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Com o resultado das eleições no domingo (30), os nomes cotados para ocupar os ministérios do terceiro governo Lula (PT) já estão sendo especulados. Entre as novidades, o petista deve recriar os ministérios do Planejamento e da Indústria, extintas pelo governo Jair Bolsonaro (PL) e incorporadas ao Ministério da Economia sob o comando de Paulo Guedes. 

De acordo com o cientista político da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), a indicação de Lula para que a condução do período de transição de governo iniciada nesta quinta-feira (3), fosse liderada por Alckmin, é de que o governo será composto por uma frente ampla, com a “reconstrução da frente democrática”.

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“Ele poderia ter colocado um petista ali, um Aloizio Mercadante, alguém que já integrou o governo petista, mas isso daria uma característica de governo petista. Talvez o que o Lula esteja querendo imprimir, a partir de 2023, um governo com uma característica de frente ampla: mais aberto à negociação com outros partidos”, disse. 

Ele citou os nomes do deputado federal Randolfe Rodrigues, de Marina Silva e da senadora Simone Tebet, que estão ao lado do petista e compõem outros partidos. 

“A especulação, inclusive, é que a vitória do Lula se deve basicamente a ela [Tebet] por conta dos votos do primeiro turno que migraram para ele. Também tem o próprio MDB que devemos ver como vai ser comportar, o PSD. Então, é possível que seja essa a nova caractertística”, afirmou o cientista político, ao mencionar a possibilidade da instauração de uma frente ampla no governo Lula. 

Novos ministérios

Com relação ao Ministério dos Povos Originários, o cientista político salientou o alto poder simbólico da sua criação, e também comentou sobre a recriação do Ministério da Cultura a partir do ganho para a sociedade. “Os custos desses ministérios não são tão altos se você comparar ao Ministério da Educação, por exemplo. Então, se você tem um Ministério de baixo custo com alto poder simbólico, o que traz ganhos para a sociedade que passou por um período de desmanche da máquina pública no sentido das pastas existirem mas atuarem com perseguições para atender a interesses particulares e privados”, evidenciou.  

O especialista explicou que o aumento da quantidade de ministérios não implica necessariamente nos custos do governo para 2023. “O orçamento do próximo ano já está sendo votado e tem uma previsão que não dá para mexer muito, um bom exemplo disso é a política para ação social como o bolsa família que Lula está tentando implementar. Já vislumbrando uma saída, eles querem fazer uma PEC ou alguma outra medida econômica para compensar o orçamento que já está montado”.

Ele detalhou que a verba do Executivo destinada aos ministérios pode ser repartida para uma quantidade maior de pastas, mas destacou que o orçamento para o segundo ano de governo será diferente. “Quando a gente olhar para 2024, o governo do PT já vai mandar o seu projeto de gastos para aquele ano, e é possível que faça uma previsão maior em função dos ministérios”, afirmou Paranhos. 

Ranulfo Paranhos também fez questão de observar o índice de coalescência na composição dos ministérios, que é caracterizado pelo espaço que os partidos com maior predominância na Câmara dos Deputados recebem. “Quanto mais cadeiras tiver um partido na Câmara dos Deputados, maior será o espaço dele dentro da coalizão do governo, e isso tende a funcionar. O governo Lula meio que atendeu à expectativa desse indicador de coalescência: partidos maiores tinham mais ministérios, e menores, menos ministérios”. 

Para Ranulfo Paranhos, não deve haver espaço para muitas críticas em 2023. “O governo vai tentar recuperar uma parte dessa imagem de preocupado com a economia, mas preocupado, também, com cultura, com questões sociais, com o meio ambiente, para dar esse aspecto mais republicano”, comentou.

Cotação para os ministérios

Uma semana antes do segundo turno, Lula defendeu a recriação do Ministério da Cultura, que foi transformado em Secretaria Especial pelo governo Bolsonaro, em 2019. O petista assegurou que já teria um nome em mente “do ministro ou da ministra da Cultura” para ocupar a pasta. 

Ainda na campanha para o segundo turno, Lula também chegou a mencionar a criação do Ministério da Igualdade Racial e o Ministério dos povos originários. “Esse País terá um ministro indígena”, afirmou. 

O futuro Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão deve cuidar da elaboração do orçamento, reforma administrativa, que envolve o funcionalismo público e também deve acompanhar de perto um plano de obras inspirado no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), marca histórica do petista. 

Os nomes cotados para ocupar a pasta são os do ex-governador do Piauí, Wellington Dias, e do governador da Bahia, Rui Costa. Já para ocupar o Ministério da Fazenda, a aposta é entre o atual secretário de Fazenda de São Paulo, Felipe Salto.

