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A Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) convocou sete novos agentes socioeducativos aprovados na seleção pública simplificada realizada em 2018. A listagem com os convocados foi publicada, nesta quarta-feira (4), no Diário Oficial e também pode ser consultada no site da instituição.

Os aprovados devem comparecer à Funase, localizada no bairro dos Aflitos, Zona Norte do Recife, entre os dias 6 e 12 de maio, das 8h às 12h e das 13h às 15h, para a entrega dos documentos exigidos e que podem ser consultados no endereço eletrônico da organização. O não comparecimento do convocado será considerado desistência.

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O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) anunciou o oferecimento de cursos de qualificação profissional para reeducandos da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase). Ao todo, o Governo do Estado irá realizar um investimento de R$ 340.454,52 para atender cerca de 1.100 detentos.

Os cursos serão iniciados no final do mês de maio, com a abertura de 48 turmas em áreas como Lancheteria; Fabricação de Bolos e Tortas; Panificação; Fabricação de Salgados; Aplicador de Revestimento Cerâmico; Técnico em Execução de Alvenaria e Manutenção em Edificações – Elétrica, Hidrossanitária e Alvenaria.

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De acordo com a presidente da Funase, Nadja Alencar, os cursos foram escolhidos tendo como referência o levantamento de interesses realizado entre os socioeducandos e a trabalhabilidade da área de formação. Além das vagas contratadas pela Funase, a articulação com o Senai garantiu a ampliação das oportunidades por meio do programa de gratuidade.

As atividades serão realizadas nos centros de atendimento socioeducativo e no parque profissionalizante Professor Paulo Freire, da Funase. De acordo com a coordenadora do núcleo pedagógico do Senai, Vanessa Pedrosa, toda a infraestrutura da instituição será levada para os locais de formação dos socioeducandos.

A Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), instituição que é vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ) de Pernambuco, convoca 21 agentes socioeducativos para atuarem na Região Metropolitana do Recife (RMR).

Os profissionais estavam no cadastro de espera da Seleção Pública Simplificada, realizada em 2018. Eles são chamados de acordo com a ordem de classificação.  

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Os profissionais deverão comparecer entre os dias 4 e 8 de abril, na sede da Funase, localizada na Av. Conselheiro Rosa e Silva, nos horários das 08h às 12h ou das 13h às 15h, para entrega dos documentos para fins de contratação. O não comparecimento será considerado como desistência.  

A lista completa dos convocados pode ser acessada no Diário Oficial desta sexta-feira (01), e também no site da Funase

 

Internos da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, fugiram da unidade prisional na manhã desta quarta-feira (23). Doze jovens foram flagrados pulando o muro da Casa e correndo em grupo na direção oposta à unidade. Dois deles teriam até roubado a moto de um homem que cruzava a rua no momento da fuga. 

De acordo com a assessoria da Funase, a Polícia Militar foi acionada e segue na busca dos adolescentes, mas nenhum socioeducando foi localizado até o momento desta publicação. "Não houve feridos", afirmou nota da Fundação. 

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As Coordenadorias de Segurança e de Inteligência e a Corregedoria da Funase já se deslocaram e acompanham a ocorrência na unidade. 

Funase Garanhuns tem histórico de fugas 

Fuga de internos não é mais uma novidade na unidade agrestina da Funase. O último registro de tentativa de fuga ocorreu em fevereiro deste ano, quando dois agentes socioeducativos foram agredidos por socioeducandos. As vítimas foram alvo de chutes e pedradas, mas, de acordo com a Funase, sofreram ferimentos leves. 

Em dezembro, um agente da Fundação foi rendido por internos que elaboraram um plano de fuga da unidade prisional. Cerca de oito adolescentes participaram da ação, mas apenas um foi capturado pelos agentes socioeducativos. O menor de idade foi encaminhado a uma delegacia de polícia para nova avaliação legal. 

Nesta sexta-feira (08), A Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), anunciou por meio do Diário Oficial e do site oficial, a convocação de oito agentes socioeducativos, para atuação na Região Metropolitana de Recife. Os profissionais chamados por ordem de classificação, estavam em cadastro reserva da Seleção Pública Simplificada realizada em 2018.

Para fins de contratação, os candidatos devem conferir a relação de documentos necessários na página da Funase e comparecer até o dia 08 de março, na sede da Funase, localizada na Av. Conselheiro Rosa e Silva, 773, bairro dos Aflitos, Recife, nos horários das 08h às 12h ou das 13h às 15h. O não comparecimento será considerado desistência.

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Dois agentes socioeducativos foram agredidos por internos da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, nessa quarta-feira (2), durante uma tentativa de fuga. As vítimas foram alvo de chutes e pedradas, mas, de acordo com a Funase, sofreram ferimentos leves. A assessoria informou que o tumulto foi contido e que a unidade se encontra tranquila. O caso agora está sob responsabilidade da Polícia Civil. 

