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Vacas pastando com sinos exóticos pendurados no pescoço são uma espécie de símbolo na Suíça, embora essa cena tradicional não agrade todo mundo e incite críticas ao barulho que fazem durante a noite.

Neste ano, uma denúncia foi apresentada devido ao barulho de um rebanho de aproximadamente 15 vacas, que pastam à noite em um campo próximo a uma área residencial no município de Aarwangen, no centro da Suíça.

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Dois casais, residentes de apartamentos alugados com vista para o campo, solicitaram às autoridades que interviessem para garantir que o dono dos animais retirasse o sino no fim do dia.

A reação foi rápida, com exigências irrefutáveis de uma votação local a fim de proteger o uso tradicional dos sinos.

"Minha primeira reação quando escutei a denúncia foi de surpresa", comentou à AFP o prefeito de Aarwangen, Niklaus Lundsgaard-Hansen, que vive perto do terreno em questão.

"Não sabia que as vacas faziam tanto barulho, mas descobri que elas podem incomodar algumas pessoas".

O prefeito se surpreendeu ainda mais com a intensidade da resposta.

Os solicitantes só precisavam do apoio de 10% das pessoas elegíveis na cidade, de 4.800 pessoas, ou seja, cerca de 380 assinaturas, para submeter uma votação sobre o tema no conhecido sistema de democracia direta da Suíça.

- "Enorme" -

A "Iniciativa do Sino" recebeu 1.099 assinaturas a favor de preservar o direito de usar sinos de vaca a qualquer momento.

"Isso é enorme", comentou Lundsgaard-Hansen.

A campanha será apresentada oficialmente nesta segunda-feira (11) aos eleitores, em uma reunião municipal.

A princípio, a votação será realizada em junho de 2024.

Na semana passada, os rituais pecuários alpinos, que incluem conduzir o gado para pastagens nas altas montanhas durante o verão com sinos decorativos, foram incluídos na lista de patrimônio cultural imaterial da Unesco.

No entanto, para muitos moradores que buscam a paz e tranquilidade do campo, sem muita distância das cidades, o encanto folclórico dos sinos é excessivo.

Os sinos das vacas já foram indispensáveis para rastrear os rebanhos nos pastos alpinos, mas sua utilidade diminuiu com a chegada do GPS. Eles continuam sendo, contudo, um símbolo da vida campestre na Suíça.

- Tradição -

Nos últimos anos, as reclamações sobre o barulho dos sinos aumentaram. Também houve reclamações de que, em algumas igrejas, os sinos tocam a cada 15 minutos, dia e noite.

A "Iniciativa do Sino" quer proteger a tradição.

As críticas costumam gerar reações intensas em defesa das tradições suíças - um país onde os estrangeiros representam um quarto da população.

"Isso é sobre nossa tradição", insistiu à AFP o neurologista Andreas Baumann, responsável pela iniciativa.

"Queremos preservar o que os nossos antepassados criaram ou queremos deixá-lo num museu?", questionou.

- Esperança -

Para os casais que denunciaram, a resposta da comunidade foi, possivelmente, inesperada. Um deles preferiu retirar a denúncia e o outro deseja sair da cidade, segundo o prefeito.

Independente do resultado da votação, o fazendeiro envolvido talvez tenha que remover os sinos das vacas durante a noite, caso as autoridades determinem que eles excedem os níveis de ruído aceitáveis.

Uma decisão judicial sobre o assunto é esperada em breve.

Rolf Rohrbach, um fazendeiro vizinho, diz adorar essa tradição.

"Eu ouço quando durmo", disse Rohrbach, "eu sei que minhas vacas estão em casa".

O governo da Nova Zelândia propôs nesta terça-feira (11) tributar os gases de efeito estufa que os animais de fazenda produzem ao arrotar e fazer xixi como parte de um plano para combater as mudanças climáticas. O governo disse que a taxa agrícola seria a primeira do mundo e que os agricultores poderiam recuperar o custo "cobrando mais por produtos ecológicos".

A proposta de impor a taxa revoltou os agricultores, que condenaram o plano. A Federated Farmers, o principal grupo de lobby do setor, disse que o plano "arrancaria as entranhas das pequenas cidades da Nova Zelândia" e veria as fazendas substituídas por árvores.

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O presidente da Federated Farmers, Andrew Hoggard, disse que os agricultores tentam trabalhar com o governo há mais de dois anos em um plano de redução de emissões que não diminuiria a produção de alimentos.

"Nosso plano era manter os agricultores cultivando", disse Hoggard. Em vez disso, ele disse que os agricultores venderiam suas fazendas "tão rápido que você nem ouvirá os cães latindo na traseira da caminhonete enquanto eles saem".

Parlamentares da oposição do partido conservador ACT disseram que o plano realmente aumentaria as emissões mundiais ao transferir a agricultura para outros países que eram menos eficientes na produção de alimentos.

A indústria agrícola da Nova Zelândia é vital para sua economia. Os produtos lácteos, incluindo aqueles usados para fazer fórmulas infantis na China, são os maiores exportadores do país.

Existem apenas 5 milhões de pessoas na Nova Zelândia, mas cerca de 10 milhões de bovinos de corte e leite e 26 milhões de ovelhas.

Quase metade das emissões totais de gases de efeito estufa do país vem da agricultura - principalmente de metano.

No entanto, as emissões da pecuária não haviam sido incluídas anteriormente no esquema de comércio de carbono da Nova Zelândia. Isso foi criticado por ativistas que pedem mais para combater o aquecimento global.

De acordo com a proposta, pecuaristas terão que pagar por suas emissões a partir de 2025. O plano também inclui incentivos para agricultores que reduzam as emissões por meio de aditivos alimentares, e o plantio de árvores nas fazendas pode ser usado para compensar as emissões.

