Tópicos | CPI do Cachoeira

Brasília - Na próxima terça-feira (4), a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira ouvirá dois depoentes.

Um deles será o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO). De acordo com as investigações da Polícia Federal, Leréia teria recebido dinheiro da organização criminosa. Ele também teria alertado Cachoeira sobre uma operação policial e usado o cartão dele para fazer compras. Em entrevista à imprensa, o deputado assumiu a amizade com Cachoeira, mas negou envolvimento com a exploração de jogos ilegais.

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O parlamentar enfrenta processo na Câmara dos Deputados e poderá perder o mandato. A denúncia foi feita pelo deputado Chico Alencar (Psol-RJ). Uma comissão de sindicância - composta por quatro deputados e o corregedor da Câmara, deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) - foi formada e votou pelo envio do processo ao Conselho de Ética.

Na terça também será ouvido André Teixeira Jorge, funcionário da Delta Construções. Ele é apontado como integrante da organização. Teixeira seria usado como "laranja" do esquema ilegal, já que a evolução patrimonial dele e as movimentações financeiras são incompatíveis com os rendimentos declarados por ele.

Brasília - Disposto a dar depoimento, o técnico em contabilidade Gilmar Carvalho Moraes afirmou, nessa quarta-feira (29), na CPMI do Cachoeira, que foi vítima de ameaças para abrir as empresas fantasmas para fazer parte do esquema Delta/Cachoeira. Ele contou que foi ameaçado de morte por Valdeir Fernandes Cardoso, para quem devia R$ 7 mil, e por isso foi abrigada a dar entrada no processo de abertura de, pelo menos quatro empresas.

“Você quer pagar a dívida ou não quer?”, ameaçava Valdeir, algumas vezes armado, segundo o depoente. Ele foi convocado pela comissão por ser acusado de usar o nome da ex-esposa, Roseli Pantoja, para abrir as empresas de fachada. 

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Segurança
À pedido da CPMI, Gilmar e Roseli foram incluídos no Programa de Proteção a Testemunha do Ministério da Justiça. Gilmar disse que, na terça-feira (28), pessoas identificadas como policiais teriam ido à casa do irmão de Roseli à procura dele. “Minha ex-esposa me ligou. Policiais estariam na casa do irmão dela e queriam me encontrar. Tinham de me encontrar e ia sobrar pra eles se não me localizassem”.

Suspeitas
De acordo com investigações da Polícia Federal, Roseli é sócia de seis empresas usadas pelo grupo de Cachoeira, inclusive da Alberto & Pantoja Construções. Em depoimento à comissão, ela afirmou não conhecer essas empresas e que o nome dela havia sido usado indevidamente.

Ainda em depoimento, ela explicou que há um ano entregou uma procuração para o então marido, o contador Gilmar Carvalho Moraes, abrir a empresa dela, uma loja de itens de rock. O relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG), afirmou que a Alberto & Pantoja foi aberta em 2010 e que a rede de Cachoeira pode ter usado os documentos de Roseli para os negócios ilegais. "A fala dela mostra o nível de complexidade dessa organização criminosa. A empresa no nome da senhora Roseli movimentou R$ 60 milhões", disse Odair.

Com informações da Agência Câmara.

Brasília - Como já era esperado, o depoimento mais aguardado neste semestre pelos integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira não ocorreu. Fernando Cavendish, ex-presidente da empreiteira Delta, empresa apontada como principal braço do esquema ilegal de Cachoeira, conseguiu habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para permanecer em silêncio diante da comissão e foi liberado, conforme rito adotado pela CPMI.

O presidente do colegiado, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), chegou até a propor que Cavendish desse depoimento a portas fechadas, mas o empresário se negou a falar.

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O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) pediu que ele explicasse a afirmação de que “com R$ 6 milhões é possível comprar um senador e que, com R$ 30 milhões, você é convidado para muitas coisas”. A declaração teria sido feita por Cavendish durante conversa com os seus ex-sócios José Augusto Quintella e Romênio Marcelino, que gravaram e divulgaram a conversa na imprensa. “Quero saber quem foi o parlamentar ou que senador o senhor comprou por R$ 6 milhões”, indagou Dias. Cavendish disse apenas que “esse assunto, no momento oportuno, eu responderei”.

A Delta é atualmente uma das maiores construtoras do Brasil, maior detentora de contratos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). De acordo com as investigações da Polícia Federal, a empresa repassou R$ 413 milhões, dos R$ 4 bilhões de contratos como governo, para empresas de fachada ligadas a Carlinhos Cachoeira.

O relator da CPMI, deputado Odair Cunha (PT-MG), já havia declarado que não tinha dúvidas de que Cavendish estava envolvido com Cachoeira.

Com informações da Agência Câmara.

