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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, autorizou operação entre a Caixa Econômica Federal e a Companhia CELG de Participações S.A. (Celgpar) no valor de R$ 1,9 bilhão. O despacho com essa decisão está publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira (12).

Trata-se de contrato de garantia, a ser firmado entre a União e a CELGPAR, com a interveniência da Caixa; e contrato de penhor e de vinculação de receitas e de cessão e transferência de crédito, em contragarantia, a ser celebrado entre a União, a Celgpar e o Estado de Goiás, com a interveniência da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, ambos relativos a contrato de financiamento. Os recursos serão destinados ao aporte de capital na CELG Distribuição (CELG-D), à realização de mútuo com a CELG-D e à transferência de recursos para a CELG-D, a fim de que os recursos sejam destinados ao pagamento de dívidas e ao capital de giro.

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Na decisão, Mantega cita que a autorização leva em consideração as manifestações da Secretaria do Tesouro Nacional e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional pela operação.

A presidente Dilma Rousseff confirmou nessa segunda-feira (8) ao participar da série Entrevistas Estadão, que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, deixará o cargo, no fim do ano, e não permanecerá no governo, em caso de segundo mandato. Dilma ressalvou, porém, que a saída acontecerá "a pedido" de Mantega "e por questões eminentemente pessoais". Ela pediu que todos respeitassem a decisão do auxiliar.

Candidata à reeleição, Dilma não quis se comprometer com mudanças na política econômica, se vencer a disputa. "Vai haver mudanças porque o País se preparou para elas", disse a presidente, de forma evasiva, sem apontar quais alterações pretende fazer. Assegurou apenas que haverá "melhora de gestão" e de resultados.

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Na semana passada, Dilma afirmou que, em caso de "governo novo", haverá "equipe nova" e sugeriu que isso incluía a substituição do titular da Fazenda. A declaração causou mal-estar e muitas especulações.

Há oito anos e meio no cargo, desde o governo Lula, Mantega ficou magoado com a presidente. Na sexta-feira, 5, ela mandou dois emissários para conversar com o auxiliar e reverter a situação. Dilma também se encontrou no domingo, 7, com Mantega, no Palácio da Alvorada, e as dúvidas foram esclarecidas. De acordo com a presidente, o problema já está superado.

Sempre de forma superficial ao falar da política econômica, Dilma declarou que não planeja repetir sua própria receita. "Eu não vou aplicar, literalmente, tudo igual ao que eu venho fazendo." Diante dos questionamentos sobre o que mudaria na política econômica, preferiu falar em alterações na política de segurança pública.

Incentivos

Mais adiante, a presidente afirmou que o País "tem condições de diminuir uns incentivos (fiscais), mas outros não". Avisou, ainda, que seu compromisso será com o trabalhador. "Nós vamos continuar focados em emprego e garantia do salário."

Na tentativa de se contrapor às declarações do ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga, apontado pelo candidato do PSDB, Aécio Neves, como seu ministro da Fazenda, em caso de vitória, Dilma acabou mandando um recado ao tucano. "Eu não concordo, como alguns acham, que a raiz da inflação é a política de valorização do salário mínimo", provocou.

Para a presidente, "nos últimos anos" o governo tem procurado recuperar o valor do mínimo. "Nós estamos só recuperando a queda brutal do salário real que houve no País, no período anterior ao Lula", disse ela. "A produtividade agora aumentou. Aumentando a produtividade, aumentou o salário."

Dilma citou problemas econômicos enfrentados por Alemanha e França e lembrou que "a Europa fez uma política duríssima" de austeridade. "Cortou gasto, salário, emprego, e não dá um único passo à frente".

No seu diagnóstico, o governo enfrentou a crise mantendo benefícios à população e investimentos em infraestrutura. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente Dilma Rousseff (PT) tentou nesta sexta-feira (5) desfazer o mal estar com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, por ter admitido que ele não ficará em eventual segundo mandato. Antes de chegar a Brasília no fim da tarde, após cancelar uma agenda de campanha em Laguna (SC), Dilma pediu a dois ministros que conversassem com o titular da Fazenda.

Embora o próprio Mantega já tenha dito várias vezes, em conversas reservadas, que não permanecerá no cargo se a presidente for reeleita, ele ficou magoado ao saber da entrevista dada por Dilma, na quinta-feira, em Fortaleza. Na ocasião, a presidente não deixou dúvida sobre a substituição do auxiliar em eventual segundo mandato.

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Mantega evitou nesta sexta-feira, 5, os jornalistas e entrou com o carro oficial pela garagem do Ministério, uma prática pouco habitual.

Emissários do Palácio do Planalto que conversaram com ele por determinação de Dilma garantiram que a presidente apenas fez uma declaração genérica, com o mesmo teor da véspera, sobre "renovação de governo e de equipe", após evento de campanha em Fortaleza, sem se referir especificamente a qualquer ministro.

"Eleição nova, governo novo, equipe nova", afirmou Dilma em Fortaleza, ao responder a perguntas de repórteres sobre o futuro de Mantega. Há quase três meses o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem recomendado a Dilma que ela diga "claramente" o que vai fazer com a economia. Até agora, a candidata à reeleição havia resistido a sinalizar para novos rumos na economia, mas cedeu à pressão após o crescimento da adversária Marina Silva (PSB).

