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Um interno de 18 anos morreu após receber uma descarga elétrica dentro da unidade socioeducativa Case/Cenip Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, na noite da terça-feira (29). Segundo a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), o interno foi encaminhado ao Hospital Regional Dom Moura, mas faleceu no percurso para a unidade.

O jovem era atendido pela instituição há um ano e um mês. Segundo informações preliminares da Funase, ele recebeu um choque dentro do seu alojamento.

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Assim que perceberam a situação, outros socioeducandos que estavam no mesmo local pediram ajuda da equipe de agentes. O interno chegou a receber os primeiros socorros de uma enfermeira da unidade.

Em nota, a Funase lamentou o ocorrido. “A Funase, que já está prestando assistência à família do jovem, manifesta consternação pelo ocorrido e envidará esforços pela célere investigação interna sobre o caso e pela identificação de responsabilidades, por meio de sua Corregedoria”, diz a instituição. A ocorrência também foi encaminhada à Polícia Civil.

Suspensas desde o início de abril, as visitas às unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) serão retomadas a partir deste sábado (15), em Pernambuco. A liberação ocorre mediante protocolo sanitário, com uso de máscara, aferição da temperatura e limite de um visitante por socioeducando.

Com as novas regras, alimentos perecíveis não estão autorizados e embalagens devem ser higienizadas nas portarias. Sem contato presencial a mais de quatro meses, as visitas ocorrerão aos sábados e domingos, devido a menor circulação no transporte público.

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Em algumas localidades, como Vitória de Santo Antão, que tem uma Funase na zona rural, esse calendário será flexível por conta das dificuldades de acesso. Os familiares estão sendo orientadas sobre dias e horários para visitas em cada região. Cada um só poderá ser visitado a cada 15 dias de forma alternada, para que menos famílias estejam nas instalações a cada fim de semana.

A decisão impacta 737 adolescentes e jovens, e cerca 2.300 servidores, que atuam em regime especial.  “Vale lembrar também que as visitas virtuais terão continuidade. O projeto foi um sucesso, com mais de 2,8 mil videochamadas. É, inclusive, um estímulo para que as pessoas não saiam de casa com a mesma frequência de antes da pandemia e possam manter contato com os socioeducandos com que têm vínculo”, lembra a presidente da Funase, Nadja Alencar.

Adolescentes da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) estão recebendo atendimento odontológico em uma parceria da instituição com a Faculdade de Odontologia do Recife (FOR). Todas as quartas-feiras, a instituição de ensino, localizada em Santo Amaro, área central da capital, reserva cinco vagas para socioeducandos.

O acompanhamento é feito por alunos da FOR com supervisão dos professores. Os pacientes são oriundos do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Pirapama, no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, e do Case Santa Luzia, no Recife, voltado a adolescentes do sexo feminino. O intuito é atender mais unidades da Funase no futuro por meio de termo de cooperação técnica.

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Na primeira consulta, os jovens passam por uma adequação do meio bucal, sendo submetidos a procedimentos como remoção de tártaro e aplicação de flúor. Se forem identificadas outras necessidades, como de canal da raiz dentária ou mesmo de extração, a FOR elabora um tratamento para os pacientes.

A vaga é preenchida por outro socioeducando quando o tratamento de algum que já participa é concluído. Até o ano passado, antes da formalização da parceria, a faculdade já havia desenvolvido uma experiência de atendimento a jovens do Case Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. "Está sendo gratificante fazer esses atendimentos aos socioeducandos da Funase e, em especial, às socioeducandas, que têm vindo em maior número. Sabemos que alguns desses jovens nunca tinham ido ao dentista antes. Estamos fazendo para o próximo aquilo que gostaríamos que fizessem com a gente", destaca o coordenador de Extensão da FOR, Rodolfo Scacuzzi.

A FOR é mantida pela Fundação Odontológica Presidente Castello Branco (FOPCB), fundada há 47 anos. A faculdade, que não tem fins lucrativos, conta com 35 professores, 130 alunos e tem as ações de responsabilidade social como uma de suas marcas ao longo de seus 17 anos de existência. Em outros municípios onde a Funase tem unidades, o atendimento odontológico também é assegurado aos socioeducandos por meio da rede básica de saúde do entorno ou com a presença de profissionais das prefeituras.

