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O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse, durante a Biodiesel Week, que o governo quer aumentar a mistura obrigatória de biodiesel no diesel fóssil de 12% para 20% (B20). O objetivo está no plano de descarbonização. 

Segundo ele, essa mudança deve ocorrer de forma gradual e a medida depende da quantidade do setor para atender a demanda pelo biodiesel. O crescimento dessa mistura foi um dos temas abordados pelo governo no início deste ano, durante a primeira reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

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Na ocasião, o colegiado definiu aumentar o percentual de biodiesel no óleo diesel de 10% para 12% e impôs uma progressão de um ponto percentual ao ano até chegar a B15 (diesel fóssil) em 2026. Essa mudança na composição neste ano causou um impacto de R$0,02 no litro vendido na bomba dos postos.  

Para o ministro, é “inconcebível” que o país debata a diferença nos preços, enquanto o mundo discute a descarbonização. “Não tem como discutirmos mais a despoluição do mundo, discutir a captura de carbono, mas ficar consumindo produto fóssil, combustível fóssil”, enfatizou.

O presidente da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio), deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), alegou que o segmento ainda precisa de segurança jurídica e previsibilidade para atrair a indústria, e defendeu a antecipação do B15.

Nesta semana é comemorado o “Dia Internacional do Biodiesel”. A data foi escolhida porque há 129 anos o inventor alemão Rudolf Diesel fez um motor funcionar, utilizando apenas óleo de amendoim. O Leia Já conversou com o professor de Mestrado em Análise Geoambiental da UNG, Fabricio Dalmas, sobre os benefícios do biodiesel, confira:

O biodiesel é produzido a partir de óleos de origem animal ou vegetal. Segundo Dalmas, a utilização como combustível ajuda a diminuir a poluição e o efeito estufa “já que para crescer as plantas precisam captar o gás carbônico atmosférico (fotossíntese). Na queima do biodiesel, esse gás carbônico volta para atmosfera e, posteriormente, será captado por outras plantas, que separam esse CO 2 em Carbono e Oxigênio, neutralizando as emissões”, esclarece.

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Também gera impacto na economia: “produzido a partir de plantas oleaginosas, o biodiesel contribui para a geração de empregos nas áreas rurais, mantendo o trabalhador no campo, inclusive o pequeno produtor rural, desacelerando o inchaço populacional nas áreas urbanas, que acarreta problemas sociais”. Assim, beneficia os agricultores e o crescimento econômico dos municípios do interior do Brasil, que tem a agricultura como principal fonte de renda, explica o professor.

Uma das matérias-primas que pode ser usada na produção de biodiesel é o óleo residual: o óleo de soja, milho ou canola utilizado nas cozinhas, os quais normalmente são descartados na pia, causando maiores despesas no no tratamento de efluentes domésticos (esgoto). Porém, quando esse óleo de cozinha é coletado, ele pode ser matéria prima do biodiesel, trazendo vantagens como “não ser mais lançado na rede de esgoto; e tornar o tratamento de efluentes domésticos menos oneroso”, diz Fabrício.

Outro insumo do biodiesel são as microalgas, pois esses organismos unicelulares podem acumular uma grande quantidade de óleos. De acordo o mestre em Geociências “estudos apontam que a eficiência das microalgas para a produção de biodiesel é muito maior em relação aos grãos, chegando até 100 de superioridade”. Além disso, o cultivo das microalgas ocorre durante as quatro estações do ano. 

“A produção desse biocombustível no Brasil se mostra bastante viável, devido à larga produção de grãos, distribuída em todas as regiões. Por exemplo: Norte, soja; Nordeste, soja, algodão, mamona e babaçu; Centro-Oeste, soja, algodão e girassol; Sudeste: soja, algodão, mamona e girassol; Sul, soja, canola e girassol”, finaliza ele. 

O presidente Michel Temer aprovou hoje (5) as metas anuais de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa para os próximos dez anos. Dessa forma, o governo espera um maior uso dos biocombustíveis, como o etanol e o biodiesel, menos poluentes, para alcançar a meta. Isso traria, segundo o presidente, menor dependência do mercado externo de petróleo e consequente redução no preço dos combustíveis.