Já o nome de Aloizio Mercadante, que coordenou a campanha de Lula à Presidência, é considerado para o Ministério do Planejamento, que tem um histórico de perfil menos fiscalista e, por isso, acaba não tendo atritos com o Ministério da Fazenda.

A ex-ministra do Planejamento, Miriam Belchior, é uma grande aposta para ocupar um cargo no comando do programa de obras de infraestrutura. O Ministério da Indústria, Comércio, Comércio Exterior e Serviços também deverá ser recriado. Ele possivelmente será comandado por alguém do PSB, partido do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, com o nome de Mário França sendo cogitado para o comando.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu 48 horas para o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, entregar um relatório detalhado de todas as multas aplicadas durante a desmobilização dos bloqueios bolsonaristas nas estradas federais.

O documento deverá conter as autuações e a identificação dos veículos e pessoas multadas.

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O último balanço enviado pela PRF ao Supremo Tribunal Federal informa que foram lavradas 3,5 mil multas. As autuações, segundo o documento, foram aplicadas a "veículos que estavam participando dos bloqueios e interdições, cujos usuários optaram deliberadamente por permanecer nas manifestações". Não há, no entanto, uma lista dos autos de infração.

Monitoramento

Como mostrou o Estadão, a Polícia Rodoviária Federal havia estabelecido o "monitoramento de manifestações sociais" como um dos eixos de atuação às vésperas do segundo turno.

A informação consta do ofício que estabeleceu os procedimentos de policiamento e fiscalização na Operação Eleições 2022 e reforça a narrativa de que a corporação demorou a agir para inibir a ocupação de rodovias federais. O documento menciona a necessidade de "inibir ou dispersar manifestações que possam prejudicar o direito de ir e vir das pessoas e bens".

"Para o pleito eleitoral 2022 adiciona-se forte polarização política entre vertentes ideológicas, que passam a ser fator de risco e que ensejam o incremento das ações de policiamento preventivo", diz um trecho do ofício.

Investigação

O Ministério Público Federal (MPF) pediu nesta quarta, 2, à Polícia Federal (PF) a abertura urgente de um inquérito sobre a conduta do diretor-geral da PRF nas eleições.

O documento aponta indícios de prevaricação, violência política e omissão na desmobilização dos protestos que bloquearam estradas federais após a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL).

O inquérito também deve investigar se as abordagens feitas no segundo turno, dentro do horário de votação, afetaram o "livre exercício do direito de voto".

Mesmo após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibir operações relacionadas ao transporte público de eleitores, a PRF fez ao menos 560 operações, com foco no Nordeste. Eleitores denunciaram abordagens irregulares e o PT encampou a narrativa de que a corporação foi usada politicamente para dificultar o voto na região, predominantemente lulista.

Silvinei Vasques pediu votos para Bolsonaro nas redes sociais na véspera do segundo turno. A publicação foi apagada após a repercussão na imprensa.

A governadora eleita de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), que também é procuradora do Estado concursada, está de férias da Procuradoria Geral do Estado para realizar o período de transição do governo. 

As férias são acumuladas e não utilizadas pela tucana enquanto procuradora, com gozo do dia 31/10 até o dia 30/12. Raquel assume a cadeira de governadora de Pernambuco em solenidade no dia 1º de janeiro de 2023. 

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Raquel Lyra obteve 3.113.415 votos, correspondente a 58,70% dos votos válidos, enquanto Marília Arraes (SD), sua adversária, obteve 2.190.264 votos, o equivalente a 41,30% dos votos válidos. 

O governador Paulo Câmara (PSB) anunciou os nomes da equipe de transição do seu governo ainda na segunda-feira (31), um dia após o resultado do pleito. A equipe de Raquel, no entanto, ainda não escolheu os nomes. Ela e a vice-governadora eleita, Priscila Krause (Cidadania), estão recolhidas após o período eleitoral e devem retomar as atividades a partir da próxima semana. 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou nesta quinta-feira, 3, o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), a receber visitas da mulher no presídio de Bangu 8.

Quando foi preso, Roberto Jefferson ficou proibido de receber visitas, inclusive de familiares. Moraes só autorizou a entrada dos advogados do ex-deputado. A restrição foi revista a pedido da defesa e deixa expresso que as visitas devem "observar as regras do estabelecimento prisional".

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Moraes também deu sinal verde para o Exército entregar pessoalmente ao ex-deputado a notificação de cancelamento do seu Certificado de Registro de Caçador, Atirador, Colecionador (CAC).

"Defiro o requerimento, devendo a notificação ocorrer em data previamente acordada entre o Exército Brasileiro e o estabelecimento prisional, com comunicação a esta Suprema Corte", escreveu o ministro.

A Polícia Federal (PF) apreendeu mais de 7,6 mil cartuchos de munição, de diferentes calibres, um fuzil e uma pistola 9mm, coletes balísticos e dois simulacros de arma na casa do ex-deputado, em Comendador Levy Gasparian (RJ), quando ele foi preso.

