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Ainda que contasse com um arco amplo de alianças mais ao centro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue tendo seu desempenho em eleições fortemente correlacionado ao subdesenvolvimento dos municípios do Brasil. No último domingo, 2, o petista foi vitorioso em 97% das mil cidades mais pobres.

Essas são cidades vulneráveis em que o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) não passa de 0,58. Dentre esse grupo, Lula venceu em 977 delas e obteve uma média de votos que chega a 75%. Já o presidente Jair Bolsonaro (PL) ganhou em apenas 26 desses municípios (2,59%), com uma média de 37% dos votos. A apuração mostra que a estratégia do governo Bolsonaro de usar o benefício do Auxílio Brasil para angariar votos para o candidato à reeleição não funcionou como o planejado.

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O cientista político Leandro Consentino, professor do Insper, destaca que, mesmo que exista uma correlação aparente entre a pobreza da cidade e a votação para Lula, não é possível avaliar esse fator como o único determinante, uma vez que outras variáveis, como religião, devem ser consideradas.

Ele lembra a análise do professor André Singer, da USP, sobre a trajetória do lulismo, demonstrando que houve uma mudança de padrão de voto no decorrer do tempo. Ao longo das candidaturas de Lula, o PT deixou de ser um movimento fortemente associado à classe média e à chamada esquerda universitária para, a partir de 2006, depois das políticas de transferência de renda, como Bolsa Família, passar a representar o voto de boa parte da população mais vulnerável.

Contudo, há um forte caráter de identificação personalista. "É o voto no Lula e não necessariamente no PT. E foram três candidaturas petistas, duas da Dilma Rousseff e uma do Fernando Haddad. Agora, com a volta do Lula como o rosto do PT, essa associação ressurge", comenta. Para Consentino, a baixa votação de Bolsonaro nas cidades mais pobres pode significar uma rejeição por parte dos mais vulneráveis, que não se sentiram representados por suas políticas.

O fenômeno, entretanto, se inverte quando se olha para as cidades onde a qualidade de vida é maior - retratada com um IDHM maior ou igual a 0,73. Nessas localidades, Bolsonaro foi o escolhido entre os eleitores de 869 das mil cidades (86%). Nesse grupo de municípios desenvolvidos e concentrados no Sul e Sudeste, Lula foi o escolhido em apenas 148 (14,74%).

Em São Caetano do Sul (SP), cidade com maior IDH do País, o atual presidente venceu com 50,3% dos votos - em 2018, a sua vitória foi com 75,1% dos votos. Já em Melgaço (PA), município com menos de 10 mil habitantes e o menor IDH do País, a vitória foi de Lula com 64% dos votos - há quatro anos, Haddad também vencia na cidade, mas com 75,6% dos votos.

Do ponto de vista geográfico, o professor do curso de Geografia da Universidade Federal Fluminense (UFF), Ricardo Luigi ressalta que a ideia de desenvolvimento medida pelo IDH também inclui indicadores que vão além da perspectiva econômica, como a qualidade de vida, a saúde e a educação. Entram nesse contexto a possibilidade dos moradores exercerem a própria cidadania, por exemplo.

"O Brasil tem um desenvolvimento complexo em que coexistem avanços e retrocessos. Esse recorte das regiões mostra que o Brasil não pode ser determinado de forma simplista", afirma. Segundo o geógrafo, o aumento da desigualdade divide as demandas dos grupos sociais. Em uma ponta, pode existir a ideia de que o Estado atrapalha as liberdades individuais e, portanto, sua ausência seria celebrada; enquanto, na outra, a ausência de políticas públicas leva à insatisfação.

Regiões com menor IDH, portanto mais dependentes de equipamentos públicos, podem ser mais sensíveis ao sentimento de redução do bem-estar, por exemplo. Isso eleva a insatisfação com o governo e pode levar o voto ao candidato da oposição. Já as cidades mais ricas possuem outras demandas. "Dá lugar a uma ideia de que quanto maior a atuação do Estado, maior o entrave ao desenvolvimento da liberdade individual", aponta. Como o presidente Jair Bolsonaro representa um recorte determinado desse pensamento liberal, o voto nele pode se associar a essa visão e ser predominante nos locais de maior IDH.

Para cientista político e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Bruno Bolognesi, o voto dos mais pobres em determinados candidatos costuma ser baseado em interesses diretamente ligados às necessidades cotidianas. "Há uma racionalidade nisso. É preconceito sugerir que seja ignorância", comenta. O cientista político argumenta que a votação de Lula em cidades com baixo IDH pode ser referente a um processo de memória de tempos mais fartos, que é reforçado pela campanha petista. Já em cidades mais desenvolvidas, com uma classe média maior e necessidades materiais parcialmente resolvidas, outros aspectos, como a religião, passam a pesar mais. Ele reitera que padrões geográficos são comuns em eleições presidenciais e não são uma exclusividade brasileira. "Na França, Emmanuel Macron teve mais votos nos centros e Marine Le Pen na periferia", destaca.

Bolognesi também lembra da virada registrada na eleição de 2006, a partir das políticas de transferência de renda, como um ponto de atenção na trajetória de Lula. Ele destaca que na votação para o primeiro mandato como presidente, em 2002, Lula teve mais votos concentrados no bloco Sul e Sudeste, mas esse perfil vai mudando ao longo do tempo. Também Bolsonaro, em 2018, teve uma votação mais expressiva no Nordeste, por exemplo.

Cidades

O ex-presidente foi o candidato que venceu em mais cidades. Ao todo, 3.376 municípios brasileiros optaram pela volta do petista ao poder; dentre eles 11 capitais: Salvador, Fortaleza, São Luís, Belém, João Pessoa, Recife, Teresina, Natal, Porto Alegre, Aracaju e São Paulo.

Bolsonaro foi vitorioso em 2.194 cidades - sendo elas 16 capitais: Rio Branco, Maceió, Manaus, Macapá, Brasília, Vitória, Goiânia, Belo Horizonte, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Rio de Janeiro, Porto Velho, Boa Vista, Florianópolis e Palmas.

Nova Pádua, no Rio Grande do Sul, continua sendo a cidade mais bolsonarista do Brasil, só que dessa vez deu apenas 86% dos votos para o presidente. Em 2018 tinha dado 93%. Em Guaribas, no Piauí, atingiu 92% de lulismo ferrenho. Em 2018, a mesma cidade tinha revertido 98% dos votos para Haddad.

Maioria absoluta

No primeiro turno, Lula e Bolsonaro atingiram, juntos, maioria absoluta (50% dos votos mais um) em 85% dos municípios brasileiros. O petista alcançou esse patamar em 3.013 municípios, enquanto o seu adversário direto atingiu a mesma maioria em 1.761 cidades. Em 2018, Bolsonaro tinha a maioria absoluta em 1.987 municípios, enquanto Haddad atingiu a mesma maioria em 2.010 cidades.

