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O Brasil silenciou ao saber da morte do exímio sanfoneiro, instrumentista, cantor e compositor José Domingos de Morais, o nosso Dominguinhos. Querido por todos, ele teve como mestre Luiz Gonzaga e foi, sem dúvidas, o melhor representante do Rei do Baião.

 

Além do carisma, a marca registrada do sanfoneiro eram a simplicidade e a humildade. Durante toda sua trajetória, que começou lá aos 8 anos, quando impressionou Luiz Gonzaga, Dominguinhos construiu um legado de seguidores que tem o sanfoneiro como principal referência de formação musical. Uma formação intuitiva que não precisou de escola para encantar a todos.

Dominguinhos fez grandes parcerias musicais. Elba Ramalho, Nando Cordel e Gilberto Gil foram apenas alguns. Canções de sucesso como “Isso Aqui tá Bom Demais”, “Gostoso Demais”, “Eu Só Quero Um Xodó”, “Lamento Sertanejo”, “De Volta Pro Aconchego”, são apenas algumas das que foram eternizadas pelo grande sanfoneiro.

O trabalho de Dominguinhos é mais uma prova de que pouco importa o sotaque ou origens quando trata de fazer música. Pernambucano, ele não abandonou o baião, contudo, acabou por consolidar uma carreira musical própria, englobando gêneros musicais diversos como bossa nova, jazz e pop.

Em seu site oficial, Dominguinhos é definido como “um músico que é a síntese de diferentes elementos como talento, inspiração, força de vontade, perseverança e oportunidade. Uma mistura que resulta em arranjos e harmonias”. Ele era isso e era muito mais.

Um talento criativo. Sem dúvidas essa é a melhor definição que pode se ter de Dominguinhos. Entretanto, não apenas criativo. Dominguinhos carregava consigo o dom da música, registrada em 42 discos lançados durante a carreira e que foi completamente consagrada quando, em 2002, ganhou o Grammy Latino com o “CD Chegando de Mansinho” e em 2010, quando foi o vencedor do Prêmio Shell de Música.

Com seu falecimento, os amigos perderam um companheiro, a família perdeu um ente querido, o Nordeste perdeu um representante legitimo de sua cultura e o Brasil perdeu, sem dúvidas, o seu maior sanfoneiro. Se sua luta contra o câncer durou pouco mais de 6 anos, a cada vez que alguém cantar “olha que isso aqui tá muito bom, isso aqui ta bom demais”, Dominguinhos será eternamente lembrado.

Se já estava propenso a entrar na disputa, com a pesquisa do Ibope, apontando-o como o mais popular do País, o governador Eduardo Campos (PSB) ganhou um alento para tentar sair do isolamento e viabilizar seu projeto nacional.

Embora lidere o ranking entre os 11 Estados mais importantes do País, Eduardo ainda é o pré-candidato menos conhecido entre todos os que estão de olho no Planalto. Além disso, não alicerçou ainda a sua candidatura em cima de uma base partidária consistente. Para ser encarado potencialmente, o governador necessita de uma base ampla e sólida.

Hoje, ele só conta com o seu partido e isso cria dificuldades para um projeto nacional, porque as campanhas presidenciais são feitas, hoje, basicamente, pela televisão, no horário eleitoral. Sozinho, o PSB tem menos de dois minutos no chamado guia eleitoral, tempo insuficiente para apresentar projetos e discutir os problemas do País.

Para viabilizar mais tempo no rádio e na televisão, o PSB teria que atrair pelo menos mais duas ou três legendas capazes de garantir entre quatro a cinco minutos. A princípio, o governador contava com o PSD e o MD, legenda resultante da fusão do PPS com o PMN.

Mas a fusão está ameaçada e o PSD ganhou um Ministério, forçando o ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, a não assumir qualquer compromisso com o PSB. Por isso mesmo Eduardo abriu negociações com o PDT e PTB. Fala-se também no PMDB, que estaria rompendo com Dilma. Tudo, entretanto, continua no reino da especulação.

Como o tempo está passando, até outubro, um ano antes da eleição, o governador tem que viabilizar apoios. E o fato de liderar o ranking dos governadores melhores avaliados do País, chega, sem dúvida, como um forte ingrediente para atrair aliados.

EM BAIXA– Pertencem ao PMDB, PSDB e PT os governadores com maiores índices de reprovação. Pela ordem, Sérgio Cabral (PMDB), do Rio; Geraldo Alckmin (PSDB), de São Paulo; Marconi Perillo (PSDB), de Goiás e Tarso Genro (PT), do Rio Grande do Sul. Entre os melhores, o PSDB tem dois – Beto Richa, do Paraná, e Antônio Anastasia, de Minas. Já o PT não conseguiu emplacar nenhum, enquanto o PSB, além de Eduardo em primeiro, tem o cearense Cid Gomes em segundo.

Palavra empenhada – Em entrevista, ontem, ao Frente a Frente, o governador Eduardo Campos assumiu o compromisso em executar o desassoreamento da barragem de Brotas, em Afogados da Ingazeira. “Mas só podemos fazer qualquer intervenção no reservatório depois de garantir outra fonte de abastecimento para o município e isso se dará com poços emergenciais e em definitivo com a Adutora do Pajeú”, afirmou.

