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O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), Carlos Porto, emitiu um “Alerta de Responsabilização” ao prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), para que realize correções em eventuais irregularidades na transparência pública das aquisições e contratações relacionadas ao enfrentamento da Covid-19, apontadas por um relatório de monitoramento feito pelo TCE.

De acordo com o órgão, o alerta foi requerido pelo Ministério Público de Contas (MPCO) com base em relatório constatou falta de divulgação referente às contratações e falta de clareza no objeto de várias dispensas emergenciais da Covid-19, como a não publicação na íntegra dos contratos firmados. Além disso, a prefeitura não estaria divulgando a quantidade dos objetos contratados ou adquiridos para o enfrentamento da doença.

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Sobre a divulgação das informações dos gastos, a equipe técnica concluiu que a Prefeitura do Recife "não o faz da maneira mais eficiente e objetiva, prejudicando, portanto, o controle social a ser realizado pela sociedade".

Carlos Porto deu ao prefeito o prazo de 15 dias, sob pena de expedição de medida cautelar, para fazer as correções necessárias para sanear as irregularidades apontadas pelo relatório. E de 20 dias para que seja enviado um relatório detalhado sobre as medidas adotadas pela Prefeitura.

Também foi formalizado um processo de Auditoria Especial para apurar e indicar as responsabilidades individuais dos agentes públicos que desobedeceram a legislação, as resoluções, recomendações e alertas citados. Ainda em relação à transparência de gastos para o enfrentamento da Covid-19, o conselheiro também emitiu alerta de responsabilização ao Secretário de Finanças do Recife, Ricardo Dantas, e pediu o repasse de diversas informações ao TCE.

Além disso, Porto determinou que, no prazo de 20 dias, estejam disponibilizadas no Portal de Transparência da PCR (COVID) as Receitas Orçamentárias previstas e arrecadadas, além do saldo a receber por fontes de recursos, bem como respectivos gastos que comprometeram a fonte de recurso, com as datas de empenho, liquidação, pagamento e anulação de dotação (este último quando houver).

*Com informações do site do TCE

Nesta segunda-feira (6), a equipe de fiscalização do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), na cidade de Paulista, Região Metropolitana do Recife (RMR), interditou uma unidade de cursos profissionalizantes, no Centro do município, que estava realizando, de forma irregular, aulas presenciais, uma vez que as atividades nesta modalidade estão suspensas em Pernambuco até 31 de julho, visando evitar a propagação do novo coronavírus. A fiscalização foi feita após denúncias de populares.

A assessoria de imprensa da Prefeitura de Paulista informou ainda que, segundo informações da população, a unidade vinha funcionando desde a última semana, inclusive, com as aulas presenciais. A unidade também notificada por descumprir o Decreto Estadual 49.055/2020. A administração do curso terá um prazo de até de dez dias para a sua defesa.

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“No ato da fiscalização, constatamos o descumprimento do Decreto Estadual 49.055/2020 que define medidas a serem adotadas temporariamente para o enfrentamento à Covid-19. No local, pudemos observar atendimento ao público, aulas presenciais e aglomeração. Já havíamos realizado uma ação educativa aqui no dia 17 de junho, e agora, com a fiscalização efetiva, estamos interditando o estabelecimento em decorrência destas irregularidades”, contou Edir Cordeiro, coordenador de fiscalizações do Procon Paulista, segundo informações da assessoria.

Após candidatos ao concurso do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) denunciarem irregularidades na aplicação das provas no município de Santarém-PA, o Ministério Público Federal (MPF) enviou um requerimento à Polícia Federal solicitando investigação das suspeitas de fraude. De acordo com as denúncias, um dos envelopes que continham as provas a serem aplicadas foi violado e estava completamente aberto. 

Como medidas iniciais, o MPF requereu à polícia que realize oitivas (escutas) dos fiscais de provas que estavam na sala onde os candidatos testemunharam o envelope aberto, e também do responsável pela aplicação das provas no campus da Universidade Federal do Oeste do Pará, onde ocorreu o caso. 

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A perícia do pacote supostamente violado também foi solicitada à Polícia Federal, com o intuito de identificar que objeto teria sido utilizado para abrí-lo. Além disso, o Ministério Público Federal solicitou à PF que requisite as gravações do circuito interno de câmeras da universidade para verificação da ocorrência de anormalidades no percurso de entrega dos pacotes. 

Além de solicitar à PF a abertura de um inquérito policial, o Ministério Público Federal enviou ofícios à presidência da comissão de organização do concurso, para que ela se manifeste sobre as providências tomadas sobre o caso, e ao Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC) foram requisitadas cópias das atas de sala de aplicação de provas e informações sobre se as provas são referentes apenas ao cargo de analista judiciário ou se haviam candidatos para outros cargos prestando provas naquela sala.

O MPF também solicitou ao IBFC que se manifeste sobre a possibilidade de anulação do concurso com apresentação de um calendário de reaplicação das provas para garantir a lisura e regularidade do processo seletivo. 

