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O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) pediu desfiliação do PSL nessa segunda-feira (18). A informação foi confirmada pela assessoria do senador. Na quinta-feira (21), o parlamentar irá participar da reunião do Aliança pelo Brasil, partido que o presidente Jair Bolsonaro tenta criar. Apesar do filho já ter se adiantado à saída do PSL, a sigla presidida pelo deputado Luciano Bivar (PE) ainda não recebeu nenhum pedido para a desfiliação de Jair Bolsonaro.

Nesta terça-feira (19), o PSL realiza uma convenção nacional em sua sede em Brasília. A legenda elegerá os 15 membros da Executiva Nacional, incluindo presidente e dois vices. A tentativa é reorganizar a casa, após a crise interna da legenda que culminou com o anúncio da saída de Bolsonaro na semana passada.

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Com a reunião desta quarta, o comando do PSL deve seguir nas mãos de Luciano Bivar e as mudança será a vice-presidência, que agora deve ficar a cargo de Júnior Bozzella (SP). O deputado paulista pode ainda abocanhar a presidência do diretório estadual de São Paulo, no lugar de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

Já o comando do diretório do Rio de Janeiro, hoje nas mãos de Flávio Bolsonaro, ainda está em aberto. A convenção desta terça-feira deve terminar às 14h.

A expectativa é de que o Conselho de Ética do PSL comece a proferir sentença dos 19 acusados de infidelidade a partir do dia 26 de novembro.

A nota enviada anteriormente contém uma incorreção. O deputado Felipe Rigoni é do Espírito Santo, e não de Pernambuco. Segue o texto corrigido:

A deputada Tábata Amaral (PDT-SP) entrou nesta quarta-feira, 16, com uma ação na Justiça Eleitoral para desfiliação partidária por "justa causa". Além de Tábata, também entraram com processos os deputados Gil Cutrim (PDT-MA), Marlon Santos (PDT-RS), Felipe Rigoni (PSB-ES) e Jefferson Campos (PSB-SP). As legendas passaram a punir os deputados desde que eles votaram a favor da reforma da Previdência na Câmara.

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Os deputados desejam deixar os partidos, mas seguir com mandato. De acordo com o advogado Cristiano Vilela, que está à frente das ações, cada parlamentar ingressou com uma ação individual e argumentos específicos. "Mas há um elemento comum: a prática arbitrária tomada pelos partidos", afirmou.

Vilela afirmou ainda que todas as ações foram protocoladas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e distribuídas para relatores, com exceção da ingressada por Rigoni - que ainda não possui relatoria. Agora, o TSE conduzirá o processo para ouvir testemunhas e decidir pela justa causa ou não.

O ex-governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo, pediu desfiliação do PSDB alegando motivos pessoais para a saída do partido do qual foi presidente nacional de 2005 a 2007.

O agora ex-tucano foi condenado no ano passado a 20 anos e um mês de prisão por envolvimento no esquema que ficou conhecido como mensalão mineiro. Ele iniciou o cumprimento da pena em 23 de maio de 2018 em um batalhão do Corpo de Bombeiros na zona sul de Belo Horizonte.

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O diretório estadual do partido, em nota, disse ter sido informado da desfiliação por familiares do ex-governador depois de o pedido ser protocolado no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). O texto diz ainda que a legenda não fará comentários sobre a desfiliação, por se tratar de iniciativa de foro pessoal do ex-tucano.

"O diretório estadual do PSDB-MG informa que o Sr. Eduardo Azeredo deu ciência ao partido, através de sua família, que protocolou perante o Tribunal Regional Eleitoral de MG sua desfiliação partidária do PSDB. As razões que motivaram sua decisão, por serem de caráter pessoal e de foro íntimo, não serão objeto de comentários deste diretório", diz a nota. O TRE informou que o cancelamento da filiação de Eduardo Azeredo ocorreu em 8 de maio.

Convenção

A saída do ex-governador do partido acontece no mesmo mês em que será realizada a convenção nacional do PSDB, marcada para o próximo dia 31. O governador de São Paulo, João Doria, deverá ter forte influência na composição do novo diretório.

