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O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021 pode ser suspenso por falta de recursos financeiros para sua realização. É o que atesta uma reportagem publicada pelo jornal O Estado de São Paulo nesta sexta-feira (5). O veículo teve acesso a um ofício enviado pelo Ministério da Educação (MEC) ao Ministério da Economia, declarando que um corte orçamentário na ordem de R$ 4,2 bilhões inviabiliza a organização da prova.

Inicialmente, a previsão é que o MEC tenha um orçamento de 18,78 bilhões para despesas discricionárias (não obrigatórias), o que inclui políticas públicas. Esse valor representa uma redução de R$ 22,97 bilhões em relação ao orçamento da pasta em 2020. 

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Buscando evitar o problema, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, solicitou um complemento de R$ 6,9 bilhões ao orçamento do MEC para o ano de 2021. O pedido ainda será avaliado pela equipe econômica do governo, que está trabalhando na previsão orçamentária do próximo ano para enviar o projeto ao Congresso Nacional no prazo limite, que se encerra em 31 de agosto. 

“Ressalta-se que, dentre os programas que correm risco de não serem continuados, encontra-se o consagrado Exame Nacional do Ensino Médio – Enem, e soma-se a esse prejuízo o fechamento de cursos, campi e possivelmente instituições inteiras, comprometendo a educação superior e a educação profissional e tecnológica”, diz o ofício assinado eletronicamente pelo ministro Abraham Weintraub na última quinta-feira (5). O LeiaJá procurou o MEC e o Ministério da Economia em busca de mais esclarecimentos sobre o tema, mas até o momento não obtivemos resposta.

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Criado para durar três meses, o auxílio emergencial de R$ 600 pago a trabalhadores informais e à população carente pode ser prorrogado, de acordo com previsão do Ministério da Economia anunciada nesta semana. Mas o valor do benefício seria reduzido para R$ 200, montante inicialmente sugerido pela equipe econômica, mas que acabou sendo elevado na votação do PL 1.066/2020. 

Na quarta-feira (20), o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que não será possível continuar pagando por mais tempo o auxílio no valor de R$ 600, porque “aí ninguém trabalha, ninguém sai de casa e o isolamento vai ser de oito anos porque a vida está boa, está tudo tranquilo”, disse o ministro. Senadores reagiram à afirmação.

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“Protocolamos um projeto de lei pedindo a prorrogação da ajuda emergencial pelo valor de R$ 600. Quanto ao ministro Guedes, a imprensa noticiou que não há uma disposição da parte dele de prorrogar e, se prorrogar, será por R$ 200, contrariando todo um debate que foi construído e capitaneado pelo Congresso Nacional”,  disse a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), durante a sessão do Congresso na quinta-feira (21).

No Twitter, Eliziane defendeu a prorrogação, pois “a crise provocada pela covid-19 não arrefecerá e mais pessoas devem precisar do benefício em breve”.

O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) disse que a ajuda governamental para grandes empresas saiu rapidamente e sem embaraços, enquanto a população pobre sofre ameaças de ter os recursos cortados.

“Para as gigantes do setor aéreo, Guedes já garantiu um socorro bilionário. Já para os beneficiários do auxílio emergencial, os pobres e desvalidos, mandou avisar que a assistência financeira logo será encerrada!”, disse no Twitter.

Além da crítica à diminuição do valor do auxílio emergencial ou ao fim do pagamento, senadores lembraram que a população já vem sofrendo com a lentidão e a burocracia na autorização do benefício. Há famílias que ainda não receberam nem a primeira parcela, cujo pagamento estava previsto para abril.

“A vida está boa para você e seus amigos banqueiros Guedes, não para o povo. Antes de negar a ampliação do auxílio, o governo deveria pensar primeiro em pagar aos brasileiros. Estamos indo para terceira parcela e milhares de brasileiros não receberam nem a primeira”, registrou o senador Rogério Carvalho (PT-SE) no Twitter.

Veto

Senadores também se lembraram do veto presidencial à proposta que ampliou as categorias profissionais autorizadas a receber o auxílio (PL 873/2020, convertido na Lei 13.998, de 2020).

O presidente Jair Bolsonaro vetou o acesso ao auxílio para pescadores, agricultores, extrativistas, assentados, beneficiários de créditos fundiários, técnicos agrícolas, trabalhadores de arte e cultura, catadores, taxistas, motoristas, caminhoneiros, motoristas de transporte escolar, entregadores de aplicativos, diaristas, agentes de turismo, seringueiros, mineiros, garimpeiros, profissionais da educação física, esportistas, técnicos, fisioterapeutas, psicólogos, esportistas, técnicos, fisioterapeutas, psicólogos, árbitros, cuidadores, feirantes, marisqueiras, manicures, babás e catadores, profissionais informais que não estão inscritos no Cadastro Único.

“O presidente inviabiliza, dessa forma, e coloca em curso seu projeto de abrir e de ser contra o isolamento social para a gente reduzir a pandemia. Já são quase 18 mil mortos — infelizmente devemos passar das 18 mil hoje —, e eu queria pedir que fosse pautado esse projeto numa sessão do Congresso para que a gente possa apreciar o veto do Presidente”,  defendeu Rogério na sessão de quarta-feira (20).