“Vamos reduzir de 11,5% para 7% a dependência externa de combustíveis. O Brasil estará menos exposto à variação internacional do preço do petróleo e às flutuações cambiais. Portanto, quem sabe, num futuro muito próximo, consigamos evitar acontecimentos como este que se verificou na semana passada”, disse o presidente, referindo-se a greve dos caminhoneiros, deflagrada por conta dos elevados preços do diesel. O movimento provocou uma crise no abastecimento no país, inclusive com falta de combustíveis e longas filas em postos. 

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As metas propostas pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) compõem a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio). Elas reduzem 10% nas emissões de carbono na matriz de combustíveis do país, passando dos atuais 74,25 gramas de gás carbônico por megajoule (g CO2/MJ) para 66,75 g CO2/MJ, o que corresponde à retirada de 600 milhões de toneladas de carbono da atmosfera até 2028.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MME), o estabelecimento da meta provocará investimentos de R$ 1,3 trilhão em expansão da produção de biocombustíveis nos próximos dez anos e redução de, pelo menos, 0,84% do preço dos combustíveis ao consumidor ao final do período.

“[A aprovação das metas são] exatamente para dar o testemunho do compromisso do governo brasileiro com a qualidade de vida no mundo, com a possibilidade de baixar o preço do combustível, que às vezes nos captura, como recentemente nos capturou. São medidas que não terão efeito amanhã, mas nos próximos dez anos”, disse o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco.

Áreas de Preservação

O presidente também aproveitou o Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado hoje, para anunciar a criação de duas áreas de preservação ambiental, uma na Amazônia e outra na Bahia. “Acabo de assinar duas novas áreas de preservação: a Reserva Extrativista do Baixo Rio Branco, na Floresta Amazônica, e um refúgio de vida silvestre para a ararinha azul, na Bahia. Antes extinta em seu habitat, estamos reintroduzindo a ararinha na natureza.”

A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou nesta quarta-feira (1°) que o 42º Leilão de Biodiesel realizado pela autarquia conseguiu arrematar 671,3 milhões de litros de biodiesel. Segundo a reguladora, o valor total negociado chegou a R$ 1,36 bilhão. O preço médio obtido com o leilão foi de R$ 2,021 por litro, desconsiderando a margem da Petrobras, o que representa um deságio médio de 18,59% na comparação com o preço máximo de referência, de R$ 2,483 por litro.

A quase totalidade do volume arrematado, 99,7%, tinha origem de produtores certificados pelo selo Combustível Social. As ofertas foram apresentadas à ANP na última sexta-feira, dia 27. Ao todo, 37 produtores ofertaram 824 milhões de litros. Os leilões atendem à legislação referente à mistura obrigatória de 7% de biodiesel ao óleo diesel vendido ao consumidor final desde novembro de 2014.

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O leilão foi realizado em duas etapas e tem o objetivo de garantir o abastecimento do mercado nacional entre maio e junho deste ano. O resultado só será validado após a homologação pela diretoria da ANP, ainda sem data prevista.

No 41º leilão de biodiesel da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) foram arrematados 699,4 milhões de litros, sendo 99% desse volume oriundo de produtores detentores do selo Combustível Social. Em nota, a agência informa que o preço médio foi de R$ 1,975/l, sem considerar a margem Petrobras. O valor total negociado atingiu o patamar de R$ 1,38 bilhão, com deságio médio de 19,61% quando comparado com o preço máximo de referência médio (R$ 2,456/l).

Ainda conforme a ANP, a apresentação das ofertas de biodiesel ocorreu em um único dia (30/01), com 40 produtores disponibilizando um volume total de 810,98 milhões de litros, sendo 90% de produtores detentores do selo Combustível Social. No primeiro dia de seleção das ofertas (03/02), foram arrematados 585,9 milhões de litros de biodiesel exclusivamente de produtores detentores de selo Combustível Social, em torno de 72,3% do total ofertado para todo o leilão. No segundo dia de seleção das ofertas (04/02), foram arrematados 113,5 milhões de litros de biodiesel de produtores detentores ou não de selo Combustível Social, em torno de 13,9% do total ofertado no leilão.