O ex-deputado não quis se entregar e chegou a atacar os policiais com tiros de fuzil e três granadas, o que levou a PF a pedir seu indiciamento por tentativa de homicídio.

A prisão de Roberto Jefferson foi motivada por ataques misóginos à ministra do STF Cármen Lúcia. Em um vídeo publicado nas redes sociais, ele comparou Cármen Lúcia a "prostitutas", "arrombadas" e "vagabundas".

No dia 27 de novembro de 2022, o município de Maraial (Mata Sul) passará por eleições suplementares para eleger seu novo prefeito, que ficará no cargo até 2024.

As novas eleições serão necessárias porque o então prefeito do município foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder econômico.   

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O município de Maraial conta com 9.427 eleitores que, durante as eleições suplementares, escolherão entre 2 candidatos concorrendo à prefeito da cidade, Tatiana da Silva Rocha (Avante) e Marlos Henrique Cavalcanti da Coligação Maraial Pode Mais (PSD & PSB). 

 O TSE determinou o dia das eleições suplementares por meio da Resolução Nº 421.

*Do TRE-PE 

O eleitor que não conseguiu comparecer às urnas nas eleições, seja no primeiro ou no segundo turno, ou em ambos, deve justificar sua ausência em no máximo 60 dias a contar do dia da votação.

Quem se ausentou no dia 2 de outubro tem até o dia 1º de dezembro para apresentar justificativa, já para quem faltou no dia 30, tem até o dia 9 de janeiro de 2023, os que deixaram de ir nos dois turnos devem apresentar duas justificativas, separadamente, respeitando o prazo de cada uma.

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Para tal, o eleitor pode fazê-la por meio do aplicativo e-Título, pelo sistema Justifica nos Portais da Justiça Eleitoral e pelo Formulário Requerimento de Justificativa Eleitoral - formato PDF. (cada um deles tem o link de redirecionamento)

Em quaisquer desses meios, a documentação que comprove o motivo da ausência à eleição deverá ser anexada ao requerimento para análise da autoridade judiciária da zona eleitoral responsável pelo título. Caso a justificativa seja aceita, esta será automaticamente registrada no cadastro do eleitor. Se a justificativa for indeferida, o eleitor precisará quitar o débito.

Em Pernambuco, dos 7.008.795 eleitores aptos a votar, 1.276.506 não compareceram no primeiro turno, o que representa 18,21% do total. Já no segundo turno a abstenção foi de 1.217.363 que corresponde a 17,34%.

Para tirar dúvidas, as zonas eleitorais podem ser contatadas. Os dados de cada zona eleitoral podem ser obtidos nos Portais dos Tribunais Regionais Eleitorais. Confira os de Pernambuco em consulta a zonas eleitorais.

Consequências para quem não justificar

O eleitor ou eleitora que não estiver em dia com a Justiça Eleitoral não poderá:

- Obter passaporte ou carteira de identidade (essa restrição não se aplica ao eleitor no exterior que requeira novo passaporte para identificação e retorno ao Brasil, nos termos do § 4º do art. 7º do Código Eleitoral).

- Receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou emprego público, autárquico ou paraestatal, bem como fundações governamentais, empresas, institutos e sociedades de qualquer natureza, mantidas ou subvencionadas pelo governo ou que exerçam serviço público delegado, correspondentes ao segundo mês subsequente ao da eleição.

- Participar de concorrência pública ou administrativa da União, dos Estados, dos Territórios, do Distrito Federal, dos Municípios ou das respectivas autarquias.

- Obter empréstimos nas autarquias, sociedades de economia mista, caixas econômicas federais ou estaduais, nos institutos e caixas de previdência social, bem como em qualquer estabelecimento de crédito mantido pelo governo ou de cuja administração este participe, além de com essas entidades celebrar contratos.

- Inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, investir-se ou empossar-se neles.

- Renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo.

- Praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou do imposto de renda.

- Obter Certidão de Quitação Eleitoral, conforme disciplina a Resolução TSE nº 21.823/2004 e o art. 11, § 7º, da Lei nº 9.504/1997.

Cancelamento do título

O eleitor ou eleitora que não votar em três eleições consecutivas, não justificar sua ausência ou não quitar a multa devida terá sua inscrição cancelada.

As regras acima não se aplicam aos eleitores cujo voto seja facultativo por prerrogativa constitucional (analfabetos, maiores de 16 e menores de 18 anos, e maiores de 70 anos) e aos portadores de deficiência física ou mental que torne impossível ou demasiadamente oneroso o cumprimento das obrigações eleitorais, desde que deferido pelo Juízo Eleitoral requerimento de certidão de quitação por prazo indeterminado, na forma da Resolução TSE nº 23.659/2021.