À ocasião, a Civil apreendeu os internos, dois adolescentes de 17 anos, e prendeu um homem de 45 anos, em flagrante. A corporação informou que os autores foram autuados por lesão corporal consumada após envolvimento em uma rebelião dentro do centro de internação.  

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Assim como os acusados, os funcionários, de 36 e 39 anos, passaram por atendimento médico. Todos os envolvidos foram levados para Delegacia de Polícia Civil para as medidas cabíveis. 

Histórico de fugas 

A Funase Garanhuns, que possui cerca de 70 socioeducandos, possui um histórico robusto de fugas e tentativas de fuga. Apenas em 2021, foram pelo menos seis episódios de fuga foram registrados, alguns consumados e com um grande número de saídas. O último caso havia sido em 27 de dezembro, quando oito adolescentes renderam um agente da unidade. Destes, apenas um foi alcançado pela polícia e levado à delegacia para reavaliação legal. Os outros sete fugiram. 

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Internos da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), em Pernambuco, realizarão, nos dias 9 e 16 de janeiro, o Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL). Ao todo, o Estado contabiliza cerca de 89 inscritos nesta edição da prova. A avaliação será aplicada em nove, das 11 unidades de internação, e em sete Casas de Semiliberdade (Casem), ambas administradas pela Funase.

De acordo com dados divulgados pela assessoria, o maior quantitativo de participantes está concentrado no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife, com 25 candidatos no total.

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"Mesmo com as dificuldades da pandemia, as equipes técnicas da instituição, junto às das escolas que funcionam nas unidades de internação, se empenharam na manutenção de atividades pedagógicas voltadas aos socioeducandos”, reforça a presidente da Funase, por meio da assessoria, Nadja Alencar.

Além da unidade do Cabo de Santo Agostinho, haverá Enem em Pirapama; Arcoverde; Vitória de Santo Antão; Petrolina; Timbaúba; Garanhuns; Santa Luzia, Recife; Caruaru; Harmonia; Santa Luzia; Petrolina e Garanhuns.

No primeiro dia do exame, os inscritos terão cinco horas e meia para a realização das questões de linguagens, língua estrangeira, ciências humanas e redação. Já no dia 16 de janeiro, os participantes realizarão provas de matemática e ciências da natureza em um período de cinco horas.

Um agente da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, foi rendido por internos que elaboraram um plano de fuga da unidade prisional nesse domingo (26). Os socioeducandos estavam no pavilhão quatro e por volta das 8h40 iniciaram a fuga. De acordo com a Funase, oito adolescentes participaram da ação, mas apenas um foi capturado pelos agentes socioeducativos. O menor de idade foi encaminhado a uma delegacia de polícia para nova avaliação legal.

Os outro sete fugitivos são procurados pela Polícia Militar. Em nota, a Funase afirmou que a fuga aconteceu apenas em uma das alas, que não houve feridos e que a unidade se encontra tranquila. Perguntada pelo LeiaJá sobre possíveis medidas para ampliar a segurança dos agentes e evitar as fugas de internos, a Funase não respondeu.

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Só em 2021, foram seis fugas no local, as cinco anteriores tendo envolvido um grande número de socioeducandos; a unidade tem cerca de 70 internos. Em agosto, quando os episódios foram mais frequentes, o gestor da unidade, Alfredo Gois, chegou a anunciar uma reestruturação na Case Garanhuns, que carece de melhorias na estrutura física e na disposição de cursos para os adolescentes.

Por fim, a Funase comunicou que a Coordenação do Case/Cenip Garanhuns, as Coordenadorias de Segurança e de Inteligência e a Corregedoria da Funase acompanham a ocorrência na unidade.

A Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), em parceria com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), lançou um projeto que pretende estimular a leitura dos jovens e adolescentes da fundação com intuito de antecipar a avaliação de processos. A iniciativa, que leva o nome de Nas Asas da Leitura, irá trabalhar, por meio de discussões, o senso crítico e o engajamento cultural dos socioeducandos, contribuindo para a reinserção produtiva desses jovens no convívio social.

O projeto não só prevê a a aplicação do acesso desses jovens ao acervo existente nos espaços de leitura da Funase, mas o acompanhamento do desempenho dos participantes por equipes do institutos e do MPPE. Os resultados das leituras e produções textuais terão a possibilidade de receber certificados. Atividades culturais também serão realizadas por meio de visitas a museus e teatros, além de exibição de documentários e oficinas de produção de vídeo.