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Os Leilões de Biodiesel destinam-se a atender ao disposto na Lei nº 13.033, que estabelece em 7% o porcentual mínimo obrigatório de adição de biodiesel ao óleo diesel vendido ao consumidor final (B7) a partir de 01/11/14.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) corrigiu a data do 40º Leilão de Biodiesel em que arrematou 667,8 milhões de litros do produto a um preço médio de R$ 2,194 por litro. A oferta ocorreu em 9 de dezembro e não em 9 de outubro, como foi informado anteriormente.

Em nota divulgada nesta sexta-feira, 12, a ANP diz que o valor total negociado foi de R$ 1,47 bilhão, refletindo em um deságio médio de 4,7% quando comparado ao preço máximo de referência médio (R$ 2,302/litro). De acordo com a agência, 40 produtores disponibilizaram um volume total de 764,5 milhões de litros.

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Os leilões de biodiesel destinam-se a atender o porcentual mínimo de mistura no diesel, que desde 1º de novembro é de 7%. O último leilão visa a garantir o abastecimento de biodiesel no mercado nacional durante o período de janeiro a fevereiro de 2015, e os volumes comercializados serão validados somente após homologação pela diretoria da ANP.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou nesta quinta-feira, 09, que o 39º Leilão de Biodiesel resultou na contratação de 645,2 milhões de litros de biodiesel. O preço médio ficou em R$ 2.104,61 por litro, sem considerar a margem da Petrobras, um deságio de 0,7% em relação ao preço máximo de referência médio. O leilão movimentou, dessa forma, R$ 1,35 bilhão.

Ao todo, 41 produtores disponibilizaram 702 milhões de litros no leilão. A oferta de biodiesel por esses produtores, destaca a ANP, correspondeu a 62% da capacidade das usinas habilitadas. O volume ofertado foi considerado baixo pelo governo federal, por isso o Ministério de Minas e Energia (MME) e a ANP realizarão um leilão complementar ainda neste mês. O edital do novo leilão deverá ser publicado entre hoje e amanhã.

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Com a aprovação nesta terça-feira, 2, pelo Senado, da Medida Provisória 647/2014, o aumento da mistura de etanol anidro na gasolina, dos atuais 25% para 27,5%, depende apenas do Poder Executivo. "Do lado legislativo, já está tudo certo", disse o sócio-diretor da consultoria Canaplan e também presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Carlos Corrêa Carvalho, ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

De acordo com ele, o governo espera apenas a conclusão dos testes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), prevista para outubro, para sancionar ou não a MP. A entidade da indústria automobilística chegou a se posicionar contra o aumento da mistura, temendo problemas com os motores dos veículos.

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Hoje, segundo a Lei 8.723/1993, o governo pode elevar o porcentual de mistura de anidro na gasolina até o limite de 25% ou reduzi-lo até 18%. Pela MP, essa banda ficaria entre 18% e 27,5%.

A MP 647 também eleva de 5% para 6% o porcentual obrigatório de mistura do biodiesel ao óleo diesel. A partir de 1º de novembro, esse porcentual subirá novamente, passando para 7%. A norma diz, entretanto, que esse porcentual poderá ser reduzido pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), caso haja motivo justificado, até o limite de 6%.

O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (2) em votação simbólica, a medida provisória que eleva a porcentagem de biodiesel e de etanol misturados, respectivamente, no óleo diesel e na gasolina. A mudança, prevista na Medida provisória 647/2014, segue para a sanção da presidente Dilma Rousseff.

A MP eleva para 6% o porcentual obrigatório de mistura do biodiesel ao óleo diesel, que antes da edição da proposta era de 5%. Pela norma, a partir de 1º de novembro, o porcentual subirá novamente, passando para 7%. Esse porcentual, no entanto, poderá ser reduzido pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), caso haja motivo justificado, até o limite de 6%.

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A MP editada pelo Executivo tratava originalmente apenas de biodiesel. Na Câmara dos Deputados, a proposta foi alterada para incluir ainda o aumento no porcentual obrigatório de adição de álcool anidro à gasolina para 27,5%, desde que constatada sua viabilidade técnica. Atualmente, segundo a Lei 8.723/1993, o governo pode elevar o porcentual de mistura do etanol anidro até o limite de 25%, ou reduzi-lo até 18%. O parecer mantém o piso de 18%.