Com informações da assessoria

No domingo (12), Dia das Mães, unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) em Pernambuco realizaram atividades pedagógicas com as genitoras dos internos. Outras ações em alusão a data também foram realizadas ao longo da semana.

Entre as atividades da Casa de Semiliberdade (Casem) Areias, no Recife, ocorreram café da manhã, música ao vivo e a apresentação de um coral composto por socioeducandos. O evento teve ainda a presença de um cover do cantor Reginaldo Rossi.

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Outra unidade da Funase que promoveu ações de Dia das Mães foi o Casem Casa Amarela, Zona Norte da capital. Houve distribuição de presentes e um bingo com participação das mães e dos adolescentes.

As unidades voltadas para o público feminino também realizaram festividades. No Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Santa Luzia, Zona Oeste do Recife, houve apresentações, culto religioso e sorteio. No centro de Internação Provisória (Cenip) Santa Luzia, a programação se estendeu para funcionárias e tias e avós das socioeducandas. No Casem Santa Luzia, as adolescentes prestigiaram uma roda de música com a presença de um ex-socioeducando da Funase.

No Cenip Caruaru, no Agreste, os jovens fizeram uma decoração especial com corações e flores para a recepção das mães, que receberam brindes. Enquanto no Case/Cenip Arcoverde, no Sertão, ocorreu uma festividade na quadra. O Casem Petrolina, Sertão, comemorou a data com vídeos, músicas e brindes.

Houve ações do Grupo de Orientação sobre Drogas voltado às famílias dos internos do Case Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife. Ao longo desta semana, outras três unidades - Abreu e Lima, Timbaúba e Caruaru - vão promover atividades alusivas à data. Na sede da Funase, as homenagens foram voltadas às funcionárias que são mães.

Todas as 23 unidades prisionais do Estado agora possuem o projeto Remição de Pena pela Leitura. O último estabelecimento a receber o programa foi o Presídio de Itaquitinga (PIT), na Zona da Mata de Pernambuco. Entre as cadeias públicas, a de Verdejante é a primeira a receber o Remição.

Atualmente, 4780 reeducandos participam do projeto, que possui um percentual de aprovação de 55%. Na última semana, educadores selecionados para atuarem no projeto em Itaquitinga e Verdejante participaram de uma formação continuada sobre instruções normativas de segurança necessárias às aulas do projeto.

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Fundado em 2016, o Remição de Pena Pela Leitura é uma iniciativa do Governo de Pernambuco e tem o objetivo de oferecer às pessoas privadas de liberdade o desenvolvimento crítico de leituras de obras e produção de resumos ou resenhas. Para cada obra lida, resumida ou resenhada, com nota igual ou acima de seis, o reeducando garante a redução da pena em sete dias.

 

Um agente socioeducativo ficou ferido durante uma tentativa de fuga no Centro de Internação Provisória (Cenip) Recife, no bairro do Bongi, Zona Oeste do Recife, na noite do domingo (7). Os adolescentes não conseguiram fugir.

De acordo com a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), o agente sofreu um ferimento leve, recebeu atendimento médico e passa bem. Não foi divulgada informação sobre jovens feridos. O caso ocorreu em apenas um alojamento, de forma isolada, diz a fundação.

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Os menores foram contidos pelos agentes socioeducativos. A Polícia Militar foi acionada para dar apoio. O caso está sendo acompanhado pela Corregedoria e pela Coordenadoria de Segurança da Funase.

Sete unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) estão funcionando como seções eleitorais especiais. A instalação das urnas eletrônicas teve o objetivo de garantir o voto dos adolescentes internados e dos funcionários que estão de plantão.

São locais de votação os Centros de Atendimento Socioeducativo (Case) de Abreu e Lima, Cabo de Santo Agostinho, Timbaúba, Vitória de Santo Antão, Caruaru, Petrolina e o Case/Cenip Garanhuns. Estão aptos a votar quaisquer socioeducandos com idade a partir de 16 anos, de forma facultativa, e com 18 anos ou mais.

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Em parceria com o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), a Funase assegurou a emissão de títulos eleitorais para 427 adolescentes que não possuíam documento. A medida foi adotada até 9 de maio deste ano, prazo para o alistamento eleitoral em todo o Brasil. O Case Cabo, por exemplo, recebeu uma unidade itinerante do TRE-PE para agilizar o cadastramento.

