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O senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator da reforma tributária, confirmou nesta terça-feira, 26, oficialmente, que não apresentará o parecer da proposta na próxima semana, como havia previsto anteriormente. Pelas redes sociais, o parlamentar disse acreditar que é possível apresentar o parecer até 20 de outubro.

Braga disse que o grande número de emendas recebidas, as audiências públicas realizadas e um acidente que sofreu são os principais motivos para o adiamento.

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"São praticamente 200 emendas já apresentadas, eu não vou apresentar o relatório na semana que vem, é impossível. Várias questões fizeram com que isso fosse prorrogado. Primeiro, o número de requerimentos apresentados na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), as audiências públicas. Segundo, um acidente que aconteceu comigo que me impôs uma série de limitações", anunciou Braga durante reunião da Frente de Energia para discutir o tema.

Braga reforçou, porém, que a apresentação do relatório está mantida para outubro.

"O calendário que apresentamos é que até o final de outubro nós apresentaríamos um relatório. Este calendário e cronograma assumido por (Rodrigo) Pacheco está de pé", completou o senador.

Inicialmente, porém, o relator previa que a votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aconteceria em 4 de outubro. Esse calendário foi sendo postergado gradativamente. Em um segundo momento, a votação foi adiada para a semana de 16 a 20 de outubro. Agora, o relator se comprometeu com a apresentação do relatório até o fim de outubro, mas assumiu que a votação pode levar mais tempo.

Isso porque, segundo Braga, "não está fácil" chegar a um acordo com todos os setores. "Os interesses são muito difusos, muita coisa que agora vai entrar na fase efetiva de negociação do texto, com as bancadas, autores das emendas e setores. E tem algumas questões que já têm entendimento sendo encaminhado com o governo e outras que não têm", afirmou.

O relator disse, ainda, que "quando todo este arcabouço (negociação com as bancadas e setores envolvidos com a reforma tributária) estiver pronto, teremos de sentar com a Câmara dos Deputados, para que junto com Arthur Lira e Aguinaldo (Ribeiro, relator da reforma tributária na Câmara), possamos ter um entendimento de como a Câmara vê essas mudanças que estariam sendo feitas no Senado".

Mesmo diante do cronograma anunciado por Braga nas últimas semanas, a cúpula do Congresso já considerava esse calendário otimista e considerava que a votação da reforma tributária ficaria apenas para os últimos meses de 2023.

O relator da reforma tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), afirmou que vai delimitar as atribuições do Conselho Federativo, a ser criado para gerir o novo IVA (Imposto sobre Valor Agregado), na Proposta de Emenda Constitucional que altera a tributação sobre o consumo.

O texto da reforma aprovado na Câmara remete essa regulamentação a uma lei complementar, a ser discutida após a aprovação da espinha dorsal da reforma. Braga, contudo, afirmou que vai antecipar a discussão para esta etapa no Legislativo.

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"As competências do Conselho Federativo estarão no comando constitucional de forma clara, porque a questão federativa é uma questão do pacto federativo e está na Constituição, e assim será preservado", disse. "Agora as questões técnicas, assim como ocorre no Simples Nacional, serão exercidas pelo Conselho Federativo."

O relator participou de um debate sobre a reforma promovido pelo Grupo Esfera, no Guarujá, no sábado.

A opinião de Braga vai de encontro ao que propôs o Ministério da Fazenda na concepção da reforma, que queria evitar o assunto neste momento, concentrando-se sobre os princípios da mudança tributária. Mas a governança do conselho se transformou em um debate que divide os governadores, temerosos de perder autonomia sobre a gestão das receitas estaduais.

O Conselho Federativo vai concentrar a arrecadação de cinco tributos que incidem sobre o consumo - IPI, PIS e Cofins (federais) e ICMS (estadual) e ISS (municipal) - e distribuir para os entes federados. A centralização é importante para garantir que impostos recolhidos ao longo da cadeia sejam ressarcidos para as empresas sem que um Estado tenha que arcar mais com esse pagamento do que outros, o que poderia emperrar a devolução. A não cumulatividade é um dos pilares da atual reforma tributária.

MUDANÇA

Durante a tramitação na Câmara, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), patrocinou uma modificação no texto para evitar que os Estados do Norte e Nordeste, mais numerosos, controlassem as decisões do conselho. Isso incomodou os políticos dessas regiões, como Braga, que viram na iniciativa uma afronta ao equilíbrio federativo. Desde que a tramitação começou no Senado, o relator vem sinalizando que fará alterações ao texto para preservar o que ele considera ser uma relação equânime entre todos os Estados.

No sábado, Braga avançou ao indicar que, ao delimitar que o conselho será meramente operacional, não há motivos para disputas políticas pela sua governança.

"O Conselho Federativo será técnico, administrativo. Não tem espaço político no Senado para que o conselho tenha outras funções. Caso contrário, existem inúmeras emendas de senadores, inclusive com propostas radicais de extinção do conselho, o que inviabilizaria a metodologia aprovada na Câmara."