Metodologia

O Estadão calculou a correlação entre o domínio de votos petistas e bolsonaristas em cada município para o primeiro turno, utilizando dados do Tribunal Superior Eleitoral, do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de 2010 e cálculo de Pearson para correlação linear. /Colaborou Gustavo Queiroz

O atacante Neymar Jr. postou um vídeo em suas redes sociais, na quinta-feira (29), em que declarava apoio à candidatura de Jair Bolsonaro (PL) à reeleição. Entretanto, o jogador reside em Paris, na França, e não transferiu seu título de eleitor quando saiu do Brasil, em 2013.

De acordo com o UOL, o local de votação do jogador é em Santos, litoral paulista. Por causa disso, o camisa 10 do Paris Saint-Germain terá que viajar até o Brasil se quiser depositar o seu voto nas urnas eletrônicas. 

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Neymar disputará uma partida pelo Campeonato Francês neste sábado, diante do Nice. No horário de Paris, a partida acontece às 21h (no horário de Brasília, às 16h). As eleições acontecem neste domingo, das 8h às 17h no horário de Brasília.

Recentemente, o Portal UOL apurou que apenas cinco jogadores da última lista dos convocados de Tite estão aptos a votar na cidade em que vivem: o zagueiro Marquinhos, companheiro de Neymar no PSG, os atacantes Vini Jr. e Rodrygo, ambos do Real Madrid, e os jogadores Pedro e Everton Ribeiro, do Flamengo.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, afirmou, nesta quarta-feira (28), que o processo de apuração das eleições no Brasil é ‘transparente’ e ‘fiscalizada’. Na manhã de hoje, Moraes levou representantes de partidos políticos, candidatos e entidades do governo à sala de totalização dos votos. A eleição acontece no próximo domingo (2) em todo o país.

Entre as pessoas que participaram da visita estavam o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, e o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto. O partido é o mesmo ao qual o presidente Jair Bolsonaro é filiado.

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“Nós realizamos hoje uma visitação à sala de totalização exatamente para mostrar o que já é óbvio, mas sempre é importante atuar com transparência, com lealdade a todos aqueles que fazem esse processo eleitoral para demonstrar que é uma sala como vocês puderam ver: é uma sala aberta, é uma sala clara, não é? Não é nem sala secreta, nem sala escura", disse o presidente do TSE após a visita.

De acordo com Moraes, a sala de totalização não é para uma contagem manual dos votos. “Esta sala não conta votos, não é contagem manual de votos, a partir do momento que cada urna eletrônica é finalizada, já saí o boletim com os votos, isso entra no sistema e Esse sistema já faz a contabilização dos votos, a partido programa que nós mesmos lacramos nas urnas no dia 2 de setembro. Não há participação humana. A sala de totalização é para evitar problema na rede, sobrecarga. A apuração é transparente, é auditada e fiscalizada”, argumentou.

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A Seção de Totalização (Setot) é uma das áreas da Secretaria de Tecnologia da Informação (STI) do (TSE) que desenvolve os sistemas de totalização e divulgação dos resultados O setor é composto por uma equipe de 20 servidores que trabalham em conjunto com outros setores do TSE e dos Tribunais Regionais Eleitorais (TRE).

A equipe não faz a totalização, que é realizada por um computador, que fica no Centro de Processamentos de Dados, sem qualquer interferência humana.

Importante lembrar que os sistemas em uso no dia da eleição são lacrados e assinados digitalmente antes das eleições e o resultado de cada seção eleitoral acontece assim que a eleição termina, às 17h, com a emissão dos Boletins de Urna (BU) ainda nas seções eleitorais.

Ou seja: o resultado de cada eleição é conhecido no término da votação, com a impressão do BU, que traz a quantidade de votos depositados em cada urna eletrônica. Além de ficarem disponíveis para consulta pública nas seções, os BUs também são entregues aos fiscais de partido e serão publicados em tempo real nas Eleições 2022.

*Com informações do TSE

A pesquisa Quaest/Genial, desta quarta-feira (21), mostrou que as intenções de voto no ex-presidente Lula (PT) oscilaram para cima e a distância para Jair Bolsonaro (PL) ultrapassou 11 pontos. Contados os votos válidos, o petista alcançou 48,9%.

O levantamento excluiu a contagem de votos brancos, nulos e indecisos e colocou Lula na frente do páreo. O segundo mais bem avaliado foi Bolsonaro, com 37,8%. Entre os candidatos que pontuaram, Ciro Gomes (PDT) obteve 6,7%, Simone Tebet (MDB) foi mencionada por 5,6% e Soraya Thronicke (UB) apareceu como a opção de 1,1% dos eleitores.

No cenário estimulado, quando os entrevistados recebem a lista com o nome dos presidenciáveis, Lula manteve a liderança com 44% depois de oscilar dois pontos positivamente em comparação ao resultado da semana passada. Com 10 pontos de desvantagem, Jair Bolsonaro teve o desempenho de 34%. Os demais concorrentes também variaram na margem de erro, mas as posições foram mantidas com Ciro (6%), Simone Tebet (5%) e Soraya (1%).

Na pesquisa espontânea, Lula e Bolsonaro ficaram empatados tecnicamente diante de uma disparada de indecisos. O petista alcançou 34% e o atual presidente marcou 30%, enquanto Ciro obteve 2% e os demais somaram 3%. Indecisos representam 28%, brancos, nulos e quem disse que não vai votar são 3%.

Segundo Turno

O estudo também avaliou a expectativa para segundo turno. A resposta dos entrevistados foi favorável a Lula, que  foi citado por 50% dos eleitores, enquanto Bolsonaro seria escolhido por 40%. Brancos, nulos e quem não deve votar somaram 7% e indecisos representam 3%.

A pesquisa Quaest/Genial ouviu 2.000 pessoas presencialmente entre os dias 17 e 20 de setembro. O índice de confiança é de 95%, com variação de dois pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o protocolo BR-04459/2022.

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Sessão do plenário virtual do Supremo Tribunal Federal (STF) registra até agora o placar de 5 a 3 pela suspensão da lei que criou piso nacional para profissionais de enfermagem. Sancionada no início de agosto pelo presidente Jair Bolsonaro, a lei teve seu efeito suspenso por uma liminar do ministro do STF Luís Roberto Barroso. É essa liminar que está sendo analisada pelos demais integrantes da Corte.

Seguiram o voto de Barroso os ministros Ricardo Lewandowski, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli e Cármen Lúcia. Já André Mendonça, Kassio Nunes Marques e Edson Fachin defendem a validade do piso. Ainda faltam votar os ministros Rosa Weber, Gilmar Mendes e Luiz Fux, e a votação remota se estende até a sexta-feira (16).

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A lei, que estabelece piso entre R$ 2.375 e R$ 4.750, enfrenta resistência de governadores e prefeitos porque, ao aprová-la, o Congresso não indicou as fontes de recursos para gastos extras. Essa argumentação foi aceita na liminar de Barroso.

Como mostrou o Estadão, o ministro da Economia, Paulo Guedes, passou a defender a desoneração da folha da área da saúde como forma de viabilizar o pagamento do piso. Não existe ainda estimativa de quanto o governo federal deixaria de arrecadar com a medida.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (PT) anunciar apoio público ao candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva, ambos falaram em atrair não apenas votos de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB), mas também do presidente Jair Bolsonaro (PL) para vencer as eleições.