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O presidente Jair Bolsonaro evitou comentar a auditoria interna do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que prometia abrir a "caixa-preta" da instituição, mas não apontou irregularidades. Como revelou o Estadão/Broadcast, a apuração custou R$ 48 milhões aos cofres públicos.

"A caixa-preta já foi aberta, bilhões gastos em outros países", disse o presidente. Em seguida, encerrou a coletiva de imprensa sem responder outras perguntas.

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Ontem, o Estadão/Broadcast mostrou que o relatório do BNDES não apontou nenhuma evidência direta de corrupção em oito operações com a JBS, o grupo Bertin e a Eldorado Brasil Celulose, realizadas entre 2005 e 2018. O valor foi pago a um escritório estrangeiro, o Cleary Gottlieb Steen & Hamilton LLP, que subcontratou outro brasileiro, o Levy & Salomão.

A assessoria do BNDES informou que o relatório de oito páginas é uma resumo crítico da auditoria e que outro parecer, "mais robusto", foi entregue às autoridades.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) gastou R$ 48 milhões com auditoria que prometia abrir a "caixa-preta" em operações relacionadas ao grupo J&F, que controla a JBS. Após um ano e 10 meses de investigação, o banco divulgou, no fim de dezembro, relatório que não apontou nenhuma evidência direta de corrupção em oito operações com a JBS, o grupo Bertin e a Eldorado Brasil Celulose, realizadas entre 2005 e 2018.

O valor foi pago a um escritório estrangeiro, o Cleary Gottlieb Steen & Hamilton LLP, que subcontratou outro brasileiro, o Levy & Salomão. A assessoria do BNDES informou que o relatório de oito páginas, antecipado pelo estadão.com.br, é um resumo crítico da auditoria e que outro parecer, "mais robusto" foi entregue às autoridades.

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A conclusão nos dois documentos é a mesma: as decisões do banco "parecem ter sido tomadas depois de considerados diversos fatores negociais e de sopesados os riscos e potenciais benefícios para o banco". "Os documentos da época e as entrevistas realizadas não indicaram que as operações tenham sido motivadas por influência indevida sobre o banco, nem por corrupção ou pressão para conceder tratamento preferencial à JBS, à Bertin e à Eldorado", diz trecho do relatório.

A abertura da "caixa-preta" foi uma das missões conferidas por Jair Bolsonaro ao presidente do BNDES, Gustavo Montezano, que tomou posse em julho, em substituição a Joaquim Levy, primeiro nomeado pelo governo para comandar a instituição. Ele se juntou a outros executivos que passaram pelo banco após o fim da gestão Dilma e tiveram dificuldades para comprovar irregularidades na concessão dos financiamentos.

"Hoje, entendemos que não há mais nenhum evento que requeira esclarecimento. A sociedade está com informação de qualidade, substancial", afirmou Montezano, em dezembro do ano passado.

Assunto ignorado. No governo Temer, Maria Silvia Bastos Marques evitou o assunto. Paulo Rabello de Castro e Dyogo Oliveira negaram sua existência. "Ou sou um completo idiota ou não existe 'caixa-preta' no BNDES", chegou a dizer Rabello. Levy falou em "ter clareza sobre operações do passado", mas não chegou a avançar na busca por operações fraudulentas. A dificuldade foi apontada como um dos motivos para a insatisfação de Bolsonaro com sua gestão - o executivo pediu demissão após o presidente dizer em entrevista que estava "por aqui" com ele.

A "caixa-preta" foi um dos temas dominantes na campanha de Bolsonaro. Para muitos apoiadores do presidente, a sua abertura teria potencial para apontar malfeitos maiores do que os descobertos pela Operação Lava Jato na Petrobrás. Logo após a vitória nas urnas, o presidente eleito se comprometeu a determinar, no início do mandato, "a abertura da 'caixa-preta’ do BNDES e revelar ao povo brasileiro o que foi feito com seu dinheiro nos últimos anos".

Para o ex-economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos Roberto Luis Troster, é preciso que o banco ainda esclareça contratos que foram fechados, principalmente no financiamento a obras no exterior.

A auditoria de R$ 48 milhões não investigou, por exemplo, operações com a Odebrecht, principal beneficiada dos empréstimos do BNDES destinados a financiar empreendimentos fora do Brasil. Também ficaram de fora os aportes do Tesouro com o objetivo de aumentar o volume de empréstimos do banco, para financiar setores que eram considerados "estratégicos" pelo governo PT.

Sigilo bancário. O termo "caixa-preta" começou a ser utilizado para se referir ao BNDES ainda em 2008, quando uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) restringiu o acesso do Tribunal de Contas da União (TCU) a informações do Banco Central protegidas pelo sigilo bancário. Até então, o BNDES concedia as informações protegidas por sigilo bancário ao TCU. Com o posicionamento do STF em relação ao BC, o BNDES entendeu que, se continuasse a dar ao TCU acesso a informações protegidas por sigilo bancário, isso poderia gerar questionamentos legais para o banco e seus empregados.