A "demissão" antecipada do titular da Fazenda provocou ontem desconforto na equipe econômica, que, nos últimos dias, teve de lidar com o quadro de recessão técnica do País.

A indicação de Dilma de que vai renovar o time num eventual segundo mandato acabou expondo até mesmo o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e a diretoria da instituição, deixando toda a equipe mais fragilizada para defender a política econômica dos ataques dos adversários do PT na campanha. Tombini sempre foi um dos nomes mais citados para ocupar o cargo de Mantega em caso de reeleição.

Foi recorrente no Ministério da Fazenda a lembrança de que a própria presidente conduziu com mão de ferro a diretriz da política econômica desde o início de seu governo, em 2011. Dilma deixou pouco espaço para discordâncias, principalmente em relação às sucessivas desonerações de tributos e ampliação dos subsídios governamentais para diversos setores.

Uma das principais críticas a Mantega, feitas por técnicos do Ministério, é justamente a de que ele nunca conseguiu ser "o ministro do não", ônus que muitas vezes cabe ao titular do cargo.

A percepção dos técnicos de escalões mais altos da área econômica é de que a presidente não precisava expor a sua equipe neste momento de ataques mais fortes de Marina Silva, hoje a principal adversária de Dilma. Marina aproveitou a deixa e criticou a declaração de Dilma ao dizer que o movimento de mudança da equipe "pode ter vindo tarde".

A questão agora, como destacou um integrante da equipe econômica, é saber se o sinal dado pela presidente vale também para o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, que ainda mantém força e prestígio no governo, embora já tenha sido criticado publicamente pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Novo na equipe e à frente da interlocução do governo com o mercado nas negociações sobre o desenho de financiamento nas concessões, o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Paulo Caffarelli, continua com chances de ocupar um cargo na equipe econômica de um segundo mandato da presidente.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, não se comprometeu com o cumprimento da meta de superávit primário em 2014, de R$ 99 bilhões para todo o setor público. Em entrevista concedida nesta quarta-feira (3), à Globonews, o ministro destacou que o governo tem feito primários há muito tempo, mas que este ano a situação está mais difícil. "Mas faremos um primário, estaremos sempre no positivo, com alguma poupança, mas nós também temos que fazer correção de rota", disse.

Ele voltou a traçar um cenário de otimismo sobre a recuperação da economia brasileira no segundo semestre deste ano. Ele disse que o baixo desempenho da economia no primeiro semestre é consequência também do menor número de dias úteis em junho por conta da Copa, quando o comércio vendeu menos e a produção industrial foi mais baixa. "Junho foi o ápice dos feriados", justificou. Mantega destacou que a produção industrial voltou a crescer em julho. "Há uma recuperação geral, de todas as atividades", disse. "Essa recuperação deve se manter ao longo do tempo", previu.

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O ministro disse que a indústria é o setor que mais sofre com a crise internacional, mas ele acredita que, na medida em que há uma melhora da economia internacional, haverá uma recuperação da economia no Brasil. Mantega disse que os Estados Unidos já dão sinais de recuperação e que espera que a Argentina também mostre uma evolução mais positiva. Ele ainda enxerga sinais tímidos de melhoria na Europa. "Vai haver recuperação", afirmou. "Temos certeza que a crise determina uma boa parte dos nossos problemas", afirmou.

Mantega disse também que não se pode comparar o crescimento do Brasil com outros países da América Latina que estão com uma expansão maior. "Não dá para comparar Brasil com países pequenos que são só exportadores de commodities. Mas mesmo assim todos os países desaceleraram", disse, citando Chile e México. "O Brasil mantém o vigor que outras economias não têm", continuou. O ministro lembrou que o País continua atraindo Investimentos Estrangeiros Diretos (IED). "O Brasil é um dos (países) que mais atraem e continuam atraindo IED. Os investidores acreditam no Brasil", afirmou.

O ministro ainda traçou um cenário mais benigno para inflação. "Ela está sob controle. Em julho, o IPCA veio próximo de zero. A inflação está mais calma", disse, citando o setor de alimentos. Mantega voltou a repetir que todo ano tem reajuste de gasolina, "um ou dois ao longo do ano" e que não será diferente em 2014, mesmo em ano eleitoral. "Não posso dizer quanto e quando", disse.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu nesta terça-feira (2) que a economia brasileira não está em recessão. "(A economia) teve problemas passageiros no primeiro semestre e no segundo semestre vamos em direção à gradual melhoria", disse na chegada à sede da pasta, em Brasília. Mantega fez questão de comentar o resultado da produção industrial divulgado hoje: "A produção industrial veio boa em julho mostrando que no segundo semestre temos uma recuperação da atividade econômica", avaliou. "O que mais cresceu foram bens duráveis e de capital. É um indicador importante de que neste terceiro trimestre teremos um crescimento positivo."

Após cinco meses de queda, a produção industrial subiu 0,7% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os cinco meses de queda acumularam uma retração de 3,5%. A alta de 0,7% na produção industrial de julho foi o melhor resultado desde janeiro deste ano, quando a atividade havia aumentado 2,5% na comparação com o mês imediatamente anterior.