Algemado com as mãos para trás, semblante tenso, o empresário de jogos de azar Carlos Augusto Ramos, chegou nesta quarta (29) ao Fórum de Brasília para responder sobre a acusação de tentar fraudar uma licitação para controlar o sistema de bilhetagem eletrônica do transporte público de Brasília. Mas logo no início do interrogatório, Cachoeira pediu para exercer o direito constitucional de permanecer calado, para não produzir provas contra ele. Diante da recusa em responder às perguntas, o juiz o liberou de prestar o depoimento e Cachoeira foi levado de volta ao presídio.

Em depoimento à CPI Mista do Cachoeira, o governador do DF, Agnelo Queiroz (PT), confirmou que assessores do seu governo sofreram pressões, mas resistiram e não houve desvio de dinheiro público. Sete réus, dois deles ainda presos preventivamente, respondem pela tentativa de fraude. Um deles é o ex-diretor da construtora Delta no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, que também foi preso mas já está solto.

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Cachoeira está preso desde 29 de fevereiro, acusado de chefiar uma quadrilha, desmantelada pela Operação Monte Carlo, suspeita de corrupção, lavagem de dinheiro, desvio de dinheiro público e exploração de jogos ilegais em Goiás e no entorno de Brasília.

A defesa do bicheiro pediu ao Supremo Tribunal Federal habeas corpus para que ele não fosse algemado, alegando que o cliente tem sofrido constrangimento ilegal, mas o pedido foi negado.

Brasília - Em depoimento a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, nesta quarta-feira (29), o engenheiro Paulo Vieira de Souza, ex-diretor de engenharia da Desenvolvimento Rodoviário S.A (Dersa) - empresa vinculada ao governo de São Paulo - negou o desvio de dinheiro de obras públicas em benefício das campanhas eleitorais de candidatos do PSDB em 201o (José Serra à Presidência da República e Geraldo Alckmin ao Governo de São Paulo).

Reportagens da revista IstoÉ o acusam de cometer irregularidades nas obras do Rodoanel, em São Paulo. Souza afirmou que as matérias são mentirosas. Nessa terça (28), o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, negou que tenha relatado à IstoÉ qualquer desvio. À comissão ele disse que contou ter ouvido de um amigo que aditivos para obras em SP poderiam ser desviados para a campanha. Pagot também afirmou ter dito ao jornalista que isso era "papo de bêbado, de botequim, que não poderia ser provado".

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Questionado pelo relator da CPMI, deputado Odair Cunha (PT-MG), Paulo Souza afirmou nunca ter se envolvido com a área financeira de campanha política de nenhum candidato. "Eu gostaria que um empresário deste país viesse aqui e dissesse: ‘Eu dei dinheiro para ele’", desafiou. Ele contou ainda que move sete processos criminais e nove por danos morais, dois deles contra a IstoÉ, e afirmou que as revistas Época e Carta Capital também mentiram.

Souza negou ainda que tenha ficado com R$ 4 milhões doado por empresários para a campanha de José Serra.“O Senado do meu país está dando ao ‘líder ferido’ o direito de comprovar. Não saio desta Casa sem entregar todos os documentos comprobatórios do que eu falar”, frisou.

Delta
O ex-diretor da Dersa disse ainda que a Delta, principal empresa do esquema ilegal de Cachoeira, não foi beneficiada em licitações. “A Delta participou de todas as licitações. Ela perdeu todas por preço maior. A única obra que a Delta tem na Dersa é na marginal [Tietê], que representa 1,9% dos valores licitados. Todas as demais ela perdeu por preço maior”, informou. Segundo ele, a obra na Marginal Tietê continha quatro lotes e dois deles foram licitados pela Dersa. Apenas um foi ganho pela Delta.

Nas duas obras licitadas pela Dersa houve aditamentos, de 24,9% cada um. O contrato da Delta subiu de R$ 172 milhões para R$ 215 milhões. A Sobrenco foi de R$ 114 milhões para R$ 143 milhões. Segundo Souza, os aditivos se justificam por mudanças que precisaram ser feitas por desvios de estruturas presentes do subsolo da capital paulista.

Brasília - Mais uma vez, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira tornou-se um espaço para embates entre PT e PSDB. Na sessão desta quarta-feira (29), os parlamentares trocaram acusações de envolvimento de integrantes dos partidos com o esquema ilegal do contraventor.

O líder do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (SP), disse que o "PSDB está sangrando". Já o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG) defendeu que nenhuma irregularidade contra a legenda foi constatada. Ele defendeu a convocação do tesoureiro da campanha da presidente Dilma Rousseff, deputado José de Filippi (PT-SP). “Se tem alguém sangrando, não é o PSDB”, afirmou. No depoimento realizado nessa terça, ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antonio Pagot, assumiu ter procurado empresários para pedir doações para a campanha de Dilma.

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Depoimento
O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), informou que houve uma inversão na ordem dos depoentes e que a prioridade será dada "a quem está disposto a depor", referindo-se ao engenheiro Paulo Vieira de Souza, mais conhecido como Paulo Preto. Já Fernando Cavendish, ex-presidente da empreiteira Delta, permanecerá em silêncio na comissão, já que conseguiu o habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com o rito adotado pela CPMI, Cavendish será liberado logo que for chamado a comissão.