Os caloteiros– O deputado Luiz Henrique Mandeta (DEM-MS) caiu de pau nos prefeitos durante audiência pública na Câmara para tratar do programa “Mais médicos”. Médico por formação, afirmou que nenhum médico se aventura a trabalhar no Interior porque a maioria dos prefeitos dá calote, não cumpre com o que acerta com os profissionais da área de saúde.

PSB namora PDT– Segundo o colunista Ilimar Franco, de O Globo, Eduardo é candidatíssimo a presidente e já teria oferecido a vaga de vice ao PDT. Seu nome preferido é o senador Osmar Dias, que tem planos para disputar o Governo do Paraná. Os entendimentos do governador estão sendo feitos diretamente com o presidente do PDT, Carlos Lupi.

A vez de Lyra?– Se a aliança do PSB com o PDT se confirmar no plano nacional em torno da candidatura do governado pernambucano, o vice-governador João Lyra, principal lideranças pedetista no Estado, pode desistir do projeto de filiação ao PSB, porque seria  beneficiado como provável candidato a governador pela aliança oficial.

CURTAS

AVALIAÇÃO– Postarei logo mais uma pesquisa do Instituto Opinião, de Campina Grande, parceiro deste blog, sobre a avaliação dos seis primeiros meses da gestão da prefeita de Arcoverde, Madalena Britto (PTB). O levantamento foi feito no último fim de semana num universo de 600 eleitores do município.

BATEU FOFO– Diante da pressão das entidades médicas representativas da sociedade, que foram às ruas protestar, o Governo desistiu de impor a estudantes de Medicina das universidades privadas estágio obrigatório no SUS, conforme prevê a Medida Provisória enviada ao Congresso.

Perguntar não ofende: O PMDB chantageia ao ameaçar romper com Dilma? 

Foram quinze anos de pesquisa, troca de experiências e saberes; foram quinze anos de estudos, mobilização de instituições sérias e respeitáveis mestres das ciências sociais para que o trabalho incansável do Professor de Economia do MIT, Daron Acemoglu e do Professor de Administração Pública de Universidade de Harvard, James Robinson, fizesse chegar ao público o livro Porque as nações fracassam. As origens do poder, da prosperidade e da pobreza, editora Elsevier, 2012.

No percurso de 357 páginas, apoiadas em centenas de ensaios, fontes bibliográficas e outro tanto de referências, os autores tratam de um tema antigo, recorrente e que mereceu diversificada construção teórica de Montesquieu, Adam Smith, Max Weber, Jared Diamond, buscando a causalidade da pobreza e da riqueza das nações, ora no clima, na cultura, na geografia e no peso das instituições o que  assegurou, em 1993, o prêmio Nobel de economia a Douglass North.

De fato, a complexidade do assunto levou os autores a um impressionante percurso. Visitaram todos os continentes; mergulharam no passado remoto e recente das nações; analisaram contingências, lideranças, evoluções, involuções e revoluções que influenciaram transformações, tudo culminando com uma tese simples.

A tese afirma o seguinte: nações que têm instituições políticas e econômicas inclusivas funcionam e prosperam; as que têm instituições políticas e econômicas extrativistas estão condenadas à pobreza, embora ressalvem que “Nenhum país está condenado a ser pobre para sempre”.

Ao definir o que venham a ser as mencionadas instituições, não hesitam em afirmar o primado da política sobre a economia a despeito da sinergia virtuosa que produzem e se fortalecem numa relação simbiótica.

Inclusivas são Instituições políticas alicerçadas na estabilidade política, na boa qualidade da democracia, da educação e na “destruição criativa” da inovação tecnológica de modo a alimentar e retroalimentar-se de instituições econômicas inclusivas que propiciem ambiente de segurança jurídica, disseminação de oportunidades e incentivos ao empreendedorismo.

Em oposição, as instituições extrativistas beneficiam a concentração de poder na mão de poucos e carregam o vício da “lei férrea das oligarquias” que perpetuam o statu quo apesar das mudanças que se esgotam na troca de aparências.

No esforço de demonstração da tese, a comparação das localidades gêmeas, a Nogale americana e a Nogale mexicana, Coréia do Norte e Coréia do Sul, acrescida do exemplo de Botsuana, permite uma compreensão mais rápida do objetivo da obra. Repito, a tese é simples. Nem por isto, admite uma visão simplista do mundo que é muito mais complicado do que atraentes teorias. Construir ou reformar, manter e solidificar instituições é obra de séculos e legado de gerações. Organismos vivos, as instituições merecem cuidados especiais e permanentes. Sua longevidade depende da força das virtudes cívicas; sua destruição, um estalo de insensatez.

A esta altura, cabe a pergunta: o que o livro e a tese nele contida têm a ver com o Brasil.

