil, são quase 7 mil registros de cervejas e chopes no país, número que superou em 2018 mercados como o de polpas de frutas, vinhos e bebidas mistas. Surfando nessa onda, eventos como o Abril pra Cerva, realizado no Garagem Food Trucks do Espinheiro, Zona Norte do Recife, vem ganhando força na capital pernambucana.

Voltado para os amantes da cerveja, o encontro começou por volta das 11 horas da manhã deste sábado (27), seguindo até 18 horas da noite, com mais de mil litros de cerveja artesanal disponível para as 200 pessoas que desembolsaram R$ 90 para saborear as diversidades desse, que é um dos líquidos mais consumidos no Brasil.

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Vanessa Nobre, 30 anos, uma das organizadoras do Abril pra Cerva e integrante da Associação de cervejeiros caseiros do Estado de Pernambuco, confirma a crescente dos consumidores da cerveja artesanal e que, diferente do que aconteceu anos passados, os ingressos para o evento deste ano foram vendidos mais rapidamente. No local, o público conferiu os diferentes tipos da cerveja.

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“Nós temos cerveja com goiaba, manga, pitanga, cacau, amendoim e com tudo o que você imaginar”, reforça Vanessa. Para que o trabalho seja bem feito e o sabor agrade ao público, a organizadora do Abril pra Cerva e Integrante da associação dos cervejeiros acentua que todos os associados tentam se ajudar. “Nós promovemos cursos, workshops; um prova a cerveja do outro, dizendo o que ficou bom e o que precisa melhorar. Com esse evento a gente consegue saber o que as pessoas acham (do que foi produzido)”, acentua Vanessa.

O encontro dos amantes da cerveja foi realizado em parceria com a Garagem Food Trucks e, de acordo com José Jaime, proprietário do espaço, o sucesso do evento se deve a procura pelo diferencial que eles fazem. “O espaço não sobreviveria se não estivéssemos o tempo todo injetando gás novo. Tudo é um teste. Você começa errando, mas depois você ver que há uma evolução”, acredita Jaime.

O feminismo e a cerveja artesanal

Engana-se quem pensa que não dá para misturar suas causas e lutas sociais - até - nas cervejas artesanais. Jú Alecrim, como quer ser chamada, fundou, juntamente com outras quatro mulheres, a confraria Moça Bonita. Elas juntaram força e hoje são mais de 150 mulheres cervejeiras integrando a confraria, lutando pelo empoderamento da mulher no mundo cervejeiro que, segundo Jú Alecrim, é um meio bastante machista e masculino. “Nós estamos lutando cada vez mais pela nossa posição nesse contexto de cerveja artesanal. O empoderamento feminino é uma luta de vida e não poderia ser diferente (no meio cervejeiro)”, exclama Jú, que é diretora da Maria Bonita.

Além de tentarem fortalecer o espaço feminino no meio tido como machista, as meninas da confraria tentam imprimir suas causas até nos sabores das cervejas que produzem. Para além da harmonização, Jú Alecrim reforça que a Moça Bonita realiza eventos e transforma o arrecadado em ajuda para as mulheres que precisam de ajuda.

“Fabricou a cerveja? Todo o dinheiro arrecadado é doado para instituições que ajudam mulheres em risco. Nós promovemos movimentos de educação, palestras, integrando mulheres também no movimento cervejeiro”, conclui a feminista e sommelier Jú Alecrim.

Aumento de cervejarias registradas no Brasil

De acordo com levantamento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em 2018 foram 889 novas cervejarias registradas no Brasil, 210 a mais do que em 2017. O Sudeste é quem lidera o mercado nacional, com 90% dos registros de produtos realizados em 2018.

Para o presidente da Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva), Carlo Lapolli, os números refletem as boas expectativas para o setor, que tem o objetivo de crescer também no volume de consumo das marcas independentes. “O aumento significativo na quantidade de cervejarias é um passo fundamental para que o mercado cresça. Com mais opções, rótulos regionais e um trabalho de inclusão de todos os estados brasileiros no universo da cerveja artesanal, acreditamos ser possível ultrapassarmos os 3% do volume de cervejas comercializadas nos próximos anos. Hoje, a estimativa é que estejamos próximos aos 2%”, comenta.

O número de cervejarias aumentou no Brasil cerca de 23% em 2018. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a cada dois dias, uma nova cervejaria foi inaugurada no ano passado. Atualmente, o país conta com 889 estabelecimentos registrados.

O Mapa aponta que a expansão está sendo puxada pelas bebidas especiais, motivada pela mudança de perfil de consumo do brasileiro, que busca produtos diferentes e "está cada vez mais exigente".

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São 479 municípios do País com, pelo menos, uma cervejaria, o que representa quase 10% das 5 mil 570 cidades brasileiras. A liderança do ranking fica com Porto Alegre (RS), com 35 estabelecimentos. Na sequência, aparecem Nova Lima (MG), com 19, e Caxias do Sul (RS), com 16.

Entre os estados, o Rio Grande do Sul é quem segue na liderança com 186 unidades e crescimento de 31% sobre 2017, seguido de São Paulo, com 165 estabelecimentos, e Minas Gerais, com 115. Nesses locais houve expansão superior a 30% em relação ao ano de 2017. As regiões Sul concentram o maior número de cervejarias: 369, seguida do Sudeste, com 328, De acordo com os dados do Mapa.

