Tópicos | Detento

A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) informou que, em razão do número de vagas existentes em Pernambuco, não é possível atender a decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos que proíbe a entrada de novos presos no Complexo do Curado, no Recife, e determina que cada dia de privação de liberdade na unidade seja computado como dois. Segundo a pasta, as solicitações da Corte continuarão sendo obedecidas dentro das possibilidades.

A decisão do Tribunal, dada em primeira mão pelo LeiaJá, foi considerada emblemática pela organização de direitos humanos Justiça Global, uma das organizações que acionou a corte. Devido à superlotação, a Corte Interamericana usa como precedente a Súmula Vinculante nº 56 do Supremo Tribunal Federal (STF) que diz que “a falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso”. Não havendo vaga para o detento no Complexo do Curado, ele não poderia, então, ser encaminhado para o local.

##RECOMENDA##

O cômputo dobrado dos dias é direcionado para os internos que não sejam acusados de crimes contra a vida ou integridade física, de crimes sexuais ou que ainda não foram condenados. Para os demais, deveria ser criada uma equipe criminológica com o objetivo de avaliar se os presos por crimes hediondos também poderiam ter a contagem de um dia como dois.

Segundo a SJDH, têm sido reconhecidas pela Corte ações do governo nas áreas de saúde, equipamentos de segurança, estrutura física e cursos profissionalizantes voltados à reinserção social dos reeducandos. Vale destacar que apesar do reconhecimento, em todos os aspectos citados, as medidas tomadas foram consideradas insuficientes.

O governo diz ainda que tem investido em novas unidades para desafogar o Complexo do Curado e outras unidades. Encontra-se em execução a construção do Presídio de Araçoiaba, que ofertará 2.754 novas vagas e a unidade II do Centro Integrado de Ressocialização de Itaquitinga com um total de mil vagas. Números do último dia 10 de dezembro indicam que o Estado tem 32.604 para 11.812.

O Brasil é signatário da Convenção Americana de Direitos Humanos, tendo reconhecido a competência da Corte para processar e julgar casos de violações de direitos humanos praticados pelo país contra seus residentes. Em caso de descumprimento das determinações, o país poderá sofrer sanções e ser constrangido junto às Organizações dos Estados Americanos (OEA).

A Campanha "Natal Solidário - Liberte-se pela Leitura" teve início com o intuito de arrecadar livros para o programa de Remição de Pena dos presídios de Pernambuco. Atualmente, 21 unidades prisionais do Estado fazem parte do projeto.

O programa de Remição de Pena pela Leitura teve início em 2017 no Complexo Prisional do Curado, Zona Oeste do Recife. Para cada obra lida e resumida ou resenhada com nota igual ou superior a seis, o reeducando tem sua pena reduzida em sete dias. A avaliação fica a cargo da Secretaria de Educação do Estado.

##RECOMENDA##

No momento, há 3114 pessoas privadas de liberdade inscritas no projeto e o percentual de aprovação é em torno de 55%. As doações de livros podem ser feitas na Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), das 8h às 17h, localizada na Rua do Hospício, 751, bairro da Boa Vista, ou em uma das unidades prisionais. Não são aceitos livros didáticos.

LeiaJá também

--> Na prisão, detentos apostam na leitura para reduzir pena

O Governo de Pernambuco assinará, na tarde desta terça-feira (30), a ordem de serviço para as obras de ampliação do Presídio Rorinildo da Rocha Leão (PRRL), em Palmares, na Zona da Mata Sul do Estado. A unidade passará de 74 para 606 vagas. Atualmente, o presídio possui superlotação de mais de dez vezes a sua capacidade.

Com capacidade para 74 detentos, o presídio comporta atualmente 770 presos, uma superlotação de 1040%. Ou seja, mesmo com a ampliação, não será possível acabar com a superlotação no local.

##RECOMENDA##

O projeto ocupa uma área aproximada de 8,2 mil metros quadrados, onde está prometida a instalação de três módulos de vivência coletiva, dois com capacidade para 200 vagas cada e uma que comporta 132 detentos. Cada módulo deverá possuir área de distribuição de alimentos, salas para agentes penitenciários, pátio para banho de sol, sanitário para visitantes e refeitório coletivo.

A obra terá um investimento de R$ 9,98 milhões provenientes do Tesouro Nacional, com repasse financeiro do Fundo Penitenciário Nacional. O prazo de execução é de dez meses.

Uma tentativa de fuga deixou um preso entalado no Paraná. É que o detento tentava fugir da cadeia pública de Jaguariaíva, nos Campos Gerais do Paraná, quando ficou preso no teto do local. Segundo a Polícia Civil, antes do incidente acontecer, um outro detento conseguiu fugir pelo mesmo lugar.