Com efeito, os países emergentes, China, Índia e Brasil, não passam em branco no olhar dos autores que se declaram realistas. Constatam. Não fazem profecia. E eis o que dizem sobre o Brasil: “O empoderamento das camadas mais populares assegurou que a transição para a democracia correspondesse a um movimento em direção a instituições políticas inclusivas – constituindo-se, portanto, em elemento central na emergência de um governo comprometido com a prestação de serviços públicos, expansão educacional e condições de fato igualitárias” (p.355).

Em entrevista na edição de 09 de junho de 2010 da revista Veja, antes do lançamento do livro, Acemoglu afirmou: “O Brasil estagnou. Hoje a economia não é rósea, mas é mais competitiva, mais dinâmica. Continuar? Ou os dinossauros vão parar outra vez? Essa é questão-chave”.

Em entrevista em 30/03/2012 na revista Época, o livro já lançado nos Estados Unidos, Acemoglu confirma sua visão positiva do Brasil, mas repete a advertência anterior sob outro argumento: “Não podemos prever o futuro. O Brasil está no rumo correto. O poder agora está muito mais bem distribuído, mas quem garante possa haver um processo de reversão por alguma contingência? A política é um negócio muito complicado. É difícil projetar quem consegue monopolizar o poder político ou usá-lo de maneira incorreta”.

A contingência é o estrondo das ruas. O desafio é o que fazer com ele.

O Brasil perdeu Dominguinhos, o Nordeste está chorando. Garanhuns, a sua terra natal, recebeu a pior notícia, mas já esperada, porque o mestre da sanfona estava agonizando há muito tempo num leito de hospital  em São Paulo.

Dominguinhos era um gênio. Na sanfona, na composição, na forma de cantar e encantar multidões. A sua maior arma era a simplicidade. Olhar para Dominguinhos, com aquele seu jeito de matuto, enchia os olhos de qualquer um, porque dele não brotava simplicidade artificial.

Tive o cuidado de ler o depoimento de quase todos os artistas famosos que conviveram com Dominguinhos e todos destacaram essa humildade contagiante do sanfoneiro, que se projetou na vida pelo seu talento, ganhando fãs com a beleza das suas músicas e o talento de fazer a sanfona chorar.

“Ele era um exemplo de humildade sem tamanho. Tinha o dom de tocar bem e ter o pé no chão”, disse Oswaldinho do Acordeon. Nana Caymmi disse que Dominguinhos era uma pessoa iluminada.

“Se você olha no rosto dele – disse Nana – enxerga aquele nordestino preocupado com a seca, preocupado com as coisas daquele povo tão sofrido do País. Cantar com Dominguinhos foi uma das coisas mais importantes da minha vida”.

O mestre Dominguinhos iluminou muitas vidas através da sua música, do seu jeito especial de ser. Até o sorriso dele era diferente, bonito. Sem a sanfona de Dominguinhos, o Nordeste fica mais triste, mais pobre, órfão.

Djavan disse que Dominguinhos era um músico extraordinário e seu talento plural permanecerá para sempre como uma das maiores referências da nossa música. Para Danilo Caymmi, Dominguinhos era completo: compositor de grande quilate, uma riqueza melódica difícil de encontrar hoje. Ele como melodista transcendia o som, a música nordestina.

Dominguinhos não tolerava avião e percorreu o País inteiro de carro. Tenho impressão que não era nem por medo de avião, porque nas suas andanças, conhecendo as pessoas e os lugares, na verdade ele encontrava inspiração para tantas músicas bonitas que compôs.

Como disse a cantora Sandra Sá, o mundo está sem palavras com a morte de Dominguinhos.

QUEM TEM RAZÃO?– Os números do Ibope apontando Eduardo Campos como o governador mais popular do País serão divulgados hoje, pela CNI, coincidentemente no mesmo dia em que a oposição em Pernambuco apresenta uma pesquisa na qual o socialista está em queda. Em quem acreditar: no mais conhecido instituto do País ou no levantamento encomendado pelo bloco oposicionista?

Barata tonta – Apontado como o pior governador do País, Sérgio Cabral (PMDB), do Rio, está mais perdido do que cego em tiroteio. Recuou, ontem, no decreto que cria a Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo em Manifestações Públicas. Desistiu de quebrar os sigilos telefônico e eletrônico dos manifestantes envolvidos em vandalismo.

Bateu duro– Numa teleconferência, ontem, José Serra deu mais uma demonstração de que será candidato ao Planalto, mais uma vez. Atacou sem piedade a presidente Dilma. “Esse Governo não tem gestão, não sabe nem rimar lé com cré”, disse. E acrescentou: “Nunca vi um time de ministros tão fraco como esse. Lembra-me muito os últimos seis meses de Jango e os últimos dias de Collor”.

Globo vira alvo– O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), também andou rasgando o verbo e apontando a sua metralhadora, mas em direção á TV-Globo. Disse que só está sendo atacado pela emissora dos Marinhos por ter cobrado uma dívida de R$ 7 milhões ao Estado. Em nota, disse que a verdade prevalecerá em referência ao programa Jampa Digital, supostamente superfaturado.