Apesar dos problemas que atingiram a economia brasileira nos últimos anos, o País ainda é um dos maiores produtores de carne bovina do mundo. Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento apontam que o rebanho nacional soma mais de 217 milhões de animais. O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) calculou que as exportações de carnes em 2017 somaram 1,21 bilhão de toneladas, montante 12% superior ao de 2016. Entre as raças, a Nelore ainda lidera o rebanho, mas, há quase 18 anos, outra raça se firma no Brasil no que diz respeito ao melhoramento das nossas criações: a Senepol.

Desenvolvida no Caribe, a Senepol se destaca como uma raça que chegou às terras brasileiras para complementar as qualidades do Nelore e de outros animais de origem indiana. O primeiro rebanho foi trazido ao País em novembro de 2000, a partir de um projeto promissor do pecuarista João Arantes Júnior, em uma fazenda localizada em Porto Velho, Rondônia. Toda a história começa com a necessidade de oferecer à pecuária brasileira um animal de respeitável qualidade genética e de fácil adaptação às condições climáticas nacional. 

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Filho do pecuarista, o fazendeiro Neto Arantes, gestor da Fazenda Nova Vida, que possui terras em Rondônia, Mato Grosso e no interior de São Paulo, revela que antes de concretizar a importação de animais da raça Senepol para o Brasil, seu pai realizou pesquisas sobre o mercado pecuário internacional. Nos anos 90, com a abertura das fronteiras brasileiras para propostas do setor agropecuário, começaram a circular no País informações sobre o cruzamento industrial, que se resume à iniciativa de cruzar um animal de origem taurina com um de origem zebuína.

Ricardo e Neto Arantes, filhos de João Arantes Júnior - responsável por trazer ao Brasil o primeiro rebanho Senepol / Foto: Fabio Fatori / Fazenda Nova Vida/Divulgação

De acordo com Neto Arantes, esse trabalho já vinha sendo realizado nos Estados Unidos há muito tempo. Quarenta anos atrás, cientistas descobriram que quando é feito o cruzamento de um animal de origem europeia com outro de origem indiana, o fruto é um bezerro que se destaca por apresentar as melhores qualidades de seus ancestrais. “Se percebeu que esse bezerro engordava muito mais rápido do que o Nelore e era mais precoce no quesito sexual. Na metade dos anos 90, as primeiras fazendas começaram a fazer o procedimento por meio de inseminação artificial ou trazendo animais de fora do Brasil”, relembra o fazendeiro Neto Arantes.

Neto ainda recorda que, quando seu pai descobriu os benefícios do cruzamento industrial, começou a procurar animais que pudessem fazer o cruzamento de maneira natural. Na época, era necessário encontrar um touro que resistisse ao calor brasileiro e, para isso, João Arantes tomou conhecimento de uma empresa americana que estava comercializando sêmens de raças que poderiam cruzar da forma proposta.

Entre 1998 e 1999, João comprou algumas cabeças de gado e realizou o cruzamento com o Nelore. “Quando nasceram os primeiros bezerros, meu pai ficou maravilhado”, conta Neto. A partir desse momento, começa a se configurar na pecuária brasileira a necessidade do investimento na raça Senepol. Em 2000, Neto e seu irmão Ricardo Arantes foram a um centro de pesquisa nos Estados Unidos para aprofundar os conhecimentos acerca do gado.

Segundo Neto, os pesquisadores acreditavam que o Senepol seria mais indicado para o Brasil, uma vez que reunia inúmeras características favoráveis: fácil adaptação ao calor, pois foi uma raça desenvolvida no Caribe há mais de 100 anos em temperaturas extremas e em terra de baixa qualidade, onde o gado ficava gordo o ano inteiro sem receber ração e sais minerais; apresentava alta resistência a parasitas; não tinha chifre e dessa forma não machucava os funcionários das fazendas, até porque é um animal bastante dócil; apresentava precocidade sexual no macho e na fêmea; tinha pelo curto, o que facilita a resistência ao calor, e demonstrava rapidez na engorda. Foto: Fabio Fatori/Divulgação/Fazenda Nova Vida

A família de criadores ainda foi ao Paraguai, onde conheceu um rebanho criado em uma fazenda de calor extremo, e mesmo assim os animais estavam em boas condições. Porém, no período, as fronteiras com o país vizinho estavam fechadas para transações comerciais; a família, no entanto, resolveu investir nos Estados Unidos. “Nós fomos obrigados a ir aos Estados Unidos e escolhemos os melhores animais de criatórios diferentes, fretamos um avião em Miami e colocamos 52 vacas e 13 bezerros na aeronave. Trouxemos esse gado para Porto Velho, em Rondônia, em novembro de 2000”, relata Neto Arantes.

A chegada do primeiro rebanho de Senepol ao Brasil não significou que todo o trabalho estava finalizado. De acordo com o fazendeiro, era natural que cada vaca só produzisse um bezerro por ano, o que dava em torno de 50 cabeças. Mas a ideia de João Arantes era ter 2 mil animais anualmente. Para resolver a questão, os criadores procuraram uma tecnologia classificada como fertilização in vitro, que proporcionava um aumento expressivo no nascimento de animais.