A polícia informou, ainda, que os detentos aproveitaram o horário do banho de sol para tentar fugir pelo solário. A corporação disse, também, que um procedimento administrativo será aberto para apurar o caso. Cerca de 150 pessoas estão presas na cadeia pública de Jaguariaíva, que tem capacidade para 100 presos.

##RECOMENDA##

A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) de São Paulo desmontou um "setor de comunicação" montado por um detento dentro de uma cela no Centro de Detenção Provisória (CPD) de São Vicente, no litoral paulista. A SAP conseguiu descobrir o caso após um preso publicar uma selfie nas redes sociais com o grupo que utilizava o 'serviço' e fraudava o bloqueio de sinal de celular na unidade.

De acordo com o G1, os presos se revezavam entre as gambiarras e celulares para burlar o sistema e trocar informações de dentro para fora do CDP. Em nota, a Secretaria informou que "um grupo de presos estaria tentando fraudar o sistema de bloqueio de aparelhos de celular na unidade”. Ainda de acordo com a secretaria, uma revista geral foi feita na segunda-feira (22) na unidade e ao menos 14 detentos envolvidos na ação foram transferidos.

##RECOMENDA##

A Secretaria da Administração Penitenciária informou, ainda, que os detentos não conseguiam ligar, mas que "havia vazamento eventual de sinal de internet”. Cerca de 17 aparelhos celulares foram apreendidos durante a revista. A CDP de São Vicente é reservada para presos provisórios, com prisão preventiva ou temporária decretada. A SAP informou que, após a descoberta da fraude, o sistema de bloqueio foi reforçado.  “Está sendo instalada uma tela de 16 metros ao lado da rodovia, para evitar arremessos de novos aparelhos”, diz a nota.

Um detento fugiu de um hospital no Grande Recife nesta quinta-feira (21). De acordo com a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), Adilson Barbosa Vieira, 32 anos, estava internado no Hospital Otávio de Freitas, no bairro de Tejipió, na Zona Sul do Recife. Ainda não se sabe como o preso conseguiu fugir.

 Adilson cumpria pena no Presídio de Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata, por tráfico de drogas. Ele entrou no Sistema Prisional em 2005. Segundo a Seres, o Centro Integrado de Operações de Defesa Social (CIODS) foi acionado e uma sindicância administrativa foi aberta pela secretaria para apurar as circunstâncias da fuga.

##RECOMENDA##

Ao ser contemplado com a saída temporária no Dia das Mães, um detento do presídio de Formiga, que fica na Região Centro-Oeste de Minas Gerais, engoliu cinco celulares e dois carregadores para conseguir entrar com eles no presídio sem levantar suspeitas, e conseguiu. No entanto, os planos do preso não caíram muito bem e, sentindo fortes dores abdominal, náuseas e vômitos ele acabou sendo encaminhado (quase uma semana depois) para um hospital de pronto socorro.

De acordo com apurações do Estado de Minas, o presidiário esperava expelir os aparelhos forçando o vômito, mas ele não conseguiu colocar para fora os aparelhos por meios naturais e os corpos estranhos no organismo começaram a causar dor. Só depois das dores é que o preso assumiu o que havia feito.

##RECOMENDA##

Agora o homem encontra-se em estado grave e precisa de uma cirurgia para a retirada dos equipamentos no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS), no Centro de Terapia Intensiva (CTI). 

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) do Amazonas informou que 35 detentos fugiram do Centro de Detenção Provisória de Manaus II (CDPM II) na manhã deste sábado (12). A fuga ocorreu através de um túnel.

Segundo a secretaria, providências estão sendo tomadas para a vedação do túnel, encontrado próximo da área externa de um pavilhão da unidade. Entre os foragidos, estão homens considerados de alta periculosidade. 

##RECOMENDA##

Segue a lista oficial dos presos foragidos:

1- Adalberto Salomão Guedes da Silva (vulgo Salomão)

2 - Alex Viana de Jesus (vulgo Ageu)

3 - Alexandre Alves da Silva 

4 - Alexandre Marques Nascimento

5 - Alexsandro Oliveira dos Santos (vulgo Sandrinho)

6 - Anderson Gustavo Ferreira da Silva

7 - André Souza da Silva

8 - Andrezo Jackson Souza da Silva

9 - Carlos Alex Bruno da Silva

10 - Cleibe Gonzaga de Lima (vulgo JR)

11 - Cleiton Leal de Alencar (vulgo Macaco)

12 - Cristiano Castro da Silva

13 -  Enderson Fonseca de Brito (vulgo Buiu)