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O ministro ainda citou o índice de gerentes de compra, do HSBC, que indica o apetite dos gerentes para fazerem compras. Segundo ele, está acima dos 50 pontos e aponta intenção de aumento das atividades. "Outro dado importante que saiu ontem é que o lucro das 271 maiores empresas com capital aberto aumentou 56% no primeiro semestre deste ano em relação ao ano passado e a receita liquida cresceu 11,9% no mesmo período", disse.

Aumento da gasolina

Ao ser questionado sobre uma alta do preço do combustível em 2014, Mantega respondeu que "todo ano tem aumento de gasolina e este ano não deve ser diferente". "No ano passado tivemos dois aumentos de gasolina, então não há uma regra fixa, mas todo ano pode ter um ou dois aumentos de gasolina", disse.

Tabela do Imposto de Renda

O ministro afirmou, ainda, que o governo solucionará o fato de ter caducado a MP 644, que reajusta a tabela do Imposto de Renda para Pessoa Física, anunciada em abril. "Vamos resolver isso com alguma nova lei. Vamos verificar, não vamos deixar sem revisão da tabela", disse. Questionado se a solução seria por meio de uma emenda a outra medida provisória, dado que o governo não pode enviar ao Congresso neste ano outra MP com o mesmo assunto, Mantega disse que ainda não está definido. "Ainda não tem definição de como vamos encaminhar isso."

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quinta-feira, 28, durante a divulgação do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2015 que o crescimento da economia no próximo ano "certamente" será maior que o avanço que ocorrerá neste ano. "Vai haver mudança fundamental de cenário, onde os problemas fundamentais que tivemos no início deste ano não vão se repetir", disse. O ministro enumerou três problemas: o cenário internacional, a turbulência no mercado causada pelas ações do Federal Reserve, além da seca.

Mantega lembrou que não houve no cenário internacional a melhora esperada pelo analistas. "A recuperação da economia mundial esta sendo mais lenta do que os analistas previam. Talvez com exceção dos EUA, que estão com recuperação um pouco mais sólida", disse. "Os países europeus ainda estão patinando, mas terão um ano a mais para começar a recuperar", disse.

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Além do fator economia externa, Mantega lembrou dos impactos da seca no Brasil. "Tivemos uma seca que afetou principalmente os preços da energia e que causou, portanto, pressão inflacionaria, principalmente sobre alimentos", disse, para, em seguida emendar com a turbulência nos mercados emergentes causada pelas ações do Fed.

"A maioria dos emergentes teve desvalorização cambial", disse. "Isso significa que a desvalorização cambial também pressionou a inflação e, por decorrência, taxas de juros. Agora temos estabilidade". O ministro argumentou que a questão do Fed já foi absorvida e que temos estabilidade cambial há vários meses. "O real já se valorizou e diminuiu pressão inflacionária", disse.

Política monetária

Essas situações citadas pelo ministro o fez lembrar também que tal cenário levou a uma política monetária "mais severa, muito severa", porque "o governo não brinca com inflação". "Para garantir que ela (inflação) permanecesse sob controle e ela permaneceu, foi feita política monetária restritiva, que reduziu o crédito", afirmou, acrescentando que há diminuição da expansão do crédito livre.

"Isso foi resposta a essa situação que também causou redução da atividade econômica no primeiro semestre", disse. Antes, Mantega disse que houve "contração" e depois se corrigiu: "a atividade cresceu menos do que poderia". O ministro concluiu dizendo que houve então expansão menor da economia do primeiro semestre em função desses problemas, que são "conjunturais e passageiros".

"No primeiro semestre do próximo ano não teremos seca. Não dá para imaginar dois ou três anos seguidos uma seca do tamanho que tivemos", afirmou. "Felizmente tínhamos feito muito investimento de energia, de modo que a oferta de energia cresceu muito e não temos e não teremos problemas de oferta de energia".

Tropeço

Ao citar o novo valor previsto para o salário mínimo em 2015, de R$ 788,06, Mantega se equivocou e acrescentou a palavra "mil" ao final. Os jornalistas que acompanham a divulgação do PLOA aplaudiram o ministro, que, avisado, brincou com o seu erro: "Tem muito jornalista que ganha salário mínimo, não é".

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quinta-feira (31) que suas previsões econômicas são realistas. "Não é otimismo. Se tivesse mais otimismo na economia, talvez ela fosse melhor. O empresário tem que olhar o curto, médio e longo prazo, e não só o que está acontecendo. Tem um pessimismo artificial, gerado por fatores extraeconômicos. Tivemos isso antes da Copa", afirmou Mantega, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. "Tenho feito previsões realistas."

Mantega disse que, nestes momentos de ajustes e de instabilidade internacional, ele tem evitado fazer projeções porque "ninguém acerta". "Claro que temos que estabelecer parâmetros. Porque senão, nem estabeleceria", disse, referindo-se aos parâmetros macroeconômicos fixados nos relatórios bimestrais de receitas e despesas do orçamento.