Em 2014, o TCU requereu uma série de documentos e o BNDES decidiu entrar com um mandado de segurança no STF a fim de proteger o sigilo bancário em algumas situações, como saldo devedor das operações de crédito, cadastro das empresas, rating de crédito e estratégia empresarial. O TCU, por sua vez, entendia que o BNDES não poderia alegar sigilo bancário para não lhe passar esses itens, uma vez que as operações envolvem recursos públicos.

No ano seguinte, o STF decidiu que o BNDES era obrigado a informar ao TCU os dados completos das operações de crédito, transferindo a esse órgão de controle a obrigação de sigilo bancário. O BNDES acatou a decisão do Supremo e a instituição voltou a apresentar informações requeridas ao TCU.

O contrato com a Cleary foi formalizado em julho de 2015, na primeira gestão do governo Dilma. Ao analisar a concorrência 01/2014, no entanto, vencida pela empresa, é possível verificar que o objetivo do BNDES era contratar consultoria internacional na área do direito e do comércio de aviões. Ou seja, a contratação da Gottlieb Steen & Hamilton LLP não teria ocorrido, inicialmente, para realizar a auditoria.

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Og Fernandes votou nessa terça-feira (3) para manter a cassação do mandato da senadora Selma Arruda (Podemos-MT) por abuso de poder econômico nas eleições do ano passado. 

Após o voto do ministro, que é relator do caso, a sessão foi suspensa por volta das 23h50 e será retomada na próxima terça-feira (10). Faltam os votos de seis ministros. Ao final do julgamento, se a cassação for aprovada, novas eleições para o cargo deverão ser convocadas pela Justiça Eleitoral. 

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Em abril, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Mato Grosso cassou o mandato da senadora, eleita pelo PSL, pela suposta omissão de R$ 1,2 milhão na prestação de contas da campanha do ano passado. A decisão também atingiu o suplente, Gilberto Possamai, mas ambos puderam recorrer ao TSE. 

Ontem à noite, ao iniciar o julgamento do recurso protocolado pela defesa de Selma Arruda, o relator entendeu que a parlamentar e seu suplente cometeram irregularidades apontadas pelo TRE-MT antes e depois do período oficial de campanha.

Og Fernandes citou recebimentos e despesas “por dentro e por fora” que não constaram na contabilidade de campanha. Além disso, o ministro entendeu que houve propaganda e gastos fora do período eleitoral. 

Segundo o ministro, a cronologia dos pagamentos e de peças publicitárias mostra que a senadora tinha conhecimento das irregularidades. 

“Tudo carrega vantagens que os concorrentes dificilmente conseguirão superar, salvo se também optarem pela antecipação de campanha”, disse.

Durante o julgamento, o advogado Gustavo Bonini Guedes, representante da senadora, afirmou que a parlamentar não praticou caixa dois e abuso de poder econômico.  

"A senador Selma Arruda foi eleita com base nas plataformas de combate à corrupção, que sempre defendeu como juíza em Mato Grosso, determinando a prisão de presidente da Assembleia Legislativa e ex-governador", disse a defesa.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, informou, em coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta-feira (3), que as bolsas de pós-graduação que foram que foram cortadas durante o no de 2019 estavam irregulares. O anúncio foi dado juntamente com o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Anderson Correia.

Durante a coletiva, que teve como objetivo divulgar novidades nas bolsas de pós-graduação, Weintraub garantiu que os reitores das universidades públicas de ensino davam as bolsas de mestrado e doutorado sem transparência da meritocracia dos beneficiados. “A chance de ter dado para um amigo é alta”, disse o ministro. 

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Criação de novas bolsas de pós-graduação

Novas bolsas de pós-graduação foram criadas pelo MEC. Segundo Abraham Weintraub, não se trata de um descongelamento de bolsas que já existiam, mas de uma criação de novas oportunidades. Ao total, foram liberadas 679 novas bolsas. “No começo deste mês já tínhamos criado outras 2.182”, disse o comandante da pasta.

Ainda de acordo com o ministro, essas bolsas não serão um descongelamento das que foram contingenciadas durante o ano de 2019. “Não será um ‘descontingenciamento’ até porque aquelas bolsas não deveriam nem ter existido”, concluiu o comandante do MEC.

Com planos de aproveitar a "onda bolsonarista" para eleger prefeitos e vereadores no ano que vem, o PSL terá como obstáculo resolver pendências jurídicas em quase metade dos diretórios municipais do partido em São Paulo.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aponta que a legenda de Jair Bolsonaro tem registro em 362 municípios paulistas, mas apenas 147 destes diretórios estão aptos a funcionar. O restante foi desativado ou tem pendências que vão de ausência de prestação de contas à falta de CNPJ. Para ter candidato na cidade, a situação do órgão partidário tem de estar regularizada até abril.