*Do site do TRE-PE

O Ministério Público Federal (MPF) pediu, nesta quarta-feira (2), à Polícia Federal (PF) a abertura urgente de um inquérito sobre a conduta do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, nas eleições de 2022.

O documento aponta indícios de prevaricação, violência política e omissão na desmobilização dos protestos que bloquearam estradas federais após a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL). As interdições seguem após três dias em pelo menos 15 Estados.

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A corporação vem repetindo que, desde que encontrou os primeiros bloqueios na estradas, "adotou todas as providências para o retorno da normalidade do fluxo".

O inquérito também deve investigar se as abordagens feitas no último domingo (30), dentro do horário de votação, afetaram o "livre exercício do direito de voto".

Mesmo após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibir operações relacionadas ao transporte público de eleitores, a PRF fez ao menos 560 operações, com foco no Nordeste. Eleitores denunciaram abordagens irregulares e o PT encampou a narrativa de que a corporação foi usada politicamente para dificultar o voto na região, predominantemente lulista.

A versão da Polícia Rodoviária Federal é a de que as operações tinham o objetivo de combater o transporte irregular de eleitores, com base no Código de Trânsito.

A investigação sobre o diretor-geral da PRF foi requisitada a pedido de membros da 2.ª e da 7.ª Câmaras da Procuradoria Geral da República (PGR), compostas por subprocuradores-gerais da República. Eles apontaram "má conduta" na gestão da corporação e possível desvio de finalidade visando "interferir no processo eleitoral".

Como mostrou o Estadão, Silvinei Vasques pediu votos para Bolsonaro nas redes sociais na véspera do segundo turno. A publicação foi apagada após a repercussão na imprensa.

COM A PALAVRA, O DIRETOR-GERAL DA PRF

A reportagem entrou em contato com a corporação e aguarda resposta. O espaço está aberto para manifestação.

A diretora de Responsabilidade Social do Flamengo, Ângela Machado, demonstrou insatisfação com a participação do Nordeste na vitória de Lula (PT) nas eleições presidenciais e proferiu declarações xenofóbicas. No entanto, grande parte da região Nordeste torce para o time rubro-negro. 

De acordo com a pesquisa O Globo/Ipec divulgada em julho deste ano, o peso da torcida do Flamengo é mais significativo no Nordeste, a segunda região mais populosa do Brasil, com 57,6 milhões de pessoas, segundo o IBGE. O time tem 25,2% de menções dos torcedores, algo em torno de 14,5 milhões na região. 

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No Sudeste, que é a região mais populosa do Brasil com 89,6 milhões de habitantes, o Flamengo tem uma fatia de 19,3%  pelas menções feitas na pesquisa. O clube só fica atrás do Corinthians, com 21,3%. Ou seja, são mais de 17 milhões de torcedores do Flamengo na região. 

Na publicação, a diretora disse que Bolsonaro ganhou “onde se produz” e perdeu “onde se passa férias”. “Bora trabalhar porque se o gado morre, o carrapato passa fome”, postou. Ela fechou as redes após a divulgação da publicação.

Integrantes do PT que participaram da coordenação da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vão para Brasília, nesta quinta-feira (3), para começar uma diálogo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Entre os assuntos que serão discutidos estão a manutenção do Auxílio Brasil de R$ 600, que foi promessa do petista na eleição, e eventuais mudanças no teto de gastos, regra que atrela o crescimento das despesas à inflação.

Lira e o PT também estão de olho em uma negociação que possa resultar na parceria de ambos a partir do próximo ano. O comando do PP não descarta fazer parte da base de apoio de Lula, mas em troca quer o apoio dos petistas para que Lira seja reeleito presidente da Câmara em fevereiro de 2023.

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O encontro com o presidente da Câmara está sendo organizado pelo deputado José Guimarães (PT-CE) e terá a participação de outros deputados do partido. Lula viajou nesta quarta, 2, de São Paulo para a Bahia, um dos Estados que deu a maior votação proporcional a ele. O presidente disse a aliados que pretende descansar até o fim da semana no Estado nordestino e só deve ir para Brasília na próxima semana.

Além da reunião com o presidente da Câmara, os petistas, junto com o coordenador da transição e vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) também vão estar na quinta com o senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator do Orçamento de 2023. O encarregado por Lula de comandar a negociação sobre o orçamento é o senador eleito Wellington Dias (PT-PI), cotado para assumir um ministério da área econômica.

Ao Estadão, Castro disse que o Orçamento de 2023 está "no osso" e que o governo Lula precisará escolher quais promessas vão ser incluídas no projeto. O deputado Rui Falcão (PT-SP), que foi coordenador de Comunicação da campanha, também participará da conversa com Castro. Falcão é um dos deputados da Comissão Mista de Orçamento (CMO), assim com Enio Verri (PT-PR) e Paulo Pimenta (PT-RS), que também conversarão com o emedebista.