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“O projeto foi criado a várias mãos, inspirado em algumas iniciativas exitosas, como a que temos em Arcoverde, e ficamos felizes de vê-lo se concretizar aqui nas unidades da capital e Região Metropolitana, desta vez, por meio de uma parceria tão importante com o Ministério Público de Pernambuco”, afirmou a superintendente da Política de Atendimento da Funase, Íris Borges.

Inicialmente, o projeto vai abranger o Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Jaboatão dos Guararapes, destinado ao público masculino, e o Case Santa Luzia, voltado ao público feminino e local do lançamento. Para Roberta (nome fictício), uma das adolescentes da fundação, a leitura é algo que você leva para vida. “Eu já tinha o hábito de ler quando estava fora da Funase. Herdei isso da minha mãe. Aqui, eu leio bastante também. A leitura é algo que você leva pra qualquer lugar, pra vida. Acho que essa ação que estão trazendo pra cá vai estimular muito mais”, avaliou, segundo informações publicadas pela assessoria de imprensa.

Nesta quarta (13) e quinta-feira (14), adolescentes e jovens internados ou em semiliberdade na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) em Pernambuco vão fazer o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos para Pessoas Privadas de Liberdade (Encceja PPL). Ao todo, 437 socioeducandos se inscreveram para as provas.

Em Pernambuco, o Exame será aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ligado ao Ministério da Educação (MEC), nas unidades da Funase espalhadas por nove cidades. 

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“É muito representativo que essas provas aconteçam dentro do ambiente socioeducativo, no espaço onde eles cumprem a internação ou semiliberdade”, comentou a coordenadora do Eixo Educação da Funase, Sônia Melo.

A participação no Encceja PPL é voluntária, gratuita, e permite que os socioeducandos consigam o certificado de conclusão do Ensino Fundamental ou Médio. A redução de adolescentes em atendimento pela instituição foi refletida na diminuição de inscritos em comparação à edição anterior.

No ano passado as provas não foram aplicadas. Em 2019, 507 socioeducandos participaram. Já em 2018, foram 427. 

Para a certificação do Ensino Fundamental, os adolescentes a partir de 15 anos completos na data de realização do Exame realizarão provas de Ciências Naturais, Matemática, Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Artes, Educação Física, Redação, História e Geografia.

Já para o Ensino Médio, os jovens a partir de 18 anos farão uma redação e respondem questões de Ciências da Natureza, Matemática, Ciências Humanas e Linguagens.

No último dia 1º de setembro, 16 jovens saíram juntos e sem algemas da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) de Arcoverde, no Sertão de Pernambuco. Nunca tantos internos haviam deixado aquela unidade de uma única vez. Não se tratava de fuga, motim ou algo do tipo. 

O grupo seguia para o Centro de Ensino Superior de Arcoverde (Aesa), a menos de dez minutos dali. No local haveria um evento de lançamento de livro e sessão de autógrafos. Era o livro escrito por eles. Era o autógrafo deles que as pessoas presentes esperavam.

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O livro "Diário da Tranca", editado pela Editora Cartonera, surgiu de um projeto desenvolvido pela pedagoga do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case/Cenip) de Arcoverde, Jedivam Conceição. São 49 textos escritos pelos internos entre setembro de 2020 e o último mês de julho. Os próprios adolescentes participaram da confecção das edições. A ideia nasceu a partir de uma sugestão do Judiciário, que propôs um projeto que se assemelhasse à remição pela leitura do sistema prisional, que reduz a pena do reeducando a partir da confirmação de leitura de obras. Jedivam Conceição queria algo adaptado para as particularidades dos jovens e que abarcasse até mesmo os que não sabiam ler.

A pedagoga estava presente na cerimônia de 1º de setembro. Enquanto acompanhava o evento, também transmitido ao vivo no canal da Funase do YouTube, Jedivam olhava para os garotos com um sentimento de orgulho. Perguntada sobre o que passava na cabeça dela naquele momento, diz que havia uma sensação de poder fazer a diferença. “É a sensação de transgressão. É a sensação de que a gente pode mudar esse sistema desde que não compactue com muitas práticas que ele reproduz”, conta.

Jedivam lembra da primeira vez que entrou no sistema. Era junho de 2013. Subiu as escadas e se deparou com as grades de ferro, de pintura desgastada em verde. Entre os espaços daquelas grades, várias mãos amontoadas, muitos olhares curiosos. “Quem é você?”, “Com quanto tempo estou?” e “Quando vai sair meu relatório?” foram algumas perguntas que ela ouviu ao cruzar aquele corredor. 

“Eu não tinha nenhuma noção do que era ser pedagoga em uma instituição dessa. Eu vim nessa expectativa de que seria difícil, só não sabia que seria tanto”, recorda. A dificuldade encarada por Jedivam não diminui a empolgação com a qual vai trabalhar. Mora em um apartamento localizado na mesma avenida do Case/Cenip. Levanta às 7h, se arruma, vai a pé e chega às 8h no local de trabalho. “Eu não sei viver nada sem meu coração estar ali inteiro. Eu nunca tive esse lugar de obrigação, eu não tenho esse sentimento, essas reclamações. Eu sempre digo que a pedagogia é minha paixão. Eu sou fascinada, tenho um tesão muito grande por aquilo que faço”, afirma.