Vital do Rêgo também informou que outro depoente deverá se apresentar nesta quarta. Gilmar Morais, suspeito de abrir empresa fantasma que supostamente estaria ligada a Cachoeira. Ele foi casado por 13 anos com Roseli Pantoja e teria usado o nome dela para abrir empresas de fachada utilizadas pelo suposto esquema Delta/Cachoeira.

A CPMI também decidiu providenciar segurança para Gilmar e para Roseli, se necessário colocando-os em programa de proteção a testemunhas.

Com informações da Agência Câmara.

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse que "jamais recorreu" ao então diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) Luiz Antonio Pagot para "solicitar recursos para campanhas ou mesmo indicações de empresas para esse fim".

"Na condição de senadora e de coordenadora do Fórum Parlamentar Catarinense, Ideli esteve no DNIT diversas vezes, sempre para reuniões a respeito do andamento de obras no Estado de Santa Catarina", diz a nota da Secretaria de Relações Institucionais distribuída para a imprensa nesta terça.

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Em depoimento nesta terça na CPI do Cachoeira, Pagot afirmou que Ideli Salvatti havia lhe pedido indicações de empresas para fazer doações à sua campanha ao governo de Santa Catarina. Pagot disse que recusou o pedido de Ideli.

Na CPI, Pagot afirmou ainda ter trabalhado para arrecadar doação de campanha para a então candidata à Presidência da República Dilma Rousseff. Ele contou que foi procurado pelo tesoureiro da campanha, o deputado federal José de Filippi (PT-SP), que lhe pediu ajuda. Pagot disse que lhe mostrou uma lista de 369 empresas que tinham contrato no DNIT e que o tesoureiro afirmou que ele não precisava se preocupar com as empresas maiores, porque isso estava sendo tratado pelo comitê central de campanha. Mas que se quisesse, poderia pedir doação para 30 ou 40 empresas da lista.

O ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) Luiz Antonio Pagot, confirmou, em depoimento à CPI do Cachoeira, que trabalhou para arrecadar doação de campanha para a então candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff.

Pagot contou que foi procurado pelo tesoureiro da campanha, o deputado federal José de Filippi (PT-SP), que lhe pediu ajuda. Pagot disse que lhe mostrou uma lista de 369 empresas que tinham contrato no DNIT e que o tesoureiro afirmou que ele não precisava se preocupar com as empresas maiores porque isso estava sendo tratado pelo comitê central de campanha. Mas que se quisesse, poderia pedir doação para 30 ou 40 empresas da lista.

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O ex-diretor do DNIT disse que ao encontrar alguns empresários pediu a doação. "Acreditei que não estava cometendo irregularidades e não associei (a doação) a nenhum ato administrativo do DNIT", disse.

Pagot afirmou que posteriormente à solicitação de doação ele recebeu alguns boletos que mostravam a doação feita legalmente na conta da campanha e que verificou depois que algumas empresa realmente tinham contribuído.

Sobre a suspeita de que teria havido desvio de recursos de parte da obra do Rodoanel, em São Paulo, para a campanha eleitoral de tucanos e aliados, Pagot afirmou que o relato lhe foi feito por um amigo. O ex-diretor do DNIT disse que havia uma obra em convênio com o Dersa, em São Paulo, no qual R$ 2,4 bilhões seriam de investimento de São Paulo e R$ 1,2 bilhão do governo federal. Na ocasião, afirmou Pagot, houve uma tentativa de se fazer um termo de ajustamento de conduta, reivindicado pelo Dersa, de mais R$ 260 milhões. "Era uma temeridade fazer qualquer aditivo em cima desse contrato porque se tratava de um contrato de empreitada global", explicou.

Pagot disse que recorreu à Advocacia Geral da União (AGU) para não assinar o contrato e o termo aditivo acabou não sendo feito. "Não existiu esse aditivo." Ele disse que passado esse episódio, ele se encontrou com um amigo em um restaurante em Brasília que o alertou dizendo que esse aditivo tinha finalidade de contribuir para a campanha de José Serra, Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab. "Isso é uma conversa de bêbado, de botequim. É uma conversa que não se pode provar", afirmou Pagot. Segundo ele, o jornalista que publicou a suspeita escreveu o que quis e não o que ele afirmou.

O ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) Luiz Antonio Pagot afirmou em depoimento à CPI do Cachoeira que se encontrou com o então presidente da Delta Fernando Cavendish em jantar patrocinado pelo ex-senador Demóstenes Torres no qual lhe foi pedido que destinasse obras para a construtora Delta.

