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Especialistas em direito, ética e ciência política classificaram a declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - que sugeriu que sindicalistas mapeiem o endereço de parlamentares para "incomodar a tranquilidade" deles e conversar com seus familiares - como "populista e "inconsequente". No entanto, do ponto de vista do direito, a avaliação é que não houve crime na declaração do petista.

O desembargador aposentado Walter Maierovitch não vê atuação de "dolo, com intenção de causar assédio ou importunação", na fala de Lula, mas diz que o ex-presidente esqueceu uma passagem da história. "O legado do direito constitucional inglês. Me refiro ao princípio 'minha casa, meu reino' (my house, my kingdom). Daí a proteção ao domicílio, e não caber importunações. Para tudo", afirmou.

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O cientista político e professor do Insper Carlos Melo afirmou que há "um certo grau de demagogia" e que o petista falou de forma "inconsequente". No entanto, pondera que o discurso foi para um "público muito específico".

"Certamente é um tipo de prática que não aconteceria em um governo do Lula porque não faz sentido. É descabível as pessoas procurarem os deputados nas suas casas", disse.

O professor de Ética e jornalista Carlos Alberto Di Franco afirmou que se trata de "uma declaração irresponsável, imprópria de quem disputa uma eleição, um incitamento perigoso e claramente desrespeitoso com as famílias".

Além da reação de parlamentares bolsonaristas, a declaração de Lula também gerou críticas contundentes entre parlamentares não alinhados com o governo federal. O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) chamou de "criminosa" a declaração de Lula. Ele cobrou reação do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o episódio. "Também me questiono se, nesse caso, o ministro Alexandre de Moraes pedirá a prisão do ex-presidiário Lula por essa ameaça ao Parlamento", afirmou.

Presidente do Cidadania, Roberto Freire classificou a sugestão do ex-presidente da República como "absurda" e "fascista". "Declaração absurda essa de Lula mandar militantes pressionarem famílias de deputados que por acaso não sejam do seu agrado. Atitude fascista inadmissível numa democracia", publicou Freire nas redes sociais.

O PT entrou com uma representação no Conselho de Ética da Câmara contra Junio Amaral (PL-MG), após o deputado divulgar vídeo empunhando um arma e dizer que aguardava a "turma" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegar em sua casa. "Serão muito bem-vindos", afirmou ele, enquanto carregava uma arma de fogo com munição.

O vídeo de Amaral foi em resposta a uma declaração que Lula fez durante evento da Central Única dos Trabalhadores (CUT), na segunda-feira, 4. O petista defendeu que os sindicalistas mapeiem o endereço dos parlamentares e se dirijam a essas residências para "incomodar a tranquilidade" dos políticos, pressionando-os com as demandas sindicais. "Se a gente mapeasse o endereço de cada deputado e fossem 50 pessoas até a casa dele, não é para xingar, mas para conversar com ele, conversar com a mulher dele, com o filho dele, incomodar a tranquilidade dele. Eu acho que surte muito mais efeito", afirmou o petista.

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A representação do PT afirma que a reação de Amaral foi "desproporcional, autoritária, odiosa, totalmente incompatível com o que se espera de um deputado federal" e solicita a abertura de processo ético disciplinar no conselho por quebra de decoro parlamentar. "O representado responde à fala do presidente Lula fazendo expressa ameaça, consistente em receber, tanto o presidente, quanto eventuais cidadãos (manifestantes), com uma arma de fogo totalmente carregada, a indicar que poderia matá-los ou lesioná-los, de forma grave", diz.

A representação atribuiu a Amaral três crimes: ameaça, incitação ao crime e apologia de crime ou criminoso. "As ações do representado, além de criminosas, configuram verdadeiras exortações de ódio aos adversários políticos reais e/ou imaginários, o que não pode ser admitido", afirma o texto.

Para o partido, a declaração do petista foi democrática. "Lula apenas reforçou os mecanismos democráticos de que podem dispor os trabalhadores e cidadãos brasileiros, na perspectiva de buscar, junto aos representantes populares - que devem prestar contas de suas ações a seus eleitores - um canal de diálogo mais próximo e que permita, sem intermediários, apresentar as variadas e necessárias demandas trabalhistas, sociais e políticas, muitas vezes deixadas de lado pelo Parlamento."

No Twitter, o deputado Rogério Correia (PT-MG), que assina o documento, publicou que "fascistas não passarão!". Além dele, o nome da presidente do partido, Gleisi Hoffmann, e do deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) também constam na representação.

Em nota, o deputado Amaral afirmou que seu vídeo foi uma resposta à ameaça que Lula fez aos deputados. "Apenas avisei que não submeterei a minha família à qualquer risco que algum dos terroristas queiram nos colocar", disse. Para o parlamentar, não há no vídeo "qualquer fato" que caiba inquérito e imputação de algum crime. "O art 24 do Código Penal me garante defesa proporcional à mim e minha família, assim como meu direito de manifestar por isso. A casa é asilo inviolável de qualquer cidadão, conforme a Constituição Federal", disse.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse nesta terça-feira (5) que os chanceleres de países da aliança militar e do G-7 se reunirão entre esta quarta (6) e quinta (7) em Bruxelas para armas avançadas. "Estamos falando de sistemas avançados de armas. Falamos, por exemplo, de mísseis Javelin e outras armas antitanque", disse.

De acordo com Stoltenberg, a Otan identificou nos últimos dias um movimento significativo de tropas russas se afastando da capital, Kiev, para se reagrupar, rearmar, reabastecer e mudar seu foco para o leste da Ucrânia.

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"Nas próximas semanas, esperamos mais uma investida russa no leste e no sul da Ucrânia para tentar tomar toda a região de Donbas e criar uma passagem terrestre para a Crimeia ocupada", afirmou. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma operação da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF), em parceria com a Agência de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations - HSI) da Embaixada dos Estados Unidos, visa cumprir sete mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão contra suspeitos de integrar uma organização criminosa que atua no tráfico internacional de armas. A ação da manhã desta terça-feira (15) acontece simultaneamente no Rio, em Campo Grande (MS) e em Miami, nos Estados Unidos.

Segundo a PF, cerca de 50 agentes, além de membros do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPF) e de agentes americanos participam da ação. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro e foram autorizado após dois anos de investigações. Elas apontam para a existência de um grupo responsável pela aquisição de armas de fogo, peças, acessórios e munições nos EUA, para posterior envio ao Brasil.