O relator afirmou ainda que esta é a principal preocupação dos governadores e que será esclarecida em reunião amanhã, em Brasília, que deverá reunir os líderes regionais para debater a reforma.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado formalizou, nesta quarta-feira (9), a indicação do senador Eduardo Braga (MDB-AM) como relator da reforma tributária. A indicação de Braga já havia sido anunciada em julho pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), mas faltava ser formalizada pela CCJ.

Braga anunciou nesta quarta-feira que apresentará seu plano de trabalho para a tramitação da reforma tributária na próxima quarta-feira (16).

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"A partir de agora, iniciamos, oficialmente, de fato e de direito, o trabalho na relatoria da reforma tributária, contando com a contribuição de todos os senadores", disse Braga durante a sessão da CCJ.

A reforma tributária passará apenas pela CCJ do Senado antes de ir ao plenário. A expectativa da cúpula do Senado é que a proposta seja analisada até novembro.

A tentativa de zerar a cobrança de impostos federais sobre os combustíveis por meio de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) serve como discurso político para o governo do presidente Jair Bolsonaro, mas não resolve o problema, afirmou o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O emedebista, líder da maior bancada da Casa, por onde o governo quer encaminhar a proposta, afirmou que ainda é cedo para avaliar se a PEC terá chance de prosperar e que o assunto precisará ser discutido em fevereiro, após o fim do recesso parlamentar. "Isso não resolve. Isso vai dar um discurso político para o governo, mas não resolve. A carga tributária maior é dos Estados", afirmou o emedebista.

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No ano passado, Braga apresentou uma PEC para limitar a cobrança de ICMS, recolhido pelos Estados, sobre os combustíveis. Agora, o senador propõe alterar a base de cálculo da cobrança dos impostos sobre a gasolina e o diesel para que a tributação seja monofásica, centralizada em uma fase de comercialização, na refinaria ou na distribuidora, e não de forma acumulada até a bomba. "Ou muda a base de cálculo da tributação dos impostos, tornando os impostos monofásicos, e cria um hedge cambial para o câmbio não impactar o preço da gasolina e do diesel, ou não tem jeito."

No ano passado, a Câmara aprovou um projeto alterando a cobrança do ICMS sobre os combustíveis, proposta rejeitada pelos governadores. O Senado encabeçou outro texto, aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), tributando a exportação do petróleo e criando um programa de compensação para amenizar a oscilação dos preços na bomba. Braga criticou a proposta de tributar a exportação. "Com o petróleo em alta, não acho que seja inteligente a criação da taxa, isso cria um problema maior do que uma solução."

Mudando a base de cálculo e diminuindo a cumulatividade da tributação, o governo federal e os estaduais sairiam perdendo na arrecadação. O líder do MDB reconhece que esse tipo de proposta esbarra na articulação dos Estados, que contam com maior apoio no Senado. "Mudar a base de cálculo fará com o que imposto volte a um patamar anterior, ajuda na inflação, no preço da bomba, no GLP. O problema é que os governadores não querem", afirmou. "Se o governo federal desonerar e governadores mantiverem a regra, está claro que os governos estaduais estão optando pelo aumento de arrecadação e esse aumento de arrecadação implica em aumento de preço do combustível."

Líder da maior bancada no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM) disse ser "impossível" aprovar o projeto que abre caminho para a venda dos Correios até o início de setembro como quer o governo Bolsonaro. A proposta passou pela Câmara no dia 5, e a expectativa do Ministério da Economia era de realizar o leilão entre março e abril de 2022.

Para manter essa previsão, no entanto, o governo conta com um aval rápido dos senadores ao texto. Após a deliberação na Câmara, o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados da pasta, Diogo Mac Cord, afirmou que o cronograma ficaria comprometido caso o Senado não aprove a proposta até no "máximo" o início do mês que vem.

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A tarefa, no entanto, pode se mostrar difícil. Os senadores decidiram primeiramente tramitar o texto na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa. O trajeto é diferente do escolhido pela Câmara, que votou o projeto direto no plenário.

"Impossível (o prazo estimado no governo). A proposta tem de tramitar na CAE, as comissões estão funcionando", disse Braga. Por isso, e pelo fato de o tema ser novo para o Senado e já encontrar focos de resistência, Braga afirmou que o prazo previsto pelo governo é "inexequível".

"Porque, na dúvida, você vota contra. Quer votar amanhã? Ok, se Rodrigo Pacheco (presidente do Senado) pautar, como nós temos dúvidas, votamos contra", disse o líder do MDB, que conta com 15 cadeiras no Senado, de um total de 81.

Além de questionar o cronograma, Braga apontou que guarda "graves dúvidas" sobre o projeto. A preocupação é a mesma apontada por partidos de oposição ao governo na Câmara: a entrega de cartas em localidades distantes dos centros urbanos. Eleito pelo Amazonas, Braga afirmou que o futuro do atendimento em alguns municípios de seu Estado o preocupa.

O projeto aprovado pela Câmara obriga a empresa que arrematar a estatal a manter os serviços universalizados. O senador, no entanto, diz ter receio quanto ao preço que a população de cidades remotas vai pagar. O texto define que as tarifas poderão ser diferenciadas geograficamente, com base no custo do serviço.