A pedagoga desenvolveu o "Diário da Tranca" durante a pandemia de Covid-19, que em alguns momentos resultou na suspensão de visitas na Funase de Arcoverde. “Foi muito difícil ver aqueles meninos viverem o isolamento do isolamento. Sem que as famílias pudessem ver, sem que a equipe pudesse ir até eles”, conta Jedivam. As aulas também ficaram suspensas devido à crise sanitária e as atividades externas foram quase nulas. 

“Meu objetivo é que esses meninos sejam vistos. O projeto é feito pelos meninos. Não é feito com os meninos, é feito por eles. A gente não pode dizer o que é bom para o outro, a gente precisa construir com o outro”, completa a educadora. A obra foi desenvolvida no âmbito do projeto intitulado Clube Castelar, que montou uma sala de leitura dentro de um contêiner na unidade socioeducativa. No Clube Castelar, os adolescentes são estimulados a ler e escrever e conversar sobre os temas trabalhados nos livros. Essa participação resulta em relatórios técnicos que são incorporados aos processos dos internos, tendo peso positivo na avaliação da Vara Regional da Infância e Juventude. O termo ‘castelar’, muito usado pelos jovens no sistema, significa “refletir”, “pensar”.

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Divulgação

M.H., de 17 anos, castelava enquanto encarava a grade do seu cubículo na manhã de 28 de junho. Pensava na mãe. Resolveu escrever sobre isso. “(...) era pra eu estar na rua fazendo a coisa certa, mas estou aqui longe da minha família, sabendo que posso não amanhecer vivo. Mas com fé em Deus vou sair desse lugar e viver em paz, sem matar, sem roubar”, afirma em uma das páginas do livro.

M.H. está há sete meses na unidade. Responde por ato infracional análogo à tentativa de latrocínio. Diz que durante uma briga levou pedradas de três homens. Resolveu revidar dias depois, acertando um tiro nas costas de um deles.

O jovem sonha concluir os estudos e um dia se tornar médico cardiologista - objetivo que almeja desde o dia que a avó morreu de um problema no coração, quando ele tinha uns dez anos. M.H. parou de estudar no sétimo ano. “Não queria mais estudar. Só queria fazer corre, ficar traficando”, relata em uma conversa por telefone. M.H. está envolvido com o tráfico de drogas desde os 14 anos.

“Estou decidido a não me envolver mais, quero mais essa vida não”, acrescenta. "Se eu sair daqui, vou ver se faço uma faculdade ou um curso. Não quero mais voltar para cá. Vou fazer de tudo para não fazer nada errado", diz. 

Na biblioteca da unidade, M.H. teve acesso a livros diversos. A obra que mais gostou diz se chamar "Beijo Francês". "É que é tudo misturado, tem romance, aventura, tudo junto. É como se ela encontrasse o amor verdadeiro, amor eterno, não só passageiro", analisa.

Fora da Funase, não costumava ler. “Nas ruas a gente não vê oportunidade. Muita gente julga você pela aparência, pelo jeito do cara andar. Não sabe que você tem coração puro, aí você tem a oportunidade de entrar na vida do crime”, comenta. M.H. diz que nas oficinas de leitura é diferente, que todos os jovens são iguais. “Tem gente que acredita na gente, sabe o que nós somos de verdade.”

Jedivam afirma que M.H. é um jovem de grande potencial. “Ele é extremamente dedicado e comprometido com as atividades que faz. Se ele tiver oportunidades para fazer aquilo que ele deseja fazer, vai muito longe.”

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R.V., de 17 anos, foi um dos que mais escreveu textos para o "Diário da Tranca". Sete ao todo. Nos escritos, tece análises sobre os livros que lia na unidade. Inicialmente, classificou 'O Senhor dos Anéis', de J.R.R. Tolkien, como sem graça. “Eu leio e não saio do canto.” Mas a opinião foi mudando com o avançar da história. “Mesmo sem saber o final da história, eu já estou gostando dela, pois até sonhar com a história do livro eu sonhei”, assinalou. Também aprovou 'As crônicas de Nárnia', de C.S. Lewis. “Ótimo livro que me fez pensar muito. Chegando no final, você se emociona como se fosse real aquela história.”