Segundo Neto, um laboratório que executava a fertilização in vitro foi instalado nas terras da Nova Vida de Rondônia. “De apenas 50 vacas, em 18 meses produzimos 2 mil. Nasceram metade macho e metade fêmea”, comenta o fazendeiro. Ainda de acordo com ele, o investimento em todo o processo, desde trazer o primeiro rebanho Senepol ao Brasil até a instalação do laboratório, custou 1 milhão de dólares. “Foi um projeto que meu pai apostou sozinho e, felizmente, o Senepol se tornou uma grande solução para aumentar a rentabilidade na pecuária brasileira”, acrescenta Neto Arantes.  

Hoje, o grupo Nova Vida produz anualmente para venda comercial de 800 a mil touros da raça Senepol. Além disso, são comercializadas de 200 a 300 novilhas todos os anos. “O Senepol ele complementa o Nelore e já contribuiu muito para a pecuária nacional. Considero que é a segunda raça mais importante da bovinocultura do Brasil”, destaca o criador.

No vídeo a seguir, produzido pela TV Senepol, da Fazenda Nova Vida, os criadores Neto Arantes e Ricardo Arantes comentam um trecho da história da chegada do Senepol ao Brasil. Confira o conteúdo do canal da empresa no YouTube:

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Na intenção de ampliar os trabalhos na pecuária nacional com a raça Senepol, a Fazenda Nova Vida lançou, neste ano, um projeto que fomenta o empreendedorismo rural entre pequenos criadores. Em formato de franquia que vale de R$ 15 mil a R$ 30 mil, fazendeiros poderão adquirir sêmens da marca e viabilizar fecundações. Outros custos poderão ser adicionados a cada vaca fecundada - R$ 1.500 - e a Nova Vida promete oferecer assessoria técnica e veterinários que ajudarão nos cuidados com os animais.

“No momento em que nascer o animal, vamos continuar fazendo o acompanhamento. Posteriormente, vamos ajudar os franqueados a colocar os animais nos nossos canais de vendas, comercializando a uma média de R$ 9 mil a R$ 11 mil por animal”, explica Neto Arantes. No áudio a seguir, ele apresenta mais detalhes sobre o projeto:

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A raça no Brasil

“O Senepol não é concorrente de raça nenhuma. Ela veio para complementar o que as outras raças têm de melhor. Ela tem crescido porque, ao se usar um touro Senepol em cima da base de fêmeas zebuínas, há um resultado muito favorável, o que a gente chama de potencialização genética”. O depoimento é do presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Bovino Senepol (ABCB), Pedro Crosara. Em entrevista ao LeiaJa.com, ele reforça que o valor do Senepol na pecuária nacional não é ser uma raça que tomará os postos das demais, mas sim serve para aumentar a qualidade dos animais do rebanho brasileiro.

O presidente destaca que pelas características favoráveis ao território e ao clima brasileiro, o animal propicia ganhos econômicos aos criadores nacionais. “Como é uma raça taurina, quando você faz o choque sanguíneo com as outras raças, os produtos saem com um diferencial genético muito grande, com custo zero para o criador, porque o boi cruza a vaca em campo”, acrescenta o gestor da ABCB. De acordo com levantamento da Associação, o Brasil possui 79 mil gados da raça registrados.

Fabio Fatori/Divulgação/Fazenda Nova Vida/Ilustração/LeiaJáImagens 

Pedro Crosara faz um alerta importante para os pecuaristas nacionais. Apesar de não competir com as demais raças, o Senepol possui um “concorrente”. “Nosso grande concorrente, na verdade, é o boi ponta de boiada, aquele sem qualificação genética, sem avaliação, comprovação e sem registro. E alguns produtores colocam esse boi no seu plantel achando que é um boi melhorador, mas ele não repassa qualidades para os bezerros que produz”, esclarece o presidente da ABCB.

Sobre o cenário econômico, a associação de criadores aponta para resultados satisfatórios. Baseado em relatórios da DBO, o presidente destaca que foram realizados no Brasil, em 2017, 48 leilões da raça Senepol, que resultaram na venda de 1.199 machos a um preço médio de R$ 10.500 cada cabeça, além de 1.034 fêmeas ao valor médio de R$ 23.856 por animal. “Há uma valorização e reconhecimento da raça como ferramenta da expansão do mercado. É uma raça que veio para ficar, por causa da eficiência e benefícios dentro da porteira. Tem o seu espaço, principalmente para os criatórios que buscam eficiência econômica como um todo”, pontua Crosara.

Fabio Fatori/Divulgação/Fazenda Nova Vida/Ilustração/LeiaJáImagens 

Por fim, o presidente da ABCB explica que existem vários projetos nas fazendas brasileiras que buscam práticas e tecnologias que possam proporcionar mais melhorias aos animais. No entanto, a Associação divulga seu próprio projeto, com o objetivo de oferecer um serviço unificado aos criadores associados. 

“Existem vários bons projetos, quem faz a raça, na verdade, é a ação conjunta de seus criadores. Como forma de manter uma união em torno da raça, a gente evita destacar criatórios ou programas. Como Associação, preservamos a independência de cada criatório. A Associação divulga o programa de melhoramento do Senepol, que contempla pilares e tem o objetivo de gerar diretrizes e boas práticas de melhoramento e seleção animal. Nosso programa também é uma ferramenta genética que precisa gerar carne de boa qualidade para o consumidor. Entre as diretrizes, temos o Serviço de Registro Genealógico – função de caraterização morfológica, funcional e genealógica dos animais -, provas zootécnicas – nas próprias fazendas ou provas comunitárias -, melhoramento genético – cálculos dos desvios esperados de progênies –, entre outras”, finaliza o presidente.  