O PSDB elabora um texto que estabelece regras internas para filiados flagrados em supostos esquemas de corrupção. O partido poderá estabelecer regras que afastariam tucanos réus criminais e expulsariam condenados em segunda instância. Na proposta já formulada pelo atual comando do PSDB, o partido passará a ter formalmente um código de ética.

O mensalão mineiro foi como ficou conhecido o esquema, segundo acusação da Procuradoria-Geral da República, de desvio de recursos de empresas públicas de Minas Gerais, como o então Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge) para o financiamento da campanha de Azeredo à reeleição em 1998, disputa em que o tucano foi derrotado pelo ex-presidente Itamar Franco.

Ex-candidata ao Senado por Minas Gerais, Duda Salabert acusou o PSOL de transfobia estrutural e anunciou sua desfiliação do partido. Duda foi a primeira candidata declaradamente transexual a disputar uma vaga na Casa Alta, em 2018, e recebeu 351.874 votos.

“Deixo o PSOL por não concordar com a transfobia estrutural do partido. Enquanto mulher transexual, não posso endossar uma estrutura que se apropria da luta e da identidade trans para privilegiar figuras e candidaturas já privilegiadas. Deixo o PSOL por não concordar com a perspectiva antropocêntrica que estrutura o partido… Deixo o PSOL também por não concordar com algumas diretrizes internas do partido”, justificou, em publicação no Instagram, nessa segunda-feira (22).

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O desembarque do PSOL também se deu pela falta de investimento da legenda na candidatura dela em comparação a outros postulantes. A campanha de Duda custou R$ 15.690. O valor, segundo ela, foi concedido pelo diretório nacional do PSOL. "Descobri que, para outras candidaturas, o valor disponibilizado pelo PSOL foi até dez vezes maior. Naquele momento, já percebi que o partido era transfóbico em sua estrutura", contou, em entrevista ao Universa. "Eles me isolaram", acrescentou.

Apesar do desembarque, Duda Salabert já tem convites para voltar a concorrer em 2020. Ela disse que o ex-candidato a presidente Ciro Gomes conversou com ela e "o PDT já estendeu o tapete vermelho". "Achei muito carinhoso. Fico feliz que tantos partidos se interessem pela causa transexual. O PSOL não quis dar a mesma importância dada a outros candidatos à candidatura de uma mulher trans. O Ciro demonstrou interesse, mas quero analisar com cuidado a proposta de cada um. Além do PDT, fui sondada pelo PT, PV, Patriotas, Rede, Cidadania e PSB”, disse.

O PDT quer que Duda seja candidata a vereadora de Belo Horizonte. Ela já demonstrou interesse e pontuou que almeja concorrer ao comando da prefeitura da capital mineira.

 Uma das lideranças políticas de Jaboatão dos Guararapes, o suplente de vereador Thiago Rangel (PSD), nesta quarta-feira (6), emitiu uma nota esclarecendo que não é verdade a afirmativa que está circulando no aplicativo do WhatsApp de que estaria articulando a sua desfiliação da legenda para ingressar no Partido Verde (PV). 

De acordo com Rangel, toda a especulação iniciou após ele encontrar o presidente do PV no município, Cristiano Carrilho, por acaso. Na ocasião, o pessedista contou que apenas perguntou como andava o PV na cidade. “O presidente Carrilho disse que o partido tinha uma posição de neutralidade, foi só isso nada mais”, detalhando que após o encontro recebeu diversas ligações na qual o questionavam sobre sua aproximação com a outra sigla.

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Thiago Rangel também ressaltou que sua posição continua baseada nos princípios do PSD e que agora não é momento para discutir disputas eleitorais. "A eleição de 2020 vamos discutir em 2020 e agora não é o momento de discutir o assunto, até lá haverá muito diálogo com o meu partido. A certa é que estou à disposição do PSD de maneira a sempre contribuir com o desenvolvimento de Jaboatão dos Guararapes, minha cidade, e de Pernambuco como um todo. Portanto, fica esclarecido que nada tenho a ver com a posição do PV”, reiterou.