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Um dos maiores imbróglios da legenda está justamente na capital paulista, que deve ser palco da campanha da deputada Joice Hasselmann. O diretório está suspenso desde 2016 por falta de prestação de contas. O último presidente do escritório, Alexandre Gentil, saiu do PSL em 2017. Ele afirma que procurou o partido para resolver a situação. "No entanto, entre idas e vindas, não houve interesse dos dirigentes do partido que decidiram através do diretório estadual apresentar uma prestação de contas sem a minha assinatura e aprovação", disse. Essa prestação, no entanto, foi rejeitada pela Justiça Eleitoral.

Para que Joice possa concorrer, o partido pode repetir o que aconteceu no ano passado. A dois meses das eleições, o partido teve de ir à Justiça para garantir a participação, pois tinha sido suspenso pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) devido a uma falha de prestação de contas em 2016.

O atual presidente estadual do partido, deputado Eduardo Bolsonaro, afirmou que o partido está realizando trocas nas diretorias municipais para resolver a situação. "A Karina Kufa (advogada da legenda) é quem está cuidando do partido. A gente sabe que tem pendências e estamos tentando resolver. Tem algumas soluções a serem tomadas e, inclusive, mudanças já estão ocorrendo", disse.

Karina respondeu por meio de nota, atribuída à diretoria do partido, dizendo que a situação foi mapeada e que o partido contratou advogados e contadores para regularizar todas as comissões provisórias. "Esse trabalho será concluído antes do período eleitoral", diz a nota.

Pré-candidato à prefeitura de Santos, o deputado Júnior Bozzella disse estar preocupado. "Tenho medo que o partido perca o timing para a eleição de 2020. Já estamos mais do que atrasados. Com essa desorganização, podemos deixar de eleger cidades estratégicas."

Criado em 1998, o PSL era um partido nanico até a eleição de Bolsonaro no ano passado, quando elegeu 52 deputados. Das 5.464 cidades que tiveram disputas nas eleições de 2016, a legenda ganhou apenas 30. A maior é São João del-Rei (MG), cidade de 100 mil habitantes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu  (16) ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) cópia do inquérito policial aberto no Rio de Janeiro para apurar supostas irregularidades na investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes.

Na petição, Dodge explicou que o pedido de acesso é necessário para analisar possível federalização do caso, ou seja, o deslocamento de competência para julgar o crime passaria da Justiça estadual para a Justiça Federal. Desde novembro do ano passado, a procuradoria analisa suposta tentativa de obstrução das investigações, mas a Justiça do Rio negou o compartilhamento de informações.

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De acordo com a procuradora, o pedido de federalização "só pode ser analisado diante de evidências que foram coligidas no inquérito instaurado para verificar se havia o desvio ou deficiência na investigação". Além disso, Raquel Dodge disse na manifestação enviada ao STJ que há suspeitas do envolvimento de uma pessoa com prorrogativa de foro no tribunal na suposta obstrução das investigações.

Respondem pelo homicídio da vereadora os ex-policiais Ronnie Lessa (reformado) e Élcio Queiroz (expulso da Polícia Militar). A vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes foram assassinados com vários tiros dentro do carro da parlamentar, no centro do Rio de Janeiro, em março de 2018.

 

A primeira loja da Xiaomi em terras brasileiras teve sua inauguração recente recebida com bastante entusiasmo pelo público tupiniquim. Porém, os últimos dias têm sido de dor de cabeça para os seus representantes. A Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo (Procon-SP) anunciou, na última terça-feira (25), que a loja da empresa chinesa, em parceria com a importadora DL, foi autuada por irregularidades na venda de seus produtos.

A ação do órgão ocorreu no último dia 19 e constatou "a presença de produtos com informações unicamente em língua estrangeira; produtos sem manual de instruções em língua portuguesa; produtos sem informação de origem no Brasil (importador); produtos com informações de segurança unicamente em língua estrangeira", entre outros problemas.

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As situações apontadas no momento da vistoria são exigências do Código de Defesa do Consumidor, que determina que a oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações claras e em língua portuguesa, inclusive sobre características, composição, preço, garantia, prazos de validade, manual de instruções, entre outros. 

Produtos com diferentes conectividades (wi-fi e bluetooth, por exemplo), como os relógios Mi Band, precisam da homologação da Anatel para serem vendidos. Por falta dos requisitos obrigatórios do CDC, o Procon-SP infomou que o estabelecimento poderá sofrer, após procedimento administrativo, multas pelas infrações cometidas.

O que diz a empresa

Em nota a empresa DL, importadora dos produtos Xiaomi, informa que “está ciente da fiscalização do PROCON-SP na loja Mi Ibirapuera. Como responsável pela importação e distribuição dos produtos Xioami no Brasil junto aos parceiros comerciais, a empresa informa que os apontamentos feitos pelo órgão já estão em processo final de adequação”.

Lutando para conseguir retornar à elite do futebol italiano, o Palermo foi punido nesta segunda-feira (13), pela Federação Italiana de Futebol (Figc), com um rebaixamento à terceira divisão por uma série de irregularidades em suas atividades financeiras.