Pagot contou que em fevereiro de 2011 foi chamado pelo então senador para ir a um jantar em sua casa. Chegando lá, se surpreendeu ao encontrar Cavendish, o diretor da empreiteira no Centro-Oeste Claudio Abreu e outros integrantes da empresa. Em determinado momento, disse Pagot, ele foi chamado por Demóstenes a uma sala reservada, onde o senador o abordou sobre as obras. "Ele disse: tenho dívidas com a empresa Delta, que tem me apoiado nas campanhas, e preciso ter uma obra com meu carimbo", relatou Pagot.

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O ex-diretor do DNIT afirmou que respondeu a Demóstenes dizendo que lamentava, mas que não poderia atendê-lo. Segundo Pagot, era impossível reservar uma obra para a Delta. Pagot disse ainda que o senador mencionou duas obras em Mato Grosso, uma na BR 242 e outra na BR 080, que estavam à época em estado de projeto e ainda estão.

Brasília - Na agenda da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira estão marcados para esta semana os dois depoimentos mais aguardados desde o retorno do recesso parlamentar. Mas, o mais esperado deles pode não acontecer. É que Fernando Cavendish, ex-presidente da empreiteira Delta, empresa apontada como principal braço do esquema ilegal de Cachoeira, impetrou habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo para não comparecer à comissão.

Cavendish foi convocado para quarta-feira (29). Se o STF atender ao pedido dele, Cavendish poderá ficar em silêncio diante da CPMI e não assinará o termo de compromisso em dizer a verdade. A Delta é atualmente uma das maiores construtoras do Brasil, maior detentora de contratos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). De acordo com as investigações da Polícia Federal, a empresa repassou R$ 413 milhões, dos R$ 4 bilhões de contratos como governo, para empresas de fachada ligadas a Carlinhos Cachoeira.

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Na quarta também deve depor o engenheiro Paulo Vieira de Souza, mais conhecido como Paulo Preto. Ele é ex-diretor da empresa Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), do governo de São Paulo, e acusado de atuar junto ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) em busca de recursos para a campanha do ex-governador José Serra (PSDB) à Presidência da República.

Antes disso, nesta terça-feira (28), quem se apresentará à comissão será o ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antônio Pagot, que afirmou estar disposto a colaborar. Ele deixou o Dnit no ano passado, após denúncias de irregularidades. Ele atribui a saída à pressão exercida pelo grupo de Cachoeira para defender os interesses da Delta.

No mesmo dia, será ouvido o empresário Adir Assad, dono das empresas JSM Terraplenagem e SP Terraplenagem, entre outras, apontadas como ‘laranjas’ do suposto esquema Delta/Cachoeira. Ele também impetrou habeas corpus no STF e poderá ficar em silêncio.

CPMI
O atual rito adotado pela comissão é o de liberar os depoentes que apresentem o habeas corpus, procedimento bastante criticado pelos parlamentares que integram a CPMI. Para eles, a opção de permanecer calados já aponta uma suposta ligação com a organização criminosa, visto que há um pacto de silêncio entre eles. O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), acredita que essa também será a estratégia de Cavendish. "Provavelmente não vai falar, porque agora virou daqueles que se comportam como uma máfia. É o silêncio absoluto, negociado, articulado com Carlinhos Cachoeira, com todos aqueles que estão trabalhando com o mesmo objetivo: de não falar nada para esconder o que tem atrás disso”, frisou.

Para o relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), não há dúvida de que Cavendish está ligado a Cachoeira e essa será a chance de ele se defender das acusações. "Ele é sim vinculado à organização. Terá oportunidade, no seu depoimento, de dar informações que nos convençam de maneira contrária, na medida em que estamos em uma fase preliminar do inquérito parlamentar”, salientou.

Com informações da Agência Câmara.

Brasília - Agentes da Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Deco), da Polícia Civil do Distrito Federal, cumprem nesta sexta-feira (24) cinco mandados de prisão contra um grupo suspeito de  integrar o esquema de Carlinhos Cachoeira. A Operação Jackpot visa apreender Raimundo Washington de Sousa Queiroga, Otoni Olímpio Júnior, Bruno Gleidison Soares Barbosa, Antônio José Sampaio Naziozeno e Edvaldo Ferreira Lemos.

De acordo com as investigações, eles mantinham casas de bingo no DF. Segundo a polícia, o bando, que agia no entorno da capital federal na época da Operação Monte Carlos- que resultou na prisão do contraventor Carlinhos Cachoeira - transferiu-se para o DF, onde exploravam jogos ilegais em Brasília e nas cidades-satélite.

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Durante as investigações - que duraram um mês -, mas de 80 máquinas caça-níqueis foram apreendidas e sete casas de bingo foram fechadas. No DF, o grupo ia buscar os apostadores nas residências, para evitar que outros veículos circulassem pelos locais.

Histórico
Cachoeira foi preso em fevereiro, durante a Operação Monte Carlo da Polícia Federal.  As irregularidades do esquema ilegal dele foram detectadas em 2006. Dois anos depois, foi iniciada a Operação Vegas. As investigações da Operação Monte Carlo foram iniciadas em 2010, em Valparaíso de Goiás – cidade localizada no entorno do Distrito Federal.