14 - Erick de Souza Lima

15 - Ewerton de Souza Cruz

16 - Francisco Daulison Lima da Silva

17 - Geremias Ribeiro da Silva (vulgo Gere)

18 - Igor Fernando da Silva Ribeiro

19 - Izaque Francisco de Santana Neto

20 - Johnson Alves Barbosa (vulgo Playboy)

21 - José Francisco dos Anjos Rodrigues

22 - Josué Mota de Oliveira

23 - Julio Cesar Lavor Chaves

24 - Kaio Wuellington Cardoso dos Santos (vulgo Mano Kaio)

25 - Manoel Junio Monteiro Bastos

26 - Marcos José Souza da Silva

27 - Matheus Siqueira Gomes (vulgo Kaka)

28 - Michel Santos de Oliveira

29 - Moisés da Silva Lira

30 - Pedro Ramos de Carvalho Neto

31 - Rodrigo Azevedo Gaia

32 - Roney Marinho Machado (vulgo Toney)

33 - Valdecy da Silva Cardoso

34 - Wagner Roberto Tavares dos Santos

35 - Wellington Pereira Marques

 

 

Dois homens foram presos na manhã desta quarta-feira (9) no bairro Dirceu Arcoverde em Teresina, Piauí, com drogas, arma e dinheiro. Um deles que já estava preso, mas tinha sido solto com saída temporária do Dia das Mães, onde já estava realizando assaltos na região.

O detento identificado como Fernando Fonseca dos Santos que já está preso por homicídio e roubo foi liberado da Colônia Agrícola Major César de Oliveira, mas foi novamente preso em menos de 24 horas, ele estava pilotando a motocicleta, portando R$ 1.597 em dinheiro e pequenos pacotes de maconha, onde informou que a droga era para consumo pessoal. 

##RECOMENDA##

Seu comparsa, identificado com Renato Silva Lopes, no momento da prisão estava com um revólver 38 e três munições intactas, Renato disse que arma era para sua proteção pessoal, pois já tinham tentado roubar sua moto. 

Segundo o delegado Luciano Alcântara em entrevista ao site cidadeverde.com, disse que mesmo a moto não tendo restrições de roubo, o veículo será investigado para saber se era alugado para assaltos, onde o proprietário poderá responder criminalmente. Segundo o Delegado Cadena Junior relatou que Fernando poderia ter derrapado da moto por estar sob efeito da maconha.

*por Tayná Barros

Mais um projeto polêmico foi apresentado na Câmara dos Deputados. Desta vez, o deputado federal Glauber Braga (PSOL) propôs que os presidiários que trabalham na cadeia ganhem ao menos um salário mínimo por mês. As informações são do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo. 

De acordo com Braga, é preciso levar em conta o Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias. Segundo o estudo, até novembro de 2016, 75% dos presos com atividades laborais recebiam menos de ¾ do salário mínimo ou não tinham nenhuma compensação financeira. 

##RECOMENDA##

O deputado busca, com a proposta, alterar os artigos 28 e 29 da Lei de Execução Penal, nos quais são destacados que os presidiários não terão relações de trabalho subordinadas à CLT e que o pagamento mínimo aos detentos não pode ser inferior a ¾ do salário mínimo. 

Muitos internautas se mostraram contra a proposta. “A inversão de valores nesse país já está chegando a limites extremos. O cara mata, rouba, vai pra cadeia e ainda vai ganhar salário mínimo? O ‘crime não compensa' será uma frase que já não poderá ser utilizada no Brasil”, opinou. 

 

A Penitenciária de Tacaimbó, no Agreste de Pernambuco, agora conta com uma padaria própria e produzirá pães para a população carcerária. Três detentos, que passaram por treinamento, produzirão 2,2 mil pães diariamente.

Antes da padaria de Tacaimbó, os pães eram fornecidos pelo Presídio Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, a 40 quilômetros da penitenciária. “As padarias das unidades são campos valiosos de atividades laborais para os reeducandos e significam oportunidades de trabalho para quem sai do sistema prisional”, avalia o secretário-executivo de Ressocialização, Cícero Rodrigues

##RECOMENDA##

Os reeducandos que atuarão na padaria são do Centro de Ressocialização do Agreste, em Canhotinho, e estão sob o regime semiaberto. A Penitenciária de Tacaimbó foi inaugurada há dois anos e possui cerca de 500 presos para 675 vagas disponíveis. 

Um detento foi assassinado na saída da Penitenciária Agroindustrial São João, em Itamaracá, Região Metropolitana do Recife (RMR), na quarta-feira (25). Ele fazia parte de um grupo de 630 presos que tiveram direito a saída temporária. 