"Problema é o custo. A carta pode até chegar. Mas e o custo? Tenho graves dúvidas. Em algumas regiões do meu Estado, ainda não temos 3G, 2G. Privatizar os Correios é não reconhecer essa diversidade que existe no Brasil", disse Braga.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) foi excluído do chamado G-7 da CPI da Covid, que reúne senadores de oposição e independentes. Nesta semana, a cúpula da comissão criou um novo grupo no WhatsApp, sem a presença do emedebista, e passou a operar como G-6, conforme o Estadão/Broadcast apurou.

O grupo majoritário da CPI viu um alinhamento maior de Eduardo Braga com o governo Bolsonaro nos últimos dias. O senador criticou as quebras de sigilo fiscal e bancário de empresas e autoridades do Amazonas e se ausentou de depoimentos desgastantes para o presidente, como a audiência com o deputado Luis Miranda (DEM-DF).

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Além disso, uma disputa pelo governo do Amazonas acabou contaminando o clima entre Braga e o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM). Os dois são apontados como pré-candidatos a governador em 2022. Omar Aziz considera também a tentativa de concorrer novamente ao Senado - o mandato de Eduardo Braga na Casa só acaba em 2026.

Segundo os senadores amazonenses Eduardo Braga (MDB) e Omar Aziz (PSD), que participam da CPI da Pandemia, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem cortado recursos de emendas parlamentares encaminhadas aos municípios do Amazonas. As informações estão em documentos obtidos pelo UOL.

De acordo com Braga e Aziz, a retaliação de pelo menos R$ 160 milhões ao orçamento do estado acontece após a atuação de ambos na comissão parlamentar de inquérito, que na quinta-feira (10) quebrou os sigilos bancários de empresas e pessoas ligadas ao governo, entre eles o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.

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O Amazonas, que ainda enfrenta os desdobramentos do combate à Covid-19 na região metropolitana e no interior, também precisa lidar com a maior cheia de sua história, que deixa desabrigados em várias cidades. "Desde dezembro que o interior do estado não recebe nenhum centavo para o custeio da saúde. Se não fosse o recurso que nós passamos no ano passado, o interior estaria vivendo um caos na saúde. Mas há seis meses o orçamento está congelado, não andou", disse Eduardo Braga ao UOL.

Embora os cortes sejam apontados pelo Ministério da Economia como um procedimento comum a todos os municípios, o UOL cita ainda um estudo sobre o orçamento de 2021 do Inop (Instituto Nacional de Orçamento Público), que aponta para a predominância de cortes orçamentários no Amazonas. Em termos percentuais e absolutos, foram vetados 50% dos repasses ao estado relacionados às emendas de comissão (RP2), o que representa um total de mais de 220 milhões.

Segundo Braga, as emendas de comissão propostas por ele eram todas direcionadas à infraestrutura. Os vetos afetam repasses para municípios da região metropolitana de Manaus, onde portos, que estão inoperantes há mais de sete anos, precisam de reparos, por exemplo. "Eu sinceramente espero que isso tudo não passe de uma verborragia. Uma incontinência verbal. Com 40 anos de vida pública, não tenho mais que me surpreender com as coisas", desabafou.

Bolsonaro faz ameaças

Durante uma live em que criticava a CPI, realizada no dia 20 de maio, Bolsonaro citou a Zona Franca de Manaus, principal fonte de renda do estado: "Senador Aziz, Eduardo Braga, imaginem o Amazonas sem a Zona Franca". A declaração foi interpretada como ameaça.

No dia seguinte, em suas redes sociais, o presidente da CPI da Covid-19 reagiu à declaração. “O Presidente pode ameaçar a mim, ao Eduardo, mas ao ameaçar a Zona Franca de Manaus o negócio é mais embaixo. É preciso respeitar os amazonenses, porque ele não pode ameaçar algo que é garantido por lei, que assegura o sustento e a vida de tantos amazonenses”, publicou Aziz, em seu Twitter.

 

 

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) - membro da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid e ex-governador do Amazonas - lamentou a decisão que autorizou o governador do Estado, Wilson Lima (PSC), a não comparecer à CPI da Covid, tomada na madrugada desta quinta-feira (10), pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber.

"Respeito a decisão do STF, mas lamento que o povo do Amazonas não tenha oportunidade de ouvir as explicações do governador", disse Eduardo Braga em publicação no Twitter nesta quinta-feira.

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Wilson Lima decidiu que não vai até a comissão para prestar depoimento, segundo afirmação da sua defesa divulgada pela CNN.

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) minimizou as inconsistências no currículo do desembargador Kassio Nunes Marques, indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF) pelo presidente Jair Bolsonaro. O parlamentar apresentou, nesta quarta-feira (14), o relatório que vai embasar a avaliação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, responsável por sabatinar o escolhido.

O parecer do relator não é um voto, mas serve para subsidiar a decisão dos senadores. A sabatina está marcada para o próximo dia 21, quando também deve acontecer a votação em plenário. Kassio Marques precisa de no mínimo 41 votos favoráveis entre os 81 senadores para ser confirmado como novo ministro do STF. Conforme o Estadão/Broadcast antecipou, o magistrado tem maioria favorável na CCJ - inclusive com o voto de Eduardo Braga -, cenário que deve se repetir no plenário.