A desproporcionalidade da indústria tornou a Nova Zelândia um caso incomum, com metade de suas emissões de gases de efeito estufa vindo de fazendas. A pecuária produz gases que aquecem o planeta, principalmente metano dos arrotos do gado e óxido nitroso da urina.

A primeira-ministra Jacinda Ardern disse que todo o dinheiro arrecadado com a taxa agrícola proposta seria devolvido à indústria para financiar novas tecnologias, pesquisas e pagamentos de incentivos para os agricultores.

"Os agricultores da Nova Zelândia devem ser os primeiros do mundo a reduzir as emissões agrícolas, posicionando nosso maior mercado de exportação para a vantagem competitiva que traz um mundo cada vez mais exigente sobre a proveniência de seus alimentos", disse Ardern.

O ministro da Agricultura, Damien O'Connor, disse que era uma oportunidade para a Nova Zelândia e seus agricultores.

"Os agricultores já estão experimentando o impacto das mudanças climáticas com secas e inundações regulares", disse O'Connor. "Assumir a liderança no controle das emissões agrícolas é bom para o meio ambiente e nossa economia."

A proposta do governo trabalhista remonta a uma taxação semelhante, e malsucedida, feita pelo governo trabalhista de 2003 para taxar animais de fazenda por suas emissões de metano.

Os agricultores da época também protestaram contra ideia, e os oponentes políticos a ridicularizaram como um "imposto do pum" - embora um "imposto de arroto" fosse mais preciso tecnicamente, já que a maioria das emissões de metano vem de arrotos. O governo acabou abandonando o plano.

De acordo com pesquisas de opinião, o Partido Trabalhista de Ardern caiu em popularidade e ficou atrás do Partido Nacional, de oposição, desde que Ardern conquistou um segundo mandato em 2020 em uma vitória esmagadora.

Se o governo de Ardern não conseguir chegar a um acordo sobre a proposta com os agricultores, que têm considerável influência política na Nova Zelândia, provavelmente será mais difícil para Ardern vencer a reeleição no ano que vem, quando o país voltar às urnas.

O metano e o meio-ambiente

O metano é o segundo gás de efeito estufa mais comum depois do dióxido de carbono (CO2), responsável por um terço do aquecimento atual atribuído às atividades humanas. Cada molécula de metano tem um efeito de aquecimento mais poderoso na atmosfera do que cada molécula de CO2, segundo os cientistas.

A produção de metano é parte do processo digestivo normal dos animais. O metano é liberado tanto por arroto dos ruminantes, cerca de 87% das emissões, como pelo ânus, o "pum", correspondendo a apenas 13% do total liberado.

Na conferência ambiental COP26 do ano passado em Glasgow, os EUA e a União Europeia concordaram em reduzir as emissões do gás em 30% até 2030. Mais de 100 países, incluindo a Nova Zelândia, também aderiram à iniciativa.

Cerca de 40% do metano vem de fontes naturais, como pântanos, mas a maior parte vem de uma série de atividades humanas, como agricultura, pecuária e até lixões.

Uma das suas maiores fontes é a produção, transporte e uso de gás natural. Desde 2008 houve um grande aumento nas emissões de metano, que os pesquisadores acreditam estar ligado ao boom da atividade conhecida como fraturamento hidráulico, de exploração de gás em partes dos EUA.

Um navio com 43 tripulantes e cerca de 6.000 vacas naufragou, após emitir um pedido de socorro em meio a um tufão na costa oeste do Japão - relatou o único sobrevivente resgatado até agora pela Guarda Costeira japonesa.

O "Gulf Livestock 1" lançou um pedido de ajuda na madrugada de quarta-feira, quando estava a 185 km da ilha japonesa Amami Oshima, no sudoeste do Japão.

Na noite de quarta-feira, equipes de resgate da guarda costeira encontraram um sobrevivente, um chefe de oficiais filipino de 45 anos, que disse ter vestido um colete salva-vidas e pulado na água após chamar seus colegas a bordo.

Segundo o único sobrevivente até o momento, o motor do navio parou, e uma onda fez a embarcação capotar, antes de afundar, anunciou a Guarda Costeira em uma nota.

O sobrevivente disse não ter visto outros tripulantes, enquanto esperava para ser resgatado. Um barco inflável foi avistado na área, mas a Guarda Costeira não confirmou que tivesse qualquer relação com o navio afundado.

Três embarcações da Guarda Costeira, cinco aeronaves e mergulhadores trabalham na operação de resgate. O navio transportava 39 filipinos, dois neozelandeses e dois australianos, bem como 5.800 vacas. O destino da viagem era um porto da China.

A reaparição de três vacas, sumidas desde a passagem do furacão Dorian, ocorrida no início de setembro, no estado americano da Carolina do Norte, surpreendeu e levantou suspeitas sobre a capacidade de sobrevivência dos bovinos. Enquanto diversos cavalos foram arrastados para o Oceano Atlântico, aparentemente, as vacas conseguiram nadar cerca de 13 quilômetros até a terra firma.

No dia 6, o rebanho pastava na área rural da ilha de Cedar, quando a forte tempestade o arrastou para longe. Encontradas cerca de um mês após a passagem do furacão, a hipótese é que as vacas nadaram por 13 km até o parque Cape Lookout Seashore, na região dos Outer Banks - uma cadeia de ilhas separadas do continente. "Sem dúvida [os animais] têm uma história fascinante para contar", declarou o porta-voz do local.

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Para livrar o gado de picadas de moscas - que formam feridas e transmitem doenças - pesquisadores do Centro de Pesquisas Agrícolas de Aichi, no Japão, desenvolveram uma estratégia um tanto inusitada. Eles pintaram vacas e as disfarçaram de zebras. Como resultado, perceberam que o número de ataques reduziu em cerca de 50%, segundo a revista científica PLOS One.

Segundo o levantamento publicado no último dia 3, as seis vacas pintadas com listras brancas levaram 60 mordidas em 30 minutos. Enquanto os animais não maquiados sofreram 110 vezes no mesmo período.