O Ministério Público Federal em Goiás denunciou 81pessoas à Justiça Federal, entre policiais civis, militares e federais, policial rodoviário federal e servidores públicos.

No Congresso Nacional foi instalada uma Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) para investigar a relação de agentes públicos e privados no esquema de Cachoeira. Nesta semana, em depoimento à comissão, os procuradores Léa Batista de Oliveira e Daniel Rezende Salgado, deixaram claro que a organização criminosa comandada pelo contraventor continua em atividade. "Enquanto não conseguirmos sufocar essa organização, em termos financeiros, ela vai continuar atuando, independentemente de o chefe estar preso ou não. É uma organização criminosa armada, sofisticada, complexa e ousada com código de silêncio orquestrado”, frisou Lea Batista.

Como já era previsto, os dois depoentes convocados para a sessão da CPI do Cachoeira desta quarta-feira (22), ficaram em silêncio diante da comissão. Entre eles, estava o ex-tesoureiro da campanha do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), Jayme Rincón. O presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), manteve o procedimento adotado até agora, e dispensou os convocados. Até a semana passada, dos 32 depoentes convocados, apenas 13 falaram.

O segundo depoente era Aredes Correia Pires, ex-corregedor-geral da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás. Segundo a Polícia Federal, Aredes teria recebido um dos aparelhos de rádio Nextel distribuídos pelo grupo de Cachoeira na tentativa de evitar "grampos" telefônicos. Já sobre Rincón, que convocado outras duas vezes apresentou atestados médicos, pesam acusações de ter recebido dinheiro do grupo de Carlinhos Cachoeira.

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Contra Jayme Rincón, a PF afirma que o grupo de Cachoeira depositou R$ 600 mil na conta da empresa Rental Frota Ltda., que tem o ex-tesoureiro como um dos sócios, com 33% de participação. A Rental já confirmou o pagamento, mas diz que se refere à venda de 28 veículos usados. O governador Marconi Perillo também é citado nas investigações, mas negou ter vínculo com Cachoeira.

A CPI não realizará mais sessões nesta semana. Para a próxima, estão previstos os depoimentos do dono da empreiteira Delta, Fernando Cavendish, apontado pela PF como integrante do esquema de Cachoeira. O empresário já acionou a Justiça para ficar em silêncio. No mesmo dia de seu depoimento, na quarta-feira, 29, está convocado também o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto. Ao Grupo Estado, ele afirmou que falará à CPI.

Brasília - Como já era esperado, as duas pessoas convocadas para se apresentar, nesta quarta-feira (22), na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Cachoeira se recusaram a depor. Ambos obtiveram do Supremo Tribunal Federal (STF) o habeas corpus, que garantiu a eles o direito de permanecerem em silêncio para não produzirem provas contra si. O rito adotado pela comissão é de liberar os depoentes.

Essa foi a terceira vez que a CPMI convocou Jayme Rincón, ex-tesoureiro da campanha do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e atual presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras. Nas outras duas ocasiões, ele apresentou atestados médicos para não comparecer. Ele é acusado de ter recebido dinheiro do grupo de Carlinhos Cachoeira. De acordo com as investigações da Polícia Federal, o grupo de Cachoeira depositou R$ 600 mil na conta da empresa Rental Frota Ltda., que tem Rincón como um dos sócios, com 33% de participação. A Rental já confirmou o pagamento, mas diz que se refere à venda de 28 veículos usados.

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Já Aredes Correia Pires, ex-corregedor da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás, teria recebido um dos aparelhos de rádio Nextel distribuídos pelo grupo de Cachoeira na tentativa de evitar “grampos” telefônicos. Ele responde a processo na Justiça Federal de Goiás em decorrência das investigações realizadas pela PF na Operação Monte Carlo, que resultou na prisão do contraventor Carlos Cachoeira. No processo, em trâmite na 11ª Vara Federal, Pires foi denunciado pelos crimes de quebra de sigilo funcional e formação de quadrilha.

O relator CPMI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), lamentou o “pacto de silêncio” dos acusados de envolvimento com a organização criminosa investigada pela comissão. E explicou que a convocação dá direito dos investigados esclarecerem os fatos que levantam as suspeitas sobre a conduta deles.

Críticas
Diante de mais recusas a depor, os parlamentares integrantes da comissão criticaram o rito adotado e sugeriram que, antes que as testemunhas fossem liberadas, o relator lesse as perguntas que seriam feitas a elas. “Elas precisam saber do que estão sendo acusadas até para ter o direito de defesa”, frisou o deputado Miro Teixeira (PDT/RJ). “Rincón deu entrevistas à imprensa e disse que queria falar à comissão. Ninguém perguntou porque ele mudou de ideia”, protestou o deputado Rubens Bueno (PPS/PR).

