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Bombardeada pela base aliada por conta da frágil articulação política do governo e da demora na liberação de emendas parlamentares, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, assume na próxima terça-feira (28) a Secretaria de Direitos Humanos, já na mira de lideranças do movimento gay e do próprio Partido dos Trabalhadores, que a acusam de ter pouca afinidade com os temas tratados pela nova pasta.

"Ideli é uma companheira valorosa no setor sindical, educacional, mas nada tem a ver com direitos humanos, não tem o perfil para tocar essa temática", criticou o coordenador nacional do setorial de direitos humanos do PT, Rodrigo Mondego. "Nas relações institucionais, a grande crítica feita à ministra Ideli foi em relação ao diálogo (com os parlamentares) e a SDH tem como principal característica o diálogo com os movimentos sociais."

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Para Mondego, o governo cometeu um equívoco ao não discutir com os movimentos sociais o nome apropriado para suceder à atual titular da pasta, ministra Maria do Rosário. "Nomear a nova ministra da SDH sem ter nenhum diálogo com a militância do partido é um outro erro na nomeação da Ideli",comentou Mondego. "Não fomos consultados."

Ideli e Maria do Rosário conversaram nesta sexta-feira por telefone para tratar da transição na secretaria. Na conversa, Ideli disse que tem admiração pelo trabalho da SDH e destacou que pretende dar continuidade às iniciativas da pasta, que acompanha ações do governo focadas em grupos diversos, como pessoas com deficiência, mortos e desaparecidos políticos, criança e adolescentes, idosos.

Homofobia - Além de lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT), o nome de Ideli também encontra resistência dentro do movimento gay, que se ressente da orientação da ministra de não colocar em votação o projeto de lei que criminaliza a homofobia, no ano passado. "A indicação dela é péssima", afirmou o presidente do Grupo Gay da Bahia, Marcelo Cerqueira. "A Ideli não tem jogo de cintura, não está associada com as lutas de direitos humanos, é uma mulher travada com os interesses do núcleo político dela", disse Cerqueira. "Ideli não nos representa."

Nesta semana, o Grupo Gay da Bahia elegeu a ministra uma das inimigas da comunidade gay, dedicando-lhe o troféu "pau de sebo" por "ter sido 'moleca de recado' da presidente Dilma determinando o arquivamento do projeto de lei que equiparava homofobia ao racismo". Procurada pela reportagem, a assessoria de Ideli não quis comentar as críticas.

A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República divulgou nesta sexta-feira (28) nota confirmando a ida do deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP) para a Secretaria de Relações Institucionais e a transferência da atual titular da pasta, Ideli Salvatti, para a Secretaria de Direitos Humanos (SDH).

A posse dos novos ministros está marcada para terça-feira, às 11h, no Palácio do Planalto. Na nota, a presidente também agradece a "dedicação, competência e lealdade" da ministra Maria do Rosário à frente da SDH.

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Após reunião com líderes da base aliada, a ministra Ideli Salvatti, da Secretaria de Relações Institucionais, anunciou que existe uma acordo "bem encaminhado" para que na noite desta terça-feira (25) o plenário da Câmara dos Deputados aprove o projeto do Marco Civil da Internet com a preservação dos pontos considerados essenciais pelo Executivo.

"Nosso projeto com certeza terá a aprovação da neutralidade (da rede), a aprovação da soberania nacional fazendo valer a legislação brasileira para tudo aquilo que circula em termos de conteúdo no nosso País e seguindo inclusive a própria constituição, de que a regulamentação será feita por decreto presidencial", disse. A ministra disse também que o governo viu de forma "animadora" o apoio do criador da web, Tim Berners-Lee, ao projeto e que o Marco Civil será um "grande ganho para a rede".

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Na saída do encontro, os líderes disseram que tiraram dúvidas o artigo 20 do projeto, que trata da liberdade de expressão e da responsabilização de provedores por pessoas incomodadas com os conteúdos publicados na rede. "Tem tudo para votar hoje. A base se mostrou bastante unida", comentou o relator do projeto, Alessandro Molon (PT-RJ).

Ideli também fez um pedido para que os deputados acelerem a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Comércio Eletrônico. Ontem, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) chegou a um acordo para promover a divisão gradual da receita do ICMS entre os Estados vendedores e os Estados consumidores. "Nós fizemos um apelo inclusive da possibilidade de levar o acordo produzido no Confaz diretamente para o plenário da Câmara, de forma a dar tempo para que o Senado ainda no primeiro semestre aprove essa mudança que fará uma significativa alteração nas finanças de todos os Estados e de todos os municípios", disse.

A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, anunciou nesta quarta-feira, 19, que sua pasta já recebeu os projetos de convênio e o detalhamento de mais de R$ 8,6 bilhões de emendas parlamentares individuais. Dessa forma, segundo a ministra, os parlamentares enviaram à SRI quase a totalidade do volume total de emendas de pagamento obrigatório, nos termos do chamado Orçamento Impositivo.

Na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano, deputados e senadores incluíram um dispositivo que obriga o Executivo a pagar as emendas parlamentares individuais no limite de 1,2% da Receita Corrente Líquida, ou cerca de R$ 8,7 bilhões. A mesma lei também deu ao governo 120 dias - a partir da sanção do Orçamento - para que fossem indicados quais os projetos de convênios abastecidos por emendas que apresentavam algum tipo de impedimento técnico, o que demandaria o remanejamento dos recursos.