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De acordo com a Polícia Federal, o tráfico de armas ocorria pelo mar, por meio de contêineres, e por via aérea, mediante encomenda postal. As armas passavam pelos Estados do Amazonas, São Paulo e Santa Catarina e tinham como destino final uma residência em Vila Isabel, na zona norte do Rio de Janeiro.

Segundo os investigadores, na maioria das vezes o material era escondido dentro de equipamentos como máquinas de soldas e impressoras, itens que eram despachados em meio a telefones, equipamentos eletrônicos, suplementos alimentares, roupas e calçados.

Montagem

A Polícia Federal informou que na residência usada pelos criminosos em Vila Isabel as peças eram retiradas e passavam por processo de usinagem e montagem do armamento. Os suspeitos utilizam impressoras 3D. Depois de prontas, as armas eram distribuídas para traficantes, milicianos e assassinos de aluguel.

O dinheiro utilizado para a compra do armamento era enviado através de doleiros. Um brasileiro, que é dono de churrascarias em Boston, recebia parte do montante e repassava para os alvos residentes nos EUA.

Ainda de acordo com a PF, os criminosos investiam o dinheiro em imóveis residenciais, criptomoedas, ações, veículos e embarcações de luxo. Por isso, além dos mandados, a Justiça autorizou o sequestro de bens, avaliados em cerca de R$ 10 milhões.

O senador Marcos do Val (Pode-ES) alterou o projeto que facilita o acesso a armas de fogo para colecionadores e atiradores para caçadores, atiradores e colecionadores (CACs) no Senado, ampliando o escopo da proposta e estendendo o porte de armas para uma série de categorias. A oposição reagiu à manobra e conseguiu votos para adiar a votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O texto voltará à pauta do colegiado na próxima semana.

O relator alterou o texto de última hora para garantir o porte de armas a uma série de profissionais, incluindo agentes socioeducativos, defensores públicos, policiais das Assembleias Legislativas, oficiais de justiça, agentes de trânsito e membros do Congresso Nacional.

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"Recebemos uma quantidade bem expressiva de sugestões dos companheiros. Tentamos acatar o máximo, para ser um projeto bem equilibrado, sem radicalismo, mas que pudesse já ter efetividade para que possamos ter essa segurança jurídica que se faz necessária", justificou o relator.

A oposição afirmou que não havia acordo sobre as alterações e que o projeto se tornou um "libera geral" para o armamento. "O relator transformou o projeto numa verdadeira liberação de arma", criticou o líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA).

O projeto é de autoria do presidente Jair Bolsonaro (PL), que já se manifestou por diversas vezes favorável a um acesso amplo de armas à população. A proposta foi encaminhada após o presidente Bolsonaro revogar decretos que facilitam o porte e a posse de armas no País, no primeiro ano de mandato, em 2019.

O conteúdo foi desidratado na Câmara, que manteve apenas as alterações relacionadas aos CACs. O texto do Senado recupera parte do conteúdo original. Filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) vinculou a proposta à guerra na Ucrânia.

"Assim que começou a guerra, a primeira coisa que o atual presidente fez, porque havia passado uma legislação para desarmar a população, foi conceder porte de armas para a população civil, foi dar fuzil para a população defender sua nação e a sua pátria. É para isso que servem as armas também", disse Flávio.

O projeto altera o Estatuto do Desarmamento, que atualmente não possui regras específicas para caçadores, atiradores e colecionadores. Com a proposta, essa categoria terá direito a usar e registrar no mínimo 16 armas, das quais seis poderão ser de calibre restrito. Esse número poderá aumentar se houver autorização do Comando do Exército para um atirador.

Com dificuldade para fazer avançar no Congresso projeto que beneficia caçadores, atiradores e colecionadores, os chamados CACs, o deputado Eduardo Bolsonaro (União Brasil-SP) articula um movimento com aliados nas assembleias estaduais para dar porte de arma irrestrito aos integrantes dessa classe. O plano é aprovar regionalmente leis que buscam esvaziar a atuação de delegados da Polícia Federal, responsáveis pela análise dos pedidos de porte.

Levantamento do Estadão identificou projetos com a mesma finalidade em 13 Estados e no Distrito Federal, apresentados até o início de fevereiro. Em pelo menos dois deles (DF e Rondônia), já foram aprovados. Os textos, fomentados pelo filho do presidente Jair Bolsonaro, são semelhantes. Dois autores admitiram à reportagem que o projeto teve participação de lobistas pró-armas.

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Os projetos visam reconhecer os CACs, o maior segmento armado do País, como "atividade de risco". Esse status não assegura direito imediato ao porte de arma para a categoria, mas pode impossibilitar a PF de analisar caso a caso as novas solicitações.

Cabe a delegados federais avaliar a "efetiva necessidade" de quem solicita o porte - condição que possibilita a livre circulação com armamento. Os CACs já estão autorizados a transitar com armas municiadas desde que estejam se deslocando de casa para o local oficial de tiro. Eles alegam que a condição é restritiva e pode colocá-los em situações irregulares em caso, por exemplo, de mudança de rota por razões emergenciais.

CRESCIMENTO

Uma série de portarias e decretos de Bolsonaro tem ampliado a expedição de registros de CACs pelo Exército e permitido compras de mais armas e munições. Os CACs eram 255 mil, em 2018. Agora, de acordo com dados oficiais de dezembro, são 465 mil - um atirador pode ter até 60 armas. O efetivo das polícias militares de todo o Brasil, na ativa, é de cerca de 406 mil homens, segundo dados oficiais. Nas três Forças Armadas, são cerca de 350 mil militares.

O lobby de Eduardo Bolsonaro é operado em conjunto com Marcos Pollon, presidente da Pró-Armas. A entidade se inspira na Associação Nacional do Rifle (NRA, na sigla em inglês), dos Estados Unidos. "Comentem, falem, mandem e-mail, telefonem para o seu deputado estadual. Fazer um projeto de lei é simples", disse Eduardo em conversa com Pollon, no início de fevereiro.

Pollon orienta pessoalmente os deputados sobre como propor o projeto. Ele admite que o objetivo de aprovar leis nos Estados é fugir da pressão em Brasília. No Congresso há um projeto de lei com finalidade parecida desde 2019. "É mais fácil se organizar nos Estados. Se for pautado na Câmara e no Senado, eles serão achincalhados, como está acontecendo. Nos Estados, o ataque é menos incisivo", afirmou, durante transmissão com Eduardo, na internet.