Entre junho e setembro, ainda por meio da parceria entre as duas instituições, o TRE-PE promoveu palestras nas unidades da Funase, conscientizando os socioeducandos sobre o significado do voto. A atividade faz parte do Programa Eleitor do Futuro, desenvolvido pelo tribunal.

A última etapa da parceria consistiu na instalação de urnas eletrônicas nos centros e casas administrados pela fundação onde há mais de 20 eleitores. Os menores infratores de outras unidades foram conduzidos até os cartórios eleitorais mais próximos. Segundo a Funase, a votação está acontecendo de forma tranquila.

A Justiça concedeu a progressão das medidas socioeducativas de quatro adolescentes do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Caruaru, no Agreste, após os jovens concluírem o curso de Eletricidade Veicular no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFPE). Segundo a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), os menores ganharam liberdade assistida por apresentarem comprometimento com as aulas e bom comportamento. 

Após receberem a certificação, os jovens ganharão liberdade assistida com prestação de serviços comunitários. Ao todo, foram 44 horas/aulas nas segundas e quartas-feiras, das 8h às 12h, no Campus Caruaru ao longo de pouco mais de um mês. Nas aulas, foi utilizada uma bateria de carro doada pelo Sindicato dos Lojistas do Comércio de Caruaru (Sindloja).

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A Funase destaca que além de certificado e liberdade, foi importante para o grupo ter conhecido a rotina de da instituição, laboratórios, salas de aula e a biblioteca. "Saindo do Case, a gente vai fazer diferente. O que fizemos de errado é passado. Agora é vida nova e mundo novo”, declarou o socioeducando W.S. “Vou lutar para que essa história mude. E já está mudando. Quero que ele seja um cidadão de bem”, complementou a mãe do adolescente M.A., outro que concluiu o curso.

O juiz da Vara Regional da Infância e Juventude de Caruaru, José Fernando Santos, responsável pela análise dos processos de adolescentes em conflito com a lei em 42 municípios de Pernambuco, lembrou que, na aula inaugural do curso, ocorrida em maio, havia se comprometido a reavaliar as medidas socioeducativas cumpridas pelos alunos, desde que concluíssem as aulas. O estímulo foi considerado determinante para que eles chegassem à certificação. Esta é a primeira parceria do tipo firmada entre o IFPE e a Funase.

Com informações da assessoria

Desde o início do mês, o Governo de Pernambuco havia sido informado do risco iminente de rebelião na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) de Caruaru, no Agreste. Na noite do domingo (30), um motim na unidade resultou em sete mortos.

As informações sobre o risco de um grande tumulto constam no relatório construído pelo Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop), no início do mês de outubro. Na ocasião, representantes do Gajop estiveram na Funase de Caruaru justamente para apurar denúncias de uma possível rebelião violenta e uma ocorrência envolvendo adolescentes feridos após um procedimento de revista. 

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A visita ocorreu no último dia 7 de outubro. No dia 10, o relatório foi entregue ao Conselho Estadual de Direitos da Criança e Adolescente (CEDCA), do qual fazem parte representantes da sociedade civil e do governo. A última folha do relatório apresenta recomendações, todas aprovadas na reunião do CEDCA.

Os internos relataram ao Gajop que havia uma tendência à rebelião porque o tratamento estava desumano. O clima na unidade já se encontrava tenso no início do mês, quando eles estavam há três semanas sem sequer tomar banho de sol, nem realizar qualquer atividade socioeducativa. 

Diferentes versões

A ocorrência com adolescentes feridos aconteceu no dia 5 de outubro. Na versão do diretor da unidade, identificado como Paulo Pinto, e do chefe de segurança, identificado como Florêncio, é contado que três adolescentes de 17 anos estavam de posse de um celular. Eles teriam se negado a entregar o aparelho ao agente socioeducativo que, ao tentar buscar o objeto, foi atingido por um aparelho de TV e um DVD.