O senador Paulo Paim (PT-RS) também pediu que os parlamentares derrubem o veto presidencial e permitam que mais trabalhadores tenham acesso à ajuda financeira.

“Com o veto, os profissionais da cultura ficaram sem o auxílio emergencial. A maioria é autônoma e está sem trabalho e renda. O governo despreza a cultura. O setor gera 1 milhão de empregos diretos e movimenta mais de R$ 10 bilhões na economia. Isso representa 2,64% do PIB. #derrubemoveto #PL873”, tuitou Paim.

*Da Agência Senado

 

O Ministério da Economia e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) divulgaram, nesta quinta-feira (30), a abertura do novo chamamento público e processo seletivo destinado ao preenchimento de 8.230 vagas para profissionais de nível médio, aposentados pelo regime próprio de previdência social da União e militares inativos das Forças Armadas. As inscrições começam na segunda-feira (4) e seguirão até 10 de maio.

A seleção inclui formação de cadastro reserva e está ofertando oportunidade para o INSS, Secretaria de Previdência e Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal. As funções são para atendimento aos segurados, apoio administrativo, apoio à perícia médica, orientação e supervisão do tratamento técnico do acervo de documentos funcionais, entre outras áreas. Para concorrer a uma das vagas, os interessados precisam cumpri alguns requisitos, como terem se aposentado pelo RPPS da União ou sido transferidos para a inatividade nas Forças Armadas até 31 de março de 2020; não ter se aposentado de forma compulsória ou por incapacidade permanente (invalidez); possuir, na data de assinatura do termo de adesão ao contrato e durante sua vigência, idade inferior a 75 anos; possuir formação escolar mínima equivalente ao ensino médio; entre outras exigências.

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Os aprovados receberão de R$ 2.100 a R$ 4.200 e trabalharão 40 horas semanais. O certame tem validade de dois anos. Para mais informações, acesse o edital de abertura do processo seletivo.

Após a aprovação de um auxílio emergencial para os trabalhadores informais, o governo tenta agora centrar seus esforços na aprovação de medidas para auxiliar empregados com carteira assinada durante a crise do novo coronavírus. A equipe econômica já acertou que trabalhadores domésticos formalizados terão acesso ao seguro-desemprego se tiverem contrato suspenso ou redução de jornada e salários. Em outra frente, o governo calcula que pode liberar cerca de R$ 1 mil por conta na nova rodada de saques do FGTS.

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, a inclusão dos domésticos na medida de proteção aos trabalhadores formais foi um pedido do ministro da Economia, Paulo Guedes, que tem dito que "ninguém será deixado para trás". Quem for diarista poderá pleitear o auxílio emergencial a trabalhadores informais, caso preencha todos os requisitos.

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Como antecipou a reportagem, os empregadores poderão suspender o contrato por até dois meses, ou reduzir jornada e salário em 25%, 50% e 70% por até três meses.

No caso da suspensão, o governo pagará a parcela integral do seguro-desemprego, que vai de R$ 1.045 a R$ 1.813,03. Já na redução de jornada, o governo aplica o mesmo porcentual da redução sobre o seguro, enquanto a empresa arca com o restante do salário. A ideia é que, na soma das duas partes, nenhum trabalhador receba menos que o salário mínimo.

O governo prevê destinar R$ 51,2 bilhões ao pagamento de seguro-desemprego, integral ou parcial, a trabalhadores que forem afetados pela crise provocada pela pandemia. Esse é o impacto bruto da medida. A intenção dos técnicos é que a concessão do seguro-desemprego seja automática: assim que o empregador lançar a informação da suspensão do contrato ou da redução da jornada, o pagamento seria concedido.

FGTS

A nova liberação do FGTS para os trabalhadores deve ficar em torno de R$ 1 mil por conta, segundo duas fontes do governo informaram ao Estadão/Broadcast. O valor representa o limite possível de ser liberado nas contas sem comprometer a sustentabilidade do FGTS. O martelo ainda será batido nos próximos dias.

A estimativa é de que cerca de 60 milhões de contas serão beneficiadas pela medida. Contas com saldo de até R$ 1 mil poderão resgatar o saldo integral.

O governo estima uma injeção de aproximadamente R$ 34 bilhões com a nova rodada de saques. Desse valor, R$ 20 bilhões virão da transferência de recursos que hoje estão parados no Fundo PIS/Pasep. Outros R$ 14 bilhões já haviam sido disponibilizados por meio do "saque imediato" aprovado no ano passado, mas ainda não foram resgatados. Com o fim do prazo de resgate nesta terça-feira, 31, o dinheiro servirá para dar lastro às novas liberações.

O governo também quer baratear o crédito neste momento de crise e estuda zerar, de forma temporária, o adicional de 0,38% do IOF cobrado nos empréstimos para famílias e empresas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

De cada R$ 100 anunciados pelo governo para o enfrentamento da pandemia da covid-19, R$ 64 não saíram do papel porque o governo não encaminhou as propostas ou o Congresso ainda não votou os projetos de lei que estão sendo usados para acelerar as ações, incluindo as para ampliar a rede de proteção à população de baixa renda.