Um dos grandes favoritos na Série B, o clube rosanero encerrou a segunda divisão na terceira colocação, se classificando para os playoffs de acesso. No entanto, com a decisão da Figc, o Palermo foi para a última posição da liga e determinou o rebaixamento do tradicional time do sul da Itália.

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De acordo com a Figc, o Palermo recebeu a punição "por uma série de irregularidades administrativas por parte de vários ex-diretores do clube". O time possui 15 dias para entrar com um recurso contra a decisão da entidade que rege o futebol italiano.

O novo presidente do Palermo, Alessandro Albanese, declarou que a sentença da Figc "é muito pesada" e disse "não entender" a punição. Segundo o dirigente, os advogados do clube estão preparando o apelo para reverter a situação.

O Palermo foi comprado recentemente pela empresa Albanese Arkus Network, colocando um ponto final na era do cartola Maurizio Zamparini dentro do clube italiano, que durou mais de 15 anos.

Fundado em 1900, o Palermo é um dos clubes mais tradicionais do sul do país da bota. O time já conquistou cinco vezes a Série B e foi finalista em três ocasiões da Copa da Itália. Além disso, o time rosanero conseguiu chegar a um quinto lugar na Série A das temporadas 2005/06, 2006/07 e 2009/10, quando tinha em seu elenco grandes jogadores como Edinson Cavani, Andrea Barzagli, Javier Pastore e Fabrizio Miccoli.

Da Ansa

Análise do Tribunal de Contas da União encontrou 51.636 indícios de irregularidades no gasto de pessoal de órgãos da Administração Pública Federal, nos meses de março a setembro do ano passado. As informações foram divulgadas no site do TCU.

O relator é o ministro Aroldo Cedraz.

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A fiscalização ocorreu em 798 unidades jurisdicionadas do Judiciário, Legislativo, Ministério Público da União, Forças Armadas, Banco Central e empresas estatais.

Desse montante, 17.168 indícios foram corrigidos e resultaram em ganhos para os cofres públicos.

Os 34.468 mil restantes ainda não foram esclarecidos pelos gestores responsáveis, destaca o TCU.

Dez órgãos somam 64% dos problemas detectados e deverão apresentar, em até 60 dias, plano de ação para solucionar as pendências.

Entre os indícios de irregularidades constam pagamento a pensionista já falecido, servidor ativo com mais de 75 anos, servidor falecido recebendo remuneração, pessoas proibidas de assumir cargos públicos, auxílio alimentação pago em duplicidade, entre outros.

Os dados estão no relatório do quarto ciclo de fiscalização dos dados cadastrais e folhas de pagamento do serviço público.

Nessa rodada, parceria com os tribunais estaduais e municipais permitiu avaliar os dados das unidades federativas.

Foram encontrados 136.671 indícios de diversas irregularidades envolvendo 16.243 entidades. Como elas estão fora da jurisdição do TCU, os resultados foram encaminhados aos órgãos competentes para apuração.

Fiscalização realizada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em 506 hospitais públicos, no ano passado, encontrou inconformidades nas unidades desde a falta de materiais e medicamentos básicos até centros cirúrgicos que não tinham área para higienização.

Os dados, divulgados nessa quinta-feira (9), em São Paulo, fazem parte do primeiro levantamento feito pelo conselho após a entrada em vigor do novo Manual de Vistoria e Fiscalização da entidade, em 2016, que estabelece critérios para a fiscalização em centros cirúrgicos, unidades de terapias intensivas, salas de recuperação pós-anestésica e unidades de internação, avaliando as condições estruturais, físicas e de equipamentos.

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Na pesquisa, foram analisados 102 centros cirúrgicos, dos quais 3% não contavam com área para higienização das mãos, o que foi classificado como falta grave, “já que essa falha é fonte certa de infecção hospitalar”, de acordo com o CFM.

Nas 102 salas cirúrgicas, 33% não tinham foco cirúrgico com bateria; 22% não tinham negatoscópio para a leitura de imagens; 16% também não contavam com carro para anestesia ou monitor de pressão não invasivo; e 12% não dispunham de equipamentos básicos como fio guia e pinça condutora.

Já 44% não possuíam fonte fixa de óxido nitroso, usado em procedimentos anestésicos, e em 21% também faltava a fonte de oxigênio. Em 43% dos centros cirúrgicos, não havia capnógrafo, aparelho que monitora o dióxido de carbono exalado pelo paciente durante cirurgias, e em 28% faltavam dispositivos para a realização de traqueotomia.

Nas salas de recuperação pós-anestésica, o CFM avaliou que a situação também é de grande precariedade: 28% dos centros cirúrgicos não tinham salas de recuperação pós-anestésica, sendo que em 18% faltavam oxímetros e em 19% não havia carrinhos de emergência. Faltavam ainda medicamentos básicos, como brometo de ipratrópio (15%), escopolamina (15%), diclofenaco de sódio (13%) e haloperidol (12%).