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A pesquisa comandada por Tomoki Kojima descobriu que é difícil para as moscas pousarem em superfícies em preto e branco, pois, a polarização da luz prejudica sua percepção. Com isso, os insetos não conseguem desacelerar adequadamente na hora de pousar no gado.

Os devotos indianos fizeram vacas adornadas caminhar sobre o feno em chamas para celebrar o festival da colheita hindu em um ritual que, segundo a crença, traz boa sorte e proteção contra danos.

O festival de Makar Sankaranti marca a chegada da primavera e é comemorado várias festividades regionais no mês de janeiro.

Na cidade de Bangalore (sul), famosa por ser o centro tecnológico da Índia, os homens decoram as vacas com guirlandas e sinos e as levam para caminhar sobre o feno em chamas.

Acredita-se que o antigo ritual traga boa sorte e mantenha as vacas, que são sagradas para os hindus, e outros animais e plantações protegidas de qualquer tipo de dano ou prejuízo.

Apesar dos problemas que atingiram a economia brasileira nos últimos anos, o País ainda é um dos maiores produtores de carne bovina do mundo. Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento apontam que o rebanho nacional soma mais de 217 milhões de animais. O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) calculou que as exportações de carnes em 2017 somaram 1,21 bilhão de toneladas, montante 12% superior ao de 2016. Entre as raças, a Nelore ainda lidera o rebanho, mas, há quase 18 anos, outra raça se firma no Brasil no que diz respeito ao melhoramento das nossas criações: a Senepol.

Desenvolvida no Caribe, a Senepol se destaca como uma raça que chegou às terras brasileiras para complementar as qualidades do Nelore e de outros animais de origem indiana. O primeiro rebanho foi trazido ao País em novembro de 2000, a partir de um projeto promissor do pecuarista João Arantes Júnior, em uma fazenda localizada em Porto Velho, Rondônia. Toda a história começa com a necessidade de oferecer à pecuária brasileira um animal de respeitável qualidade genética e de fácil adaptação às condições climáticas nacional. 

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Filho do pecuarista, o fazendeiro Neto Arantes, gestor da Fazenda Nova Vida, que possui terras em Rondônia, Mato Grosso e no interior de São Paulo, revela que antes de concretizar a importação de animais da raça Senepol para o Brasil, seu pai realizou pesquisas sobre o mercado pecuário internacional. Nos anos 90, com a abertura das fronteiras brasileiras para propostas do setor agropecuário, começaram a circular no País informações sobre o cruzamento industrial, que se resume à iniciativa de cruzar um animal de origem taurina com um de origem zebuína.

Ricardo e Neto Arantes, filhos de João Arantes Júnior - responsável por trazer ao Brasil o primeiro rebanho Senepol / Foto: Fabio Fatori / Fazenda Nova Vida/Divulgação

De acordo com Neto Arantes, esse trabalho já vinha sendo realizado nos Estados Unidos há muito tempo. Quarenta anos atrás, cientistas descobriram que quando é feito o cruzamento de um animal de origem europeia com outro de origem indiana, o fruto é um bezerro que se destaca por apresentar as melhores qualidades de seus ancestrais. “Se percebeu que esse bezerro engordava muito mais rápido do que o Nelore e era mais precoce no quesito sexual. Na metade dos anos 90, as primeiras fazendas começaram a fazer o procedimento por meio de inseminação artificial ou trazendo animais de fora do Brasil”, relembra o fazendeiro Neto Arantes.

Neto ainda recorda que, quando seu pai descobriu os benefícios do cruzamento industrial, começou a procurar animais que pudessem fazer o cruzamento de maneira natural. Na época, era necessário encontrar um touro que resistisse ao calor brasileiro e, para isso, João Arantes tomou conhecimento de uma empresa americana que estava comercializando sêmens de raças que poderiam cruzar da forma proposta.

Entre 1998 e 1999, João comprou algumas cabeças de gado e realizou o cruzamento com o Nelore. “Quando nasceram os primeiros bezerros, meu pai ficou maravilhado”, conta Neto. A partir desse momento, começa a se configurar na pecuária brasileira a necessidade do investimento na raça Senepol. Em 2000, Neto e seu irmão Ricardo Arantes foram a um centro de pesquisa nos Estados Unidos para aprofundar os conhecimentos acerca do gado.

Segundo Neto, os pesquisadores acreditavam que o Senepol seria mais indicado para o Brasil, uma vez que reunia inúmeras características favoráveis: fácil adaptação ao calor, pois foi uma raça desenvolvida no Caribe há mais de 100 anos em temperaturas extremas e em terra de baixa qualidade, onde o gado ficava gordo o ano inteiro sem receber ração e sais minerais; apresentava alta resistência a parasitas; não tinha chifre e dessa forma não machucava os funcionários das fazendas, até porque é um animal bastante dócil; apresentava precocidade sexual no macho e na fêmea; tinha pelo curto, o que facilita a resistência ao calor, e demonstrava rapidez na engorda. Foto: Fabio Fatori/Divulgação/Fazenda Nova Vida

A família de criadores ainda foi ao Paraguai, onde conheceu um rebanho criado em uma fazenda de calor extremo, e mesmo assim os animais estavam em boas condições. Porém, no período, as fronteiras com o país vizinho estavam fechadas para transações comerciais; a família, no entanto, resolveu investir nos Estados Unidos. “Nós fomos obrigados a ir aos Estados Unidos e escolhemos os melhores animais de criatórios diferentes, fretamos um avião em Miami e colocamos 52 vacas e 13 bezerros na aeronave. Trouxemos esse gado para Porto Velho, em Rondônia, em novembro de 2000”, relata Neto Arantes.