Pesquisas auxiliam desenvolvimento da raça

A pesquisadora científica e diretora técnica do Instituto de Zootecnia de São Paulo, Joslaine Cyrillo, participou de vários estudos sobre animais da raça Senepol. As pesquisas tiveram início em 2013 e resultaram, até então, na avaliação de cerca de mil gados.

Entre as avaliações, existe o teste de desempenho e eficiência alimentar. Seu objetivo é identificar animais geneticamente superiores para características de crescimento e, ao mesmo tempo, mais eficientes em relação ao aproveitamento dos nutrientes do alimento utilizando a característica consumo alimentar residual (CAR), que trata-se de uma medida de eficiência alimentar baseada na diferença entre o consumo de matéria seca observado e o consumo de matéria seca predito com base no peso corporal metabólico e no ganho médio diário durante o teste. 

“No Instituto de Zootecnia são utilizados dois sistemas de mensuração do consumo individual, o GrowSafe®, de tecnologia canadense, e o sistema nacional, denominado Intergado®. Os testes de eficiência da raça Senepol seguem o protocolo oficial do Instituto, e são conduzidos por, no mínimo, 100 dias. A dieta é fornecida, diariamente, em duas etapas, às 9h e às 15h, e é composta por 60% de silagem de milho e 40% de concentrado (milho, farelo de soja, núcleo mineral)”, detalha a pesquisadora.

Consumo individual de alimentos, ganho médio diário, medidas corporais (altura na garupa, perímetro torácico, comprimento do corpo e perímetro escrotal), características de carcaça por ultrassonografia (área de olho de lombo, espessura de gordura na costela e espessura de gordura da garupa) são alguns aspectos analisados. “Ainda há análise de características de fertilidade e precocidade nos machos, já nas fêmeas, há opção de avaliações de ultrassonografia com o objetivo de quantificar a população folicular e verificar a ciclicidade das novilhas” acrescenta a pesquisadora. 

De acordo com Joslaine, os testes realizados constaram ganhos médios diários de 1,40 e 1,50 kg/dia, para fêmeas e machos, respectivamente. “Resultado maior que o esperado de acordo com a formulação da dieta, mostrando que a raça Senepol tem um grande potencial para ganho de peso. As fêmeas consumiram em média 10,7 kg de matéria seca para cada quilo de peso corporal, já os machos consumiram em média 8,4 kg de matéria seca para ganhar um quilo de peso corporal. Os testes desenvolvidos pelo Instituto de Zootecnia permitem a identificação de animais mais eficientes que serão os futuros reprodutores e matrizes, além de expandir o conhecimento sobre as particularidades da raça Senepol, bem como na contribuição para a bovinocultura de corte nacional”, esclarece a pesquisadora.

Segundo a diretora técnica do Instituto de Zootecnia, um novo projeto de pesquisa está sendo realizado para avaliar a qualidade da carne de animais da raça Senepol, além de animais cruzados Nelore x Senepol. Até o momento, o projeto não foi finalizado. 

Saiba mais: Como se calcula o CAR? - Para realização dos testes de CAR, os animais são avaliados por no mínimo 100 dias (28 dias de adaptação+72 de teste) ou mais. Os pesquisadores registram nesse período o consumo alimentar diário observado e o ganho de peso dos animais. Obtém-se, então, o chamado consumo predito, que é o consumo alimentar diário observado ajustado para seu ganho de peso e seu peso corporal no período. A equação matemática usada para descobrir o Consumo Alimentar Residual é o consumo alimentar diário observado menos o consumo predito.

Consumo Alimentar Residual negativo (CAR-) é sinal de maior eficiência alimentar e o contrário é verdadeiro, ou seja, Consumo Alimentar Residual positivo (CAR+) é sinal de menor eficiência alimentar.

A Embrapa Amazônia Oriental, mais uma vez, marca presença na vitrine do agronegócio paraense, a 49ª Exposição Feira Agropecuária de Castanhal (Expofac), que começou no sábado (1º), com cavalgada, e segue até o dia 10 de setembro, no Parque de Exposições Pedro Coelho da Mota, em Castanhal, nordeste do Pará. Soluções tecnológicas para a pecuária leiteira e um estande com uma mostra de variedades lançadas adaptadas ao Pará e outras tecnologias para o agronegócio regional integram a participação da Empresa de Pesquisa no evento.

O trabalho desenvolvido pela Embrapa para o agronegócio regional estará presente durante toda a feira, com mostras de tecnologias no espaço chamado “Modelo Rural”, da Emater, instalado nas dependências do porque de exposição. A visitação segue até o dia 10 de setembro, sempre das 14 às 22 horas.

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Os visitantes poderão conhecer um pouco do trabalho desenvolvido pela Embrapa no Pará e no Brasil, além de ver de perto uma vitrine viva da BRS Imponente, uma cultivar de feijão-caupi lançada no ano passado, indicada para o cultivo mecanizado no Estado. Mudas in vitro da bananeira BRS Pacoua, desenvolvida especialmente para o Pará, também estarão em exibição na feira. Tecnologias em sistemas integrados, como a Integração-Lavoura-Pecuária-Florestas (ILPF) e Sistemas Agro-Florestais (SAF) em forma de maquete, integram a mostra. Haverá ainda doação de mudas de espécies florestais amazônicas.