Levantamento feito pelo Estadão/Broadcast mostra que do pacote de R$ 308,9 bilhões, 63,9% (R$ 197,5 bilhões) não passaram do anúncio e não chegaram na ponta que mais precisa. As propostas emperradas abarcam R$ 105,3 bilhões em medidas que sequer foram editadas pelo governo e R$ 92,2 bilhões em ações que não foram enviadas ao Congresso, mas estão sendo incorporadas em projetos que estavam em tramitação.

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As medidas de maior fôlego efetivamente implementadas ficaram concentradas nas empresas, como a flexibilização de regras trabalhistas, oferta de crédito barato, suspensão do pagamento de tributos, além de auxílio a Estados e municípios.

A demora do governo para agir está fazendo com que o Congresso se antecipe e saia na frente para agilizar a concessão de uma renda mínima aos mais afetados, como a inclusão de um auxílio a trabalhadores sem carteira assinada.

O valor inicial prometido pelo governo foi de R$ 200, mas depois a equipe econômica deu aval para aumentar para R$ 300 (o levantamento leva em conta esse valor porque o Ministério da Economia não divulgou novas expectativas do gasto total com o aumento do valor benefício). Na quinta-feira (26), porém, a Câmara estava votando ampliá-lo para R$ 600, com o "ok" de Bolsonaro. A ajuda foi incluída em projeto que trata da ampliação de benefício assistencial (BPC) voltado para idosos e pessoas com deficiência de baixa renda.

O atraso do Ministério da Economia em efetivar por meios legais o que já foi anunciado está associado à burocracia orçamentária, que ainda permanece mesmo com a aprovação do decreto de calamidade pública, mas também com a falta de uma coordenação azeitada internamente e com o Planalto.

O "super" Ministério da Economia, que reuniu quatro ministérios, ficou grande demais e, agora, na crise, os problemas de gestão ficaram mais evidentes, como relataram à reportagem técnicos experientes. Esses são problemas que levaram ao erro na edição da Medida Provisória trabalhista, cuja permissão para suspensão dos contratos por até quatro meses sem compensação aos trabalhadores foi revogada por Bolsonaro.

Processos

A avaliação é que os problemas de gestão estão muito mais relacionados ao processo decisório do que a ausência do ministro da Economia, Paulo Guedes, de Brasília. Do grupo de risco, o ministro optou em despachar do Rio de Janeiro, mas recebeu ordens do presidente para voltar à capital.

O erro na primeira MP trabalhista também impõe uma demora adicional, já que agora os técnicos estão redobrando os cuidados e revisando com lupa o novo texto que criará os benefícios para quem tiver redução de jornada e salário ou suspensão de contrato durante a crise. O governo prevê pagar R$ 36 bilhões nesses auxílios.

Entre as medidas não enviadas também está o repasse de R$ 21,5 bilhões do Fundo PIS/Pasep para o FGTS com o objetivo de viabilizar novos saques do fundo. O governo ainda não informou quem terá direito.

Das medidas colocadas em prática, foram liberados R$ 3,4 bilhões em crédito extra para ministérios, o que permitirá a ampliação do Bolsa Família.

O pesquisador da Fundação Dom Cabral, Bruno Carazza, elogiou a atuação do BC e dos bancos públicos para "irrigar" o sistema financeiro, mas diz que não viu nada de concreto da parte do Ministério da Economia. "O mundo todo está tomando iniciativas muito arrojadas para salvar as empresas e fazer transferência direta às pessoas". Para ele, o governo está lento embora tenha instrumentos e o Congresso esteja disposto a ajudar.

Menos de dez dias após a revisão da expansão do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, para 2,1%, ocorrida em 11 de março, o governo deve reduzir para zero a projeção de crescimento da economia, por conta dos efeitos da pandemia de coronavírus.

A nova previsão será divulgada nesta sexta-feira (20) por meio do relatório de receitas e despesas do Orçamento de 2020. Na semana passada, o mercado estimou uma alta de 1,68% para o PIB deste ano, segundo pesquisa conduzida pelo Banco Central e divulgada na segunda-feira.

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O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, afirmou, porém, que "várias projeções" de analistas já indicam um porcentual entre zero e 0,5% para o PIB de 2020. Mais cedo, o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, disse à rádio CBN que a maioria das estimativas do mercado para o PIB caiu para zero. Ele disse acreditar que a do governo vai ficar próxima às do mercado, entre zero e 0,5%. Mas é a Secretaria de Política Econômica (SPE), sob comando de Adolfo Sachsida, a área responsável pela revisão da projeção.

Recessão global

Diante da paralisação das atividades econômicas por causa da pandemia do coronavírus, bancos e consultorias já consideram a possibilidade de haver uma recessão global neste ano. O JP Morgan passou a prever, na quarta-feira, um PIB global de -1,1% em 2020, além de uma recessão de 1,5% para os Estados Unidos. Caso esse cenário se confirme, será o pior resultado da economia mundial desde 2009, quando recuou 1,7%.

O Wells Fargo, quarto maior banco americano, ainda projeta crescimento para a economia mundial, mas revisou seu número para 1%.

A consultoria brasileira MB Associados tem como estimativa uma alta de 1,7%. "Um PIB global abaixo de 3%, em geral, já é considerado recessivo. Inferior a 2,5% causa muita preocupação", diz Sergio Vale, economista-chefe da MB.