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O Estadão revelou inconsistências no currículo do desembargador. Marques apresentou uma pós-graduação em "Contratación Pública", pela Universidad de La Coruña. A instituição espanhola informou que não oferece esse curso e que o desembargador passou cinco dias na instituição. O magistrado disse que foi um "erro de tradução" e que não quis se referir a pós-graduação.

Eduardo Braga atribui a polêmica a uma confusão semântica. "Primeiro, uma confusão semântica no uso de uma palavra em espanhol no currículo do indicado foi reverberada como se grave inautenticidade fosse. Depois, uma suposta sobreposição cronológica nos cursos que frequentou foi divulgada como indicativo de falsidade", escreveu.

O termo "postgrado", porém, significa pós-graduação, nos moldes definidos pelo entendimento no Brasil ou no exterior, título que a universidade nega ter dado. Para o relator no Senado, as polêmicas do currículo não levantam dúvidas sobre o saber jurídico do indicado e também não comprometem sua reputação. A Constituição exige que um ministro do STF tenha "notável saber jurídico e reputação ilibada."

Além disso, a dissertação de mestrado defendida por Kassio Marques em 2015 na Universidade Autônoma de Lisboa, em Portugal, tem mais de 17 páginas de conteúdo idêntico ao que está escrito em três artigos publicados anos antes pelo advogado Saul Tourinho Leal. Os dois negaram que houve plágio.

No relatório, o senador afirmou que explicações dadas por Marques aos senadores afastaram qualquer questionamento sobre a boa-fé do indicado e as informações curriculares. "Ainda que se verificasse alguma inconsistência concreta - o que não ocorreu e admite-se apenas para argumentar -, isso influiria muito pouco no exame dos requisitos constitucionais que adstringem esta Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania."

Eduardo Braga escreveu que não se deve apenas olhar o currículo do escolhido, mas a biografia do indicado. Também declarou não ter informações sobre qualquer defeito em decisões e na conduta do magistrado. "Despreza o exemplo de garra e perseverança que o piauiense Kassio Nunes Marques representa aquele que se apega às notas de rodapé e às entrelinhas de sua produção bibliográfica com o objetivo de impingir-lhe críticas vazias de conteúdo."

O senador chegou a evocar Rui Barbosa, tido como patrono do Senado, para minimizar as questões curriculares. O notável saber jurídico, nas palavras de Braga citando o senador histórico, tem menos a ver com diplomas e mais com "sementes do conhecimento" e "causas". "Para aferir isso não se deve olhar apenas o currículo, mas o conjunto da biografia do indicado", disse Braga.

Os senadores Wellington Fagundes (PL-MT) e Eduardo Braga (MDB-AM) informaram nesse domingo (11) que tiveram resultado positivo para Covid-19. Os dois estão com sintomas leves da doença.

Eduardo Braga anunciou o resultado positivo por meio de suas redes sociais. Segundo o senador, ele se contaminou apesar de todos os cuidados tomados desde o início da pandemia

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“Graças a Deus, os sintomas têm sido leves e não comprometem meu estado geral de saúde”, disse.

O senador, que é relator da indicação de Kassio Nunes Marques ao Supremo Tribunal Federal (MSF 59/2020), afirmou ainda que, a princípio, está mantida a entrega de seu parecer para a próxima quarta-feira (14). 

Já Wellington Fagundes, por meio de nota da assessoria, avisou que encontra-se em Brasília, onde cumprirá a quarentena. Ele preside a comissão temporária externa criada para acompanhar as ações de enfrentamento aos incêndios no Pantanal. A comissão tem audiência pública marcada para esta terça-feira (13), quando deverá ser ouvido o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

*Da Agência Senado

O líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), será o relator da indicação do desembargador Kassio Nunes Marques para o Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado será sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado no dia 21.

A nomeação para o STF depende de aprovação do Senado. A indicação do presidente Jair Bolsonaro ainda não começou a tramitar oficialmente na Casa. A escolha do relator, porém, foi antecipada para agilizar a apreciação. Em consulta feita pelo Broadcast Político/Estadão, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, Eduardo Braga declarou ser favorável à indicação.

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Braga é alvo de investigações que podem cair nas mãos do novo integrante da Corte. O emedebista foi denunciado junto com a ex-senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) em fevereiro de 2019 pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por "caixa 3" nas eleições de 2012, quando a então senadora foi candidata à Prefeitura de Manaus. O caso é um desdobramento da Operação Lava Jato.

Além disso, Braga é um dos alvos de um inquérito sigiloso que apura o repasse de R$ 43,6 milhões da empresa JBS a políticos do MDB na campanha de 2014, quando ele foi candidato ao governo do Amazonas. Na época das acusações, a defesa do senador negou irregularidades nos dois casos.

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) esteve no Palácio do Planalto na manhã desta terça-feira, 5, para reunião sobre assuntos da bancada da Amazônia. O senador deixou o Planalto por volta das 10h10. Pouco antes, o emedebista havia sido chamado a comparecer na sede da Polícia Federal no mesmo horário para prestar esclarecimentos em uma investigação da qual é alvo.