A participação da Embrapa na programação técnico-científica da 49ª Expofac estará concentrada na melhoria da pecuária leiteira da região com três palestras nos dias 5 e 6 de setembro em duas programações distintas: o III Simpósio de Manejo do Gado Leiteiro, promovido pelo IFPA Campus Castanhal,  e a programação da Emater, no espaço cultural do Modelo Rural.

No dia 5, às 11 horas, no galpão do parque de exposições, o chefe-adjunto de transferência de tecnologia, Bruno Giovani de Maria, ministrará a palestra “Formação e manejo de pastagem para gado leiteiro”, no III Simpósio de Manejo de Gado Leiteiro. Ele explicou que o debate está centrado na melhoria da eficiência produtiva de animais leiteiros por meio de tecnologias simples e pequenas intervenções de manejo que podem transformar uma pastagem degradada e de baixa produtividade, muito comuns na Amazônia, em pastos com quantidade e qualidade de alimento para alta produtividade leiteira.

Ainda no dia 5, às 14h45, será a vez do engenheiro agrônomo Mário Gomes, com o tema “Produção Intensiva de Leite em Pasto”. Segundo Mário, a palestra tem como foco as soluções tecnológicas na metodologia do balde cheio, que trabalha uma série de produtos e processos nas dimensões zootécnica, agronômica, ambiental e econômica para os diferentes perfis produtivos, do pequeno ao grande produtor de leite.

O médico veterinário da Embrapa Marivaldo Figueiró fará duas palestras nos dias 5 e 6, no espaço cultural, dentro da programação do Modelo Rural da Emater, com o tema “Estratégias de incremento na produção leiteira”. No dia 5, a participação será ás 10 horas e no dia 6, às 9 horas. Em sua palestra, Marivaldo aborda como boas práticas de sanidade na ordenha podem garantir leite de qualidade e com isso, melhor valor no mercado.

A 49ª Expofac é realizada pelo Sindicato Rural de Castanhal, com o apoio técnico da Embrapa, Emater, Adepará e Senar.

Informações da assessoria da Embrapa.

Uma auditoria da União Europa descobriu mais de cem casos de contaminação da carne brasileira e Bruxelas ameaça impor novas restrições aos produtos. O resultado da auditoria foi apresentado na segunda-feira (12) para os ministros de Agricultura da Europa que, numa reunião em Luxemburgo, deixaram claro que estão preocupados com a situação sanitária das exportações do Brasil. O levantamento, realizado em maio em fazendas e frigoríficos brasileiros, concluiu que o controle é "insatisfatório" e que, mesmo depois da Operação Carne Fraca, o governo não implementou o prometido.

Na segunda-feira, o Estado revelou com exclusividade que a Comissão Europeia enviou uma carta ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi, deixando claro sua preocupação após a auditoria. A missão foi enviada depois da eclosão da Operação Carne Fraca, em março, revelando corrupção envolvendo fiscais. "Como o resultado da auditoria não foi considerado satisfatório, a comissão indicou que novas ações eram necessárias por parte das autoridades brasileiras", indicou a UE.

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Na carta a Blairo, obtida pelo Estado, os europeus insistem que o governo não tomou as medidas que havia prometido, ainda em março. Num tom direto e duro, os europeus alertam que a "credibilidade" dos controles no País foi colocada em dúvida e que, mesmo depois do escândalo, as ações não foram implementadas.

Diante da situação, a Europa quer agora que o Brasil interrompa toda a exportação de carne de cavalo para o mercado europeu. Bruxelas também exige que nenhuma nova empresa solicite entrar na lista de exportadores de frango ou carne bovina. Das empresas que ainda têm o direito de vender, a Europa vai exigir testes microbiais em 100% das exportações. Todos os contêineres terão de ser acompanhados por certificados de saúde antes mesmo de deixar o Brasil.

Durante a reunião, delegações expressaram preocupação com a fraude. Alguns, porém, pediram uma atitude ainda mais dura por parte da Comissão Europeia em relação às autoridades brasileiras. Em resposta, a comissão indicou que vai "monitorar de perto a situação". Num relato publicado sobre o encontro, Bruxelas também indicou que "se o Brasil fracassar em cumprir os pedidos da Europa, ações mais decisivas poderiam ser consideradas".

Durante a auditoria, feita no começo de maio, mais de cem casos de Salmonella e E. Coli foram registrados nas carnes brasileiras.

Procurado, o Ministério da Agricultura não se pronunciou. Blairo estava na China. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A pecuária brasileira bateu três recordes na série histórica em 2016 em relação ao ano anterior: a produção de ovos de galinha subiu 5,1% chegando a 3,1 bilhões de dúzias. O abate de frangos cresceu 1,1% e atingiu 5,86 bilhões de cabeças e o abate de suínos aumentou 7,8% e chegou a 42,32 milhões de cabeça. Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (15).

No entanto, o abate de bovinos recuou 3,2% em relação a 2015, tendo 29,67 milhões de cabeças abatidas sob algum tipo de inspeção sanitária. Segundo a pesquisa, a tendência de queda no abate de bovinos na série histórica começou em 2014.

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A aquisição de couro bovino também apresentou crescimento em 2016 de 1,4%. A pesquisa também afirmou que a aquisição de leite no país caiu 3,7%, sendo seu segundo anual consecutivo.

Desta quinta (20) até o próximo sábado (22), a 73ª Exposição Nordestina de Animais, que acontece no Parque de Exposições do Cordeiro, Zona Oeste do Recife, vai contar com leilões de reprodutores, matrizes e prenhezes. A expectativa é que cerca de meio milhão de reais seja movimentado em cada um deles.