A chegada do primeiro rebanho de Senepol ao Brasil não significou que todo o trabalho estava finalizado. De acordo com o fazendeiro, era natural que cada vaca só produzisse um bezerro por ano, o que dava em torno de 50 cabeças. Mas a ideia de João Arantes era ter 2 mil animais anualmente. Para resolver a questão, os criadores procuraram uma tecnologia classificada como fertilização in vitro, que proporcionava um aumento expressivo no nascimento de animais.

Segundo Neto, um laboratório que executava a fertilização in vitro foi instalado nas terras da Nova Vida de Rondônia. “De apenas 50 vacas, em 18 meses produzimos 2 mil. Nasceram metade macho e metade fêmea”, comenta o fazendeiro. Ainda de acordo com ele, o investimento em todo o processo, desde trazer o primeiro rebanho Senepol ao Brasil até a instalação do laboratório, custou 1 milhão de dólares. “Foi um projeto que meu pai apostou sozinho e, felizmente, o Senepol se tornou uma grande solução para aumentar a rentabilidade na pecuária brasileira”, acrescenta Neto Arantes.  

Hoje, o grupo Nova Vida produz anualmente para venda comercial de 800 a mil touros da raça Senepol. Além disso, são comercializadas de 200 a 300 novilhas todos os anos. “O Senepol ele complementa o Nelore e já contribuiu muito para a pecuária nacional. Considero que é a segunda raça mais importante da bovinocultura do Brasil”, destaca o criador.

No vídeo a seguir, produzido pela TV Senepol, da Fazenda Nova Vida, os criadores Neto Arantes e Ricardo Arantes comentam um trecho da história da chegada do Senepol ao Brasil. Confira o conteúdo do canal da empresa no YouTube:

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Na intenção de ampliar os trabalhos na pecuária nacional com a raça Senepol, a Fazenda Nova Vida lançou, neste ano, um projeto que fomenta o empreendedorismo rural entre pequenos criadores. Em formato de franquia que vale de R$ 15 mil a R$ 30 mil, fazendeiros poderão adquirir sêmens da marca e viabilizar fecundações. Outros custos poderão ser adicionados a cada vaca fecundada - R$ 1.500 - e a Nova Vida promete oferecer assessoria técnica e veterinários que ajudarão nos cuidados com os animais.

“No momento em que nascer o animal, vamos continuar fazendo o acompanhamento. Posteriormente, vamos ajudar os franqueados a colocar os animais nos nossos canais de vendas, comercializando a uma média de R$ 9 mil a R$ 11 mil por animal”, explica Neto Arantes. No áudio a seguir, ele apresenta mais detalhes sobre o projeto:

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A raça no Brasil

“O Senepol não é concorrente de raça nenhuma. Ela veio para complementar o que as outras raças têm de melhor. Ela tem crescido porque, ao se usar um touro Senepol em cima da base de fêmeas zebuínas, há um resultado muito favorável, o que a gente chama de potencialização genética”. O depoimento é do presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Bovino Senepol (ABCB), Pedro Crosara. Em entrevista ao LeiaJa.com, ele reforça que o valor do Senepol na pecuária nacional não é ser uma raça que tomará os postos das demais, mas sim serve para aumentar a qualidade dos animais do rebanho brasileiro.

O presidente destaca que pelas características favoráveis ao território e ao clima brasileiro, o animal propicia ganhos econômicos aos criadores nacionais. “Como é uma raça taurina, quando você faz o choque sanguíneo com as outras raças, os produtos saem com um diferencial genético muito grande, com custo zero para o criador, porque o boi cruza a vaca em campo”, acrescenta o gestor da ABCB. De acordo com levantamento da Associação, o Brasil possui 79 mil gados da raça registrados.

Fabio Fatori/Divulgação/Fazenda Nova Vida/Ilustração/LeiaJáImagens 

Pedro Crosara faz um alerta importante para os pecuaristas nacionais. Apesar de não competir com as demais raças, o Senepol possui um “concorrente”. “Nosso grande concorrente, na verdade, é o boi ponta de boiada, aquele sem qualificação genética, sem avaliação, comprovação e sem registro. E alguns produtores colocam esse boi no seu plantel achando que é um boi melhorador, mas ele não repassa qualidades para os bezerros que produz”, esclarece o presidente da ABCB.

Sobre o cenário econômico, a associação de criadores aponta para resultados satisfatórios. Baseado em relatórios da DBO, o presidente destaca que foram realizados no Brasil, em 2017, 48 leilões da raça Senepol, que resultaram na venda de 1.199 machos a um preço médio de R$ 10.500 cada cabeça, além de 1.034 fêmeas ao valor médio de R$ 23.856 por animal. “Há uma valorização e reconhecimento da raça como ferramenta da expansão do mercado. É uma raça que veio para ficar, por causa da eficiência e benefícios dentro da porteira. Tem o seu espaço, principalmente para os criatórios que buscam eficiência econômica como um todo”, pontua Crosara.

Fabio Fatori/Divulgação/Fazenda Nova Vida/Ilustração/LeiaJáImagens 

Por fim, o presidente da ABCB explica que existem vários projetos nas fazendas brasileiras que buscam práticas e tecnologias que possam proporcionar mais melhorias aos animais. No entanto, a Associação divulga seu próprio projeto, com o objetivo de oferecer um serviço unificado aos criadores associados. 

“Existem vários bons projetos, quem faz a raça, na verdade, é a ação conjunta de seus criadores. Como forma de manter uma união em torno da raça, a gente evita destacar criatórios ou programas. Como Associação, preservamos a independência de cada criatório. A Associação divulga o programa de melhoramento do Senepol, que contempla pilares e tem o objetivo de gerar diretrizes e boas práticas de melhoramento e seleção animal. Nosso programa também é uma ferramenta genética que precisa gerar carne de boa qualidade para o consumidor. Entre as diretrizes, temos o Serviço de Registro Genealógico – função de caraterização morfológica, funcional e genealógica dos animais -, provas zootécnicas – nas próprias fazendas ou provas comunitárias -, melhoramento genético – cálculos dos desvios esperados de progênies –, entre outras”, finaliza o presidente.  