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Para respeitar os prazos impostos pela LDO, a SRI editou uma portaria na qual reformulou o modelo de apresentação e processamento de emendas ao Orçamento, estabelecendo que os convênios precisariam ser detalhados pelos deputados e senadores até 20 de maio. "O Congresso aprovou o chamado Orçamento Impositivo para as emendas e isto nos obrigou uma modificação nos procedimentos e na organização, para podermos dar conta desta nova modalidade de execução das emendas", disse Ideli nesta quarta.

A ministra também disse que o empenho das emendas - etapa necessária para o pagamento - vai acontecer ao longo do ano, mas haverá "um apelo" para que a maior parte seja executada no primeiro semestre. Isso porque a legislação eleitoral impõe uma série de limitações ao pagamento de emendas em anos de eleição. Perguntada se o governo poderia empenhar pelo menos 50% do total de emendas ainda no primeiro semestre, como defendem os parlamentares, Ideli respondeu: "podemos chegar a isso. Mas vai depender bastante da questão econômica e da possibilidade de isso acontecer".

Ideli não disse se as emendas parlamentares seriam afetadas pelo contingenciamento do Orçamento do governo, que deve ser anunciado amanhã. Apesar disso, ela lembrou que a LDO aprovada no Congresso permite um corte proporcional nas emendas, na mesma medida em que forem congeladas despesas discricionárias do Executivo.

Execução

Até o ano passado, a liberação de emendas seguia uma lógica diferente e era espalhada ao longo. O detalhamento dos convênios - que precisa ter identificado o município ou entidade beneficiado - era enviado ao longo do ano, na medida em que a liberação dos valores era autorizada pelo Executivo. Essa lógica era criticada pelos parlamentares por dar ao governo o poder de vincular apoio a projetos de interesse à liberação de emendas. Agora, todo o processo se concentrou no início do ano.

Neste ano, os ministérios tem até 8 de maio para indicar à Secretaria das Relações Institucionais quais os convênios que apresentam problemas técnicos. Segundo exemplificou a ministra, um impedimento técnico pode ocorrer quando a emenda do parlamentar é destinada para um equipamento de saúde não comportado por uma Unidade Básica de Saúde. Esses casos, haverá a possibilidade de os valores serem remanejados.

Brasília - A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse hoje (17) que o Marco Civil da Internet será o primeiro assunto a ser discutido com o Congresso em 2014. Já a reforma política e o Código da Mineração, apesar da importância, devem exigir mais tempo de debate entre Executivo e Legislativo.

O Projeto de Lei 2.126/11, que define o Marco Civil na Internet, tramita com urgência e, por isso, tranca a pauta do plenário da Câmara. “Vai ter que votar [logo], porque senão a Câmara também não vota mais nada, porque também já ficou claríssimo que a presidenta não vai retirar os vetos”, disse a ministra.

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Segundo Ideli, o trabalho do relator da proposta, o deputado Alessandro Molon (PT-RJ), de negociar com todos os partidos da Casa, fez com que os parlamentares avançassem na discussão. “Acredito que temos condições, que podemos evoluir, seja no debate, na discussão ou na votação.”

Durante café da manhã com os jornalistas no Palácio do Planalto, onde fez um balanço das ações da secretaria em 2013, a ministra disse que trabalha com o prazo de “votar o mais rapidamente possível” o Marco Civil da Internet. “Este ano acabou, vai ser no ano que vem”, avaliou, referindo-se à possibilidade de a matéria ainda ser apreciada até a próxima semana.

Apesar de dizer que “tem que ir para o voto”, já que o processo de convencimento das bancadas já foi feito, inclusive aperfeiçoando “de forma significativa” o texto, Ideli não quis afirmar que não é possível mais negociação. “Quantas coisas que estava tudo acertadinho e na hora da votação se faz ajustes”.

De acordo com a ministra, a importância do tema passa pela demanda surgida após as denúncias de suposta espionagem feita pelo governo dos Estados Unidos a empresas e cidadãos brasileiros, entre eles, autoridades como a presidenta Dilma Rousseff. Por esse motivo, Dilma manteve o regime de urgência, segundo Ideli. “Olha que ela foi acionada, teve pressão imensa para que fosse retirada a urgência”.

A reforma política foi um dos temas que o governo buscou debater este ano com o Legislativo, mas não conseguiu avanços. Com o ano eleitoral, em 2014, a discussão deve ser adiada mais uma vez. Em julho deste ano, após as manifestações que levaram milhares de brasileiros às ruas, a presidenta Dilma enviou ao Congresso uma proposta de plebiscito para discutir a reforma política. A ministra Ideli avalia que haverá uma crescente ampliação da judicialização do tema. “Cada vez mais o Judiciário vai ser acionado e vai entrar [na discussão] e talvez essa ampliação crie o clima político para que o Congresso Nacional se movimente.”

Sobre o Código da Mineração, o PL 5.807/2013, a ministra Ideli disse que o governo tem pressa em aprovar o projeto e não descartou a possibilidade de a presidenta Dilma Rousseff resgatar o regime de urgência do texto. “Temos pressa porque é um setor importantíssimo da economia brasileira, em que o Brasil tem um potencial significativo”, explicou. Ideli diz que o debate não será fácil, pois o texto inicial do Código da Mineração, enviado pelo governo ao Congresso, foi profundamente alterado e está controverso. “Será uma matéria sobre a qual vamos ter que nos debruçar com bastante profundidade.”