Tributo ao sanfoneiro– Dominguinhos, cujo corpo será velado hoje na Assembleia Legislativa a partir das oito da manhã, ganhou, ontem, em Garanhuns, uma homenagem especial do cantor Maciel Melo durante o Festival de Inverno. Tão talentoso quanto Dominguinhos, Maciel teve que mudar o repertório para dedicar seu show ao velho mestre.

CURTAS

BARRAGEM– Em Serrita, ontem, o secretário estadual de Agricultura, Aldo Santos, assinou com o prefeito Carlos Cecílio (PSD) ordem de serviço para conclusão da barragem do Sítio Traíras, importante obra hídrica iniciada nos anos 80 e a ordem de serviço também de duas barragens na zona rural do município.

MONITORAMENTO– O prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT), fez, ontem, uma reunião do secretariado no mesmo sistema de monitoramento de ações criado pelo governador Eduardo Campos. Durante o encontro, Queiroz fez uma avaliação também dos seis primeiros meses da sua segunda gestão.

Perguntar não ofende: A pesquisa do Ibope anima Eduardo a se manter no páreo da corrida presidencial? 

Numa conversa, ontem, em Brasília, com o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, o marqueteiro pernambucano Marcelo Teixeira, da Makplan, saiu convencido de que o ex-governador de São Paulo, José Serra, disputa, mais uma vez, o Palácio do Planalto.

Serra sinaliza, segundo relato de Freire a Teixeira, para a disputa por uma nova legenda, estando, assim, com os dias contados no PSDB, partido que já tem um candidato em campanha: o senador mineiro Aécio Neves.

Duas legendas estão sendo analisadas por ele: o PSD e o PPS, sendo a primeira a preferida. Serra ficaria mais a vontade do PSD pelo fato de o partido estar sob o controle de um velho aliado – o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

E o que mudaria na sucessão presidencial? Para Marcelo Teixeira, as oposições só tendem a ganhar com o ingresso de Serra, porque o ex-governador tem forte inserção no eleitorado do Sudeste, especialmente em São Paulo, garantindo, portanto, a realização do segundo turno.

Quem fica com uma pulga atrás da orelha com esse fato novo é Aécio, porque ganharia um forte concorrente no bloco oposicionista. Serra tira os votos preciosos que Aécio precisaria em São Paulo para ir ao segundo turno.

Marina Silva, que não tem ainda legenda para concorrer, provavelmente venha a ser a mais beneficiada com a divisão, porque assistiria de camarote uma briga entre Serra e Aécio, uma vez que seu eleitorado, hoje em torno de 20%, segundo a última pesquisa CNT, é diferenciado, sem o mesmo perfil daqueles que preferem Serra ou Aécio.

COM DILMA – Na passagem por Brasília, Marcelo Teixeira ouviu, também, da parte do ministro do Trabalho, Manoel Dias, com quem tem uma boa relação, que o PDT está fechado com a reeleição da presidente Dilma. Na condição de secretário-geral do PDT, Dias controla o partido com mão de ferro ao lado do presidente da legenda, o ex-ministro Carlos Lupi. Se Eduardo Campos alimentada esperanças de contar com o apoio do PDT que cuide de cair na real.

Frio na barriga – O ministro da Integração, Fernando Bezerra Coelho, levou um tremendo susto, ontem, em Caruaru, quando o avião que o transportava não conseguiu pousar por causa do tempo fechado. O piloto ainda tentou, mas a pedido do ministro, arremeteu e regressou para Brasília.

Ingressos para Copa– Convidado pelo ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, o diretor-presidente do PROCON-Recife, José Neves, embarcou, ontem, para Brasília para uma reunião sobre a venda de ingressos da Copa do Mundo, que já começa em setembro próximo. Os Procons de todo o País serão orientados como proceder em relação a reclamações sobre venda e preços.

Pegou ar– O ministro da Agricultura, Antônio Andrade, cancelou sua presença, hoje, na solenidade de doação ao Governo do Estado de 25 mil toneladas de milho pela Conab. Tudo porque fora informado que o governador Eduardo Campos não estaria no evento, programado para as 10 da manhã, no porto do Recife. O produto será repassado aos criadores do Sertão.

Fim de recesso – O deputado Gonzaga Patriota (PSB) defende que o Congresso acabe com o recesso parlamentar de julho. “Deputados e senadores têm que ser iguais a qualquer trabalhador, com direito apenas a um mês de férias”, diz ele. A proposta já tem o aval, segundo Patriota, do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves.    

CURTAS

FIM DAS BALAS– Por causa das sequelas provocadas pelo uso de balas de borracha, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) abriu uma frente para abolir o seu uso. Segundo ele, a Comissão Europeia recomenda a proibição, devido a mortes e danos considerados irreversíveis.

DISTÂNCIA DELES– Deputados do PMDB do Paraná reclamaram ao vice-presidente Michel Temer que a presidente Dilma esteve naquele Estado para entregar unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida, mas não convidou nenhum parlamentar para acompanhá-la.

Perguntar não ofende: Aécio desiste da disputa se Serra for candidato ao Planalto pelo PSD? 