Para o presidente da Pró-Armas, o apoio de Eduardo tem sido fundamental. "Vocês não têm ideia do que esse cara faz de bastidor. Ele é um monstro, um gigante. O que aparece é só a ponta do iceberg", afirmou. O deputado Roberto Duarte (MDB-AC) admitiu que o projeto que apresentou veio pronto de representantes da Pró-Armas. O soldado Adriano José (PV), deputado no Paraná, disse que seu projeto "foi construído" por sua assessoria jurídica "juntamente com o Pró-Armas no Estado".

As consequências da mobilização preocupam especialistas. "É um esforço para vencer no cansaço", disse a diretora executiva do Instituto Sou da Paz, Carolina Ricardo.

Procurado, Eduardo não respondeu. Pollon negou que tenha enviado projetos prontos a deputados estaduais. Disse que apenas tem "atuação política" na defesa da pauta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Supremo Tribunal declarou a inconstitucionalidade de uma lei de Alagoas que concedeu aos procuradores do Estado a prerrogativa de portarem arma de fogo. Por unanimidade, os ministros acompanharam o voto do relator, Alexandre de Moraes, que considerou que não é cabível que o Estado outorgue o porte de armas de fogo a categorias funcionais não contempladas pela legislação federal.

"Além de extravagar as hipóteses da lei federal, a lei complementar alagoana introduz uma hipótese de autorização ao porte de arma cuja disciplina se revelaria incipiente a nível estadual, na contramão do regramento preciso desenvolvido em âmbito federal, com o Estatuto do Desarmamento, e em total desconsideração ao significativo avanço promovido por este marco legal de política criminal cujo escopo demanda a uniformidade de um regramento nacional", ponderou Alexandre em seu voto.

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A decisão foi proferida durante julgamento realizado no Plenário Virtual da corte - no qual os ministros depositam seus votos à distância - entre os dias 18 e 25 de fevereiro. Os ministros acolheram a ação proposta pela Procuradoria-Geral da República, que sustentou que o Estatuto do Desarmamento não contemplou os Procuradores estaduais entre os agentes públicos que podem deter o porte de arma.

Ao defender a norma, o governo de Alagoas argumentou que o Estatuto do Desarmamento estabeleceu 'um rol meramente exemplificativo' para o porte de arma e argumentou que a lei estadual tem o objetivo de 'salvaguardar os procuradores, conferindo porte funcional tal qual aquele previsto para membros do Poder Judiciário e do Ministério Público'.

Em seu voto, Alexandre detalhou a criação do Estatuto do Desarmamento, ressaltando que, na referida lei, o porte de arma ficou restrito a um conjunto específico de agentes públicos, que eventualmente podem ter um porte funcional, concedido em razão de suas atribuições, mas ainda cumprindo as formalidades previstas na lei.

O ministro também destacou que o Poder Legislativo centralizou, em âmbito federal, dentro das competências de um órgão da União, a Polícia Federal, a atribuição de conceder o porte funcional para aqueles que 'comprovarem os requisitos legais para sua obtenção'. Assim, os agentes públicos estaduais e municipais se submetem à autorização de órgão federal.

Nessa linha, o magistrado entendeu que, caso fosse permitido que normas estaduais ou municipais concedessem o porte de armas a outros agentes públicos que não aqueles elencados na lei federal, 'parcela significativa da disciplina conferida ao porte de arma não se lhes aplicaria, por ausência de previsão legal'.

Isso porque o Estatuto do Desarmamento 'condicionou o porte de algumas categorias de forma peculiar, limitando-o operacionalmente para uns, além de afastar determinados requisitos para sua obtenção em relação a outros', explicou o ministro.

A Alemanha irá entregar à Ucrânia mil lançadores de foguetes antitanque e 500 mísseis terra-ar do tipo Stinger, em seu pacote de ajuda frente à invasão russa, anunciou o governo neste sábado.

A entrega será feita "o mais rapidamente possível", assinalou o governo alemão, cuja decisão marca uma ruptura, uma vez que ele proibia, desde o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-45), exportações de "equipamentos letais" a zonas de conflito.

O chefe de governo alemão, Olaf Scholz, explicou que "a agressão russa contra a Ucrânia marca uma mudança de época e ameaça a ordem estabelecida no pós-guerra. Nesta situação, é nosso dever ajudar, o tanto quanto pudermos, a Ucrânia contra o exército invasor de Vladimir Putin".

A Polícia Federal (PF) cumpre nesta quinta-feira (10), no estado do Rio de Janeiro, 27 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de fraudar documentos para adquirir, possuir e portar arma de fogo. Comerciantes são suspeitos de vender armas mesmo sem a documentação correta. A operação Confessio tem o apoio do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados da 1ª Região Militar do Exército.

Segundo a PF, a investigação começou depois de denúncia sobre a existência de sistemática falsificação e uso de Certificados de Registro de Arma de Fogo (CRAF) por pessoas que queriam ludibriar a fiscalização e portar livremente armas de fogo. Também eram falsificados certificados de registro (CR), guias de tráfego e requerimentos para aquisição de arma de fogo e acessório.

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Irregularidades

O esquema envolvia despachantes, adquirentes, CACs (caçadores, atiradores e colecionadores) e comerciantes de arma de fogo que permitiam aos adquirentes comprar armas ilegalmente. Os comerciantes ainda entregavam os produtos sem a guia de tráfego válida e sem efetuar a conferência de autenticidade dos documentos.

Os investigados responderão pelos crimes de falsificação de documento público federal, uso de documento falso, comércio ilegal de arma de fogo e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Federal da Subseção Judiciária de São João de Meriti, no Rio.

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Uma organização criminosa com atividade em Pernambuco, Santa Catarina e no Paraná é alvo de uma operação de repressão ao tráfico de drogas na manhã desta quinta-feira (3). Uma arma foi apreendida pela Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) até o momento, junto com pedras de crack, além da prisão de dois suspeitos.

O grupo é investigado desde junho de 2020 pelos indícios de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro.

A Vara Criminal de Tamandaré, na Mata Sul do estado, expediu 33 ordens judiciais, sendo 20 mandados de prisão e 13 de busca e apreensão.

Os mandados são cumpridos por 80 policiais no Recife, nas cidades de Tamandaré, Itaquitinga, Palmares, e em Joinville, Santa Catarina.