As articulações para o ingresso do deputado federal Daniel Coelho (PSDB) no PPS tem gerado uma reação negativa entre os dirigentes da legenda em Pernambuco e lideranças nacionais. Um reflexo disso é a desfiliação do ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, com 26 anos de militância na legenda. Ele justificou a saída por sua insatisfação com a forma com que o presidente nacional, Roberto Freire, está entregando o comando do PPS no estado para os que nele ingressarão.

“Desligo-me do partido, meu único partido ao longo de toda minha vida pública, por discordar da forma pela qual se deu a entrega do seu comando partidário aos que nele ingressarão, uma forma autoritária, que desconsiderou instâncias, sem transparência e ao arrepio da democracia interna”, declarou, em nota emitida nessa quarta-feira (21). 

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“Chegou-se ao cúmulo do arbítrio de impedir e retirar membros indicados da delegação do Estado de Pernambuco ao Congresso Nacional do partido e substituí-los ao sabor das preferências do senhor presidente nacional, se qualquer comunicação à direção estadual. Nada temos a opor à entrada de novos quadros no partido; aliás, ela se faz necessária diante dos desafios à frente. Mas, à custa do respeito e história dos que fazem e fizeram o PPS, é inaceitável e humilhante”, completou.

Assim que Jungmann anunciou a saída do partido, o presidente estadual do PSDB, deputado federal Bruno Araújo, convidou o ministro para ingressar na agremiação tucana.

As tratativas de Freire com Daniel, segundo dirigentes do PPS em Pernambuco, condicionam a entrada do deputado no partido à concessão do comando da legenda, destituindo atuais representantes. A saída de Jungmann não é a única. A ex-presidente estadual, Débora Albuquerque, pretende pedir a desfiliação nesta quinta (22). E os presidentes estadual, Manoel Carlos, e do Recife, Felipe Ferreira Lima, também devem seguir a mesma linha. 

Com a chegada de Daniel ao PPS, além dos compromissos firmados pelo partido com movimentos como o Livres, RenovaBR e Acredito, Roberto Freire estuda transformar a legenda no Movimento 23. 

A ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, não é mais do PSDB. A desembargadora aposentada entregou na tarde desta quinta-feira, 14, seu pedido de desfiliação do partido, do qual era membro desde 2013. Com a decisão, a ministra permanece no governo de Michel Temer, independentemente da decisão da sigla de desembarque da gestão federal.

O que já era previsto aconteceu nesta quarta-feira (25). O ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, entrou com solicitação para a sua desfiliação do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Os ânimos se acirraram com a volta temporária do pernambucano à Câmara dos Deputados para votar a favor do peemedebista na segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República. A orientação da cúpula do PSB era clara: votar contra o presidente, dessa forma havia chances dele ser expulso da sigla. 

O pai do ministro, o senador Fernando Bezerra Coelho, já tinha pedido sua desfiliação do PSB migrando para o PMDB de Michel Temer. Na ocasião, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, já tinha dado o recado: “A saída do senador já era esperada desde que decidiu se aliar a um governo com a qual não concordamos”. 

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Além de Fernando Filho, nessa terça-feira (24), pediram a desfiliação do PSB os deputados Danilo Forte (CE), Adilton Sachetti (MT), Tereza Cristina (MS) e Fábio Garcia (MT). 

Criticas ao ministro de Minas feitas pelos correligionários eram crescentes. O deputado Danilo Cabral chegou a dizer que Fernando não representava o PSB no ministério. “Fernando Filho não representa do PSB dentro do ministério. O PSB é oposição ao governo Temer, isso está muito claro, ainda mais depois da postura dele sobre a privatização”, alfinetou.

O ministro do Turismo, Marx Beltrão, vai deixar o PMDB e se filiar ao PSD. A mudança faz parte da estratégia do ministro, que hoje é deputado federal licenciado, para viabilizar a candidatura dele ao Senado em 2018. Ele quer disputar o pleito na chapa do governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB), e do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que tentarão reeleição para seus respectivos cargos.