Os dados divulgados nesta semana por Pequim reforçaram a teoria de que a economia mundial vai desacelerar bruscamente em decorrência do coronavírus. Responsável por cerca de 20% do PIB global, a China informou que sua produção industrial caiu 13,5% no primeiro bimestre na comparação com o mesmo período de 2019 (primeira retração em 30 anos) e que as vendas no varejo recuaram 20,5%. / COLABORARAM LUCIANA DYNIEWICZ, RENÉE PEREIRA E IANDER PORCELLA

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os trabalhadores que tiverem o salário e a jornada reduzidos pelos empregadores, como medida de enfrentamento aos impactos econômicos do novo coronavírus, receberão durante três meses uma compensação do governo, que irá de R$ 261,25 a R$ 381,22.

Essas cifras vão corresponder a 25% do seguro-desemprego a que o trabalhador teria direito se fosse demitido. O valor atual do seguro vai de R$ 1.045 (salário mínimo) até R$ 1.524,89. O novo repasse só será feito a trabalhadores que ganham até dois salários mínimos (R$ 2.090).

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A nova medida foi anunciada na quinta-feira (19) pelo Ministério da Economia, como parte do "programa antidesemprego" diante da retração econômica esperada com as medidas para enfrentar a pandemia no País. A equipe econômica também vai antecipar uma parcela de R$ 200 mensais para as pessoas com deficiência que ainda esperam na fila do INSS pela concessão definitiva do Benefício de Prestação Continuada (BPC), voltado à baixa renda.

No total, o pacote com iniciativas para proteger os mais vulneráveis, preservar empregos e combater a pandemia já soma R$ 184,6 bilhões. Só a compensação para o trabalhador vai custar R$ 10 bilhões, com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). A previsão é alcançar até 11 milhões de pessoas.

Demissões

Apesar do mecanismo de proteção, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, disse que não há qualquer impedimento a demissões, caso as empresas entendam que há essa necessidade. "Existem duas maneiras de preservar emprego: a fórceps e por estímulo. Não faria sentido proibir demissões. Nós quebraríamos as empresas", disse.

Se isso ocorrer com um funcionário que tenha recebido a compensação, o valor da parcela do seguro-desemprego pode sofrer algum abatimento devido à antecipação do benefício. "Vai depender do prazo de permanência dentro da empresa. Se passar tempo suficiente para reunir condições de elegibilidade, passa a ter parcelas normais", afirmou.

No caso da antecipação do BPC, a fila hoje acumula 470 mil solicitações pendentes, a maior parte delas de benefícios a pessoas com deficiência. O que o governo vai fazer é conceder os R$ 200 logo após a análise de renda, antes mesmo da realização das avaliações social e médica. Depois, se o benefício for concedido em definitivo, ele receberá a diferença entre a antecipação e o valor do benefício (R$ 1.045) com correção. Caso o INSS indefira o pedido, o segurado não precisará restituir nenhum valor aos cofres públicos, uma vez que ele recebeu de boa fé.

O INSS também vai bancar os primeiros 15 dias de auxílio-doença para trabalhadores que precisarem se afastar de suas funções devido à covid-19. Geralmente, esse primeiro período é bancado pela empresa. O governo, porém, não divulgou estimativas de quanto isso custará aos cofres públicos. O tempo de recebimento do auxílio-doença dependerá do atestado médico, que poderá ser entregue por meio do aplicativo Meu INSS e de forma online. Tudo para evitar que os segurados saiam de casa, o que ampliaria o risco de contaminação em suas regiões.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O senador Nelsinho Trad (PSD-MS), primeiro parlamentar do Brasil a contrair coronavírus, declarou que teve uma agenda cheia no Congresso antes de receber o diagnóstico. Ele esteve em audiências com senadores, se reuniu com ministros e participou da sessão que derrubou o veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à ampliação do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Outros 498 parlamentares, sendo 439 deputados e 59 senadores, estavam na votação. 

“Eu abracei meio Congresso. Você entra lá vindo de uma viagem internacional e acaba abraçando os caras. A gente gosta deles. Eles gostam da gente. A gente abraça, pergunta como foi [a viagem]. Estive com Rodrigo Maia, com Davi Alcolumbre, com Paulo Guedes, com Mandetta, com Ramos, numa reunião em que falei que deveríamos tomar providências e ter disciplina. Não precisamos esperar morrer um para depois fazer o que tem que fazer”, afirmou Nelsinho Trad, referindo-se aos ministros da Economia, Saúde e Secretaria de Governo. 

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O senador afirma ainda que tem “certeza” de que sua contaminação pelo COVID-19 se deu no avião presidencial. Ele fez parte da comitiva de Jair Bolsonaro nos Estados Unidos e diz ter viajado sentado na poltrona à frente do secretário de comunicação da presidência, Fábio Wajngarten. Trad é presidente da Comissão de Relações Exteriores e presidiu a reunião da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul (CPCMS) no Senado e esteve com o embaixador da Síria, Mohamad Khafif.

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Cerca de R$ 15 bilhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ainda não foram sacados pelos trabalhadores, segundo o Ministério da Economia. O Saque Imediato do FGTS foi iniciado no ano passado e vai até 31 de março deste ano.