Pesquisas auxiliam desenvolvimento da raça

A pesquisadora científica e diretora técnica do Instituto de Zootecnia de São Paulo, Joslaine Cyrillo, participou de vários estudos sobre animais da raça Senepol. As pesquisas tiveram início em 2013 e resultaram, até então, na avaliação de cerca de mil gados.

Entre as avaliações, existe o teste de desempenho e eficiência alimentar. Seu objetivo é identificar animais geneticamente superiores para características de crescimento e, ao mesmo tempo, mais eficientes em relação ao aproveitamento dos nutrientes do alimento utilizando a característica consumo alimentar residual (CAR), que trata-se de uma medida de eficiência alimentar baseada na diferença entre o consumo de matéria seca observado e o consumo de matéria seca predito com base no peso corporal metabólico e no ganho médio diário durante o teste. 

“No Instituto de Zootecnia são utilizados dois sistemas de mensuração do consumo individual, o GrowSafe®, de tecnologia canadense, e o sistema nacional, denominado Intergado®. Os testes de eficiência da raça Senepol seguem o protocolo oficial do Instituto, e são conduzidos por, no mínimo, 100 dias. A dieta é fornecida, diariamente, em duas etapas, às 9h e às 15h, e é composta por 60% de silagem de milho e 40% de concentrado (milho, farelo de soja, núcleo mineral)”, detalha a pesquisadora.

Consumo individual de alimentos, ganho médio diário, medidas corporais (altura na garupa, perímetro torácico, comprimento do corpo e perímetro escrotal), características de carcaça por ultrassonografia (área de olho de lombo, espessura de gordura na costela e espessura de gordura da garupa) são alguns aspectos analisados. “Ainda há análise de características de fertilidade e precocidade nos machos, já nas fêmeas, há opção de avaliações de ultrassonografia com o objetivo de quantificar a população folicular e verificar a ciclicidade das novilhas” acrescenta a pesquisadora. 

De acordo com Joslaine, os testes realizados constaram ganhos médios diários de 1,40 e 1,50 kg/dia, para fêmeas e machos, respectivamente. “Resultado maior que o esperado de acordo com a formulação da dieta, mostrando que a raça Senepol tem um grande potencial para ganho de peso. As fêmeas consumiram em média 10,7 kg de matéria seca para cada quilo de peso corporal, já os machos consumiram em média 8,4 kg de matéria seca para ganhar um quilo de peso corporal. Os testes desenvolvidos pelo Instituto de Zootecnia permitem a identificação de animais mais eficientes que serão os futuros reprodutores e matrizes, além de expandir o conhecimento sobre as particularidades da raça Senepol, bem como na contribuição para a bovinocultura de corte nacional”, esclarece a pesquisadora.

Segundo a diretora técnica do Instituto de Zootecnia, um novo projeto de pesquisa está sendo realizado para avaliar a qualidade da carne de animais da raça Senepol, além de animais cruzados Nelore x Senepol. Até o momento, o projeto não foi finalizado. 

Saiba mais: Como se calcula o CAR? - Para realização dos testes de CAR, os animais são avaliados por no mínimo 100 dias (28 dias de adaptação+72 de teste) ou mais. Os pesquisadores registram nesse período o consumo alimentar diário observado e o ganho de peso dos animais. Obtém-se, então, o chamado consumo predito, que é o consumo alimentar diário observado ajustado para seu ganho de peso e seu peso corporal no período. A equação matemática usada para descobrir o Consumo Alimentar Residual é o consumo alimentar diário observado menos o consumo predito.

Consumo Alimentar Residual negativo (CAR-) é sinal de maior eficiência alimentar e o contrário é verdadeiro, ou seja, Consumo Alimentar Residual positivo (CAR+) é sinal de menor eficiência alimentar.

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Na noite desta segunda-feira (11), foi realizado o leilão que marca o encerramento da 11ª CowParade. A exposição ao ar livre contou com 57 vacas pintadas espalhadas pelas ruas do Recife, todas pintadas inspiradas na cultura regional e por artistas locais e alunos de escolas municipais. Destas, 48 esculturas foram arrematadas.

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No total, foram dados 506 lances, online e presenciais. A arrecadação da CowParade em Pernambuco, que foi a primeira edição no Nordeste, foi de R$ 400 mil. O valor será doado para instituições de caridade, sendo elas o GAC, a Casa do Amor e o Movimento Pró-Criança.

A CowParade surgiu com o artista suíço Pascal Knapp, que criou diversas esculturas em formato de vaca com a intenção de provocar o riso. Dois anos depois, os direitos autorais foram comprados pelo americano Jerry Elbaum responsável por fundar a CowParade Holding Inc. Desde então, mais de 5 mil esculturas de vacas foram criadas e expostas em todos os continentes, tendo passado por nove cidades brasileiras. 

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Trabalhadores de uma fazenda leiteira na Flórida batem, chutam e perfuram a pele das vacas com barras de aço, denunciou uma organização de defesa dos animais em um vídeo chocante que viralizou na internet.

Um dos empregados que aparecem no vídeo maltratando as vacas foi demitido, e os demais foram suspensos, disse nesta sexta-feira (10) à AFP Brittny Krause, porta-voz da Florida Dairy Farmers, que reúne mais de 130 granjas neste estado do sudeste dos Estados Unidos.

O vídeo editado de cinco minutos mostra vários funcionários batendo e chutando as vacas. Também as torturam com uma barra de aço, que fincam na cabeça e nas costelas dos animais, para forçá-los a permanecer dentro da sala de ordenha.

"As novas mães são socadas em suas sensíveis mamas", diz o narrador.

A Animal Recovery Mission (ARM), uma organização com sede em Miami que investiga os maus-tratos a animais, informou que o vídeo foi gravado por um agente disfarçado que trabalhou em agosto na granja Larson Dairy em Okeechobee, no centro da Flórida.