O agente teria revidado a agressão, o que causou um tumulto, com adolescentes de outras casas da unidade batendo nas grades; a polícia precisou ir ao local para intervir. Os três adolescentes permaneceram na unidade enquanto o agente conseguiu licença médica. Na versão dos três adolescentes, o relato do ocorrido é um pouco diferente. Eles confessaram ao Gajop que de fato existia um celular que eles se negaram e entregar. Os agentes, então, usando toucas ninjas, teriam apagado as luzes da casa 01 e, com os três adolescentes sem roupa, teriam realizado agressões com barrotes de madeira.

Um dos adolescentes contou ter levado uma furada de punhal na perna direita e choque elétrico. Contaram ainda ter havido uso indiscriminado de spray de pimenta contra todos os adolescentes da casa 01, que teriam ficado assustados e aí começado a bater nas grades. Consta no relatório que os adolescentes disseram ter a polícia ido ao local, mas sem chegar a intervir na situação. 

Além disso, o relato dos adolescentes também menciona que os agentes acusaram um dos adolescentes de ser tarado. O objetivo seria provocar um dano maior ao menor, visto que essas práticas não são aceitas pelos internos. Os adolescentes, mesmo com escoriações e hematomas visíveis, não haviam sido levados ao atendimento médico. Eles revelaram o nome dos agentes agressores diante do chefe de segurança.

Pressão de movimentos sociais

Após a visita, o Gajop recomendou uma denúncia ao Ministério Público de Caruaru com o objetivo de interditar a Funase de Caruaru. O relatório foi entregue, nesta segunda-feira (31), ao Ministério Público da Vara Regional de Infância e Juventude de Caruaru.

LeiaJá questionou à Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude como a rebelião com sete mortes veio a acontecer, mesmo a pasta estando ciente da possibilidade. De maneira simplória, a secretaria respondeu apenas que está ciente das questões levantadas e que a Funase trabalha para enfrentar o problema de lotação em suas unidades.

A nota da secretaria aponta que o governo está construindo mais uma unidade no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR), e outra em Jaboatão, também na RMR. Ainda, estão sendo finalizadas a unidade de Arcoverde e a reforma no Centro de Informação Provisória (Cenip), no Recife. Por fim, a nota alega que os agentes socioeducativos são treinados dentro da política de respeito aos direitos humanos.

O Movimento Nacional de Direitos Humanos de Pernambuco (MNDH-PE) enviou uma nota de repúdio ao que chamaram de “caos no sistema socioeducativo em Pernambuco”. A carta lembra que no intervalo de cinco dias 11 internos morreram, contando com o motim da Funase de Timbaúba. 

O texto ainda pedia que o governador Paulo Câmara se pronunciasse firmemente com relação à efetivação do Estatuto da Criança e do Adolescente, com recursos e investimentos. O movimento ainda solicitou que o secretário de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, Isaltino Nascimento, e o presidente da Funase, Moacir Carneiro Leão, sejam afastados do cargo.

Resposta imedita: Funase terá novo presidente a partir de amanhã

Após as mortes e denúncias contra a Funase, o governador Paulo Câmara designou a mudança na presidência da Fundação. Sai Moacir Carneiro Leão e entra o advogado Roberto França. A nomeação será publicada no Diário Oficial do Estado, nesta terça-feira (1°).

"Franca tem uma larga experiência no serviço público, na área de Direitos Humanos e Justiça, e acredito que é a pessoa certa para realizar uma reformulação imprescindível na Funase", declarou Câmara. O novo gestor terá um prazo de 60 dias para apresentar um plano de reestruturação. 

Na tarde desta sexta-feira (8) foi registrado um tumulto com tentativa de fuga na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) do Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife. Um óbito foi registrado e outro interno ficou ferido.

Com chamas em colchões e móveis, os socioeducandos provocaram uma rebelião iniciada por uma briga interna, resultando na morte de um dos internos, de 18 anos, por perfurações de arma branca. A assessoria da Funase afirma que a vítima também teve queimaduras pelo corpo, impossibilitando a identificação ainda hoje. 

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Além disso, outro interno teve leve ferimento na perna, provocada pela quebra de um vaso durante a correria no pavilhão três, onde aconteceu a confusão. 

A unidade com capacidade para 166 socioeducandos está, atualmente, funcionando com 356 internos. Quanto a esse aspecto, a Funase afirma que é realizado um trabalho recorrente de melhoria da estrutura das unidades e de convívio entre os reeducandos.   