Inicialmente, a medida estabelecia o saque de até R$ 500 por conta do fundo, mas o limite do saque imediato subiu para R$ 998 com a sanção da lei de conversão de medida provisória nº 13.932/2019, no final do ano passado. O limite só subiu para quem tinha saldo de até R$ 998 (valor do salário mínimo, na época) em 24 de julho deste ano. Quem tem saldo acima desse valor na conta do FGTS só poderá retirar os R$ 500 originalmente previstos.

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Os clientes da Caixa com conta no FGTS tiveram o valor depositado automaticamente na conta corrente ou poupança.

Os saques podem ser feitos nas casas lotéricas e nos terminais de autoatendimento para quem tem senha do Cartão Cidadão. Quem tem Cartão Cidadão e senha pode sacar nos correspondentes Caixa Aqui, apresentando documento de identificação, ou em qualquer outro canal de atendimento.

No caso dos saques de até R$ 100, a orientação da Caixa é procurar casas lotéricas, com apresentação de documento de identificação original com foto.

Quem não tem senha nem Cartão Cidadão e vai sacar mais de R$ 100 deve procurar uma agência da Caixa.

Embora não seja obrigatório, a Caixa orienta, para facilitar o atendimento, que o trabalhador leve também a Carteira de Trabalho para fazer o saque. Segundo o banco, o documento pode ser necessário para atualizar dados.

As dúvidas sobre valores e a data do saque podem ser esclarecidas no aplicativo do FGTS (disponível para iOS e Android), pelo site da Caixa ou pelo telefone de atendimento exclusivo 0800-724-2019, disponível 24 horas.

O Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (31) publica o Decreto 10.218/2020, que transfere a Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da Casa Civil da Presidência da República para o Ministério da Economia. O ato formaliza a decisão anunciada na véspera pelo presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais.

O programa, que cuida das privatizações de estatais e concessões de ativos federais, é uma das grandes vitrines do governo e havia migrado para a estrutura da Casa Civil em julho do ano passado, como uma espécie de "compensação" ao ministro Onyx Lorenzoni, após ele perder a articulação política do Planalto em uma reestruturação feita por Bolsonaro nas pastas palacianas.

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Na ocasião, saíram da Casa Civil a articulação política, que ficou com a Secretaria de Governo, de Luiz Eduardo Ramos, e a coordenação e edição dos principais atos presidenciais, por meio da Subchefia de Assuntos Jurídicos (SAJ), que foi para a Secretaria-Geral, de Jorge Oliveira.

"Fica transferida da Casa Civil da Presidência da República para o Ministério da Economia a Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos, incluídos: o Gabinete; a Assessoria Especial de Apoio ao Investidor e Novos Negócios; a Secretaria de Energia, Petróleo, Gás e Mineração; a Secretaria de Transportes; a Secretaria de Fomento e Apoio a Parcerias de Entes Federativos; e a Secretaria de Apoio ao Licenciamento Ambiental e à Desapropriação", diz o decreto.

"A partir da data de entrada em vigor deste decreto, o apoio e o assessoramento jurídicos à Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos serão prestados pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional", acrescenta.

Conforme apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o secretário Especial de Desestatização do Ministério da Economia, Salim Mattar, é o que tem mais chances de ficar com o comando do PPI, quando o programa for efetivamente reorganizado na nova pasta. O ministro da Economia, Paulo Guedes, já pediu para que sua equipe conversasse com o time do PPI para mapear o desenho e estrutura. O resultado dessas conversas será apresentado ao ministro na segunda-feira (3), quando Guedes deverá dar seu direcionamento.

Outra alternativa é a transferência do PPI para a secretaria especial de Produtividade, comandada pelo economista Carlos da Costa e que já contempla assuntos ligados a concessões.

Diante de todos os problemas do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), Renato Rodrigues Vieira pediu demissão do órgão nesta terça-feira (28). Ele havia sido nomeado no início do governo Bolsonaro (sem partido), ficando pouco mais de um ano no cargo.

O órgão está numa de suas piores fases, com quase 2 milhões de pedidos de pensões e aposentadorias parados na fila. Essa crise na análise dos benefícios está acontecendo desde o fim do ano passado.

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Em coletiva com a imprensa, o secretário Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, disse que houve uma conversa com o, então, presidente do INSS nos últimos 15 dias e que só agora teve a consolidação da saída de Renato.

"Ano passado foi bastante intenso, esse ano será muito desafiador. O Renato acha que precisa se dedicar a seus projetos, e nós aceitamos sua demissão. Comunicamos ao Paulo Guedes e ao Bolsonaro, e amanhã haverá consolidação desse ato, com indicação do seu substituto", declarou. Por enquanto, quem assume o posto é o atual secretário de Previdência, Leonardo Rolim

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O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, avalia que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil pode crescer entre 2,5% e 3,0% já em 2020. Ele informou a estimativa - que está acima da projeção oficial da sua pasta, de alta de 2,4% para a economia neste ano - em entrevista na manhã desta segunda-feira, 20, à GloboNews.

Segundo Sachsida, o desempenho esperado para a economia decorre da mudança no mix econômico que vem sendo promovida pelo governo federal. "A estratégia do governo sempre foi consistente, com consolidação fiscal e combate à má alocação de recursos. Estamos mudando o mix de crescimento, porque antes o governo era o gerador e isso nos levou a uma crise fiscal terrível. Estamos colocando as bases do crescimento sustentável de longo prazo", afirmou.