"Como resultado dos golpes contínuos e fortes, as vacas caem no chão", disse a ARM em um comunicado. "Batiam nelas repetidas vezes sem motivo aparente, e as feridas profundas e abrasões não tratadas eram evidentes".

O xerife do condado de Okeechobee, Noel Stephen, abriu uma investigação de maltrato animal na granja Larson Dairy, mas esclareceu que as instalações não serão fechadas porque as vacas ainda têm que ser ordenhadas.

"Haverá uma investigação criminal e acredito que haverá acusações criminais", disse Stephen na quinta-feira em uma conferência de imprensa.

O dono da granja, Jacob Larson, afirmou em um comunicado que "o comportamento que aparece neste vídeo vai contra tudo que nós acreditamos e não será tolerado".

A rede de supermercados Publix, a maior da Flórida, informou que suspendeu os pedidos da Larson Dairy Farm.

O vídeo foi divulgado na quinta-feira e, na manhã de sexta-feira, acumulava mais de 17.000 reproduções.

A partir desta sexta-feira (27), as 53 vacas pintadas especialmente para o CowParade serão expostas pela cidade do Recife. Essa edição da mostra marca os 11 anos da marca no Brasil, e a primeira vez no Nordeste. Para decorar as esculturas foram escolhidos pintores, escultores, grafiteiros, artesãos, arquitetos, designers e também amadores. Entre os principais nomes que contribuíram estão J. Borges, Derlon, Tereza Costa Rêgo, Dantas Suassuna, Roberto Ploeg e Raoni Assis, que inaugurou o projeto na capital pernambucana com uma pintura ao vivo no Marco Zero. Confira algumas das peças:

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Além das 53 esculturas, outras cinco serão produzidas por meio de ações sociais em escolas públicas. Nelas, será possível encontrar homenagens à cultura pernambucana, como referências a Naná Vasconcelos e Chico Science, ao Homem da Meia Noite, ao maracatu, frevo, caboclos de lança, xilogravuras, cana de açúcar, cordel e até mesmo o bolo de rolo.

Ao final da exibição, as vacas serão leiloadas e o lucro obtido com elas destinado a instituições beneficentes, segundo a organização. O leilão será realizado durante a exposição, que termina no dia 26 de novembro, e os lances poderão ser feitos online antes do leilão presencial, agendado para o dia 7 de dezembro. O valor mínimo para cada escultura será de R$ 6 mil.

A Cow Parade, um dos mais famosos eventos de exposição de arte de rua, aportou pela primeira vez no Nordeste brasileiro, e o destino escolhido para a sua 11ª edição no Brasil foi o Recife. Nascida na suíça, a exposição consiste na exposição de vacas estilizadas por artistas locais e que ficam espalhadas pelas cidades por onde passam. “O Marco Zero é o símbolo do Recife, e receber isso aqui, pela primeira vez no Nordeste, é muito importante. O evento tem repercussão internacional e colocará Recife nessa vitrine artística”, comentou Ana Paula Vilaça, secretária de Cultura, Turismo, Esportes e Lazer.

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Raoni Assis foi o eleito para realizar a tradicional pintura ao vivo da primeira vaca. O artista visual é um dos 55 artistas locais a pintar as vacas que serão espalhadas pela cidade a partir de outubro. Segundo o grafiteiro, a ideia para o desenho no animal esculpido tem inspiração em um texto lido recentemente por ele, ‘O Sertão’, de Ascenso Ferreira. “Hoje a gente começa o trabalho aqui a céu aberto, mas na verdade ainda vou passar um mês concluindo o projeto junto com outras pessoas em um galpão”, explica. Para a sua vaca, ele escolheu cores neons e um visual de caveira, que ainda será terminado ao longo do mês.

“Recife é, primeiramente, uma terra fantástica, Pernambuco é muito rico em artistas talentosos. Acho que vamos ter uma edição extremamente criativa. Vamos fazer as vaquinhas dançar o frevo, o maracatu”, disse Catherine Duvignau, representante da Cow Parade no Brasil. Ela destacou que a partir de hoje estão abertas as inscrições para os demais 54 artistas que tenham interesse em decorar as vacas. Para participar é necessário acessar o site da exposição, preencher a ficha de inscrição e enviar o desenho do projeto pensado para a pintura. A escolha será divulgada no dia 13 de setembro.

Os bombeiros de Alfenas, no interior de Minas Gerais, tiveram de resgatar neste sábado (6) três vacas que caíram na piscina de um clube da cidade. Os animais teriam entrado no local no início da manhã, provenientes de um pasto nas imediações do bairro Distrito Indústria.

Um funcionário foi quem localizou os bichos ao chegar para o trabalho, no Clube Náutico, por volta das 7h. Ele também detectou que havia uma cerca de arame rompida nos fundos da propriedade.

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A piscina tem 2 metros de profundidade e cordas foram usadas para retirar as vacas. Um dos animais não resistiu e acabou morrendo.

Uma ex-funcionária da Carioca Engenharia, empreiteira investigada na Operação Lava Jato, afirmou que comprou "vacas superfaturadas" da empresa Agrobilara Comércio e Participações Ltda com o objetivo de movimentar dinheiro em espécie que seria usado no caixa 2 da construtora. A Agrobilara tem como controladores membros da família Picciani, incluindo o ministro do Esporte, Leonardo Picciani.

O depoimento de Tania Maria Silva Fontenelle, que trabalhou na Carioca por quase 30 anos e saiu em 2015, foi dado em acordo de leniência da empreiteira com o Ministério Público Federal homologado em fevereiro deste ano pelo juiz Sérgio Moro. Na quinta-feira passada, 13, o magistrado ampliou o acordo a oito executivos da empreiteira.

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Em depoimento prestado em abril na condição de colaboradora, a ex-funcionária disse que "recebia solicitações de acionistas e diretores da Carioca Engenharia para providenciar dinheiro em espécie e assim procedia". Tania relatou que "para gerar tais recursos, quando eram solicitados, utilizava a contratação de outras empresas prestadoras de serviços, celebrando contratos simulados".