Adolescentes da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) atearam fogo em colchões da unidade de Abre e Lima, na Região Metropolitana do Recife (RMR), na noite da quinta-feira (31). O Corpo de Bombeiros enviou duas viaturas ao local para combater as chamas.

Segundo a Funase, o tumulto foi controlado sem grandes dificuldades, após a chegada da Polícia Militar. Apenas um jovem com asma precisou ser encaminhado a uma Unidade de Pronto Atendimento após se sentir cansado devido à inalação de fumaça. 

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O incêndio causou danos às instalações físicas da unidade, mas ainda não se sabe o nível de comprometimento das estruturas. Não há informações sobre as causas do motim.  

A unidade de Jaboatão dos Guararapes da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), na Região Metropolitana do Recife, inicia, na tarde desta terça-feira (9), o primeiro curso de robótica da instituição socioeducativa. A ação é fruto de uma parceria entre a Secretaria da Criança e Juventude com a Universidade de Pernambuco (UPE).

De acordo com a diretora da unidade, Elusiane Oriá, 44 socioeducandos, com idades de 12 a 15 anos, participam das aulas. Os jovens estão no ensino fundamental e estudam na própria unidade.

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Ricos, pobres, velhos, jovens, negros, brancos, homens, mulheres. Todas as pessoas possuem o direito de sonhar. Independentemente da condição social, os indivíduos têm metas e objetivos a serem alcançados. Até em situações extremas, em meio às dificuldades, há quem acredite que ainda realizará um desejo, mesmo que pareça impossível.

Em um contexto desfavorável para uma vida digna, jovens entram no mundo do crime e passam a enxergar um futuro cada vez mais negativo, sem esperança. Porém, mesmo em condições adversas, há quem tenha sonhos.  Essa realidade é possível de encontrar entre jovens socioeducandos da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), na cidade de Caruaru, no Agreste de Pernambuco.

A reportagem do Portal LeiaJá foi até o local no início desta semana para conhecer o projeto UPEEDUCA, da Universidade de Pernambuco (UPE). Nos corredores da Fundação, cercado por muros e grades enormes, agentes de segurança e jovens detidos, nossa reportagem encontrou um socioeducando com uma história triste, mas, com um sonho em mente. Ele quer ser cantor.

“Minha vida sempre foi amargurada. A minha mãe foi para a Europa e me deixou quando eu tinha 12 anos. Até hoje não sei onde ela está. Não tenho família”, relata o jovem, atualmente com 17 anos. De acordo com o socioeducando, por não ter casa e nem familiares, ele acabou indo morar no bairro dos Coelhos, área central do Recife. “Fui morar com os traficantes da favela e entrei para o mundo do crime. Comecei a traficar e vivi com o que o mundo me ofereceu”, conta ele.

A adolescência do jovem foi marcada pelo consumo desenfreado de drogas, assaltos, roubos, entre outros crimes. Por tudo isso, acabou sendo preso e levado para a Funase do município do Cabo de Santo Agostinho. Em janeiro deste ano, a unidade passou por uma rebelião que resultou em três mortes e vários detentos feridos. “Tentaram me matar. Eu estava na cela e uns caras queriam arrombar o cadeado para acabar com a minha vida. Só fiz me ajoelhar e pedir que Deus me salvasse”, relata. Por causa do problema, ele foi transferido para a Funase de Caruaru. Com uma ficha imensa, o socioeducando não sabe ao certo quando vai sair. “Eu não conto os dias para sair, porque algumas pessoas dizem que isso enlouquece”, fala.

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O sonho
O desejo de ser cantor vem desde pequeno. Pelos problemas familiares, ressalta que nunca teve oportunidade para executar este “projeto”. Em Caruaru, o socioeducando afirma ter se tornado um religioso cristão. “Só vou cantar músicas gospel. Ainda vou realizar o meu sonho”, almeja.

Todavia, ele tem outro sonho. Com a pele marcada com o nome “Sandra”, e um desejo que há tempo não é saciado, a distância da mãe o entristece bastante. “Dia de visita eu vejo todo mundo com as suas mães e familiares e eu fico só. É muito ruim ver todo mundo alegre e eu sem ninguém. Queria que a minha mãe voltasse. Eu não tenho nada, e não sei para onde vou quando sair daqui”, conta. 

 
 

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