A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, evitou se posicionar sobre o suposto pedido de asilo ao Brasil pelo ex-consultor da CIA (Agência Central de Inteligência) Edward Snowden, acusado de espionagem por vazar informações sigilosas de segurança dos Estados Unidos. Ele teria pedido asilo permanente ao Brasil em carta publicada nesta terça-feira, segundo o jornal Folha de S.Paulo. "Quem decide isso é a presidente", disse a ministra Ideli, durante café da manhã com jornalistas, no Planalto.

Lembrada que está sendo lançada uma campanha na internet para que a presidente Dilma Rousseff atenda ao pedido de Edward Snowden, a ministra Ideli se esquivou: "a gente acompanha (a torcida)", insistindo que quem decide é a presidente.

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No Planalto, este assunto é considerado delicado e já havia sido discutido anteriormente. Em julho, quando Snowden pediu asilo a 21 países, entre eles o Brasil, o Ministério das Relações Exteriores anunciou que não responderia ao pedido do ex-funcionário da agência de espionagem dos Estados Unidos. De volta o tema, a ideia inicial é de manter a mesma postura e evitar entrar nesta briga, já que ela implicaria em novos problemas com os Estados Unidos.

Ao anunciar seu pedido de asilo, segundo a reportagem, Snowden informou que, em troca, o pivô do escândalo diplomático oferecia ajuda ao Palácio do Planalto para investigar a espionagem de Washington a cidadãos, autoridades e empresas brasileiras.

A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse que o Marco Civil da Internet será o primeiro debate com o Congresso em 2014 e que ele é fundamental por causa da questão da espionagem realizada pelos Estados Unidos em relação ao Brasil.

"Se não, a Câmara não vota mais nada porque a presidenta deixou claro que não vai tirar a urgência do projeto do marco civil", declarou a ministra Ideli, em café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto, ao lembrar que o texto tranca a pauta e que é prioridade para o governo.nome

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Segundo a ministra, depois do recesso, se não houver novo entendimento com os partidos, particularmente com o PMDB, a intenção do governo é por o texto em votação mantendo os dois pontos fundamentais: neutralidade da rede e armazenamento de dados no Brasil para fazer valer a lei brasileira.

Ideli fez questão de ressaltar que "não dá para dizer que não tem mais negociação". Ela acredita que "sempre podem ter ajustes e sempre se pode negociar", mas ressalvou que o relator da matéria, deputado Alexandre Molon (PT-RJ), já fez reunião com todas as bancadas, com exceção do PMDB, que se recusa a negociar. "Mas eu acredito que nós tenhamos condições de evoluir, seja no debate e na discussão, ou seja na votação", comentou.

A ministra advertiu, no entanto, que "chega uma hora no Congresso que você debate, aprofunda, discute e faz acordos e quando chega na hora do impasse, depois que houve aperfeiçoamentos significativos no texto, tem de ir para o voto". A ministra lembrou que o mesmo ocorreu no caso da MP dos Portos.

Lembrada que 2014 é ano de eleição e que pode ser ainda mais difícil se chegar a um acordo para votação do Marco Civil da Internet, a ministra Ideli desabafou: "Não será (pior em 2014 para votar). Não será porque vai ter de votar porque, senão, também, a Câmara não vota mais nada. Já ficou claríssimo que a presidenta não vai retirar urgência e este vai ser o nosso primeiro debate em 2014 na Câmara". Para a ministra, não há um prazo definido para aprovar o marco civil, mas avisou que "o nosso prazo é votar o mais rapidamente possível. Já debatemos, vamos continuar fazendo convencimento, mas, não havendo, vamos para o voto".

Ao defender o modelo de armazenamento de dados no Brasil, a ministra Ideli comentou que, "embora a gente saiba que armazenar não dá garantia de nada", isso é importante porque, "na hora que você precisa requisitar, na hora que tem um processo no Brasil, vale a lei brasileira e nó já tivemos situação em que foram negados dados porque estava sujeito às leis de outro país". Ideli disse também que o texto não contemplou pedido das empresas de telecomunicações, que queriam que a proposta não afetasse o pacote de dados determinado por elas.

"Não tem esta história de pacote diferenciado no texto. O que as empresas solicitaram no texto é que a legislação não afetasse os modelos de negócios e o texto que Molon colocou é de que não afeta, desde o modelo de negócio cumpra as regras estabelecidas no marco civil e uma das questões chave é a neutralidade da rede", avisou Ideli, insistindo que "o modelo de negócio das empresas tem de cumprir a regra da neutralidade da rede".

Apesar de se dizer otimista em relação à possibilidade de aprovação do Orçamento de 2014 ainda este ano, a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, reconheceu que a probabilidade disso acontecer "é praticamente zero". O prazo máximo, na avaliação do governo, para o orçamento ser aprovado, de acordo com ela, seria o dia 18 de dezembro.

Para isso, era preciso que os relatórios setoriais do orçamento fossem aprovados até quarta-feira, 11, ou que o texto fosse a plenário até dia 18, se houver um acordo de líderes, o que considera pouco provável. A ministra Ideli alertou, no entanto, que, se os parlamentares deixarem esta votação do orçamento para fevereiro do ano que vem, eles mesmos poderão ser os mais prejudicados no recebimentos de emendas de 2014 porque poderá não haver tempo hábil para o empenho por conta da lei eleitoral, que só permite a liberação de recursos até o fim do primeiro semestre.