O senador Pedro Taques (PDT/MT) também engrossou o coro. “Na Justiça, o juiz pode ler o teor da denúncia. Isso [ler as perguntas que seriam feitas ao depoente] não é mudança de rito”, salientou. O presidente da CPMI, senador Vital do Rego (PMDB-PB), respondeu as críticas dizendo que todos os documentos de acusação são entregues ao depoente no momento da convocação e encerrou a sessão.

Brasília - As duas pessoas convocadas para depor, nesta quarta-feira (22), na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Cachoeira deverão permanecer em silêncio. O Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu habeas corpus a Aredes Correia Pires, ex-corregedor da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás, e Jayme Rincón, ex-tesoureiro da campanha do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e atual presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras.

O documento deverá ser apresentado à comissão logo no início da reunião desta terça. O habeas corpus tem sido um recurso usado por vários depoentes convocados para garantir o direito constitucional de ficarem calados para não produzirem provas contra si. O procedimento adotado pela comissão é o de liberar as testemunhas, já que elas não estão dispostas a colaborar com as investigações.

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Segundo a Polícia Federal, Aredes teria recebido um dos aparelhos de rádio Nextel distribuídos pelo grupo de Cachoeira na tentativa de evitar “grampos” telefônicos. Já sobre Rincón, que convocado outras duas vezes apresentou atestados médicos, pesam acusações de ter recebido dinheiro do grupo de Carlinhos Cachoeira. De acordo com as investigações da PF, o grupo de Cachoeira depositou R$ 600 mil na conta da empresa Rental Frota Ltda., que tem Rincón como um dos sócios, com 33% de participação. A Rental já confirmou o pagamento, mas diz que se refere à venda de 28 veículos usados.

Com informações da Agência Senado.

Brasília - Em depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, os procuradores do Ministério Público Federal de Goiás, Léa Batista de Oliveira e Daniel Rezende Salgado, deixaram claro que a organização criminosa comandada pelo contraventor continua em atividade. Eles são responsáveis pelo inquérito decorrente das operações Monte Carlo e Vegas, da Polícia Federal.

“Enquanto não conseguirmos sufocar essa organização, em termos financeiros, ela vai continuar atuando, independentemente de o chefe estar preso ou não”, frisou Léa Batista, que também ressaltou a estratégia usado pelos acusados de permanecer em silêncio na comissão e pelas ameaças a autoridades. Salgado afirmou que o Estado faz um trabalho meramente paliativo. “Você fecha uma casa de jogos e ela logo migra para outra cidade”, salientou.

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Ameaças
A procuradora informou que chegou a receber dois e-mails ameaçadores, com procedência de Anápolis (GO), é “reduto” da família de Cachoeira. Ela também disse uma mulher não identificada tentou fazer uma visita ao prédio onde mora, às 5h45 da madrugada, mas não teve êxito. A equipe de segurança dela foi abordada por policiais militares e o carro dela chegou a ser marcado.

Histórico
Segundo Lea Batista, as primeiras irregularidades relacionadas com o esquema de Cachoeira foram detectadas em 2006. Dois anos depois, foi iniciada a Operação Vegas. As investigações da Operação Monte Carlo foram iniciadas em 2010, em Valparaíso de Goiás – cidade localizada no entorno do Distrito Federal – que resultou na prisão do contraventor em fevereiro deste ano.

A procuradora lembrou ainda que, no início deste ano, as escutas telefônicas mostraram que integrantes da quadrilha haviam descoberto que estavam sendo investigados. Sabiam o nome da operação da PF e a Vara Federal responsável pelas investigações, por isso foi preciso antecipar a deflagração da operação Monte Carlo. “O juiz responsável pelo caso ficou vulnerável e, por isso, tivemos de deflagar a operação antes da hora”, afirmou.

De acordo com Daniel Rezende, as investigações do Ministério Público Federal ficaram restritas à exploração de jogos pela organização de Cachoeira. "A antecipação da Operação Monte Carlo, em razão do vazamento de informações, fez com que deixássemos de investigar outras áreas. Tinha uma parte empresarial do grupo criminoso e não conseguimos investigar. Temos um material bruto que precisa ser submetido a análise", disse.
Salgado também falou das dificuldades em investigar por causa da presença de policiais militares, civis e federais na organização criminosa. "Como era difícil o trabalho de campo, tivemos de usar as interceptações telefônicas", explicou.

Lea Batista afirmou que o grupo de Cachoeira atua como uma máfia organizada. “É uma organização criminosa armada, sofisticada, complexa e ousada com código de silêncio orquestrado”, destacou.

Com informações da Agência Câmara.

Em funcionamento há quatro meses, a CPI do Cachoeira transformou-se na "CPI do Silêncio", onde impera o mutismo dos envolvidos com o esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos. Dos 32 depoentes, apenas 13 falaram. A lei do silêncio em vigor é fruto de acordo entre governistas e oposição, que decidiram pela dispensa de depoentes com habeas corpus para ficar calados.