A Ucrânia confirmou nesta quarta (26) que recebeu em Kiev, na terça-feira (25) um carregamento com armas, munições e equipamento militar dos EUA. Segundo a vice-ministra ucraniana da Defesa, Hanna Maliar, a carga faz parte de um pacote de US$ 200 milhões aprovado pelo presidente americano, Joe Biden, para reforçar a segurança do país diante de uma iminente invasão da Rússia.

Além da ajuda direta, Biden também trabalha nos bastidores para tentar conter o avanço russo. Ontem, ele afirmou que estuda sanções pessoais contra o presidente Vladimir Putin, caso ele decida invadir a Ucrânia. O Kremlin respondeu, afirmando que a medida seria um risco. "Sanções individuais contra Putin não seriam dolorosas, mas politicamente destrutivas", disse o porta-voz do governo, Dimitri Peskov.

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As portas para uma saída diplomática, no entanto, parecem cada vez mais fechadas. Os EUA apresentaram ontem por escrito sua resposta à exigência da Rússia de vetar a adesão da Ucrânia à Otan. Na mensagem, entregue pelo embaixador americano em Moscou, John Sullivan, a Casa Branca rejeita o pedido e defende o direito ucraniano de fazer parte da aliança. Em Bruxelas, o embaixador russo recebeu a mesma resposta dos países da Otan.

Horas antes, o chanceler da Rússia, Sergei Lavrov, havia ameaçado adotar retaliações se as respostas dos EUA e da Otan não satisfizessem o Kremlin. "Se o Ocidente continuar seu curso agressivo, Moscou tomará as medidas retaliatórias necessárias", afirmou Lavrov em discurso ao Parlamento. "Não permitiremos que nossas propostas se percam em discussões intermináveis."

A movimentação de soldados e armas indica que um conflito é iminente. A Rússia tem 100 mil homens mobilizados na fronteira com a Ucrânia, enviou tropas para Belarus e iniciou um exercício militar em várias partes de seu território. Do outro lado, membros da Otan despacharam caças e navios de guerra para o Leste da Europa e os EUA colocaram 8,5 mil soldados de prontidão para serem deslocados para a região.

Ontem, a vice-secretária de Estado dos EUA, Wendy Sherman, afirmou que a Rússia deve atacar em algumas semanas. "Tudo indica que Putin fará uso da força militar em algum momento, talvez entre agora e meados de fevereiro", disse.

Pedido de calma

No entanto, mesmo diante da intensa movimentação, o governo ucraniano dá sinais de que não acredita em uma invasão em larga escala. Ontem, o presidente da Ucrânia, Volodmyr Zelenski, pediu calma à população. "Proteja seu corpo dos vírus, seu cérebro das mentiras, seu coração do pânico", disse.

Em artigo publicado na segunda-feira (24) Andriy Zagorodnyuk, ex-ministro da Defesa da Ucrânia, afirmou que a Rússia não tem o número de soldados necessário para uma invasão em larga escala. Vários elementos estão faltando, segundo ele, incluindo grupos táticos, tanques e paraquedistas, além da falta de pessoal para atuar nos poucos hospitais de campanha montados.

Analistas da Rochan Consulting, com base na Polônia, calculam que a Rússia tenha cerca de 68 batalhões de prontidão na fronteira da Ucrânia e 11 em Belarus. Especialistas americanos acreditam, no entanto, que uma invasão exigiria pelo menos 100 batalhões. Outros analistas ocidentais afirmam que, com base na dificuldade em manter o controle do Iraque, os russos precisariam de pelo menos o dobro disso para combater uma contrainsurgência na Ucrânia. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As regras sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo para caçadores, atiradores e colecionadores (grupo conhecido como CACs) devem ser tema de discussão no Senado em 2022. O PL 3.723/2019, projeto de lei que trata do assunto, estava na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado em dezembro de 2021, mas um pedido de vista coletivo acabou fazendo com que a sua votação fosse adiada. A expectativa é de que o texto volte a ser discutido após o recesso parlamentar, que termina em fevereiro.  

O projeto foi apresentado pelo Poder Executivo em junho de 2019. A matéria foi aprovada pela Câmara dos Deputados (onde passou por alterações) no final daquele ano, quando foi enviada para o Senado. Entre seus pontos mais polêmicos está a eliminação da exigência de marcação de munições. O texto revoga o artigo do Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826, de 2003) que exige a venda de munições em embalagens com código de rastreio e a venda de armas com dispositivo de segurança e identificação, gravada no corpo da arma.

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O texto também autoriza a aquisição de no mínimo 16 armas para CACs, sendo até seis de uso restrito. Não está indicado o limite máximo de aquisição, que poderá ser expandido em regulamentação do Comando do Exército. Outro ponto da proposta que vem recebendo críticas é a autorização automática de recarga caseira de munição para todos os CACs.

Os defensores do projeto argumentam que há necessidade de segurança jurídica para o grupo ao qual se refere o texto. Segundo o relator da matéria, senador Marcos do Val (Podemos-ES), cresce cada vez mais o número de armas registradas no país e todas essas novas armas seguem as regras previstas em decretos presidenciais. Ele afirma que o tema precisa estar consolidado em lei, já que grande parte desses decretos está sendo questionada no Supremo Tribunal Federal (STF).

"Achei ser ideal o momento agora por causa do que vem acontecendo, a interferência do STF em legislar, em tomar decisões monocráticas e, em pleno recesso, quando os ministros do STF podem tomar decisões monocráticas, não do colegiado, ser possível derrubar os decretos que estão hoje em vigor", declarou Marcos do Val durante a última discussão do projeto no Senado, em dezembro.

Decretos

Já os senadores e as instituições que são contra o projeto argumentam que a insegurança jurídica existe justamente porque o Executivo extrapola a sua competência ao tratar do tema por meio de decretos e portarias, em vez de promover uma discussão ampla para aprovar projetos sobre o assunto. Vários dos instrumentos utilizados pelo governo são questionados por projetos de decreto legislativo que buscam sustar seus efeitos.

Em setembro passado, o Supremo Tribunal Federal julgaria 14 ações sobre decretos e portarias do governo federal relacionadas a posse, compra, registro e tributação de armas e munições. O julgamento, no entanto, foi suspenso após pedido de vista do ministro Kassio Nunes Marques. Com isso, até que o assunto seja julgado pelo plenário do STF, ficam valendo as decisões individuais tomadas pelos ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Rosa Weber, relatores dos processos, que suspenderam parte das modificações feitas pelo governo.