Não foi apenas crítico de obras, também escreveu sobre saudade e solidão". “Acordei com vontade de chorar, mas eu não queria que os outros colegas de cela me vissem triste por não ter conseguido ver minha mãe antes de ser sentenciado a seis meses”, escreveu em sua primeira contribuição, em 23 de setembro de 2020. “Eu abraçava minha mãe, mas sabia que seriam algumas horas só, que iria acabar e eu passaria mais 15 dias sem ver ela”, conta o jovem à reportagem.

A mãe de R.V. temia muito a ida do filho para a Funase, pois ele tinha o hábito de se cortar. A automutilação não se repetiu dentro do Case/Cenip e Jedivam acredita que o Clube Castelar teve um papel nisso. “Eu só pensava em me cortar, só vinha esse pensamento. Mas, eu percebia que eu devia apreciar a passagem ou a paisagem natural. Ver o pôr do Sol, ver o céu azul, as estrelas, a Lua, ver a cidade de cima e poder saber que o mundo é grande e eu preciso explorar o mundo todo”, declarou R.V. entre as páginas 14 e 15 do livro.

Desde que deixou a Funase, ele tem trabalhado ajudando o tio, que é pintor. Também está constantemente desenhando, seu passatempo preferido. Pensa em concluir o ensino médio e lembra com carinho da participação no diário. “Foi uma coisa maravilhosa, eu não sabia que ia se tornar um livro. Se eu pudesse fazer de novo, gostaria muito de fazer outro”, diz.

Segundo R.V., o livro evidencia que o sistema socioeducativo não é só violência. “As pessoas que não sabem o que nós passamos lá dentro vão ter a oportunidade de saber como é”, ressalta ele, que considera ter sido transformado pelo Clube Castelar. “Eu estava pensando em fazer coisa errada, mas quando cheguei no Clube Castelar, fui mudando o pensamento. Decidi sair e virar trabalhador. Estou nessa até hoje, fazendo de tudo para não voltar a fazer coisa errada.” O adolescente teve a maior nota na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2020 entre todos os garotos do sistema socioeducativo de Pernambuco que fizeram as provas.

"Ele é aquele menino que sempre teve vários sonhos e não teve a oportunidade de vivenciá-los, é de uma família sem muitos recursos, tem uma mãe com vários filhos. Ele queria muito ir para a academia, mas não consegue e faz uns pesos em casa; quer muito aprender violão, mas não tem condições de pagar um curso", detalha Jedivam. "Uma das coisas mais felizes que vivenciei com ele é que quando ele ganha livros, é como se ganhasse na loteria. A gente já deu livros e ele ficou fascinado.”

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Paula Cibelle, coordenadora-geral do Case/Cenip Arcoverde, diz que se emocionou com a cerimônia de lançamento de "Diário da Tranca". “A gente via a alegria de cada um. Eles agradecem pela oportunidade de serem ouvidos - não ouvidos pela equipe, pelo juiz, mas pela sociedade”, destaca. “Ninguém viu ali um adolescente da Funase. Era um grupo de adolescentes que estava lançando um livro”, ela completa.

A coordenadora está no cargo desde fevereiro de 2019 e garante que de lá para cá tem obtido “saltos excepcionais”. Conta que na noite do evento um representante do batalhão da Polícia Militar (PM) local agradeceu por estar no recinto como convidado e não para dar apoio em uma ocorrência. “Ele disse ‘são dois anos praticamente que a Funase de Arcoverde não nos pede ajuda’”, lembra Paula. 

Tanto Paula quanto Jedivam destacam o quanto a unidade é pequena. Com capacidade para 26 adolescentes, era uma antiga cadeia pública. “Há poucos espaços para atividades. Mas, contamos com funcionários que fazem oficina, como de aplicação de gesso, feltro e jardinagem”, diz a coordenadora. 

Paula elogia o trabalho feito pela pedagoga Jedivam e atribui também a ela os “saltos excepcionais”. “Eu falo ‘lá vem tu com tuas loucuras, mas pode fazer. Me diga o que você precisa’.”

Uma das ‘loucuras’ feitas por Jedivam foi pedir que não houvesse agente socioeducativo dentro da sala de leitura. “Uma das coisas que na instituição é regra é que sempre tem que ter um agente socioeducativo junto do adolescente em qualquer atividade, fora ou dentro da instituição", diz Jedivam. "E uma das coisas que estabeleci desde o começo foi ‘eu não quero nenhum agente comigo, eu dou conta. Me deem o rádio e se precisar eu chamo’”. 

Ela costuma levar grupos de dez adolescentes para o Clube Castelar. Traz uma garrafa de café, uns biscoitos. “Faz toda a diferença. Uma coisa é um atendimento em que estou de um lado da mesa, eles do outro e um agente na porta. Outra coisa é um espaço de leitura, onde podem ler o que quiserem, comem biscoito, brincam, conversam e estabelecem relações.”