"Até a urna se fechar, não existe um voto fixo do Lula, um voto fixo do Ciro, da Simone ou de quem quer que seja. Que a gente possa ganhar muitos votos daqueles que não são bolsonaristas, mas estão iludidos com a ideia de que Bolsonaro possa ser uma alternativa ao País", afirmou Marina em coletiva de imprensa. Ela reforçou, no entanto, que vai tratar "com respeito" todas as outras candidaturas.

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Fora do microfone, Lula também reforçou a tese de atrair eleitores bolsonaristas. "Não é só o voto do Ciro e da Simone, é também voto dos que querem votar no Bolsonaro. Vamos ter que ganhar muito dele", disse.

A aproximação entre Lula e Marina era ensaiada desde o início do ano e é vista como um movimento do petista ao eleitor do Centro. Como mostrou a coluna do Jogo Político, além de fortalecer a campanha de Lula na discussão ambiental, a reaproximação do ex-presidente com Marina transmite a mensagem de colocar as divergências de lado e se aliar contra um adversário comum, fortalecendo a tese do voto útil - aposta do PT para vencer a disputa já no primeiro turno.

O impeachment de Dilma Rousseff completa seis anos nesta quarta-feira (31). Foram 273 dias do processo que culminou na quarta cassação de um presidente da República brasileira e marcou um retorno ostensivo da direita ao Congresso e ao Governo Federal. Condenada em 2016 pelas “pedaladas fiscais”, a ex-presidente foi, por ausência de provas, inocentada em março deste ano, após a extinção do processo que a obrigava a indenizar a União pelos danos financeiros. 

O processo de cassação foi um marco histórico na política brasileira. Movimentou milhões às ruas, pedindo pelo fim do Governo Dilma e pelo fim da corrupção e da influência do Partido dos Trabalhadores na política. Assim, a dominância que a primeira mulher presidente do país tinha no Congresso, foi, aos poucos, se desfazendo. O resultado do processo foi o esperado: por 61 votos contra 20, o Senado Federal aprovou o parecer pelo impeachment. 

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Dilma, que já estava afastada desde maio de 2016, nunca retornou ao cargo. Michel Temer (MDB), vice-presidente à época, assumiu interinamente. O processo durou de 2 de dezembro de 2015 a 31 de agosto de 2016, começando pelo encaminhamento do parecer na Câmara dos Deputados, liderada pelo cassado Eduardo Cunha. 

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Relembre os votos no Senado 

Eram necessários os votos de 54 senadores (dois terços) para condenar a presidente da República por crimes de responsabilidade e afastá-la do cargo. Alguns dos que votaram a favor do processo, como Telmário Mota (Pros) e Cristovam Buarque (Cidadania), posteriormente se disseram arrependidos do voto. Mota chegou a pedir desculpas a Dilma publicamente. Tasso Jereissati (PSDB), ex-governador do Ceará, também votou contra Rousseff e posteriormente admitiu que o “golpe” foi “um erro”. 

Dilma foi acusada de, através do Tesouro Nacional, atrasar, voluntariamente, o repasse de recursos para a Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), entre outros programas e iniciativas. Essas instituições teriam feito o pagamento com recursos próprios, garantindo a entrega de serviços, enquanto o Governo Federal omitia os dados da dívida pública. 

VOTOS 'SIM' (pelo impeachment) 

Acir Gurgacz (PDT-RO) | Aécio Neves (PSDB-MG) | Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) 

Álvaro Dias (PV-RR) | Ana Amélia (PP-RS) | Antonio Anastasia (PSDB-MG) 

Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) | Ataídes Oliveira (PSDB-TO) | Benedito de Lira (PP-AL) 

Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) | Cidinho Santos (PR-MT) | Ciro Nogueira (PP-PI) 

Cristovam Buarque (PPS-DF) | Dalirio Beber (PSDB-SC) | Dário Berger (PMDB-SC) 

Davi Alcolumbre (DEM-AP) | Edison Lobão (PMDB-MA) | Eduardo Amorim (PSC-SE) 

Eduardo Braga (PMDB-AM) | Eduardo Lopes (PRB-RJ) | Eunício Oliveira (PMDB-CE) 

Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) | Fernando Collor (PTC-AL) | Flexa Ribeiro (PSDB-PA) 

Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) | Gladson Cameli (PP-AC) | Hélio José (PMDB-DF) 

Ivo Cassol (PP-RO) | Jader Barbalho (PMDB-PA) | João Alberto Souza (PMDB-MA) 

José Agripino (DEM-RN) | José Aníbal (PSDB-SP) | José Maranhão (PSDB-PB) 

José Medeiros (PSD-MT) | Lasier Martins (PDT-RS) | Lúcia Vânia (PSB-GO) 

Magno Malta (PR-ES) | Maria do Carmo Alves (DEM-SE) | Marta Suplicy (PMBD-SP) 

Omar Aziz (PSD-AM) | Paulo Bauer (PSDB-SC) | Pedro Chaves (PSC-MS)  

Raimundo Lira (PMDB-PB) | Reguffe (S/Partido-DF) | Renan Calheiros (PMDB-AL) 

Ricardo Ferraço (PSDB-ES) | Roberto Rocha (PSB-MA) | Romário (PSB-RJ) 

Romero Jucá (PMDB-RR) | Ronaldo Caiado (DEM-GO) | Rose de Freitas (PMDB-ES 

Sérgio Petecão (PSD-AC) | Simone Tebet (PMDB-MS) | Tasso Jereissati (PSDB-CE) 

Telmário Mota (PDT-RR) | Valodir Raupp (PMDB-RO) | Vicentinho Alves (PR-TO) 

Waldemir Moka (PMDB-MS) | Wellington Fagundes (PR-MT) | Walder Morais (PP-GO) 

Zeze Perrella (PTB-MG) 

VOTOS 'NÃO' (contra o impeachment) 

Angela Portela (PT-RR) |  Armando Monteiro (PTB-PE) | Elmano Férrer (PTB-PI) 

Fátima Bezerra (PT-RN) | Gleisi Hoffmann (PT-PR) | Humberto Costa (PT-PE) 

João Capiberibe (PSB-AP) | Jorge Viana (PT-AC) | José Pimentel (PT-CE) 

Kátia Abreu (PMDB-TO) | Lídice da Mata (PSB-BA) | Lindbergh Farias (PT-RJ) 

Otto Alencar (PSD-BA) | Paulo Paim (PT-RS) | Paulo Rocha (PT-PA) 

Randolfe Rodrigues (Rede-AP) | Regina Sousa (PT-PI) | Roberto Muniz (PP-BA) 

Roberto Requião (PMDB-PR) | Vanessa Grazziotin (PcdoB-AM) 

Discursos 

Simone Tebet (MDB-MS, à época PMDB): Por dois anos, maquiaram-se as contas públicas. Fez-se a contabilidade criativa para esconder os desmandos com o dinheiro público, para maquiar e esconder o gasto excessivo, além do limite. É como se o Governo, além de ter gastado o dinheiro que vem do tributo e do imposto do povo brasileiro, tivesse - teria e fez - entrado no cheque especial. E mais grave que isso: pegou dinheiro não emprestado com bancos públicos, porque ele é o que opera, ele tem o controle desses bancos. Então, ele não pegou um empréstimo. Embora se fale em operação de crédito ilegal, o que houve foi uma coação, porque os bancos públicos não podiam dizer “não” para o Governo Federal. 