O próprio senador divulgou em seu Facebook o documento enviado a ele pela PF. O pedido para ouvir o senador é assinado pelo delegado da PF Bernardo Guidali Amaral e solicitava o comparecimento de Braga às 10h desta terça-feira.

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Segundo Braga, seus advogados já entraram em contato com a polícia para remarcar o depoimento. "Eu recebi um agendamento de oitiva. E, como sempre, apoio toda e qualquer intimação. O que não é justo é fake news de que imóveis meus ou meu gabinete foram alvo de busca e apreensão", afirmou o senador ao sair do Palácio do Planalto. Ele estava acompanhado do senador Omar Aziz (PSD-AM). O senador afirmou que se encontrou com o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos.

A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta terça-feira, 5, uma série de mandados de busca e apreensão, além de medidas de sequestro de bens, por ordem do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte.

A ação é um desdobramento do inquérito 4707, que apura supostas doações de R$ 40 milhões feitas pelo grupo J&F a senadores do MDB para as eleições de 2014. A informação partiu da delação de Ricardo Saud, que serviu como base para a instauração do inquérito.

Além de Braga, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) foi intimado a prestar depoimento no caso. O senador Jader Barbalho (MDB-PA) e o ministro Vital do Rêgo Filho, do Tribunal de Contas da União (TCU), também estão entre os investigados do inquérito 470.

Defesas

EDUARDO BRAGA

"O senador Eduardo Braga recebeu esta manhã uma solicitação do Delegado Bernardo Amaral para prestar esclarecimentos no inquérito 4707 (STF). Já estabeleceu contato para ajustar a data. O senador sempre se colocou à disposição para colaborar com qualquer investigação. A cobertura midiática de hoje, talvez por sensacionalismo, talvez por desinformação, menciona fato que simplesmente não existiu, na medida em que nenhuma medida de busca e apreensão foi realizada na residência ou em qualquer outro endereço do senador Eduardo Braga."

RENAN CALHEIROS

"Senador Renan não foi alvo de operação. Não há busca e apreensão, como também não há qualquer determinação a ser cumprida nas dependências do Congresso. Entregaram uma simples intimação para prestar esclarecimentos. Nada mais que isso".

VITAL DO RÊGO FILHO

Em nota, a defesa do ministro informou que não houve cumprimento de mandados de busca ou apreensão em endereços do ex-senador, mas uma solicitação para depoimento. "O Ministro é o maior interessado em esclarecer os fatos e, portanto, atenderá a solicitação do depoimento, colaborando com a justiça, como sempre tem feito", diz o texto.

JADER BARBALHO

"O senador Jader Barbalho recebeu a intimação sobre o Inquérito 4707, entrou em contato com a Polícia Federal para agendar uma nova data, em Brasília, quando prestará todos os esclarecimentos necessários."

GUIDO MANTEGA

"Guido Mantega não foi alvo de busca e apreensão, apenas recebeu uma intimação para prestar depoimento. Sua defesa já entrou em contato com as autoridades para agendar seu comparecimento, oportunidade em que prestará todos os esclarecimentos no interesse das investigações."

MDB

"O MDB não comenta decisões judiciais"

PT

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do partido por e-mail. O espaço está aberto para manifestações.

HÉLDER BARBALHO

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Comunicação do Pará e com a defesa do governador Hélder Barbalho. O espaço está aberto para manifestação.

OUTROS

A reportagem tenta contato com as defesas dos ex-senadores Eunício de Oliveira e Valdir Raupp e também da ex-presidente Dilma. O espaço está aberto para manifestações.

A Polícia Federal cumpre, na manhã desta terça-feira (5), uma série de mandados de busca e apreensão, além de medidas de sequestro de bens, por ordem do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte. Os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Eduardo Braga (MDB-AM) foram intimados para prestar depoimento no âmbito da investigação.

A ação é um desdobramento do inquérito 4707, que apura supostas doações de R$ 40 milhões feitas pelo grupo Grupo J&F a senadores do MDB para as eleições de 2014. A informação partiu da delação de Ricardo Saud, que serviu como base para a instauração do inquérito.

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Além de Renan e Eduardo, o senador Jader Barbalho (MDB-PA) e ministro Vital do Rêgo Filho, do Tribunal de Contas da União (TCU), também estão entre os investigados do inquérito 470.

Em junho, o delegado Bernardo Guidali Amaral, que assina as intimações enviadas aos senadores Renan Calheiros e Eduardo Braga, pediu a Fachin que prorrogasse o prazo do inquérito.

Segundo o advogado Luiz Henrique Machado, Renan Calheiros recebeu a intimação em Maceió, mas não há cumprimento de mandados judiciais em endereços ligados ao parlamentar.

A defesa de Eduardo Braga também indicou que não são realizadas buscas em endereços ligados ao senador. EEm nota, o parlamentar informou ainda que já entrou em contato com a Justiça para 'ajustar' a data de sua oitiva.