Para o coordenador do Departamento de Fiscalização do CFM (Defis), Emmanuel Fortes, os primeiros resultados das fiscalizações realizadas a partir do Manual de Vistoria e Fiscalização em hospitais, mostram que o CFM, ao ampliar seu arsenal fiscalizatório, pode fazer “um diagnóstico preciso das inconformidades para exigir soluções dos administradores e gestores”.

Ressaltou que, ao fortalecer a fiscalização dos ambientes médicos, o CFM cumpre sua previsão legal e “atende às expectativas dos médicos e da população”.

UTI

A fiscalização também avaliou as condições de permanência dos pacientes em quartos e Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Em 63% das 131 unidades de internação visitadas, foram encontradas camas sem lençóis, superlotação em mais da metade dos quartos (53%), falta de grades nas camas em 21% e de cama regulável em 17%.

Os quartos também não dispunham de biombos ou cortinas para separar um leito de outro (26%), nem de poltrona para acompanhante (15%).

Dos 506 hospitais fiscalizados, 68 tinham UTI, sendo que 32 dessas unidades (47%) não apresentavam monitor de pressão intracraniana (PIC). Em 41% faltava monitor de débitos cardíacos, em 37% inexistia oftalmoscópio e em 31% não havia capnógrafo.

Segundo o conselho, as UTIs fiscalizadas também não estavam preparadas para transportar os pacientes em caso de piora do quadro clínico. Em 35% faltava ventilador mecânico para transporte com bateria, 29% não dispunham de monitor cardíaco para transporte e 21% não dispunham de maca com suporte de cilindro de oxigênio.

Até equipamentos considerados baratos, como relógios e calendários posicionados de forma a permitir a visualização, estavam ausentes em 21% das UTIs.

“Muitas das UTIs fiscalizadas não ofereciam os serviços diagnósticos que se dispunham a oferecer”, concluiu o CFM. Em 34 das unidades que ofereciam o apoio diagnóstico, 44% não dispunham de radiologia intervencionista, 35% não ofereciam ressonância magnética e 29% não tinham exame comprobatório de fluxo sanguíneo encefálico.

Ministério da Saúde diz que repassa recursos

Procurado pela Agência Brasil, o Ministério da Saúde disse, em nota, que repassa mensalmente recursos para custeio de serviços de média e alta complexidade aos fundos estaduais e municipais, cabendo aos gestores locais a melhor gestão e distribuição desses recursos aos estabelecimentos de saúde vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo o ministério, os gestores locais também recebem verbas federais de investimento, de programas e por meio de emendas parlamentares, para aquisição de equipamentos, realização de obras de construção e reforma dos serviços de saúde. Esclarece, ainda, que é de competência do gestor local fiscalizar e fazer a manutenção dos serviços locais.

“Por fim, cabe informar que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabelece padrões para o funcionamento dos serviços de saúde por meio das RDC [Resolução da Diretoria Colegiada] e que estas servem de parâmetros para normatização dos procedimentos referente à vigilância sanitária”, finaliza o Ministério da Saúde.

O Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) expediu uma medida cautelar determinando a suspensão de um contrato firmado entre a prefeitura de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR), e a empresa Valor Suprimentos Comércio de Material de Consumo Ltda. De acordo com o TCE, foram encontradas “graves irregularidades” no contrato.

A empresa é responsável por fornecer materiais de construção para atender a demanda das secretarias de Serviço Público e Infraestrutura, Defesa Civil, Saúde e Ação Social do município no exercício de 2019. A medida cautelar foi expedida na última semana pelo conselheiro Carlos Porto.

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A decisão partiu de relatórios de auditorias realizadas pela Gerência de Auditorias de Obras Municipais Sul (GAOS), que apontaram “graves irregularidades na contratação”. Segundo os auditores, na prestação do serviço, cujo contrato possui um prazo de doze meses com um valor de R$ 1.964.114,05, não há controle de estoque dos materiais adquiridos, indicando, assim, desvio de materiais ou emissão de notas fiscais com entrega fictícia e contratação com empresa “de fachada”.

Além disso, há pagamentos realizados em duplicidade ou com valores superiores. Tais descumprimentos significam riscos a princípios da administração pública e podem resultar em prejuízo ao erário.

De acordo com o TCE, o prefeito de Camaragibe, Demóstenes Meira (PTB), poderá apresentar defesa no prazo de cinco dias. Os titulares das secretarias de Serviço Público e Infraestrutura, Saúde e Ação Social também foram notificados.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reprovou, nesta quinta-feira (11), a prestação de contas do Partido dos Trabalhadores (PT) de 2013. A decisão, por unanimidade, determinou que o PT devolva R$ 5,2 milhões aos cofres públicos.

Segundo o TSE, o valor corresponde a 8,9% do total recebido do fundo partidário naquele ano. O montante foi aplicado irregularmente pela legenda e não foi esclarecido, de acordo com a Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias do tribunal.

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Entre as irregularidades, está o fretamento de aeronaves com recursos do Fundo Partidário sem a comprovação de quem eram os passageiros e ausência de documentos que comprovassem a vinculação das viagens com atividades partidárias.