O primeiro leilão ocorre às 19h desta quinta (20). Promovido pela Fazenda Carrapicho e Avimalta Agropecuária, o leilão terá 40 lotes, sendo 30 de Gir (espécie de gado) e 10 de Pôneis. Os campeões da exposição, julgados antes do leilão, poderão ser arrematados.A raça bovina Gir é indiana, conhecida por ser uma raça forte e possuir aptidão leiteira e ter boa adaptação ao período da seca. No Brasil, possui o segundo maior rebanho e mais puro, e trará expositores principalmente de Pernambuco e Alagoas. Já os Pôneis terão expositores de vários Estados do Nordeste.

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Já na sexta-feira (21), às 12h, será realizado o 4ª Leilão Zebu Milenar, com a raça bovina Sindi. No evento, promovido pelo Rebanho Caroatá, Fazenda São Pedro e Fazenda Carrapicho, deverão ser leiloados os premiados da Nacional. Um dos destaques é uma cota de 50% da Fêmea Capitu, do Rebanho Caroatá – Grande Campeã Nacional de 2012, Grande Campeã - Recife 2013 e Grande Campeã - Crato 2014. Outro animal será a Violeta P – Bi-Grande Campeã Nacional, mãe de Capitu.

Encerrando o ciclo, no sábado (22), também às 12h, será realizado o 10ª Leilão Recife Real Caprinos & Ovinos, com destaque para a raça Boer. Investidores da criação de caprinos da raça Boer e ovinos Dorper (nativos da África do Sul) e Santa Inês, raça originária do Nordeste do país, se encontrarão no Leilão. Pernambuco possui animais que são referência nacional com o trabalho de aprimoramento genético das raças.

A vocação do Nordeste para criação de caprinos, ovinos e bovinos ganhou incentivo extra. Com a declaração oficial de que os estados do Nordeste estão livres de aftosa, a tendência é que o mercado de criadores se fortaleça e torne a crescer na região. Os leilões acontecem no Tatersal da Sociedade Nordestina dos Criadores, ambiente climatizado, no Parque de Exposições.

Com informações de assessoria

O presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Antonio Lopes, defendeu a integração dos diversos elos do agronegócio para que o setor consiga enfrentar as eventuais complexidades que o mercado global está demandando. "Complexidade está se tornando norma para o agro e vamos lidar com temas maiores. Isso significa que temos que nos preparar melhor para o futuro. Nenhum participante operando de forma isolada vai resolver problemas. Temos que trabalhar em conjunto para avançar ainda mais", disse, no Fórum Nacional de Agronegócios, promovido pelo LIDE - Grupo de Líderes Empresariais.

Lopes avalia que o Brasil é "muito rarefeito" em inteligência estratégica e competitiva. "Temos que nos antecipar e planejar mais para os desafios e riscos. O Brasil reage muito. Mas é necessário um planejamento melhor para agirmos de forma mais rápida", declarou.

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Segundo ele, alguns aspectos que devem ser amplamente trabalhados pelo setor na questão de sustentabilidade: segurança biológica, tecnologia para manejo de água, mão de obra, inteligência territorial e inclusão dos pequenos produtores no comércio nacional e internacional.

"Hoje temos uma carência de mão de obra no campo. E preciso tornar processos menos penosos, para encorajar os jovens a entrarem na agricultura. Inteligência territorial é também fundamental para o futuro do nosso agronegócio. Creio que a tendência é cada vez mais ter a integração pecuária-floresta", ressaltou.

MACEIÓ (AL) - Representantes do setor agropecuário de Alagoas se reuniram, nesta terça-feira (30), no gabinete do governador, para definir a programação da 63ª Exposição Agropecuária de Produtos e Derivados, que será realizada de 25 de setembro a 3 de outubro, no Parque da Pecuária, em Maceió. 

De acordo com presidente da Associação dos Criadores de Alagoas (ACA), Domícia Silva, a expectativa é que cerca de 100 mil pessoas visitem o evento, este ano. “A expoagro se destaca como um grande evento do setor. É uma vitrine para que produtores alagoanos possam ser reconhecidos Brasil afora”, afirma. A programação conta com leilões de animais, seminários, julgamentos, concurso lácteo, exposições e feira de pequenos negócios. 

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O governador do estado, Teotônio Vilela, acredita na importância do evento para Alagoas, já que o estado tem um grande foco na agricultura. “O estado já foi muito conhecido por seu elite, e estamos investindo para voltar a ser, não só nesses segmento, mas no da agricultura em geral, e a Expoagro é onde podemos mostrar o que Alagoas tem de melhor”, destaca. 

Segundo a Secretaria Estadual de Agricultura, é imprescindível a participação de parceiros como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Reforma Agrária, Pesca e Aquicultura (Seagri) e Federação da Agricultura e Pecuária no Estado de Alagoas (Faeal) que trabalham com foco no desenvolvimento do setor.

“A expoagro é a vitrine do setor agropecuário e cada ano temos que superar a edição anterior. Nesta edição queremos fazer com mais interatividade, tudo pensado com muito cuidado e dedicação”, disse o Secretário Estadual da Agricultura, José Marinho. 

 

 

 

JOÃO PESSOA - 78,94% do rebanho bovino da Paraíba foi vacinado contra a febre aftosa. A informação foi divulgada, nesta terça-feira (16), pela Defesa Agropecuária do Estado, que concluiu a primeira etapa da campanha de vacinação.