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Ele lembrou que o próprio Fundo Monetário Internacional (FMI) tem revisto suas previsões, inclusive para o Brasil. "Então vai e vem. Não vou entrar nesse mercado persa de projeções. O primeiro semestre foi de crescimento econômico moderado e o segundo semestre será melhor", afirmou, sem fixar uma meta de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014. No último relatório, o governo baixou a estimativa de expansão da economia este ano para 1,8%, um porcentual considerado ainda muito otimista pelo mercado.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró foram convidados para prestar esclarecimentos na Câmara dos Deputados sobre a operação da compra da refinaria de Pasadena (EUA) pela petroleira brasileira.  A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle aprovou o convite, nesta quarta-feira (26), por requerimento da oposição. Mantega ainda dará explicações sobre o rebaixamento da classificação de risco do Brasil feita pela agência Standars & Poors.

Acordo firmado entre os integrantes da comissão estipulou prazo de 20 dias para que Mantega participe de audiência pública no colegiado com o compromisso de que os autores do requerimento tenham o mesmo espaço para fazer os questionamentos que o designado no caso de convocação. Além do autor do convite, líder do Democratas, Mendonça Filho (PE), subscreveram o requerimento os deputados Wanderlei Macris (PSDB-SP), Fernando Francichini (SDD-PR) e outros.

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"Como presidente do Conselho de Administração da Petrobras, o ministro Mantega, certamente, tem informações muito valiosas não só nesse escândalo da operação Pasadena evolvendo irregularidades da ordem de mais de R$ 1 bilhão, como também outros episódios nebulosos que envolvem a Petrobras, caso da SBM, empresa holandesa com suspeita de pagamento de propina a funcionários da estatal brasileira", atesta Mendonça.

O democrata explica ainda que a presença do ministro da Fazenda será uma oportunidade para se debater a situação econômica do País. "Tivemos o rebaixamento da nota do Brasil do ponto de vista de crėdito e está claro que o país está patinando, numa situação crítica do ponto de vista de crescimento econômico com as condições fiscais deterioradas", pontua o democrata.

 

Líderes partidários do Senado serão recebidos, nesta quarta-feira (5), pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, às 14h30. Na pauta, o PLC 99/2013, projeto pronto para ser votado no Plenário da Casa e que facilita o pagamento das dívidas de estados e municípios com a União.

O projeto faz do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) o novo indexador das dívidas e reduz os juros (que variam de 6% a 9%) para 4%, tendo como teto a taxa Selic. Atualmente, o indexador usado é o IGP-DI (índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna). Na prática, a aprovação da proposta significa melhores condições para prefeituras e governos estaduais, mas traz impacto direto aos cofres da União, o que tem feito o governo resistir à mudança.

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O impasse está sendo discutido pelos líderes com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em reunião iniciada por volta das 11h. Em rápida entrevista à imprensa, Renan classificou o atual sistema indexador de "draconiano". Ele lembrou que, antes da estabilização econômica, era possível a estados e municípios honrarem suas dívidas com o atual indexador, mas atualmente isso ficou inviável. "Depois da estabilização econômica, pudemos ter taxas de juros menores. Antes da estabilização dava para pagar. Mas, depois da estabilização, é um absurdo que continue a acontecer", afirmou.

*Com informações da Agência Senado

 

O presidente nacional do PSDB, senador e pré-candidato à presidência da República, Aécio Neves, anunciou, nesta terça-feira (14), que o partido ingressará com duas ações no Ministério Público (MP) e cobrará explicações das autoridades em audiências no Congresso, na tentativa de obter respostas às irregularidades cometidas pela Caixa Econômica Federal (CEF) e de garantir mais proteção aos clientes da instituição.

O PSDB quer que o MP avalie se houve crime de gestão temerária e fraudulenta de instituição financeira, seja por parte do conselho, dos diretores ou do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Os tucanos também ingressarão com uma ação civil pública para assegurar os direitos dos poupadores. “As explicações não são suficientes”, afirmou Aécio. “Infelizmente a faxina ficou na história, o máximo que se assistiu foi uma varrida da sujeira para de baixo do tapete”, acrescentou.

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Paralelamente, o PSDB aguarda o início dos trabalhos legislativos no Senado e na Câmara, na primeira semana de fevereiro, para pedir explicações oficiais das autoridades públicas sobre o episódio. Segundo Aécio, serão enviados convites nas duas Casas para que os ministros da Fazenda e da Controladoria-Geral da União (CGU) e o presidente do Banco Central prestem esclarecimentos.

Uma revista de circulação nacional revelou, esta semana, que a Caixa Econômica Federal incorporou R$ 420 milhões do saldo de contas poupança de clientes com CPF irregular no lucro líquido do banco em 2012. Seguindo determinação do Banco Central (BC) teve que desfazer a movimentação. “No mínimo, houve esperteza. Não dizem que o exemplo vem de cima?”, ressaltou Aécio.

*Com informações da Assessoria de Imprensa

Confirmando as expectativas, os juros futuros seguiram o comportamento do dólar na abertura dos negócios e iniciaram o segundo pregão de 2014 com viés de baixa, nesta sexta-feira, 3. O movimento, no entanto, é contido pela expectativa com relação aos resultados primários do governo central de dezembro e do acumulado de 2013, que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, apresenta no início da tarde.