A vítima foi identificada como Thiago Honório da Silva. Segundo a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), ele “foi morto na pista, nas imediações da unidade prisional”. Segundo informações, Thiago levou um tiro de arma de fogo.

##RECOMENDA##

O preso havia conseguido o salvo-conduto temporário, de 25 de abril a 2 de maio, assegurado pela Lei de Execução Penal. A medida beneficia os presos do regime semiaberto, que podem passar sete dias em casa monitorados por tornozeleiras eletrônicas. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Itamaracá.

Cerca de 10% das pessoas privadas de liberdade têm tuberculose ativa, frequentemente em estágio avançado, nas prisões do Estado do Rio de Janeiro. Esses são os resultados preliminares de pesquisa da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) em colaboração com o Sanatório Penal da Secretaria de Administração Peniteniária do Rio de Janeiro.

Apesar do empenho do Programa de Controle da TB da Seap, que detectou em 2017 mais de 1.300 casos de TB (taxa de incidência: 2.589/100.000, cerca de 35 vezes superior à taxa de incidência na população do estado de RJ), problemas de coordenação entre as várias estruturas do sistema de saúde prisional impedem a otimização dos limitados recursos humanos e financeiros disponíveis”, afirmou a coordenadora da pesquisa e do Grupo de Pesquisa em Saúde Prisional da Ensp/Fiocruz, Alexandra Sánchez.

##RECOMENDA##

Segundo a Fiocruz, contribuem para as altas taxas de tuberculose a superpopulação (da ordem de 240%), as condições estruturais das unidades prisionais, mal ventiladas e mal iluminadas, a desestruturação da assistência à saúde intramuros e a dificuldade de articulação com as secretarias de saúde do estado e dos municípios, inviabilizando a efetivação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP).

Os presos, analisaram os pesquisadores, estão cientes do elevado risco de contrair a doença e da necessidade de fazer o diagnóstico e de se tratar, o que provocou uma mudança de comportamento. “Se antigamente o PPL doente era isolado e não tinha aceitação dos companheiros, hoje, com uma taxa altíssima de tuberculose nos presídios fluminenses, não há uma cela sem casos de TB. Não há mais preconceito entre os detentos. E isso foi trabalhado pelo Programa de TB da Seap: um indivíduo não exclui um colega doente justamente porque sabe que pode ser o próximo. Portanto, eles pedem para fazer os exames, desejam ficar bem de saúde e a adesão ao tratamento é muito alta”, disse Alexandra Sánchez. 

Há dois anos a ONU Brasil chamou atenção para a elevada incidência de tuberculose nos presídios brasileiros, considerando-a uma “emergência de saúde e de direitos humanos”. Para a coordenadora do Grupo de Pesquisa em Saúde Prisional, o “peso” da incidência da doença na população carcerária exige, acima de tudo, uma reestruturação da assistência à saúde nas prisões e um esforço coletivo que deve implicar, além da administração penitenciária, as secretarias de saúde estadual e municipais, assim como a melhoria das condições de encarceramento e a drástica redução da superpopulação.

Com informações da assessoria

Pelo menos cinco detentos morreram em um incêndio na Penitenciária Estadual de Rio Grande (PERG) na madrugada desta quinta-feira (5) no Rio Grande do Sul. As causas do incêndio ainda estão sendo apuradas. 

O fogo começou por volta das 3h30 no anexo onde ficam os presos do regime semiaberto, segundo o G1. Entre os feridos está um agente penitenciário, que foi levado a um hospital com outros sete presos. Não há informação sobre estado de saúde.

##RECOMENDA##

No alojamento onde o incêndio ocorreu ficam 165 presos, segundo informações da Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe). Outros detentos foram levados ao pátio da penitenciária. A Justiça também concedeu saída temporária de sete dias para presos que já tinham esse direito.

Ao todo, a PERG tem 909 apenados e 408 vagas, segundo dados de fevereiro da Susepe. O presídio foi inaugurado em 1997, conforme o G1. Uma investigação foi aberta para identificar os responsáveis pelo fato. Um incêndio já havia sido registrado no albergue do semiaberto no último domingo (1º), mas de pequenas proporções.

 

Um preso morreu e outros dois ficaram feridos em confusão ocorrida na Penitenciária Professor Barreto Campelo, em Itamaracá, na Região Metropolitana do Recife (RMR), nesta sexta-feira (23). A informação foi confirmada pela Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres).