"Eu vou participar da reunião do orçamento, sou membro da Comissão Mista de Orçamento. Vou ver também, junto com o Guimarães, os projetos que estão para serem pautados, o que o presidente da Câmara está pretendendo, o que a gente pode conversar com ele. Ver o que eles pretendem e o que nós pretendemos", disse Falcão ao Estadão.

O presidente interino do PP, deputado Cláudio Cajado (BA), disse que Lira vai esperar a sinalização do presidente eleito para definir as prioridades da Câmara até o final do ano. "Muitas das pautas dependem de uma sinalização do governo eleito, do presidente Lula. Vai querer que a gente vote agora o Auxílio Brasil ou ele vai querer implementar isso no ano que vem, ainda que não haja solução de continuidade para os primeiros meses iniciais?", afirmou.

De acordo com a emenda à Constituição aprovada no governo de Jair Bolsonaro (PL), o auxílio só terá validade até o próximo dia 31 de dezembro, o que significa que o Congresso precisa definir ainda neste ano como será feita a continuidade. "Não vamos tomar nenhum iniciativa sem que ele (Lula) próprio se manifeste ou os líderes dele", ressaltou o deputado do Centrão.

O comando da Câmara também quer ajustar com o PT se vai haver mudanças no teto de gastos, regra que limita o crescimento das despesas ao índice de inflação do ano anterior. "Não adianta votar uma PEC sem prever como vai ser comportado isso na despesa", afirmou o deputado do PP da Bahia. Durante a campanha, a equipe de Lula falou em um waiver, ou seja, licença para aumentar as despesas, mas ainda não está definido qual será o tamanho disso.

Cajado também deixa em aberto a possibilidade de o PP ser base de Lula. O partido tem o perfil de ser aliado de todos os governos, independente da ideologia. Tendo o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, como principal líder, o PP faz parte do Centrão, bloco informal de legendas que apoiam qualquer presidente em troca de cargos.

"O partido está principalmente com o objetivo de trabalhar a reeleição do Arthur Lira, essa que é nossa visão maior. Dentro dessa perspectiva a gente tem que dialogar, conversar com as forças políticas que compõem o futuro Congresso. Essas conversas vão surgir naturalmente (com Lula), temos aí a transição (do governo Bolsonaro para Lula) para fazer, acredito que não tenha nenhum problema dado o perfil do ministro Ciro Nogueira", declarou.

De acordo com ele, mesmo com a demora em reconhecer a derrota por parte do presidente Bolsonaro e as mobilizações de apoiadores do presidente de bloquear estradas em protesto a eleição do petista, não haverá nenhum tipo de boicote no processo de transição.

"Tenho convicção de que o ministro Ciro Nogueira adotará todos os procedimentos de transferir ao (futuro) governo todos os programas, projetos, ações, toda a parte que o diga respeito para que a transição se efetive de forma plena, transparente, ampla e efetiva para o próximo governo. Zero, zero possibilidade de dificultar ou fazer algo que possa prejudicar o próximo governo", afirmou.

Ciro Nogueira já entrou em contato com a presidente do PT, Gleisi Hoffman, e com o prefeito de Araraquara, Edinho Silva, que também foi um dos coordenadores da campanha. Nogueira e o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos), que falou com o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), até agora foram os únicos membros do governo Bolsonaro que conversaram com a equipe do futuro governo Lula. Alckmin foi escolhido por Lula para ser o coordenador do processo de transição. Gleisi e Aloizio Mercadante, que coordenou o programa de governo do petista, também farão parte da equipe.

O senador eleito Wellington Dias (PT-PI) afirmou, nesta quarta-feira (2), à Globonews que o vice da chapa vitoriosa na eleição ao Palácio do Planalto, Geraldo Alckmin (PSB), terá uma reunião na quinta-feira (3) cedo com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), para formalizar o processo de transição do governo federal. Alckmin foi escolhido pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ser o coordenador do processo de transição.

"É um momento de formalização, de definir os primeiros passos", disse Dias, comentando que Ciro, "por uma decisão do presidente Jair Bolsonaro", se coloca como coordenador da transição por parte administração atual.

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Na terça, após o primeiro pronunciamento de Bolsonaro desde a derrota nas urnas, Ciro afirmou que o governo iria seguir a lei que prevê a transição.

O senador eleito também repetiu que, às 10h30, haverá uma reunião entre ele e o relator-geral do Orçamento de 2023, Marcelo Castro (MDB-PI), da qual Alckmin e outros representantes da chapa vitoriosa também irão participar, como Aloizio Mercadante e parlamentares do PT.

À tarde, Dias ainda afirmou que haverá uma reunião técnica, sem dar detalhes. O senador eleito também repetiu o discurso de conciliação que Lula tem feito desde o fim das eleições. "Terminou a eleição, temos de cuidar de unir o Brasil, como diz o presidente Lula."

A Procuradoria Regional Eleitoral do Mato Grosso do Sul vai investigar uma denúncia de assédio eleitoral em Coronel Sapucaia (MS), cidade a 420 quilômetros da capital Campo Grande, com beneficiários do Auxílio Brasil em prol do presidente Jair Bolsonaro (PL). O caso foi revelado pelo repórter Caco Barcellos no Profissão Repórter na segunda-feira (1º). 

Na manhã desta quarta-feira (2), o Ministério Público Eleitoral informou que “serão solicitadas diligências ao promotor eleitoral de Coronel Sapucaia para instruir o feito”. 

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Na reportagem, Caco Barcellos mostrou que, em menos de 48 horas antes do 2º turno, pessoas que recebem o Auxílio Brasil na cidade foram convocadas para uma reunião. Quando a reportagem chegou no local, a reunião foi encerrada e ninguém quis falar ou sabia dizer o que era. 

Alguns moradores que aceitaram falar disseram que as pessoas foram incentivadas a votar em Jair Bolsonaro na eleição do último domingo (30). 

Uma senhora que mora ao lado do local onde acontecia a reunião revelou que já ocorria há três dias. “Antes não tinha essa reunião, não. Disse que era para assinar o negócio do Bolsa Família [Auxílio Brasil]. Aí ontem que eu ouvi falando que, quando acaba a reunião, o Rudi [Paetzold, prefeito da cidade], dá R$ 50 para cada um. Rudi é o prefeito daqui”, explanou.

Votação na cidade

Coronel Sapucaia foi uma das três cidades em todo o Brasil que os postulantes tiveram exatamente o mesmo número de votos no primeiro turno: 4.295 mil votos cada um. 

Já no segundo turno, após as reuniões e a suspeita de assédio eleitoral do prefeito da cidade com os beneficiários do Auxílio Brasil em prol de Bolsonaro, o número de votos do atual presidente subiu para 4.530. Ou seja, 235 a mais que no primeiro turno, enquanto os votos em Lula caíram para 4.049, 246 a menos. 

O prefeito foi questionado em uma gincana entre escolas promovida pela Secretaria Municipal de Educação, e disse que não estava na cidade e não organizou a reunião, que era de responsabilidade da Secretaria de Ação Social. 

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) estão infringindo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) obstruindo as rodovias do País. Desde o resultado das eleições, por não aceitarem a derrota do atual presidente para Lula (PT), centenas de militantes bolqueiam estradas federais e fazem manifestações. 

Segundo o CTB, o condutor que utilizar o veículo para obstruir rodovias receberá multa gravíssima, no valor de R$ 5.869,40.

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Ainda de acordo com o CTB, as pessoas que forem identificadas como organizadoras desse tipo de ação receberão uma multa no valor mais alto, de R$ 17.608,20, além de responder por desobediência. As infrações estão dispostas no artigo 253 do CTB.

Os cantores sertanejos Leonardo e Gusttavo Lima, que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL) e fizeram campanha nas eleições, tiveram shows cancelados nesta semana por conta dos protestos de bolsonaristas que não aceitam o resultado do pleito nas rodovias pelo Brasil. As apresentações seriam realizadas, respectivamente, em Criciúma (SC) e Canaã dos Carajás (PA). 

A produção de Leonardo explicou que “devido a questões da paralisação dos caminhoneiros, ficou impossibilitada a logística do show que iria ocorrer hoje, dia 01 de novembro. O show foi adiado com uma nova data para 01 de dezembro”. 

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Já Gusttavo Lima, por sua vez, informou sobre o cancelamento pelo Instagram. “A decisão foi tomada em virtude das paralisações que ocorrem nas rodovias que dão acesso à cidade e impedem a chegada do local em tempo hábil para execução da apresentação”, afirmou o cantor.

O deputado federal e pastor Marco Feliciano (PL) se apropriou do discurso de Lula (PT) no dia do resultado das eleições, a partir de informações falsas, para falar que não haverá avanços de pautas progressistas no governo do petista. 

“Perdemos a eleição, mas não perdemos a guerra. O primeiro discurso de Lula eleito prova isso, que a igreja saiu vitoriosa porque mostrou a sua força e unidade. Provocamos o mal e ele se manifestou. Puxamos a língua de Lula e ele falou que pensa pela primeira vez sobre aborto, droga, igreja. Acredito que o judiciário também recebeu o recado do povo cristão”, disse, em vídeo publicado no seu Instagram. 