[...] E é por isso que eu venho com convicção, depois de duas semanas na Comissão Especial, analisando atentamente a defesa, a acusação, o relatório irretocável do nosso querido amigo, Senador Anastasia, afirmar ao Brasil que eu voto “sim” pelo juízo de admissibilidade deste processo porque também, em 2015, há indícios muito sérios de crime de responsabilidade com a materialidade do fato e com a autoria da Senhora Presidente da República. 

Aécio Neves (PSDB-MG): Na verdade, foi exatamente o descontrole da economia, conduzido pelo Governo da atual Presidente da República, que levou o Brasil a dois anos de queda expressiva de seu produto interno e à maior recessão de toda a nossa história republicana. Foram os atos conscientes da Presidente da República que nos trouxeram a maior inflação desde 2002, de quase 10%. Foi a irresponsabilidade deste Governo no descumprimento da legislação à qual ele estava submetido que levou o Brasil a ter hoje cerca de 11 milhões de desempregados, Senador Aloizio, três milhões em apenas um ano. Foi a irresponsabilidade deste Governo que levou à queda de 24% dos investimentos desde o início de 2014, a uma queda de 25% da nossa produção industrial, a 303 mil empresas fechadas apenas no ano de 2015! 

Randolfe Rodrigues (Rede-AP): Sinto um mal-estar com esse fundamento. A alegação é fraca e causa desconforto. Descumprimento de regra orçamentária é regra de todos os governos da Nação. Não é por outro motivo que os Estados estão quebrados. Há um problema sério de proporcionalidade. Não estou dizendo que ela não descumpriu as regras orçamentárias. O que estou querendo dizer é que é desproporcional tirar uma Presidente sob esse fundamento num País como o nosso. Vão aparecer dúvidas sobre a justeza dessa discussão. Mais do que isso, essa dúvida se transformará em ódio entre parcelas da população. Quanto à justeza e o acerto político dessa medida, tenho dúvidas sinceras. 

A resposta, neste grave momento da vida nacional, Sr. Presidente, não pode ser tomada por 513 Deputados e 81 Senadores. Só a soberania do voto popular pode, só a soberania e a sabedoria do voto popular poderão, neste momento, devolvido o poder ao povo, dar a resposta a esta crise política. [...] Não aceitaremos retrocessos nas conquistas sociais que o povo brasileiro já teve. Não aceitaremos! Não será com o meu voto que será chancelado o retorno ao atraso no dia de hoje. Por isso que o meu voto será “não”. 

Omar Aziz (PSD-AM): Presidente Dilma, a senhora errou quando a senhora não cumpriu um negócio básico: falar a verdade. Esse foi o seu grande pecado. Se a senhora tivesse tido humildade... E, naquele dia, lhe disse: “Presidenta, faça a autocrítica, lidere o Brasil, lidere os políticos brasileiros. Vá à televisão e diga ao povo brasileiro qual é a real situação da nossa economia. O povo brasileiro é bom. Ele é compreensível. Vai perdoá-la e vai lhe dar apoio.” Ali, começou o impeachment da Presidenta Dilma, a partir do momento em que ela não teve humildade, e, sim, a soberba da reeleição. E muitos membros aqui. E eu não estou feliz com isso. Estou triste, porque lutei a minha vida toda pela democratização deste País, fui às ruas, não me omiti. [...] Voto com seu parecer, a favor do impedimento da Presidente Dilma. 

Gleisi Hoffmann (PT-PR): A Presidenta sofreu uma enorme desconstrução na sua imagem, na sua imagem pessoal e política de Presidenta, mas, sobretudo, na sua condição de mulher, com mentiras, calúnias, difamação, falso moralismo, um desrespeito total pelo fato de ser mulher. E estão tentando vender agora para o povo brasileiro que o afastamento, o impeachment da Presidenta é a solução de todos os problemas. Não, não é. Não é a solução de nenhum problema. Pior do que isso: é o agravamento dos problemas. Não há esperança popular no governo do Vice-Presidente Temer. Não há o que esperar a não ser perdas de direito e de retrocesso. O que estão querendo vender para o Brasil é uma mentira de que, tirando a Presidenta Dilma, todos os problemas estão resolvidos. Isso não é verdade, e nós temos que deixar claro isso aqui. Por isso, nós temos repetido que esse impeachment, por não ter base constitucional, por ser exatamente um instrumento para que a elite e a direita coloquem o seu projeto de governo no Poder sem passar pelo voto, é um golpe. Não temos o que esperar desse futuro. Termino aqui o dia ou começo um novo dia da mesma forma que comecei o de ontem, na companhia do Prof. Darcy Ribeiro: sou uma mulher de causas, sou uma mulher de lutas. Detestaria, não suportaria estar no lugar de quem me vencerá hoje. 

 

Esta quarta-feira, 31 de agosto, marca os seis anos do impeachment da ex-presidente da República Dilma Rousseff. A cassação do mandato foi, para muitos, um atentado à democracia e um golpe de estado orquestrado por aliados e opositores da antiga chefe do Executivo. Para outros, foi uma vitória contra a corrupção e o último suspiro dos anos de dominância do Partido dos Trabalhadores, que estava há mais de uma década no Governo Federal. 

Um dos mais importantes episódios da história recente do país, o impeachment da primeira mulher presidente do Brasil foi marcado por controvérsias, pela crescente crise econômica, baixa popularidade e perdas de alianças no Congresso Nacional. Apesar do fatídico dia ter sido atravessado por uma sessão de 20 horas no Senado Federal, o processo inteiro levou quase sete meses e 29 dias (273 dias, no total), indo de 2 de dezembro de 2015 a 31 de agosto de 2016.  

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Dilma foi a quarta pessoa a exercer o cargo de Presidente da República a sofrer impeachment no Brasil, depois de Fernando Collor, Café Filho e Carlos Luz. Diferentemente dos seus antecessores, a cassação da mandatária dividiu opiniões entre congressistas e na sociedade civil. 

Para o seu afastamento definitivo, ao fim do processo, era necessário que 54 senadores (dois terços do parlamento) votassem a favor do parecer. O impeachment foi aprovado com 61 votos contra 20, condenando Rousseff por crimes de responsabilidade a partir das “pedaladas fiscais”, mas sem a perda dos direitos políticos. 

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O pontapé 

O processo de impeachment de Dilma Rousseff teve início em 2 de dezembro de 2015, quando o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (preso em 2016 por corrupção passiva) deu prosseguimento ao pedido dos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal. Na baixa câmara do Congresso, os 342 votos favoráveis à continuidade do processo de afastamento de impeachment de Dilma foram obtidos com facilidade. O 342º voto foi do deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), e a partir de então, a matéria seguiu ao Senado. 