No caso da compra das vacas, a ex-funcionária afirmou que os animais foram efetivamente entregues, porém, parte do valor pago foi devolvida em espécie à Carioca Engenharia.

"Simplesmente atendia as solicitações de obter dinheiro em espécie e entregava a quem fazia a solicitação ou a pessoas da empresa por eles indicadas", disse Tania no depoimento."Obviamente sabia que a destinação dessas quantias era ilícita, para corrupção ou para doação eleitoral não-declarada; que, entretanto, não manteve contabilidade ou controle disso, pois estava há muitos anos na empresa, tinha a confiança dos acionistas e eram recursos não oficiais que normalmente entregava aos solicitantes", descreve termo de depoimento da ex-funcionária, que ocupou cargo de diretora financeira. Ela disse que, após deixar a empresa no ano passado, passou a prestar consultoria à Carioca.

Além do acordo de leniência, uma espécie de delação premiada da empresa, os donos da Carioca, Ricardo Pernambuco e Ricardo Pernambuco Júnior, fecharam acordos de colaboração na Lava Jato. Entre as denúncias apresentadas pelos executivos está o pagamento de propina ao deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) relativo a obras do Porto Maravilha, no Rio.

Comissão

Como contrapartida pelos negócios ilegais, segundo a ex-funcionária da Carioca, os envolvidos nas empresas recebiam comissões. "Essas empresas recebiam da Carioca Engenharia os pagamentos previstos nos contratos, retinham a parte referente à real prestação de serviços, quando havia, ficavam com uma comissão entre 25% e 30% e devolviam em espécie o restante."

Além do ministro, são controladores da Agrobilara o seu pai, o peemedebista Jorge Picciani, presidente da Assembleia Legislativa do Rio, e seu irmão, Rafael Picciani, secretário de coordenação de Governo da Prefeitura do Rio.

Agrobilara nega acusação e cobra provas de executiva

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Jorge Picciani (PMDB), pai do ministro do Esporte, Leonardo Picciani, afirmou na segunda-feira, 17, em nota que vai processar a matemática Tania Fontenelle, ex-funcionária da Carioca Engenharia.

"A Agrobilara, por mim presidida, está à disposição das autoridades para comprovar a improcedência das afirmações desta senhora, que será por nós processada e instada a provar que teria havido superfaturamento e/ou devolução de recursos em espécie da nossa parte, caso as informações do jornal a propósito de possível acordo de leniência se confirmem", afirmou Jorge Picciani.

"Desconhecemos quem seja essa senhora, que - caso a informação dada ao jornal seja verídica - está praticando um crime ao mentir para as autoridades. A família proprietária da Carioca é, como se sabe, antiga e conhecida criadora de gado Nelore. E a Agrobilara, como se sabe igualmente, uma das principais fornecedoras de genética de Nelore P.O. do Brasil."

Preços

Jorge Picciani também nega que a empresa tenha superfaturado qualquer venda de gado. "Todas as vendas feitas seguiram rigorosamente os preços praticados no mercado, e eventualmente até abaixo dele, com notas fiscais emitidas mediante cobrança bancária e impostos devidamente recolhidos. Todas as transações podem ser comprovadas, assim como as entregas e transferências de propriedade, através do livro de registro da ABCZ (Associação Brasileira de Criadores de Zebu)", completa a nota.

De acordo com dados da Receita Federal, a empresa da família Picciani tem capital social de R$ 40 milhões.

Além de Jorge, a reportagem procurou também o Ministério do Esporte, que informou que Leonardo Picciani está no Japão. A assessoria de imprensa da Prefeitura do Rio afirmou que só trata de assuntos institucionais da Secretaria de Coordenação de Governo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Arte urbana e cultural são as principais características do CowParade, que chega a sua 9ª edição, agora com o tema Belém 400 anos. Esse evento foi visto por mais de 500 milhões de pessoas em 36 países. A programação começa neste sábado (20) e segue até o dia 20 de setembro. Essa é a primeira vez que o evento será realizado na região Norte do país. O objetivo é celebrar o quarto centenário de Belém.

As pinturas e acessórios que compõem o trabalho dos artistas são inspirados na cultura do Pará. As lendas, a floresta amazônica e a arte marajoara também irão estampar as vacas em fibra de vidro. Para o estudante Kauê Cohen, 24 anos, receber esse evento será muito interessante para ampliar o conhecimento sobre a arte que é feita no Pará. “Espero ver a mistura de cores fortes para demonstrar a nossa realidade, como a gastronomia, o Ver-o-Peso e os símbolos que representam nossa cidade, nossas histórias e cultura”, disse Kauê.

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O CowParade é um evento de arte pública que reúne artistas locais de cada região que sede espaço para os trabalhos. Serão 50 vacas em fibra de vidro distribuídas em exposições públicas por diversos pontos urbanos da cidade, estilizadas pelos artistas.

Ao fim da exposição pública, as vacas ficarão expostas no shopping Grão-Pará até o dia 3 de outubro para anunciar o leilão da CowParade. Todo valor arrecado no leilão será revertido para instituições beneficentes de Belém. O lance mínimo para cada obra é R$ 5 mil. As vendas ocorrerão com lances ao vivo e através da internet. O CowParade Belém 400 anos resulta de parceria da rede de farmácias Extrafarma com a prefeitura da capital paraense.

SERVIÇO:

CowParade Belém 400 anos. Exposição pública: 20 de agosto a 20 de setembro. Exposição no shopping: até 3 de outubro.

Por Vanessa van Rooijen.

Xu Xiaochun, diretor de um ambicioso laboratório de clonagem chinês, não apenas prometeu 'fabricar' milhares de vacas, cavalos e cachorros, mas também garante dispor da tecnologia necessária para duplicar seres humanos.