Era à sala de leitura que J.V., de 17 anos, ia para atenuar a saudade do único filho, que tinha poucos meses de nascido. Harry Potter e Bella Swan fizeram companhia para o jovem, que respondia ao ato infracional análogo ao crime de furto. Ele não assumiu a autoria, mas foi apreendido em flagrante e passou sete meses na unidade.

As visitas na Funase de Arcoverde ocorriam a cada 15 dias, por causa da pandemia. Mãe e esposa do jovem intercalavam as visitas. O bebê não podia visitar o pai por causa dos protocolos sanitários. “E eu tinha medo de alguém da família ir me visitar e pegar a doença”, lembra o adolescente.

J.V. escreveu um único texto para o livro. Foi no dia que o filho completou quatro meses de nascido. “Hoje eu acordei muito triste por não estar presente com meu filho. Ele está completando quatro meses e não estou com ele. (...) Quando sair, quero trabalhar e ajudar meu filho”, declarou na obra.

Ele saiu e conseguiu um emprego. Mora com a esposa e o filho, agora com um ano e dois meses, em uma casa modesta, de R$ 150 de aluguel. Começou a trabalhar de ajudante de pedreiro com um tio e recebeu R$ 200 pelo serviço realizado na última semana.

“Eu vou trabalhar com o que aparecer para ganhar dinheiro. Com um filho, tenho que trabalhar no que vier”, diz. J.V. espera no futuro ter tempo para concluir os estudos à noite. Quer um dia sair da casa de aluguel. Avalia que aquela sala de leitura na Funase de Arcoverde é capaz de mudar a visão de mundo e dar esperança aos adolescentes. “Participar das atividades muda a pessoa, faz querer sair dali para construir sua vida.”

***

Paula Cibelle, a coordenadora-geral do Case/Cenip Arcoverde, comemora o baixo número de reincidentes, ou seja, de jovens que voltam para a Funase após conseguir a liberdade. De 2019 para cá, ela calcula que três ou quatro voltaram à unidade e, em alguns desses casos, por causa de descumprimento da liberdade assistida. 

“A gente oferece sim a ressocialização. Mesmo dentro de todas as peculiaridades, a gente consegue oferecer”, afirma ela. “Eu acredito muito no nosso trabalho, sou apaixonada pelo meu trabalho.”

A pedagoga Jedivam Conceição não acredita na capacidade de ressocialização das unidades prisionais e socioeducativas. Defensora do abolicionismo penal, ela sustenta que a sociedade é que deveria se educar para receber esses adolescentes.

"É como se o menino não tivesse sido socializado, é negar muito a história. O Estado foi negligente com esse jovem todo o período até os 12 anos. A partir dos 12 anos pode punir, então agora o Estado vai punir", ela critica.

"A Funase é uma lixeira social em que se coloca aquilo que não é bonito", continua a pedagoga. "Eu digo aos meninos todos os dias: 'vocês não estão na Funase só pelo ato infracional, estão porque são pobres, pretos, de periferia, porque estavam evadidos da escola ou não são escolarizados'. O filho de rico quando quer usar droga e não tem dinheiro rouba dos pais, o pobre vai para a rua roubar."

Jedivam sonha em ampliar o projeto do diário. Quer levar a ideia para as escolas públicas e comunidades. "Um lugar que eu sempre quis estar é com esses meninos que saem. Se já eram vulneráveis antes de entrar na instituição, continuam muito mais porque saem com o estigma de que estavam privados de liberdade. R.V. e outros confidenciaram que queriam continuar no projeto, continuar lendo os livros que estavam lendo, só que não têm acesso", explica a pedagoga.   

Em determinada ocasião durante a pandemia, um dos socioeducandos ofereceu o benefício de R$ 50 que recebia por mês para comprar álcool em gel para Jedivam. “Você não pode adoecer”, dizia, profundamente preocupado. Durante o telefonema com a reportagem, o adolescente M.H. classificou a pedagoga como uma pessoa especial, muito boa e guerreira. “Para onde ela vai, ela sempre leva a gente no coração”, afirmou. “O que M.H. disse para você sobre mim é maior do que qualquer prêmio que eu possa receber”, diz ela.

Por meio de editoras independentes, "Diário da Tranca" tem circulado no País e já foi levado para Portugal, Chile e Peru. Projetos semelhantes estão sendo planejados para unidades da Funase no Recife e em Jaboatão dos Guararapes. A obra estará disponível na próxima Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, que será realizada de 1 a 12 de outubro no Recife.

Nesta quarta-feira (18), Pernambuco começa a imunizar adolescentes entre 12 e 17 anos que estão na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase). O novo grupo foi incluso no Plano Nacional de Operacionalização (PNO) contra a Covid-19 no dia 30 de julho.