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Ideli negou ainda que o governo tenha rompido acordo com os parlamentares em relação ao volume de emendas a serem pagas. A ministra assegurou que, ao contrário do que os líderes estão dizendo agora, em momento algum ela prometeu o pagamento de R$ 12 milhões em emendas individuais, mas sim de R$ 10 milhões. "Eu rebati de pronto, porque não houve nenhum compromisso de aprovação de R$ 12 milhões individuais, até porque, matematicamente, é impossível, já que foram destinados R$ 6 bilhões para empenho de emendas individuais. Portanto, não poderia ter havido compromisso em torno de uma conta que não fecha", desabafou Ideli. "A promessa que eu fiz e cumpri era não deixar para o finalzinho de dezembro aquele volume maior de autorização para empenho e eu cumpri isso", disse, lembrando que foram pagos dois lotes de R$ 5 milhões em emendas individuais.

As declarações da ministra Ideli foram dadas em entrevista no Palácio do Planalto. Em sua fala, Ideli avisou ainda que, caso o Congresso não aprove a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria o orçamento impositivo, a presidente Dilma Rousseff terá de vetar o orçamento, porque ele é autorizativo e não pode pagar o que não está contemplado pela Constituição. Mas, na hora que a emenda for aprovada, automaticamente o orçamento poderá entrar em vigor, seguindo as novas regras.

"Nós fizemos um acordo entre Câmara e Senado, líderes da base, e aprovamos no Senado e veio para a Câmara um conjunto que era o orçamento impositivo. Inclusive, a presidenta concordou em ampliar o valor, de 1% para 1,2%, desde que metade obrigatoriamente fosse para a saúde. Junto com isso, precisa aprovar os 15% da receita corrente líquida obrigatória da União para a saúde. Este era o conjunto do acordo. Mas, quando o texto foi desmembrado, foi rompido o acordo pelos parlamentares da base que votaram pela separação".

Mas, de qualquer forma, de acordo com Ideli, a presidente não está rompendo o acordo. "Se o Congresso aprovar a PEC, que já está claro que não aprova este ano, mas no ano que vem, o acordo está mantido", comentou ela, ressaltando que os parlamentares, no entanto, querem um compromisso de que não terá veto no orçamento impositivo colocado no LDO.

"Eu disse aos parlamentares ontem e repeti hoje: a prerrogativa do veto é da presidenta. Ninguém pode falar por ela. Mas, pelo conhecimento e pelo que a gente avalia, a probabilidade do veto é grande porque no orçamento impositivo colocado na LDO está apenas metade do acordo e o acordo todo está na PEC", explicou a ministra.

"Então, eles podem aprovar a PEC em fevereiro e executar o orçamento impositivo", completou. "Mas, se eles não votarem o orçamento porque ela poderá vetar, aí não terá o orçamento impositivo, nem orçamento nenhum", emendou. O veto da presidente, explicou, seria de trechos do orçamento impositivo que estão na LDO de 2014.

Somente na próxima reunião da Comissão de Ética Pública, marcada para 29 de janeiro de 2014, os conselheiros vão definir se a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, cometeu algum deslize ético ao usar um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal (PRF), conveniado ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), em viagens em Santa Catarina, seu Estado de origem, para participar de entregas de casas populares, inauguração de obras e lançamento de projetos do governo.

"A ministra já entregou os esclarecimentos, mas eu só recebi hoje a matéria, as informações que ela prestou e o memorial que o advogado que ela constituiu prestou (à comissão). Portanto, o assunto volta na próxima reunião em janeiro, depois de lido, meditado e resolvido", afirmou o relator do caso na Comissão de Ética Pública, advogado Horácio Raymundo de Senna Pires.

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Sem querer adiantar nada de suas convicções em relação ao caso, Horário Pires emendou: "quem lê o jornal vê um ente de razão, mas depois quando se lê, na medida da possibilidade que se vai ler a interpretação que as pessoas dão aos fatos acontecidos, aí é que se tira uma razão perfeita", justificou.

A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, terá de dar explicações à Comissão de Ética Pública da Presidência da República sobre o uso de um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal de Santa Catarina, também utilizado para remoção de pacientes graves resgatados em acidentes e tragédias naturais. Ideli terá dez dias para se explicar.

Segundo a assessoria da ministra, nos dias em que houve a utilização do veículo, "não ocorreu nenhum acidente que justificasse a requisição da aeronave para prestação de socorro" e o "helicóptero não é conveniado ao Samu desde agosto de 2012, não é de uso restrito para resgate aeromédico nem de utilização exclusiva". O caso foi revelado pelo jornal Correio Braziliense.

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A comissão também decidiu ontem (11) não abrir processo para investigar o ministro do Trabalho, Manoel Dias. Conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo, um ex-dirigente do PDT catarinense disse ter recebido salário por serviços partidários de entidade contratada pela pasta. Dias nega as acusações.