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O pastor garantiu que os assuntos ficarão “adormecidos” porque “não terão coragem de falar em insanidades”. “No discurso de ontem [do domingo], além de falar em Deus e reconhecer a liberdade religiosa, falou de todas as minorias que supostamente defendem, menos dos LGBTS. Por que será? Perceberam? Não haverá avanço dessas pautas porque elegemos o Congresso mais conservador do Brasil. Logo, se tentarem emplacar a pauta da destruição da família cristã, teremos força para barrá-la. Se vierem pelo judiciário, lutaremos com todas as forças que temos”, disse. 

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) agradeceu no Twitter o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva por ter confiado a ele a coordenação da equipe de transição de governo. "O trabalho da nossa equipe será norteado pelos princípios de interesse público, colaboração, transparência, planejamento, agilidade e continuidade dos serviços", prometeu na rede social nesta terça-feira (1).

Alckmin afirmou que seu objetivo enquanto coordenador do governo de transição é oferecer, "de forma republicana e democrática", as informações para o novo mandato de Lula, que começa em 1º de janeiro de 2023.

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Lula compartilhou a publicação e disse ter a certeza de que Alckmin fará um excelente trabalho na transição. "Construiremos um governo para todos os brasileiros", escreveu o presidente eleito.

Bolsonaristas que protestavam em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, acreditaram em uma fake news que o ministro Alexandre de Moraes havia sido preso em flagrante nesta terça-feira (1º), e comemoraram com aplausos e fogos. 

No vídeo, um homem lê um possível "documento" falso que fala sobre a prisão expedida do ministro Alexandre de Moraes. Os apoiadores ouviram a leitura sentados no chão e comemoraram ao final. Uma mulher que estava em pé chegou a se ajoelhar no chão e gritar “o Brasil é nosso”, enquanto o resto do grupo seguiu comemorando a informação falsa. 

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Um dos maiores aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) no meio empresarial, o dono da Havan, Luciano Hang desmentiu os boatos que circulam nas redes socias de que estaria financiando as interdições feitas por caminhoneiros nas estradas e rodovias do Brasil. Em nota oficial, Hang disse que os vídeos e fotos sobre seu suposto envolvimento com as manifestações de bolsonaristas inconformados com derrota do presidente para o ex-presidente Lula no último domingo (30).

Ao descolar sua imagem dos atos, o empresário disse que os atos são "espontâneos". Ele ressaltou ainda que deseja "o melhor para o Brasil e para todos os brasileiros".

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Confira a nota na íntegra:

NOTA OFICIAL

Diante de tudo que tem acontecido, o empresário Luciano Hang esclarece que são falsos os boatos, fotos, áudios e vídeos que circulam nas redes sociais de que ele está envolvido, se manifestando ou patrocinando movimentos de paralisação de estradas ou rodovias.  Manifestações em frente às megalojas estão sendo organizadas de forma espontânea, sem qualquer vínculo com a Havan ou com o empresário. Desejamos o melhor para o Brasil e para todos os brasileiros.

      Após os manifestantes bolsonaristas bloquearem as rodovias federais no estado de Pernambuco, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) participou de uma reunião, no Ministério Público Federal (MPF), para discutirem as medidas que serão tomadas para o reestabelecimento do fluxo de veículos nesta terça-feira (1º). 

De acordo com a PRF, o encontro aconteceu após a operação contabilizar mais de 10 pontos de interdições desfeitos em Pernambuco. As ações veem sendo realizadas com o apoio da Polícia Federal, Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros. 

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Na reunião estavam presentes o Superintendente Regional, Antonio Vital; o diretor-geral da Polícia Federal, Daniel Granjeiro; e o secretário de Defesa Social de PE, Humberto Freire. A reunião foi mediada pelo Procurador da República, Alfredo Carlos Júnior, representante do MPF. 

Senadores criticaram nesta terça-feira (1º) o presidente Jair Bolsonaro pelo pronunciamento curto sobre o resultado das eleições presidenciais. Derrotado no segundo turno pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último domingo (30), Bolsonaro fez sua primeira manifestação desde o resultado das urnas dois dias depois da eleição.

Em comentários nas redes sociais, parlamentares apontaram que Bolsonaro não reconheceu formalmente o resultado das eleições. Também criticaram a postura do presidente sobre as manifestações de caminhoneiros que fecham estradas em todo o país em protesto contra o resultado do pleito.

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Bolsonaro iniciou o rápido pronunciamento agradecendo os votos que recebeu, tentou justificar a motivação das manifestações com o que chamou de "sentimento de injustiça" em relação ao processo eleitoral, mas condenou o fechamento das rodovias por caminhoneiros.

"Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no ultimo dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedade, destruição do patrimônio e direito de ir e vir", afirmou.