O detento identificado como Alberis Costa Silva, de 31 anos, chegou a ser socorrido ao Hospital de Igarassu, mas não resistiu aos ferimentos. Os presos José Roberval de Andrade Pereira, 45, e Sérgio Joaquim da Silva, 34, foram encaminhados ao Hospital Miguel Arraes, em Paulista, na RMR.

##RECOMENDA##

A Seres não detalhou como as agressões ocorreram. A Polícia Civil foi acionada para investigar o caso. A direção da unidade prisional também trabalha na identificação dos agressores.

Uma mulher deu à luz durante visita a detento na Casa de Custódia da Capital, popularmente conhecida como ‘Cadeião’, em Maceió, Alagoas. O fato ocorreu no início da tarde do domingo (18), segundo o jornal Alagoas 24 Horas.

Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindapen), a mulher começou a sentir dores após visitar o marido, entrando em trabalho de parto. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada para fazer o socorro.

##RECOMENDA##

Antes da viatura do Samu chegar, entretanto, a criança nasceu na penitenciária. Após o parto, mãe e criança foram encaminhadas à Maternidade Nossa Senhora da Guia, também em Maceió.

Um estudante de Direito foi preso por estelionato em Manaus, no Amazonas, na última sexta-feira (2). Wallison Ferreira dos Santos, de 26 anos, é acusado de se passar por advogado e juíza para conseguir a liberdade de presos.

As investigações tiveram início após a companheira de um preso da Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) comunicar a uma juíza que Wallison estaria se passando pela magistrada e por advogado em um aplicativo de mensagens instantâneas. O rapaz foi preso na casa onde morava.

##RECOMENDA##

"Temos fortes indícios de que o estudante estava se passando por advogado, induzindo indivíduos ao erro. Identificamos ainda, um novo boletim de ocorrência contra ele, registrado quinta-feira (1°), em uma unidade policial da capital, informando que o proprietário de uma autoescola também teria contratado os serviços advocatícios do estudante", disse o delegado Mário Paulo Telles.

Wallison também utilizou a foto da juíza em uma conta falsa do WhatsApp para negociar a liberdade de um detento do sistema prisional, preso por tráfico de drogas. A quantia exigida por Wallison girava em torno de R$ 40 mil a R$ 50 mil.

"O infrator é estudante de Direito e estagiava em um escritório jurídico na capital. Ele é bem articulado e nega que tenha criado o perfil no aplicativo. Porém, há provas que apontam que ele tenha forjado a conversa, onde negocia a liberdade de um preso da UPP", complementa o delegado.

Wallison foi indiciado por estelionato. Ao término dos procedimentos cabíveis na unidade policial, ele será encaminhado do Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM), onde irá permanecer à disposição da Justiça.

[@#galeria#@]

A aprovação do detento Pedro Henrique Araújo no curso de Cinema e Audiovisual na Universidade Federal do Pará (UFPA) está sendo alvo de polêmica. Aprovado em 1° lugar dentre os candidatos em um determinado sistema de cotas, Pedro ainda não sabe se vai ou não poder frequentar as aulas. Tudo por causa do crime que cometeu e pelo qual foi condenado.

##RECOMENDA##

Em 2009, Pedro Henrique Araújo foi preso por estuprar três meninos que na época tinham entre 8 e 10 anos. Além do estupro, ele foi acusado de fotografar e filmar as vítimas. O caso tramita no Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), que vai decidir se o preso poderá cursar o ensino superior. Até o momento, o tribunal não se posicionou sobre o caso.

Nas redes sociais, a repercussão tem sido grande. Muita gente condena a possibilidade de o detento entrar na universidade. Em posicionamento oficial, a Universidade Federal do Pará (UFPA) divulgou: “O candidato, detento, Pedro Henrique Cardoso, aprovado pelo Sisu na UFPA, no curso de Cinema e audiovisual, foi habilitado, por procuração, por seu pai, apresentou todos os documentos necessários e foi deferido. Ou seja, o candidato está habilitado para efetivar a matrícula no curso no qual foi aprovado”. No site do Ministério da Educação (MEC), o nome de Pedro consta como aprovado: (http://sisu.mec.gov.br/selecionados?co_oferta=42995)

Processo – Em15 de outubro de 2013, a Justiça paraense julgou o caso de estupro cometido por Pedro Araújo. A condenação imposta foi de 54 anos, 2 meses de prisão e 233 dias-multa. Após recurso, a pena caiu para 38 anos e 2 meses de prisão, além de 233 dias-multa. O processo diz que o acusado “aliciava as crianças para com estas praticar atos sexuais, além de produzir vídeos e fotografias e divulgar na internet o material ilícito que realizava com os infantes".