A estratégia teve como objetivo poupar futuros depoentes, como Fernando Cavendish, principal acionista da Delta, que vai depor no dia 29. "Vai ficar muito ruim para esta CPI o senhor Cavendish ficar calado", diz o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). "O mais importante são as provas técnicas e não os depoimentos", rebate o presidente da CPI, Vital do Rêgo (PMDB-PB).

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Para o relator, Odair Cunha (PT-MG), o fato de o depoente não falar sinaliza seu envolvimento com Carlos Cachoeira. Mesmo diante da falta de avanços na investigação, a CPI do Cachoeira deverá ser concluída até 4 de novembro. Cunha já começou a alinhavar o relatório, que pretende apresentar entre o primeiro e segundo turnos da eleição, provavelmente no dia 16 de outubro. No relatório, Cunha deverá propor ao Ministério Público o indiciamento do governador tucano Marconi Perillo (GO) e do prefeito petista de Palmas, Raul Filho. Afinal, a maioria dos envolvidos já foi presa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo]

Convocado a depor na CPI do Cachoeira no dia 29, o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, afirmou que não vai pedir habeas corpus à Justiça e que está disposto a responder às perguntas dos parlamentares. O engenheiro deixou a estatal paulista em abril de 2010 e, na campanha presidencial daquele ano, foi citado pela então candidata do PT Dilma Rousseff em debate com o tucano José Serra.

"Vou falar tudo o que eu desejo falar desde 2010 para cá", afirmou Vieira de Souza ao Estado, ao ser questionado se apenas responderia às perguntas dos parlamentares ou se levaria informações à CPI. O ex-diretor da Dersa disse que responderá "a qualquer pergunta dos parlamentares, de tudo o que for do meu conhecimento".

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Vieira de Souza tornou-se personagem da eleição de 2010 ao surgirem suspeitas de que teria desviado doações recebidas pelo PSDB - ele nega. Naquela campanha, Dilma afirmou em debate na TV que o engenheiro "fugiu com R$ 4 milhões" que seriam usados na campanha de Serra. Vieira de Souza assumiu a Diretoria de Engenharia da Dersa durante a gestão do tucano no governo do Estado.

O ex-dirigente indicou que ficará na defensiva em relação a acusações feitas pelo ex-diretor do Dnit Luiz Antonio Pagot. Um dos "faxinados" do Ministério dos Transportes em 2011 após suspeitas de corrupção no setor, Pagot disse à revista IstoÉ ter ouvido de um procurador de uma empreiteira que dinheiro de obras do Rodoanel teria sido desviado para uso em campanha eleitoral. Na ocasião, Serra classificou se tratar de "calúnia pré-eleitoral aloprada". À revista Época, Pagot disse que o tesoureiro de campanha do PT em 2010, José de Fillipi Júnior, pediu ajuda para obter doações.

"Pelo que conheço da personalidade do Pagot, ele vai falar (sobre os esquemas de arrecadação)", avaliou Vieira de Souza, que vai à CPI um dia depois do ex-diretor do Dnit. O engenheiro afirma que sua estratégia independe do depoimento de Pagot. "A minha posição eu já tenho. Qualquer pessoa que falar de mim e não provar, eu processo", afirmou. "Tem 18 processos que movo, e nenhum contra mim." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo


Brasília - Nesta semana, quatro depoentes serão ouvidos na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, que investiga a relação do contraventor com agentes públicos e privados.

Nesta terça-feira (21), irão comparecer à comissão os procuradores do Ministério Público Federal em Goiás, Daniel Rezende Salgado e Lea Batista de Oliveira. Eles são responsáveis pelas investigações decorrentes das operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal. Eles haviam sido convocados em maio para depor, mas os depoimentos foram adiados para que eles falassem à CPMI após a audiência na Justiça, para que não fossem impedidos se seguirem atuando no caso.

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A comissão ainda não decidiu se ambos darão depoimentos de forma secreta. “Há parlamentares que entendem que esse tipo de depoimento, pela delicadeza e menções a determinados fatos que incidem no processo judicial, e serão determinantes para uma sentença, podem e devem ser colhidos em regime de sigilo. Se assim for necessário, haveremos de fazê-lo”, explicou o presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB).

Na quarta-feira (22), a comissão deverá ouvir Jayme Eduardo Rincón, ex-tesoureiro da campanha de Marconi Perillo ao governo de Goiás em 2010, que atualmente presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas (Agetop). Ele aparece em ligações telefônicas interceptadas pela Polícia Federal (PF). Segundo as investigações, foram depositados R$ 600 mil pelo grupo de Cachoeira na conta da empresa Rental Frota Ltda., que tem Jayme como um dos sócios, com 33% de participação. A Rental já confirmou o pagamento, mas diz que se refere à venda de 28 veículos usados. Jayme já havia sido convocado, mas alegou problemas de saúde para não comparecer.
No mesmo dia poderá ser ouvido Aredes Correia Pires, delegado aposentado da Polícia Civil e ex-corregedor da Secretaria de Segurança Pública de Goiás. De acordo com investigações da PF, ele teria recebido um dos aparelhos de rádio Nextel distribuídos pelo contraventor goiano na tentativa de evitar grampos.