O grupo Boyalife e seus parceiros estão construindo suas gigantescas instalações na cidade de Tianjin (norte), que abrirão dentro de sete meses e onde esperam criar um milhão de vacas antes de 2020.

Mas os bovinos são apenas uma primeira etapa no ambicioso projeto de Xu Xiaochun, de 44 anos, diretor-geral da empresa, que também quer clonar cavalos puro-sangue e cachorros policiais.

A Boyalife, em colaboração com a empresa sul-coreana Sooam e a academia chinesa de ciências, já está trabalhando na clonagem dos primatas que são usados na pesquisa científica. E no que diz respeito aos seres humanos, Xu garante que está tudo pronto.

"A tecnologia já existe (...) Se for autorizada, não acredito que haverá uma empresa melhor do que a Boyalife", garante Xu, afirmando que atualmente não está realizando nenhuma clonagem.

Os valores mudam, diz em referência aos debates éticos e morais sobre a clonagem, e lembra como mudou por exemplo a percepção social da homossexualidade.

"Infelizmente hoje a única maneira de ter um filho é que seja uma mistura de seu pai e sua mãe. Mas quem sabe no futuro haverá três possibilidades (...). Ou bem será 50 e 50, ou bem 100% do DNA do pai ou 100% do DNA da mãe", afirma.

A empresa considera que sua atividade garante a biodiversidade e tem previsto criar em Tianjin um banco de genes que armazenará até cinco milhões de amostras de células congeladas, uma espécie de inventário das espécies ameaçadas à espera que possam ser regeneradas.

Sooam, o parceiro sul-coreano da Boyalife, já está trabalhando no projeto de ressurreição de um mamute através de células de milhares de anos antiguidade descobertas sob o gelo na Sibéria. Esta empresa também oferece a seus clientes um serviço para clonar cachorros falecidos por um preço próximo a 100.000 dólares.

- 'Supervacas' -

O fundador da Sooam, o sul-coreano Hwang Woo-Suk, anunciou em 2004 ter criado células-tronco de um embrião humano, algo que acabou sendo falso. No entanto, continua a ser reconhecido por ter criado, em 2005, o primeiro cão clonado, Snuppy.

Este ano, Hwang anunciou sua intenção de trabalhar com empresas chinesas "porque as leis da Coreia do Sul sobre bioética proíbem o uso de óvulos humanos", explicou ao jornal sul-coreano Dong-A Ilbo, e não descartou usá-los no futuro.

Por enquanto, sua parceira chinesa Xu Xiaochun única aspira se tornar um líder mundial na criação de carne bovina "supervacas" clonadas com o mesmo DNA e cuja carne, promete, será tão saborosa quanto a famoso carne japonesa de Kobe.

Estes animais, garante, permitirão aos açougueiros "matar menos e produzir mais" para atender ao crescimento da classe média na China.

"Em um supermercado tudo é bom (...) todos têm a mesma forma, e até agora não conseguimos fazer o mesmo com os animais. Mas em nossa fábrica de clonagem, decidimos que iremos fazê-lo", afirma Xu.

Entretanto, não há consenso sobre se carne de animais clonados pode ter consequências negativas para a saúde. A Agência dos Estados Unidos para a Segurança dos Alimentos (Food and Drug Administration) garante que a carne é segura, mas o Parlamento Europeu quer proibi-la.

Han Lanzhi, especialista em transgênicos da academia chinesa de ciências agrícolas, alerta que as aspirações da Boyalife são preocupantes e pouco realistas.

"Obter uma permissão para clonar animais é um processo longo, por isso fiquei muito surpresa quando ouvi a notícia", explica, lembrando que há uma "regulamentação dura" para evitar abusos.

Xu Xiaochun responde que não há o que temer. "Queremos que o público se dê conta de que a clonagem não é uma loucura e que os cientistas não são pessoas esquisitas que usam jalecos escondidas atrás de portas fechadas fazendo experimentos estranhos".

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Cientistas argentinos desenvolveram uma tecnologia que transforma os gases emitidos pela vaca em combustível. A inovação pode ser usada como fonte de calor, para fazer funcionar aparelhos eletrônicos, além de abastecer um veículo.

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Ao mesmo tempo, a nova ferramenta ajuda a reduzir a poluição do ambiente. Já que os bovinos são responsáveis por emitir 14,5% de gases de efeito estufa por ano, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

Para capturar os gases, um tubo é inserido no aparelho digestivo do animal e é levado até uma espécie de mochila que fica acoplada nas costas da vaca. Em seguida, o material recolhido é purificado e comprimido até virar fonte de energia.

De acordo com o coordenador do projeto, o pesquisador do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (Inta) Ricardo Bualo, a quantidade de gases recolhidos varia do alimento ingerido pelo gado e do tamanho da amostra. “Uma vaca adulta emite cerca de 1.200 litros por dia, dos quais 250 a 300 são de metano, que podem ser usados para colocar em funcionamento uma geladeira de 100 litros de capacidade, a uma temperatura entre 2ºC e 6ºC por um dia inteiro" explica. 

O teto do estábulo em uma fazenda de criação de gado localizada na cidade alemã de Rasdorf quase veio abaixo após uma explosão provocada por gás metano. O acúmulo de gás foi resultado da flatulência e arrotos de cerca de 90 vagas que estavam no local.

A polícia informou em comunicado que "um foco de energia elétrica estática aparentemente denotou a explosão". O teto do estábulo ficou ligeiramente danificado e uma das vacas sofreu queimaduras leves. Nenhuma pessoa ficou ferida.

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O impacto ambiental da pecuária é elevado. O gado é capaz de liberar grande quantidade de gás metano por meio de arroto e flatulência. A polícia não informou a quantidade de gás acumulado no estábulo em Rasdorf, mas contou que as 90 vacas estavam fechadas no abrigo provavelmente por causa do frio. Fonte: Associated Press.

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