Em números reais, 1.065.674 animais receberam a dose dentro de um universo de 1.349.926 bois. No entanto, a Defesa acredita que estes dados não condigam com a realidade, já que 1.266.160 vacinas foram vendidas nas farmácias veterinárias do Estado, assim é possível que nem todos tenham notificado a aplicação ao órgão.

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“É por isso que nossas equipes já estão em busca destes produtores inadimplentes para atualizar o sistema e elevar o índice de vacinação”, afirmou o Secretário de Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca, Marenilson Batista.

Os produtores que não informaram a vacinação do seu rebanho estão excluídos de participar de qualquer programa de Governo voltado para a pecuária, a exemplo da venda subsidiada da ração animal feita pela Empresa Paraibana de Abastecimento e Serviços (Empasa).

O governo federal anunciou R$ 7 bilhões em recursos para o Plano Safra do Semiárido, lançado nesta quinta-feira (4), na Bahia. O investimento visa fortalecer a agricultura familiar e amenizar os efeitos da seca sobre a produção agropecuária na região, através de um conjunto de medidas que visam a consolidação de sistemas produtivos com reserva de água, além de reserva de alimentos para os animais, a recuperação e fortalecimento de cultivos alimentares regionais, a agregação de valor para a produção e a agricultura irrigada.

Atualmente, a região abriga 1,6 milhão de estabelecimentos agropecuários, dos quais 90% possuem menos de 100 hectares e 75% uma abrangência inferior a 20 hectares. São áreas que sofrem com os efeitos da estiagem, que é considerada a mais grave dos últimos 50 anos. "Hoje, nós temos tecnologias para convivência com o semiárido. Através de política de crédito e outras iniciativas, queremos estimular ações estruturantes", frisou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas.

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Do total de recursos, R$ 4 bilhões serão destinados para a agricultura familiar e os demais R$ 3 bilhões para médios e grandes produtores. As taxas de juros aplicadas ao crédito para os pequenos produtores foram reduzidas, sendo de até 3% para custeio, até 1,5% para investimento e 0,5% para o microcrédito rural. Os médios e grandes produtores da região também serão beneficiados com alíquotas menores.

O agricultores também terão apoio através dos programas de compras públicas. Cerca de R$ 1,3 bilhão serão investidos através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Para amenizar os efeitos da estiagem e prevenir as perdas de rebanhos de pequenos produtores rurais, o governo doará ainda sementes e mudas de produtos destinados à alimentação animal. Em caso de situação de emergência ou estado calamidade, o PAA ainda poderá comercializar aos agricultores familiares, com valor abaixo do mercado, alimentos para os rebanhos.

Segundo o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, R$ 110 milhões serão investidos na recuperação e construção de armazéns da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O plano também prevê a Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) e recursos de fomento para 30 mil famílias que já possuem tecnologias de acesso à água para produção. O valor do fomento será de R$ 3 mil para cada produtor, em recursos não reembolsáveis, para execução de projetos de estruturação produtiva.

"É possivel viver com a seca. A seca não precisa virar uma catástrofe. Não é necessário o sofrimento e situaçao de quase miséria. Não é necessario aceitar migalhas de politicos. O precisa é determinação, vontade politica e ação conjunta", frisou a presidente Dilma Rousseff.

Acesso à água - Durante a solenidade, a presidente Dilma assinou também um decreto que regulamenta o Programa Cisternas e diminui a burocracia para a contratação e o repasse de recursos para a construção de tecnologias de captação de água para consumo humano e para a produção de alimentos. Com as mudanças, os contratos para construção de cisternas poderão ser feitos de forma direta, desde que elas sejam executadas pelas próprias comunidades junto com instituições locais não governamentais e redes oficiais de pesquisa. As novas regras permitem um repasse de recursos mais ágil e sem burocracia.

Balanço – Na ocasião, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, fez um balanço das ações emergenciais de atendimento, que somam R$ 323 milhões em diversas iniciativas, especialmente a distribuição de água. “Cerca de R$ 200 milhões foram investidos para a construção de poços artesianos e poços profundos e operações de credito emergenciais”, informou.  O ministro anunciou também a assinatura de convênio com a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) de suplementação de crédito emergencial de R$ 400 milhões.

Em relação às medidas anunciadas de atendimento no primeiro semestre deste ano, Bezerra Coelho afirmou que 405 mil agricultores renegociaram as dívidas, num montante de R$ 3, 3 bilhões. Além disso, um milhão de famílias estão sendo beneficiadas pelo Bolsa Estiagem e outros 769 mil agricultores pelo Garantia Safra. Ao todo, 783 municípios que decretaram situação de emergência reconhecida pela Defesa Civil estão sendo atendidos por 7600 carros-pipa. O programa Água para Todos já permitiu a construção de 336 mil cisternas. A meta é construir 750 mil até o final de 2014. "Essas ações emergenciaias são importantes. Mas, mais importante é estruturar políticas permanentes", disse Dilma.

Cerimônia - Além do lançamento do Plano Safra Semiárido, a presidente Dilma entregou 323 máquinas retroescavadeiras e motoniveladoras a 269 municípios baianos, além de ônibus escolares do Programa Caminho da Escola. Também durante o evento foi comemorada a emissão de um milhão de documentos civis e trabalhistas expedidos nos mutirões do Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural (PNDTR), do MDA.