O Ministério Público, baseado no artigo 98 do Código Penal Brasileiro, na época do processo, manifestou-se parcialmente a favor da substituição da prisão pela internação para tratamento de acusado. Em um laudo psquiátrico-legal realizado, em 2013, pelo Centro de Perícias Renato Chaves, Pedro é diagnosticado como portador de Pedofilia. Segundo o laudo, havia o risco de que o réu, quando solto precocemente, voltasse a cometer novos delitos.

Qualificação - Quatro dos 50 detentos custodiados pela Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe) foram classificados no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), através da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para Pessoas Privadas de Liberdade (PPL) como critério de seleção para universidades públicas de todo o país. Segundo a coordenadora de Educacional Prisional da Susipe, os detentos são preparados para obter bons resultados. “Dentro da unidade prisional fazemos a preparação para a prova do Enem e temos as aulas normais da Educação de Jovens e Adultos (EJA)”, frisou, conforme informações da assessoria da Susipe. Ainda de acordo com a coordenadora, houve aumento na procura pela capacitação dentro Sistema Penitenciário. “O número de detentos estudando nas unidades prisionais aumentou mais de 40% de 2015 até agora”, destacou.

Em informe para a imprensa, a Susipe observa que o processo de seleção do Sisu possui uma única etapa de inscrição, que é realizada pela equipe pedagógica da unidade prisional. As vagas para detentos são reservadas acordo com a Lei nº 12.711/2012, de 29 de agosto de 2012 (Lei de Cotas) - alterada pela Lei nº 13.409, de 28 de dezembro de 2016.

Pedro Henrique Araújo passou no curso de Cinema e Audiovisual, da UFPA, através do sistema de cotas. Ele ficou em 1° lugar dentre os “Candidatos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas que, independentemente da renda (art. 14, II, Portaria Normativa nº 18/2012), tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas (Lei nº 12.711/2012)”.

De acordo com o candidato, a aprovação veio após várias tentativas. “Desde que eu entrei no sistema é a quinta vez que eu faço o vestibular. Na primeira vez eu não passei porque não estava preparado, mas todas as outras que eu fiz eu tive resultado positivo. Agora aguardo autorização da Justiça pra realizar o curso”, afirmou, em entrevista à assessoria da Susipe.

Por Luiz Antonio Pinto (com informações da Susipe).

O detento identificado como Reinaldo Puja, de 37 anos, foi assassinado na manhã desta segunda-feira (29). O assassinato ocorreu no Pavilhão C da Penitenciária Professor Barreto Campelo, em Itamaracá, Região Metropolitana do Recife (RMR).

Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindasp), a vítima foi esfaqueada pelas costas. O detento teria envolvimento com o tráfico de drogas.

##RECOMENDA##

Ainda conforme o Sindasp, o assassinato teria ocorrido por dívidas no tráfico de drogas. A autoria do crime ainda está sendo investigada. 

Foi em 2015 a primeira vez que conversamos. Na época, o objetivo era uma matéria para uma revista da faculdade. Sentado em um banco do Parque 13 de Maio, no centro do Recife, ele é interrompido por um telefonema enquanto conversava.

- Esse telefone é lá do presídio - ele alertou, mostrando o visor do celular identificando que a chamada era de "Lúcio Bombinha".

##RECOMENDA##

- Digaí, meu filho, tudo bom?- ele atende - /.../ Tudo tranquilo. /.../ Falei ontem. Ontem à noite ele ligou pra mim. Tá na PAI, né? /.../ Mas vai sair de lá, se Deus quiser, Deus é pai, Deus é maior. /.../ Anham. Eu falei até com Marcelo. /.../ Falei. Olha, eu to conversando aqui com o pessoal da Universidade Federal de Pernambuco, viu? /.../ Tenho tempo pra você sim, seu cabra safado. Olha, eles estão fazendo uma matéria, estão fazendo uma revista, sobre o sistema prisional e eu estou dizendo aqui que o sistema prisional e merda é a mesma coisa, tá entendendo? Certo? Que vocês que são presos, como você, como Tarado, sofrem dentro da cadeia, entendeu? Viu? /.../ Beleza, vai timbora, /.../ tchau. Eles ligam e me pedem ajuda – explicou, assim que finalizou a ligação.

Paulo, agora advogado, recebe telefonemas como esse com certa frequência. São de presos pedindo ajuda. Eles pedem para não serem esquecidos, o que ocorre com muitos lá dentro. Paulo hoje se considera ressocializado, mas não pelo sistema, ao contrário: percebendo a falta de capacidade do Estado em cumprir seu papel de ressocializar, ele ficou motivado a buscar o feito por seus próprios meios.