As “pedaladas” e o impeachment 

“Pedalar” fiscalmente é, em resumo, postergar o pagamento de suas dívidas, enquanto cria novas despesas e maquia a verdadeira situação fiscal de um negócio. Foi por esse comportamento financeiro que o Executivo, às mãos de Dilma Rousseff, foi acusado de crime de responsabilidade. No caso da ex-presidente, uma grande parte da dívida era comprometida à Caixa Econômica Federal, enquanto ela, supostamente, fazia parecer que havia equilíbrio entre os gastos e despesas nas contas públicas. 

Sobre o Governo Dilma, o Tribunal de Contas da União entendeu que o Tesouro Nacional teria atrasado, voluntariamente, o repasse de recursos para a Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), para o pagamento de programas sociais como Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida, benefícios sociais como o abono salarial e o seguro-desemprego, além de subsídios agrícolas. 

Essas instituições faziam o pagamento com recursos próprios, garantindo que os beneficiários recebessem em dia. Ao mesmo tempo, o governo teria omitido esses passivos nas estatísticas da dívida pública, postergando para o mês seguinte a sua contabilização.  Com isso, as contas públicas apresentavam bons resultados que, no entanto, não eram reais. 

Dilma teve um dos maiores saldos negativos na Caixa: R$ 33 bilhões, com 19 “pedaladas” em todos os anos de seu governo, mais notoriamente em 2014 (oito vezes), ano de sua reeleição. Com os resultados das auditorias da época desfavorecendo a petista, congressistas da oposição se movimentaram para pautar o processo de impeachment, com base nas pedaladas, e tiveram sucesso nas apreciações e na votação. 

A presidente foi afastada em 12 de maio de 2016, após aprovação do Senado. O ex-vice, Michel Temer, assumiu. Os senadores cassaram definitivamente o mandato de Dilma ao fim de agosto daquele ano, em um domingo, por 61 votos contra 20. Dilma tentou se eleger senadora pelo PT de Minas Gerais em 2018, mas não conseguiu. 

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Dilma inocentada 

Em 27 de março deste ano, a 7ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (RJ e ES) extinguiu o processo contra a ex-presidente Dilma Rousseff, no qual ela foi acusada de danos financeiros causados por pedaladas fiscais. 

A ação popular acusava Dilma, seu então vice Michel Temer e sua equipe administrativa de praticarem manobras fiscais para ocultar saldo devedor nas contas e demonstrações financeiras e orçamentárias do governo federal. As chamadas pedaladas fiscais levaram ao impeachment da presidente em 2016. 

Em 2020, a 10ª Vara Federal do Rio de Janeiro condenou Dilma a indenizar a União por danos aos cofres públicos, no valor correspondente ao endividamento causado pelas operações irregulares, a ser apurado pelo Tribunal de Contas da União. Após recurso da ex-presidente, a sentença foi reformada, e a ação foi extinta sem resolução de mérito. 

Em 2016, uma perícia realizada por especialistas do Senado, e acompanhada pela defesa de Dilma, já havia indicado o mesmo resultado. Apesar da resolução ter sido diferente, essencialmente, no ano do impeachment já se sabia que a ex-presidente não era responsável pelas pedaladas, mas que havia autorizado decretos sem o aval do Congresso. O resultado teve efeito contrário e acabou sendo mais um utilizado para demonstrar arbitrariedade no governo e má relação com o parlamento. 

À época, e também em seu discurso do impeachment, Dilma Rousseff argumentou que as pedaladas são uma prática comum aos governos em crise e que não configuram crime de improbidade administrativa. Ela mencionou até mesmo os governos de seu aliado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) como exemplos de gestões que “pedalaram” e não sofreram sanções políticas. 

Até mesmo o governo de Jair Bolsonaro (PL) já sofre questionamentos nesse sentido. Opositor de Dilma desde sempre e à época deputado federal pelo PSL, o atual presidente votou a favor do processo que culminou na cassação de Rousseff, na Câmara. Em seu discurso, desdenhou da tortura sofrida pela ex-presidente durante a ditadura militar, saudou o ex-chefe do DOI-CODI do regime militar, Carlos Brilhante Ustra, e gritou palavras de ordem pelo Brasil, por Deus e contra a corrupção. 

Naquele momento, o então parlamentar de baixo clero ensaiava a sua ascensão à política nacional, tendo as pedaladas como parte do seu discurso de oposição. Em seu governo, porém, Bolsonaro se tornou alvo de críticas de economistas por criar uma “bomba fiscal” que poderá se tornar responsabilidade do seu sucessor e sucessora. Com o aumento da inflação, dos itens básicos e da fome, o presidente intensificou em sua agenda publicitária dados que mascaram os índices negativos do Governo Federal e que servem de manutenção para o seu eleitorado. 

 

Agendada para esta quarta-feira (20), a convenção nacional do PDT vai lançar oficialmente a candidatura de Ciro Gomes à Presidência. Sem apoio de outros partidos, o ex-ministro ainda não revelou quem será seu vice de chapa.

Representante da terceira via mais bem avaliado nas pesquisas, Ciro se esforça para manter uma porcentagem de dois dígitos nas intenções de voto e está distante dos principais candidatos que polarizam a eleição. Esta é sua quarta tentativa de chegar à Presidência, sem jamais ter alcançado o segundo turno.

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A convenção do PDT começa às 15h, na sede da sigla, em Brasília, e será transmitida nas plataformas digitais. A legenda é a primeira a entrar oficialmente na disputa, mas não deve manter esse protagonismo por muito tempo, já a rodada de convenções partidárias se estende até 5 de agosto e os principais concorrentes vão lançar seus candidatos ainda nesta semana. 

Outras convenções

O PT deve confirmar a participação de Lula nesta quinta-feira (21), em São Paulo. No sábado (23), a convenção do Avante, em Belo Horizonte, deve lançar deputado federal André Janones. No dia seguinte, o PL vai anunciar o presidente Jair Bolsonaro, no Rio de Janeiro. Ainda no dia 24, a UP deve oficializar Leonardo Péricles.

O MDB vai anunciar Simone Tebet no dia 27. Felipe d’Ávila (Novo), Pablo Marçal (Pros) e Sofia Manzano (PCB) serão lançados no dia 30. Vera Lúcia (PSTU) e José Maria Eymael (DC), no dia 31. Luciano Bivar do União Brasil fecha o anúncio dos postulantes à Presidência no dia 5 de agosto.

As pré-candidatas ao Governo de Pernambuco, Marília Arraes (SD) e Raquel Lyra (PSDB), lideram a pesquisa Exame/Ideia divulgada nessa quinta-feira (9). De acordo com os dados, a deputada federal tem 24% das intenções enquanto a ex-prefeita de Caruaru, 18%. Levando em consideração a margem de erro da amostra que é de três pontos percentuais, elas estão tecnicamente empatadas.

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Assessoria de imprensa/Zeca Ribeiro - Câmara dos Deputados

Em terceiro e quarto lugar, aparecem os ex-prefeitos de Petrolina, Miguel Coelho (União), e Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), com 12% cada. Logo em seguida, vem o deputado Danilo Cabral (PSB) com 8%, João Arnaldo (PSOL) com 2% e Jones Manuel com 1%.  Brancos e Nulos somam 8% e não sabem 16%.