O governo federal lançou, nesta terça-feira (4), o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2013/14.  O total de recursos para a próxima safra é 18% maior que o liberado na última safra: R$ 136 bilhões, sendo R$ 97,6 bilhões para financiamentos de custeio e comercialização e R$ 38,4 bilhões para os programas de investimento. “Se esses recursos foram usados em todas as áreas previstas, podemos ampliar o investimento. Recursos não vão faltar, porque vemos a agricultura como solução e não como problema”, salientou a presidente Dilma Rousseff, durante a cerimônia de lançamento. A expectativa é de que a próxima safra chegue a 190 milhões de toneladas.

De acordo com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, boa parte dos recursos terão taxas de juros controladas, com uma média anual de 5,5%. Mas algumas modalidades terão taxas ainda menores: 3,5% para programas voltados à aquisição de máquinas agrícolas, equipamentos de irrigação e estruturas de armazenagem; de 4,5% ao médio produtor rural; e de 5% para práticas sustentáveis. Também foram reduzidos os juros para capital de giro das cooperativas, de 9% para 6,5% ao ano.

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Para melhorar a logística e infraestrutura do setor, R$ 25 bilhões estarão disponíveis nos próximos cinco anos para a construção de novos armazéns privados, sendo $ 5 bilhões na temporada 2013/14. A taxa de juros será de 3,5%, com prazo de apagamentos de até 15 anos. Além disso, serão investidos mais R$ 500 milhões para modernizar e dobrar a capacidade de armazenagem da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Outros R$ 6 bilhões serão destinados ao financiamento de máquinas e equipamentos agrícolas e R$ 400 milhões para a agricultura irrigada.

Também foram disponibilizados R$ 13,2 bilhões pelo Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) para custeio, comercialização e investimento. O limite de financiamento de custeio, por produtor, foi ampliado de R$ 800 mil para R$ 1 milhão, enquanto o destinado à modalidade de comercialização passou de R$ 1,6 milhão para R$ 2 milhões. Pelo Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), que financia tecnologias que aumentam a produtividade com menor impacto ambiental, o volume de recursos saltou de R$ 3,4 bilhões para R$ 4,5 bilhões.

Para apoiar a comercialização, o novo PAP terá R$ 5,6 bilhões. Deste total, R$ 2,5 bilhões se destinam à aquisição de produtos e manutenção de estoque e R$ 3,1 bilhões para equalização de preços, de maneira a garantir o preço mínimo ao produtor.

Tecnologia

O governo também anunciou que R$ 120 milhões serão destinados para a ampliação e a modernização dos seis Laboratórios Nacionais Agropecuários (Lanagros). Esse valor será utilizado ainda para oferecer diagnósticos mais rápidos e ainda mais precisos. Além disso, será criado o Serviço Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural. “A criação desse serviço será um marco significativo para o aumento da produção, da produtividade e do bem-estar do produtor brasileiro”, frisou o ministro Antônio Andrade.

O ministro citou ainda o Programa Inovagro, que tem o objetivo de impulsionar a produtividade e a competitividade do agronegócio brasileiro por meio da inovação tecnológica. “O Governo vai destinar R$ 3 bilhões para o agronegócio, sendo R$ 2 bilhões para pesquisa e desenvolvimento de máquinas e equipamentos e R$ 1 bilhão para que os produtores rurais possam incorporar tecnologias”, afirmou.

“Temos que entender a nossa agricultura na sua complexidade e dar condições para que todas as classes tenham acesso à tecnologia de ponta”, salientou Dilma Rousseff, sobre a criação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural. “Ela está sendo criada para que o Brasil se torne o país com maior volume de exportação no setor de agronegócio”.

Outros planos

A presidente adiantou que nesta quinta-feira (6) será lançado o Plano Safra da Agricultura Familiar. Segundo ela, na próxima semana será a vez do Plano Safra do Semiário. “Nós acreditamos que os planos safras regionais são estratégicos para o país e vamos começar com um plano safra para o Nordeste”.

Setor

A agricultura e a pecuária são responsáveis por 25% do Produto Interno Bruto (PIB) e emprega atualmente cerca de 35 milhões de pessoas. No primeiro trimestre deste ano, o setor cresceu 17% em relação ao mesmo período do ano passado.

Desta segunda (19) até a sexta-feira (23), o Parque de Exposições do Cordeiro, no Recife, sedia mais uma edição da Mostra Tecnológica de Pecuária e Produtos Derivados, a Tecnopec. A ação integra a 71ª edição da Exposição de Animais e Produtos Derivados (ENAPD).

A programação inclui palestras gratuitas voltadas à formação do produtor rural, com foco na estiagem. Entre os temas que serão debatidos estão a aptidão dos solos do semiárido e a relação do produtor rural com a estiagem. As palestras serão das 16h às 18h.

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A Tecnopec também terá oficinas de artesanato em tecido, corda e brinquedos populares feitos com materiais recicláveis. As oficinas, que têm como proposta a promoção do empreendedorismo, serão realizadas das 9h às 12h e das 14h às 17h.

Criada em 2003 pela Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco (Faepe), a Tecnopec conta com a parceria do Sebrae em Pernambuco e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). 

Serviço:
Tecnopec 2012
De 19 a 23 de novembro, das 9h às 18h
Parque de Exposições do Cordeiro – Avenida Caxangá, 2.200, Cordeiro, Recife
Inscrições: gratuitas, durante o evento
Mais informações: (81) 3312-8966

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