No dia 15 de janeiro de 1998, Paulo Wanderlan Lino Teixeira, na época com 26 anos, estava bebendo com um amigo no Bar Três Corações, no bairro de Ouro Preto, município de Olinda, Região Metropolitana do Recife (RMR). O amigo iniciou confusão com uma pessoa no estabelecimento. Bate boca e troca de empurrões. “Me dá meu revólver, me dá meu revolver aí, porra!”, teria dito o sujeito do bar, conforme lembra Paulo, que na hora sacou o revólver que carregava. O tal rapaz fez menção de puxar uma arma da cintura. “Fui mais rápido. Atirei. Três tiros e ele veio a óbito”, recorda o advogado.

Paulo foi levado a júri popular no dia 3 de dezembro de 2003, sendo condenado por maioria de votos a uma pena de 12 anos e três meses. Ele teve o direito de apelar em liberdade, mas, mesmo com o recurso, a decisão foi mantida. O acusado se apresentou na Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Olinda no dia 13 de agosto de 2007 e no fim daquele mesmo dia já estava na Penitenciária Professor Barreto Campelo, em Itamaracá.

Com poucos dias na Barreto Campelo, Paulo presenciou um principio de rebelião que resultou em seis mortes, por faca e fogo. Pouco tempo depois, no dia 7 de outubro, viveu o tumulto causado por Paulo Cristóvão Pereira, vulgo Paulo Doido, que matou a companheira no dia de visitas e por causa disso foi assassinado pelos outros presos. Ainda em dezembro daquele ano, outro motim culminou na morte de três presos. “Eu estive no inferno”, Paulo rememora.

O rapaz, desde que chegara à Barreto, conseguira trabalho fazendo as carteiras de encontro conjugal. O emprego teria sido conquistado graças ao diretor da unidade, o coronel Geraldo Severiano. O coronel, no início de 2008, seria transferido para o Presídio Aníbal Bruno, atual Complexo do Curado, na Zona Oeste do Recife. Para a comodidade da família, Paulo pediu que também fosse transferido. Conseguiu, mas não imaginava o que ali presenciaria.

“No Aníbal Bruno o que presenciei foram coisas horripilantes, que nunca tinha vivenciado aqui fora. Lá dentro, vi presos sendo decapitados, os outros jogarem bola com a cabeça dele, vi presos depois de assassinados terem seus olhos arrancados”, recorda. Até hoje ele diz ter pesadelo com aquelas cenas.

Assim que chegou à unidade, Paulo ganhou a função de registrar as mortes. De janeiro a dezembro de 2008, ele computou 48 homicídios – não sabe se todos esses chegaram até a imprensa.

Tão logo chegou ao semiaberto, em junho de 2009, o preso decidiu fazer algo que sempre teve vontade: prestar vestibular. “Precisava ocupar minha cabeça”. Passou em Direito na Faculdade Maurício de Nassau. Conseguiu um desconto de 30% na mensalidade durante todo o curso após contar a sua história para a diretoria.

Se fosse transferido para Penitenciária Agroindustrial São João, em Itamaracá, como deveria, já que estava em regime semiaberto, teria dificuldades de locomoção, visto que precisaria estar até as 23h na prisão. Paulo conseguiu convencer o juiz da Vara de Execuções Penais Adeildo Nunes e o promotor de Execuções Penais Marcellus Ugiette a, excepcionalmente, conceder-lhe o direito de continuar cumprindo a pena no Aníbal Bruno.

Em maio de 2015, já formado em Direito, Paulo conseguiu o livramento de condicional, que é a liberdade antecipada com uma série de restrições. A partir daí ele passou a se sentir mais livre para fazer aquilo que o motivou a cursar e concluir o curso. “Eu quero atuar na área criminal, para brigar contra as injustiças do Judiciário. É o cara ser preso porque furtou uma caixa de chocolates nas Lojas Americanas e ir para um lugar daquele. Vai sair pior. Presos que não têm família, condições de pagar advogado, vai lavar cueca dos outros presos, fazer faxina, apanhar e cair no esquecimento do Judiciário. Vai pagar pena e continuar preso. Se ele não entende de lei, é uma pessoa leiga, mofa, entra sadio e sai com enfermidade incurável”, ressalta, dizendo que tinha este objetivo em mente desde que estava preso.