Às 9h28, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2015 apontava 10,56%, ante 10,57% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2017 indicava 12,33%, de 12,35% na véspera. O dólar à vista caía 0,21% no balcão, cotado a R$ 2,385, devolvendo parte da forte alta da véspera, quando fechou a R$ 2,390.

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A questão fiscal, vale lembrar, ganhou atenção maior dos investidores em outubro do ano passado, quando foi divulgado o pior déficit do governo central para meses de setembro em 17 anos e desde o mês de dezembro de 2008. Na época, o dado elevou as apostas de descumprimento da meta de superávit primário e fez com que o governo passasse a se movimentar, porém sem medidas concretas, para afastar o pessimismo.

O mau humor, inclusive, se espalhou entre investidores internacionais. Neste ambiente, a ameaça de um rebaixamento do rating do Brasil cresceu, pressionando fortemente dólar e taxas futuras para cima. Caso os números previstos para o dia voltem a decepcionar, tendem a realimentar a pressão de alta nos mercados de câmbio e de juros.

Além do primário de dezembro e do consolidado do ano passado, que normalmente são divulgados no fim do mês de janeiro, mas serão adiantados pelo ministro da Fazenda hoje, às 12h30, os investidores devem avaliar o desempenho das vendas de veículos no País no último mês de 2013. Tal resultado será apresentado pela Federação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Fenabrave) às 10h30.

Nos Estados Unidos, o juro da T-note de dez anos, que influencia principalmente as taxas dos contratos de longo prazo, estava praticamente estável, a 2,987% às 9h30, ante 2,986% no fim da tarde de ontem em Nova York.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou a afirmar nesta terça-feira (3), ao comentar os resultados do PIB do terceiro trimestre, que este ano o Brasil terá um crescimento maior do que o do ano passado. "Nosso crescimento de 2012 será de 1% e este ano estaremos crescendo mais do que o ano passado", disse Mantega, mencionando o dado de 2012 revisado pelo IBGE. "Portanto, a economia brasileira está numa trajetória de crescimento gradual que deve continuar nos próximos trimestres."

Com a revisão, o Brasil foi um dos países do G-20 que mais cresceu no segundo trimestre, enfatizou o ministro. Segundo ele, o Brasil estaria crescendo mais ou menos no ritmo da economia mundial. "O crescimento da economia mundial está sendo revisto e provavelmente vai ficar abaixo dos 2,9%, 2,7% que vem sendo estimados", completou Mantega, que prevê uma expansão entre 2,3%, 2,4%.

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Ele informou ainda que o IBGE está iniciando uma reformulação da estatística de serviços e, em relação ao PIB de 2012, foi feito um "ensaio interno" que mostra que poderia haver um acréscimo de 0,4 a 0,6 ponto porcentual do PIB do ano passado.

Resultado fiscal

Em relação à gestão das contas públicas, o ministro disse que será cumprido "rigorosamente" o que está na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Ele afirmou ainda que, em novembro, haverá um "excelente resultado fiscal do primário". "Com isso, podemos terminar o ano dentro das expectativas que temos tido." Mantega disse também que haverá uma "despesa na conta de energia de dezembro". "Em 2014, teremos um aumento da arrecadação, o que poderá ter um resultado fiscal melhor", completou.

Mantega avaliou que em 2013 o País está tendo um "bom desempenho do investimento", que deve crescer de 6% a 7%, e considerou bom também o consumo das famílias, apesar de prejudicado pela falta de crédito.

O IBGE divulgou hoje os resultados do PIB do terceiro trimestre, que recuou 0,5% em relação ao segundo e cresceu 2,2% sobre o mesmo período de 2012.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o crescimento forte do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, de 1,8% na série revisada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dificultou a expansão no terceiro trimestre por causa da alta base de comparação. "Com esse resultado do terceiro trimestre, de -0,5%, favorece um crescimento no quarto trimestre", destacou Mantega.

Segundo o ministro, os dados de crescimento no quarto trimestre "certamente serão positivos, mesmo porque isso é o que se percebe pelo movimento da economia". De acordo com Mantega, a revisão dos resultados do primeiro e do segundo trimestres do ano mostra que há uma concentração do crescimento no segundo trimestre. Ele apontou ainda que o setor de serviços teve um desempenho fraco, ao crescer 0,1% no terceiro trimestre ante o segundo, e disse ainda que a alta de 2,9% do setor extrativo mineral da indústria mostra "alguma recuperação da economia global".

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Para Mantega, no acumulado dos últimos quatro trimestres ante os quatro trimestres anteriores há uma expansão de 2,3%. Segundo ele, esta análise é a que "mais se aproxima do PIB anual" e o resultado "mais concreto" sobre o PIB. "Olhando para isto, estaríamos em 12 meses com agropecuária com crescimento de 5,1%. A indústria com 0,9% de crescimento e os serviços com 2,3%", afirmou Mantega.