Cavendish
O ex-presidente da Construtora Delta, Fernando Cavendish, impetrou habeas corpus no STF na sexta-feira (17) pedindo para não comparecer à CPMI. O depoimento de Cavendish está marcado para o próximo dia 29, no dia seguinte ao depoimento do ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antônio Pagot. Os dois depoimentos são os mais esperados da CPMI.

Cachoeira
O contraventor Carlinhos Cachoeira também será reconvocado para depor, segundo decisão tomada na última sessão administrativa da comissão, realizada no dia 14. A data em que ele irá depor ainda não foi confirmada.

Com informações da Agência Câmara

Brasília - Convocado para depor na próxima quarta-feira (22) na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) do Cachoeira, o presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas (Agetop), Jayme Eduardo Rincón, impetrou habeas corpus junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), para ficar em silêncio na comissão.

Ele alega que foi convocado como testemunha, mas na condição de acusado. Jayme quer garantias de não ser punido se ficar em silêncio em risco de autoincriminação, além de ser assistido por advogado.

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Jayme Rincón trabalhou como tesoureiro na campanha de Marconi Perillo (PSDB) ao governo de Goiás em 2010. Ele é acusado de ter recebido dinheiro de Cachoeira. Ele já havia sido convocado para depor outras duas vezes, mas alegou problemas de saúde para não comparecer.

Habeas Corpus
Os parlamentares que integram a CPMI têm reclamado da intervenção do STF. “Com esta decisão, o Supremo Tribunal Federal está dizendo que nós, deputados e senadores, estamos já praticando ameaça a cidadãos. O Supremo está dizendo que temos de cumprir a Constituição. Desde o início, a CPI está dando a quem aqui venha, seja lá quem for e o cargo que ostente, inclusive senador, o direito de não se autoincriminar. Isso aqui é uma vergonha, pois faz crer ao cidadão que o Parlamento está a desobedecer a nossa Carta Magna”, frisou o senador Pedro Taques (PDT-MT).

O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) também engrossou as críticas: “Será que perante algum juiz existe o hábito de se ir depor com um habeas corpus no bolso? Será que isso é concedido com tanta freqüência quando se trata de Poder Judiciário? Mas por que olhar o Poder Legislativo com essa desconfiança e, mais do que isso, como uma ameaça? É justamente esta a expressão que justifica o habeas corpus: é preciso haver essa “notória ameaça” para que se conceda o instrumento”.

O rito atualmente adotado pela comissão é de liberar os depoentes que apresentem habeas corpus.

Próximos depoimentos
Na próxima terça-feira (21), irão comparecer à comissão os procuradores do Ministério Público Federal em Goiás, Daniel Rezende Salgado e Lea Batista de Oliveira. Eles trabalham nos inquéritos relativos às operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal.

Na quarta também deverá ser ouvido Aredes Correia Pires, delegado aposentado da Polícia Civil e ex-corregedor-geral da Secretaria de Segurança Pública de Goiás. De acordo com investigações da PF, ele teria recebido um dos aparelhos de rádio Nextel distribuídos pelo contraventor goiano na tentativa de evitar grampos.
O depoimento do empresário Fernando Cavendish, dono da construtora Delta, será ouvido no dia 28 de agosto. Esse é um dos depoentes mais esperados pelos parlamentares, que aprovaram a convocação dele antes do recesso parlamentar.

Na reunião administrativa realizada nessa terça-feira (14), a comissão aprovou a reconvocação de Carlos Cachoeira, que já compareceu à CPMI, mas permaneceu calado. O depoimento dele ainda não foi agendado.

Brasília - Em depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, nesta quarta-feira (15), a empresária Roseli Pantoja negou envolvimento com o contraventor e disse que o nome dela foi usado. “Não tenho nenhum envolvimento com essa quadrilha. Estou aqui para esclarecer o que puder”, afirmou. Ela disse também que ficou sabendo das acusações pela imprensa.

Roseli aparece como sócia da empresa Alberto & Pantoja Construções, que assim como outras cinco empresas, tem a empresária como uma das donas e são apontadas pela Polícia Federal como integrantes do esquema ilegal de Cachoeira. Ela disse desconhecer as outras empresas.

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Ainda em depoimento, ela explicou que há um ano entregou uma procuração para o então marido, o contador Gilmar Carvalho Moraes, abrir a empresa dela, uma loja de itens de rock. O relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG), afirmou que a Alberto & Pantoja foi aberta em 2010 e que a rede de Cachoeira pode ter usado os documentos de Roseli para os negócios ilegais. "A fala dela mostra o nível de complexidade dessa organização criminosa. A empresa no nome da senhora Roseli movimentou R$ 60 milhões", disse Odair.

Gilmar Carvalho deve ser convocado para depor.

Com informações das agências Senado e Câmara.

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