Conforme levantamento da Funase, 496 socioeducandos menores de idade estão aptos a receber a primeira dose. A maioria está no Recife, que aloja 167 jovens.

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Os demais estão nas unidades do Cabo de Santo Agostinho (79), Jaboatão dos Guararapes (41), Timbaúba (30), Vitória de Santo Antão (40), Caruaru (60), Garanhuns (36), Arcoverde (18) e Petrolina (25). A Funase informa que as doses para o público já estão nas 12 Gerências Regionais de Saúde.

Maiores de idade já iniciaram o ciclo de imunização

A entidade lembra que também acomoda jovens entre 18 e 21 anos. A faixa etária vem sendo imunizada desde junho, conforme os calendários dos municípios. "Até o momento, 290 socioeducandos maiores de 18 anos já receberam ao menos uma dose da vacina contra o coronavírus", informou em nota.

Em todo o Estado, 749 adolescentes e jovens estão em atendimento pela Funase. 

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Ampliação das vacinas para a juventude

“Não apenas na Funase, mas fora dela também, temos adolescentes com deficiência, adolescentes grávidas, puérperas e lactantes e que, agora, recebem essa ação de saúde", lembrou o secretário estadual de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, Sileno Guedes. Além dos adolescentes privados de liberdade, a Lei Federal 14.190/21 incluiu na imunização os adolescentes com deficiência permanente, com comorbidades, gestantes e puérperas.

Mais 18 internos fugiram da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, nessa quarta-feira (11). Esta é a quarta fuga neste mês, que registrou a evasão de 30 adolescentes antes de completar 15 dias, aponta a entidade.

Só nesta semana, 24 internos conseguiram deixar a unidade. Seis fugiram na terça (10) e mais 18 na manhã dessa quarta (11).

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Procurados

As duas primeiras fugas em agosto ocorreram na semana passada. No dia 2, dois socioeducandos escaparam e no sábado (7), outros quatro fugiram do local. Ao todo, 30 internos fugiram neste mês e 19 foram recapturados, informa a Funase. 

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A reincidência de casos em um intervalo de 13 dias indica falhas de segurança na unidade. Contudo, a Funase ressalta que não há superlotação em Garanhuns, nem déficit de agentes.

Troca de direção

Na quarta (11), 71 jovens estavam no local, que disponibiliza de 101 vagas e possui o mesmo número de profissionais de segurança, destaca a entidade. A crise ocorre em meio à troca de comando da unidade. O novo diretor Alfredo Gois tomou posse na última sexta (6).

Mais uma fuga de internos foi registrada na unidade socioeducativa Case/Cenip Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, nesta terça-feira (10). É a quarta fuga ocorrida em agosto na unidade, que tem novo gestor desde a última sexta-feira (6).

Segundo a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), seis adolescentes escalaram o muro da unidade. A Polícia Militar (PM) foi acionada, mas não houve recaptura até o momento. "Não houve tumulto nem a participação de outros adolescentes", diz a instituição em nota.

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A Funase declarou que a nova gestão está avaliando cenários e tomando medidas para impedir as fugas. "Está sendo providenciada, por exemplo, a substituição do coordenador operacional do Case/Cenip Garanhuns, responsável pelo comando do efetivo de agentes socioeducativos", informou. Também está em andamento a elaboração de um projeto arquitetônico, que reforçaria a estrutura física e a segurança das instalações. 

No momento da fuga desta terça, o Case/Cenip Garanhuns, que tem 101 vagas, atendia 77 socioeducandos. Já o efetivo total é de 101 agentes socioeducativos divididos por plantões, número que atende a proporção de segurança definida na lei do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), ressalta a Funase.

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As autoridades ainda tentam localizar os quatro internos que fugiram da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco. Eles deixaram a instituição após pular o muro da unidade, por volta das 16h do sábado (7).

De acordo com a Fundação, os quatro jovens escalaram o muro, pularam e embarcaram em um veículo que os esperava do lado de fora. A Polícia Militar foi acionada e começou as buscas, mas até o momento nenhum foi recapturado.

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Qualificação estrutural

Sem detalhes sobre as medidas para evitar novos casos, a Coordenadoria de Segurança da unidade garante que já está adotando providências para reforçar a segurança estrutural do local.

Vagas na unidade

Segundo levantamento da coordenação, o efetivo de agentes socioeducativos era compatível ao número de socioeducandos no dia da fuga, que era de 81 jovens. Ao todo, a Funase de Garanhuns dispõe de 101 vagas.

Dois adolescentes fugiram da unidade socioeducativa Case/Cenip Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, na segunda-feira (2). Eles foram recapturados pela Polícia Militar (PM) no início da noite.

Segundo a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), os socioeducandos conseguiram escalar o muro da unidade. Ninguém ficou ferido.