Beltrão e seu grupo político são aliados do clã Calheiros em Alagoas há muitos anos. No entanto, se o ministro continuasse no PMDB, a chapa majoritária encabeçada por Renan Filho teria de ser "pura", ou seja, formada apenas por pessoas de um mesmo partido. Isso dificultaria a negociação dos peemedebistas com outros legendas aliadas no Estado, em busca de apoio político para o pleito.

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A ida de Beltrão para o PSD teve aval do ministro Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), que comanda a legenda. A negociação começou há cerca de um ano. Já como parte da estratégia para migração, o irmão de Beltrão, Maykon Beltrão, se filiou ao PSD e assumiu a presidência estadual da legenda no início deste ano. Até então, Maykon era filiado ao PMDB, como o irmão. Procurado, o ministro Marx Beltrão não quis se pronunciar.

A filiação do ministro do Turismo ao PSD deve ocorrer na próxima janela para troca de partido sem risco de perder o mandato, prevista para março de 2018. Além de Beltrão, o PSD ganhará mais um ministro. O titular do Meio Ambiente, Sarney Filho, vai deixar o PV e se filiar à legenda de Kassab, como antecipou o Estadão/Broadcast em agosto. Deputado licenciado, ele quer se candidatar ao Senado pelo Maranhão. Como vão se candidatar, os três ministros terão de deixar os ministérios no fim de março.

Adversários. A chapa do clã Calheiros e Marx Beltrão em Alagoas vai concorrer com a do grupo do ministro dos Transportes, Maurício Quintella (PR). Também deputado federal licenciado, Quintella quer tentar uma vaga no Senado nas eleições de outubro do próximo ano, em aliança com o senador Benedito Lira (PP-AL). A chapa seria encabeçada pelo atual prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), que disputaria o governo.

Escrita de próprio punho na cadeia, em Curitiba, e posteriormente entregue a seus advogados para ser transformada em três páginas digitadas, a carta assinada pelo ex-ministro Antonio Palocci cita sete casos investigados pela Operação Lava Jato que têm entre os alvos os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. O texto no qual o ex-ministro pede sua desfiliação do PT foi encaminhado à presidente do partido, senadora Gleisi Hoffmann (PR), na terça-feira, 26, no dia em que o ex-ministro completou um ano preso.

De forma direta e indireta, o texto sugere ter havido corrupção nos casos do sítio de Atibaia, triplex do Guarujá (caso em que o ex-presidente foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão), apartamento de São Bernardo, terreno e doações financeiras ao Instituto Lula, doações ao partido e às campanhas e detalha a suposta cobrança explícita de propinas pelo ex-presidente nos negócios da Petrobras no pré-sal.

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A carta de Palocci foi uma resposta ao PT, que deu início ao processo de expulsão da legenda após ele ter incriminado Lula em depoimento à Justiça no dia 6 de setembro.

O texto foi escrito pelo próprio Palocci entre terça e quarta-feira, depois de o PT de Ribeirão Preto instaurar uma comissão de ética para apurar a conduta do ex-ministro. Na cadeia, Palocci entregou o rascunho aos seus advogados, que passaram o fim de semana tentando decifrar a caligrafia tortuosa "de médico" do ex-ministro e, por fim, chegaram à versão final.

Uma das preocupações os advogados foi não revelar crimes que fazem parte das negociações que Palocci tem feito desde maio com o Ministério Público Federal para fechar acordo de delação premiada. Já são quase 50 anexos.

Tijolo

No PT, além do forte impacto causado pelo conteúdo, considerado mais um tijolo na parede que pode separar Lula da candidatura presidencial de 2018, a carta de Palocci provocou discussões internas sobre os erros cometidos no processo de punição ao ex-ministro. Alguns dirigentes criticaram a falta de coordenação entre as instâncias municipal, estadual e nacional. Alegam que não se poderia ter dado tempo e espaço para Palocci disparar contra Lula e o partido ao instaurar a comissão de ética e determinar a suspensão em vez de expulsar o ex-ministro sumariamente da legenda, apesar de o estatuto partidário ser dúbio em relação à medida extrema. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-ministro Antonio Palocci, homem forte dos governos do PT e fundador do partido, enviou nesta terça-feira, 26, à senadora Gleisi Hoffmann, presidente da legenda, uma carta na qual oferece sua desfiliação e faz um duro relato pessoal, em tom emotivo, sobre o "acúmulo de eventos de corrupção" nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

Em pouco mais de três páginas, Palocci provoca o que foi descrito por um alto dirigente petista como uma "hecatombe" ao dizer que viu Lula se dissociar do "menino retirante" e "sucumbir ao pior da política".