Ele ressaltou que com o resultado do quarto trimestre isso "poderá se alterar". "Ainda é cedo para saber o que vai acontecer no quarto trimestre", avaliou, apesar de afirmar que a expectativa é de que o resultado do quarto trimestre seja positivo, com consumo e atividade aumentando.

Incomodado com a revelação de que a presidente Dilma Rousseff deu aval à criação de um "gatilho" para reajustar o preço dos derivados de petróleo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, pediu ao Palácio do Planalto um "desmentido" de informação publicada neste sábado (2), pelo jornal O Estado de S. Paulo. "Ele ficou incomodado porque apareceu como derrotado no caso", informou um auxiliar da presidente. "Não chegou nenhum papel para a presidente, mas está decidido na cabeça dela."

Sob pressão dos índices de inflação, Mantega resistia à concessão de um mecanismo permanente de reajuste dos preços do diesel e da gasolina. Criticou abertamente o anúncio da Petrobras sobre os planos para reajustes sistemáticos dos derivados, disse que a medida estava em estudo e afirmou que não poderia ser tomada uma decisão "de afogadilho". Mas Dilma resolveu o embate interno em favor dos argumentos da presidente da Petrobras, Graça Foster, pela adoção de um novo sistema de reajustes. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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O ministro da Fazenda Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira que a inflação em julho caiu bem e foi uma das mais baixas. Mantega destacou também a queda no preço da cesta básica em todo o País. "Isso mostra que a inflação sempre esteve sob controle. É bom porque aumenta o poder aquisitivo da população", afirmou. Ele afirmou acreditar que a queda nos preços provocará uma recomposição dos gastos no terceiro trimestre com o aumento do consumo varejista (PMC).

Mantega disse que há uma aumento do consumo nos supermercados. "Isso é reflexo direto da queda da inflação, mas isso não quer dizer que ela vá ficar zero. Tem um período de sazonalidade que será mantido. A inflação crescerá um pouquinho no final do ano, mas continuará sob controle", afirmou. Perguntado sobre as expectativas do mercado, o ministro disse que os analistas terão de rever as projeções para baixo. De acordo com Mantega, o comportamento da inflação em 2013 será parecido com o de 2012, mas preferiu não fazer uma projeção. "Não sei precisar o número", disse.

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Em relação ao crescimento da economia, o ministro disse que a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre será superior à do primeiro. Segundo Mantega, a atividade econômica foi bem no segundo trimestre, puxada pela indústria e agricultura. "Não sabemos o crescimento de serviços, mas o PIB do segundo trimestre será maior que o do primeiro trimestre. A economia está em trajetória de crescimento", declarou. O ministro lembrou também que as empresas registraram um lucro maior no segundo trimestre, de acordo com o que mostra a arrecadação federal.

Mantega acredita que a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) de retirar, gradualmente, os estímulos econômicos causa volatilidade e tem retardado a retomada de um crescimento mais forte do Brasil. O ministro evitou comentar o crescimento do terceiro trimestre, afirmando que, antes do terceiro trimestre, tem ainda o resultado do segundo.

Fundos de energia

Mantega negou que o governo usará os bancos públicos para pagar a conta dos fundos de energia. Na análise do ministro, é "inverídica" a informação. Mantega garantiu que a administração federal paga a conta de energia com recursos primários e, nesta semana, liberou R$ 733 milhões para o pagamento. "Não sei de onde vem essa fonte dizendo que nós estamos utilizando algum outro artifício que não sejam despesas primárias para custear a conta de energia", prosseguiu.

 

Paulo Nogueira Batista

O ministro acrescentou que se reunirá mais tarde com o representante do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI), Paulo Nogueira Batista. Segundo Mantega, esta é a segunda reunião que realiza com Batista. A assessoria do ministro confirmou que ele e o representante do Brasil no FMI tiveram uma reunião pela manhã, mas o encontro não foi informado na agenda.

Apesar da alta da taxa de desemprego em junho, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quinta-feira, 25, que não há risco de um ciclo de desemprego no Brasil. Para ele, o índice medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deve fechar 2013 em um dos patamares mais baixos da série histórica.

"A situação do desemprego é estável no País", disse o ministro em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, após uma reunião com o ministro do Trabalho, Manoel Dias. Mantega previu que o emprego continuará crescendo no País, mas admitiu que o ritmo será menor que as taxas registradas nos últimos anos. Na avaliação do ministro, qualquer número próximo a 1 milhão de novos postos de trabalho com carteira assinada é excelente. "Não dá para ofertar 1,5 milhão a 2 milhões de novas vagas, porque não teria trabalhador", disse.

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A taxa de desemprego teve a primeira alta anual desde 2009, passando de 5,9% em junho de 2012 para 6% no mês passado. Mas Mantega classificou como alarmistas as notícias sobre o desemprego. "Acho tudo isso um equívoco. O emprego está crescendo e continuará crescendo em um ritmo menor, refletindo uma economia mais desaquecida." Segundo ele, o aumento do desemprego em junho "foi um pontinho" numa trajetória que começou melhor do que em 2012.