Para Renan Calheiros (MDB-AL), os protestos são “choro de perdedor” e prejudicam a economia do país. Ele entende que Bolsonaro deu seu aval à mobilização.

“O derrotado estimulou a arruaça com seu silêncio golpista. Vai pagar por isso também, apesar da fala cínica”, escreveu.

Paulo Rocha (PT-PA) criticou o presidente por não reconhecer a derrota e afirmou que haverá reação a qualquer tentativa de “golpe” em razão do resultado.

“Jair Bolsonaro reforçou hoje a total incapacidade de viver em um ambiente democrático. Que isso não seja um sinal de que tentará qualquer tipo de golpe. Não só não aceitaremos, como cobraremos medidas policiais imediatas”.

Soraya Thronicke (União-MS) destacou “contradição e ambiguidade” na fala de Bolsonaro, quando o presidente disse que os protestos de caminhoneiros são fruto de “indignação” com o processo eleitoral. Para ela, o tom do presidente é proposital.

“O método de causar confusão funcionou bem para ele até agora”, afirmou.

Leila Barros (PDT-DF) classificou o presidente como “mau perdedor” e também observou que ele não fez menção direta à derrota nas urnas.

“O pronunciamento relâmpago e tardio do presidente Bolsonaro dá sequência a um plano de alimentar o ódio entre a direita e a esquerda”, alertou.

Fabiano Contarato (PT-ES) afirmou que Bolsonaro “pertence ao passado” e disse esperar que a transição de governo seja “digna”. O senador também avaliou que o presidente “passou longe” do papel que deveria cumprir como mandatário.

“É vergonhoso que o atual inquilino do Planalto haja como um tiranete mimado diante da derrota democrática nas urnas. Ele sabe que será obrigado a cumprir a Constituição, sob pena de ser responsabilizado pelos atos que praticou e que venha a praticar”.

O líder da oposição, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), alertou que “ao derrotado não cabe o ódio”. Humberto Costa (PT-PE) salientou a brevidade do pronunciamento do presidente, após dois dias de silêncio, comentando que “de onde menos se espera é que não sai nada”. Para Maria do Carmo Alves (PP-SE), o pronunciamento foi “nada com nada”.

*Da Agência Senado

Um novo trecho foi interditado e um outro voltou a ser ocupado nas rodovias de Pernambuco após o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta terça-feira (1º). O trecho entre o quilômetro 83 e 84 da BR-101 em Jaboatão dos Guararapes voltou a ser interditado, e o quilômetro 34 da BR-232, em Moreno, foi um novo ponto interditado após a fala do presidente. 

No pronunciamento feito depois das mais de 40 horas de silêncio, Bolsonaro reconheceu as manifestações e afirmou que elas são “bem-vindas”, apesar de ter feito a observação de não se igualar “às manifestações da esquerda”. 

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De acordo com a Polícia Rodoviária Federal em Pernambuco, que segue mobilizando o efetivo para restabelecer o fluxo das rodovias federais que cortam o Estado, já foram liberados mais de 10 pontos de concentração de manifestantes. 

Na BR-232, em Jaboatão dos Guararapes, próximo ao Comando Militar do Nordeste do Exército Brasileiro, e na BR-423, em Lajedo, há manifestantes, mas sem interdições no local. 

As equipes policiais informam que os grupos são compostos por cidadãos que demonstram insatisfação com o resultado das eleições, e não necessariamente por caminhoneiros.

Veja os pontos que estão interditados às 18h15: 

-BR 232, KM 34, MORENO. COM MANIFESTANTES E INTERDIÇÃO PARCIAL. 

-BR 101, KM 83 e 84, JABOATÃO DOS GUARARAPES. COM MANIFESTANTES E INTERDIÇÃO PARCIAL. 

-BR 232, CARUARU (UNINASSAU). INTERDIÇÃO PARCIAL COM MANIFESTANTES. 

-BR 232, BEZERROS (PARQUE RUFINA BORBA). INTERDIÇÃO PARCIAL COM MANIFESTANTES. 

-BR 104, TAQUARITINGA DO NORTE (DISTRITO DE PÃO DE AÇÚCAR). INTERDIÇÃO TOTAL COM MANIFESTANTES.

-BR 104, CARUARU (4º BPM ). INTERDIÇÃO PARCIAL COM MANIFESTANTES. 

-BR 232, KM 176, BELO JARDIM (PRÓXIMO AO POSTO DO PLANALTO). INTERDIÇÃO PARCIAL COM MANIFESTANTES. 

A PRF segue cumprindo com sua missão de garantir o direito de ir e vir das pessoas e para isso mobiliza todo seu efetivo, incluindo policias dos grupos especializados. As ações de desbloqueio contam ainda com a parceria da Polícia Federal e da Secretaria de Defesa Social, por meio da Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros. 

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