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Ele conta detalhes sobre suposto pedido de propinas à Odebrecht na biblioteca do Palácio da Alvorada, compara o PT a uma "seita" submetida à "autoproclamação do 'homem mais honesto do País'" e sugere que o ex-presidente tenta transferir a responsabilidade por ilegalidades à ex-primeira-dama Marisa Letícia, morta em fevereiro. O ex-ministro diz ainda que Dilma destruiu programas sociais e a economia e afirma que o PT precisa fazer um acordo de leniência se quiser se reconstruir.

Ao final, Palocci coloca nas mãos de Gleisi a decisão sobre sua desfiliação do partido. Na semana passada, o PT de Ribeirão Preto (SP), pressionado pela Direção Nacional, abriu o processo de expulsão de Palocci. Na Sexta-feira passada, dia 22, o órgão máximo do partido decidiu suspendê-lo provisoriamente por 60 dias.

Na carta, Palocci acusa o PT de só punir quem ataca o partido e seu líder máximo e de ignorar denúncias de corrupção. Nesta terça-feira, 26, o ex-ministro completou exatamente um ano de cadeia, em Curitiba, onde está preso preventivamente na Operação Lava Jato. No texto ele confirma que negocia um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF).

Segundo a assessoria do ex-presidente, Palocci voltou a dizer "mentiras" contra Lula com o objetivo de fechar uma colaboração. Gleisi respondeu com uma nota dura, na qual também acusa o ex-ministro de mentir para se livrar da condenação de 12 anos e dois meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. "Política e moralmente, Palocci já está fora do PT", diz a nota da senadora.

A presidente do PT também questionou a credibilidade de Palocci alegando que ele diz o contrário do que dizia à Justiça um ano atrás com o objetivo de fechar delação. "Em qual Palocci se deve acreditar: no que diz ter mentido antes ou no que mudou de versão agora para se salvar?", diz a nota.

Para Gleisi, o ex-ministro age com "fraqueza de caráter". Destinatária da carta de Palocci, a senadora disse que a mensagem "não se destina ao PT, mas aos procuradores da Lava Jato". "É a mensagem de um condenado que desistiu de se defender e quer fechar negócio com o MPF, oferecendo mentiras em troca de benefícios penais e financeiros."

A presidente cassada Dilma Rousseff reafirmou que Palocci "falta com a verdade" quando aponta sua participação em "supostas reuniões para tratar de facilidades" à Odebrecht. O ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli, também citado pelo ex-ministro, não foi localizado.

'Tiro no pé'

Outros dirigentes, parlamentares e ex-integrantes dos governos petistas evitaram comentar as novas acusações de Palocci. Sob a condição de anonimato, no entanto, muitos admitem que as punições internas ao ex-ministro foram um "tiro no pé", uma vez que deram a Palocci mais um palco para disparar contra Lula e o partido. Quase todos demonstraram indignação com o que consideram uma "traição" do ex-ministro.

Para parte dos líderes petistas, a carta de Palocci é mais um elemento a dificultar a participação de Lula na eleição de 2018. Alguns descreveram o ataque do ex-ministro como o mais duro já sofrido pelo partido justamente por ter vindo de um de seus principais quadros.

Visto inicialmente com desconfiança por parte do PT - que o considerava de "direita" por privatizar serviços públicos quando foi prefeito de Ribeirão Preto -, Palocci herdou o posto de coordenador do programa de Lula na campanha de 2002 após o assassinato de Celso Daniel. Rapidamente se tornou um dos principais nomes do governo petista, no qual desempenhou a função de fiador nos setores bancário e empresarial.