Havia um receio de que a MP não fosse votada durante a sessão de esforço concentrado, a última antes das eleições. Se isso ocorresse, a MP perderia validade, uma vez que ela venceria no dia 27 de setembro e somente após as eleições de outubro o plenário do Senado vai se reunir novamente.

A presidente Dilma Rousseff utilizou a conta pessoal no microblog Twitter para dizer que, com o aumento da mistura de biodiesel ao diesel de 5% para 6%, a partir de 1º de julho, e de 6% para 7%, a partir de 1º de novembro, o Brasil se tornará o segundo maior mercado produtor mundial de biodiesel.

"Anunciei hoje o envio de MP (medida provisória) elevando a adição obrigatória de biodiesel ao diesel para 6% a partir de 1/7, e para 7% a partir 1/11", escreveu Dilma no Twitter. "Esta MP fortalece nossa indústria de biocombustível ao assegurar mercado e melhorar a rentabilidade."

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A maior adição de biodiesel, destacou Dilma, "significa também menos emissões de poluentes". "É uma opção em favor de matriz energética ainda mais renovável, com mais desenvolvimento regional, geração de emprego e renda em nosso País", afirmou Dilma.

O anúncio do aumento da mistura de biodiesel no diesel foi feito nesta quarta-feira, 28, pela manhã pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, durante cerimônia no Palácio do Planalto.

No fim do mês passado, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, reforçou em audiência na Câmara dos Deputados que a companhia trabalha para ampliar a participação no setor de biodiesel no diesel. "Trabalhamos para ter uma participação maior do biodiesel no diesel. Tenho satisfação com o programa do Biodiesel", afirmou Graça na ocasião.

O governo federal anunciou, nesta quarta-feira (28), medidas para o setor de biodisel. Apresidente Dilma Rousseff assinou uma medida provisória, que será enviada ao Congresso Nacional, aumentando a adição de biodiesel ao óleo diesel comercializado no país de  5% para 6% a partir de julho, e 7% a partir de novembro.

A MP sugere mudança no marco regulatório do setor, aprovado em 2005, que estipulava o uso de 5% de biodiesel na mistura do diesel até o ano passado. A partir de agora, a medida definirá como será o aumento desse percentual nos próximos anos. O objetivo é incentivar a produção nacional e reduzir a importação do petróleo.

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Em cerimônia no Palácio do Planalto, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, explicou que a ampliação do uso de biodiesel significa que o Brasil não precisará mais importar cerca de 1,2 bilhão de litros de óleo diesel por ano. Para ele, um dos benefícios foi a promoção do desenvolvimento social e econômico. “É um dos melhores projetos de alavancagem da agricultura familiar, gerando renda e riqueza local”, destacou.

O presidente da Câmara Setorial do Biodisel, Odacir Klein, frisou que a medida diminui em 70% a emissão de gases do efeito estufa e representa o plantio de 7,2 milhões de árvores, em julho, e 15 milhões, em novembro, quando a mistura atingir 7%. “Essa iniciativa tem bons reflexos para o meio ambiente, a saúde humana, a economia, a geração de emprego, o PIB”, frisou.

Na ocasião, a presidente Dilma explicou que os níveis serão atingidos com segurança pelo mercado.    “Nós conseguiremos atingir B6 e B7 com tranquilidade. A produção da pequena agricultura familiar e da grande agricutura de soja sustenta esse programa”, garantiu. Ela também lembrou o crescimento do setor no Brasil nos últimos anos. “Na escala dos países produtores de biodiesel, nós nem existíamos. Nós saímos de uma situação de não existência para uma situação de terceiro lugar. E estamos indo para segundo. Isso demonstra a força desse projeto”, sustentou.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, confirmou nesta quarta-feira (28), a elevação de 5% para 6% da mistura do biodiesel no diesel a partir de 1º de julho. A partir de 1º de novembro, a mistura aumentará de 6% para 7%, informou o ministro.

"A elevação está perfeitamente alinhada à política brasileira de diversificação da matriz energética, com ênfase em energias renováveis e limpas", disse Lobão, que participa na manhã desta quarta-feira, 28, de cerimônia no Palácio do Planalto com a presidente Dilma Rousseff.