O Dia Nacional de Lutas, ato nacional organizado por diversas centrais sindicais e que levou manifestantes às ruas de todo país foi, em resumo, um fracasso. Em Pernambuco, falou-se, inicialmente, na adesão de cerca de 60 mil pessoas. Chutaram alto e erraram feio. No Recife, por exemplo, estima-se que, no máximo, mil sindicalistas teriam se juntado ao movimento.

O esvaziamento pode ser uma resposta da população para com o descaso do Poder Público diante das inúmeras pautas apresentadas nos protestos realizados no mês passado e que até agora pouco efeito surtiram.

Estamos diante de um governo que tem dificuldade de dialogar entre os seus e esse ruído na comunicação é visto na lentidão em se atender ao pleito popular. Estamos diante de um governo que ostenta trinta e nove ministérios, a grande parte inútil e administrada por figuras igualmente inúteis, e que, ainda assim, não é capaz de controlar a inflação e discutir um novo pacto federativo.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou o Palácio do Planalto há dois anos e meio, mas não foi capaz de levar consigo a política do “empurrar com a barriga”. A presidente Dilma Rousseff não só se graduou na arte do falatório como escolheu a dedo auxiliares que são verdadeiros craques na arte da inércia.

Menos de um mês depois das grandes manifestações que levaram milhões de brasileiros às ruas e avenidas do país, a mídia expõe absurdos como farra das autoridades com os aviões da Força Aérea Brasileira e a falsa surpresa do Governo Federal com a espionagem dos nossos por parte dos Estados Unidos.

O brasileiro cansou de ser feito de bobo. E a resposta a tal ofensa não irá tardar. Os mesmos que lotaram as ruas começam a articular um novo ato, não maior ou menor do que o anterior, mas com um foco diferente. Dessa vez, o povo irá lutar pelo seu maior bem: a sua voz.

De pernas para o ar - E não foram apenas as centrais sindicais que resolveram ir às ruas mostrar sua insatisfação. A TIM, que há muito acumula reclamações dos seus usuários, resolveu “protestar” e deixou seus clientes nordestinos sem sinal durante grande parte da quinta-feira (11). Os atendentes não souberam informar quando o serviço voltaria a ser estabilizado e a empresa, em nota divulgada via Facebook, disse que o fato foi causado por vândalos.

Bate-boca – Fiel escudeiro de Dilma Rousseff (PT), o ministro Aloízio Mercadante (Educação) saiu em defesa do Programa Mais Médicos e comprou briga até com o cardiologista da presidente. Mercadante não gostou das críticas e tratou de alfinetá-lo logo que pôde. Para bom entendedor, o ministro disse ser muito fácil criticar a saúde pública quando se trabalha num dos melhores hospitais do país.

Vista grossa – Reportagem da Folha de S.Paulo de ontem (11) trouxe à tona o que muita gente já sabia: o governo brasileiro tinha total consciência de que estava sendo espionado pelos órgãos de inteligência americana. Agora que um ex-espião da CIA resolveu abrir a boca, o Palácio do Planalto tenta, em vão, endurecer o discurso. É melhor retroceder e adotar o velho clichê lulista: “Não sei de nada”.

Ladeira abaixo – A Celpe é outra empresa que ultimamente não tem dado uma bola dentro. Aumenta a frequência de casos de pessoas eletrocutadas vítimas da falta de manutenção e cuidado com a fiação e ontem, em meio às manifestações organizadas pelas sindicais, os funcionários da energética saíram às ruas para pedir melhores condições de trabalho.

CURTAS
Pianinho – O prefeito de Agrestina, Thiago Nunes (PDT), pode estar com os dias contados. O Ministério Público decidiu investigar, a pedido da ex-prefeita Carmen Miriam, as denúncias de que o pedetista teria utilizado a máquina pública nas eleições do ano passado.

Cobrança – Moradores da Zona da Mata de Pernambuco têm cobrado mais atenção do Governo do Estado para com as rodovias que cortam a região. Segundo eles, a PE-89 é uma das estradas que estão praticamente abandonadas pela gestão estadual e, com isso, proliferam-se buracos e irregularidades no asfalto. Atenção!

Perguntar não ofende: Por que o acúmulo de aposentadorias de Vicente André Gomes não entra na pauta do #vemprarua?

Por Carlos Cavalcanti, interino

Sempre ouvimos que pessoas vitoriosas são aquelas persistentes, corajosas, que não tem medo de arriscar. Contudo, a verdade é que não há uma receita correta ou um perfil pré-determinado que indiquem pessoas vencedoras, porém, há características daqueles que não são vencedores.

O Brasil acompanhou, recentemente, a derrota de Anderson Silva na luta do UFC e as atitudes do campeão de MMA no octógono tornaram-se um exemplo negativo de comportamento esportivo e que devem ser levadas em consideração para qualquer área. No caso de Anderson Silva, que sempre explorou em suas lutas as brincadeiras na tentativa de tirar a atenção dos adversários, houve um exagero na autoconfiança, com excesso  de brincadeiras, deboche e até  desrespeito com o adversário.