Vários petistas ouvidos pela reportagem disseram que Palocci verbaliza avaliações internas de setores do partido como o suposto uso do nome de Marisa Letícia pela defesa de Lula, e dá verossimilhança a acusações já conhecidas como a da reunião com Dilma, Palocci e o ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli na biblioteca do Palácio da Alvorada. Mas dizem que Palocci "manipulou a verdade" em sua defesa.

"Continuo a apoiar a proposta de leniência ao PT." Assim, o ex-ministro da Fazenda do governo Lula e da Casa Civil de Dilma Rousseff, revela uma discussão interna do PT para que a legenda buscasse um acordo de leniência (espécie de delação premiada para pessoas jurídicas) na Operação Lava Jato.

Absolvido pela segunda vez nesta terça-feira, 26, pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) dos processos da Lava Jato, João Vaccari Neto é citado por Palocci na histórica "carta ao PT" como autor da proposta de leniência do partido levada ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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"Há alguns meses decidi colaborar com a Justiça", afirma Palocci, que virou réu confesso da Lava Jato no dia 6 de setembro, quando incriminou Lula em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro.

"Há pouco mais de um ano tive oportunidade de expressar essa opinião de uma maneira informal a Lula e Rui Falcão, então presidente do PT que naquela oportunidade transmitia uma proposta apresentada por João Vaccari, para que o PT buscasse um processo de leniência na Lava Jato", escreve Palocci em sua carta ao Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, dessa terça-feira, 26.

Preso há exato um ano, Palocci redigiu a carta de quatro páginas ao partido, depois de ser alvo de suspensão em decorrência de suas revelações de crimes na Lava Jato.

Palocci pediu a desfiliação do partido e voltou a confirmar pedido de propinas feito por Lula, em negócios da Petrobras para construção de sondas de exploração marítima de petróleo para os campos do pré-sal.

O PT é apontado como principal partido do esquema de indicações políticas na Petrobras, alvo da Lava Jato, que contava ainda com PMDB e PP.

O ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil - Governos Lula e Dilma), quadro histórico do PT, enviou uma carta à direção do partido em que faz uma emblemática indagação. "Somos um partido ou uma seita?" Palocci pediu desfiliação do PT.

"Somos um partido político sob a liderança de pessoas de carne e osso ou somos uma seita guiada por uma pretensa divindade? Chegou a hora da verdade para nós. De minha parte, já virei essa página."

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Preso desde setembro de 2016, o ex-ministro, interrogado em 6 de setembro pelo juiz federal Sérgio Moro, rompeu o silêncio e incriminou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu antigo parceiro de agremiação. Palocci acusou o ex-presidente de ter fechado um "pacto de sangue" com a Odebrecht, em troca de uma super propina de R$ 300 milhões para seu partido e para ele próprio. Lula nega.

Na sexta-feira, 22, o PT decidiu suspender Palocci por 60 dias das atividades partidárias.

"Ao mentir, sem apresentar provas e seguindo um roteiro pré-estabelecido em seu depoimento na 13a. Vara da Justiça Federal, em Curitiba, no último dia 6 de setembro, Palocci colocou-se deliberadamente a serviço da perseguição político-eleitoral que é movida contra a liderança popular de Lula e o PT. Desta forma, rompeu seu vínculo com o partido e descomprometeu-se com a sua militância", disse a resolução do PT.

O que mais vinha sendo comentado nos bastidores da política pernambucana se concretizou nesta terça-feira (5): o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) solicitou a desfiliação da sigla. FBC vai se filiar, já nesta quarta (6), ao PMDB, com evento marcado para acontecer na presidência nacional do partido, em Brasília. Em entrevista ao LeiaJá, logo após a notícia, o deputado federal Danilo Cabral, que fez críticas ao ministro Fernando Filho (PSB), nessa terça (4), falou sobre o assunto. "É uma opção dele", declarou. 

O parlamentar disse que as divergências já vinham acontecendo há algum tempo de forma que se havia tornado público. "Ele [Fernando Bezerra] já manifestava uma posição contrária em relação às posições que o partido vinha tendo. Ele já vinha divergindo a nível nacional, então ele já vinha procurando outro espaço".

