Convocados pela CPI pretendem permanecer calados
Os dois depoentes obtiveram habeas corpus do STF para não produzirem provas contra si
Brasília - As duas pessoas convocadas para depor, nesta quarta-feira (22), na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Cachoeira deverão permanecer em silêncio. O Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu habeas corpus a Aredes Correia Pires, ex-corregedor da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás, e Jayme Rincón, ex-tesoureiro da campanha do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e atual presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras.
O documento deverá ser apresentado à comissão logo no início da reunião desta terça. O habeas corpus tem sido um recurso usado por vários depoentes convocados para garantir o direito constitucional de ficarem calados para não produzirem provas contra si. O procedimento adotado pela comissão é o de liberar as testemunhas, já que elas não estão dispostas a colaborar com as investigações.
Segundo a Polícia Federal, Aredes teria recebido um dos aparelhos de rádio Nextel distribuídos pelo grupo de Cachoeira na tentativa de evitar “grampos” telefônicos. Já sobre Rincón, que convocado outras duas vezes apresentou atestados médicos, pesam acusações de ter recebido dinheiro do grupo de Carlinhos Cachoeira. De acordo com as investigações da PF, o grupo de Cachoeira depositou R$ 600 mil na conta da empresa Rental Frota Ltda., que tem Rincón como um dos sócios, com 33% de participação. A Rental já confirmou o pagamento, mas diz que se refere à venda de 28 veículos usados.
Com informações da Agência Senado.