 

Com a palavra, a defesa de Eduardo Braga:

"O senador Eduardo Braga recebeu esta manhã uma solicitação do Delegado Bernardo Amaral para prestar esclarecimentos no inquérito 4707 (STF). Já estabeleceu contato para ajustar a data. O senador sempre se colocou à disposição para colaborar com qualquer investigação. A cobertura midiática de hoje, talvez por sensacionalismo, talvez por desinformação, menciona fato que simplesmente não existiu, na medida em que nenhuma medida de busca e apreensão foi realizada na residência ou em qualquer outro endereço do senador Eduardo Braga."

Com a palavra, a defesa do senador Renan Calheiros:

"Senador Renan não foi alvo de operação. Não há busca e apreensão, como também não há qualquer determinação a ser cumprida nas dependências do Congresso. Entregaram uma simples intimação para prestar esclarecimentos. Nada mais que isso".

 

Com a palavra, o ministro Vital do Rêgo Filho:

A reportagem busca contato com a defesa do ministro.

 

Com a palavra, o senador Jader Barbalho:

A reportagem busca contato com a defesa do senador.

Uma proposta de lei complementar que define critérios para aposentadoria de trabalhadores que atuam em áreas com potencial risco de vida, como vigilantes armados e similares deve ser apresentada nesta segunda-feira (4) pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM). Na mesma proposta serão definidas regras para eletricitários, trabalhadores com amianto e mineiros que estão expostos a agentes nocivos à saúde.

O texto é de autoria do governo, mas oficialmente será assinado por Braga para que a sua tramitação comece no Senado, onde foi feito o acordo sobre a regulamentação dessas aposentadorias, com senadores de oposição. Se o Executivo enviasse ao Legislativo um projeto de sua autoria, ele teria de ir primeiro para a Câmara dos Deputados.

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O entendimento costurado pelo líder do governo Bolsonaro no Senado, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), garantiu a aprovação da reforma da Previdência (PEC 6/2019) em segundo turno e a regulamentação desses benefícios é o último detalhe para que a promulgação do texto principal da reforma da Previdência seja marcada.

Proposta

Até o fechamento dessa reportagem nem o governo, nem Braga haviam detalhado a proposta. Por enquanto, o que o governo tem ressaltado é que o texto não tem como objetivo criar uma categoria de aposentadoria especial, mas sim deixar claro na lei as situações em que um trabalhador pode pedir antecipadamente o benefício devido às condições de trabalho.

Como o tema é consenso entre parlamentares de todos os partidos, a expectativa é de que o Senado aprove o texto rapidamente. A presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Simone Tebet (MDB-MS) disse à Agência Brasil que se o senador Esperidião Amin (PP-SC), que será o relator do texto, presentar um relatório até quarta (6), dia da próxima reunião do colegiado, ela colocará o projeto extra na pauta.

Também em entrevista à Agência Brasil, Amin ressaltou que acha “impossível” a apresentação de seu parecer já na próxima quarta-feira. “Isso [a proposta] não caiu do céu. O acordo foi fechado com o [senador Paulo] Paim e a oposição. Tudo vai depender da reunião que teremos entre esses envolvidos na próxima terça-feira”, ressaltou. Foi Paim (PT-RS) que motivou o acordo após fazer, em plenário, uma defesa do tema que convenceu até senadores governistas. Esperidião Amin também não quis dar previsão sobre a apresentação de seu parecer, mas não descartou que seja feito na próxima semana.

A PEC 6/2019, já aprovada pelo Congresso, permite aposentadorias especiais apenas para trabalhadores com deficiência e que atuem expostos a agentes químicos, físicos e biológicos.

Para o secretário especial de Previdência do Ministério da Economia, Rogério Marinho, essa outra discussão será positiva para os trabalhadores e para o sistema previdenciário, porque vai estabelecer critérios mais precisos para esses casos. “Hoje mais de 70% das aposentadorias são dadas em judicialização. Com o projeto, deixaremos claras as condições em que a periculosidade e os agentes nocivos impactam a atividade laboral. Isso vai dirimir questões judiciais”, ponderou.

Marinho esteve no Senado na última quarta-feira (30), quando se reuniu com Eduardo Braga, Espiridião Amin, Fernando Bezerra, e o líder do governo Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), para tratar do projeto de regulamentação. Depois da reunião, Bezerra disse que o texto manterá a regra de que a categoria profissional, por si só, não caracteriza periculosidade. Essa definição virá das atividades exercidas. “Quem merecer, vai ter”, explicou.

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) entregou nesta segunda-feira (16) relatório sobre a escolha Augusto Aras para procurador-geral da República. Para o relator, Aras cumpriu todas as exigências técnicas e legais necessárias à indicação ao cargo. Entre elas, o compromisso apresentado ao Colégio de Líderes e declarado em carta entregue ao senador de devolver a carteira de advogado à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), além de se retirar da Sociedade Aras Advogados Associados, caso seja aprovado no Senado.

A análise do relatório é o primeiro item da pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na próxima quarta-feira (18). A presidente do colegiado, Simone Tebet (MDB-MS), deverá conceder vista coletiva aos senadores para que conheçam melhor o teor do relatório. A sabatina de Augusto Aras deverá ocorrer no próximo dia 25, pela manhã. Se for aprovada, a expectativa é que a matéria passe a tramitar em regime de urgência podendo ser submetida a Plenário na tarde do mesmo dia.