Os conselheiros ainda arquivaram o processo contra o ministro da Pesca, Marcelo Crivella, alvo de denúncias de uso da estrutura do ministério para favorecer uma ONG. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ideli Salvatti, a ministra responsável pela articulação política da presidente Dilma Rousseff com o Congresso Nacional e com os partido da base aliada, deve sofrer neste domingo, 10, em seu Estado, Santa Catarina, e em seu partido, o PT, uma derrota. Verá seu rival em Santa Catarina, Cláudio Vignatti, derrotar seu candidato, Paulo Eccel, prefeito de Brusque, na eleição pela presidência do diretório regional da legenda. O resultado pode influenciar na montagem do palanque estadual para 2014 e atrapalhar os planos de Ideli. Ela, assim como Eccel, defende o apoio à reeleição do governador Raimundo Colombo (PSD). Na chapa, pretende se lançar ao Senado. Vignatti é defensor da candidatura própria petista.

As trombadas entre Ideli e o ex-deputado Claudio Vignatti em Santa Catarina se iniciaram nas eleições de 2010 quando ela foi candidata ao governo do Estado e ele ao Senado. Na ocasião, os dois saíram derrotados. Um dos motivos da cizânia entre eles foi o surgimento durante a campanha de adesivos com a imagem de Vignatti ao lado de Raimundo Colombo (PSD) vencedor da disputa pelo governo de SC. Depois das eleições de 2010, Vignatti foi conduzido ao cargo de secretário-executivo do ministério de Relações Institucionais, pasta que passou a ser comandada por Ideli em junho de 2011. Um mês após a posse dela, o ex-deputado foi exonerado do cargo.

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Diante de uma provável derrota do grupo da ministra, aliados não descartam a possibilidade de ela permanecer no governo federal. "A ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) vai ser candidata ao governo do Paraná e há uma preocupação de como fica a retaguarda da equipe de Dilma. Há uma preocupação com o time que ficaria", disse o presidente estadual do PT em SC, José Fritsch, aliado de Ideli. Para ele, o cenário da disputa ainda está indefinido.

As sequelas do racha em Santa Catarina são monitoradas de perto pela cúpula do PT nacional. "Desse processo pode surgir uma alternativa que não é a convencional", afirmou o deputado Décio Lima (PT-SC). A "alternativa" pode até ser uma intervenção da nacional que apoiaria o nome "neutro" para o governo do Estado numa tentativa de apaziguar o ambiente deflagrado. Segundo Lima, o ex-presidente Lula e o presidente nacional do PT, Rui Falcão, já informou que pretendem se reunir com integrantes do partido do Estado logo após o PED para tentar encontrar uma solução que não cause problemas para a candidatura à reeleição de Dilma. "Querem conversar depois do PED porque a engenharia política no Estado ainda preocupa", disse.

O curioso é que a situação de Gleisi, outra com assento no Palácio do Planalto, é oposta à de Ideli. No seu caso, a tendência é de que seu grupo político saia fortalecido do pleito com a reeleição do atual presidente estadual, Enio Verri, candidato da chapa "O Partido que Muda o Brasil". Uma vitória de Verri, que também conta com apoio de integrantes da cúpula nacional da legenda, como o vice-presidente da Câmara, André Vargas, deixa "a casa arrumada" para uma candidatura da ministra ao governo do Estado.

"São situações distintas. A Ideli passa por uma disputa interna enquanto que Gleisi deverá ser ungida. Houve trombadas lá trás e se ocorrer uma vitória do Vignatti deverá ser aberto, no mínimo, um processo de negociação", considerou o deputado André Vargas (PT-PR).

A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, pediu apoio das entidades municipalistas para a aprovação, ainda em 2013, dos projetos que tratam da arrecadação do ICMS do comércio eletrônico e do ISS das operações feitas com cartão de crédito, leasing e planos de saúde, nesta sexta-feira, 01, em Porto Alegre. O primeiro prevê a destinação do imposto aos estados e municípios de quem faz compra de produtos na internet em vez da regra atual, que mantém a arrecadação nos municípios das empresas que vendem, concentradas no Estado de São Paulo. O segundo é semelhante porque destina o imposto ao local da transação, sem concentrá-lo na cidade em que a matriz do banco está estabelecida.

"Se a gente vota até o final do ano já entra em vigor no ano que vem e melhora a arrecadação de Estados e prefeituras", disse, para uma plateia de cerca de 200 administradores municipais que participava do Encontro com Prefeitos e Prefeitas do Rio Grande do Sul, no qual, a exemplo do que fez em outros Estados, o governo federal deixou equipes de diversos ministérios à disposição dos participantes para explicar como podem ter acesso aos diversos programas do governo federal.

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Apesar de prever aumento da arrecadação para as prefeituras com a aprovação dos projetos que tramitam no Congresso Nacional, Ideli não se comprometeu com o atendimento de uma reivindicação da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), que pede o aumento de dois pontos porcentuais nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A ministra lembrou que a presidência da República prometeu no início do ano uma ajuda correspondente a 1% dos repasses, em duas parcelas, uma em setembro, já depositada, e uma em abril do ano que vem, e mais 1% em dezembro. "A Famurs quer 2% além disso que está sendo dado, mas, para isso temos de fazer um bom debate porque o cobertor é curto para atender tudo", comentou.

No mesmo encontro, o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), sugeriu que seus colegas e também os prefeitos e quadros políticos de diferentes tendências pressionem seus partidos para que enquadrem seus parlamentares na mobilização pela reorganização da federação brasileira. "Temos recursos mal distribuídos, votações no Congresso que criam obrigações para Estados e municípios sem recursos e que são feitas de maneira açodada", afirmou, em discurso. "Enquadremos os nossos partidos para que enquadrem nossos parlamentares em perspectiva municipalista e de reorganização do pacto federativo, que passa por reformas fiscal, tributária e política e uma reorganização da distribuição de recursos", propôs, durante discurso.