É cada vez mais evidente que não há mais espaço no mercado de trabalho, qualquer que seja a área,  para profissionais debochados,  arrogantes, prepotentes,  desqualificados e despreparados para a função a ser exercida. Dessa forma, as empresas buscam profissionais habilidosos, com pré-disposição para o trabalho em equipe,  conhecimento de mercado, iniciativa, espírito empreendedor, persistência, otimismo, responsabilidade, criatividade e outras habilidades.

Um perfil vencedor toma decisões firmes para os seus triunfos, impondo metas, lutando sempre até ao final para realizar seus sonhos, sem nunca esquecer o que quer e o que deseja alcançar. Da mesma forma, um atleta com comportamento de vencedor não vive baseado em normas sociais, ele age baseado nos rigores do “fair play”, com autodeterminação e baseado naquilo que lhe é exigido nos treinamentos.

Perfis vencedores são aqueles que não se dão por vencidos diante dos obstáculos e, independentemente, se estão em um bom ou mal momento, continuam firmemente em seu propósito de superação, aprendendo com as dificuldades e sem se vangloriar de forma exagerada por seus méritos. Faz-se necessário entender que competência é uma palavra de senso comum e que o antônimo disso, ou seja, a incompetência, implica não só na negação dessa capacidade como também na depreciação do indivíduo diante do circuito do seu trabalho. 

Partindo desta perspectiva e sob as alegações  de que a derrota de Anderson Silva foi mais que falta de seriedade ao trabalho, ou seja, atuação com   deboche, arrogância, prepotência e desrespeito ao opositor, o atleta saiu com sua imagem, antes exemplo de atleta e garoto propaganda de diversas marcas, prejudicada.  Um exemplo que não deve ser seguido por nenhum profissional seja de que área for.  Voltando ao mercado de trabalho, as empresas buscam por profissionais com perfis vencedores e adaptáveis, porque tudo no mundo moderno muda. E não estamos mais na época em que funcionários são apenas funcionários, mas sim colaboradores que tem, cada dia mais, papel ativo nas empresas.

É o novíssimo ramo da ciência social. Criação nacional. Tem por objetivo estudar as manifestações das ruas ocorridas em junho do corrente ano. Opinou, está diplomado.

Aliás, o mês de junho sempre se consagrou pelas explosões de traque de massa, peido-de-velha, rojões e ruas repletas de pessoas desfrutando os folguedos da época.

De fato, a tríade – Antonio, João e Pedro – santificada pela Igreja Católica sempre foi celebrada com beleza e alegria, graças à tradição que selou a convergência entre o sagrado e o profano, aquecida pelas fogueiras, animada pela emoção do coco, baião, xaxado, alimentada pelo néctar e ambrosia dos humanos (milho, coco, açúcar, canela, bolos variados) tudo culminando com o enlace dos corpos nos arrasta-pés e modernosas quadrilhas.

Até aí tudo bem. O ciclo junino sempre foi um momento festivo agregador. Guloso. Ingênuo. Divertido. Levantando poeira nos salões e saudando os céus com fogos coloridos.

Este ano havia um tempero a mais para mexer com alma do povo no país do futebol (?): a Copa das Confederações, um grande aperitivo para a Copa de 2014, Copa saudada por lágrimas ufanistas do então Presidente Lula com a novidade de que a pátria de chuteiras e as seleções estrangeiras pisariam no solo aveludado de Arenas Multiuso ainda que caríssimas e inacabadas.

E não há como negar: houve a explosão popular. Fora dos estádios. O povo brasileiro foi às ruas por sua conta e risco. Sem lideranças legítimas ou fajutas. Sem palavras de ordem, mas dando ordens por meio de palavras claras e diretas: vocês que estão alojados no poder não me representam; queremos um Brasil melhor e que funcione. Mudem!

Neste meio tempo, fui convidado para um “jantar inteligente”. Jantar inteligente é uma criação inteligentíssima, irônica, mordaz, do filósofo, escritor, professor, articulista da Folha/SP, o pernambucano Luiz Felipe Pondé. E como o espaço é pequeno para descrever fielmente o jantar inteligente, aqui vão alguns elementos básicos: o jantar congrega gente “chique” de variadas profissões que fingem não gostar de dinheiro; consideram o resto do mundo “ridículo” o que ajuda a ser mais inteligente; proclamam-se democratas, mas não morrem de amores pelo cheiro do povo. 

De um modo geral, os assuntos são variados, atuais e sempre abordados com o cuidado de não ferir, implícita ou explicitamente, a ditadura do politicamente correto. Um menu peruano ou vietnamita é de bom tom.

Neste jantar, a conversa foi monotemática: as manifestações de ruas e os respectivos veredictos sobre causas, consequências, cenários, especulações sobre 2014 e leituras professorais sobre os aspectos sociológicos, antropológicos, psicanalíticos e por aí foi.

Com efeito, as questões jorravam na velocidade dos espumantes: primavera árabe ou outono brasileiro? Baderna ou a não violência ativa, inspirada em Gandhi? Estavam ali por “míseros” vinte centavos ou pelos bilhões embolsados pela corrupção? Dilma aguenta o tranco ou volta Lula em 2014? Chegou ao fim do “ciclo dos postes” eleitos pela força política dos padrinhos? O curto-circuito dos fios desencapados eletrocutou a democracia representativa? A internet abre o caminho para a ciberdemocracia ou será uma ferramenta para o Big Brother global faltar com o respeito à soberania das nações e invadir a privacidade dos cidadãos? É possível organizar a desconfiança com uma espécie de democracia de controle exercida com a participação da “política dos governados”?