Para a pesquisa, foram ouvidas 1.000 pessoas do estado de Pernambuco entre os dias 3 e 8 de junho. As entrevistas foram feitas por telefone. O registro no Tribunal Superior Eleitoral tem o número PE-03117/2022.

Segundo turno

O levantamento também aferiu cenários para o segundo turno. Quando a disputa é entre Marília e Raquel, a neta de Miguel Arraes venceria com 40% da preferência e a filha do ex-governador João Lyra Neto teria 36%.

No cenário em que o embate é protagonizado por Raquel Lyra e o indicado pelo PSB para a sucessão, ela leva a melhor com 44% das intenções de votos e Danilo registra 24%. Já quando o adversário de Raquel é o ex-prefeito de Jaboatão, o quadro segue com a tucana vencendo com 42% dos votos e o aliado de Jair Bolsonaro contabiliza 31%.

CENÁRIO 4

Marília Arraes 37%

Danilo Cabral 22%

Brancos e Nulos 16%

Não sabem 25%

Cenário 5

Miguel Coelho 29%

Danilo Cabral 24%

Brancos e Nulos 16%

Não sabem 31%

CENÁRIO 6

Anderson Ferreira 26%

Danilo Cabral 25%

Brancos e Nulos 17%

Não sabem 32%

CENÁRIO 7

Marília Arraes 41%

Anderson Ferreira 32%

Brancos e Nulos 11%

Não sabem 16%

CENÁRIO 8

Marília Arraes 42%

Miguel Coelho 31%

Brancos e Nulos 10%

Não sabem 17%

 

Em busca de um novo mandato, o presidente Jair Bolsonaro (PL) começa neste sábado (21) a participar de uma série de grandes eventos evangélicos, uma de suas bases eleitorais. O chefe do Executivo é anunciado por lideranças religiosas em ao menos três grandes encontros - o primeiro deles é a Marcha para Jesus, em Curitiba, hoje, a partir das 7 horas. O presidente também é esperado em encontros semelhantes em Manaus, no dia 28, e em Cuiabá, em 18 de junho.

Bolsonaro lidera as intenções de votos entre os evangélicos. De acordo com o mais recente levantamento da Genial/Quaest, da semana passada, 47% deles declararam voto no atual presidente, ante 30% que preferem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Desde fevereiro, o chefe do Executivo ganha espaço nesse segmento. Só neste mês, ele cresceu nove pontos porcentuais, enquanto Lula perdeu quatro.

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Ao longo deste ano, Bolsonaro e a primeira-dama, Michelle, receberam pastores, bispos e influenciadores digitais evangélicos no Palácio da Alvorada.

‘PRIVILÉGIO’

Jhow Braghini, coordenador executivo do evento de hoje em Curitiba, disse que é difícil determinar a expectativa de público para a marcha após dois anos de pandemia, mas lembrou que o evento já recebeu mais de 100 mil pessoas. Sobre o convite ao presidente, ele afirmou que é um "privilégio" tê-lo na marcha. "Há 27 anos, convidamos o prefeito, o governador e o presidente da República. Neste ano, (Bolsonaro) foi o primeiro presidente a aceitar o convite. É um privilégio. Seguimos esse procedimento com um único objetivo: marchar para Jesus".

O evento de hoje servirá ainda como palanque para aliados do presidente. O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (Progressistas-PR), que tem base em Maringá (PR) e tenta a reeleição, deve comparecer. Além dele, os deputados Filipe Barros (PL-PR), pré-candidato ao governo do Estado, e Paulo Martins (PL-PR), pré-candidato a uma vaga no Senado, também devem participar.

SHOWMÍCIO

Para a antropóloga Raquel Sant'Ana, pesquisadora do Laced (Laboratório de Estudos em Cultura, Etnicidade e Desenvolvimento) do Museu Nacional, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), grandes eventos evangélicos têm semelhança com os showmícios, hoje proibidos pela legislação eleitoral. "A marcha (para Jesus) é uma super brecha. Ela é um show de música, mas também não é", disse.

Para a pesquisadora, Bolsonaro transita há tempos pelos evangélicos "organicamente". "O trabalho de Bolsonaro com os evangélicos não é só de fazer sinalizações conservadoras na campanha. Ele tem alianças muito capilarizadas com igrejas que fazem mais trabalho de base que muito sindicato", disse a pesquisadora.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A ministra Rosa Weber, vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, encaminhou nesta quarta-feira, 18, à Procuradoria-Geral da República uma notícia-crime apresentada à corte máxima pelo deputado Israel Batista (PSB) contra o presidente Jair Bolsonaro por mais um ataque contra as urnas eletrônicas.

O envio de pedidos de investigação à PGR é um procedimento de praxe, uma vez que o Ministério Público Federal é o chamado ‘titular da ação penal’, ou seja, é responsável por solicitar abertura e arquivamento de apurações.

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Na notícia-crime apresentada ao STF, Israel Batista pede que Bolsonaro seja investigado por possíveis crimes de peculato, improbidade administrativa, prevaricação e delitos contra o Estado Democrático de Direito.

"As declarações desferidas pelo Sr. Presidente da República não encontram esteio na realidade da vida nacional e podem vir a demonstrar o seu comprometimento com a ruptura e com o derretimento das instituições democráticas, notadamente o Poder Judiciário e o Poder Legislativo", argumentou o deputado na notícia-crime.

O deputado questiona declarações de Bolsonaro em cerimônia no Palácio do Planalto no dia 27 de abril. Na ocasião, o presidente pregou uma contagem paralela de votos, controlada pelas Forças Armadas.

"Não precisamos de voto impresso para garantir a lisura das eleições", afirmou Bolsonaro na ocasião, ao destacar que as Forças Armadas apresentaram sugestões ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Como os dados vêm pela internet para cá e tem um cabo que alimenta a sala secreta do TSE, uma das sugestões é que, nesse mesmo duto que alimenta a sala secreta, seja feita uma ramificação um pouquinho à direita para que tenhamos do lado um computador das Forças Armadas, para contar os votos no Brasil", emendou. Em seguida, o chefe do Executivo estimulou a desconfiança no processo. "Dá para acreditar nisso, uma sala secreta onde meia dúzia de técnicos diz ‘Olha, quem ganhou foi esse’?"

Dias depois, ao rebater questionamentos feitos pelas Forças Armadas, o Tribunal Superior Eleitoral frisou que não há "sala escura" de apuração dos votos. "Não há, pois, com o devido respeito, "sala escura" de apuração. Os votos digitados na urna eletrônica são votos automaticamente computados e podem ser contabilizados em qualquer lugar, inclusive, em todos os pontos do Brasil", disse a Corte.

O chefe do Executivo já é investigado pelos ataques às urnas eletrônicas. A pedido do Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, incluiu o presidente no inquérito das fake news em razão das alegações, sem provas, sobre fraudes nas urnas eletrônicas.

O estopim da solicitação que culminou na apuração foi a live realizada pelo chefe do Executivo, na qual ele voltou a propagar notícias falsas e declarações infundadas sobre supostas fraudes no sistema eletrônico de votação, além de promover ameaças às eleições de 2022.