"O que está acontecendo na prática, e eu respeito quem pensa diferente, é dar um balão, no linguajar futebolístico, fazendo alterações por decretos, que foram parar no STF. Eu tenho minhas discordâncias com o STF, todo mundo sabe disso, mas respeito as decisões que vêm da Corte", disse o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) ao defender uma maior discussão do projeto.

Chancela

O relatório de Marcos do Val foi favorável à aprovação do texto com as mudanças feitas pelos deputados federais. Ele argumentou que havia pressa para tratar dessa regulamentação, e que eventuais alterações no Senado fariam o projeto voltar à Câmara dos Deputados. Mas, para muitos dos parlamentares que defendem uma discussão mais ampla da matéria, o Senado não pode simplesmente aprovar as alterações feitas pela Câmara no projeto do Executivo. 

"Eu entendo que o senador Marcos do Val está fazendo um esforço, mas, veja, é um esforço para manter o projeto do jeito que veio da Câmara. Se tiver de voltar [à Câmara], não tem problema. É um tema que precisa ter as digitais dos senadores e das senadoras. A gente precisa aprofundar isso, até porque a gente pode trazer um equilíbrio federativo da compreensão dos diversos estados. É para isso que a gente existe como Casa Revisora", registrou o senador Rogério Carvalho (PT-SE).

CACs

Para o senador Lucas Barreto (PSD-AP), não aprovar o projeto poderá colocar em risco clubes de atiradores e outras empresas relacionadas ao setor. Ele afirma que é preciso tirar o debate sobre os CACs da “polarização política” e garantir segurança jurídica a esse grupo, o que levaria a resultados positivos na economia.

"A gente está defendendo o direito do cidadão de bem. A gente tem de fazer que se fiscalize na fronteira para que não se contrabandeiem armas, porque o bandido está lá, armado; ele não passa por controle de munição, de nada", declarou Lucas Barreto.

De acordo com o senador Luiz do Carmo (MDB-GO), não se trata de uma liberação irrestrita de armas, mas de permitir a diversão de pessoas de bem.

"Esse projeto trata, simplesmente, de diversão para as pessoas. As pessoas não podem se divertir? Eu nunca vi um CAC ser mau elemento. Nunca vi! Todas as pessoas que chegam perto de mim são pessoas do bem", afirmou Luiz do Carmo.

O senador Carlos Viana (PSD-MG), por sua vez, argumentou que o projeto não altera as regras para o porte de armas e nem incentiva sua compra. Segundo ele, a discussão é apenas sobre a questão dos CACs.

"Não se está aqui, em momento algum, incentivando a compra de armas ou a facilitação para que a pessoa possa portar uma arma no meio da rua. Não é disso que estamos falando. Quem levantar essa polêmica está, infelizmente, desinformando as pessoas", disse.

Momento

Os senadores contrários ao projeto, além de afirmarem que o texto flexibiliza o Estatuto do Desarmamento, criticam a pressa para aprovar o texto no momento de dificuldades que o país enfrenta.

"Nós temos aí uma desigualdade: 80 milhões de brasileiros em situação de pobreza ou de extrema pobreza; e o 1% mais rico possui quase a metade da fortuna brasileira. E nós estamos aqui debatendo flexibilização no Estatuto do Desarmamento! Eu não acho que seja razoável", protestou o senador Fabiano Contarato (PT-ES).

O senador José Aníbal (PSDB-SP) também ressaltou que o texto precisa ser debatido com profundidade no Senado.

"Eu ouvi uma manifestação do senador relator da matéria [Marcos do Val], e ele disse que o pessoal dos clubes de tiro está reclamando, porque eles não vão ter as armas necessárias para fazer seus treinamentos e que, com o projeto, eles poderão adquirir essas armas. Eu fiquei aqui imaginando se esta nossa conversa tem sentido de realidade ou é surrealista, e a impressão que me dá é que ela é surrealista", criticou José Aníbal.

Ainda não há data prevista para a votação do projeto.

*Da Agência Senado

A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou novas regras para embarque armado e o despacho de armas de fogo e de munições em aeroportos do País. Segundo a proposta, apenas integrantes das Forças Armadas, de órgãos policiais ou outros agentes públicos com prerrogativa de porte de arma de fogo poderão ser autorizados a entrar armados em aeronaves civis. Em todos os casos, o armamento deverá ser transportado sem munição, podendo ser recarregado apenas em local apropriado após o desembarque. 

Caberá às Forças Armadas e aos órgãos policiais estabelecerem os requisitos para a autorização do embarque armado de seus respectivos integrantes. No caso de agentes públicos com porte de arma, os requisitos serão definidos pela Polícia Federal. Em ambos os casos, os requisitos devem estar de acordo com procedimentos definidos pela Anac. 

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O ingresso armado de integrantes das forças em aeronaves civis fica ainda condicionado à aprovação prévia em curso específico sobre porte de arma de fogo, ministrado pelo respectivo órgão e com grade curricular padrão estabelecida pela Polícia Federal. 

O texto aprovado é o substitutivo do relator, deputado Nicoletti (PSL-RR), ao Projeto de Lei 2688/19, do deputado Alexandre Leite (DEM-SP), que altera o Código Brasileiro de Aeronáutica e a lei que criou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). 

“Para melhor regulamentar o tema dentro do arcabouço jurídico existente, apresentamos uma nova redação sobre o projeto de lei proposto, estabelecendo procedimentos para desmuniciamento, despacho, transporte e embarque armado”, diz o relator.  Despacho de armas de fogo Nos casos de despacho de arma de fogo e munições, o transporte até a aeronave deverá ser realizado por servidor policial da Polícia Federal ou por servidor policial de outro órgão de segurança pública conveniado, de maneira segura e fora do alcance dos demais passageiros e trabalhadores do aeroporto. 

Apenas no caso em que o detentor da arma ou munição seja integrante das forças de segurança, o transporte até a aeronave poderá ser feito por ele próprio, acompanhado de um funcionário da empresa aérea. 

Extravio Por fim, o substitutivo retira a limitação para o valor da indenização relacionada ao extravio de bagagem nos casos em que o passageiro demonstrar, de forma inequívoca, o valor da bagagem despachada. 