O relator do caso no TSE foi o ministro Luís Roberto Barroso. De acordo com ele, somadas as irregularidades atingem 11% dos recursos recebidos pelo partido naquele ano. “Esse valor expressivo em termos absolutos e percentuais acarreta a desaprovação das contas, uma vez que compromete a sua regularidade e transparência”, afirmou Barroso.

Na ótica de Barroso, a falta de informações, mesmo que haja boa fé, impede a fiscalização. “Não se trata de questionar a boa fé da agremiação quanto às informações inseridas na planilha, mas de assegurar à Justiça Eleitoral meios de aferição da veracidade das informações prestadas, sem as quais fica esvaziado o controle por ela exercido”, disse ao proferir seu voto.

 As vendas dos ingressos para o show de Sandy e Júnior foram suspensas, na manhã desta sexta-feira (22), pela Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor (Procon-PE). De acordo com o órgão, os serviços oferecido nas bilheterias do Classic Hall, localizado em Olinda, eram divergentes do anunciado.

Segundo os fiscais do Procon, ingressos para determinados setores, como o ‘Golden’, que dá acesso à passagem de som da dupla, não estavam disponíveis quando as vendas começaram. No entanto, a organização do evento divulgou que mesmo após os ingressos se esgotarem na internet, poderiam ser adquiridos na bilheteria física.

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O órgão do consumidor também recebeu denúncias de cobrança de taxas de conveniência sobre os valores dos ingressos, o que não foi constatado com a chegada dos fiscais no local. Segundo o Procon, não há previsão para que as vendas dos ingressos físicos volte a ser realizada.

Pernambuco foi o lugar escolhido por Sandy e Júnior para sediar o primeiro show da turnê "Nossa história". A apresentação acontece no dia 12 de julho.

 O prefeito de Orocó, George Gueber Cavalcante Nery (PT), está na mira da Justiça. O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação de improbidade administrativa contra o petista por possíveis irregularidades praticadas na gestão em três inquéritos civis e em um procedimento investigatório criminal. 

O MPF apura “irregularidades na aplicação de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), apontadas em relatório da Controladoria-Geral da União, que consistem na utilização de parte da verba em despesas não relacionadas com a manutenção e o desenvolvimento da educação básica”. 

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Responsável por ajuizar a ação, o procurador da República André Estima ressaltou que, sem justificativa, o prefeito não atendeu e atrasou a solicitação constando informações expedidas pelo MPF. O órgão também acusa irregularidades no uso de recursos do Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (PNATE), bem como a ausência de repasse, à Caixa Econômica Federal, de valores descontados das remunerações de servidores do município de Orocó a título de empréstimos consignados.   

Gueber Cavalcante Nery pode ser condenado ao ressarcimento integral do dano, bem como perder a função pública, além de ter os seus direitos políticos suspensos por até cinco anos. Ainda pode ficar sujeito à pagamento de multa civil e proibição de contratar com o poder público por até três anos, caso a Justiça Federal acate os pedidos do MPF na ação. 

A Procuradoria da República no Distrito Federal, órgão do Ministério Público Federal, ajuizou uma ação contra o ex-ministro da Saúde e deputado federal Ricardo Barros (PP) por improbidade administrativa durante sua gestão no ministério. A investigação que resultou na ação teve início com a apuração de problemas na aquisição de medicamentos sem licitação por conta de demandas judiciais.

Segundo o MPF, entre as irregularidades cometidas estariam favorecimento de empresas, desrespeito à legislação sobre exigências no serviço público e de normas sobre licitações, prejuízo a patrimônio público, descumprimento de decisões da Justiça e medidas que teriam contribuído em casos que resultaram nas mortes de 14 pacientes.

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Barros ficou à frente da pasta da Saúde de 2016 a 2018, quando foi substituído por Gilberto Occhi. Saiu para disputar as eleições do ano passado, quando se reelegeu deputado federal pelo Paraná. A ação também abrange a empresa Global Gestão em Saúde e outros dirigentes integrantes da equipe de Barros à época, como Davidson Tolentino Almeida, ex-diretor do Departamento de Logística da pasta.

Conforme a ação, teriam sido constatadas irregularidades em processos de compra de medicamentos para doenças raras, como Aldurazyme, Fabrazyme, Myozyme, Elaprase e Soliris. Nessas aquisições, o ministério teria favorecido empesas Global, Tuttopharma e Oncolabor, entre outras.

De acordo com a ação, essas empresas não tinham histórico de já ter realizado serviços de fornecimento desses medicamentos a governos. Elas teriam atrasado a entrega dos fármacos, além de terem sido selecionadas sem atenderem a todas as exigências, como ter a Declaração de Detentor de Registro. A Global, indica a ação, não teria nem licença de importação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para um dos medicamentos.

Em um processo de compra emergencial em 2017, a Global teria ganho sem atender aos requisitos. O Ministério da Saúde teria sido avisado que a empresa não dispunha de todas as licenças, não era cadastrada pelo fabricante, nem tinha o medicamento em estoque. O MS, segundo a ação, não somente não cancelou o contrato como adiantou um montante à empresa para que ela adquirisse os fármacos.