Em um programa marcado por questões municipalistas, a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti disse nesta quinta-feira, 19, que as prefeituras brasileiras se encontram em dificuldades financeiras e que a ajuda de R$ 3 bilhões, anunciada pela presidente Dilma Rousseff na Marcha dos Prefeitos no primeiro semestre, visa justamente dar um apoio aos caixas dos municípios.

"A ajuda de R$ 3 bilhões é um compromisso que a presidente assumiu na Marcha dos Prefeitos, em Brasília", disse Ideli há pouco, durante o programa Bom dia Ministro, da NBR. A ministra destacou que a primeira parcela, de R$ 1,5 bilhão, já foi depositada nos cofres dos municípios e que o segundo pagamento deve ser realizado em abril do próximo ano.

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Embora tenha reconhecido que os prefeitos vinham pedindo um reforço no Fundo de Participação dos Municípios (FPM), a ministra destacou que a ajuda financeira dada pela União não tem qualquer tipo de vinculação e que não haverá descontos constitucionais na verba. Ela também disse que não haverá qualquer compromisso de devolução do dinheiro por parte das prefeituras.

"Eu tenho certeza que a ajuda financeira veio em boa hora. Até porque, diferentemente do FPM, esses recursos não têm vínculo e podem ser aplicados naquilo que for mais emergencial", afirmou. "Se fosse pelo porcentual do FPM, teria o desconto do Fundeb", acrescentou a ministra, lembrando que, caso fosse dado o reajuste no FPM, como vinham pedindo os prefeitos, haveria um desconto obrigatório para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

ISS

Ideli Salvatti também disse no programa que o governo federal está promovendo um debate com as entidades municipalistas com o objetivo de elaborar uma proposta de atualização da legislação tributária municipal, sobretudo o ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza). Ontem, a ministra realizou mais uma rodada de reuniões com essas entidades e disse que a perspectiva era apresentar à presidente uma redação da matéria na semana que vem. Segundo a ministra, o ISS não é aplicado "sobre novidades que nós temos nos serviços das empresas". "Estamos trabalhando para que as prefeituras não tenham só recursos do Governo Federal, mas também de arrecadação própria".

A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse na noite desta terça-feira que o governo não tem interesse em 'judicializar' a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Orçamento Impositivo, porque os senadores sinalizaram que pretendem destinar 50% das emendas individuais para a Saúde. "Para nós, se avançar nesta questão da destinação majoritária para Saúde, acho que não interessa para o País judicializar uma matéria desta, porque aí o impositivo fica subordinado à imposição da população. Aí todos vão ganhar", comentou.

Ideli chegou no final da reunião dos líderes de bancadas na Câmara dos Deputados. Enquanto os parlamentares iniciavam a votação do projeto que obriga o governo a executar as emendas individuais, a ministra dizia aos jornalistas que, apesar da evolução das negociações no dia, a Câmara decidiu votar o texto original para evitar um possível questionamento judicial.

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Os líderes chegaram à conclusão de que não seria possível alterar o texto aprovado na Comissão Especial em plenário e uma emenda aglutinativa poderia dar espaço para uma ação na Justiça. "Por precaução, eles vão votar o texto original e não o texto que evoluiu no decorrer do dia", afirmou Ideli.

Henrique Alves

Instantes depois de assumir a presidência da sessão em plenário nesta noite, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), justificou a decisão de votar o texto original da PEC do Orçamento Impositivo, tal qual aprovado pela Comissão Especial. "Não quisemos nadar, nadar e morrer na praia."

O governo advogou hoje a tese de que 50% do valor das emendas tivessem como destino a Saúde. Deputados chegaram sinalizar que aceitariam a vinculação de um terço das emendas com esse propósito. Mas, ao final de um dia de intensas negociações entre governo e parlamentares, as lideranças da Casa quiseram evitar riscos de judicialização da matéria por questões regimentais.

"Tentamos durante todo o dia construir uma emenda aglutinativa com um texto que aperfeiçoasse o projeto da comissão especial. As negociações políticas avançaram, mas chegou-se um ponto em que o porcentual destinado à Saúde poderia (ser) o risco, já que não há emenda que embase a aglutinativa nesse item", disse Alves.

Pelo regimento da Câmara, as alterações feitas em plenário a uma PEC precisam ser sustentadas por uma emenda apresentada na Comissão.

Com isso, modificações propostas para a PEC poderão ser feitas pelo Senado. "Aprovado nesta Casa, (a PEC) vai ao Senado, que fará os aperfeiçoamentos que considerar necessário. Depois (a proposta) volta para esta Casa e, sem risco regimental algum, poderemos adotar as modificações que quase foram acordadas 100% hoje", concluiu o presidente.

A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, vê possibilidade de que o projeto que destina os royalties do petróleo para a Educação e para a Saúde possa ser votado ainda esta semana. "Existe essa possibilidade", disse nesta segunda-feira a jornalistas.

O tema royalties deve ser presença forte na terça-feira, 13, em diversas reuniões de bancada, afirmou Ideli. Segundo ela, as bancadas de PT, PCdoB, PR, PSC e PRB na Câmara solicitaram, cada uma, reuniões com ministros do governo para debater a matéria.