Esta semana, o ministério do Trabalho revisou para baixo a previsão de criação líquida de empregos formais no Brasil em 2013. Passou de 1,7 milhão para, no máximo, 1,4 milhão. "Não é possível manter o ritmo do emprego que tínhamos antes. Não temos mão de obra qualificada para manter esse ritmo. Daqui para frente, será menos", afirmou Mantega. Ele disse que o número de novos empregos gerados no governo Dilma Rousseff, de 4,4 milhões, é superior às duas gestões do governo Fernando Henrique Cardoso. Por isso, acredita, esses dados não devem atrapalhar politicamente os planos de reeleição da presidente.

Seguro-desemprego

O ministro afirmou também que o governo apresentará na próxima reunião do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) voto contrário à elevação do seguro-desemprego para benefícios acima de um salário mínimo. "Não cabe mudanças, porque aumentariam os gastos e nós estamos controlando." No entanto, lembrou que o Codefat é um órgão tripartite, que também tem a participação dos trabalhadores e empregadores.

No início da semana, o Ministério do Trabalho informou que o conselho deveria aprovar no dia 31 de julho um reajuste do benefício, com o sinal verde da Fazenda. O aumento viria com a mudança na fórmula de cálculo, que hoje é apenas a variação do INPC. A correção passaria a ser a mesmo do salário mínimo, que considera a inflação do ano anterior e o crescimento da economia de dois anos antes. Na prática, o reajuste, que era de 6,2%, passaria para 9%. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quinta-feira (16) que o governo não tem novas medidas para estimular o crescimento da economia. "Já tomamos várias medidas importantes, estruturais e que estão fazendo efeito agora", afirmou. Mantega lembrou, porém, que o cenário internacional não melhorou e que o Brasil depende dele próprio para fazer a economia crescer.

"O cenário internacional não melhorou. Eu pensei que ia melhorar, mas a União Europeia (UE) está em recessão e continua dando maus resultados. A economia americana tem uma recuperação lenta. Então, dependemos de nós mesmos e estamos conseguindo superar as dificuldades mesmo assim, com um crescimento maior que no ano passado", disse.

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No entanto, ele afirmou que é preciso esperar os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, que serão divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no fim do mês, para comemorar. Mantega disse que, se for confirmado o crescimento de 1,05% no primeiro trimestre, de acordo com o apontado pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), este seria um excelente sinal. "Significa que a economia estaria crescendo próximo de 4%. O mais importante é a qualidade do crescimento, que está capitaneado pelos investimentos, seguido pela indústria de transformação", afirmou.

O ministro da Fazenda disse ainda que não se pode dizer que o Brasil cresce puxado pelo consumo. Segundo Mantega, o consumo cresceu 4,5% no primeiro trimestre, ante o mesmo período de 2012. "Está bem, mas quem mais cresce neste momento é a indústria." Sobre as críticas no mercado em relação à volatilidade dos índices do IBC-Br, o ministro afirmou que é preciso esperar os dados oficiais do IBGE sobre crescimento, mas que as projeções de mercado indicam um Produto Interno Bruto (PIB) em torno de 1% no primeiro trimestre. "Mas eu já sei que os investimentos estão crescendo a taxas elevadas. A indústria, nós já sabemos: cresceu 1,5% ou 0,8%, se incluir a (indústria) extrativista."

O presidente da União Nordestina de Produtores de Cana (Unida), Alexandre Andrade Lima, se reunirá nesta quinta-feira (16) com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para discutir o veto dado pela presidente Dilma Rousseff (PT) à subvenção dos produtores de cana. O encontro terá ainda a presença dos presidentes do Sindicato dos Cultivadores de Cana de Pernambuco e da Associação dos Plantadores de Cana de Alagoas, Gerson Carneiro Leão e Lourenço Lopes, respectivamente, e ocorrerá às 11h, em Brasília.

O setor está insatisfeito com o veto presidencial ao subsídio econômico, destinado a 21 mil produtores nordestinos de cana atingidos pela seca. Segundo Alexandre Lima, o convite para a reunião partiu do próprio ministro da Fazenda através do deputado governista e autor da emenda Pedro Eugênio (PT-PE). 

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“Dilma vetou algo que conseguimos aprovar na Câmara Federal e no Senado. A proposta é uma continuação da subvenção do ano passado e a presidente com uma insensibilidade tremenda não aprovou essa submissão e atingiu bastante a economia sucroalcooleira. Há produtores que foram altamente atingidos com isso. É uma revolta geral”, inquietou.

O subsídio provém do Ministério da Agricultura e corresponde a R$10 para cada tonelada de cana podendo ser beneficiado o produtor que possua de uma até 10 mil toneladas. “Já faz três anos que tínhamos o recurso. A própria Dilma quanto era ministra foi na nossa sede em Pernambuco aprovar isso. O projeto é uma lei anual e neste ano ele vetado pela presidente”, argumenta.

Lima explicou ainda que o objetivo da reunião desta quinta-feira é tentar sensibilizar o Ministério da Fazenda que fez o veto, e mostrar a necessidade da continuidade do Programa de Subvenção dos Produtores de Cana do Nordeste.

Manifestação - Os canavieiros preparam uma manifestação de repúdio à Dilma Rousseff na inauguração da Arena Pernambuco, marcada para a próxima segunda-feira (20), em São Lourenço da Mata, no Grande Recife. Segundo o presidente da Unida, a expectativa é de reunir três mil fornecedores de toda região. 