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A Funase informou que também não houve tumulto na unidade. O caso será apurado pela Corregedoria da instituição.

A Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ) e a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) reforçaram, em portaria conjunta publicada no Diário Oficial, a proibição de revistas vexatórias nas unidades socioeducativas de Pernambuco. Segundo a Funase, objetivo é dar mais destaque a uma medida já prevista desde 2019 em uma normativa da fundação, o Procedimento Operacional de Segurança Socioeducativa (POSS).

São consideradas revistas vexatórias aquelas que violam direitos e garantias fundamentais da pessoa humana, "o que está terminantemente proibido de acontecer nos espaços de atendimento a socioeducandos e de recepção a visitantes e funcionários da Funase", declara a Funase. O órgão ressaltou que a orientação já era repassada em capacitações introdutórias e formações continuadas promovidas presencialmente ou online com agentes socioeducativos iniciantes ou que já exerciam suas atividades na Funase.

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A portaria prevê que os servidores que não observarem a orientação estarão sujeitos a processos administrativos instaurados pela Corregedoria da Funase. Denúncias sobre o descumprimento das determinações contidas na portaria podem ser encaminhadas à Ouvidoria da fundação por meio do telefone (81) 3184.5411 ou do e-mail ouvidoria@funase.pe.gov.br.

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Um interno de 18 anos morreu após receber uma descarga elétrica dentro da unidade socioeducativa Case/Cenip Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, na noite da terça-feira (29). Segundo a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), o interno foi encaminhado ao Hospital Regional Dom Moura, mas faleceu no percurso para a unidade.

O jovem era atendido pela instituição há um ano e um mês. Segundo informações preliminares da Funase, ele recebeu um choque dentro do seu alojamento.

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Assim que perceberam a situação, outros socioeducandos que estavam no mesmo local pediram ajuda da equipe de agentes. O interno chegou a receber os primeiros socorros de uma enfermeira da unidade.

Em nota, a Funase lamentou o ocorrido. “A Funase, que já está prestando assistência à família do jovem, manifesta consternação pelo ocorrido e envidará esforços pela célere investigação interna sobre o caso e pela identificação de responsabilidades, por meio de sua Corregedoria”, diz a instituição. A ocorrência também foi encaminhada à Polícia Civil.

De forma paralela à vacinação contra a Covid-19, outra campanha nacional de imunização também está abrangendo o sistema socioeducativo: a da gripe. Desde o início de junho, cerca de 200 socioeducandos e já receberam o imunizante em Pernambuco, por meio de uma articulação entre o Eixo Saúde da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) e as secretarias de Saúde do Estado e dos municípios onde a instituição tem unidades.

A Funase diz que a previsão é de que, gradativamente, a aplicação de doses alcance a totalidade desse público, que é composto por 772 adolescentes e jovens privados de liberdade.

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A campanha já passou por unidades como os Centros de Internação Provisória (Cenip) Recife e Santa Luzia e os Centros de Atendimento Socioeducativo (Case) Santa Luzia, Jaboatão dos Guararapes e Vitória de Santo Antão. Já os servidores dessas e de outras unidades da Funase, instituição vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ) de Pernambuco, estão sendo orientados a procurar postos de vacinação em seus municípios de domicílio ou de trabalho.

Vale lembrar que a vacina contra a gripe não protege contra o novo coronavírus, nem a da Covid-19 protege contra a gripe. Por isso, é importante receber os dois imunizantes, desde que respeitado o intervalo de, pelo menos, 14 dias entre a aplicação das doses.

As visitas familiares nos presídios e cadeias públicas de Pernambuco serão retomadas a partir da quarta-feira (16). Decisão acompanha os decretos estaduais que flexibilizam as atividades em algumas regiões do estado e estabelece mudanças no plano de convivência.

Segundo a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), os protocolos de prevenção da Covid-19 seguem mantidos, incluindo o uso obrigatório de máscara e álcool em gel para visitas e pessoas privadas de liberdade; e visitas a cada 15 dias, com três horas de duração e restritas a um único visitante por preso, não podendo ser gestante, criança ou idoso. O visitante é identificado pelo número de prontuário do preso.

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A Seres ressalta que a autorização de visitas nos estabelecimentos penais é condicionada à situação da pandemia do novo coronavírus no Estado. "O intuito é preservar a saúde dos servidores, PPLs, familiares e a população em geral", declara a pasta.   

Sistema socioeducativo

A Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) decidiu suspender visitas em Arcoverde, no Sertão. Nas demais 12 unidades, as visitas presenciais estão liberadas e podem ocorrer conforme calendário definido em cada localidade.

Segue permitido o acesso de apenas um visitante por socioeducando, desde que cumprido protocolo que inclui o uso de máscara na entrada e durante o período de permanência na unidade, a higienização das mãos e manutenção do distanciamento social.

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