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Para ele, o desempenho aquém do esperado da economia nos meses finais de 2019 é decorrente de problemas de governos anteriores, "de 2006 a 2016".

O secretário afirmou que a mudança do mix econômico tende a dar resultados graduais, à medida em que o setor privado vai ingressando na economia. "Temos que insistir no que está dando certo, na consolidação fiscal", defendeu.

Com a mudança do mix econômico e o avanço na agenda de reformas, que consolidaria a situação fiscal do País, Sachsida diz que é possível pensar em taxas de crescimento acima de 3,0%. "Para crescermos de 3,5% a 4,0% temos que voltar a ter superávit primário, reduzir a relação dívida/PIB e melhorar a atividade da economia", disse o secretário. "Não podemos parar com as reformas", completou .

Crédito

A prioridade da Secretaria de Política Econômica em 2020 é melhorar a eficiência do crédito, disse Sachsida na entrevista à GloboNews. "Temos uma agenda grande", afirmou, sem dar detalhes.

Sachsida pontuou que estudos do Fundo Monetário Internacional (FMI) mostraram que o mercado de crédito brasileiro é um dos maiores responsáveis pela má alocação de recursos no País, um dos problemas apontados pelo secretário como obstáculo para um crescimento mais acelerado da economia.

Além disso, Sachsida afirmou que as reformas que são prioridades do governo neste ano são as que já estão no Congresso: a PEC do pacto federativo, a PEC emergencial e a PEC dos fundos.

INSS

Em relação aos problemas de atendimento no INSS, que tem uma fila de 1,3 milhão de pedidos de benefícios sem resposta, o secretário argumentou que são derivados da má gestão, segundo ele, dos governos anteriores e disse que o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, deve ter boas respostas para a situação em "uma ou duas semanas". "Ocorreram grandes erros de 2006 a 2016. Quando você começa a resolver esses problemas em 2019, demora. A digitalização melhorou a eficiência para o cidadão apresentar o requerimento, isso gerou fila."

O governo pretende anunciar nesta quarta-feira (15) medidas para diminuir a fila de espera por benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), disse nesta segunda-feira (13) o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho. Ele não adiantou detalhes, mas disse que as ações envolvem mudanças de verbas ou alterações na organização do órgão.

“Estamos validando as propostas internamente, e quarta-feira a gente conversa. Isso envolve orçamento, estrutura organizacional e a gente precisa ter responsabilidade. Estamos buscando respaldo técnico e jurídico”, disse. Marinho e os outros secretários especiais do Ministério da Economia participaram da primeira reunião do ano com o ministro Paulo Guedes, para definirem as prioridades da pasta para 2020.

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No fim da semana passada, o INSS anunciou a criação de uma força-tarefa para reduzir o estoque de benefícios em espera. Atualmente, 1,3 milhão de pedidos aguardam uma conclusão no requerimento há mais de 45 dias, prazo máximo de análise definido por lei.

Até agosto, o órgão pretende diminuir para 285 mil o estoque de benefícios do INSS em processamento. Em nota técnica, o Ministério da Economia informou que o aumento nas concessões terá impacto de R$ 9,7 bilhões nos gastos da Previdência Social em 2020.

A legislação prevê que nenhum segurado deve esperar mais que 45 dias para ter o pedido de benefício analisado. Caso ultrapasse esse prazo, o instituto pode ter prejuízo, porque terá de pagar os valores retroativamente, com a devida correção monetária.

Dataprev

Na semana passada, a Dataprev, estatal de tecnologia que processa o pagamento dos benefícios do INSS, anunciou que fechará filiais e demitirá 493 funcionários. A empresa está incluída na lista de privatizações do governo.

 

O Ministério da Economia publicou no Diário Oficial da União (DOU) mudanças em algumas cadeiras da pasta. Agora, Esteves Colnago atuará diretamente com o ministro Paulo Guedes no cargo de chefe da Assessoria Especial de Relações Institucionais, que, dentre as atribuições, mantém contato e negociações com parlamentares.

Colnago assume a nova tarefa no lugar de Caio Megale, que foi exonerado dessa função a partir desta quinta-feira (9), e ocupará uma diretoria de programa na Secretaria Especial de Fazenda.

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Para o cargo anterior de Colnago, de secretário adjunto da Secretaria Especial de Fazenda, foi nomeado Jeferson Luis Bittencourt. Ele era diretor de programa na mesma secretaria e agora será o adjunto do secretário especial Waldery Rodrigues.

No fim de novembro, o jornal O Estado de S. Paulo informou que, depois de um ano de governo, o ministro Paulo Guedes iria mesmo promover uma troca em cargos da pasta após uma avaliação do desempenho da equipe e das metas traçadas ainda na transição. Guedes avisara que faria essa avaliação e poderia fazer um "giro" de alguns integrantes do grupo, de forma a "oxigenar" determinadas áreas do Ministério.

Uma mudança que já estava acertada na ocasião era transferência de Colnago para o gabinete de Guedes. Colnago vai reforçar o time da articulação com o Congresso. Ex-ministro do Planejamento de Michel Temer, Colnago trabalhou na elaboração das medidas de governança fiscal enviadas ao Legislativo e ganhou a confiança de Guedes.