Entrei mudo e saí calado. Rouco de tanto ouvir. Não sabia bem o que dizer. Mas fui forçado a acreditar que a manifestologia é uma nova ciência e que existem mais aviões da FAB entre o céu e a terra brasileira do que possam supor os jantares inteligentes. 

É um ramo novo da teoria do conhecimento. Mas não se ocupa dos cabritos, ou seja, do jovem ruminante herbívoro que pertence à família do bode.

Trata-se de recente ciência que se ocupa da movimentação tão intensa quanto inútil (cabritos saltitantes, hiperativos) bem como da linguagem (os balidos) dos executivos nas modernas corporações privadas ou públicas.

São os filhos da globalização, da velocidade e da especialização profissional.

Levam a vida no gerúndio, viajando e reunindo-se.

Quem procura, não acha. O máximo que se consegue é deixar um recado, em geral sem retorno, com a amável secretária de carne e osso que, mais cedo ou mais tarde, será substituída, pelo artefato tecnológico e impessoal, chamado secretária eletrônica.

As videoconferências, as “conference calls” e a crescente aerofobia não diminuíram o furor dos deslocamentos. Olhos colados no laptop e ouvidos grudados em vários celulares, os executivos modernos seguem a rotina da movimentação intensa, inútil como uma bolinha de ping-pong nas raquetes da velocidade. Pra que tanta pressa, doutô? A vida é breve, ensinam os cabritólogos.

Além da movimentação, há outro traço que distingue os membros das corporações: o dialeto que falam e que transformam na linguagem da comunicação institucional.

Falam como idiotas e, o que é pior, pensam que o distinto público é um bando de idiotas.

Nada de preconceito, nem birra pelo implemento de idade.

Vamos a alguns dos dialetos contra os quais existem livros e movimentos organizados.

O “juridiquês” cuja quintessência (para não falar em “desate curial”, “cônjuge supérstite, “ergástulo público”, “cártula chéquica”) é o trecho de um recurso dirigido ao Superior Tribunal Militar, uma pérola: “O Alcandor Conselho Especial de Justiça, na sua postura irrepreensível, foi correto e acendrado no seu decisório. É certo que o Ministério Público tem o seu lambel largo (...) Mas nenhum lambel o levaria a pouso cinéreo se houvesse acolitado o pronunciamento absolutório dos nobres alvazires de primeira instância”. Entendeu?

E o “economês”, decifrando o rolo causado pelo mercado imobiliário americano, diria o seguinte: “A crise dos derivativos subprime expõe a volatilidade dos mercados. As posições alavancadas dos players, sem o lastro dos swaps e dos hedges funds, podem vir a afetar a banda diagonal exógena do câmbio flutuante e, por conseqüência, o regime de inflation target dos países emergentes”. Tradução: a alta picaretagem internacional enganou o besta ganancioso e pode ferrar os babacas emergentes.

Quem quiser se divertir com a conversa fiada, a armadilha da obscuridade e a arte de embromação do mundo dos negócios, recomendo a leitura de “Por que as pessoas de negócios falam como idiotas”, de autoria de três americanos, um verdadeiro pelotão de fuzilamento do jargão e da besteira.

A esta altura o leitor vai perguntar: e o “politiquês” vai passar em branco? Vai livrar a cara dos seus pareceiros? Este é um dialeto de alta complexidade e periculosidade. Merece um artigo inteiramente dedicado a ele. Prometo.

Mas já que falamos em politiquês, vem de Churchill, profundo conhecedor de história, da língua inglesa e excepcional orador, um brilhante conselho contra o blá, blá, blá, o lero-lero, a lengalenga: “Das palavras, as mais simples; das mais simples, a menor”. 

Há pouco mais de um ano, Fátima Bernardes mudou completamente sua rotina ao trocar a bancada do Jornal Nacional pelo seu programa solo, o Encontro com Fátima Bernardes, exibido nas manhãs de segunda a sexta na Globo. Em entrevista à revista Contigo! que está nas bancas nesta quarta (3), a apresentadora contou que agora consegue se organizar melhor e passa mais tempo com os trigêmeos Beatriz, Laura e Vinícius, de 15 anos.

A nova rotina com os trigêmeos inclui jantar juntos e assistir ao Jornal Nacional. "Todo dia, espero William chegar em casa. É o mínimo que posso fazer, não (risos)? É raríssimo ele jantar. Mas a gente sai para jantar fora toda semana. A gente escolhe pelo menos um dia por semana para fazer isso, só nós dois. Geralmente é na quinta-feira", revelou a jornalista.

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Fátima também contou que a mudança de horário de trabalho permitiu que ela voltasse a dançar, sua paixão. Nesta sexta (5), ela embarca com o marido e os filhos para um cruzeiro pela Europa, de Atenas (Grécia) a Veneza (Itália).