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Para Cabral, essa decisão foi tomada fundamentalmente por esses conflitos. Questionado sobre a escolha do senador, o deputado foi categórico. "Sinceramente, não me cabe a avaliação das escolhas dele. A avaliação que a gente tinha era em relação às suas posições desde lá atrás sobre as reformas como a trabalhista, da própria manifestação sobre o presidente Michel Temer (PMDB) e, agora, o caso da privatização do setor energético com Fernandinho à frente do Ministério de Minas e Energia".

Cabral ainda falou que a rota de FBC já vinha há algum tempo de "colisão". "Com a aproximação da eleição de 2018, ele achou por bem encontrar outro caminho. Cabe a ele fazer essa avaliação devidamente, não cabe a gente não", finalizou.

A possível chegada dos Coelhos no PMDB não deve interferir apenas na direção do partido e nos planos para 2018, mas também tende a causar desfiliações. Opositor ferrenho do grupo liderado pelo senador Fernando Bezerra Coelho em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, o ex-prefeito da cidade, Julio Lossio, afirmou ao LeiaJá que já não se sente mais parte integrante do PMDB e está articulando para deixar o partido.

“O PMDB é desde sua fundação uma colcha de retalhos. Contudo desde o movimento que destituiu a presidente Dilma, que particularmente considero antidemocrático, já não me sinto mais parte integrante”, declarou, ao ser questionado como avaliava a possível filiação do senador e dos filhos, Fernando e Miguel Coelho, na legenda. Sem tratar diretamente dos eventuais novos correligionários, Lossio acrescentou: “os caminhos que o PMDB toma já não mais me interessam”.

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Questionado se estava realmente firmando tratativas para migrar para o PT, o o ex-prefeito negou. “Não irei para PT. Estou conversando com pessoas de diversos partidos, mas confesso que no momento estou muito focado nas minhas atividades médicas”, observou. Depois de dois mandatos à frente da prefeitura de Petrolina, Lossio não conseguiu eleger seu sucessor na eleição em 2016 e, desde então, se dedica às atividades de médico oftalmologista. 

O ex-ministro da Defesa, Ciência e Tecnologia e Esportes Aldo Rebelo se afastou do PCdoB, confirmou nesta quarta-feira, 16, a presidente nacional do partido, Luciana Santos. Em nota, Luciana afirmou que o afastamento foi comunicado na última segunda-feira e que, apesar do movimento, "a convergência de opiniões políticas e os fortes laços que continuam ligando Aldo ao partido" e que eles manterão "o diálogo em torno das grandes questões nacionais."

Aldo foi presidente da Câmara dos Deputados e ministro nos governos Lula e Dilma Roussef. Pelo trânsito fácil entre os congressistas, seu nome foi aventado por lideranças políticas para vice do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em caso de afastamento do presidente Michel Temer. Aldo também foi cotado para ingressar no PSB. Procurado pela reportagem, Aldo confirmou a notícia mas não quis dar mais detalhes sobre se essa é uma desfiliação ou quais seus próximos passos.

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Autor na Câmara do parecer que pediu a aceitação da denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer, o deputado Sérgio Zveiter (RJ) pediu desfiliação do PMDB. O pedido foi apresentado nesta sexta-feira, 11, um dia após ele e outros cincos peemedebistas terem sido suspensos das funções partidárias por 60 dias pelo presidente nacional do PMDB, senador Romero Jucá (RR), por terem votado a favor da abertura de investigação contra Temer.

Zveiter apresentou parecer pela aceitação da denúncia contra o presidente durante análise dela na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, em julho deste ano. O relatório, porém, foi rejeitado pelo colegiado. Em seu lugar, a comissão aprovou parecer do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que defendia a rejeição da denúncia. O relatório do tucano foi, então, a voto no plenário da Câmara em 2 de agosto, onde foi aprovado por 263 votos a 227.

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No pedido de desfiliação, o deputado fluminense afirmou que, após a divulgação de seu parecer, passou a sofrer "ameaças de represálias e ameaças de expulsão oriundas da direção do partido e de outros membros do PMDB que atuaram em prol do arquivamento sumário das denúncias". Além disso, ele citou que foi retirado do quadro de vice-líderes do partido na Câmara e da coordenação da bancada peemedebista na CCJ.