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De acordo com o ministro, o aumento da mistura do biodiesel no diesel permitirá uma "redução significativa" na emissão de gás carbônico, contribuindo para o Brasil atender metas nacionais e internacionais em políticas de mudanças climáticas.

"A nova mistura possibilitará a plena utilização da capacidade de produção instalada no Brasil. Atualmente, temos 57 unidades aptas a processar cerca de 7,5 bilhões de litros (de biodiesel) por ano", destacou Lobão. "Com a medida de hoje, deixaremos de importar 1 bilhão e 200 milhões de litro de diesel por ano."

No fim do mês passado, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, reforçou em audiência na Câmara dos Deputados que a companhia trabalha para ampliar a participação no setor de biodiesel no diesel. "Trabalhamos para ter uma participação maior do biodiesel no diesel. Tenho satisfação com o programa do Biodiesel", afirmou Graça na ocasião.

Agricultura familiar

No início do discurso, Lobão destacou que um dos melhores resultados da inclusão do biodiesel na matriz energética nacional foi a "alavancagem da agricultura familiar", criando "amplas oportunidades" para pequenos produtores, o que contribuiu para gerar renda e riqueza em todo o País.

"Gradativamente, o governo criou mecanismos para desenvolver de maneira sustentada a indústria desse biocombustível com o aperfeiçoamento continuo do arcabouço legal do programa que o instituiu. Sucessivamente foi ampliada a mistura (do biodiesel) ao diesel, proporcionando a solidificação de um mercado com capacidade de produção suficiente pra assegurar o abastecimento do País", disse.

Lobão lembrou ao fim do discurso que o etanol, hoje, está presente em 25% da gasolina, o que também diminui as necessidades brasileiras de importação do combustível.

Depois de dois anos de pleitos engavetados, os produtores de biodiesel devem conseguir finalmente, na próxima semana, a esperada mudança no marco do setor que elevará de 5% para 6% a mistura no diesel. Além disso, a Medida Provisória que será anunciada pela presidente Dilma Rousseff na quinta-feira (29) já marcará para setembro uma nova elevação, para 7%. Além de ajudar o setor que fabrica o biocombustível, a alteração representará um alívio importante para o caixa da Petrobras, que precisará importar menos combustível.

"Estamos aguardando essa medida há dois anos e essa é a melhor notícia possível para o setor", avaliou o presidente da Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio), Erasmo Carlos Battistella. Segundo ele, o governo deve anunciar a mudança na quinta-feira e publicar a medida no Diário Oficial da União (DOU) de sexta-feira, 30.

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O executivo destacou que as usinas de biodiesel poderiam até mesmo entregar o suficiente para uma mistura mais elevada. "A principal matéria-prima para nosso combustível é a soja, a qual temos grande disponibilidade. Além disso, o parque instalado hoje conseguiria arcar com uma mistura de até 10% se fosse necessário", completou.

Para Battistela, o transporte do biodiesel também é um facilitador para a logística do País, uma vez que o diesel puro precisa ser importado por meio dos portos ou é produzido em refinarias próximas da costa, enquanto o biocombustível é fabricado no interior do País, em praticamente todas as regiões.

"O governo levou em consideração diversos aspectos positivos do aumento da mistura de biodiesel, desde as questões ambientais até as econômicas, e nesse quesito também pesou a situação financeira da Petrobras. Com o aumento do biodiesel, a necessidade de importação cai na mesma proporção", acrescentou o presidente da Aprobio.

A Petrobras publicou nota neste sábado, 24, em sua página na internet informando que a sua subsidiária de biocombustíveis investirá US$ 2,3 bilhões até 2018 para ampliar a produção de etanol e biodiesel. Desse total, cerca de US$ 900 milhões serão destinados para projetos já em implantação, enquanto o restante irá para empreendimentos em avaliação.

Apesar do etanol ser a prioridade da Petrobras, o segmento de biodiesel e de suprimento agrícola receberá US$ 700 milhões. "O plano prevê o crescimento da produção de biocombustíveis alinhado com o mercado doméstico de gasolina e diesel", afirmou a companhia na nota. A Petrobras possui três usinas do combustível - Candeias (BA), Quixadá (Ceará) e Montes Claros (MG) - e opera outras duas por meio de parcerias. Somadas, as unidades têm capacidade de produzir 821 milhões de litros de biodiesel por ano.

No fim do mês passado, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, reforçou em audiência na Câmara dos Deputados que a companhia trabalha para ampliar a participação no setor de biodiesel no diesel. "Trabalhamos para ter uma participação maior do biodiesel no diesel. Tenho satisfação com o programa do Biodiesel", afirmou na ocasião.

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) informou nesta sexta-feira (11), que foram arrematados 390,7 milhões de litros de biodiesel, por parte das distribuidoras, no 36º leilão da agência reguladora, finalizado na quinta-feira (10). O resultado corresponde a 53% do total ofertado, de 735,2 milhões de litros.

O volume vendido será fornecido por produtores, exclusivamente detentores do Selo Combustível Social (54,7% do Centro-Oeste; 36,7% do Sul; 5,6% do Nordeste; 2,3% do Sudeste e 0,7% do Norte). Ainda no primeiro dia, finalizados os lances, os produtores de biodiesel puderam revisar suas ofertas, visando manter ou reduzir seus preços para a concorrência do segundo dia de lances, que será hoje. Essas novas ofertas refletiram em um deságio de 1,80% quando comparado com os preços apresentados inicialmente, de acordo com a ANP.

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Para os lances desta sexta-feira (11), poderão participar de produtores de biodiesel detentores ou não de Selo Combustível Social, e o volume máximo a ser arrematado pelas distribuidoras não poderá ser superior a 97,6 milhões de litros, desde que 80% do volume total seja proveniente de produtores com Selo Combustível Social. Somente poderão participar do segundo dia as distribuidoras que arremataram ofertas no primeiro dia de lances.

O governador do Estado de Rondônia, Confúcio Aires Moura (PMDB), disse, nesta quarta-feira (4), que a utilização de biodiesel como fonte energética das indústrias traria um grande desenvolvimento ao Brasil, mas nunca teve um incentivo efetivo por parte do poder público. "Seria excelente para o País se tivesse". Confúcio participou do Fórum Estadão Regiões que debate os desafios do Norte brasileiro.

Para o Mato Grosso e estados do Norte, por exemplo, o biodiesel poderia ser uma riqueza equivalente ao que a cana-de-açúcar representa para São Paulo, na avaliação de Moura. "Só que não há ainda uma política que estimule a plantação do óleo que dá origem a este combustível, infelizmente."

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O preço médio do biodiesel negociado nos seis leilões da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) neste ano alcançou uma média de R$ 2,08/litro. Trata-se de uma queda de 12,7% em relação ao preço nominal médio de 2012, destaca a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), em nota.

De acordo com a entidade, a ampla safra de soja (matéria-prima para o biocombustível), grande disponibilidade mundial de óleos vegetais e "significativa" ociosidade do parque instalado para a produção de biodiesel no País (cerca de 60%) respondem por essa redução.

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A Abiove informa, ainda, que o Brasil produziu 245,8 milhões de litros de biodiesel em agosto deste ano, 3,4% menos que o observado em agosto de 2012. Em relação a julho passado, período em que foram produzidos 257,2 milhões de litros, houve uma queda de 4,4%. A principal região produtora continua sendo a Centro-Oeste, com 42% do total fabricado, seguida da região Sul, com 36%, e do Nordeste, com 11%.

Os EUA devem superar a Rússia na produção de combustíveis líquidos, como petróleo bruto e etanol, neste trimestre, disse a Agência Internacional de Energia nesta quinta-feira. Em seu relatório mensal de petróleo, a AIE disse que "incluindo biocombustíveis (etanol e biodiesel), os EUA estão prestes a se tornar o produtor líder de [combustíveis] líquidos entre os países de fora da OPEP a partir do terceiro trimestre, ultrapassando a Rússia".

Mas a AIE, que representa alguns dos maiores consumidores de energia do mundo, não disse como a produção dos EUA se sairá em comparação com a Arábia Saudita, o maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

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A América do Norte está desempenhando um papel cada vez mais importante para responder ao aumento da demanda mundial de petróleo em meio a uma queda na produção da Líbia. A produção combinada de petróleo dos EUA e do Canadá deverá crescer 510 mil barris por dia no terceiro trimestre, disse a AIE.