“Não há como não classificar de flagrantemente ilegal e temerária tal conduta dos réus que, com a prática, obviamente beneficiaram indevidamente a empresa Global Gestão em Saúde, sem haver o Ministério da Saúde obtido qualquer contrapartida, desconto ou economia em troca do risco suportado”, conclui a ação.

Condenação e ressarcimento

O MPF pede, além da condenação dos acusados por improbidade administrativa, reparação do dano moral coletivo dos pacientes afetados pelos problemas decorrentes das irregularidades na aquisição dos medicamentos, inclusas aí as 14 mortes em decorrência dessa situação. Além de ressarcimento dos pagamentos feitos à empresa, no montante de pouco mais de R$ 19 milhões em caráter liminar.

Ministério da Saúde

Em nota, o Ministério da Saúde informou que inscreveu na Dívida Ativa da União o repasse de R$ 20 milhões feito à empresa Global pelo não atendimento do contrato de entrega dos medicamentos Myozyme, Fabrazyme e Aldurazyme, como o não cumprimento de prazo em relação à quantidade estabelecida.

No tocante à ação, o ministério respondeu que “realizou todos esforços, incluindo uma compra emergencial, para garantir a assistência aos pacientes que utilizam os medicamentos Aldurazyme, Fabrazyme, Elaprase, Myozyme e Soliris mesmo com as ocorrências conhecidas”. O órgão acrescentou que os processos de aquisição respeitaram a legislação.

Defesa

Por meio de nota, Ricardo Barros afirmou que o Ministério Público Federal escolheu “o lado errado da luta no Sistema Único de Saúde (SUS). Deveria acusar as empresas que mantém monopólio de representantes para explorar o erário público".

“A Justiça deu a autorização para a Global importar o medicamento. O laboratório fabricante, no entanto, recusou a vender o produto para a Global, mantendo um injusto e maior preço para o Brasil, praticado por seu representante comercial”, argumentou.

Segundo o parlamentar, a legislação foi cumprida rigorosamente para aquisições por judicialização da Saúde. “Os R$ 5 bilhões economizados em 22 meses à frente do Ministério contrariaram muitos interesses. Agimos sempre dentro da lei, e nesses casos com decisões judiciais favoráveis ao Ministério da Saúde”.

Global

Procurada, a Global ainda não se pronunciou.

Uma ação de combate ao trabalho escravo realizada pelo Ministério do Trabalho (MTe), resgatou 54 trabalhadores no município de Baixa Grande do Ribeiro, localizado no Sul piauiense. Dentre os resgatados que sofriam com as condições degradantes, quatro eram adolescentes.

Segundo o MTe, antes do resgate nessa sexta-feira (14), os trabalhadores catavam raízes e realizavam a limpeza de uma fazenda de soja, tudo de forma manual. Eles não possuíam registro em carteira, nem utilizavam equipamentos de proteção individual (EPIs). “Eles faziam a limpeza manual da área agrícola sem nenhuma proteção ou suporte”, explicou o auditor fiscal do Trabalho Robson Waldeck.

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Rotina exaustiva e péssimas condições de trabalho

Naturais do interior do Piauí e Maranhão, o grupo era submetido a jornadas excessivas de trabalho, se alojava em barracas de plástico e utilizava áreas de mata para realizar as necessidades fisiológicas. De acordo com a equipe de fiscalização, as refeições eram feitas na própria área de atividade, um ambiente inapropriado e sem higiene alguma. Além disso, nenhum dos trabalhadores havia feito exame médico admissional obrigatório.

Fazendeiros foram notificados

Após receber a notificação sobre as irregularidades, os donos da fazenda tiveram que arcar com o pagamento de todos os direitos trabalhistas ao grupo. Assim, os trabalhadores que têm direito, receberão três parcelas do Seguro-Desemprego.

Com informações da assessoria

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, emitiu um parecer recomendando que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprove as contas de campanha do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), mas com ressalvas. O TSE deve julgar a prestação apresentada pelo capitão da reserva no próximo dia 4.

No relatório do Ministério Público Eleitoral (MPE), Dodge indica que foram encontradas irregularidades no valor de R$ 171 mil, o que representa 3,9% do total de gastos, mas “não são graves e não comprometem a análise da regularidade das contas, pois perfazem percentual diminuto em relação ao montante arrecadado na campanha eleitoral, aplicando-se, ao caso, os postulados da proporcionalidade e da razoabilidade”.

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Entre as irregularidades apontadas, está a identificação de doadores. Segundo o MPE, foi encontrado na prestação de contas doadores desempregados, doadores funcionários de uma mesma empresa privada e doadores falecidos.

“Tais indícios poderão ensejar apuração nas instâncias adequadas”, considera o relatório. E completa: “no entanto, para fins de análise desta prestação de contas, especialmente pelos valores contemplados pelos indicativos preliminares, as apurações a serem feitas não obstam a aprovação das contas apresentadas”.

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