“Essa última mudança é necessária para fazer frente aos casos relacionados ao extravio de armas, algo infelizmente comum, onde o valor da bagagem supera, e muito, o atualmente previsto como limite”, justifica o relator. 

Tramitação

O projeto será ainda analisado, em caráter conclusivo, pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. 

*Da Agência Câmara de Notícias

Nesta quinta-feira (9), a Polícia Civil de Pernambuco cumpre 16 mandados em cinco cidades do Grande Recife, sendo três de prisão e 13 de busca e apreensão, contra uma organização suspeita de fraudar concursos públicos. Pontos eletrônicos, documentos falsos e armas foram localizadas na operação.

As investigações da Operação Ponto de Corte iniciaram em janeiro deste ano com objetivo de desarticular a associação criminosa que atuava em certames públicos.

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Ao todo, 70 policiais cumprem as ordens judiciais expedidas pela Vara Criminal de Gravatá em Olinda, Recife, São Lourenço da Mata, onde ocorreram as prisões, e em Paulista e Camaragibe. 

Armas, munições, chaves de transmissão, além de pontos eletrônicos e documentação falsa foram apreendidos com os suspeitos. Todo material foi levado ao Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais, no bairro de Afogados, Zona Oeste do Recife.

Mais detalhes sobre a operação serão repassados pelas autoridades em um coletiva de imprensa agendada às 11h.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) publicou um vídeo em suas redes sociais, nesta terça-feira (9), de uma criança em um evento de armas e associou a posse e conteúdos armamentistas com a masculinidade das crianças e próximas gerações. “Não permita que retirem a masculinidade das futuras gerações, isso sim é anti-natural”, afirmou em trecho. 

No vídeo publicado uma criança parece “brincar” com uma arma de grosso calibre em exposição armamentista em outro país, ela faz os movimentos de destrave e simula atirar, até a chegada de uma mulher que está sendo filmada e que começa a conversar com o garoto, achando interessante o seu conhecimento técnico e prático. “Qual seu nome? Sua idade?”, chega questionando. “Maverick” responde a criança, que aponta ter apenas quatro anos e recebe solicitação para mostrar novamente o que estava fazendo com a arma, aos risos.

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Para mostrar como entende mais do que estava fazendo, a mulher pede para que retire o cartucho da arma e a coloque novamente, o que é feito com a maior facilidade. “Toca aqui”, diz ela animada para criança.

Na legenda do vídeo, Eduardo Bolsonaro reflete sobre sua infância e crescimento, apontando que armas foram importantes para a formação da sua masculinidade. “Brinquei de revólver de espoleta, polícia e ladrão, assisti Rambo, meus pais sempre tiveram arma em casa e sempre respeitei a todos que me respeitaram. Não permita que retirem a masculinidade das futuras gerações, isso sim é anti-natural”, publicou.

Assim como o pai e presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), Eduardo é defensor ferrenho da ampliação do porte de arma no Brasil. Desde que Bolsonaro assumiu o comando do país diversas regras foram flexibilizadas.

Confira publicação:

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Policiais devem estar presentes em todas as filmagens envolvendo armas, disse Alec Baldwin nesta segunda-feira (8), semanas depois de disparar o tiro que matou uma integrante do filme que estava gravando no Novo México.

O ator e produtor disparou um revólver Colt .45 que, segundo o que lhe disseram, estaria seguro, e acertou a diretora de fotografia Halyna Hutchins, que acabou morrendo no set do faroeste "Rust".

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"Todo set de cinema/TV que usa armas, falsas ou não, deveria ter um policial pago pela produção especificamente para monitorar a segurança das armas", tuitou Baldwin.

A polícia está investigando o incidente e os promotores não descartam apresentar acusações, inclusive contra o próprio Baldwin.

Antes de ensaiar uma cena de tiroteio, Baldwin recebeu uma arma que afirmaram a ele estar "fria", uma expressão do jargão cinematográfico que indica que era segura. Segundo o ator, o "acidente" foi "um em um trilhão".

Desde a tragédia ocorrida em 27 de outubro, cresceram os apelos pelo aumento do controle das armas usadas no audiovisual. Baldwin havia dito anteriormente que estava "muito” interessado nisso.

Uma petição online para banir as armas dos sets recebeu 110 mil assinaturas e celebridades como Dwayne "The Rock" Johnson juraram nunca mais usar armas reais em filmagens.

O xerife que investigou o incidente disse que parecia haver "complacência" no set em relação às armas de fogo.

Além disso, a inexperiência da armeira do filme, de 24 anos, foi criticada. Hannah Gutierrez-Reed afirmou que não sabia que havia "balas reais” no set.

Diversas regiões da Itália apresentaram nesta quarta-feira (3) à Comissão da Agricultura um plano para controlar o "crescimento descontrolado da população da fauna selvagem, em particular de javalis".

O alerta foi feito em um documento aprovado pela conferência das regiões e províncias autônomas da Itália e propõe sete intervenções para combater a situação.

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Entre as solicitações está a introdução de "cifras específicas de apoio à polícia provincial na implementação de planos de controle ao surgimento dos animais, a prestação de cobertura de seguros em caso de danos causados pelos javalis, com uma indenização de 100%, além da constituição de uma comissão técnica nacional específica.

"O crescimento descontrolado da população de animais selvagens, em particular dos javalis, tornou-se uma verdadeira emergência em todo o país que causa danos consideráveis à agricultura, um aumento dos acidentes rodoviários com consequências por vezes fatais e riscos para a saúde e higiene relacionados com a propagação de doenças, como a peste suína africana, que podem comprometer todo o setor pecuário", diz o texto lançado pelos representantes da Conferência das Regiões durante audiência na Comissão de Agricultura da Câmara.

Segundo Cristiano Corazzari, vereador da região do Vêneto, "é urgente definir instrumentos de intervenção adequados, porque o quadro regulamentar nacional está desatualizado e deficiente".

"Precisamos fazer as regras mais efetivas da Lei nº 157/1992 e da Lei Delrio para permitir uma efetiva restauração do equilíbrio ambiental que a situação de desenvolvimento descontrolado da fauna silvestre nos últimos anos substancialmente comprometeu", acrescentou Corazzari.

Recentemente, a presença de javalis selvagens na ruas de alguns bairros de Roma, na capital da Itália, chegou a virar tema da campanha para a eleição à prefeitura, tendo em vista que os animais começaram a aparecer com frequência atraídos pelo lixo da cidade.