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) determinou a prisão preventiva do empresário Arthur César de Menezes Soares Filho, conhecido como “Rei Arthur”. O juiz Marcello Rubioli, da 1ª Vara Especializada da Capital, aceitou a denúncia apresentada pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ) por corrupção e lavagem de dinheiro.

Ainda na decisão, a Justiça determinou a expedição de ofício à Interpol pedindo a extradição de Arthur Soares. O empresário está preso administrativamente nos Estados Unidos e teve audiência marcada para a sexta-feira (13). Ele foi condenado pela justiça norte-americana pelo crime de compra de votos para que o Rio de Janeiro se tornasse sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

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O juiz Marcello Rubioli também determinou o afastamento do delegado Ângelo Ribeiro de Almeida Junior da corporação, com suspensão do porte de arma, e da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), onde exercia cargo de assessoramento.

Na denúncia, os promotores apontam que o empresário fazia o pagamento de propina ao delegado em troca de proteção em inquéritos tributários da Delegacia Fazendária (Delfaz) que, naquele momento, era comandada pelo policial. Também foram denunciados a mulher do delegado, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e mais duas pessoas por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

“Para ser beneficiado em inquéritos policiais que tramitavam na Delfaz, relacionados a empresas das quais era sócio ou tinha interesses, Arthur Soares transferiu, em agosto de 2014, R$ 2 milhões para que o delegado e sua mulher adquirissem a franquia do restaurante L’Entrecôte de Paris, em Ipanema, através de um simulado contrato de mútuo”, revelou o MPRJ.

De acordo com o órgão, no decorrer das investigações, foram encontradas diversas versões do contrato, que “foi utilizado como forma de encobrir a propina negociada, a fim de atender aos interesses do empresário para que os inquéritos tributários não o prejudicassem”.

Segundo o MPRJ, o delegado ficou lotado na delegacia de 2008 a 2015 e, nesse período, foram apurados diversos indícios de enriquecimento ilícito, “com uma abrupta mudança de seu padrão de vida”. Ainda conforme os promotores, neste espaço de tempo, inquéritos relacionados a Arthur Soares tramitavam durante anos, sem conclusão.

Resposta

O advogado Nythalmar Dias Ferreira Filho, que defende o empresário, disse que é necessário ter maturidade e responsabilidade para entender que neste momento se trata apenas de uma acusação formal, que "depende da confirmação dos fatos narrados nos autos, podendo a promotoria, inclusive, ao final do processo e após ouvir a defesa, pedir a absolvição do empresário Arthur Soares". "Isso não seria uma surpresa", disse o advogado.

A Polícia Civil informou que ainda não foi comunicada formalmente sobre o caso que envolve o delegado e tomará as medidas administrativas cabíveis quando for notificada. “O servidor encontra-se cedido a outro órgão, sem executar serviços para a Polícia Civil, desde setembro de 2015”, completou.

Eslovênia é a décima primeira eliminada do BBB 22. A sister deixou a casa na noite deste domingo (3) com 80,74 por cento dos votos - zero surpresas para o público, que já vinha querendo eliminar a miss há algum tempo.

A passagem de Eslô foi bem animada, com direito a muita estratégias, casamento com Lucas e uma fuga bem sucedida do paredão por dez semanas. A sister era a penúltima sobrevivente do famoso quarto lollipop.

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A trégua entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e a Justiça Eleitoral Brasileira parece ter chegado ao fim, após novas críticas e ameaças do mandatário ao sistema eleitoral, durante evento do Governo Federal nesta quarta-feira (30). Em discurso à população de apoiadores que compareceu a um evento do Desenvolvimento Regional em Parnamirim, no Rio Grande do Norte, Bolsonaro disse que não permitirá que as Eleições 2022 sejam analisadas como as anteriores. 

Novamente sem explicar apresentar uma justificativa ou provas de fraude, o presidente voltou a impor uma contagem alternativa dos votos. Sua proposta de voto impresso foi derrubada ainda no ano passado. "Podem ter certeza que, por ocasião das eleições de 2022, os votos serão contados no Brasil. Não serão dois ou três que decidirão como serão contados esses votos", disse, em referência a Luís Roberto Barroso, ex-presidente do TSE; Edson Fachin, o atual; e Alexandre de Moraes, que será presidente nas eleições. 

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"Defendemos a democracia, a liberdade e tudo faremos até com sacrifício da nossa vida para que esses direitos sejam relevantes e cumpridos pelo nosso país", afirmou Bolsonaro, que aparece em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás do ex-presidente Lula (PT). "Cada vez mais a população entende quem está do lado do bem e quem está do lado do mal. Não é de esquerda contra direita, é de bem contra o mal. E o bem sempre venceu. E o bem vencerá. O bem está ao lado da maioria da população brasileira”, continuou. 

O chefe do Executivo disse, também, que pegou o Brasil “arrebentado” nas questões “éticas, morais e econômicas”. Assim, fez também um novo aceno ao militarismo, pilar do seu governo que foi enfraquecido após diversos desentendimentos desde 2019. "Nós, militares, lá atrás juramos dar a nossa vida pela pátria e todos nós agora daremos a nossa vida pela nossa liberdade", disse. 

Também de forma indireta, Bolsonaro acusou a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), de ter “barbarizado” o país junto à mídia e outros governadores, durante a pandemia da Covid-19. 

“Não só levamos em conta os parentes e amigos que perdemos, mas também a ação de muitos governadores e governadoras que barbarizaram junto à opinião pública. Pessoas que obrigaram o povo a ficar em casa, sem medir consequências, sem levar em conta que grande parte da população brasileira vive da informalidade, e não de salário fixo. Essas pessoas foram abandonadas por esses governadores e essa governadora”, completou, acompanhado de gritos pedindo “fora PT”. 

Confira o discurso:

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Nesta terça-feira (15) foi a vez de mais um brother dizer adeus ao BBB 22 e ao sonho de ganhar um milhão e meio de reais.

Os emparedados eram Pedro Scooby, indicado pelo líder, Gustavo, indicado por Eliezer - o brother ganhou o direito de indicar alguém quando foi vetado da Prova do Líder, e Vyni, que foi puxado por Gustavo.

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Os batimentos cardíacos dos três estavam altos quando conversaram pela primeira vez na noite com Tadeu Schmidt, Vyni falou sobre os aprendizados que o programa lhe proporcionou, Gustavo comentou sobre já ter ido ao paredão e agora estar na berlinda ao lado de pessoas que nunca foram, e Scooby falou tranquilo sobre ver o lado bom das coisas e da vida.

Tadeu não demorou a voltar e fazer o discurso da noite. Nele, o apresentador destacou a intensidade que é o BBB e a forma como o que é vivido lá dentro, jamais irá se repetir fora da casa, pois as condições de tudo são muito únicas.

Depois, foi o momento de anunciar o eliminado da noite. Com 55,87% dos votos do público, quem deixou o reality foi Vynyi. Gustavo recebeu 39,52% dos votos, e Scooby, 4,62%.

Eliezer foi um dos que mais ficou emocionado com a saída do amigo, e chorou bastante ao se despedir.