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Favorável

Eduardo Braga ressaltou que o fato de o nome de Aras não estar na lista tríplice composta a partir de votos dos membros do Ministério Público Federal não é um impedimento e adiantou que votará a favor do indicado e que acredita que serão muitos os votos favoráveis no Senado.

“Obviamente que, todos sabem, essa é uma votação secreta. E cada senador terá absoluta liberdade para manifestar seu voto. Mas o espírito que eu ouço dos diversos senadores, tanto daqueles que apoiam o governo, daqueles que são independentes, daqueles que são da oposição, muitos deles têm manifestado uma posição favorável à aprovação do nome do doutor Augusto Aras”, disse.

Independência

Em relação à Operação Lava Jato, que o senador considerou “um bem muito precioso da sociedade brasileira”, a expectativa de Braga é de que “seja respeitado o Estado Democrático de Direito”. Ele também defendeu a posição de independência do indicado e a autonomia da PGR.

“Nós esperamos que essa independência seja tanto do ponto de vista ideológico quanto do ponto de vista partidário”, destacou.

Amazônia

O relator, que representa o estado do Amazonas, disse ainda esperar bom senso, racionalidade e responsabilidade do indicado para equacionar leis ambientais com melhorias necessárias na área de infraestrutura no Brasil. Ele apontou que 15 mil obras estão paralisadas no país por falta de licença ambiental.

“Temos esperança que o doutor Augusto Aras traga bom senso. Isso não quer dizer pactuar com criminalidade, com desmatamento criminoso ou com destruição da floresta amazônica. Isso significa dizer que nós precisamos ter bom senso e uma releitura na relação homem-natureza. A política do meio ambiente não pode servir para travar o país e impedir o nosso desenvolvimento”.

*Da Agência Senado

 

Relator da indicação de Augusto Aras para a Procuradoria-Geral da República (PGR), o senador Eduardo Braga (MDB-AM) defendeu o perfil do escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para o cargo e afirmou que os senadores - responsáveis por dar aval ou não ao nome - não querem o que chamam de "ativismo político" no Ministério Público.

O perfil e as declarações de Aras vêm agradando a senadores, inclusive da oposição. Nesta sexta-feira, 13, o subprocurador deve se encontrar com Eduardo Braga no Senado. Além disso, também se reúne com o líder da minoria na Casa, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que diz ter aceitado recebê-lo somente depois das declarações se comprometendo com independência em relação ao presidente Jair Bolsonaro.

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"A grande maioria dos senadores é favorável a uma posição que (o procurador) seja rigoroso no combate à corrupção, rigoroso no combate ao crime, mas que não criminalize a política, que não institua um partido político dentro do Ministério Público e muito menos dentro da magistratura", declarou Braga em entrevista coletiva no Senado.

Ontem, o relator afirmou ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que seu parecer será favorável à indicação de Bolsonaro para PGR. Nesta sexta-feira, 13, o senador defendeu um perfil para a Procuradoria que, na área ambiental, combata crimes mas também não coloque entraves para o desenvolvimento econômico. "Meio ambiente não é santuário", disse.

O presidente Michel Temer receberá na tarde desta quinta-feira, 21, os senadores peemedebistas Eduardo Braga (AM) e Raimundo Lira (PB), que é líder do PMDB no Senado. O encontro foi incluído nesta tarde na agenda do presidente.

Braga foi um dos participantes de um jantar ontem entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e alguns peemedebistas na casa da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), que foi suspensa das funções partidárias em 13 de setembro, após dar declarações públicas contra a cúpula do partido. Ontem à noite, ainda quando exercia interinamente a presidência da república, Maia disparou duras críticas contra o governo e ministros palacianos em razão do assédio de peemedebistas a deputados do PSB que negociam migração para o DEM.

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Interlocutores do presidente reconheceram que as declarações de Maia geraram desconforto e surpresa. Um auxiliar lembrou que Maia estava mais próximo e alinhado do governo e destacou que o presidente, por ter um "perfil de diálogo", deve tentar algum tipo de reaproximação para diminuir o mal-estar.

Agenda

A agenda atualizada pelo Planalto há pouco mostrou ainda que participaram de reunião com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e do Planejamento, Dyogo Oliveira, o ministro da Secretaria-Geral Moreira Franco, o Gerente Executivo da Diretoria Executiva do Banco do Brasil, Ênio Mathias, e o vice-presidente de governo da Caixa, Roberto Derziê.

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou no final da manhã desta quinta-feira, 24, o relatório preliminar do senador Eduardo Braga (PMDB-AM) sobre o Orçamento de 2017. Agora, haverá apreciação de 17 destaques apresentados.

O documento já inclui o espaço de R$ 9 bilhões referente ao aumento do teto de gastos para 2017, que foi possível pela arrecadação extra do governo este ano com o programa de repatriação de recursos enviados ilegalmente ao exterior.