Da Ansa

Diante de casos de violência doméstica, juízes e juízas devem ordenar a apreensão de armas de fogo do agressor, mesmo que seja necessária a busca domiciliar ou pessoal do revólver. Essa é a nova recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aos magistrados brasileiros, na tentativa de prevenir novos crimes contra as mulheres. Em duas décadas, quase metade dos feminicídios foi por arma de fogo.

"A posse e a manutenção de arma de fogo colocam a mulher em risco maior. Muitas vezes, a vítima retorna para o convívio com o agressor", diz a juíza Domitila Manssur, integrante do grupo de trabalho do CNJ que elabora ações de combate à violência doméstica e familiar contra a mulher. "Ainda que ela não volte, o agressor continua com a possibilidade de usar a arma contra a vítima", acrescenta ela, do Tribunal de Justiça de São Paulo.

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A orientação do CNJ passou a valer esta semana. A Lei Maria da Penha prevê que o policial verifique se o agressor tem posse (direito de ter em casa ou no local de trabalho) ou porte de arma (direito de circular com o equipamento), notificar a ocorrência da violência doméstica à autoridade que fez a concessão e determinar a apreensão imediata. Nem sempre é o que ocorre.

A nova diretriz do CNJ dá mais autonomia aos juízes e promete tornar esse processo mais rápido. A gestão Jair Bolsonaro tem ampliado o acesso de cidadãos comuns a armas de fogo, uma bandeira de campanha. Desde 2019, foram mais de 30 normas nesse sentido, incluindo a redução de exigências para direito à posse, aumento do número de armas ou munição permitidas e frequência menor de testes psicológicos para quem deseja ter esse tipo de proteção.

Como resultado, os cidadãos estão mais armados. Entre 2019 e o ano passado, os brasileiros registraram 320 mil novas armas na Polícia Federal. De 2012 a 2018, o total havia sido de 303 mil. As autorizações concedidas pelo Exército a caçadores, atiradores esportivos e colecionadores também bateram recorde: 160 mil nos últimos dois anos. Bolsonaro sustenta que ter a arma assegura o direito à legítima defesa pessoal. Estudos científicos, porém, apontam que a maior circulação de revólveres e outros equipamentos do tipo aumenta a violência e eleva o risco de tragédias e acidentes em casa, cujo autor é conhecido da vítima. O Ministério da Justiça não comentou.

EX-MARIDO

A operadora de caixa Meire (nome fictício), de 40 anos, ainda está em choque após quase ser atingida por um tiro nesta semana, horas depois de ter se separado do ex-marido, um policial militar aposentado. Ele invadiu o local de trabalho da vítima, ameaçou funcionários e fez um disparo, mas errou o alvo.

O segundo tiro falhou. Os dois moram no interior paulista e, em julho, ela já havia obtido medida protetiva de urgência contra ele, por ameaças e agressões. Escondida na casa de amigos, em local desconhecido pelo suspeito, ela falou com a reportagem sob anonimato. "Tenho medo, muito medo, pois ele ainda não está preso. Não sei o que pode fazer. Ele ficou muito bravo por eu ter entrado com o pedido de divórcio, mas não podia mais continuar vivendo assim, sofrendo agressões e ameaças."

Na tentativa de matar a operadora de caixa, o ex-marido também ameaçou colegas de trabalho de Meire. A Delegacia de Defesa da Mulher local informou ter oferecido abrigo a Meire, mas ela preferiu a casa de amigos. Já a PM disse que a arma, que já foi apreendida, não pertence à corporação. Na pandemia, segundo especialistas, aumentaram os crimes de violência doméstica, uma vez que as famílias passaram a ficar mais tempo em casa, muitas vezes em situação de vulnerabilidade econômica. Também cresceu o risco de subnotificação, diante do convívio social reduzido e da dificuldade de ir à polícia fazer uma denúncia.

Para Cristina Neme, coordenadora de Projetos do Instituto Sou da Paz, a medida do CNJ é importante porque a violência doméstica tem um caráter cíclico e de repetição. "Se não interrompida, pode se agravar." De 2000 a 2019, diz levantamento do Sou da Paz com dados oficiais, 51% dos assassinatos de mulheres no Brasil foram por arma de fogo. A maioria era negra.

CONJUNTO

A recomendação aos magistrados se soma a outras medidas recentes do CNJ nessa área. Em agosto, o órgão solicitou que juízes analisem, em até 48 horas, os casos de descumprimento de medidas protetivas concedidas a mulheres que enfrentam violência doméstica. Isabela Del Monde, cofundadora da Rede Feminista de Juristas, elogia o esforço. "O CNJ divulgou semana passada um protocolo de gênero para julgamentos:", diz ela, que também coordena o MeToo Brasil, iniciativa mundial para ampliar a voz de vítimas de violência.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A morte da diretora de fotografia Halyna Hutchins, após levar um tiro de uma arma cenográfica apresentada como inofensiva ao ator Alec Baldwin durante as filmagens de um western, voltou a acender a polêmica sobre o uso de armas de fogo em sets de cinema.

- Quais são as regras sobre armas de fogo em sets de filmagem nos Estados Unidos?

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No "boletim de segurança", divulgado pela indústria do cinema e da televisão constam regras estritas e muito detalhadas.

As mais importantes, em maiúsculas no cabeçalho do documento, estipulam: "Os cartuchos de festim podem matar. Tratar todas as armas de fogo como se estivessem carregadas. Nenhuma 'munição real' deve ser usada jamais ou levada a um estúdio ou um set".

Tratam-se, no entanto, de "recomendações", não obrigatórias.

Nenhuma lei federal se aplica especificamente ao uso de armas de fogo em sets. A maioria dos estados americanos adota as regras de segurança no trabalho ou às armas de fogo em geral.

- Quais são as qualificações dos armeiros nas filmagens?

"Não há escolas de armeiros no cinema. Geralmente, a gente se torna aprendiz em uma sociedade de locação de armas e é enviado às filmagens, aprende-se fazendo", explica à AFP Guillaume Delouche, armeiro de Hollywood há 30 anos.

Segundo ele, a Califórnia é o único estado que exige que "todas as pessoas encarregadas de armas" em uma filmagem, armeiros ou cenógrafos, façam uma formação específica de quatro horas sobre as regras de segurança que devem seguir em um set de filmagens.

- Que tipos de armas de fogo são usados em uma filmagem?