Antes de Vyni ir, ele recebeu muito amor e carinho dos participantes, que o lembraram do quanto ele é gigante e querido por todos.

Depois, Scooby, Gustavo, DG e Arthur pularam na piscina para comemorar, enquanto Eslô e Eli foram para o quarto e caíram no choro.

Apontado como o representante da 'terceira via' à Presidência, o pré-candidato Sergio Moro (Podemos) rebateu uma matéria que apontavam que ele desistiria da campanha caso não atingisse 15% das intenções de voto até o próximo mês. Na manhã desta segunda-feira (3), o ex-juiz reafirmou que seu objetivo é concorrer ao Planalto.

A reportagem do Uol afirmava que interlocutores de Moro teriam revelado seu desejo em abandonar na disputa à Presidente para tentar uma vaga no Senado, caso seu baixo desempenho nas pesquisas se perdure até fevereiro.

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Embora apareça como o terceiro candidato mais popular e tenha tomado a posição de Ciro Gomes (PDT), os números de Moro ainda estão muitos distantes dos mais bem cotados Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL).

O ex-ministro do Governo Bolsonaro disse que não foi procurado pelo jornal e frisou que é pré-candidato à Presidência. Ele ainda se mostrou disposto a ajudar na investigação do Tribunal de Contas da União (TCU), que quer mais detalhes sobre seu salário na Alvarez & Marsal. A empresa foi a consultora judicial da recuperação da Odebrecht, principal alvo da Lava Jato.

“Não tenho receio de qualquer investigação, muito menos a de Ministro do TCU sobre fato inexistente”, declarou.

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Cotado como nome mais forte para ser o novo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), nem o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), nem a posição de líder do Governo no Senado impediu a derrota de lavada do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) na disputa. Depois do resultado da votação, nesta quarta-feira (15), o pernambucano entregou o comando da base governista na Casa Alta.

Apenas 7 dos 78 senadores apoiaram Bezerra Coelho ao TCU. O escolhido foi o senador Antonio Anastasia (PSD-MG), com 52 votos.

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Responsável por articular interesses de Bolsonaro no Senado e um dos defensores do presidente na CPI da Covid, a contagem entre os corredores do Congresso contabilizavam, pelo menos, metade dos votos a Bezerra Coelho.

Aparentemente decepcionado com o resultado que lhe deixou na última posição, atrás da senadora Kátia Abreu (PP-TO), que recebeu 19 votos, o senador emitiu na manhã de hoje o comunicado entregando a liderança do Governo Bolsonaro no Senado.

"O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) entregou nesta manhã o cargo de líder do governo no Senado. O pedido foi formalizado ao presidente Jair Bolsonaro a quem o senador agradece a confiança no exercício da função", informa a nota na íntegra.

Segunda indicação do presidente Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça vai assumir uma cadeira na Corte como o ministro que mais teve votos contrários no Senado. O placar de 47 a 32 ficou abaixo da expectativa de aliados do ex-ministro da Justiça, apenas seis a mais do que ele precisava para ser aprovado. Antes da votação, pastores e senadores governistas contabilizavam o apoio de ao menos 55 parlamentares.

Até então, apenas o ministro Edson Fachin havia registrado mais de vinte votos contrários. Ele foi aprovado pelo placar de 52 x 27, ou seja, um terço dos senadores rejeitou que ele virasse ministro. Na época da indicação, em 2015, a então presidente Dilma Rousseff (PT) já não tinha mais uma boa relação com o Congresso, que no ano seguinte aprovaria o seu impeachment. A indicação de Alexandre de Moraes pelo ex-presidente Michel Temer, em 2017, embora também criticada na época, passou com mais folga - 55 x 13.

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Entre os ministros indicados após a redemocratização, apenas Celso de Mello registrou a mesma quantidade de votos a favor: 47.

Apesar das dificuldades enfrentadas pelo governo, a aprovação de Mendonça representa a vitória do Palácio do Planalto na queda de braço com o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que travou por quatro meses a sabatina.

Pastor da Igreja Presbiteriana Esperança, de Brasília, Mendonça chegou ao Senado disposto a vestir o figurino de magistrado que faz acenos à classe política e à ala contrária à Operação Lava Jato e, em alguns momentos, chegou até mesmo a se "descolar" de Bolsonaro. Ex-ministro da Justiça, ele passou oito horas por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), antes de ter a indicação submetida ao plenário.

Na CCJ, Mendonça teve o nome aprovado por 18 votos a 9, quando precisaria contar com o aval de no mínimo 14 senadores, dos 27 que integram o colegiado.

Em seu primeiro pronunciamento após ser confirmado pelo Senado, o novo ministro do Supremo ressaltou o peso de sua chegada à Corte para os evangélicos. "É um passo para um homem, mas na história dos evangélicos do Brasil, é um salto. Um passo para um homem, um salto para os evangélicos", disse, numa referência ao que declarou astronauta Neil Armstrong quando pisou pela primeira vez na lua, em 1969: "É um pequeno passo para um homem e um grande salto para a Humanidade".

PLACAR NO SENADO DOS INDICADOS AO STF

- André Mendonça - 47 x 32

- Nunes Marques - 57 x 10

- Alexandre de Moraes - 55 x 13

- Edson Fachin - 52 x 27

- Luis Roberto Barroso - 59 x 6

- Rosa Weber - 57 x 14

- Luiz Fux - 68 x 2

- Dias Toffoli - 58 x 9

- Cármen Lúcia - 55 x 1

- Ricardo Lewandowski - 63 x 4

- Gilmar Mendes - 57 x 15

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sinalizou com a possibilidade de votar a PEC dos Precatórios ainda nesta terça-feira, 30, no plenário. Nos bastidores, o governo diz ter os 49 votos necessários para aprovar a proposta, mas quer garantir uma margem maior para iniciar a votação.

Em entrevista coletiva no Senado, Pacheco afirmou que a sugestão para vincular todo o espaço fiscal da PEC ao Auxílio Brasil e outras despesas obrigatórias foi bem-vinda e facilita o ambiente para aprovação. "Pode ser até muito interessante para garantir o bom emprego dos recursos relativos ao orçamento público", disse o senador.

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Esse carimbo, no entanto, não é suficiente para evitar uma "farra fiscal" em 2022, conforme especialistas. Isso porque o espaço para novas despesas dependerá do que for definido no Orçamento pelos congressistas, independentemente da vinculação. Há temor de uso da folga para turbinar as emendas do orçamento secreto. Na coletiva de imprensa, Pacheco negou essa relação.

"O importante é dar solução à questão dos precatórios, ter o espaço fiscal e ao mesmo tempo, diante disso tudo, ter essa responsabilidade fiscal, que é o respeito ao teto de gastos públicos", afirmou o presidente do Senado.

Ele avalia votar a PEC em dois turnos ainda hoje, mas ressaltou que a conclusão dependerá de uma negociação entre o relator e senadores. Também citou a possibilidade de promulgar uma parte da medida de forma fatiada. Uma aprovação rápida das alterações na Câmara, no entanto, pode viabilizar uma promulgação única.

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