O Governo Federal, por meio do Ministério da Economia, decidiu excluir 17 profissões artísticas e culturais  do sistema Microempreendedor Individual (MEI), já em janeiro do próximo ano. Com a retirada das profissões culturais, artistas musicais, produtores culturais, humoristas, contadores de história, instrutores de artes cênicas e instrutores de música, não poderão ter mais representação jurídica frente as empresas que estão classificadas na Receita Federal.

O MEI garante que a ocupação seja formalizada, permitindo ao pequeno empresário a emissão de nota fiscal e direitos previdenciários, como: aposentadoria por idade, licença maternidade e auxílio-doença. Além disso, o microempreendedor cultural poderia contribuir para o INSS.

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A Resolução,  publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (6), foi elaborada pelo Comitê Gestor do Simples Nacional, cujas regras foram assinadas por José Barroso Tostes Neto, que é secretário especial da Receita Federal. 

A exclusão fez gerar críticas por parte de pessoas do meio artístico e da política. O rapper Emicida disse no Twitter que a medida leva trabalhadores artísticos para a obscuridade. O cantor também chamou o governo Bolsonaro de "catástrofe assassina".

Reprodução/ Twitter

O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), também se pronunciou sobre a Resolução do governo. Para o político, o presidente Jair Bolsonaro está tentando retaliar a cultura no Brasil. 

Reprodução/Twitter

A medida passa a valer também para proprietários de bares e outros estabelecimentos especializados em servir bebida com entretenimento.

O Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (2) traz duas Portarias da Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia que abrem crédito suplementar em favor de vários ministérios e órgãos do governo federal. A Portaria 12.433 abre crédito suplementar no valor de R$ 551,760 milhões em favor dos ministérios da Educação, Infraestrutura, Defesa e da Controladoria-Geral da União.

Já a Portaria 12.434 abre crédito suplementar no valor de R$ 316,468 milhões em favor da Presidência da República, dos ministérios da Educação, da Justiça e Segurança Pública, de Minas e Energia, das Relações Exteriores, do Desenvolvimento Regional, e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, e do gabinete da vice-presidência da República. Nos dois casos, para reforçar a dotação orçamentária desses ministérios estão sendo anuladas outras dotações no mesmo valor.

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O DOU traz ainda a Portaria 12.435 que transfere recursos entre categorias de programação no âmbito do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, no valor de R$ 2,250 milhões.

Nesta terça-feira (26), o governo federal encaminhou ao Congresso Nacional a Mensagem Modificada do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2020, com a previsão de redução do salário mínimo. Em Agosto deste ano, o governo previa o salário a R$ 1.039. Agora, a projeção é que o valor seja de R$ 1.031 - reduzindo 8 reais do que já havia sido encaminhado pelo próprio poder executivo.

A proposta do governo federal, inicialmente, indicava que o salário base dos trabalhadores sairia de R$ 998 para R$ 1.039. Esse valor corresponde à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em 2019, sem aumento real. 

Com a redução do salário - que já não vai proporcionar o ganho real aos trabalhadores - o Ministério da Economia disse que as mudanças foram necessárias devido a medidas e eventos que ocorreram após agosto de 2019, quando foi originalmente encaminhado o PLOA 2020.

"As modificações levaram em conta ainda a aprovação do texto final da Reforma da Previdência, com as alterações feitas pelo Senado Federal. Além disso, houve reestimativa de despesas obrigatórias dada a redução da projeção com INPC, com impacto no valor do salário mínimo e em benefícios sociais", justifica o governo.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que Brasil está no caminho certo com a ajuda de um Congresso que abraçou a pauta de reformas como a da Previdência e com redução de juros, em discurso no Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex), no Rio. "Estamos no caminho certo, tenho cada vez mais convicção de que vai dar tudo certo", disse a um plateia de empresários no Rio.

Ao fazer uma retrospectiva do primeiro ano à frente da pasta, Guedes destacou que a aprovação da reforma da Previdência derrubou a primeira torre de descontrole de gastos no País.

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Outro ponto importante, destacou, foi a redução das despesas com juros, na casa dos R$ 100 bilhões. "O juro já caiu para 5% (ao ano) e vai continuar caindo mais pra frente", disse. "O juro real está descendo, vai continuar descendo, não sabemos onde vai parar", complementou.

A terceira fonte de gastos públicos a ser atacada é o salário do funcionalismo, disse, destacando a reforma administrativa como o próximo capítulo da agenda de reformas.

O ministro considera que a reforma administrativa está andando também, que não se pode deixar "contaminar pelo barulho" e que a disputa entre poderes é normal em uma democracia.

'Dinâmica virtuosa'

Guedes afirmou ainda que o conjunto de medidas que o governo está tomando - aliado a outras como o choque de energia barata e desburocratização - deve criar condições para que seja deflagrada uma dinâmica virtuosa, disparando o gatilho para o investimento de longo prazo no País.

"Começamos a libertar a economia brasileira desses monopólios estatais. Quando você começa a fazer isso vem interesse de fora e dos próprios empresários brasileiros", afirmou o ministro.