Foto: Divulgação/Dario Zalis

O domingo me assusta como me assustam todos os dias que mandam o recado do tempo. O recado do tempo traz as cenas guardadas no velho baú do passado.

O passado é insuportável. É uma crônica de perdas e faltas: ninguém resiste olhar para trás e dá de cara com o mundo que não existe mais.

Então, não olhe para trás. Ou então, retire do baú o passado em pedaços. Pedaços que não machuquem. O passado por inteiro é uma estrada pontilhada de cruzes. E quanto mais extenso é o tempo da memória maior é a extensão e a intensidade das dores e desta palavra única que revela a lembrança que ficou: SAUDADE! 

O outro recado do tempo – o reverso da medalha – é o futuro.

O futuro é o tempo da esperança. Nada mais angustiante do que esperar; nada mais falso do que a esperança. O futuro é uma invenção para aliviar outra invenção medonha da criatura humana: o tempo.

O tempo não existe. Portanto não se parte e nem se mede. Tem uma dimensão cósmica. Misteriosa. Imensurável. É um rio correndo. O agora já foi. É passado. O depois não chegou. É futuro. Uma espécie de linha do horizonte que se distancia quando a gente imagina que está mais perto. O domingo, a semana, os meses, os anos, os séculos, estas medidas, fomos nós que inventamos e, sobre nós, o tempo na sua dimensão humana deixa marcas profundas.

O domingo me assusta porque me empurra para pensar na certeza da finitude e na ilusão da tríade passado-presente-futuro.

Entro em parafuso: fim e recomeço. O primeiro dia da semana que chega ou último da semana que finda?

Depende das convenções, das crenças e, sobretudo daquilo que eu quero que seja o meu domingo já que o tempo é uma invenção humana. Então, vou inventá-lo a partir da inspiração que nos foi legada pelo sopro poético de Vinicius: porque ontem foi sábado (houve um “casamento...um divórcio e um violamento...um espetáculo de gala...uma mulher que apanha e cala...um grande aumento do consumo...um beber e  um dar sem conta...um grande acréscimo de sífilis...todos os bares estão repletos de homens vazios/todos os namorados estão de mãos entrelaçadas/todos os maridos estão funcionando normalmente/todas as mulheres estão atentas”), hoje, o meu domingo é de quietude e nele não há lugar para os pecados capitais.

A preguiça é o descanso merecido que invade os corpos; o máximo de luxúria permitido são corpos horizontais e castamente abraçados; a saciedade dos quereres mata de inveja a inveja; a gratidão das rezas cura o veneno do orgulho; o coração enternecido pela dádiva da vida não deixa lugar para a ira; sei que nada me pertence, para desgosto da avareza; e como o meu domingo foi feito para brincar com crianças e, com elas comer doces, a gula dominical está perdoada.

Lá fora, o amanhecer é vagaroso. O sol se espreguiça e com ele tudo caminha sem pressa. Há um silêncio que acaricia e uma paz que conforta. O meu domingo convida para o encontro e para a renovação do afeto, em qualquer lugar, em todos os lugares, todas as horas.

Amanhã é dia de recomeço. Viver não é uma trégua entre fim e começo. A vida é o milagre da ressurreição. Vale a pena abraçá-la quotidianamente. E sempre aos domingos.

Na manhã desta quarta-feira (11), médicos do Hospital das Clínicas, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), lançarão o Guia de Bolso de Clínica Médica. O guia possui temas do dia a dia da prática do atendimento ambulatorial, com a ideia de auxiliar estudantes de graduação e da residência médica. O lançamento ocorrerá no horário das 20h, na Livraria Cultura, na rua Madre de Deus, sem número, no Recife.

De acordo com informações da assessoria de comunicação da UFPE, um dos autores do guia, Eduardo Cavalcanti, explica que a obra permite que os alunos aproximem a teoria da prática de uma maneira mais correta. “Desde a graduação, sentia a falta de um material de consulta mais resumido e objetivo, pois o estudante muitas vezes precisa lidar com textos extensos e de diferentes fontes”, diz Cavalcanti, que também é preceptor da residência em ecocardiografia do HC.

Segundo a assessoria, o livro tem cerca de 400 páginas. Alguns dos autores são a supervisora da residência em endocrinologia, Patrícia Gadelha, e a nefrologista do HC, Larissa Guedes. Também participaram da composição do livro profissionais do quadro clínico da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Fmusp).

Foi pensando em momentos importantes na vida das pessoas, muitos deles vivenciados nos parques públicos, que o LeiaJá produziu um especial multimídia sobre os Parques da Cidade do Recife. Trabalho de uma equipe inteira que fez com afinco um retrato de cada um dos principais parques existentes na cidade do Recife.

Mas além desse perfil – dos equipamentos, condições de infra-estrutura e segurança – você vai também conferir histórias românticas de casais que se conheceram nesses locais, e outras pitorescas de grupos, amigos, que não perdem a oportunidade de usufruir desses lugares. Material, com certeza,  especialmente rico em informação e registro histórico. Clique aqui e boa leitura!

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