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Braga apresentou o relatório na última segunda-feira, 21, e detalhou o documento na terça (22). Além do aumento do teto, foram cortados R$ 6 bilhões em recursos de subvenções do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) e do Programa de Reconstrução de Municípios Afetados por Desastres Naturais.

Os recursos foram remanejados principalmente para que a Saúde alcance o patamar de 15% da receita corrente líquida, como previsto na PEC do teto dos gastos. Foram R$ 9,9 bilhões adicionais para o Orçamento da área - dos quais R$ 3,2 bilhões serão atendidos por emendas individuais e de bancadas.

Para a Educação e Cultura foi adicionado R$ 1,2 bilhão; R$ 1,6 bilhão foi destinado para atender emendas de bancadas e R$ 2,7 bilhões para emendas não impositivas. Já o Fundo de Incentivo à Exportação (Fiex) deve receber mais R$ 1,9 bilhão.

O parecer preliminar aprovado nesta quinta não inclui os novos parâmetros de crescimento da economia. Na segunda, o Ministério da Fazenda cortou de 1,6% para 1% a previsão de alta do PIB em 2017. De acordo com o relator, o Congresso não foi informado do impacto que essa redução terá na arrecadação e, portanto, é preciso acompanhar o relatório de receitas já aprovado.

Para atender às novas regras previstas na proposta de emenda à Constituição (PEC) que cria o limite para o aumento dos gastos públicos, o Congresso terá de fazer um corte no Orçamento do próximo ano de R$ 14 bilhões. O cálculo desse "buraco" foi informado ao jornal O Estado de S. Paulo pelo relator-geral do Orçamento de 2017, senador Eduardo Braga (PMDB-AM).

A preocupação em fechar as contas tem permeado as conversas nos últimos dias entre Braga e o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, e já chegou até ao Palácio do Planalto. O Orçamento de 2017 - o primeiro que limita o crescimento dos gastos à inflação do ano anterior - não deixou margem para a tradicional prática dos parlamentares de aumentarem os recursos com emendas para atender suas bases eleitorais.

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O orçamento federal de 2017 prevê uma receita líquida de R$ 1,177 trilhão, para uma despesa de R$ 1,316 trilhão - o que representará o déficit estimado de R$ 139 bilhões nas contas públicas. Mas a dificuldade para fechar os números aumentou após um incremento de R$ 7 bilhões nos repasses previstos originalmente para a saúde, decorrentes de negociações para aprovar a PEC do Teto no Congresso, e de outras despesas não computadas originalmente. É esse incremento que deve agora ser cortado.

A margem de manobra de Eduardo Braga é estreita, uma vez que, segundo ele, as despesas passíveis de corte somam apenas R$ 64 bilhões, entre elas investimentos. Todas as demais são de desembolso obrigatório. Ele disse que pretende impedir que esses cortes atinjam as áreas de investimentos na saúde, na educação e na segurança pública.

No caso das emendas parlamentares, o jornal O Estado de S. Paulo apurou que governo só reservou na proposta recursos para atender as de caráter obrigatório, que são as individuais e as de bancada. As que não são obrigatórias, como as propostas por comissões temáticas e pelo relator do Orçamento, não estão contempladas. No Orçamento de 2016, as emendas totais aprovadas chegaram a R$ 21,3 bilhões. Para o ano que vem, o que está reservado no Orçamento é cerca de R$ 14 bilhões.

O relator de Receitas do Orçamento de 2016, deputado Daniel Vilela (PMDB-GO), tem defendido que os cortes atinjam não só as emendas, mas também o funcionamento da máquina pública e investimentos. Segundo ele, se o foco for nas emendas, o Legislativo pode não aprovar a peça orçamentária de 2017.

"O Parlamento não vai aceitar isso (corte nas emendas). A Casa vai se rebelar e não vai votar o Orçamento. Tem de cortar de tudo um pouco", disse Vilela. Mesmo a pouco mais de dois meses do fim do ano, ainda não há uma decisão tomada sobre como será resolvido o impasse.

A votação do Orçamento - prevista para até 19 de dezembro - deve embolar com a própria votação da PEC no Senado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Hypermarcas diz que não é alvo de investigações e que não se beneficiou de atos praticados pelo ex-executivo do grupo Nelson Mello, segundo comunicado enviado na manhã desta terça-feira, 28, à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em resposta à reportagem veiculada na edição de hoje do jornal O Estado de S. Paulo.

Conforme a matéria, Mello prestou depoimento em fevereiro à Procuradoria Geral da União, no qual citou pagamento de R$ 30 milhões a dois lobistas com trânsito no Congresso para efetuar repasse de propinas a senadores do PMDB, entre eles o presidente do Congresso, Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR) e Eduardo Braga (AM).

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De acordo com a Hypermarcas, Mello exerceu o cargo de Diretor de Relações Institucionais até o início de março. Após sua saída, a companhia afirma que conduziu uma auditoria, que concluiu que Mello "autorizou, por iniciativa própria, despesas sem as devidas comprovações das prestações de serviços".

Ainda segundo o documento, a Hypermarcas celebrou com o ex-executivo um instrumento para assegurar o ressarcimento integral dos prejuízos sofridos.

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