“O sistema prisional em nada ressocializa. Pelo contrário, é uma faculdade do crime”, resume o advogado. “Quando cheguei ao presídio, passei oito dias dormindo sentado e só melhorou porque paguei R$ 300 para dar ao chaveiro de espera, para conseguir um lugarzinho para dormir. Era uma cela com espaço de 4 metros quadrados, que na minha concepção só cabiam dez pessoas, mas tinham mais de cem. Outros dormiam em pé, com lençol amarrado por debaixo das axilas. Lá não existe higiene. Tinha comida, mas não era completa, mas aprendi com minha mãe e com meu pai que o tempero da comida é a fome. É um local onde impera a maldade, a inveja, onde somos tratados feito bichos. Não temos acesso à direção do estabelecimento. Ao falar com o agente, temos que por as mãos para trás e abaixar a cabeça. Se levantar e olhar para a cara dele é pau, negão, é pau”.

Naquele dia de 2015, Paulo carregava um documento, um processo no qual estava trabalhando. Um detento que havia terminado a pena há vários meses, mas continuava atrás das grades. “Não ganhei nada por isso”, ele fala, orgulhoso. “Fiz amigos. Algumas pessoas merecem amizade. Têm pessoas boas lá. Elas pedem para andar com o processo delas”. Lúcio Bombinha estava preso por porte ilegal de arma de fogo, havia pegado pena de 3 anos e 6 meses. “Já era para estar na PAI, mas continua em regime fechado”, denuncia.

O advogado sabe a dificuldade que é alguém se manter em pleno juízo vivendo dentro de um presídio daqueles que ele viveu. Ainda assim, acredita que a ressocialização pode ser feita independente do Estado tentar o oposto. “A ressocialização existe dentro de cada um de nós. Eu quero, eu posso, eu vou me ressocializar. Querer é poder. Eu tive propostas de sair de lá podre de rico, mas eu não quero, eu quero é minha paz, acordar no meu travesseiro com a consciência limpa. Cumpri minha pena, paguei o que devia à sociedade”, afirma.

Em 2017, volto a falar com Paulo Wanderlan, desta vez por telefone. Pouco parece ter mudado. Ele dizia estar segurando o processo de uma pessoa que já devia ter sido liberta.

Ele trabalha de carteira assinada no departamento jurídico da Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur). Ainda continua correndo com processos de presos, mas está lutando para tirar a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e assim exercer a vontade de defender os detentos pouco favorecidos. 

"É uma área muito dura, muito dura, e por ser muito dura é muito carente. Me sensibilizei com o que vivenciei lá dentro". No próximo dia 16 de fevereiro extingue sua pena. Como de praxe, é possível que isso não se oficialize por morosidade da Justiça, mas o advogado já sente o gosto. "Meu amigo, eu vou tirar um pedaço do fardo que carrego nas costas", conta, com um suspiro longo, de quem consegue sentir por alguns segundos a sensação que está por vir.

Família 

Paulo não aprovava que sua família fosse visitá-lo na prisão. Nunca permitiu que seus dois filhos fossem. A mãe e a esposa o visitava aos domingos, das 8h às 13h. “Quem cometeu o crime foi eu, quem devia estar preso ali dentro era eu, não elas. Eu tinha duas alegrias nos dias de visita: quando elas chegavam e mais ainda quando elas iam embora”, aponta ele. Apesar da pena se direcionar apenas ao condenado, a família do mesmo também acaba sendo punida.

Para a diretora do Serviço Ecumênico de Militâncias nas Prisões (SEMPRI) Wilma Melo, essa vontade de lutar contra as injustiças que ocorrem nos presídios vai além dos próprios presos, atingindo também seus parentes. “As negações são tantas que se tornam impulsionadoras do desejo de conhecer e exercer seu direito de cidadania. O tratamento é cruel, desumano e indigno, e a família passa por isso e fica se questionando”, explica Wilma.

A diretora ressalta que os parentes ficam curiosos e começam a ir aos fóruns, a procurar os promotores e tentar descobrir o que é e o que não é permitido. O número de familiares engajados poderia ser bem maior se não fosse a falta de informação e baixa escolaridade da grande maioriadas famílias dos detentos, ela acrescenta.

Ainda assim, Wilma lembra casos de pessoas que entraram em cursos de formação universitária em Direito para combater as injustiças sofridas contra seus entes presos. “Conheço um caso de esposa que foi fazer Direito logo depois do marido ser preso. Este preso sofreu muita tortura dentro da prisão, ele havia cometido delitos graves, mas o Estado também cometeu delitos graves contra ele. A outra pessoa, esposa também, já terminou o curso. É um caso de um homem que respondia processo pela Justiça Militar e a esposa foi fazer o curso de Direito pela dificuldade de acesso a tudo”, lembra.

De acordo com Wilma, há muitas outros casos semelhantes e muitos de pessoas que desejam cursar Direito. A militante, inclusive, acredita que deveria haver um incentivo do Estado para que familiares de presos fizessem cursos universitários ou pelo menos cursos de orientação.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando