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O Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep) promove, nesta sexta-feira (27), o Seminário Tecnologia Tropical para debater o tema “Matérias-primas para produção de óleos vegetais e biodiesel: dendê e algodão”. O evento será das 9h às 17h, na Fundação Joaquim Nabuco, que fica na Avenida 17 de Agosto, 2187, no bairro de Casa Forte. 

Estarão presentes pesquisadores da Embrapa (Cerrado, Algodão e Amazônia Oriental), além de representantes do Itep, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Universidade de Pernambuco (UPE), da Fundaj, do Governo do Estado e do Sindicato da Indústria do Açúcar no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar). A coordenação do evento é do superintendente de Pesquisa e Pós-Graduação do Itep, Geraldo Eugênio.

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Programação

A abertura, às 9h, será feita pelos presidentes do Itep, Frederico Montenegro, e da Fundaj, Fernando Freire. Logo em seguida, será iniciada a sessão Dendê, sob coordenação de Gabriel Alves Maciel, gerente de Arranjos Produtivos Locais da AD/Diper, com palestras do chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental, Cláudio José Reis Carvalho, sobre a “Ecofisiologia da Palma de Óleo e a Expansão da Cultura no Brasil, tendo debatedor o presidente do Sindaçúcar, Renato Cunha. Às 10h50, terá a palestra “O Cultivo Irrigado do Dendezeiro nas Condições Edafoclimáticas do Cerrado”, com Jorge César dos Anjos Antonini, pesquisador na área de Irrigação e Agrometeorologia da Embrapa Cerrados, tendo como debatedor o coordenador do Laboratório de Combustíveis e Energia da Poli/UPE, professor Sérgio Peres Ramos.

À tarde, o tema será Algodão. A sessão será coordenada pelo diretor-presidente do IPA, Júlio Zoé de Brito. O primeiro palestrante será José Ranulpho Queiroz, empresário do setor de cana-de-açúcar e algodão, que abordará o tema “A Cultura do Algodão no Oeste da Bahia – Exemplo para Pernambuco”. O debatedor será o professor Valmar Correa de Andrade, da UFRPE. Às 15h20, terá a palestra “Potencial da Cultura do Algodão como Oleaginosas, no Nordeste do Brasil”, com Waltemilton Vieira Cartaxo, supervisor do Setor de Transferência de Tecnologia da Embrapa Algodão, que terá como debatedor o diretor técnico do Sebrae-PE, Aloísio Ferraz. O encerramento do evento será às 17h. 

Brasília,10 - Uma portaria do Ministério de Minas e Energia (MME) publicada nesta sexta-feira no Diário Oficial da União alterou as regras dos leilões de biodiesel, reduzindo as fases do processo e ampliando a participação dos agentes de mercado no certame. O novo modelo também deve tornar os leilões menos suscetíveis à combinação de preços entre os fornecedores.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) pediu que a Polícia Federal investigasse a suposta combinação de preços no leilão de biodiesel de dezembro. Mas de acordo com o secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do MME, Marco Antônio Almeida, apesar de a nova portaria ajudar coibir tal prática, a mudança já vinha sendo estudada antes mesmo da denúncia sobre aquele leilão.

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Pelas regras anteriores, a Petrobras adquiria o biodiesel pelo critério de menor preço nas usinas por parte dos fornecedores que disputavam o leilão, além de considerar o chamado fator de logística na composição do preço final. Depois disso, a Petrobras refazia o processo vendendo o combustível para as distribuidoras conforme suas demandas por volume, levando em consideração também critérios de qualidade e localização dos fornecedores.

Pelas novas regras, as fases do leilão foram condensadas, garantindo a participação das distribuidoras desde o início. "São mudanças de procedimento que tendem a diminuir o nível de interferência do governo no programa e permitir que agentes do mercado possam interferir mais dentro do processo", afirmou o secretário.

No novo modelo, cada fornecedor poderá apresentar até três propostas de volume e preço, sendo que as propostas de preço poderão ser rebaixadas pelo menos uma vez antes de serem de fato ofertadas à Petrobras. A diferença é que a estatal já comprará o combustível considerando as demandas das distribuidoras por volume e qualidade.

"Se a demanda for maior que volume proposto, poderá inclusive haver aumento de preço do produto nessa etapa para os ofertantes com melhores condições de entregar o combustível", acrescentou Almeida. Segundo ele, no médio prazo o modelo pode forçar a queda no preço do biodiesel, pois usinas mais afastadas precisarão compensar esse fator de competitividade em qualidade e custos. "O mercado terá que se ajustar", completou.

Segundo Almeida, a Petrobras continua como intermediária obrigatória para garantir a efetividade da mistura no combustível e também por ser a substituta tributária de parte dessa cadeia. "Mas uma etapa seguinte poderá ser eliminação da Petrobras desse processo, como já aconteceu no álcool anidro", adiantou ele.

O próximo leilão será promovido pela ANP em junho, com contratação da demanda de biodiesel necessária para suprir o mercado consumidor durante o terceiro trimestre de 2012. Para o secretário, o baixo desempenho da safra de soja este ano não deve comprometer o abastecimento, embora possa afetar o preço do combustível. "Há excedente de óleo de soja no País", concluiu.

A Usina de Biodiesel de Candeias (BA), principal unidade do parque produtor de biodiesel da Petrobras Biocombustível, registrou em novembro um novo recorde mensal, com 13,86 milhões de litros de biodiesel. O recorde anterior é de março passado, quando foram produzidos 10,63 milhões de litros.

A unidade também registrou novo recorde diário, com a produção de 570 mil litros em 26 de novembro. "O último recorde diário ocorreu em 1º de outubro, com 565 mil litros produzidos em um único dia", destacou a companhia em nota.

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De acordo com a Petrobras, a unidade começou a operar com capacidade de produzir 57 milhões de litros de biodiesel por ano, oferta elevada para 217,2 milhões de litros do biocombustível por ano após ajustes nos processos e obras de duplicação. Entre usinas próprias e unidades em parceria, a Petrobras Biocombustível tem capacidade total para produzir aproximadamente 700 milhões de litros por ano.

Morreu nesta terça-feira, em Fortaleza, aos 70 anos, o cientista Expedito José de Sá Parente, inventor do biodiesel. Expedito Parente estava internado no Hospital São Carlos, após uma cirurgia de diverticulite (inflamação no intestino grosso) e morreu por complicações após a operação. O corpo será cremado na manhã desta quarta-feira, no cemitério Jardim Metropolitano.

Expedito Parente foi responsável pela primeira patente mundial da produção de biodiesel por meio da transesterificação, a partir de plantas oleaginosas. A tecnologia, pesquisada pelo cearense de modo pioneiro no final da década de 1970 e patenteada nos anos 1980, tardou a ser reconhecida no Brasil, tendo sido explorada no cenário internacional, o que rendeu a seu idealizador o reconhecimento da Organização das Nações Unidas (ONU), do governo americano, de empresas como a Boeing e agências como a agência espacial americana (Nasa).

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Expedito Parente graduou-se na Escola Nacional de Química, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1965, obtendo o mestrado em Ciências da Engenharia Química no ano seguinte, também na UFRJ. Concluiu cursos de especialização em Tecnologia de Óleos Vegetais e em Engenharia de Óleos Vegetais, no Instituto de Óleos do Ministério da Agricultura, e em Tecnologia de Couros, na École Française de Tannerie, em Lyon, na França. Em 1967, Expedito Parente tornou-se professor assistente da UFC, em Fortaleza, passando a professor adjunto em 1975.

Foi na UFC, no final da década de 1970, que desenvolveu o método de produção de biodiesel que viria a submeter ao Instituto nacional de Prioridade Industrial (INPI) em 1980, tendo sido garantida em 1983 a patente PI - 8007957 ("Processo de Produção de Combustíveis a partir de Frutos ou Sementes Oleaginosas"), a primeira no mundo para um processo de produção em escala industrial de biodiesel.

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