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A ministra afirmou que, na reunião, os líderes demonstraram a preocupação que a discussão dos royalties não "desestruture" o marco regulatório do pré-sal. "Para que tenhamos todo o cuidado de não desestruturar o marco regulatório do pré-sal, algo bastante discutido. Que a gente não utilize os royalties para rediscutir todo o marco regulatório", enfatizou a ministra.

A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, defendeu nesta quinta-feira, 18, em entrevista ao Broadcast Político, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, o debate amplo sobre o orçamento impositivo. De acordo com a ministra, a população precisa ser ouvida sobre o tema cuja discussão não deve ficar restrita ao Congresso e o Executivo. "No orçamento impositivo, o debate está em aberto e não pode ser feito só entre Congresso e Executivo", disse a ministra a jornalistas, logo após participar do programa Bom dia Ministro, da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC).

De acordo com a ministra, a execução das emendas impositivas, caso aprovadas, resultará em perdas de recursos para outras áreas. "Imposição em uma parte do orçamento, para executar, terá que cortar de outras áreas", disse Ideli. "A população precisa saber precisamente aquilo que ela não vai ter de impositivo para que as emendas impositivas possam ser executadas".

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Perguntada também sobre como o governo lida com a possibilidade de novas desonerações de setores por meio de emendas às Medidas Provisórias, no Congresso, a ministra explicou que o governo tem compromisso com a responsabilidade fiscal. "O compromisso com a responsabilidade fiscal é quase uma cláusula pétrea para a gente se dar bem no enfrentamento da crise internacional. Responsabilidade fiscal em primeiro lugar".

CPMF

No programa Bom dia Ministro, Ideli afirmou que foi"quase criminoso" o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), ocorrido em 2007. Foi uma pena, eu diria que foi quase criminoso você ter retirado da saúde o recurso advindo da CPMF. Quando ela acabou, tivemos um corte significativo na saúde, de bilhões, que estavam vinculados", disse a ministra.

Para ela, a falta de financiamento é agravada por problemas de gestão e pela "roubalheira" no sistema de saúde. "Mas nós temos um problema de gestão também. Tem roubalheira no sistema de saúde, desvio de recurso, tem aplicação não adequada", afirmou. "Então vamos precisar trabalhar de forma muito articulada".

Segundo ela, com o programa Mais Médicos, a presidente Dilma Rousseff "não vai deixar nenhum município brasileiro sem médico". "E nós temos 700 municípios sem médico no Brasil". Ela defendeu a vinda de médicos estrangeiros para o País, mas ressaltou que isso só deve ocorrer, pelo programa, no caso das vagas não preenchidas por profissionais brasileiros. "Só se os médicos brasileiros não quiserem ocupar as vagas é que nós traremos médicos de fora", disse a ministra.

Ressaltou que uma das motivações do programa do governo federal para a área da saúde é a má distribuição de profissionais no País. Enquanto os grandes centros urbanos contam com um número de médicos compatível com o que estabelece a Organização Mundial da Saúde (OMS), as regiões da periferia e do interior do Brasil têm número insuficiente de médicos, segundo a ministra. Além do mais, há um descompasso entre a rede pública e a privada. "Na Bahia, o setor privado oferece 15 médicos para mil habitantes e o setor público oferece 1,2 médico por mil habitantes", justificou.

Defendeu ainda os dois anos a mais que os estudantes de medicina terão de cursar, pelo Mais Médicos. "São dois anos importantes, para que o médico tenha um estágio de aprendizado na atenção básica de saúde e na urgência e na emergência", disse. "Antes de se especializar, ele (o estudante de medicina) tem que entender a saúde como um todo". O programa Mais Médicos foi enviado pela presidente Dilma ao Congresso via Medida Provisória.

Marcha dos prefeitos

Para a ministras, as principais reivindicações que os prefeitos trouxeram à Marcha Nacional dos Prefeitos, que aconteceu em Brasília, foram atendidas. A ministra destacou que R$ 3 bilhões irão diretamente para o caixa dos municípios. "A presidente anunciou uma ajuda no total de R$ 3 bilhões, sendo a primeira parcela em agosto e a segunda, em abril (de 2014). É o equivalente financeiro ao 1% do Fundo Participação dos Municípios (FPM)", disse a ministra, no programa Bom Dia Ministro, da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC).

Além da ajuda de caixa dada pela presidente, a ministra alegou também que o total do anúncio superou R$ 20 bilhões. Entre os programas citados por Ideli, está a contratação de médicos, complementação de equipes médicas, reajuste do Programa de Atenção Básica e o "financiamento direto da saúde per capita". "Há também O Minha Casa, Minha Vida, creches, novas Unidades Básicas de Atendimento (UBAS). No total, são 20 bilhões anunciados pela presidente, sendo que 3 bilhões diretamente no caixa das prefeituras", concluiu a ministra.

A questão dos royalties não está encerrada no Congresso Nacional e o governo federal ainda espera sair vitorioso da discussão. A afirmação é da ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, nesta quinta-feira, 11.

Conforme o jornal O Estado de S.Paulo desta quinta-feira, 11, o Palácio do Planalto sofreu um revés na Câmara em uma votação preliminar do projeto que destina 75% dos royalties do petróleo para a educação e 25% para a saúde - o governo acabou impedindo a análise do mérito da proposta para evitar uma derrota.