São usados dois tipos de armas diferentes: armas inertes, de plástico ou látex, e armas capazes de produzir uma detonação. Os cineastas as preferem pela chama visível que sai do cano, embora esta possa ser acrescentada na pós-produção com efeitos especiais.

"Quando falamos de 'acessórios' em uma filmagem, nos referimos a uma réplica em látex que não dispara. Não é uma pistola de festim", explica no Twitter SL Huang, dublê e armeira do cinema. "As armas de festim são armas reais", capazes de atirar balas reais, insiste.

Os canos das armas automáticas e semiautomáticas são tampados, mas as armas manuais, como revólveres e carabinas do tipo Winchester usadas nos western, são usadas sem alterações, explica Delouche.

- São usadas balas reais? Qual é a diferença para um cartucho de festim?

"O que se chama de munição real é uma bala de verdade, um cartucho no qual se coloca um projétil que acabará seu percurso em um alvo, após ter passado pelo cano", lembra Delouche.

No cinema, as munições reais são usadas em raríssimas ocasiões, "e unicamente em campos de tiro ou locais apropriados", absolutamente nunca em um set, diz.

Um cartucho de festim não contém projétil, apenas uma carga de pólvora, e um detonador que a ativa para produzir a explosão.

Há, por fim, uma terceira de categoria de munições, as balas de teste.

"Desde 1993 as fabricamos nós mesmos, não são balas verdadeiras neutralizadas, mas balas fabricadas para ser inertes: jamais houve detonador ou pólvora", o que evita acidentes, explica Delouche.

Estas balas são usadas para dar ilusão de munição real, por exemplo para um primeiro plano do carregamento de uma arma.

- O que significa 'arma fria'?

A arma entregue a Baldwin foi apresentada como uma "arma fria". Na linguagem do cinema, significa uma arma totalmente vazia, sem sequer um cartucho de teste no interior. Pode ser manipulada livremente e acionada sem perigo.

"Quando uso uma arma fria, sou MUITO CLARA com os atores e a equipe a respeito. Eu a abro e mostro que a arma é fria", afirma SL Huang.

Quando as filmagens passam para as "armas quentes", carregadas com cartuchos de festim, anuncia-se repetidamente em voz alta e por rádio para que todo mundo saiba.

"Não se carrega o número exato de cartuchos de festim necessários para a cena. Só usamos as 'armas quentes' pelo tempo necessário para a gravação dos disparos", cenas geralmente "muito, muito curtas", continua SL Huang.

"Quando a cena termina, entramos e verificamos as armas. Ninguém se mexe até que acabemos", insiste.

- As regras de segurança são eficientes?

Desde 1993 e após a morte do ator Brandon Lee, "não houve nenhum incidente com armas de fogo em um set", porém mais de 40 foram registrados em outros locais (construção, acrobacias, etc...), observa Delouche.

SL Huang insiste na multiplicação de checagens para evitar que um erro isolado termine em tragédia. "Se alguém comete um erro, há outros múltiplos" fatores "que garantem a segurança", argumenta.

Atraente e carismático, Alec Baldwin construiu uma trajetória versátil em Hollywood, marcada por papéis que pareciam feitos sob medida para ele, como sua paródia de Donald Trump ou o diretor de televisão Jack Donaghy de "30 Rock".

Agora, o ator de 63 anos vive um drama pessoal ao virar o epicentro de uma tragédia em um set de filmagem, após o disparo de uma arma cenográfica que matou a diretora de fotografia Halyna Hutchins durante a produção do filme "Rust".

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Halyna Hutchins, de 42 anos, foi ferida quando "uma arma cenográfica foi disparada por Alec Baldwin, produtor e ator", informou o gabinete do xerife do condado de Santa Fé em um comunicado.

Hutchins "foi levada de helicóptero para o Hospital da Universidade do Novo México, onde foi declarada morta pelos médicos", afirma a nota.

O diretor do filme "Rust", Joel Souza, ficou ferido. "Ele foi transportado de ambulância" para um centro médico para receber atendimento. A atriz Frances Fisher, que está no elenco do longa-metragem, informou no Twitter que Souza já recebeu alta.

Baldwin, nascido em 1958 e o mais velho dos quatro irmãos Baldwin - todos atores -, teve alguns papéis na televisão antes de conquistar a fama com a comédia "Beetlejuice" em 1988.

A sua versatilidade foi demonstrada com papéis em filmes diversos como "Caçada ao Outubro Vermelho", "Infiltrados", "Uma Secretária de Futuro" e "Uma Loira em Minha Vida", no qual atuou com Kim Bassinger, com quem foi casado durante uma década.

Mas foi a comédia que rendeu muitos prêmios para Alec Baldwin.

Ele recebeu 19 indicações ao Emmy e venceu o prêmio em duas oportunidades (2008 e 2009) como melhor ator de série de comédia por "30 Rock" .

Sua paródia de Donald Trump no Saturday Night Live (SNL) aumentou a audiência do programa e rendeu o terceiro Emmy de sua carreira a Baldwin em 2017.

Alguns quadros da imitação de Baldwin do ex-presidente americano têm mais de 20 milhões de visualizações no YouTube, tanto durante a campanha eleitoral como depois que Trump venceu a presidência.

A paródia irritou o republicano, que em dezembro de 2016 reclamou no Twitter que "não poderia ser pior" e "acredito que chegou o momento de nos livrarmos desde chato e nada divertido show".

"Fazer de Trump sua piada recorrente pode ter se tornado o grande marco de sua carreira", escreveu a revista Atlantic em maio.

Nos últimos anos, Alec Baldwin teve muitos papéis coadjuvantes, mas com algumas interpretações elogiadas, como o marido de mulher com Alzheimer em "Para Sempre Alice" ou um golpista financeiro em "Blue Jasmine".

Além de várias peças na Broadway, Baldwin também é conhecido por seu caráter irascível e as brigas com os paparazzi

Em uma ocasião, ele proferiu insultos homofóbicos contra um fotógrafo que tentava fazer imagens de sua esposa Hilaria e sua filha pequena quando estavam em um veículo diante da casa. Também teve uma longa batalha legal por assédio com uma atriz de Quebec, Geneviève Sabourin, condenada a seis meses de prisão.

Baldwin e Bassinger se separaram no ano 2000.

Ele é casado desde 2012 com Hilaria Baldwin, com quem tem seis filhos.

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