Esses barris extras não terão dificuldades em encontrar compradores, disse a agência, visto que a demanda mundial de petróleo deverá ficar em cerca de 260 mil barris por dia a mais do que já tinha previsto para este trimestre. A AIE também elevou sua previsão para o crescimento da demanda mundial de petróleo para o próximo ano em 70 mil barris por dia, já que "o cenário macroeconômico continua a melhorar."

Isso significa que a demanda mundial de petróleo no próximo ano deverá aumentar 1,1 milhão de barris por dia, ou 1,2%, para 92 milhões de barris por dia.

Fonte: Dow Jones Newswires.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira que o programa brasileiro de biodiesel "não tem retorno" e que a grande aposta de matéria-prima é o dendê, referindo-se à palma, hoje plantada em regiões do Pará pela Petrobras Biocombustível.

O ex-presidente, que recebeu uma homenagem do setor, lembrou que a busca por uma matéria-prima ideal começou pela mamona, passou pelo pinhão manso, que está sendo aprimorado pela Embrapa, e agora está no dendê. Ao agradecer a homenagem, Lula ressaltou o papel importante que o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues teve na elaboração de todo o programa do biodiesel.

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O presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto, ressaltou, durante o evento, o papel que o governo Lula teve na construção do projeto do biodiesel, que envolveu o zoneamento agroecológico e a busca de matérias-primas e processos sustentáveis - tudo vinculado a um programa social que gerou emprego ao mesmo tempo em que ofereceu um modelo alternativo de produção de energia.

Conforme dados da Agência Nacional de Petróleo, Gas Natural e Biocombustíveis (ANP), a produção de biodiesel em 2011 foi de 2,67 bilhões de litros ante uma capacidade instalada de 6,9 bilhões de litros. Atualmente 104 mil agricultores familiares integram o programa.

O presidente da Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio), Erasmo Battistella, informou, nesta quinta-feira, que o atual preço elevado da soja não deve impactar a oferta de biodiesel nos próximos meses. Segundo ele, a retração na oferta da soja é pontual e fruto de estiagem prolongada registrada no Brasil e nos Estados Unidos, que prejudicou as lavouras.

O executivo acrescentou que muitas empresas produtoras de biodiesel formaram estoques com o produto, que deve ser suficiente até a entrada da safra brasileira do grão, a partir de janeiro de 2013. "Não teremos problema para entregar o biodiesel já vendido em leilões", garantiu Battistella.

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Atualmente, a soja é a principal matéria-prima utilizada na produção de biodiesel, representando 80% de participação. A segunda matéria-prima mais utilizada é o sebo bovino, com 16%. O restante da oferta vem de oleaginosas alternativas produzidas pela agricultura familiar.

O setor de biodiesel considera que a adição do combustível renovável no diesel será elevada dos atuais 5% para 7% já em 2013, de acordo com o presidente da Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio), Erasmo Battistella. Segundo ele, o pleito faz parte do novo marco regulatório, que já foi encaminhado ao Congresso Nacional e deve ser aprovado em breve. O novo marco prevê que a adição de biodiesel no diesel deverá alcançar 10% em 2016, com aumentos graduais anualmente.

O executivo disse, ainda, que o novo marco terá três pilares: o primeiro é chegar a 20% de adição em 10 anos. O segundo pilar é a exportação de biodiesel, já que o setor tem condições de produzir o combustível renovável para vendas externas. Atualmente, o setor trabalha com capacidade ociosa de 50%. "Hoje já temos condição de produzir biodiesel para atender a adição de 10%, mas preferimos fazer esse aumento de forma gradual, para que a transição seja feita de forma confortável para produtores, fornecedores e também para o segmento logístico", explicou.

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O terceiro pilar do novo marco é uma política de fomento ao consumo de biodiesel. Battistella citou o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, que já teria antecipado que o biodiesel será utilizado como combustível na maioria dos meios de transporte durante a Copa do Mundo no Brasil em 2014.

O executivo participa neste momento de evento em homenagem ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Paulo, em conjunto com a União Brasileira de Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), que comemora cinco anos.

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