De acordo Lima já estão confirmados 80 ônibus que virão da Paraíba, Alagoas, Rio Grande do Norte e do interior de Pernambuco. “Independente da reunião de amanhã, a mobilização na Arena Pernambuco será mantida, não tem como voltar atrás!”, garantiu.

As revisões para baixo das projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013, que ganharam força no mercado financeiro, contaminaram também o setor empresarial. Em reunião nesta quarta-feira com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, dirigentes dos 30 maiores setores da economia previram que a alta do PIB este ano dificilmente passará de 1,5% a 2%, expansão bem abaixo dos 3,5% previstos pela equipe econômica.

Apesar dos sinais de retomada dos investimentos, os empresários aumentaram as críticas ao custo elevado da produção e pediram mais medidas para destravar a economia. Mesmo os dirigentes dos setores que foram beneficiados com redução de tributos, como as indústrias automobilística, têxtil e da construção civil, se disseram insatisfeitos com a ação do governo para enfrentar os entraves para a redução dos custos no Brasil.

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O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão, afirmou que o governo precisa reagir e que a expectativa de um PIB menor mostra que as medidas já adotadas não foram suficientes. "Um crescimento de 1,5% a 2% não é o pibinho do ano passado, mas é um PIB pequeno", disse Safady.

Pessimismo

A exemplo do que aconteceu ao longo de 2012, as previsões de crescimento da economia estão sendo revistas mais fortemente para baixo. Esse movimento ficou mais evidente nos últimos dias, com grandes instituições financeiras rebaixando suas projeções. O risco, que o governo tenta evitar, é que esse pessimismo contamine novamente a retomada dos investimentos.

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, estimou que a produção industrial vai crescer menos em 2013 do que o inicialmente previsto. Pelas suas previsões, a indústria crescerá entre 1,5% e 2% em 2013. No início do ano, a previsão era de que a indústria tivesse um crescimento de 3% a 3,5%. "Há uma grande oscilação na indústria, com alguns setores tendo um desempenho muito bom e outros indo mal." (Colaborou Ricardo Della Colleta)

Acionistas minoritários da Petrobras aproveitaram nesta segunda-feira assembleia anual para protestar contra a influência do governo na companhia. Um dos acionistas chegou a vaiar um par de vezes, de forma relativamente tímida, mas sendo escutado pelos mais de 100 presentes, a reeleição do ministro da Fazenda, Guido Mantega, como presidente do conselho de administração da petroleira.

“Fora Mantega”, disse o investidor João Antonio Lian, arrancando alguns risos de apoio de investidores e petroleiros ao seu redor. Minoritários também elegeram nesta segunda-feira o presidente da Associação de Investidores do Mercado de Capitais (Amec), Mauro Cunha, para cadeira no conselho de administração voltada a acionistas minoritários detentores de ações ordinárias (ON).

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Avanço

A eleição de Cunha para uma das dez cadeiras do conselho teve o apoio de investidores estrangeiros. Apesar de ocorrer sem surpresas, foi vista no mercado como um avanço em termos de governança na companhia. Até hoje, o governo garantia nome de seu agrado no cargo com voto de instituições como BNDES e BNDESPar, que desta vez se abstiveram.

Os ataques, em sua maioria lidos ao microfone com pedido de registro em ata, se direcionaram à influência do governo nas decisões da companhia, e não à presidente Graça Foster. Acionista minoritário, Luís Eduardo Potsch chegou a perguntar se Graça não seria apenas uma “executora das determinações de Brasília”. Perguntou ainda se Guido Mantega não seria o verdadeiro CEO (presidente) da Petrobras.

Em todas as vezes, Graça agradeceu as colocações de forma cordata e não teceu comentários. A executiva não participou dos outros dois compromissos da agenda de relações com investidores de nesta segunda-feira: a teleconferência com analistas de mercado, pela manhã, para comentar os resultados obtidos pela Petrobras no primeiro trimestre, e a entrevista coletiva com jornalistas realizada a seguir, com o mesmo propósito. Mas Graça fez questão de conduzir, pela primeira vez desde que tomou posse no cargo, a assembleia. Foi elogiada por parte dos críticos.

Despedida

“Quem manda na Petros (fundo de pensão dos funcionários) é a Petrobras; e quem manda na Petrobras é o governo”, declarou o presidente do conselho fiscal da Petros, Silvio Sinedino.

Sinedino, que se despede do cargo de membro do conselho de administração da Petrobras em vaga reservada a representante de empregados, contestou voto da Petros na condição de minoritário.

Os fundos de pensão que integram o grupo de acionistas da empresa, por serem patrocinados por estatais (Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal), têm seus votos questionados pelos demais minoritários. Costumam acompanhar as decisões da União, controladora da petroleira.

Fernando Siqueira, da Associação de Engenheiros da Petrobras (Aepet), protestou contra o estrangulamento financeiro da companhia por meio do congelamento do preço dos combustíveis. “Não se pode fazer controle de inflação transferindo todo o ônus para uma única empresa”, disse Siqueira.

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