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PT e PMDB comandaram uma manobra para evitar que fosse apreciado o relatório do líder do PDT na Casa, André Figueiredo (CE), que destinava 50% do Fundo Social do petróleo para educação e saúde. O governo conseguiu no Senado restringir o aporte ao retorno de aplicações do fundo.

"Ainda não está encerrada (essa discussão), vamos ter de aguardar o encerramento da votação, há uma grande preocupação por conta de que a questão do Fundo Soberano, do Fundo Social, que ela possa ser desestruturada e é uma questão estratégica, não para o governo da presidente Dilma, é uma questão estratégica para o País", disse Ideli a jornalistas, após participar de audiência no Palácio do Planalto com a presidente Dilma Rousseff e prefeitos, na tarde desta quinta.

Na avaliação da ministra, os recursos do petróleo para a educação e a saúde "são fundamentais". "A presidenta, na negociação, abriu mão da totalidade dos royalties da participação especial da União para poder colocar de imediato já na destinação para saúde e educação. Agora todos nós temos de ter essa preocupação com a questão do Fundo Soberano, que é uma âncora de estabilidade, inclusive com perspectiva de dar garantias para as gerações futuras", afirmou Ideli.

Questionada se o governo ainda acredita sair vitorioso, a ministra respondeu que o Planalto ia continuar "fazendo o debate", mas não deu garantias de quando ocorrerá a votação. "Não posso ter certeza de que ainda haverá na semana que vem tentativa de votar, ou se ficará para agosto, vamos ter ainda de avaliar(...) Vamos continuar debatendo e esperamos ser vitoriosos na votação."

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da República, Ideli Salvatti, afirmou nesta quarta-feira que, apesar da incompreensão dos prefeitos, o governo atendeu à maior das reivindicações deles, o repasse de R$ 3 bilhões para gestão, que equivale a 1% do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A presidente Dilma Rousseff foi vaiada nesta quarta-feira, ao encerrar o discurso na Marcha Nacional de Prefeitos, por não ter tocado no assunto, cobrado em altos brados pela plateia.

"O aumento de 1% no FPM significa uma alteração na legislação com vinculação de receitas. Precisamos ter responsabilidade e a vinculação nesse momento de crise não é adequada", afirmou. "A presidente teve a sensibilidade e a responsabilidade de repassar o que eles estão reivindicando." De acordo com Ideli, os R$ 3 bilhões que serão entregues às prefeituras equivalem ao reajuste. "Eles nem sequer tiveram a compreensão de que, na verdade, será mais porque eles não precisarão descontar o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb)", disse.

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Ela ressaltou que os R$ 20 bilhões que serão repassados em recursos novos às administrações municipais, na soma de todos os programas anunciados, é o maior valor das três marchas das quais Dilma participou como presidente. Ideli disse, no entanto, que os repasses não ameaçam a meta fiscal da administração federal. Essa seria uma das razões para não reajustar o FPM. "O repasse atende no valor, se não na forma", declarou.

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados aprovou na manhã desta quarta-feira um convite para que a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, venha à Casa explicar declarações feitas ao jornal O Estado de S.Paulo de que o Congresso "às vezes, faz chantagem" com o governo. O requerimento foi do deputado Mendonça Filho (DEM-PE).

"A ministra Ideli deve vir aqui explicar, de forma definitiva, quais são os chantagistas que ocupam cadeira no Parlamento. Como fazemos parte do Congresso e temos grande responsabilidade perante a sociedade, temos a obrigação de fiscalizar e apurar atos do Executivo", afirmou o deputado, em nota distribuída pela assessoria de imprensa do DEM.

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A oposição trabalhava pela convocação da ministra, mas deputados da base governista conseguiram transformar o requerimento em convite. A expectativa é que Ideli compareça à Comissão em 30 dias.

A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, criticou a convocação do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, para comparecer em até 30 dias na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados. "Eu considero particularmente desnecessário fazer uma convocação", comentou a ministra após reunião com a liderança do governo na Casa.

Em tom de reclamação, Ideli disse que não é a primeira vez que um ministro do governo Dilma é convocado, embora todos tenham disposição de vir ao Congresso todas as vezes que são convidados. "Não precisava ser convocação", insistiu. Ideli garantiu que Carvalho virá à Câmara "com a maior tranquilidade", assim como ele virá ao Senado, onde foi convidado anteriormente.

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A ministra enfatizou que a tarefa de Carvalho é fazer a intermediação com a sociedade civil e que ele tem feito isso "de forma exaustiva". Nas conversas com os índios, por exemplo, Ideli disse que o governo tem tratado o assunto com respeito e sempre buscando evitar os conflitos, mas que o País tem suas necessidades, entre elas a construção de usinas hidrelétricas, que "necessitam ser executadas e serão executadas".

Popularidade de Dilma

Ideli minimizou o resultado das pesquisas de intenção de voto para sucessão presidencial que apontam queda na popularidade da presidente Dilma Rousseff. "Gente, pesquisa sobe, desce, é da vida. O mais importante é o trabalho e o resultado do trabalho", respondeu.

Ela citou o discurso da presidente feito na manhã desta quarta-feira, quando ela disse que "aos advogados do apocalipse, de que o mundo vai cair na nossa cabeça, se preparem que tem muito trabalho e muita coisa boa para acontecer".

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