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional realiza nesta quinta-feira (12), a partir das 10h, uma audiência pública sobre os impactos da reestruturação da Receita Federal sobre a segurança das fronteiras e o fluxo de comércio exterior. O evento contará com a presença do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Uma reorganização institucional da Receita no ano de 2019 reduziu de dez para cinco o número de superintendências regionais no país. O deputado Edmilson Rodrigues (Psol-PA), que solicitou a audiência, argumenta que a medida pode ter reduzido a efetividade do órgão. Além disso, ele destaca que o quadro funcional da Receita está envelhecido, sem a perspectiva de novas contratações, devido a restrições orçamentárias.

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A audiência contará com representantes da categoria dos auditores, como Floriano Sá Neto, presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), e Charles Alcantara, presidente da Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco). Completam a mesa o auditor Dão dos Santos, diretor de assuntos institucionais do Instituto de Justiça Fiscal, e a deputada Nilse Pinheiro (PRB), da Assembleia Legislativa do Estado do Pará.

Pelo lado do governo federal, além de Guedes, estará presente o secretário especial da Receita, Marcos Cintra.

Créditos suplementares

Antes da audiência, na terça-feira (10), a CMO terá sessão deliberativa para votar três projetos que abrem créditos suplementares para ministérios, órgãos e empresas, no valor total de R$ 1,87 bilhão.

O PLN 13/2019 redistribui R$ 39 milhões entre diversos programas ministeriais. Os principais beneficiados são o Fundo Nacional de Saúde, que receberá R$ 20,6 milhões para diversos serviços; e o Ministério da Ciência e Tecnologia, que receberá R$ 3,6 milhões para projetos de inclusão digital.

O PLN 15/2019 disponibiliza R$ 1,8 bilhão para a Petrobras. O dinheiro será usado para desenvolvimento de produção e manutenção de infraestrutura e de sistemas de segurança, e sairá do orçamento do Ministério de Minas e Energia.

O PLN 17/2019 realoca um total de R$ 12,5 milhões distribuídos entre os orçamentos da Controladoria-Geral da União (CGU), do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e do Ministério do Desenvolvimento Regional. Cada um dos órgãos seguirá com a mesma dotação.

Além dos projetos, a CMO poderá votar três requerimentos para a realização de audiências públicas sobre investimentos em ciência e tecnologia (dois deles) e na primeira infância.

*Da Agência Senado

 

O Ministério da Economia vai fazer uma correção na previsão do fundo eleitoral que será usado para custear gastos de candidatos a prefeito e vereadores no ano que vem. O valor deve cair para R$ 1,86 bilhão, ante os R$ 2,5 bilhões que foram divulgados na sexta-feira, na proposta orçamentária enviada ao Congresso.

A previsão divulgada representaria um aumento de 47% em relação ao que foi empenhado em 2018, de R$ 1,7 bilhão. No entanto, uma nota técnica produzida pelo partido Novo, a qual a reportagem teve acesso, afirma que houve um erro no cálculo do fundo, que é composto pelo dinheiro arrecadado pelo governo com o fim da propaganda partidária - extinta em 2017 - e de parte de emendas parlamentares de bancada.

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Para exibir as peças publicitárias dos partidos, o governo concedia benefícios fiscais a emissoras de TV e rádio. De acordo com a lei que criou o fundo, esse valor da compensação fiscal seria revertido para as despesas de campanhas. Segundo o documento do Novo, porém, o governo somou um valor errado e considerou todo o ano de 2016, ano em que só houve propaganda partidária no primeiro semestre - como era ano eleitoral, no segundo semestre foi ao ar a propaganda eleitoral.

Segundo fontes do Ministério da Economia, quando a Receita Federal enviou os cálculos da compensação da propaganda de televisão, os dados não estavam desagregados, o que acabou inflando o número.

O aumento do fundo divulgado na sexta-feira causou polêmica entre parlamentares. Deputados usaram as redes sociais para criticar a mudança. O presidente Jair Bolsonaro respondeu as críticas usando o mesmo canal.

Em postagem no Twitter na noite deste sábado, Bolsonaro afirmou que o valor maior em relação a 2018 estava previsto em lei e leva em consideração a compensação fiscal da propaganda partidária de rádios e televisões corrigida para 2020. Ele disse ser "fake news" que o "PR" (presidente) acresceu R$ 800 milhões ao fundo eleitoral, e publicou documentos do Tribunal Superior Eleitoral que tratam sobre o cálculo do fundo.

O valor de R$ 2,5 bilhões constava no Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) apresentado na sexta-feira. É a partir da proposta enviada pelo governo que o Congresso define como serão gastos os recursos públicos no próximo ano.

Com esse valor, o PSL, de Bolsonaro, poderia ter um valor 26 vezes maior do que o recebido em 2018 para custear gastos de campanhas eleitorais no ano que vem. Com o valor previsto pelo Ministério da Economia de R$ 2,5 bilhões para o fundo eleitoral, a sigla deverá receber R$ 251,1 milhões da verba, de acordo com cálculo do Estadão Dados. Essa será a maior fatia a ser recebida pelos partidos. O PT, em segundo no ranking, será contemplado com um montante parecido, de R$ 251 milhões.

O cálculo é feito com base nas regras atuais de distribuição do fundo, que leva em conta a votação para a Câmara em 2018, em que o partido elegeu 52 deputados, entre outros critérios. No ano passado, a legenda recebeu R$ 9,2 milhões para distribuir entre seus candidatos, incluindo a do presidente Bolsonaro.

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