"Por conta de todos os episódios acima relatados, resta evidente a grave discriminação pessoal e perseguição política praticada pela direção nacional do PMDB que, em franca desobediência aos princípios programáticos partidários e em nítida violação aos dispositivos constitucionais e legais, tentou interferir e obstruir a livre manifestação desse deputado federal, restringindo a atuação parlamentar com medidas tomadas em represália ao parecer elaborado perante a CCJ", escreveu Zveiter.

Como mostrou no dia 3 de agosto o Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, o deputado fluminense acertou filiação ao Podemos. Segundo a presidente da sigla, deputada federal Renata Abreu (SP), os planos são para que Zveiter seja candidato ao Senado em 2018. Como foi eleito pelo PSD e só ingressou no PMDB em março de 2016, durante uma janela para livre troca de partidos, a direção do PMDB não pode requisitar o mandato de deputado dele na Justiça.

Sport e Náutico oficializam suas desfiliações na Liga do Nordeste, liga que organiza a Copa do Nordeste, maior competição regional do país. A informação foi confirmada pelo site oficial do Sport, onde afirmou que o time alvirrubro, tal como o Leão, já assinou o documento de rompimento, na última sexta-feira (30).

Na tarde desta segunda-feira (3), às 15h, o Presidente do Sport, Arnaldo Barros, juntamente com representantes do Náutico e da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), concederão uma entrevista coletiva afim de esclarecer os motivos da desfiliação.

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O senador Romário anunciou, nesta quarta-feira (28), a desfiliação do PSB para integrar o partido Podemos, que substituirá o PTN. Segundo o parlamentar, a filiação será oficializada no próximo sábado (1º) em Brasília.

Em nota divulgada em seu Facebook, o senador afirmou que escolheu o partido por "apresentar um modelo de fazer política mais conectado com a sociedade atual", que "não se identifica mais com a velha política". Ainda segundo Romário, o Podemos "não se intitula nem de esquerda, nem de direita". O senador informou que fará parte da Executiva Nacional do Partido e que será presidente do Podemos no Rio de Janeiro.

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Outro que anunciou sua filiação oficial no próximo sábado ao partido é o senador Álvaro Dias. "Nós queremos fazer a leitura correta do que está acontecendo no Brasil", disse o parlamentar em vídeo publicado em seu Facebook. "O desejo do novo partido que agora integramos é exatamente fazer a leitura correta."

Dias, que era do PV, afirmou que a população quer mudança e disse que isso "exige uma participação partidária". Assim como Romário, o parlamentar disse, no vídeo, que o novo partido "não quer ser da extrema direita, nem da extrema esquerda".

Como informou a reportagem em maio, Dias se filiou ao partido com a promessa de que poderá ser lançado candidato à Presidência da República pelo Podemos nas eleições de 2018. Já Romário, segundo lideranças da legenda, poderá ser candidato ao governo do Rio de Janeiro.

A filiação dos dois senadores foi um dos motivos pelo qual o Podemos anunciou, em maio, o desembarque e a independência do governo Michel Temer no Congresso Nacional.

O advogado Antônio Campos oficializou sua desfiliação ao PSB nessa quinta-feira (9). O desembarque da legenda acontece após a derrota na disputa pelo comando da prefeitura de Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), e a falta de apoio da legenda na eleição em 2016. 

No comunicado encaminhado aos diretórios nacional e estadual da sigla, o irmão do ex-governador Eduardo Campos também renuncia ao cargo de presidente da Comissão Nacional de Ética. Além disso, ele agradece ao presidente do PSB, Carlos Siqueira, pela "maneira correta" que marcou a convivência dele com a direção nacional do partido.

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Em fevereiro, quando anunciou que deixaria o ninho pessebista, Antônio disse que tinha decidido “sair do PSB para um projeto inovador”. “Vou buscar algo inovador e que faça a diferença da política”, salientou na ocasião. 

Campos ainda não anunciou em que partido vai ingressar, mas nos bastidores a especulação é de que ele vá para o PV e dispute, em 2018, um cargo federal.  

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